Explosão em Beirute | Primeiro-ministro diz que o país vive “verdadeira catástrofe”

[dropcap]O[/dropcap] primeiro-ministro libanês afirmou hoje que o país está a viver “uma verdadeira catástrofe” e voltou a pedir a ajuda de todos os países e amigos do Líbano após as explosões de terça-feira em Beirute. Num breve discurso transmitido pela televisão hoje de manhã, Hassan Diab reiterou a promessa de encontrar e punir os responsáveis pelas duas explosões, que fizeram pelo menos 100 mortos e mais de 4.000 feridos.

Na capital libanesa continua a ver-se fumo a sair da zona do porto. As principais ruas do centro da cidade estão cheias de destroços e veículos destruídos e as fachadas dos prédios estão danificadas. Tudo indica que a origem deste incidente terá sido acidental, tendo sido afastada, para já, a possibilidade de se tratar de um atentado terrorista.

França envia ajuda

O governo francês vai enviar hoje para o Líbano dois aviões de transporte militar com equipas da proteção civil e material com ajuda de emergência às vítimas das explosões. Mais de 100 pessoas morreram e mais de 4.000 ficaram feridas nas duas violentas explosões que sacudiram o porto de Beirute, de acordo com um novo balanço da Cruz Vermelha.

“Até agora, mais de 4.000 pessoas ficaram feridas e mais de 100 morreram. As nossas equipas continuam as operações de busca e salvamento nas áreas circundantes”, informou a Cruz Vermelha libanesa, num comunicado citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).

Fontes da presidência francesa indicaram hoje que os dois aparelhos militares, um A400M e um MRTT, vão transportar 55 pessoas e 15 toneladas de material, assim como uma unidade sanitária que pode prestar cuidados a 500 feridos.

Os aviões militares devem partir de Paris ao fim da manhã devendo chegar a Beirute ao final da tarde. A França vai enviar também mais uma dezena de médicos e enfermeiros especializados em situações de emergência para reforçarem os hospitais e as equipas locais.

Fontes governamentais de Paris indicaram igualmente que os militares franceses da Força de Paz das Nações Unidas no Líbano (FINUL) já estiveram no local da explosão, onde prestaram ajuda.

5 Ago 2020

Pelo menos sete mortos em explosão em fábrica no leste da China

[dropcap]P[/dropcap]elo menos sete pessoas morreram e cinco ficaram feridas devido a uma explosão numa fábrica na província de Jiangsu, leste da China, dez dias depois de outro incidente similar na mesma zona que matou 78 pessoas, foi hoje anunciado.

A agência oficial de notícias Xinhua divulgou que a explosão ocorreu num contentor de lixo numa fábrica de moldes de metal às 07:12 locais num pátio ao ar livre da empresa Kunshan Waffer Technology.

A explosão é a segunda na província de Jiangsu em apenas dez dias, já que no passado dia 21 de Março num incidente similar 78 pessoas morreram e 600 ficaram feridas na cidade de Yancheng.
Os acidentes no sector industrial na China são frequentes porque as normas continuam a ser permissivas, segundo a mesma fonte.

Devido à explosão na cidade de Yancheng, o Comité de Segurança do trabalho do Conselho de Estado (executivo) anunciou que o país levaria a cabo uma avaliação de risco em todas as instalações da indústria química para eliminar os perigos de segurança e reforçaria o controlo e a gestão dos produtos químicos perigosos.

31 Mar 2019

Pequim | Explosão em universidade faz três mortos

[dropcap]U[/dropcap]ma explosão ocorrida ontem num laboratório da Universidade de Jiaotong, no norte de Pequim, matou três estudantes, avançaram os bombeiros da capital chinesa. A explosão ocorreu por volta das 9h30, no campus leste da Universidade, segundo detalhou à agência Lusa o português Marcos Mendes, que dá aulas naquela universidade. A área junto ao local da explosão encontra-se encerrada, mas o fogo foi rapidamente contido, disse a mesma fonte. O incidente ocorreu quando os estudantes do departamento de Engenharia Ambiental realizavam experiências para o tratamento de águas residuais, segundo um comunicado dos bombeiros. Oito equipas de combate ao incêndio e 30 veículos foram destacados para combater as chamas. Fotos difundidas nas redes sociais mostram um denso fumo negro e labaredas que cobrem todo o edifício.

27 Dez 2018

Pelo menos 22 mortos em explosão junto a fábrica de produtos químicos na China

[dropcap]P[/dropcap]elo menos 22 pessoas morreram e outras 22 ficaram feridas numa explosão perto de uma fábrica de produtos químicos na cidade chinesa de Zhangjiakou, no norte da província de Hebei, segundo as autoridades locais.

Fontes do governo local citadas pela agência de notícias estatal Xinhua informaram que a explosão ocorreu às 00h41 de hoje e que os feridos foram transportados para o hospital.

O fogo que resultou da explosão que ocorreu perto da Hebei Shenghua Chemical Industry de Zhangjiakou alastrou para 38 camiões e 12 outros veículos. A televisão pública CGTN noticiou na sua conta na rede social Twitter que o fogo foi controlado.

Fotografias publicadas no Twitter pelo jornal oficial Diário do Povo mostram veículos carbonizados e uma espessa nuvem de fumo preto num recinto vedado. As autoridades estão a investigar as causas que motivaram a explosão.

28 Nov 2018

Explosão | Restaurante corre o risco de ter licença suspensa

[dropcap]N[/dropcap]a sequência do caso de explosão num restaurante no Porto Interior, Lo Chi Kin, vice-presidente do conselho de administração do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), explicou aos jornalistas que a licença emitida ao restaurante em causa prevê o uso de fogão eléctrico, mas os gerentes optaram por usar bilhas de gás.

Lo Chi Kin considera que os casos em que se utilizam fogões diferentes sem autorização não são comuns e alerta que, nessas situações, os restaurantes em causa correm o risco de verem a sua licença suspensa. De acordo com o Jornal do Cidadão, Lo Chin Kin disse que o Governo tem vindo a reforçar os trabalhos periódicos de fiscalização no sector da restauração, agendando inspecções anualmente.

Ainda assim, o responsável do IACM defende que o mais importante é aumentar a consciência do sector em prol de uma maior segurança ao nível do fornecimento de energia.

5 Nov 2018

Quatro feridos após explosão em restaurante causada por fuga de gás

Acidente ocorreu por volta das 6h50 da manhã, num restaurante no Porto Interior, e três dos feridos estão internados. Autoridades dizem que o número de botijas de gás no restaurante respeitava a lei

[dropcap]Q[/dropcap]uatro pessoas ficaram feridas, três das quais em estado grave, durante a manhã de ontem, na sequência de uma explosão num restaurante no Porto Interior. O caso foi detectado pelas 6h50 na manhã e na origem esteve a fuga de gás numa das botijas do restaurante.

Os feridos são trabalhadores do espaço, três do género masculino e um do feminino, e apresentam queimaduras de primeiro e segundo graus, de acordo com a informação fornecida pelo Corpo de Bombeiros, ao HM. Após a chegada ao local das autoridades, os afectados foram imediatamente transportados para o Centro Hospitalar Conde São Januário (CHCSJ) e Hospital Kiang Wu.

Segundo um comunicado do Governo, os homens internados no hospital público têm 29 e 32 anos. Um dos feridos tem cortes profundos na cabeça e no rosto e teve de ser suturado. Já o outro teve “queimaduras de grau II em 40 por cento do corpo”, que lhe afectaram “a cabeça, o rosto e os membros”. Também os pulmões deste segundo paciente apresentam lesões, pelo que está internado nos cuidados intensivos.

Para o Hospital Kiang Wu foram encaminhados um homem com 37 anos de idade e uma mulher com 29. O indivíduo apresenta queimaduras de segundo grau nos membros inferiores, fractura óssea discal, contusão cerebral e contusão pulmonar. O estado de saúde é considerado estável. Já a mulher teve alta, horas depois, uma vez que apenas tinha queimaduras ligeiras nos membros inferiores.

O restaurante afectado fica num edifício na Rua Doutor Loureço Pereira Marques e quando as autoridades chegaram ao local já todos os trabalhadores, entre eles os feridos, estavam no exterior. Por esta razão, assim que chegaram ao local os 48 bombeiros, que estavam divididos por 8 viaturas, puderam começar imediatamente a combater as chamas.

“A investigação preliminar aponta para a existência de uma fuga de gás, que depois levou à explosão. A fuga teve origem numa das quatro botijas de gás do restaurante, número de botijas que respeita a legislação em vigor”, disse fonte do Corpo de Bombeiros, ao HM.

Tecto destruído

Como consequência da explosão, o tecto do restaurante, que tem uma habitação por cima, colapsou parcialmente e houve também uma das paredes da cozinha, local onde se verificou o acidente, que ficou totalmente destruída. Além disso, houve vários objectivos destruídos, com os vidros a serem projectados para a via pública. Apesar do impacto, não houve danos para os edifícios situados ao lado do restaurante afectado pela explosão.

Após o incêndio, o Comandante do Corpo de Bombeiros, Leong Iok Sam, deslocou-se ao local onde defendeu, de acordo com o canal chinês da Rádio Macau, a necessidade dos restaurantes instalarem detectores de fugas de gás. A instalação não é obrigatória, mas é aconselhada pelos bombeiros.

Esta é a segunda grande explosão em restaurantes registada este ano. Em Julho, uma situação semelhante ocorreu na Zona da Areia Preta, também causada por uma fuga de gás numa botija, e causou um morto e seis feridos. Na altura, a vítima mortal não estava no restaurante, mas antes do outro lado da parede da cozinha, numa área de um edifício residencial que dá acesso aos elevadores para os moradores do prédio.

31 Out 2018

Itália | Pelo menos dois mortos e 60 a 70 feridos na explosão de camião

 

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] explosão ocorrida ontem numa autoestrada perto de Bolonha, no norte de Itália, fez pelo menos um morto e entre 60 a 70 feridos, segundo diferentes fontes dos serviços de emergência citadas por agências internacionais.
O acidente envolveu um camião-cisterna, que explodiu, provocando um violento incêndio, segundo os bombeiros.
Cerca das 16h locais (22h em Macau), um porta-voz dos bombeiros disse à imprensa que o incêndio já tinha sido extinto.
Muitos dos feridos foram atingidos por estilhaços provocados pelo impacto da explosão em edifícios e outras estruturas nas imediações do local, uma autoestrada em Borgo Panigale, perto do aeroporto de Bolonha. Os bombeiros citados pela agência France-Presse estimam que 40 pessoas tenham ficado feridas, mas outras fontes avançam números mais elevados. Segundo a polícia de Bolonha, citada pela Associated Press, até 70 pessoas sofreram ferimentos e, segundo os serviços de emergência, citados pela EFE, 67 pessoas ficaram feridas, tendo sido tratadas a queimaduras de diferentes graus.
Segundo a imprensa, o condutor do camião está desaparecido.
As causas da explosão não são conhecidas. A agência italiana ANSA noticiou que a explosão se deu após um acidente envolvendo um camião que transportava substâncias inflamáveis.
Outras fontes afirmam que o camião explodiu sem embater noutros veículos, quando passava por um ‘stand’ automóvel, desencadeando explosões em viaturas estacionadas, danificando uma ponte pedonal e abrindo uma cratera no piso da autoestrada

7 Ago 2018

Acidente | Dona do restaurante na Areia Preta suspeita de crime de explosão

A Polícia Judiciária terminou a investigação à explosão que aconteceu no início do mês num restaurante na Areia Preta e suspeita que a dona do espaço cometeu o crime de “incêndios, explosões e outras condutas especialmente perigosas”. O caso foi entregue ao MP e a proprietária foi detida

 

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] dona do restaurante na Areia Preta onde ocorreu uma explosão na noite de 3 de Julho está detida e é suspeita da prática de crime de “incêndios, explosões e outras condutas especialmente perigosas” por negligência. O caso foi entregue ontem ao Ministério Público pela Polícia Judiciária, que já terminou a investigação à explosão que, alegadamente, teve origem num fogão que não foi desligado correctamente.

Segundo a informação fornecida pela PJ ao HM, além da acusação pelo crime, que é punido com uma pena que vai de 1 ano a 8 anos de prisão, pode haver um agravamento da pena em um terço, devido à morte de uma das vítimas do acidente e ferimentos graves em outras três, como previsto no Código Penal.

O Ministério Público vai agora fazer uma investigação e apresentar os resultados ao juiz de instrução criminal, que depois decide se a dona do restaurante no Edifício Pak Lei tem de responder em tribunal pelos crimes em questão.

Ainda de acordo com as informação disponibilizadas pela PJ ao HM, a mulher é residente de Macau e tem 44 anos.

Morte à porta de casa

O acidente no Edifício Pak Lei aconteceu na noite de 3 de Julho por volta das 21h45. Na altura do acidente, uma residente que circulava no corredor do edifício do outro lado da parede do restaurante, acabou por morrer devido ao impacto da explosão. Além disso, mais seis pessoas ficaram feridas, quatro das quais precisaram de ser internadas.

O impacto do acidente foi sentido por vários residentes da zona, muitos dos quais partilharam a experiência nas redes sociais, revelando que sentiram a estrutura do edifício a tremer.

Contudo, as autoridades garantiram, depois de inspecções feitas ao local, que a estrutura não tinha sido afectada. Nas operações de salvamento estiveram envolvidos pelo menos 40 operacionais, assim como várias viaturas, e a Avenida do Hipódromo teve mesmo de ser foi cortada ao trânsito.

Um dia depois da explosão foram vários os governantes da RAEM que se deslocaram ao local, entre os quais o Chefe do Executivo, Chui Sai On, que seguiu o exemplo de secretários como Wong Sio Chak e Lionel Leong.

2 Ago 2018

Ma Chi Seng pede reforço da segurança após explosão

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] recente explosão ocorrida no restaurante no edifício Pak Lei, na Areia Preta, levou ontem o deputado nomeado Ma Chi Seng a interpelar o Governo quanto à necessidade de reforçar a fiscalização destes locais. “Ocorrida no início deste mês, a explosão no Edifício Pak Lei, com um morto e feridos, entristeceu-nos. Está em curso a averiguação da causa do incidente, mas, seja o que for, acidente ou falha humana, o alarme já soou na sociedade”, defendeu no período antes da ordem do dia.

Ma Chi Seng acredita que o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) deve “reforçar, no futuro, a divulgação sobre a segurança da utilização (de equipamentos de gás) em casa”. Ma Chi Seng espera que o Governo “reforce as acções de sensibilização e divulgação em todos os aspectos, prestando ainda atenção a que as mesmas sejam simples e compreensíveis”.

O deputado pede ainda que haja uma avaliação da “cientificidade do número e das formas das inspecções”, além de que “há que efectuar ainda inspecções com uma frequência racional e acções de divulgação e sensibilização eficazes, para os cidadãos deixarem de estar dependentes da sorte e ficar na mente a consciencialização para a segurança”.

13 Jul 2018

Explosão | Associação afirma que família de vítima mortal se queixa de falta de apoio

A família da vítima mortal da explosão num restaurante na Areia Preta queixa-se de falta de apoio por parte do Governo. Quem o diz é o vice-presidente da Aliança de Povo de Instituição de Macau, Chan Tak Seng que se reuniu com os pais da vítima duas vezes. De acordo com o responsável, as visitas do Governo foram só para tirar fotografias

 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s familiares da vítima mortal da explosão que ocorreu na semana passada num restaurante na Areia Preta revelam que não têm tido qualquer apoio por parte do Governo. A denúncia é feita pelo vice-presidente da Aliança de Povo de Instituição de Macau, Chan Tak Seng ao Jornal do Cidadão em que o responsável refere que “na sequência da explosão do restaurante ao lado do Edifício Pak Lei, o Governo só enviou um representante do Instituto de Acção Social (IAS) para comunicar com a família da vítima sem ter prestado qualquer apoio”.

Chan Tak Seng apela a que o Executivo mude de atitude e pede que sejam mobilizados os meios necessários para a conclusão da investigação do incidente, que alegadamente teve origem numa fuga de gás. Além disso, dirigente associativo solicita o apoio económico aos familiares.

O responsável pela Aliança de Povo de Instituição de Macau revelou ainda que desde os acontecimentos do passado dia 3 de Julho, já visitou pessoalmente os pais da vítima mortal por duas vezes e sublinha a necessidade de apoio económico.

Chan Tak Seng explicou que se tratam de pessoas que perderam a capacidade de trabalho por motivos de doença e actualmente apenas contam com o filho para contribuir para a economia familiar.

Olha o passarinho

O responsável considera que após a ocorrência da explosão, as visitas do Chefe do Executivo, Chui Sai On e dos secretários do Governo serviram apenas para tirar fotos em frente do edifício e não para prestar condolências à família enlutada.

Entretanto, a investigação que se encontra a decorrer não tem qualquer data para terminar, uma situação que interfere com o funeral da vítima que não pode ser realizado até que o processo seja concluído.

De acordo com responsável, “a família está descontente por não receber nenhum apoio por parte do Governo” e Chan exige que o Executivo divulgue o resultado da investigação o mais rápido possível.

Explosão fatal

No passado dia 3 de Julho uma explosão num restaurante na zona da Areia Preta causou pelo menos seis feridos, três homens e três mulheres, de acordo com informação da PSP. O sinistro ocorreu por volta das 21h45. O acidente que aconteceu num restaurante no Edifício Pak Lei, terá tido na sua origem uma fuga de gás.

Um dos feridos teve de ser retirado dos escombros, onde tinha ficado preso após a explosão, que causou vários danos. Outro dos sinistrados ficou deitado na via pública em cima de vidros.

De acordo com um comunicado dos Serviços de Saúde de Macau (SSM), a vítima mortal tinha 34 anos e faleceu “devido a lesões graves nos órgãos e fracturas, também graves”.

Depois da explosão, o chefe substituto do departamento de segurança dos combustíveis do Corpo de Bombeiros (CB) Lam Chon Sang, apontou “Fórum Macau” da TDM que vai exigir a instalação de detectores de fuga de gás equipados com alrme sonoro nos restaurantes locais.

 

Saúde Pública | Maus cheiros devido a comida estragada

De acordo com um comunicado da Polícia de Segurança Pública (PSP), depois da explosão que ocorreu no restaurante na Areia Preta, surgiram maus cheiros na zona provenientes de comida estragada que se encontrava armazenada nos frigoríficos. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, o Executivo já removeu os frigoríficos do restaurante e esterilizou a área de modo a que não efecte a saúde pública.

9 Jul 2018

Acidente | Troca de botija de gás na origem de explosão mortal na Areia Preta

Uma mulher morreu e quatro pessoas continuam internadas, três em estado grave, na sequência do acidente no restaurante do Edifício Pak Lei. Wong Sio Chak prometeu uma investigação ao caso, mas o IACM refere que na última inspecção ao estabelecimento, em Maio, tudo estava dentro da legalidade

 

[dropcap style≠’circle’]“S[/dropcap]into que o meu coração está emaranhado”. Foi desta forma que Chu, pai da vítima mortal, reagiu à tragédia causada pela explosão do restaurante no Edifício Pak Lei, na terça-feira à noite. Em declarações aos meios de comunicação de língua chinesa, ontem de manhã, o homem revelou que estava em casa, quando a polícia tocou à campainha e lhe disse que a sua filha era uma das envolvidas na explosão. Quando chegou ao Centro Hospitalar Conde São Januário foi informado que a sua filha tinha morrido.

Eram 21h45 de terça-feira, quando a mulher local de 34 anos, mãe de um rapaz, circulava no corredor do Edifício Pak Lei de acesso aos elevadores de prédio. Foi nesse momento, que do outro lado da parede, onde fica o restaurante, se deu a explosão que lhe causou ferimentos graves, nomeadamente várias facturas e rebentamento de órgãos internos. Apesar de ter sido levada para o hospital ainda com vida, acabou por não resistir aos ferimentos.

Ainda em declarações à comunicação social, Chu sublinhou que a filha não tinha tido qualquer responsabilidade no acidente, que tinha sido uma vítima e que tinha uma vida bem organizada e em família. O pai da mulher de 34 anos frisou também que a filha tinha sido muito trabalhadora e que se tinha dedicado a organizar a sua vida logo após a conclusão dos estudos universitários. 

Por outro lado, Chu reconheceu ter sido apanhado completamente de surpresa pelo sucedido e estar a atravessar uma fase caótica. O pai da vítima mortal informou igualmente os repórteres que está a ser acompanhado por assistentes sociais disponibilizados pelo Governo.

 

Três feridos graves

Além da vítima mortal, há ainda mais três feridos graves que têm entre 34 e 54 anos. Segundo o comunicado do Centro Hospitalar Conde São Januário, uma das pessoas sofreu uma fractura do fémur e foi operada ontem, de urgência. Outra ficou em estado grave e apresenta queimaduras de segundo grau em 25 por cento do corpo. Neste momento, está internada na Unidade de Cuidados Intensivos. Finalmente, a terceira pessoa ferida está internada sobre observação permanente na sequência dos vários cortes que sofreu no corpo.

A juntar à vítima mortal e os três feridos graves houve ainda três feridos ligeiros, dos quais um está internado. De acordo com as informações oficiais, a maior parte dos ferimentos das pessoas que tiveram alta eram essencialmente “contusões superficiais”. Contudo, um dos feridos ligeiros precisou de ficar internado devido a uma concussão.

Troca de botija na origem

Segundo o secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, as investigações iniciais apontam para que na origem do acidente tenha estado a troca negligente de uma botija de gás e a instalação incorrecta da mangueira de fornecimento. “De acordo com as averiguações preliminares do Corpo de Bombeiros suspeita-se que a fuga de gás ocorreu durante a substituição de botijas de gás, devido à falta de cuidado”, afirmou, de acordo com um comunicado do Governo.

O secretário, que fez uma visita ao local e às vítimas no hospital, prometeu também averiguar o que realmente se passou. “A investigação do caso será liderada pelo Ministério Público, com o objectivo de apurar responsabilidades e no sentido de se verificar se houve violação da lei”, acrescentou.

Última Inspecção em Maio

No entanto, as investigações preliminares apontam para que o restaurante estivesse a operar dentro da legalidade. Segundo o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, o espaço tinha mesmo sido inspeccionado há cerca de dois meses, em Maio.

“De acordo com os dados disponíveis neste momento, o estabelecimento possui a devida licença para operar e apenas tinha quatro botijas de gás, o que cumpre os requisitos da lei. Em termos da segurança, o limite máximo são quatro botijas e o estabelecimento estava dentro do limite”, explicou Delfina To Sok I, Administradora do Conselho de Administração IACM, aos jornalistas, à margem de uma reunião na Assembleia Legislativa.

“A última inspecção ao restaurante tinha acontecido em Maio deste ano. Na altura, estava tudo em conformidade com as exigências”, acrescentou.

Ainda de acordo com Delfina To a última revisão da lei aconteceu em 2016, quando o número de botijas de gás autorizado nos restaurantes foi aumentado de dois para quatro. Contudo, existe a possibilidade de haver uma reunião com o Corpo de Bombeiros para discutir a instalação em restaurantes de tecnologias que permitam detectar prematuramente possíveis fugas de gás.

Delfina To informou também que são conduzidas inspecções com regularidade e que o IACM tem cerca de 100 agentes para o efeito, um número considerado suficiente por agora: “O problema não são as multas [impostas durante a fiscalização], o que é necessário é implementar tecnologias e aumentar a sensibilidade dos proprietários para este aspecto”, frisou.

Visitas ao local

Após a ocorrência do acidente foram vários os governantes que fizeram visitas ao hospital e ao local. O primeiro a chegar ao CHCSJ, em nome do Executivo, foi Wong Sio Chak, que foi acompanhado por Lei Chin Ion, director dos Serviços de Saúde (SSM).

Em conversa com os feridos, o secretário para a Segurança exprimiu as “mais sentidas condolências” e prometeu que o Governo “vai disponibilizar todo o apoio necessário às famílias”.

Também Lionel Leong, secretário para a Economia e Finanças, foi ao local do acidente e prometeu ajuda a todos os comerciantes afectados pela destruição causada pela explosão. Os afectados foram logo identificados durante a manhã de ontem e poderão pedir ajuda à Divisão de Apoio às Actividades Industriais e Comerciais da Direcção de Serviços de Economia.

Ainda durante o dia de ontem as autoridades distribuíram panfletos com indicações para que residentes e comerciantes saibam como utilizar em condições de segurança equipamentos com gás.

 

Condolências | Chui Sai On enviou carta a família enlutada

O Chefe do Executivo enviou uma carta à família enlutada a manifestar “a profunda consternação pelo sucedido” e “expressou os seus pêsames”. A informação foi avançada pelo Governo, que não revelou se Chui Sai On se mostrou disponível para se encontrar com os familiares da vítima, ou qual a razão de não o ter feito, apesar da família da vítima mortal ter estado, ontem, no local do acidente.

Também Chui Sai On esteve, por volta das 15h de ontem, na Areia Preta a visitar o Edifício Pak Lei, onde aconteceu a explosão. A visita foi feita sem que tivesse havido qualquer anúncio à comunicação social.

Segundo o comunicado do Governo, durante a deslocação ao norte da cidade, depois da visita de Wong Sio Chak, o Chefe do Executivo mostrou “preocupação quanto a eventuais impactos causados pelo incidente no dia-a-dia dos habitantes da zona” e deu instruções às autoridades “para se empenharem também nos trabalhos de garantia da segurança dos residentes”.

Chui Sai On foi depois ao hospital Conde São Januário. Na unidade hospitalar, garantiu aos “estar atento ao estado de saúde e à recuperação dos feridos” e desejou-lhes “as rápidas melhoras”. Porém, o Chefe do Executivo não esteve com a pessoa que apresenta queimaduras de segundo grau em 25 por cento do corpo, devido ao risco de infecções do ferido.

Reunião do Governo

Além das visitas, Fernando Chui Sai On convocou uma reunião entre os departamentos governamentais para discutir o caso. Segundo o comunicado do Governo, o líder da RAEM terá dado instruções para que o caso fosse investigado com a maior brevidade possível e de forma adequada.

Depois pediu o acompanhamento da “situação dos feridos e dos familiares da vítima mortal, prestando-lhes todos os tratamentos médicos de que necessitem”.

Chui Sai On insistiu também na necessidade de trabalhar na prevenção de futuros casos e permitir à população seguir com a rotina.

 

Estrutura | Risco de desabamento afastado

Apesar da explosão do Edifício Pak Lei ter sido sentida por vários moradores, a estrutura não está em risco de ruir. A afirmação foi feita ontem por Li Canfeng, director dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), após uma visita ao local. Segundo, Li Canfeng, apesar de ontem terem sido colocados pilares temporários para suportar a estrutura, tanto os pilares da construção original como a infra-estrutura não apresentam risco de colapso.

 

Chan Chak Mo apela a maior vigilância

O deputado e empresário Chan Chak Mo, responsável por vários restaurantes, defende que é necessário uma maior vigilância na manutenção de equipamentos com gás. “Os donos dos restaurantes deviam estar mais alerta para a necessidade de tomar as medidas de segurança necessárias na utilização de gás, fornos, e estes tipo de equipamentos”, disse Chan Chak Mo. “A manutenção regular é muito importante e quando se causa este tipo de danos eles afectam os bens do restaurante, mas também empregados e a população. Neste caso, morreu mesmo uma pessoa”, acrescentou.

 

Gás | Fuga de monóxido de carbono na Horta e Costa

Foi detectada, ontem às 01h, uma fuga de monóxido de carbono numa fracção do Edifício Wa Fai Kuok, na Avenida Horta e Costa. Após o alarme instalado na casa de banho do proprietário ter disparado, o homem chamou de urgência as autoridades. Esta é a segunda vez, em pouco mais de um mês, que a fracção em causa tem problemas, apesar do esquentador ser termoeléctrico e não a gás. Na primeira ocorrência, o homem sentiu-se mal disposto e teve de ser transportado para o hospital. Foi por essa razão que mandou instalar o detector do monóxido de carbono. Segundo as investigações iniciais, a entrada de gases deve ter acontecido pelo exaustor da fracção ligado ao exaustor público e de gases residuais de outras fracções.

5 Jul 2018

Explosão em restaurante na Areia Preta resulta num morto e seis feridos

[dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]ma explosão num restaurante na zona da Areia Preta causou ontem pelo menos seis feridos, três homens e três mulheres, de acordo com informação da PSP. O sinistro ocorreu por volta das 21h45. À hora de fecho do HM e segundo o jornal Ou Mun que cita fontes oficiais, uma das mulheres já ter mesmo morrido devido a ferimentos sofridos.

O acidente aconteceu num restaurante no Edifício Pak Lei, na Avenida do Hipódromo, e na origem terá estado uma fuga de gás. Os bombeiros e a polícia chegaram rapidamente ao local e começaram de imediato a transportar os feridos para o Centro Hospitalar Conde São Januário. Um dos feridos teve mesmo de ser retirado dos escombros, onde tinha ficado preso após a explosão, que causou vários danos. Outro dos sinistrados ficou deitado na via pública em cima de vidros. Na operação estiveram envolvidos pelo menos 40 operacionais, assim como várias viaturas. A Avenida foi cortada ao trânsito para que as operações de salvamento pudesse decorrer dentro da normalidade.

Além dos feridos, foram ainda muitos os danos causados pelos pedaços de vidro que foram atirados para a via. Vários carros e motas estacionados no local, ou que passavam na via na altura do acidente, foram atingidos por vidros.

GCS

Durante as operações de salvamento os bombeiros colocaram dois pilares amovíveis para suportar a estrutura, uma vez que os danos no edifício ainda estavam por apurar, à hora de fecho do HM.

À hora do acidente eram vários os residentes que estavam em casa, pelo que a explosão foi sentida por muitas pessoas. Por isso, foram vários os residentes que se apressaram a partilhar as imagens do local nas redes sociais, minutos após o acidente, com relatos de que tinham sentido o prédio a estremecer e ouvido um barulho muito alto.

Três pessoas continuam internadas

De acordo com um comunicado dos Serviços de Saúde de Macau (SSM), a vítima mortal tinha 34 anos e faleceu “devido a lesões graves nos órgãos e fracturas, também graves”. Três pessoas continuam internadas no Centro Hospitalar Conde de São Januário. “Uma devido a fractura do fémur e será alvo de uma cirurgia urgente, o seu estado clínico é considerado grave; outra sofreu queimaduras de 2º grau em cerca de 25% do corpo e está internada na Unidade de Cuidados Intensivos; a terceira pessoa internada sofreu diversos cortes, o seu estado clínico é considerado, também, grave e está internada para observação”, apontam os SSM. Entretanto três feridos tiveram alta “após tratamento a feridas ligeiras, sendo que a maior parte são contusões superficiais”.

GCS

O secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, e o comandante-geral dos Serviços de Polícia Unitários, Ma Io Kun, deslocaram-se ao hospital para visitar os feridos. Os dois dirigentes também realizaram uma visita ao local onde decorreu a explosão.

 

Notícia actualizada esta manhã com as informações disponibilizadas pelos Serviços de Saúde

4 Jul 2018

Presidente participará do diálogo global de partidos políticos

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] presidente chinês Xi Jinping participará de um diálogo entre o Partido Comunista da China (PCC) e outros partidos políticos do mundo, anunciou na sexta-feira o organizador do evento. Xi, também secretário-geral do Comité Central do PCC, pronunciará um discurso na cerimónia de abertura do diálogo, segundo Guo Yezhou, subchefe do Departamento de Relações Internacionais do Comitê Central do PCC. Líderes de mais de 200 partidos e organizações políticas de mais de 120 países registaram-se para a reunião, programada para durar de 30 de Novembro até 3 de Dezembro. Durante o período, o PCC também realizará discussões de rotina com partidos políticos de África, Ásia Central e Estados Unidos.

Ningbo : Dois mortos e 30 feridos em explosão fabril

[dropcap style≠’circle’]P[/dropcap]elo menos duas pessoas morreram e 30 ficaram feridas ontem na sequência de uma forte explosão ocorrida numa fábrica na zona industrial da cidade de Ningbo, na província de Zhejiang, no leste da China, informaram os ‘media’. Diversas equipas de resgate e inúmeras ambulâncias foram destacadas para o local do acidente para prestar assistência às vítimas, havendo entre os cerca de 30 feridos pelo menos dois em estado grave, informou a cadeia de televisão chinesa CGTN.Segundo a agência de notícias Xinhua, a explosão, que ocorreu pelas 09:00, provocou o colapso de edifícios adjacentes à fábrica. Vários trabalhadores de limpeza encontravam-se no interior da unidade, localizada numa zona industrial, aquando da explosão, de acordo com testemunhas. As autoridades estão a investigar as causas do acidente.

Empresa japonesa desculpa-se por proibir entrada de chineses em loja

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] fabricante de cosméticos japonês Pola desculpou-se por colocar um cartaz que proibia a entrada de cidadãos chineses num dos seus estabelecimentos no Japão, o que gerou fortes críticas nas redes sociais na China. A empresa publicou no seu portal um texto escrito em japonês e chinês no qual assegura que identificou essa loja e que retirou o cartaz com a mensagem a vermelho: “Não entrar gente da China”. “Pedimos desculpas sinceramente e rejeitamos o cartaz que ofendeu e incomodou muita gente”, diz o comunicado com data de 25 de Novembro. A companhia, que conta com 4.600 lojas no Japão, garantiu que considera a situação “muito grave”, punirá os responsáveis e suspenderá as operações desse estabelecimento, do qual não divulgou dados. Nos últimos anos aumentou no Japão o número de turistas chineses, que em 2016 chegou a quatro milhões, muitos dos quais viajam para o país vizinho para realizar compras de cosméticos e produtos tecnológicos.

Agências multadas por vender viagens ao Vaticano

[dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]uas agências de turismo da China foram multadas por oferecerem passeios para o Vaticano, país com o qual os chineses romperam relações diplomáticas há mais de 60 anos. Por realizarem negócios com países que não estão na lista de destinos autorizados pelas autoridades chinesas, as empresas serão obrigadas a pagarem  300.000 iuanes.

As sanções chamam a atenção pelo fato de a Itália, país cuja capital Roma divide limites territoriais com o Vaticano sem nenhuma imposição de controles fronteiriços, ser um destino autorizado por Pequim. Na prática, é virtualmente impossível controlar a entrada de turistas chineses hospedados em cidades italianas a atrações como a Praça e a Basílica de São Pedro, alguns dos principais marcos do país onde reside o Papa Francisco.

27 Nov 2017

China e Rússia realizam exercício militar na Europa

[dropcap style≠’circle’]C[/dropcap]omeçaram as primeiras etapas dos exercícios “Joint Sea 2017” das forças navais russas e chinesas, marcando a primeira vez que ocorrem na Europa. À medida que os navios chineses entraram no porto russo de Baltiysk na sexta-feira passada, iniciou-se a primeira fase, com a fase activa a 24 de Julho. Os exercícios estão definidos para durar até 28 de Julho. A segunda fase das manobras conjuntas será realizada no Extremo Oriente russo, no Mar do Japão e no Mar de Okhotsk em Setembro.

Este é um momento que entra para história das relações russo-chinesas, como o primeiro exercício conjunto da esquadra chinesa com a armada russa em águas europeias, algo que deve gerar ondas nos meios geopolíticos, sendo um claro sinal da crescente actividade naval chinesa e da sua capacidade operacional.

Participam do “Joint Sea 2017” os mais avançados meios navais da China, incluindo o destroyer de mísseis Type 052D Changsha, a fragata de mísseis Yungchen e o navio de abastecimento de Luomahu, que concluíram exercícios de incêndio no Mediterrâneo semana passada.

A Marinha russa irá participar com as últimas corvetas “Steregushchiy” e “Boiky”. Além destes meios, devem participar um significativo contingente aéreo composto por aeronaves e helicópteros de ambas marinhas.

Segundo uma declaração do Ministério da Defesa da Rússia: “Os principais objectivos dos exercícios são aumentar a eficiência na cooperação entre as duas frotas na luta contra as ameaças à segurança no mar, para formar a integração das tripulações dos navios de guerra russos e chineses, para fortalecer a amizade e a cooperação entre a Marinha russa e as Forças Navais do Exército de Libertação do Povo da China “. O “Joint Sea 2017” incluirão exercícios anti-submarinos e de defesa aérea.

A esquadra chinesa não passou despercebida quando se dirigia para o Báltico, tendo sido escoltada por navios britânicos, holandeses e dinamarqueses. Embora faça “parte da vigilância normal”, a reacção parece ser resultado da “campanha de propaganda nos media ocidentais que procuram sinalizar a Rússia e a China como uma espécie de impérios do mal”, comentaram os russos.

Explosão mata 2 e fere 55

[dropcap style≠’circle’]P[/dropcap]elo menos duas pessoas morreram ontem e 55 ficaram feridas na sequência de uma explosão numa loja em Hangzhou, no leste da China, noticiou a agência oficial Xinhua. A explosão, de origem ainda desconhecida, ocorreu numa loja próxima do Lago do Oeste, na capital da província chinesa de Zhejiang, onde decorreu a cimeira dos líderes do G20 em 2016. Doze pessoas ficaram gravemente feridas, acrescentou a Xinhua. Imagens difundidas nas redes sociais mostram uma explosão que provoca a queda de destroços sobre os veículos em circulação numa estrada.

 

 

24 Jul 2017

Tianjin | Presidente da Câmara assume responsabilidades sobre explosão

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] presidente da câmara da cidade chinesa de Tianjin, Huang Xingguo, assumiu na quarta-feira a responsabilidade pelas explosões ocorridas no terminal de contentores há uma semana, informou a agência oficial Xinhua.
“Como chefe do governo municipal e do Partido [Comunista] em Tianjin, tenho uma responsabilidade inquestionável”, disse Huang.
As explosões, cuja causa ainda não foi revelada, aconteceram num armazém da companhia Ruihai International Logistics, pouco antes da meia-noite do passado dia 12 de Agosto, e causaram pelo menos 114 mortos, mais de 700 feridos e 65 desaparecidos, números que oscilam diariamente.
Entre os desaparecidos estão vários bombeiros, bem como entre os mortos, a quem Huang chamou “heróis”.
O presidente da Câmara instou a que se aplique “tolerância zero” à empresa e às pessoas responsáveis pelo ocorrido “sem se ter em conta quem são e que contactos têm”.
Vários dirigentes de nível médio do porto estão a ser investigados e o organismo anti-corrupção do Partido Comunista abriu inquéritos sobre Yang Dongliang, responsável pela Segurança Laboral do país, e Xiong Yuehui, um alto cargo do Ministério de Protecção do Meio Ambiente.
Xiong Yuehui foi vice-presidente da Câmara de Tianjin, sob as ordens do actual vice-primeiro-ministro chinês, Zhang Gaoli, um dos sete membros do Comité Permanente do Partido Comunista.
As investigações a Yang e Xiong não foram oficialmente ligados às explosões.

Economia a salvo

Huang sublinhou que são necessários “mais cálculos” para avaliar os danos causados pelas explosões, mas garantiu que não vão afectar os pilares da economia de Tianjin cujo porto é o mais importante do norte da China.
“Nas áreas afectadas só há 176 empresas e a maioria delas não realizava negócios de importação e exportação”, acrescentou.
A agência de ‘rating’ Fitch Ratings estimou há dos dias um possível custo entre “1.000 e 1.500 milhões de dólares” para as seguradoras, e considerou que a tragédia pode tornar-se “uma das indemnizações por catástrofe mais dispendiosas” para o sector na China, nos últimos anos.

21 Ago 2015

Tianjin | Armazém tinha 3.000 toneladas de produtos perigosos

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] Ministério de Segurança Pública da China confirmou ontem que o armazém no porto da cidade de Tianjin, onde na passada quarta-feira se deram enormes explosões, continha pelo menos 3.000 toneladas de cerca de 40 produtos químicos perigosos.
Em declarações reproduzidas ontem pela emissora pública CCTV, o subdirector do departamento de bombeiros do Ministério de Segurança Pública, Niu Yueguang, explicou que, dado que o armazém ficou destruído, ainda não foi possível averiguar as quantidades exactas que continha.
Entre estas 3.000 toneladas, 800 eram de nitrato de amónio, 700 de cianeto de sódio e outras 500 de nitrato de potássio, detalhou Niu.
Em conferência de imprensa ontem, o chefe do grupo de emergência do gabinete de protecção do meio ambiente de Tianjin, Bao Jingling, disse que os restos de cianeto “podem” ter chegado aos edifícios residenciais próximos do porto, onde se deram as explosões.
Bao anunciou que vão ser enviados especialistas para limpar a zona e alertou para a toxicidade destes resíduos.
O funcionário explicou também que os pontos de controlo da qualidade do ar não detectaram nenhum novo poluente desde segunda-feira e que os que existem se encontram dentro dos níveis considerados “seguros”.

Água suja

As chuvas que se registaram em Tianjin nas últimas horas acentuaram a preocupação em relação a uma possível contaminação da zona, perante a possibilidade de a água da chuva provocar uma reacção química com o cianeto que se encontra na zona onde se deram as explosões, ou que este se disperse.
Bao assinalou que as equipas de limpeza vão reforçar o isolamento da zona do porto e que vão tratar a água da chuva com produtos químicos para neutralizar as reacções.
As autoridades municipais disseram ainda que estão a estabelecer diferentes categorias entre os afectados para, assim, os poderem compensar de acordo com os danos que sofreram, “o mais rápido possível”.
Na passada quarta-feira à noite uma enorme explosão em contentores de armazenamento de químicos, incluindo cianeto de sódio, abalou a cidade, causando, até agora 114 mortos, 70 desaparecidos e 700 feridos. Partes da cidade foram evacuadas devido a receios de propagação de químicos.
O Tribunal Supremo Chinês já anunciou uma investigação para apurar possíveis negligências por parte da empresa detentora dos contentores.
Ainda não se sabe o que causou as explosões mas a hipótese mais forte é que se deveram ao contacto dos produtos químicos com a água usada pelos bombeiros para apagar um incêndio que havia deflagrado previamente.

19 Ago 2015

Tianjin | Imprensa critica resposta dos dirigentes de às explosões

As suspeitas em torno da gestão da catástrofe aumentaram depois da revista Caijing anunciar que quem realmente controla a empresa onde se registaram fortes explosões é o filho de um antigo alto dirigente do governo local

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] imprensa estatal chinesa criticou ontem fortemente os responsáveis da cidade portuária de Tianjin, acusando-os de falta de transparência no caso das explosões na zona industrial da cidade que causaram a morte de, pelo menos, 114 pessoas.
As autoridades chinesas têm limitado as críticas à gestão do desastre, suspendendo ou encerrando dezenas de páginas na Internet ou contas em redes sociais.
No entanto, a imprensa estatal condenou ontem os dirigentes locais por falta de transparência, dizendo que a sua atitude tem um reflexo negativo no Governo central.
“Durante as primeiras dezenas de horas após as explosões foi disponibilizada pouca informação pelas autoridades de Tianjin”, escreveu ontem o Global Times no seu editorial.
“Tianjin não é um caso excepcional em termos de resposta desadequada em situação de desastre. O esforço para responder aos repórteres deve passar a ser rotineiro, caso os governos voltem a enfrentar um acontecimento de grande dimensão. Uma reacção lenta pode levar a que rumores corram desenfreados. E como consequência, a confiança pública no Governo continua a decrescer”, diz o jornal com ligação ao Partido Comunista.
Por seu lado, o China Daily escreve que “muitas questões continuam por responder” sobre as explosões, que geraram vários dias de incêndios e receio de contaminação tóxica.
“Não é surpreendente que a falta de informação confirmada tenha resultado em teorias da conspiração (…) que vão aumentar, a não ser que o Governo revele os mistérios em torno do incidente através de uma investigação exaustiva e transparente que possa responder às perguntas das pessoas”, escreve.
O jornal afiliado com o órgão de disciplina do Partido Comunista, o “China Discipline Inspection and Supervision News”, afirmou que o desastre em Tianjin expôs graves lacunas na implementação das regulações do país.
“As chamas engoliram não só vidas e propriedade, mas também o sentido de segurança. O promotor dos complexos [industriais] e os residentes não sabiam que estavam a viver ao lado de um ‘vulcão’ até as explosões acontecerem”, escreve.

Ligações opacas

A revista económica chinesa Caijing escreveu também ontem que quem realmente controla a empresa proprietária do terminal de contentores do porto de Tianjin, em que se registaram fortes explosões, é o filho de um antigo alto dirigente do governo local.
Apesar de o titular oficial da empresa Ruihai International Logistics ser Zhi Feng e os principais accionistas pessoas com o nome Li Liang e Shu Zheng, com 55% e 45% das acções, respectivamente, quem “realmente controla” a empresa é Dong Mengmeng, diz a revista.
A publicação indica que Dong é o filho do ex-director do Gabinete de Segurança Pública do Porto de Tianjin, onde fica o terminal de depósitos.
A ligação entre a empresa e o governo aumenta as suspeitas sobre a opacidade na gestão da catástrofe, sem que ainda tenha sido revelado o que a provocou.
Desde que se deram as explosões que se revelaram várias possíveis violações às regras de segurança, entre informações oficiais e publicadas pela imprensa.
O Tribunal Supremo Chinês já anunciou uma investigação para apurar possíveis negligências.
Apesar de ainda não ter sido oficialmente confirmado, a hipótese mais forte é que as explosões se deveram ao contacto dos produtos químicos nos contentores – incluindo cianeto – com a água usada pelos bombeiros para apagar um incêndio que havia deflagrado previamente.
Ainda não se sabe se a Ruhai International Logistics tinha licença para armazenar estes químicos perigosos, já que a autorização de 2012 não contemplava esta opção, ainda que fontes do Governo local tenham dito na sexta-feira que a licença foi “redefinida” mais tarde.

18 Ago 2015

Explosões | Cerca de 50 ‘sites’ sobre Tianjin censurados

[dropcap style=’cirle’]C[/dropcap]inquenta páginas da Internet que continham críticas às operações de socorro e à investigação das explosões ocorridas na quarta-feira no porto de Tianjin, no norte da China, foram encerradas ou suspensas temporariamente pelas autoridades.
Um comunicado da Administração do Ciberespaço da China, divulgado ontem pela agência oficial Xinhua, refere que os ‘sites’ “criam pânico publicando informação sem verificá-la ou permitindo aos seus utilizadores divulgar rumores infundados”.
Entre os rumores, aponta a administração, estão informações de que “as explosões causaram pelo menos 1.000 mortos” e de que “os supermercados em Tianjin foram saqueados”, além de comentários a defender uma mudança do governo no município.
O organismo considera que estas publicações “causam influências negativas”, pelo que revogou em permanência as licenças de 18 ‘sites’ e suspendeu temporariamente outros 32, não especificados.
A medida soma-se à censura, anunciada já no sábado, de 360 contas em redes sociais.
A Administração do Ciberespaço promete uma postura de “tolerância zero em relação à divulgação de rumores depois de grandes desastres”.

Cianeto à solta

Desde a tragédia, centenas de utilizadores do Weibo (o Twitter chinês) pediram “a verdade da explosão”, um dos ‘hashtags’ utilizados mais vezes na rede na sexta-feira, e criticaram a censura a órgãos de comunicação locais.
Familiares dos bombeiros desaparecidos (85, segundo o balanço mais recente) têm criticado na cidade portuária a falta de assistência e de informação por parte das autoridades.explosao
O balanço ontem divulgado indica que 112 pessoas morreram e 95 continuam desaparecidas, havendo 88 cadáveres não identificados. As explosões causaram mais de 700 feridos.
Um alto quadro militar afirmou ontem que centenas de toneladas de cianeto, químico altamente perigoso, estavam a ser armazenadas no armazém devastado pelas explosões de quarta-feira e onde já voltaram a ocorrer novas explosões e incêndios.
“O volume é de algumas centenas de toneladas, de acordo com estimativas preliminares”, afirmou o general Shi Luze, em conferência de imprensa, referindo que o cianeto foi identificado em duas localizações da zona.
A informação dada pelo general Shi Luze é a primeira confirmação oficial da presença dos químicos no armazém.
No sábado, especialistas que colaboram na investigação consideraram ser “possível” que os contentores armazenassem cianeto de sódio, entre outros produtos químicos, como nitrato de amónio, nitrato de potássio e carboneto de cálcio.
O desastre gerou receios de contaminação tóxica, pelo que foram retirados residentes da zona.
Maior porto do norte da China, situado a 150 quilómetros de Pequim, Tianjin é a sede de um município com cerca de 15 milhões de habitantes.

17 Ago 2015