João Santos Filipe DesportoFutebol | Instituto do Desporto prepara jogo entre equipa inglesa e chinesa Foi em 2007 que o Manchester United visitou Macau para defrontar o Shenzhen FC. Agora, no âmbito dos 20 anos da transição, o Governo quer reeditar este tipo de encontros, entrou em contactos com o Southampton, da Premier League [dropcap]O[/dropcap] Instituto do Desporto está a preparar um encontro amigável, a ser disputado em Macau, entre uma equipa da Premier League e uma formação do Interior da China. Neste sentido já foram feitos contactos iniciais com o Southampton, mas sem mais desenvolvimento. A revelação foi feita pelo presidente Pun Weng Kun, ontem, em declarações ao canal chinês da Rádio Macau. Neste momento ainda não está confirmado que será a equipa do Sul de Inglaterra a actuar em Macau, mas segundo Pun foi feito um convite ao Southampton, onde actua Cédric, português que se sagrou campeão europeu e 2016. Actualmente, o Southampton ocupava o 17.º lugar da Premier League, antes do encontro desta madrugada, diante do Chelsea, e encontra-se a lutar pela permanência no principal escalão do futebol britânico. Em relação à formação do Interior da China que vai ser convidada, ainda não foram revelados pormenores. Segundo as declarações de Pun, exista a expectativa que o jogo seja realizado a meio do ano, entre Junho e Agosto, quando as equipas terminarem a época e começarem a preparar a próxima temporada. O presidente do ID explicou que a ideia de organizar um jogo com dimensão internacional e equipas de diferentes continentes surgiu pelo facto de se comemorarem os 20 anos do estabelecimento da RAEM. Além disso, Pun reconheceu que há muitos anos que Macau não recebe um encontro com equipas europeias mais conhecidas. O ID aposta assim numa espécie de reedição do encontro de 2007, quando o Estádio de Macau recebeu a partida entre o Manchester United e o FC Shenzhen. Na altura, com um estádio totalmente esgotado, os ingleses ganharam por 6-0, com golos de Ryan Giggs, Wayne Rooney, Nani, que se estreou pelo Red Devils, John O’Shea, Crisitano Ronaldo e Chris Eagles. Portugal-China Além deste encontro, em Setembro de 2017, as autoridades portuguesas e chinesas já haviam manifestado o desejo receber uma partida entras as selecções dos respectivas países. Ontem, Pun Wen Kun não avançou informações sobre este assunto. Porém o desejo já havia sido manifestado e também se enquadra no âmbito das celebrações da transferência da administração de Macau e do reatamento das relações entre as duas nações. As duas selecções defrontaram-se em duas ocasiões. O primeiro encontro foi em Maio de 2002, em Macau, na preparação para o Mundial da Coreia do Sul e do Japão. Na altura, Portugal venceu por 2-0, com golos de Nuno Gomes e Pauleta. Esta foi uma partida que também ficou marcada pelo penálti desperdiçado por Rui Costa. O outro encontro foi disputado no Estádio Municipal de Coimbra, em Março de 2010, e a selecção portuguesa voltou a vencer por 2-0. Hugo Almeida, aos 35 minutos, e Liedson – que tinha substituído Cristiano Ronaldo –, aos 90 minutos, foram os marcadores de serviço.
Hoje Macau DesportoQuase 4 mil escolas primárias chinesas incluíram o futebol no currículo [dropcap]Q[/dropcap]uase quatro mil escolas primárias chinesas incluíram o futebol entre as suas disciplinas, desde que o Governo chinês lançou, em 2015, um plano para converter o país numa potência do futebol, segundo dados oficiais hoje divulgados. O ministério da Educação da China detalhou hoje que o futebol integra já o programa curricular de 3.916 escolas primárias. “Com uma perspectiva a longo prazo, a China está a alcançar um progresso constante, no seu plano de reforma e desenvolvimento do futebol, lançado em 2015, visando transformar o país numa potência do futebol, até 2050”, escreveu a agência noticiosa oficial Xinhua. O referido plano, aprovado pela Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento, o organismo máximo chinês encarregado da planificação económica, prevê a inclusão do futebol em 20.000 escolas, até 2020, e que a modalidade seja praticada, “com frequência”, por mais de 30 milhões de estudantes do ensino primário e secundário. “O futebol é um projecto a longo prazo na China. Falamos de mais uma ou duas gerações, até que o país possa alcançar o nível necessário para competir com êxito num campeonato do mundo”, afirma o antigo treinador das camadas jovens do clube chinês Guangzhou Evergrande, Marco Pezzaiuoli, citado pela Xinhua. Na segunda fase do plano, entre 2021 e 2030, a China espera que a sua selecção feminina volte a constar entre as melhores do mundo, depois de, em 1999, ter sido vice-campeã mundial, e que a masculina seja umas das melhores da Ásia. O objectivo final é colocar a selecção masculina entre “as melhores equipas do mundo”, até meados deste século. Desde a província de Jilin, na fronteira com a Coreia do Norte, à ilha tropical de Hainan, no extremo sul do país, mais de 100 treinadores portugueses vivem hoje no país asiático, alguns contratados por clubes e outros integrados no sistema de ensino público. O antigo treinador do FC Porto Vítor Pereira sagrou-se este ano campeão na China, pelo Shanghai SIPG, atribuindo o sucesso dos portugueses no país à sua “capacidade de adaptação” e “boa formação”. “Um dos segredos do treinador português é ter essa capacidade: chegamos a qualquer lado e adaptamo-nos”, afirmou à agência Lusa o técnico, no final da sua primeira época na China. A China, o país mais populoso do mundo, com quase 1.400 milhões de habitantes – mais do dobro de toda a União Europeia -, ocupa o 76.º lugar do ‘ranking’ da FIFA, atrás de Cabo Verde, Burkina Faso e muitas outras pequenas nações em vias de desenvolvimento. A única participação do país num Mundial ocorreu em 2002, quando, na Coreia do Sul e no Japão, não passou da fase de grupos, ao somar três derrotas, frente a Brasil, Turquia e Costa Rica.
Hoje Macau DesportoCancelo foi o segundo jogador mais valorizado segundo Observatório Internacional [dropcap]O[/dropcap] defesa-direito internacional português João Cancelo, companheiro de Cristiano Ronaldo na Juventus, foi o segundo jogador com maior valorização absoluta no último trimestre, segundo um relatório do Observatório Internacional de Futebol (CIES). De acordo com o CIES, Cancelo, jogador formado no Benfica e que passou pelo Valência antes de se transferir este ano para a heptacampeã italiana, viu o seu valor passar de 27,8 milhões de euros (ME) para 74,2 ME, tendo sido apenas superado pelo avançado inglês Jadon Sancho, do Borussia Dortmund, líder da liga alemã, que passou de 9,7 ME para os 87,9 ME. Além de Cancelo, que ainda esteve emprestado uma temporada pelo Valência ao Inter de Milão, o top-20 neste trimestre inclui outro jogador luso, Bernardo Silva, igualmente formado nos ‘encarnados’ e que actua no campeão inglês Manchester City, depois de ter passado pelo Mónaco. Bernardo Silva, que já se sagrou campeão em França pelos monegascos e também pelos ‘citizens’, ocupa a sexta posição na tabela de valorização absoluta, tendo valorizado de 98,8 ME para 128,6 ME. Jadon Sancho evidenciou-se no arranque de época pelo Dortmund, na qual disputou já 14 jogos e marcou cinco golos na ‘Bundesliga’, além de ter actuado nos cinco encontros da ‘Champions’ e anotado um tento, tendo visto o valor de mercado ‘disparar’ 806%, que o coloca também na liderança da tabela de valorização relativa.
Hoje Macau DesportoJosé Morais é o novo técnico dos sul-coreanos do Jeonbuk FC [dropcap]O[/dropcap] português José Morais é o novo treinador do Jeonbuk FC, depois de ter rescindido contrato com o Karpaty Lviv, anunciou o clube sul-coreano de futebol na sua página oficial. “Eu conheço a reputação do Jeonbuk. Vai ser um novo desafio e eu quero conhecer as expectativas dos jogadores”, reagiu o técnico português. O clube coreano considera que “José Morais tem a experiência necessária para liderar a equipa”, destacando o facto de o treinador ter trabalhado com José Mourinho, como adjunto, como um “aspecto positivo para transmitir a filosofia que a equipa pretende” José Morais vai assumir o comando técnico dos bicampeões sul-coreanos, que se encontram no primeiro lugar da liga local, com 85 pontos conquistados em 37 jogos, com 21 pontos de vantagem sobre o segundo classificado. O português já treinou em Portugal o Benfica B, o Estoril, o Académico Viseu e o Santa Clara, tendo no estrangeiro passado por clubes na Alemanha, Suécia, Jordânia, Arábia Saudita, Tunísia, Iémen, Turquia, Grécia, Inglaterra e esta última época na Ucrânia, sendo a Coreia do Sul o 13.º país onde o técnico vai trabalhar.
João Santos Filipe DesportoBolinha | Benfica de Macau perde nos penáltis e fica afastado do título Em três grandes penalidades, as águias não conseguiram concretizar nenhuma e estão afastadas da final. O vencedor da Bolinha vai sair do encontro entre Ching Fung e Kin Wa [dropcap]C[/dropcap]hing Fung e Kin Wa vão disputar a final do campeonato de futebol de sete, na próxima sexta-feira, após a equipa orientada por João Rosa ter derrotado o Benfica de Macau, nas grandes penalidades. Na luta pelo terceiro lugar vão estar as águias e o Lun Lok. Na sexta-feira passada, no campo do D. Bosco, o encontro entre Ching Fung e o Benfica de Macau era o mais aguardado e com o jogo a ser decidido na lotaria dos penáltis não faltou emoção. Com o relvado encharcado, mas ainda assim em condições aceitáveis para a prática do futebol, o tempo regulamentar chegou ao fim com o marcador a indicar o resultado de 1-1. O Ching Fung foi a primeira equipa a marcar, aos oito minutos, e o golo, que nasceu de uma falha defensiva do Benfica de Macau, foi um presságio para a noite de desinspiração que os encarnados iam ter pela frente. Num lance que se adivinhava simples, o guarda-redes Batista e o defesa Amâncio não se conseguiram entender sobre quem devia dominar a bola. Com os dois atletas das águias a hesitarem, Arnold Mbuyu não facilitou, apoderou-se do esférico e desviou para o 1-0. Em desvantagem, não foi necessário muito para que o Benfica de Macau igualasse os acontecimentos. Foi aos 15 minutos, que Pang Chi Hang se lançou em direcção à área do adversário pela zona central. Apesar do avançado do Benfica ainda ter dois defesas à sua frente, o número 10 do Ching Fung, U Hoi Ka, optou por fazer a falta cirúrgica. O livre foi marcado pelo próprio Pang, a meia altura. Apesar da bola não ter seguido com muita força, o esférico acaba por bater no relvado ainda à frente do guardião Iu Kong Fong, que se deixa bater. Com erros para os dois lados, e ainda na primeira parte, o encontro chegou ao intervalo com o resultado de 1-1. Como na segunda parte também não houve golos, o encontro teve mesmo de ser decidido através da lotaria dos penáltis. Na marcação das grandes penalidades, Iu Kong Fong corrigiu o erro da primeira parte e defendeu os penáltis marcados por Filipe Duarte e Pang Chi Hang. Além disso contou com a bola enviada à barra por Nicholas Torrão. Do lado do Ching Fung foi necessário marcar apenas dois penáltis. Apesar de Ismael Ortega ter permitido a defesa de Batista, Mbuyu não facilitou e carimbou o apuramento da equipa para a final. Ao fechar do pano No outro encontro, o Kin Wa venceu o Lun Lok por 2-1 e apurou-se para a final, quando faltavam três minutos para o fim do encontro. Logo no primeiro tempo, Lam Ka Seng cabeceou, após canto, para o golo, quando o marcador indicava 27 minutos. No segundo tempo, Joadson Barbosa empatou para o Luk Lok, 1-1, na sequência de uma grande penalidade. Contudo, a três minutos do fim da partida, o guardião do Lun Lok, Vong Ka Hou, comete um erro e derruba na área Lam Ka Him, que nem estava enquadrado com a baliza. O árbitro não teve dúvidas e apontou grande penalidade, que foi convertida por Danilo.
Hoje Macau DesportoSelecção portuguesa de futebol treina e viaja até Milão [dropcap]A[/dropcap] selecção portuguesa de futebol volta hoje a treinar na Cidade do Futebol, em Oeiras, e durante a tarde viaja até Milão, onde no sábado vai defrontar a Itália, em jogo da Liga das Nações. Portugal tem uma sessão agendada para as 10h30, a última em solo luso antes do duelo com os transalpinos, com os primeiros 15 minutos a serem abertos à comunicação social. Antes, às 10h00, um jogador ainda a designar irá falar aos jornalistas em conferência de imprensa, igualmente na Cidade do Futebol. Esta quarta-feira o seleccionador Fernando Santos teve todos os 24 jogadores convocados à sua disposição. Após o almoço, às 14h30, a comitiva lusa viaja até Milão, cidade que no sábado vai receber, em San Siro, o encontro da grupo 3 da Liga A da Liga das Nações. Portugal necessita apenas um empate para se qualificar para a ‘final four’ da competição, mas mesmo uma derrota em Milão poderá ser retificada três dias mais tarde, em 20 de Novembro, quando receber a lanterna-vermelha e já despromovida Polónia, em Guimarães.
Hoje Macau DesportoVítor Pereira diz que consistência foi a chave do sucesso para vencer campeonato de futebol chinês [dropcap]O[/dropcap] treinador português Vítor Pereira apontou hoje a consistência do Shanghai SIPG ao longo da época como fundamental para quebrar com sete anos de hegemonia do “todo-poderoso” Guangzhou Evergrande na Superliga chinesa, ao sagrar-se campeão. “Fomos consistentes: do ponto de vista ofensivo e defensivo, fomos uma equipa equilibrada”, afirmou Vítor Pereira à agência Lusa, poucos dias após se sagrar campeão, no seu primeiro ano na China, um título inédito para o Shanghai SIPG e que pôs fim ao domínio do Guangzhou Evergrande na prova máxima do país. O técnico observou que “só quem está aqui na China é que entende a dimensão do feito”. “O Guangzhou é, de facto, o todo-poderoso da China, campeões durante sete anos consecutivos, com largos anos de trabalho e jogadores com muita qualidade. Entre os jogadores chineses da minha equipa, nenhum tinha sido campeão”, lembrou. O técnico português, que em Dezembro de 2017 sucedeu ao compatriota André Villas-Boas no comando do Shanghai SIPG, lembrou ainda que a sua equipa conseguiu colmatar algumas carências do plantel recorrendo à polivalência dos jogadores. “Nunca tivemos muitas soluções em termos de número de jogadores, vivemos muito da polivalência, tive um jogador que jogou nas posições quase todas e foi assim que fomos colmatando esse problema”, disse. A meio da época, o Guangzhou Evergrande ainda se reforçou com Talisca, antigo avançado do Benfica, e o médio Paulinho, oriundo do FC Barcelona, mas a equipa de Vítor Pereira venceu em todos os jogos decisivos, perdendo um único embate na segunda volta, e acabou a prova com cinco pontos de vantagem, após liderar o campeonato durante 29 jornadas. Sem arrependimentos Vítor Pereira tornou-se o terceiro treinador luso a conquistar o título em três países, juntando-se a Artur Jorge, campeão em Portugal (FC Porto), França (Paris-Saint Germain) e Arábia Saudita (Al-Hilal), e José Mourinho, campeão em Portugal (FC Porto), Espanha (Real Madrid), Inglaterra (Chelsea) e Itália (Inter Milão). O treinador, natural de Espinho e com 50 anos, disse não estar “nada arrependido” de ter rumado à China, onde o Governo está a impulsionar o futebol, visando elevar a seleção chinesa ao estatuto de grande potência. “É um campeonato muito mais competitivo do que aquilo que eu imaginei. Tem jogadores de qualidade, cada vez mais, porque a China tem capacidade para investir”, afirmou. O técnico disse ainda ser bem tratado em Xangai, a capital económica do país, onde “não falta nada” e sente que o seu trabalho é valorizado: “Sinto-me bem. Vivo bem. Estou numa cidade onde, como nas grandes cidades europeias, não falta nada, apesar de estar numa cultura diferente. “Estou interessado em continuar, o clube também está: não esperou pelo fim para manifestar esse interesse. Há dois meses, já tinham manifestado todo o interesse para eu continuar. Isso revela também respeito e consideração”, disse. Os “erros estratégicos” Vítor Pereira disse também na entrevista ter cometido alguns “erros estratégicos” no decurso da carreira, mas observou que tem agora mais maturidade, afirmando que se sente bem na China. “Cometi alguns erros estratégicos de percurso. Hoje, à distância, entendo.” Vítor Pereira começou por treinar nas camadas jovens (Padroense e FC Porto) antes de assumir o primeiro conjunto sénior, o Sanjoanense, em 2005. Na época seguinte foi para o Sporting de Espinho, antes de voltar à formação dos ‘dragões’ e assumir o comando do Santa Clara, onde se começou a destacar, merecendo de novo a confiança do FC Porto, desta vez para ser adjunto na equipa técnica de André Villas-Boas, em 2010/11. A saída de Villas-Boas levou o presidente do FC Porto, Pinto da Costa, a apostar em Vítor Pereira para treinador principal e o técnico acabou por se sagrar bicampeão e vencer duas Supertaças portuguesas, entre 2011 e 2013, mas acabou por rumar à Arábia Saudita, para treinar o Al-Ahli. “Foi uma questão financeira: achei que não podia desperdiçar a oportunidade”, contou. No regresso à Europa, para treinar os gregos do Olympiacos, Vítor Pereira sagrou-se campeão e venceu a Taça da Grécia, antes de rumar ao Fenerbahçe, de onde resolveu sair, na segunda época, devido a “desentendimentos com o ponto de vista do presidente”. Em Dezembro de 2017, e já depois da referida passagem pela Alemanha, o treinador, de 50 anos, rumou à China, uma decisão da qual diz “não estar nada arrependido”. “É um campeonato muito competitivo, muito mais competitivo do que aquilo que eu imaginei. Tem jogadores de qualidade, cada vez mais, porque a China tem capacidade para investir”, afirmou. Grandes empresas chinesas, privadas e estatais, investiram nos últimos anos o equivalente a centenas de milhões de euros nos clubes do país, respondendo ao desejo do Governo em converter a China numa potência futebolística à altura do seu poder económico e militar. O técnico diz ainda sentir que o seu trabalho é valorizado pelo clube. “Estamos a discutir o futuro, mas eu estou interessado em continuar e o clube também. Não esperou pelo fim, para manifestar o interesse na minha continuidade. Há dois meses, já tinham manifestado todo o interesse para eu continuar e isso mostra também respeito e consideração”, descreveu. O segredo é a capacidade de adaptação Vítor Pereira referiu ainda que a capacidade de adaptação é uma qualidade dos portugueses “fundamental” para vencer na China. “Um dos segredos do treinador português é ter essa capacidade: chegamos a qualquer lado e adaptamo-nos”, afirmou à agência Lusa. “Mesmo em circunstâncias muito diferentes daquelas a que estamos habituados, rapidamente conseguimos perceber o meio, o que temos e as condições para atingir o sucesso. E temos visto muitos treinadores portugueses por esse mundo fora a dar cartas”, descreveu. Vítor Pereira, que se tornou o terceiro treinador luso a conquistar o título em três países, juntando-se a Artur Jorge e José Mourinho, considerou ainda que os portugueses podem dar um contributo para o desenvolvimento da modalidade na China. “O futebol na China está a desenvolver-se muito depressa, eles querem rapidamente colocar a [selecção chinesa] no Campeonato do Mundo. Há muito trabalho para fazer e penso que podemos ajudar do ponto de vista táctico, estratégico, do entendimento do jogo ou cultura táctica. Nós portugueses temos uma boa formação”, disse. O técnico lembrou ainda que “por cada título que se consegue ou cada trabalho bem feito, abrem-se portas” para mais treinadores portugueses. “Quando se chega a um país e se mostra competência, trabalho, esforço e dedicação, a seguir vão abrir-se mais portas, muitas vezes até para treinadores que têm menos visibilidade, que ninguém conhece, mas que estão a começar a carreira”, descreveu. Quase 100 treinadores portugueses de futebol vivem, actualmente, no país asiático, desde a província de Jilin, na fronteira com a Coreia do Norte, até à ilha tropical de Hainan, no extremo sul do país. Alguns são contratados por clubes e outros estão integrados no sistema de ensino público, que incluiu em 2015 a modalidade no desporto escolar, parte de um “plano de reforma do futebol” decretado pelo governo, visando elevar a seleção chinesa ao estatuto de grande potência.
Hoje Macau DesportoDistúrbios provocam um ferido e danos em hotel após jogo entre Benfica e Ajax [dropcap]U[/dropcap]m grupo de adeptos do Benfica causou na noite de quarta-feira distúrbios num hotel em Lisboa, onde estavam adeptos holandeses do Ajax, após o jogo da Liga dos Campeões em futebol, que terminou 1-1, disse à Lusa fonte policial. “Temos a indicação de que um grupo de adeptos do Benfica viu adeptos holandeses num hotel, nas imediações do estádio da Luz, e causou distúrbios, obrigando o grupo alegadamente afecto ao Ajax a refugiar-se no interior”, afirmou fonte da PSP, frisando que “não se pode falar em confrontos directos entre adeptos de ambos os clubes”. Segundo a mesma fonte, os adeptos causaram danos na zona do restaurante e esplanada da unidade hoteleira, com um adepto holandês a ser transportado ao hospital de Santa Maria com ferimentos na cabeça. “Um cidadão holandês sofreu ferimentos na cabeça, mas tudo indica que se trata de ferimentos ligeiros. Foi transportado ao hospital mais por precaução”, explicou. A PSP conseguiu interceptar sete pessoas que foram identificadas, mas nenhuma ficou detida, uma vez que não houve flagrante delito. “Foram identificadas sete pessoas, mas temos a indicação que o grupo seria mais numeroso. Vamos analisar as imagens do sistema de vigilância do hotel e o processo vai seguir os trâmites normais”, concluiu. Clube da Luz empatou O Benfica comprometeu ontem o apuramento para os oitavos de final da Liga dos Campeões em futebol, ao empatar 1-1 na recepção aos holandeses do Ajax, em encontro da quarta jornada do Grupo E. O brasileiro Jonas, que não marcava para a ‘Champions’ desde 16 de Fevereiro de 2016, deu vantagem aos ‘encarnados’, aos 29 minutos, mas, na segunda parte, aos 61, o sérvio Dusan Tadic restabeleceu a igualdade. Na classificação, e com duas rondas por disputar, os alemães do Bayern Munique, que venceram em casa o AEK Atenas por 2-0, isolaram-se na frente, com 10 pontos, contra oito do Ajax e quatro do Benfica. Os gregos continuam a zero.
Hoje Macau DesportoVítor Pereira conquista campeonato de futebol chinês [dropcap]O[/dropcap] treinador português Vítor Pereira levou ontem o Shanghai SIPG à conquista do primeiro título de campeão chinês de futebol, ao impor-se por 2-1 na recepção ao Beijing Renhe, em jogo da 29.ª e penúltima jornada do campeonato. O Shanghai SIPG, que na ronda anterior tinha vencido por 5-4 no estádio do perseguidor Guangzhou Evergrande e ficado a apenas um ponto de vencer pela primeira vez a prova, resolveu o jogo a seu favor com golos do uzbeque Odil Akhmedov, aos 20 minutos, e do goleador Wu Lei, aos 47, antes de o senegalês Makhete Diop reduzir, aos 65. Vítor Pereira disse ontem que os nomes dos novos campeões ficarão “gravados na história do clube e do futebol chinês”. “Esta conquista deixará os nossos nomes gravados na história do clube e do futebol chinês. Devo lembrar que para a maioria destes jogadores este é o primeiro título das carreiras”, afirmou o treinador português, em declarações aos órgãos de comunicação social chineses. A equipa de Xangai conquistou o título a uma jornada do fim do campeonato, ao impor-se por 2-1 na receção ao Beijing Renhe, com golos do uzbeque Odil Akhmedov, aos 20 minutos, e do goleador Wu Lei, aos 47, tendo o senegalês Makhete Diop reduzido, aos 65. “Conquistámos este campeonato com muito trabalho. Liderámos o campeonato durante a maioria das jornadas, o que demonstra a nossa regularidade e maturidade. Merecemos este título” observou Vítor Pereira, prometendo “continuar a trabalhar no próximo ano para revalidar o título”. Vítor Pereira, de 50 anos, sagrou-se campeão no terceiro país, depois dos títulos conquistados em Portugal, no FC Porto (2012 e 2013), e na Grécia, no Olympiacos (2015), quebrando o hegemonia do Guangzhou Evergrande, campeão chinês nas sete épocas anteriores, as últimas três sob o comando do brasileiro Luiz Felipe Scolari, antigo selecionador português. O Shanghai SIPG, que se tornou o oitavo clube a conquistar o título na China, teria assegurado o troféu mesmo que perdesse, uma vez que o heptacampeão foi derrotado por 2-0 no estádio do Chongqing Lifan, antiga equipa de Paulo Bento, com golos dos brasileiros Sebá, ex-jogador do FC Porto e Estoril Praia, e Fernandinho. “Acabámos com o monopólio do Guangzhou Evergrande, que dominou o futebol chinês nos últimos sete anos. Foi um desafio incrível e nós conseguimos superá-lo. Este é o meu primeiro ano na China, onde me sinto muito feliz”, afirmou. O técnico português, que em Dezembro de 2017 sucedeu a André Villas-Boas no comando do Shanghai SIPG, sagrou-se campeão logo na época de estreia na equipa de Xangai, tal como tinha acontecido em 2011, no FC Porto, depois de também ter substituído o compatriota. Vítor Pereira tornou-se o terceiro treinador luso a conquistar o título em três países, juntando-se a Artur Jorge, campeão em Portugal (FC Porto), França (Paris Saint-Germain) e Arábia Saudita (Al-Hilal), e José Mourinho, que foi em quatro países: Portugal (FC Porto), Espanha (Real Madrid), Inglaterra (Chelsea) e Itália (Inter Milão). O técnico natural de Espinho foi o único dos três treinadores portugueses que iniciou e terminou a temporada na China – e logo como campeão -, uma vez que Paulo Bento e Paulo Sousa rescindiram os contratos com Chongqing Lifan e o Tianjin Quanjian, respetivamente. Treinadores portugueses celebram A conquista do campeonato chinês de futebol por Vítor Pereira é “muito boa para a imagem” dos cerca de 100 treinadores portugueses radicados na China, afirmaram ontem alguns técnicos à agência Lusa, reclamando um maior apoio institucional. “Estou aqui num grupo de treinadores portugueses no Wechat [o Whatsapp chinês] e está toda a gente a comentar que é muito bom para a nossa imagem”, diz Francisco Duarte, 29 anos, e treinador de futebol numa escola pública no norte de Pequim. “Por ter sido campeão com o Xangai, e não com o Guangzhou, no qual seria mais um, torna a vitória mais especial”, observa Francisco Duarte. Gonçalo Figueira, que dá formação a treinadores chineses numa academia de futebol no sul do país, enaltece a “capacidade de adaptação” de Vítor Pereira. “O Shanghai [SIPG] é muito organizado, acho que estrategicamente ele montou boas equipas e conseguiu adaptar-se ao futebol chinês, o que não é fácil”, disse à Lusa. O técnico português, que em Dezembro de 2017 sucedeu a André Villas-Boas no comando do Shanghai SIPG, sagrou-se campeão logo na época de estreia na equipa de Xangai, tal como tinha acontecido em 2011, no FC Porto, depois de também ter substituído o compatriota. O técnico natural de Espinho foi o único dos três treinadores portugueses que iniciou e terminou a temporada na China – e logo como campeão -, uma vez que Paulo Bento e Paulo Sousa rescindiram os contratos com Chongqing Lifan e o Tianjin Quanjian, respectivamente. De acordo com a contagem da agência Lusa, quase 100 treinadores portugueses de futebol vivem hoje no país asiático, desde a província de Jilin, na fronteira com a Coreia do Norte, à ilha tropical de Hainan, no extremo sul do país. Alguns são contratados por clubes profissionais e outros estão integrados no sistema de ensino público, que incluiu em 2015 a modalidade no desporto escolar, parte de um “plano de reforma do futebol” decretado pelo governo, visando elevar a seleção chinesa ao estatuto de grande potência. Francisco Duarte lamenta, no entanto, que a “federação [portuguesa], liga ou a Associação Nacional dos Treinadores de Futebol em nada” apoiem os técnicos radicados na China, ao “contrário de outros países, nomeadamente Espanha”, onde há uma “divulgação e programas estruturados para os treinadores na China”. “Devia haver algo mais estruturado para nos promover e trazer mais treinadores. Estamos sozinhos, é cada um por si”, descreve.
Hoje Macau DesportoPresidente do Mónaco detido por suspeitas de corrupção [dropcap]O[/dropcap] presidente do Mónaco, o russo Dmitri Rybolovlev, foi hoje detido pela polícia a pedido de um juiz monegasco, no âmbito de uma investigação de corrupção, avançou o jornal francês Le Monde. Rybolovlev está no centro de uma investigação judicial aberta há um ano pelo Procurador-Geral do Mónaco por suspeitas de corrupção e por tráfico activo e passivo de influência. A prisão do bilionário russo ocorreu hoje, horas antes da partida da quarta jornada da Liga dos Campeões que opôs o Mónaco ao Club Brugge. O Le Monde relatou ainda que, além do líder do Mónaco, foram detidos vários outros suspeitos, cuja identidade não foi revelada. Este caso, que foi baptizado como ‘Monacogate’, tem por base a suspeita que o magnata russo terá recorrido a uma advogada russa para tentar influenciar as instâncias judiciais do Principado num outro processo que opõe Rybolovlev ao empresário suíço Yves Bouvier. O jornal francês recordou que as autoridades descobriram no telemóvel da advogada contratada pelo russo mensagens que revelam a relação entre Rybolovlev e o antigo responsável dos serviços judiciais do Mónaco, Philippe Narmino, incluindo a oferta de jantares, presentes e viagens. Narmino renunciou ao cargo que ocupava em Setembro do ano passado, depois de ter sido difundida informação que o implicava, bem como a polícias de alta patente do Principado, neste suposto esquema. Na segunda-feira, o Mónaco também esteve em foco nas notícias devido a uma publicação do Football Leaks que denunciou que o clube usou um esquema financeiro, com recurso a sociedades localizadas em paraísos fiscais, para encobrir injeções de dinheiro de Rybolovlev sem infringir o equilíbrio financeiro imposto pela UEFA. Segundo o Football Leaks, através deste sistema ilegal, o Mónaco beneficiou do encaixe de centenas de milhões de euros, que seriam oficialmente oriundos de patrocínios, mas que, na realidade, saíram do bolso do presidente do clube. Entretanto, o advogado de Rybolovlev já reagiu à agência de notícias francesa AFP, confirmando a detenção do seu cliente e lamentando a violação do sigilo da investigação e pediu o respeito pela presunção de inocência do bilionário russo.
Hoje Macau DesportoSven-Goran Eriksson é o novo treinador da selecção das Filipinas [dropcap]O[/dropcap] sueco Sven-Goran Eriksson é o novo treinador da selecção das Filipinas de futebol, naquela que é a sua quarta experiência como selecionador nacional, anunciou hoje a Federação local. O técnico sueco diz que “quer fazer algo diferente” na seleção das Filipinas, pretendendo levar a equipa pela primeira vez a um Mundial. Sven-Goran Eriksson já treinou a seleção do México, da Costa do Marfim e de Inglaterra e ainda equipas como a Roma, Lazio, Benfica e Manchester City. Ao longo da sua carreira em Portugal, o técnico sueco venceu três campeonatos nacionais, uma Taça de Portugal, bem como uma Supertaça Cândido de Oliveira, tendo também ido à final da Taça UEFA, atual Liga Europa, e ainda à final da Liga dos Campeões.
Hoje Macau DesportoChina | Shanghai SIPG e Vítor Pereira muito perto de se sagrarem campeões [dropcap]O[/dropcap] Shanghai SIPG, treinado pelo português Vítor Pereira, deu sábado um passo, provavelmente, decisivo, para se sagrar campeão chinês de futebol, ao vencer por 5-4 no estádio do perseguidor e heptacampeão Guangzhou Evergrande, na 28.ª e antepenúltima jornada. A equipa orientada por Vítor Pereira – que poderá em breve juntar o título de campeão chinês aos que já conquistou em Portugal, no FC Porto, em 2012 e 2013, e na Grécia, no Olympiacos, em 2015 -, passou a dispor de cinco pontos de vantagem na liderança do campeonato, com apenas seis em disputa. O Guangzhou Evergrande, pelo qual foi totalista o brasileiro Talisca, ex-jogador do Benfica, até chegou ao intervalo a vencer por 3-2, num jogo com nove golos, um dos quais marcado pelo compatriota Hulk, antigo futebolista do FC Porto, aos 89 minutos, de grande penalidade. Os restantes golos do Shanghai SIPG foram marcados por Lu Wenjun (14 minutos), Cai Huikang (40), Wu Lei (50) e Zhang Chenglin (79, na própria baliza), tendo o heptacampeão ‘facturado’ por intermédio de Paulinho (30 e 45+3) e Alan (43 e 90+5, o último de grande penalidade).
Hoje Macau DesportoShanghai SIPG, de Vítor Pereira, vence e segura liderança a três jornadas do fim [dropcap]O[/dropcap] Shanghai SIPG, de Vítor Pereira, manteve a liderança na Superliga chinesa de futebol, ao vencer em casa o Shandong Luneng, por 4-2, com dois golos de Hulk e de Wu Lei. Frente a um adversário difícil, o Shanghai SIPG chegou ao intervalo a vencer por três golos, com um tento de Wu Lei (16 minutos) e um ‘bis’, de grande penalidade, do brasileiro Hulk, antigo jogador do FC Porto. O Shandong Luneng, terceiro, mas que hoje ficou fora da corrida ao título, ainda reduziu com um ‘bis’ do italiano Graziano Pelle (57 e 85), mas Wu Lei voltou a marcar para a equipa de Xangai, aos 88. O triunfo de hoje mantém, a três jornadas do final, o Shanghai SIPG na liderança, com mais dois pontos do que o heptacampeão Guangzhou Evergrande, que hoje venceu por 3-0, na visita ao último classificado, o Guizhou Zhiceng. A próxima jornada, no sábado, é muito importante para a equipa de Vítor Pereira, que visita o Guangzhou Evergrande, num jogo em que se pode distanciar e ficar a um passo do título, ou até perder a liderança na reta final. Na primeira volta a equipa de Xangai venceu o campeão por 2-1.
Hoje Macau DesportoProcurador-geral do Irão diz que não vai permitir entrada de mulheres em estádios [dropcap]O[/dropcap] procurador-geral do Irão, Mohammad Jafar Montazeri, disse que não vai permitir que mulheres vejam jogos de futebol de equipas masculinas nos estádios, algo que considera “pecado”, noticiou a agência iraniana Mehr. A reação surgiu na sequência de uma autorização excecional dada na terça-feira a cerca de uma centena de mulheres, nomeadamente a equipa de futebol feminino e familiares dos jogadores, que assistiram ao Irão-Bolívia no estádio, jogo que a equipa iraniana, orientada pelo português Carlos Queiroz, venceu por 2-1. “Discordo da presença daquelas mulheres no estádio Azadi ontem [terça-feira]. Este é um estado islâmico, somos muçulmanos”, referiu o procurador-geral. O grupo escolhido para assistir ao particular era restringido a familiares e atletas, mas conseguiu, ainda assim, ser o primeiro a assistir no estádio a um jogo masculino desde 1981, depois da revolução islâmica, dois anos antes, o ter proibido. Montazeri ameaça agir contra quem procurar novas autorizações no futuro, uma vez que “a presença de uma mulher no estádio, a ver homens semi-nus em roupas desportivas, encaminha ao pecado”. O presidente iraniano Hassan Rohani já afirmou várias vezes ser favorável à presença de mulheres nos estádios, mas enfrenta forte oposição, com as declarações de Montazer a irem contra as pretensões de permitir a entrada no jogo entre o Persepolis e o Al-Sadd, no dia 23 de outubro, para a meia-final da Liga dos Campeões asiática. Segundo a agência Mehr, o procurador-geral disse que pretende pedir ao procurador de Teerão para agir judicialmente se o pedido for levantado.
Andreia Sofia Silva DesportoSporting | Requerimento de Bruno de Carvalho para ser ouvido foi aceite pelo DIAP [dropcap]O[/dropcap] requerimento do ex-presidente do Sporting Bruno de Carvalho para ser ouvido sobre a invasão à Academia do clube foi aceite pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP), explicou hoje à Lusa fonte próxima do antigo dirigente. Através do seu advogado, José Preto, Bruno de Carvalho disponibilizou-se hoje para prestar declarações na unidade de terrorismo do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), mas o requerimento foi reencaminhado para o DIAP, no qual decorre o inquérito ao ataque à Academia do Sporting, em Alcochete, em 15 de maio último, acrescentou a mesma fonte. Esta iniciativa de Bruno de Carvalho ocorre um dia depois de o funcionário do Sporting Bruno Jacinto ter sido ouvido em primeiro inquérito judicial, no âmbito do mesmo processo, e ter ficado em prisão preventiva. Detido na terça-feira, Bruno Jacinto, que na altura das ocorrências era oficial de ligação aos adeptos, está indiciado, entre outros, pela prática, em co-autoria, de mais de 20 crimes de ameaça agravada, 12 crimes de ofensa à integridade, 20 crimes de sequestro e um crime de terrorismo. Bruno Jacinto é já o 38.º elemento em prisão preventiva por alegado envolvimento nos incidentes de 15 de Maio na academia do Sporting, em Alcochete, em que cerca de 40 alegados adeptos do clube, encapuzados, agrediram alguns jogadores, treinadores e ‘staff’. Os 38 arguidos que aguardam julgamento em prisão preventiva, entre eles o antigo líder da claque Juventude Leonina Fernando Mendes, são todos suspeitos da prática de diversos crimes, designadamente de terrorismo, ofensa à integridade física qualificada, ameaça agravada, sequestro e dano com violência. Na sequência do ataque à Academia do Sporting, nove futebolistas rescindiram os contratos com o clube. Rui Patrício, Rafael Leão, Daniel Podence, Gelson Martins e Ruben Ribeiro saíram em litígio com o Sporting e transferiram-se para outros clubes. Bas Dost, Bruno Fernandes e Rodrigo Battaglia voltaram atrás na decisão de abandonar o Sporting, enquanto William Carvalho saiu para o Bétis, de Espanha, após acordo do clube espanhol com os ‘leões’. Já no início deste mês, o Tribunal da Relação de Lisboa manteve em prisão preventiva oito dos suspeitos do ataque, revelou a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa. O Tribunal da Relação de Lisboa ainda tem de pronunciar-se sobre os restantes recursos interpostos pela maioria dos detidos neste processo.
Luís Carmelo h | Artes, Letras e IdeiasO futebol é uma moreia para os amigos [dropcap style≠’circle’]É[/dropcap] aquela altura em que a imaginação se transforma numa moreia a surfar nas guerras púnicas. Tudo começa pelas nuvens de pó, pelos cascos dos cavalos da GNR a bater na lama, pela enxurrada sensorial a que a retina é sujeita – vozes sobrepostas nos altifalantes, mastros e bandeiras na movida, gajos a mijar contra o muro, filas impenetráveis de vultos indiferentes à chuva, semblantes encenados por coros, enfim, um colorido raro a invadir o cinzentismo do mundo que agora recordo. Nestes nossos dias liofilizados em que pegou moda começar frases com o infinitivo impessoal (“Dizer que está aqui um ambiente propício a…”) ou com um simples advérbio temporal (“Quando estás à espera do autocarro da equipa e te cai em cima um…”) ou com um deítico (“Aquele dia em que te sentes varado e atiras…”), melhor ainda me sinto a cantarolar os acordes das marchas militares e revejo as matilhas de cães vadios a cruzarem o oceano de guarda-chuvas negros. Uma fumarada danada e os cartagineses a escarrarem para o lado, a par dos pregões e das cascas de banana a traírem a diagonal do peão, agora acossada por brados e caralhadas que vasculham os profundos da relva. A cal traça ângulos rectos e concebe o círculo central e a grande área. Por cima, a borrasca instiga os seus compassos aéreos à Miró e é por entre os respingos do dilúvio que o povo se estica e digladia (como elásticos) para rever, ao longe, as joelheiras, os equipamentos, as fintas e as botas dos jogadores ensopadas no rectângulo ideal. A bola de ‘catchum’ é atirada pelo guarda-redes, cruza mais de meio canto e embate em duas ou três cabeças que içam as alturas do mundo. Ressaltará para a lateral e perde-se depois pela linha final. É assim também a vida. Tinha seis anos e o futebol transformou-se na primeira imagem que me fez sair de mim. Sair de mim: desdobrar-me num episódio simbólico e passar a ser parte de qualquer coisa que não apenas o imediato: a família, a casa, os avós, os retratos que evocavam origens, os cheiros da compota, a escola primária, o Cavaleiro Andante, o major Vidal que era explicador de matemática e os torresmos do senhor Simões que me levou de táxi até aos picos de Monsaraz, era Inverno e os meus prazeres púnicos e guerreiros amanheciam. Por que terá acontecido tudo isto? Em primeiro lugar, as massas fazem chorar. Para uma criança é coisa mitológica e tem o dobro da força de gravidade. Uma corrente que pode ser imparável com o tempo. Em segundo lugar, os heróis. Sim, mal a cor das camisolas se desvendava no túnel de acesso ao relvado, os jogadores que, na realidade, nunca tinham feito um único feito no mundo, simulavam ser Cipião e Aníbal. E o povo glorificava essa verdade que não é coisa exclusiva da massa cinzenta das moreias. Diga-se, em abono da verdade, que o futebol fora inventado em Inglaterra, entre 1848 e 1863, num tempo em que, como escreveu Stephanie Barczewski (curiosamente um historiador americano), se verificava “…a uniquely British tendency to take a perverse (and sometimes tragicomic) pleasure in glorious defeat and self-sacrifice”. Ou seja: coisas preparadinhas para um bom plot. Em terceiro lugar, a festa, mas com aquilo que a ‘fiesta’ – hoje perseguida pelos avaliadores das mais perfeitas premissas púnicas (as PPPs) – também comporta: tudo, mas tudo mesmo pode vir a acontecer. Sim, pode magoar e pode mesmo matar. É o lado da narrativa literária, do relato shakespeariano, do encadeamento e do sangue (coisa viril, mas com a sua arte, diria Homero para não escrevinhar Hemingway, não venha o presbiteriano Will Hays ou até o Me Too acusar-me de “Hola, al final tú eras también aficionado”). Por vezes, o espaço no futebol é um trompe-l´oeuil constante. E já se sabe que a qualidade de um trompe-l´oeuil não reside tanto na eficácia da ilusão criada, mas sobretudo na graciosidade da encenação. É um tropo que surfa mal para burro, mas que sabe interligar os momentos do jogo a qualquer outra coisa (aparentemente superior) que não é óbvia. A fé precisa da sua fábrica. A fé é para sorver o corpo todo nos lances de bola parada. A fé gosta de uma equipa que troque bem a bola, mas, por vezes, esquece-se de que o que é preciso ‘é metê-lo lá dentro’. Em quarto lugar, a pertença. Que bela questão! Por que se escolhe uma equipa e o que é uma equipa? Prefiro o que ouvi, uma ou duas vezes, dizer ao António Mega Ferreira: é a beleza das coisas que não têm explicação. Sim, a seta vermelha. Inevitavelmente. Em quinto lugar, para desfibrilar a imaginação dos cartagineses: aconselhava a todos os programas sobre futebol que grassam nas TVs lusitanas, há cerca de uma década, o mesmo destino que a terceira e última guerra púnica conheceu. Era acabar com aquilo de vez. Ou com quase tudo. E então teríamos um mundo melhor para comermos moreia à mão todos juntos, como dantes. Eu, o Germano, o Águas pai, o Carvalho, o Vital e o Matateu.
Hoje Macau DesportoSelecção portuguesa treina em Chorzow na véspera do jogo com a Polónia [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] selecção portuguesa de futebol faz hoje um treino de adaptação ao relvado do Estádio Slaski, em Chorzow, na véspera do jogo com a Polónia, na segunda jornada do Grupo 3 da Liga das Nações A. Numa sessão agendada para as 17h30 locais (16h30 em Lisboa), o selecionador Fernando Santos deverá ter à sua disposição todos os 25 jogadores convocados, à semelhança do que sucedeu no treino de terça-feira, ainda na Cidade do Futebol, em Oeiras. Antes, às 16:50 locais (15:50 em Lisboa), Fernando Santos fará a antevisão do encontro em conferência de imprensa. A comitiva portuguesa chegou à Polónia na noite de terça-feira, umas horas mais tarde do que o previsto, devido a uma avaria no avião que a deveria transportar e que provocou o adiamento da viagem para o final da tarde. Depois da vitória sobre a Itália (1-0) na estreia na Liga das Nações, Portugal faz o seu agora o seu segundo jogo na quinta-feira, rumando depois Glasgow para defrontar a Escócia, em jogo particular.
Hoje Macau DesportoNacho diz que o Real Madrid tem que deixar de viver no passado com Ronaldo [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] defesa Nacho Fernández afirmou hoje que o Real Madrid não pode continuar a viver no passado com Cristiano Ronaldo e que, mesmo sem o futebolista português, tem capacidade para continuar a vencer e a conquistar títulos. “O Cristiano era muito importante para nós porque marcava 50 golos por temporada. Nós não temos a culpa que ele já não esteja cá e não podemos viver no passado. Temos que olhar para a frente com o que temos, que é um plantel muito bom e que tem capacidade para tudo”, afirmou Nacho Fernández. Em entrevista à agência EFE, numa altura em que está a trabalhar junto da seleção espanhola, o defesa de 28 anos lembrou que, no início da temporada, quando o Real Madrid marcava golos e ganhava jogos, “ninguém se lembrava de Cristiano Ronaldo”, transferido no defesso para os italianos da Juventus. “Ele [Cristiano Ronaldo] começou a temporada sem marcar golos na Juventus e dizia-se que por ter saído do Real Madrid já não conseguia marcar. Agora diz-se o contrário. No futebol tudo vai mudando”, considerou o internacional espanhol. O Real Madrid, agora treinado por Julen Lopetegui, ex-técnico do FC Porto, leva uma série de quatro jogos seguidos sem vencer, incluído três derrotas, e também sem marcar qualquer golo. “O plantel está com o treinador até à morte. Já vivemos situações bem piores, mas fomos sempre capazes de ultrapassar. Não posso garantir que, no final da época, o Real Madrid, vença todos os títulos, mas sabemos que vamos lutar por tudo até final”, frisou Nacho, que fez toda a sua carreira no clube ‘merengue”. O defesa tem 21 internacionalizações pela Espanha e marcou o único golo com a camisola ‘roja’ no Mundial2018, no empate frente a Portugal (3-3).
Hoje Macau DesportoSeleção portuguesa arranca preparação para Polónia com apenas 14 jogadores [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] seleção portuguesa de futebol realizou ontem o primeiro treino de preparação para os jogos com a Polónia, para a Liga das Nações A, e Escócia, de caráter particular, numa sessão com apenas 14 disponíveis. Na Cidade do Futebol, em Oeiras, o selecionador Fernando Santos teve à disposição os guarda-redes Rui Patrício, Beto e Cláudio Ramos, os defesas João Cancelo, Kévin Rodrigues, Mário Rui e Pedro Mendes, os médios Gedson, Sérgio Oliveira, Rúben Neves e Renato Sanches e os avançados Hélder Costa, Rafa e Bruma. Os restantes 11 atletas convocados (Pepe, Rúben Dias, Cédric, Luís Neto, Bruno Fernandes, William Carvalho, Pizzi, Danilo, Bernardo Silva, Éder e André Silva) não subiram ao relvado e ficaram no ginásio a fazer trabalho de recuperação. Nos 15 minutos da sessão abertos aos jornalistas, os jogadores de campo disponíveis realizaram aquecimento com bola, antes de serem divididos em duas equipas para um exercício de posse de bola, enquanto os três guarda-redes trabalharam à parte com o técnico Fernando Justino. Portugal defronta a Polónia em Chorzow, na quinta-feira, na segunda jornada do Grupo 3 da Liga das Nações A, visitando três dias depois a Escócia, para um encontro particular.
Hoje Macau DesportoBenfica | Vieira “nostálgico” enaltece trajeto do “companheiro de viagem” Luisão [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, recordou ontem “com enorme nostalgia” o dia em que conheceu Luisão, que encerrou a carreira de futebolista, e assegurou que a “viagem” de ambos nos ‘encarnados’ “está longe de terminar”. “É um dia muito especial. Recordo com enorme nostalgia quando, no dia 22 de agosto, no antigo Estádio da Luz, conheci um rapaz franzino, mas enorme na alma e na entrega. Agora, olho para um profissional feliz, realizado e que se despede dos relvados onde defendeu sempre o Benfica”, afirmou Vieira. Na cerimónia que marcou o término de carreira de Luisão, o líder do clube da Luz mostrou-se emocionado com o momento e dirigiu palavras especiais ao ex-capitão benfiquista: “Se, há 15 anos, te dei as boas-vindas, hoje, digo-te muito obrigado, pelo teu caráter, profissionalismo, liderança e amor ao Benfica.” Apesar do ‘adeus’ de Luisão aos relvados, Vieira assegurou que este “não é o fim”, mas sim “o princípio de uma nova etapa”, que vai levar o antigo central a assumir o cargo de diretor para as relações internacionais do Benfica. “Este é o princípio de uma nova etapa, que vais percorrer com o mesmo orgulho, um pouco por todo o mundo. Tens o símbolo do Benfica no coração. Conta comigo. Como sempre disse, és o meu companheiro de viagem e tanto a tua como a minha ainda estão longe de terminar”, salientou. Por seu lado, Luisão retribuiu as palavras do presidente do Benfica, oferecendo-lhe a camisola que utilizou no treino de ontem, no Seixal, o último da carreira. “Poderia dar-lhe muitas coisas, mas, hoje, quando fui pela última vez ao Seixal e vesti esta camisola para treinar, achei que tinha de lha entregar, pela sua visão e por ter contribuído para a minha formação como homem e para a construção do meu caráter. É a última coisa que usei nesta batalha que foi o futebol”, transmitiu. Aos 37 anos, Luisão, que tinha contrato com o Benfica até final desta época, encerrou a carreira de futebolista, após 15 temporadas na Luz, onde chegou no início de 2002/03, proveniente do Cruzeiro. Neste período, tornou-se no jogador com mais troféus conquistados pelo Benfica (20) e no segundo com mais jogos (538), sendo apenas superado por Nené (578). Além dos 47 golos anotados pelas ‘águias’ – o primeiro dos quais na estreia, diante do Belenenses, em setembro de 2003 -, Luisão actuou 47 vezes pela seleção do Brasil, conquistando uma Copa América (2004) e duas Taças das Confederações (2005 e 2009). Luisão agradece os 15 anos na Luz e lamenta não ter conquistado troféu internacional Luisão confessou ontem que esta foi a “melhor hora” para colocar um ponto final na carreira de futebolista e agradeceu por tudo o que o Benfica lhe deu, lamentando apenas não ter conquistado um troféu internacional. “Sei que amanhã já não vou ter nada disto, já não vou tomar o pequeno almoço no Seixal, com os meus companheiros, não me vou equipar e treinar, mas amanhã começa uma nova carreira. Quero parar agora, agradecer a todos sem exceção, até aos meus rivais, que me fizeram crescer dentro de campo. Orgulho-me de tudo o que Deus me deu ao longo da vida, desde a infância humilde, aos primeiros toques na bola, com o meu pai, com cinco anos, até chegar a este clube, onde me tornei homem e atleta”, afirmou o agora ex-jogador. Numa cerimónia realizada em pleno relvado do Estádio da Luz, em que esteve presente toda a estrutura do futebol do Benfica, a administração da SAD, a direção do clube, o plantel benfiquista e a família do até agora futebolista, de 37 anos, Luisão agradeceu pelos 15 anos de águia ao peito, onde exercia, até hoje, as funções de ‘capitão’. “Não é fácil. Devo quase tudo ao presidente Luís Filipe Vieira, ao Benfica, à minha esposa e às minhas filhas. Olho em redor do estádio e vejo em todo o lado ‘obrigado capitão’, mas chegou a hora de eu dizer obrigado Benfica”, transmitiu o mais titulado jogador da história dos ‘encarnados’, ladeado pelos 20 troféus que arrecadou na Luz. Luisão admitiu ter refletido “muito sobre a carreira” nos últimos dias, tendo chegado à conclusão de que esta “era a melhor hora” para concluir um trajeto que começou quando tinha cinco anos e que prosseguiu ao serviço de Juventus, Cruzeiro e Benfica. Desde que, em 23 de agosto de 2003, aterrou em Lisboa para assinar pelo Benfica, Luisão contabilizou 538 jogos e 47 golos, e conquistou seis campeonatos, três Taças de Portugal, sete Taças da Liga e quatro Supertaças. Contudo, confessou, ficou a faltar um troféu internacional. “É uma das coisas que mais lamento, tendo em conta a grandeza do clube e o que o presidente me propôs desde que eu cheguei. Tivemos oportunidade de ganhar, em duas finais da Liga Europa, e vou lamentar isso para o resto da minha vida, porque acho que tínhamos condições para termos aqui mais um troféu”, referiu. O antigo internacional brasileiro, que deverá assumir o cargo de diretor para as relações internacionais do clube da Luz, elegeu como melhores momentos na Luz o golo apontado ao Sporting, em 2005, que deixou as ‘águias’ à beira do título, bem como o momento em que partiu o braço, em 2015, num dérbi com os ‘leões, e que o fez renascer profissionalmente. Já o pior momento foi quando resolveu “defender” os companheiros perante os adeptos do Benfica, quando sentia que os mesmos não estavam a apoiar a equipa: “Os adeptos ficaram chateados, mas depois voltou tudo ao normal. Vivi dias tristes quando tive de tomar essa atitude.” Luisão disse que chegou a pensar em regressar ao Brasil, sobretudo no primeiro ano na Luz, devido às dificuldades que estava a sentir para se apresentar nas melhores condições, e admitiu “falta de experiência” na gestão de algumas propostas que lhe foram chegando ao longo dos anos. O ex-central, que não somou qualquer minuto de utilização esta época, enalteceu ainda o grupo “fantástico” que compõe o plantel e deixou uma certeza: “Todos os que estão ali (apontando para os companheiros de equipa) e os que jogaram comigo desde o início, sem exceção, terão a porta da minha casa sempre aberta. Eles sabem disso.” Aos 37 anos, Luisão encerrou a carreira de futebolista, após 15 temporadas pelo Benfica, onde chegou no início de 2002/03, proveniente do Cruzeiro. Neste período, tornou-se no jogador com mais troféus conquistados pelo Benfica (20) e no segundo com mais jogos (538), sendo apenas superado por Nené (578). Além dos 47 golos anotados pelas ‘águias’ – o primeiro dos quais na estreia, diante do Belenenses, em setembro de 2003 -, Luisão atuou 47 vezes pela seleção do Brasil, conquistando uma Copa América (2004) e duas Taças das Confederações (2005 e 2009).
João Santos Filipe DesportoRegresso emotivo | Paulo Sousa recorda passagem pelo território [dropcap style≠‘circle’]F[/dropcap]oi em 2002 que Paulo Sousa tinha estado pela última vez em Macau, na altura no estágio da selecção portuguesa, antes do Mundial desse ano. Passados 16 anos, o agora técnico regressou ao território e sublinhou a parte emotiva do regresso ao local onde fez o último jogo da carreira. “Há uma parte muito emotiva neste regresso a Macau. Fiz o meu último jogo aqui contra a selecção chinesa (vitória de Portugal por 2-0). Foi aqui que me lesionei no último minuto da primeira parte e que me impediu poder ajudar a selecção no Mundial. Depois como todo esse tempo [durante o Mundial], acabei por decidir acabar a minha carreira no futebol”, recordou Paulo Sousa, ontem no final do encontro. “Tomei essa decisão porque já estava há vários anos sem poder fazer aquilo que eu mais gostava com uma certa performance e uma certa continuidade”, acrescentou. “Mas este tipo de memórias não é uma coisa que viva sempre comigo. Olhei para o futuro e encarei este desafio de treinador de uma forma muito positiva, como encaro a minha vida. Sinto-me grato ao universo e a Deus por me darem a oportunidade de fazer o que gosto e ser pago”, frisou. “Sou um privilegiado porque há muita gente que trabalha para sobreviver e eu posso fazer o que gosto e sou pago”, realçou. Em relação ao resultado, Paulo Sousa elogiou a equipa face à superioridade da formação japonesa e recordou que o Kashima Antlers há dois anos estava a medir forças com o Real Madrid, no Mundial de Clubes. Projecto que desilude Por outro lado, reconheceu as limitações da sua formação que em Agosto viu sair o meio-campista Axel Witsel e que tem o avançado Anthony Modeste suspenso, depois do francês ter tentado forçar a saída no mercado do Verão. “Não esperávamos sair nesta fase, mas temos de avaliar o que fizemos, com uma Liga dos Campeões muito acima das expectativas de todos, mas com dois jogadores muito importantes, o Witsel e o Modeste, que já não estão disponíveis”, disse sobre a derrota por 2-0. “Mesmo assim no início estivemos muito bem, tivemos quatro oportunidades de golo, duas por Alexandre Pato, e se tivéssemos marcado poderíamos ter trazido uma dinâmica diferente à equipa”, considerou. O treinador português revelou ainda alguma frustração face ao projecto, devido ao facto de Witsel e Modeste não terem sido substituídos por atletas com igual qualidade: “As minhas ambições e expectativas, e segundo o que inicialmente foi falado e prometido [com o clube], eram completamente diferentes. Era para haver um investimento elevado para competir quer na Liga dos Campeões Asiáticos quer no campeonato”, confessou. “Mas perdemos dois jogadores fundamentais e não houve investimento. Estou desiludido e triste porque aquilo que me foi oferecido era completamente diferente disto”, explicou.
João Santos Filipe DesportoFutebol | Tianjin perde por 3-0 e está fora da Liga dos Campeões [dropcap style≠‘circle’]P[/dropcap]assaram dezasseis anos desde que Paulo Sousa tinha estado em Macau. Em 2002, foi com as cores de Portugal e diante da selecção da China, que teve a lesão que o levou a decidir terminar a carreira. Ontem, novamente no Estádio de Macau, terminou o sonho de se apurar para as meias finais da Liga dos Campeões Asiáticos. Um sonho que começou a ruir ao minuto 13 Treze minutos. Foi este o tempo que duraram as esperanças da equipa de Paulo Sousa, no Estádio de Macau, na derrota de ontem diante do Kashima por 3-0. No encontro da segunda mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões Asiáticos, a formação chinesa esperava alcançar a reviravolta que lhe permitisse um apuramento histórico para as ‘meias’, mas acabou derrotada com um resultado acumulado de 5-0, após a derrota na primeira mão por 2-0, no Japão. Ao contrário do que é habitual, houve ambiente de festa do futebol no Estádio de Macau. Os adeptos chineses estavam em maior número, vestidos de branco, mas foi do Japão que veio o maior apoio. No total marcaram presença no estádio 8.718 espectadores. A necessitar de uma vitória, o treinador português Paulo Sousa apostou numa equipa com um cariz mais ofensivo, adoptando o esquema táctico de 3-5-2. Na frente, e recuperado de uma intoxicação alimentar, o criativo Alexandre Pato era estrela da formação. No lado do Kashima Antlers, o técnico Oiwa Go fez a equipa actuar num 4-4-2, com os médios brasileiros Serginho e Leo Silva como os jogadores mais perigosos, não tendo problemas em pedir aos jogadores que queimassem tempo para proteger a vantagem de 2-0. Com a reviravolta em mente, o Tianjin Quanjian entrou totalmente balanceado para o ataque à procura do golo. Por sua vez, o Antlers entregava o jogo ao adversário, apostando no erro contrário. Ainda as equipas se estavam a estudar e surgiu o primeiro lance de perigo. Aos três minutos, ataque conduzido na direita pelo Tianjin com a bola a ser bombeada para o lado contrário, onde surge outro cruzamento para a área. Pato tenta fazer o remate acrobático, mas a bola segue em direcção ao guardião Kwoun Suntae. Com o esférico a sair à figura, o guarda-redes limitou-se a defender. Foi aos 13 minutos, que surgiu o primeiro golo, numa jogada de contra-ataque. Após um passe longo, Zhang Xiuwei tenta dominar a bola na linha. Contudo, mais não fez do que dominar para o adversário, que na jogada de contra-ataque conseguiu ganhar o canto. Na marcação, Serginho surge ao primeiro poste e cabeceia para o 1-0. A partir desse momento, a formação chinesa pareceu perder a esperança. Apesar de continuar a ser a equipa com mais posse de bola, o futebol praticado deixava muito a desejar. Em vários ocasiões por incapacidade ofensiva, a estratégia parecia limitar-se a bombear a bola para onde estivesse Alexandre Pato, e o brasileiro que resolvesse. Uchida decisivo Foi numa destas bolas bombeadas que o TIanjin ia chegando ao golo. Aos 24 minutos, após a cobrança de um livre à entrada da área por Pato, que optou por cruzar, a bola acaba enrolada na defesa e volta a pingar para o brasileiro. Com Suntae fora da baliza, o atacante rematou em direcção à baliza, mas Atsuto Uchida cortou em cima da linha de golo. Se o Tianjin tinha dificuldades ofensivas, o mesmo não se passou com o Kashima. Bem organizados defensivamente, os japoneses saíam sempre em lances perigosos no contra-ataque. Foi aos 27 minutos chegou o 2-0. Após um contra-ataque na esquerda de Uchida, que momentos antes tinha sido o salvador japonês, cruza para o bico da pequena da área, onde surgiu Hiroki Abe. O avançado rematou e ainda contou com um desvio num defesa contrário, que não deu qualquer hipótese a Zhang Lu. Após o segundo tempo o encontro não teve grandes alterações e aos 66 minutos, Shima Doi ainda fez o 3-0. Aos 89, o Tianjin ainda poderia ter feito o tento de honra, mas o remate na área de Zheng Dalun acabou por bateu na barra. Número: 8718 espectadores
João Santos Filipe DesportoLCA | Paulo Sousa encara encontro como se estivesse em casa [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Tianjin Quanjian vai utilizar hoje o Estádio de Macau para a segunda mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões Asiáticos e Paulo Sousa quer surpreender o adversário, depois de ter perdido na primeira mão por 2-0. Em Macau, mas a jogar em casa. É desta forma que Paulo Sousa, treinador do Tianjin Quanjian, encara a partida desta noite, às 19h30, no Estádio de Macau diante do Kashima Antlers. Na primeira-mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões Asiáticos, a formação chinesa perdeu por 2-0, pelo que terá de conseguir um resultado de, pelo menos, 3-0 para se apurar para as meias-finais. “Estamos a jogar fora, mas sentimos que estamos em casa. Por isso, vamos procurar pressionar o adversário desde o início, mantendo a concentração para não sofrer golos. Mas queremos ter a posse da bola e criar as oportunidades para virar a eliminatória”, disse, ontem, o técnico português, no lançamento da partida. Uma das condicionantes da partida passa pelo facto dos trabalhos das equipas terem sido afectados pela passagem do tufão Mangkhut, que impediu que subissem ao relvado. Paulo Sousa considera que esta é uma realidade que encara pela primeira vez, mas que não será justificação para um resultado menos conseguido. “A equipa está recuperada [após a derrota por 1-0 do fim-de-semana diante do Dalian Yifang]. Não fomos autorizados a sair do hotel, mas tivemos duas excelentes sessões de recuperação. Para nós há muitas coisas novas que temos de enfrentar e esta é só mais uma. Mesmo assim, estamos confiantes que podemos ter o resultado que procuramos”, explicou. Ainda em relação ao adversário, o treinador frisou que o futebol japonês está muito mais desenvolvido do que o chinês. “Em termos técnicos, físicos e tácticos o futebol japonês está mais desenvolvido. O jogador japonês tem uma outra forma de ler os jogos. Mas a nível mental somos superiores e podemos ser competitivos. Já mostrámos nos encontros do grupo que podemos vencer equipas japonesas e é isso que temos de repetir”, considerou. Solidariedade nipónica Por sua vez, o treinador dos Kashima Antlers, Go Oiwa, começou a conferência de imprensa por recordar os afectados pelo tufão Mangkhut. “Queremos mostrar a nossa solidariedade por todos os afectados pelo tufão, quer em Macau, quer nas jurisdições vizinhas. Nesta altura difícil, os nossos pensamentos estão com eles”, afirmou o técnico japonês. Apesar de nem Macau nem Hong Kong não terem registado vítimas mortais, nas Filipinas e no Interior da China houve quem não resistisse à passagem tufão. Já sobre a partida, Go Oiwa vincou a vontade da equipa não sofrer qualquer golo e de impor o seu jogo. O técnico japonês alertou também para os perigos da equipa jogar demasiado à defesa e deixar-se surpreender. O encontro está agendado para esta noite. A Associação de Futebol de Macau distribui, no sábado, cinco mil bilhetes para o encontro, que foram todos levantados por residentes em cerca de duas horas.
Hoje Macau DesportoPortugal bate Itália por 1-0 e já lidera Grupo 3 da Liga A da Liga das Nações [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] selecção portuguesa de futebol estreou-se ontem da melhor forma na Liga das Nações, nova competição da UEFA, ao vencer em casa a Itália por 1-0, em encontro do Grupo 3 da Liga A, que já lidera isolada. Um golo de André Silva, o seu 13.º em 28 internacionalizações ‘AA’, aos 48 minutos, selou o segundo triunfo de Portugal em sete jogos oficiais com os transalpinos, mais de 61 anos depois do 3-0 no Estádio Nacional, a 26 de maio de 1957, na corrida ao Mundial58. Com este triunfo, Portugal soma três pontos, contra um de Itália e Polónia, formações que haviam empatado 1-1 em solo italiano na sexta-feira. Comentário: Portugal fintou história Com este triunfo, no Estádio da Luz, em Lisboa, a equipa portuguesa alcançou a sexta vitória da sua história frente aos italianos, a primeira em jogos oficiais nos últimos 60 anos. O único golo do jogo surgiu logo após o intervalo, aos 48 minutos, por André Silva, que marcou pela 13.ª vez, em 28 jogos pela equipa das ‘quinas’. Portugal entrou bem na partida e logo nos minutos iniciais William Carvalho dispôs da primeira oportunidade de golo, com um cabeceamento que passou a rasar o poste, mas que o árbitro assistente viria a invalidar por fora de jogo. A Itália equilibrou depois dos 10 minutos, com Zaza em destaque nas movimentações atacantes, mas Portugal voltou a criar perigo perto do quarto de hora, com André Silva a não conseguir faturar após boa desmarcação, a passe de Pizzi. Aos 20 minutos, o avançado do conjunto luso voltou a estar em destaque, desta feita após passe de Bernardo Silva, mas o remate saiu à figura de Donnarumma, que passou pelos maiores calafrios nos últimos 15 minutos do primeiro tempo. Bernardo Silva ficou a centímetros do golo quando este já estava por terra e foi um defesa italiano a cortar em cima da linha de golo, e, aos 32 minutos, foi o ex-benfiquista Cristante, num corte pouco ortodoxo, a enviar a bola à trave da baliza italiana. Já à beira do intervalo, pediu-se penálti por obstrução a Pizzi e, até ao final do primeiro tempo, houve ainda tempo para mais um lance de perigo da equipa orientada por Fernando Santos, com William Carvalho a rematar de pé esquerdo de fora da área e a fazer a bola passar junto ao poste direito da baliza da ‘squadra azzurra’. A segunda parte arrancou com o golo de Portugal: logo aos 48 minutos, Bruma recuperou uma bola a meio campo, disparou para a baliza e já na área assistiu André Silva, que recebeu e rematou de pé esquerdo, pondo fim a seis jogos de jejum na seleção. Portugal entrou a todo o gás e, sem réplica da Itália, o 2-0 podia ter surgido poucos minutos volvidos, com Bernardo Silva a ‘oferecer’ a Donnarumma a defesa da noite, num remate que ia entrar no ângulo. Aos 68 minutos, o jogador do Manchester City preferiu a assistência e deixou Pizzi em boa posição para marcar, mas Donnarumma levou a melhor, detendo o remate cruzado do médio. Nos últimos 15 minutos, e já depois de Fernando Santos fazer entrar Renato Sanches para o lugar de Pizzi e Gelson Martins para o lugar de Bruma, a Itália procurou o empate com maior determinação e nos lances de bola parada criou perigo junto da baliza de Rui Patrício, com Zaza e Caldara a disporem das melhores ocasiões. Com esta vitória, Portugal soma os primeiros três pontos na Liga das Nações e lidera o Grupo 3 da Liga A da nova competição de seleções da UEFA, que integra, para além da Itália, a seleção da Polónia.