Hoje Macau SociedadePolitécnicos portugueses sem candidatos a pós-graduações apoiadas por Macau [dropcap]O[/dropcap]s programas de apoio financeiro de Macau para frequência de pós-graduações nos politécnicos portugueses e na Universidade de Coimbra para o ano lectivo 2020/2021 ficaram ‘desertos’, anunciaram ontem as autoridades da região administrativa especial chinesa. Este ano foram seleccionados oito candidatos à frequência de mestrados em universidades portuguesas, o único programa a receber candidaturas e cujo apoio individual tem o valor máximo de 61 mil patacas, segundo a informação disponível no ‘site’ da Comissão de Desenvolvimento de Talentos. Outro dos programas para promover a formação de quadros qualificados, é aquele que incentiva os residentes de Macau a frequentarem cursos de mestrado ministrados pelos politécnicos portugueses, mas para este não foi recebida qualquer candidatura. Este programa é co-organizado pela Comissão de Desenvolvimento de Talentos e pelo Fundo do Ensino Superior, com oito vagas anuais, sendo que a cada um dos alunos é também concedido um subsídio anual de 61 mil patacas. O mesmo valor é atribuído pelas autoridades a cada um dos estudantes seleccionados no programa para a frequência de mestrados na Universidade de Coimbra, mas também este ficou ‘deserto’. Bom entendedor A funcionar desde 2017, lançado pela Comissão de Desenvolvimento de Talentos, Fundo do Ensino Superior e Fundação Macau, visa formar quadros qualificados bilingues em chinês-português e conta com três vagas anuais. Os programas fazem parte dos cinco mecanismos de longo prazo criados pelo Governo de Macau para promover a formação de quadros qualificados, tendo mesmo sido criada em 2014 a Comissão de Desenvolvimento de Talentos. Após a assinatura de um memorando de entendimento, Portugal passou a reconhecer automaticamente, a partir de 8 de Outubro do ano passado, licenciaturas, mestrados e doutoramentos concluídos em Macau. As autoridades classificaram a decisão como “um dos grandes resultados da cooperação” entre os dois territórios na área do ensino superior, o que poderia “atrair mais estudantes a frequentar cursos de ensino superior em Portugal, promovendo assim a mobilidade e o intercâmbio entre os estudantes das duas regiões”.
Pedro Arede SociedadeEnsino Superior | Mais bolsas de estudo no próximo ano lectivo [dropcap]N[/dropcap]o próximo ano lectivo, o Governo vai atribuir 510 bolsas de mérito e 510 bolsas especiais, um aumento de 20 e 10 bolsas, respectivamente, em relação ao ano passado. Num despacho publicado ontem em Boletim Oficial (BO), o Gabinete da Secretária para os Assuntos Sociais e Cultura revelou ainda que foram alargados os limites máximos de rendimento mensal, consoante o número de pessoas do agregado familiar. Desta forma, o valor máximo de rendimento mensal total do agregado dos candidatos às bolsas aumentou para 17.400 patacas (um elemento), 32.960 patacas (dois elementos), 44.088 patacas (três elementos) e 53.560 patacas (quatro elementos). O valor máximo para os agregados compostos por cinco, seis e sete pessoas aumentou para 60.480, 67.400 e 74.320 patacas. Para os agregados compostos por oito ou mais elementos, o limite de rendimento mensal passa a ser de 81.080 patacas. No despacho é também revelado que o montante mensal a conceder aos estudantes foi aumentado. O valor a atribuir aos bolseiros a estudar na RAEM e no Interior da China aumentou para 4,230 patacas, ao passo que o montante das bolsas dos estudantes que rumem a Hong Kong e Taiwan, cresceu, respectivamente, para 6.390 e 4.230 patacas. Quem for estudar para “outros países ou regiões” no próximo ano lectivo, passa a contar com uma bolsa mensal de 6.390 patacas.
João Santos Filipe Manchete SociedadeCovid-19 | Alunos no exterior querem regressar a Macau Os estudantes do ensino superior no estrangeiro estão a terminar o ano lectivo e querem voltar para Macau. Neste momento, o Governo considera que a hipótese de fretar um avião para trazer os alunos em Portugal não é “muito alta” [dropcap]A[/dropcap]s autoridades foram avisadas por 400 alunos do ensino superior no exterior que pretendem regressar ao território, após o fim das aulas, por volta do final de Junho. Os dados foram divulgados ontem por Inês Chan, chefe do Departamento de Licenciamento e Inspecção da Direcção de Serviços de Turismo (DST), com base na informação da Direcção dos Serviços do Ensino Superior (DSES). “Como muitos estudantes já concluíram o ano lectivo no estrangeiro e querem regressar a Macau temos mantido uma comunicação com a DSEJ [Direcção de Serviços de Educação e Juventude]. Temos 400 estudantes espalhados por vários países e regiões que querem regressar a Macau”, informou Inês Chan. “São alunos que estão espalhados por 30 países e regiões. E a partir de meados de Junho, a maioria vai concluir os seus estudos. O Governo está a ponderar as medidas para ajudar os estudantes a regressarem a Macau”, acrescentou. Ontem, a responsável explicou que um dos grandes desafios neste momento, e que limitam a adopção de medidas a longo prazo, é o facto de a pandemia estar constantemente a evoluir e as políticas dos diferentes países a alterarem-se de acordo com a evolução. Apesar desta realidade, Chan espera que até meados do próximo mês o Governo consiga definir as condições de regresso e informar os alunos no exterior. “Na segunda quinzena de Junho já teremos um projecto porque muitos querem voltar até ao final do mês. Temos de ajudá-los. Mas as medidas não vão ser a longo prazo porque temos de depender da cooperação com os outros territórios”, explicou. Neste sentido, Inês Chan considerou também que neste momento as hipóteses de ser fretado um avião para trazer os alunos de Portugal é baixa. “Estamos a pensar em todas as medidas viáveis, se forem passíveis de execução vamos adoptá-las. Mas não há uma possibilidade muito alta de fretar um avião vindo de Portugal. Macau não recebe voos internacionais e as pessoas estão espalhadas por muitos destinos diferentes”, indicou. Medidas de segurança Por sua vez, Alvis Lo, médico adjunto da Direcção do Hospital Conde São Januário, garantiu que o Executivo vai adoptar todos os cuidados e medidas necessárias para evitar que os regressados constituam um perigo de contaminação para a comunidade. “Vamos continuar com as medidas de observação médica de 14 dias, que é mais ou menos o período de incubação, que em média acontece dentro de sete dias”, afirmou Alvis Lo. “Além disso, temos dois trabalhos complementares. Primeiro, vamos observar as pessoas que apresentam sintomas como febre ou tosse. Depois vamos realizar dois testes de ácido nucleico [a esses estudantes]. O primeiro logo à chegada e o segundo quando forem sair do hotel. Se não for positivo logo à chegada, vai ser na segunda vez, caso haja infecção”, complementou. Segundo os dados apresentados ontem, Macau está há 49 dias sem qualquer caso de covid-19 e apenas cinco das pessoas curadas se encontram internadas, por motivos de convalescença, no Alto de Coloane. Também ontem, foi revelado que o centro para testes de ácido nucleico no Pac On vai passar a estar aberto entre as 10h e as 19h. Já o serviço no Hospital Conde São Januário estará operacional entre as 9h e as 17h.
Andreia Sofia Silva SociedadeEnsino superior | UM, IPM e USJ apostam nos exames e avaliações online Exames online e avaliação com base no ensino à distância dado nos últimos meses são as apostas de algumas instituições do ensino superior para avaliar os alunos em tempos de pandemia. A autonomia determina que cada instituição dite as suas próprias regras para avaliar os estudantes [dropcap]N[/dropcap]uma altura em que se aproxima o fim do ano lectivo para o ensino superior, muitas universidades e institutos politécnicos estão a apostar em exames online e avaliações com base no trabalho que foi feito à distância ao longo do semestre. A autonomia das instituições do ensino superior dita que as regras não sejam iguais para todos. No caso da Universidade de Ciências e Tecnologia de Macau manteve-se a realização de exames presenciais, com o cumprimento das regras de segurança para travar novas infecções de covid-19. Ainda assim, a Direcção dos Serviços de Ensino Superior (DSES) disse ao HM que recolheu opiniões dos estudantes “sobre os meios de ensino e as providências das instituições relativas à avaliação, tendo-as transmitindo às mesmas”. Depois desse inquérito, as universidades e institutos politécnicos “prestaram o devido acompanhamento, que inclui a auscultação das opiniões dos estudantes e o ajustamento das respectivas medidas”. No caso do Instituto Politécnico de Macau (IPM), foram criadas as “medidas aplicadas ao 2.º semestre do Ano Lectivo 2019/2020 dos cursos de licenciatura nas circunstâncias epidémicas”, que foram transmitidas a todos os alunos desse grau académico. Na resposta enviada ao HM, o IPM adiantou ainda que no segundo semestre “a maioria dos trabalhos de ensino e avaliação dos alunos têm sido feitos através da internet, com resultados positivos”. A Universidade de São José (USJ) aprovou, na última semana, um documento de trabalho sobre a avaliação no ensino online e que “resulta da recolha de informação sobre os princípios e métodos aplicados para a avaliação dos docentes”, explicou ao HM Peter Stiwell, reitor da USJ. Esta semana a universidade privada fará uma sondagem a todos os alunos sobre o funcionamento do ensino online nos últimos três meses. “A maior parte dos cursos completará o semestre com ensino e avaliação online. Nas unidades curriculares que requerem trabalho com equipamentos ou criação de modelos e projectos, seguimos as orientações da DSES para a retoma de aulas no campus e a correspondente avaliação. Também no caso de algumas unidades curriculares que requerem trabalho com software especializado, decorrem aulas no campus”, adiantou Peter Stilwell. Para os alunos que estejam na fase da realização do estágio, a USJ irá negociar com as entidades empregadoras. Já as defesas de teses de mestrado ou de doutoramento irão ser feitas de forma presencial “de acordo com as orientações de segurança estabelecidas para o ensino superior”. Direito em casa A Faculdade de Direito da Universidade de Macau (UM) foi uma das instituições que ajustou as avaliações dos alunos em tempos de covid-19. Teresa Robalo, coordenadora da licenciatura em Direito em Língua Portuguesa, referiu ao HM que o fim das aulas foi adiado de 29 de Abril para 16 de Maio para que os alunos “tenham assim uma melhor preparação com vista aos exames”. “Esta fase será de revisões e preparação para os exames”, frisou. Quanto aos exames finais, serão realizados nas casas dos alunos. Se não tiverem condições em casa, “serão providenciadas salas na universidade para esse fim”. No que diz respeito às avaliações, também houve ajustamentos. “Os alunos podem escolher entre uma avaliação de 0-20 valores ou simplesmente por ‘pass/fail’. Por outro lado, os alunos do 1.º ao 4.º ano normalmente apenas poderiam realizar um exame por disciplina, mas agora podem realizar dois exames, têm mais uma hipótese de passarem às disciplinas ou de subirem as notas sem qualquer penalização”, concluiu Teresa Robalo. O HM contactou ainda o Instituto de Formação Turística para saber qual o modelo de avaliação que está a ser seguido, mas até ao fecho desta edição não foi recebida resposta.
admin SociedadeEnsino superior | Aulas recomeçam a partir de 1 de Abril [dropcap]E[/dropcap]stão definidas as datas do regresso às aulas no ensino superior. Desta forma, foram criados três grupos de alunos, compostos por estudantes finalistas, locais e por aqueles que estejam em fase de entrega de tese, realização de trabalhos de investigação ou de estágios. A data inicial para o regresso gradual às aulas é o dia 1 de Abril, mas tudo dependerá da situação de cada instituição de ensino. “Sabemos que seis instituições do ensino superior vão reiniciar alguns cursos [nessa data], como o Instituto Politécnico de Macau, o Instituto de Formação Turístico, a Escola Superior das Forças de Segurança de Macau, a Universidade de São José e o Instituto de Enfermagem de Kiang Wu, sem esquecer a escola do ensino superior de gestão. “A maior parte das escolas não vão iniciar as aulas ao mesmo tempo e os estudantes não regressam a Macau neste período de tempo. Sabemos que há vários estudantes do Interior da China mas só depois de receberem as informações é que podem regressar. Enquanto não receberem podem acompanhar as aulas online”, disse o representante da Direcção dos Serviços do Ensino Superior.
Hoje Macau SociedadeEnsino superior | Aulas recomeçam a partir de 1 de Abril [dropcap]E[/dropcap]stão definidas as datas do regresso às aulas no ensino superior. Desta forma, foram criados três grupos de alunos, compostos por estudantes finalistas, locais e por aqueles que estejam em fase de entrega de tese, realização de trabalhos de investigação ou de estágios. A data inicial para o regresso gradual às aulas é o dia 1 de Abril, mas tudo dependerá da situação de cada instituição de ensino. “Sabemos que seis instituições do ensino superior vão reiniciar alguns cursos [nessa data], como o Instituto Politécnico de Macau, o Instituto de Formação Turístico, a Escola Superior das Forças de Segurança de Macau, a Universidade de São José e o Instituto de Enfermagem de Kiang Wu, sem esquecer a escola do ensino superior de gestão. “A maior parte das escolas não vão iniciar as aulas ao mesmo tempo e os estudantes não regressam a Macau neste período de tempo. Sabemos que há vários estudantes do Interior da China mas só depois de receberem as informações é que podem regressar. Enquanto não receberem podem acompanhar as aulas online”, disse o representante da Direcção dos Serviços do Ensino Superior.
Hoje Macau Manchete SociedadeMacau anuncia data de regresso às aulas para estudantes finalistas do ensino superior [dropcap]O[/dropcap] Governo de Macau anunciou hoje que as aulas do ensino superior para os estudantes finalistas, encerradas há várias semanas devido ao surto da Covid-19, vão começar no dia 1 de Abril. “A primeira fase é para os finalistas locais”, disse o subdiretor dos Serviços de Ensino Superior, Chang Kun Hong, em conferência de imprensa. Para os cursos ou avaliações que precisam de ter contacto pessoal, por exemplo defesa de tese também iniciam a 1 de Abril. “Para os outros estudantes precisamos de avaliar”, afirmou, acrescentando que as autoridades vão informar os estudantes com 14 dias de antecedência. Esta declaração acontece um dia depois de as autoridades anunciarem que as aulas do ensino não superior vão recomeçar gradualmente a partir do dia 13 de Abril, de uma forma faseada, até ao dia 4 de Maio. Quanto aos estudantes de Macau que estão a estudar em países estrangeiros, mais de 3.000, as autoridades afirmaram que muitos “mostraram vontade de regressar a Macau”, visto que os estabelecimentos ensino estão encerrados em vários países. Todos os estudantes que vieram do exterior têm de fazer quarentena de 14 dias em casa, explicaram as autoridades, acrescentando que vão distribuir frascos para retirar amostras à saliva e verificar as condições de condições da casa. Se as casas não reunirem condições os estudantes serão reencaminhados para um hotel, que será gratuito, explicaram. Macau registou dez doentes, tendo todos já recebido alta hospitalar. Dos 2.225 casos suspeitos em Macau, 2.119 foram excluídos pelas autoridades, com 16 à espera de resultados de análises, não existindo neste momento pessoas em isolamento. Nas últimas 24 horas, foram efetuados 202 testes, sublinharam as autoridades de saúde, no dia em que se cumpre o 39.º dia sem novos casos no território. O novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 5.400 mortos em todo o mundo. O número de infectados ultrapassou as 143 mil pessoas, com casos registados em mais de 135 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 112 casos confirmados. A Organização Mundial de Saúde declarou que o epicentro da pandemia provocada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) se deslocou da China para Europa, onde se situa o segundo caso mais grave, o da Itália, que anunciou 250 novas mortes na sexta-feira, um recorde em 24 horas, e que regista 1.266 vítimas fatais. Na sexta-feira, o número de infectados em Itália, onde foi decretada quarentena em todas as regiões, era na de 17.660, cerca de 2.500 mais do que na quinta-feira e praticamente metade dos mais de 36 mil casos confirmados na Europa, que regista perto de 1.500 mortos. Até à meia-noite de sexta-feira, o número de mortos na China continental, que exclui Macau e Hong Kong, subiu para 3.189, após terem sido contabilizadas mais 13 vítimas fatais. No total, o país soma 80.824 infectados, registando apenas 11 novos casos, e a Comissão Nacional de Saúde informou que, até à data, 65.511 pessoas receberam alta após terem superado a doença. Além de China e Itália, os países mais afetados são Irão, com 611 mortos, Espanha, com 121, e França, com 79. Face ao avanço da pandemia, vários países têm adotado medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena inicialmente decretado pela China na zona do surto.
Hoje Macau SociedadeDSES | Exame unificado re-agendado para Abril [dropcap]A[/dropcap] Direcção dos Serviços de Ensino Superior (DSES) decidiu adiar para o período compreendido entre 16 e 19 de Abril a realização do Exame Unificado de Acesso para os alunos do ensino secundário, e que abrange a Universidade de Macau, o Instituto Politécnico de Macau, o Instituto de Formação Turística de Macau e a Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau. De acordo com um comunicado ontem emitido, o adiamento do prazo permite “que os estudantes candidatos aproveitem, em pleno, o seu tempo para melhor se prepararem”. Além disso, “as quatro instituições [de ensino] salientaram que irão implementar melhor as medidas para prevenir a epidemia, para que esteja assegurada a segurança e a saúde dos estudantes candidatos e dos trabalhadores deste Exame”. Os resultados do Exame Unificado de Acesso serão publicados na segunda quinzena de Maio. Quanto à programação do Exame, as datas e as disciplinas das provas são, por ordem, as seguintes: 16 e 17 de Abril (disciplinas de Língua Portuguesa), 18 de Abril (disciplinas de Língua Chinesa) e 19 de Abril (disciplinas de Inglês e Matemática). Os novos registos para o Exame Unificado de Acesso podem ser feitos até esta sexta-feira, dia 14.
admin SociedadeDSES | Exame unificado re-agendado para Abril [dropcap]A[/dropcap] Direcção dos Serviços de Ensino Superior (DSES) decidiu adiar para o período compreendido entre 16 e 19 de Abril a realização do Exame Unificado de Acesso para os alunos do ensino secundário, e que abrange a Universidade de Macau, o Instituto Politécnico de Macau, o Instituto de Formação Turística de Macau e a Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau. De acordo com um comunicado ontem emitido, o adiamento do prazo permite “que os estudantes candidatos aproveitem, em pleno, o seu tempo para melhor se prepararem”. Além disso, “as quatro instituições [de ensino] salientaram que irão implementar melhor as medidas para prevenir a epidemia, para que esteja assegurada a segurança e a saúde dos estudantes candidatos e dos trabalhadores deste Exame”. Os resultados do Exame Unificado de Acesso serão publicados na segunda quinzena de Maio. Quanto à programação do Exame, as datas e as disciplinas das provas são, por ordem, as seguintes: 16 e 17 de Abril (disciplinas de Língua Portuguesa), 18 de Abril (disciplinas de Língua Chinesa) e 19 de Abril (disciplinas de Inglês e Matemática). Os novos registos para o Exame Unificado de Acesso podem ser feitos até esta sexta-feira, dia 14.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeHong Kong | Governo quer que estudantes de Macau terminem cursos no território A Direcção dos Serviços do Ensino Superior reuniu com responsáveis das universidades do território a fim de que os estudantes da RAEM em Hong Kong possam regressar temporariamente a Macau para concluir os estudos. Fernando Dias Simões, professor universitário em Hong Kong, felicita a criação da alternativa [dropcap]A[/dropcap] Direcção dos Serviços do Ensino Superior (DSES) emitiu na sexta-feira uma nota oficial onde aponta que está a ser criado um mecanismo para que os estudantes de Macau que frequentam as universidades de Hong Kong possam concluir temporariamente os seus estudos na RAEM. “Tendo em conta o recente caso de violência escolar ocorrido em Hong Kong, muitos estudantes de Macau que estudam em Hong Kong suspenderam os seus estudos, regressando a Macau”, aponta um comunicado. Neste sentido, o Governo diz estar “muito atento”, tendo activado “de imediato o mecanismo de emergência, negociando com as sete instituições do ensino superior, como a Universidade de Macau, o Instituto Politécnico de Macau, o Instituto de Formação Turística de Macau, a Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau, a Universidade da Cidade de Macau, a Universidade de São José, o Instituto de Enfermagem Kiang Wu de Macau, e chegaram a um consenso”. Assim, “as instituições do ensino superior concordaram com a implementação de medidas especiais para que os estudantes de Macau que estudam em Hong Kong possam regressar, temporariamente, a Macau para continuarem os seus estudos”. As medidas mais concretas deste plano serão divulgadas posteriormente, aponta a DSES. Recorde-se que Sou Chio Fai, director da DSES, afirmou esta semana estar atento aos acontecimentos na região vizinha, sobretudo desde que ocorreram episódios de violência no campus da Universidade Chinesa de Hong Kong, esta terça-feira. Também o Consulado-geral de Portugal em Macau e Hong Kong emitiu uma nota onde pede os contactos de todos os estudantes portugueses que se encontrem a frequentar o ensino superior na RAEHK, a fim de monitorar a sua situação. Boa alternativa A Universidade de São José (USJ) emitiu entretanto uma nota oficial na sua página de Facebook, onde afirma dar todo o apoio aos estudantes de Macau e portugueses que desejem regressar ao território. Também a Universidade de Macau (UM) pretende dar todo o apoio a esta acção, tendo sido criado um “grupo de trabalho especial” e uma linha de atendimento. “A UM irá prestar todo o apoio e assistência necessários para que estes estudantes possam ter, com a maior brevidade possível, um ambiente onde possam estudar ininterruptamente. De acordo com a situação individual desses estudantes e com base na discussão com os mesmos, a UM poderá prestar diferentes tipos de apoio, permitindo-lhes, nomeadamente, assistir às aulas, utilizar os recursos de estudos e beneficiar da orientação dos professores, entre outros”, lê-se numa nota oficial. Ao HM, o professor universitário Fernando Dias Simões, actualmente a dar aulas na Universidade Chinesa de Hong Kong, considerou esta decisão da DSES positiva. “É importante que sejam dadas alternativas às pessoas. Estas irão tomar as suas decisões. Taiwan também se voluntáriou para receber os alunos. Conheço alguns alunos da universidade (chinesa de Hong Kong) que decidiram voltar para a China. As pessoas estão à espera para ver o que vai acontecer aproveitando este hiato até final do ano. Se a situação se tornar insustentável vão pensar se querem continuar os seus estudos em Hong Kong”, concluiu.
Hoje Macau SociedadeEnsino | Lei de reconhecimento de cursos em vigor este ano [dropcap]A[/dropcap] Direcção dos Serviços do Ensino Superior (DSES) anunciou ontem, através de uma nota oficial, que ainda este ano entrará em vigor a nova lei que institui o reconhecimento mútuo dos cursos do ensino superior de Macau e Portugal. “O Governo da RAEM está a acompanhar activamente o projecto do regulamento administrativo sobre o reconhecimento automático de graus e diplomas do ensino superior portugueses em Macau, prevendo-se a sua entrada em vigor ainda este ano.” Este novo diploma nasce da assinatura do Memorando sobre o Reconhecimento Mútuo das Habilitações e Graus Académicos do Ensino Superior entre o Interior da China e Macau, algo que aconteceu em Maio aquando da visita do Chefe do Executivo, Chui Sai On, a Portugal. Portugal publicou, esta terça-feira, em Diário da República, uma deliberação para o reconhecimento automático do diploma de associado, da licenciatura (incluindo double major, dupla licenciatura), do mestrado e do doutoramento. “Isto significa que os estudantes titulares de graus e diplomas do ensino superior de Macau têm os mesmos direitos dos estudantes locais, depois de apresentarem o pedido de reconhecimento de habilitações académicas nas instituições de ensino superior públicas ou nos serviços competentes no âmbito do ensino superior de Portugal”, aponta o comunicado da DSES.
Hoje Macau SociedadeEnsino | Lei de reconhecimento de cursos em vigor este ano [dropcap]A[/dropcap] Direcção dos Serviços do Ensino Superior (DSES) anunciou ontem, através de uma nota oficial, que ainda este ano entrará em vigor a nova lei que institui o reconhecimento mútuo dos cursos do ensino superior de Macau e Portugal. “O Governo da RAEM está a acompanhar activamente o projecto do regulamento administrativo sobre o reconhecimento automático de graus e diplomas do ensino superior portugueses em Macau, prevendo-se a sua entrada em vigor ainda este ano.” Este novo diploma nasce da assinatura do Memorando sobre o Reconhecimento Mútuo das Habilitações e Graus Académicos do Ensino Superior entre o Interior da China e Macau, algo que aconteceu em Maio aquando da visita do Chefe do Executivo, Chui Sai On, a Portugal. Portugal publicou, esta terça-feira, em Diário da República, uma deliberação para o reconhecimento automático do diploma de associado, da licenciatura (incluindo double major, dupla licenciatura), do mestrado e do doutoramento. “Isto significa que os estudantes titulares de graus e diplomas do ensino superior de Macau têm os mesmos direitos dos estudantes locais, depois de apresentarem o pedido de reconhecimento de habilitações académicas nas instituições de ensino superior públicas ou nos serviços competentes no âmbito do ensino superior de Portugal”, aponta o comunicado da DSES.
Hoje Macau SociedadeEnsino superior | Pang Chuan quer que Macau seja cidade universitária [dropcap]P[/dropcap]ang Chuan, deputado nomeado à Assembleia Legislativa e vice-reitor da Universidade de Ciências e Tecnologia de Macau defendeu, ao Jornal do Cidadão, que o território poderá transformar-se numa cidade universitária no futuro. No contexto da implementação do projecto da Grande Baía, a aposta no ensino superior pode melhorar a imagem de Macau que vá além da cidade do jogo, defendeu. O deputado disse que, nos últimos tempos, o ensino superior tem-se desenvolvido bastante, tendo em conta o aumento do número de laboratórios de nível nacional criados nas universidades. Para o responsável, Macau poderá atrair mais alunos vindos do estrangeiro, o que pode obrigar a um novo cálculo das propinas tendo em conta os padrões internacionais. Nesse sentido, a alteração poderá trazer benefícios económicos a Macau e diversificar a economia. Pang Chuan espera ainda que, nos próximos anos, haja uma maior aposta nas áreas da ciência e tecnologia, uma vez que, actualmente, a maior parte dos cursos universitários focam-se nas áreas de gestão e humanidades.
Hoje Macau China / ÁsiaChina apela a estudantes para avaliarem riscos antes de irem estudar para EUA [dropcap]A[/dropcap] China apelou ontem aos estudantes para que “reforcem a sua avaliação dos riscos” antes de decidirem ir estudar para os Estados Unidos, na sequência de recentes restrições e recusa de vistos a cidadãos chineses. O ministério chinês da Educação pediu, em comunicado ontem divulgado, aos estudantes que “pensem bem na necessidade de tomar precauções e fazer preparativos adequados” antes de irem para os Estados Unidos. O apelo surge num contexto de guerra comercial entre Pequim e Washington e de crescente desconfiança dos EUA face à entrada de estudantes e investigadores chineses. No mês passado, os republicanos apresentaram ao Congresso um projecto de lei para impedir a obtenção de um visto de estudante para entrada no país a qualquer pessoa ligada ao exército chinês, o que suscitou de imediato protestos da China. O ministério chinês da Educação denunciou ainda várias dificuldades colocadas pelos Estados Unidos perante a apresentação de um pedido de visa, como o aumento do tempo de processamento, a redução do prazo de validade e o aumento do número de recusas. “Isto afecta todos os chineses que estudam nos Estados Unidos e também os que aí terminaram com sucesso os seus estudos”, refere o ministério no seu site. A proposta de lei apresentada ao Congresso pede a Washington que estabeleça uma lista de instituições científicas e de engenharia ligadas ao exército chinês cujos empregados ou investigadores patrocinados não podem obter visa de estudante ou investigador. O jornal norte-americano The New York Times já tinha avançado, em Abril, que as autoridades americanas tinham começado a recusar acesso ao país a alguns chineses suspeitos de terem ligações aos serviços de informações do seu país. Cerca de 360 mil chineses estão actualmente a estudar nos Estados Unidos, de acordo com estatísticas citadas em Março pela agência oficial de notícias chinesa.
Hoje Macau SociedadeEnsino Superior | Doutorados regressam cada vez menos a Macau [dropcap]A[/dropcap] Comissão de Desenvolvimento de Talentos afirmou que, segundo o “Inquérito de acompanhamento após a graduação dos estudantes do ensino superior de Macau”, feita pela Direcção dos Serviços do Ensino Superior entre 2015 e 2017, a taxa de emprego dos estudantes no exterior que voltaram para trabalhar em Macau é de cerca de 80 por cento. Aqueles que optaram por trabalhar em Hong Kong e Taiwan, ficaram em segundo e terceiro lugar, e os restantes permaneceram no local dos estudos universitários. A notícia foi avançada ontem pelo canal chinês da Rádio Macau. Durante o período de 2015 a 2016, a taxa de emprego dos estudantes que encontraram emprego nas áreas de comunicação e tecnologia informática, bem como aqueles que iniciaram o seu próprio negócio, foi ligeiramente superior no exterior. Ao mesmo tempo, de 2015 a 2017, o número de doutorados que voltaram a Macau para encontrar emprego, diminuiu de ano para ano, de 61,29 para 43,63 por cento, não sendo grande a diferença entre os estudantes de mestrado e de licenciatura.
Hoje Macau SociedadeEnsino | Projecto de reconhecimento de cursos superiores ainda este ano [dropcap]O[/dropcap] grupo de trabalho responsável pelos estudos para o reconhecimento dos cursos superiores de Macau em Portugal já está criado e o projecto em causa pode estar pronto ainda este ano. A ideia foi deixada ontem pelo secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, à margem da assinatura do acordo de cooperação do Art Macau. “Já criámos um grupo de trabalho, e muito em breve os meus colegas da Direcção dos Serviços do Ensino Superior vão a Portugal para trabalhar com o Ministério do Ensino Superior e Ciência e talvez ainda dentro deste ano, teremos um projecto concreto”, disse o governante. Esta medida vem no seguimento do acordo assinado no Palácio das Necessidades entre Alexis Tam e Manuel Heitor, ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, este mês em Portugal. O objectivo é o reconhecimento mútuo dos vários graus académicos do ensino superior de Macau e de Portugal.
Sofia Margarida Mota SociedadeEnsino Superior | Número de cursos aumentaram 50 % desde 1999 O ensino superior em Macau está em franco desenvolvimento, de acordo com a Direcção dos Serviços do Ensino Superior. O reflexo disso é o aumento de 50 por cento no número de cursos, do número de alunos e da investigação científica produzida no território [dropcap]O[/dropcap] número de cursos superiores leccionados em Macau duplicou desde 1999. A informação é dada em comunicado pela Direcção dos Serviços do Ensino Superior (DSES) que acrescenta ainda que o número de docentes, investigadores e estudantes quase triplicou. “A taxa de continuação de estudos dos estudantes que concluem o ensino secundário complementar aumentou de cerca de 70 por cento no início do retorno de Macau à Pátria, para mais de 90 por cento nos últimos anos”. Em dígitos, no ano lectivo de 2018/2019, Macau contou com 2.931 docentes e investigadores, 34.279 estudantes e 280 cursos nas instituições de ensino superior. Outra variante que registou um crescimento significativo foi o número de alunos estrangeiros que aumentou nestes 20 anos de RAEM de 5.653 para 17.992, um registo que aponta para o facto de Macau ser “cada vez mais apelativo para os estudantes estrangeiros”, lê-se no comunicado da DSES. Desde o estabelecimento da RAEM, a proporção dos docentes doutorados aumentou de 15 por cento para 64 por cento. Segundo os resultados de uma pesquisa realizada nos últimos três anos, “quase 80 por cento dos estudantes podem encontrar o primeiro emprego em tempo integral dentro de três meses. Por outro lado, cerca de 70 por cento dos estudantes empregados afirmam ter encontrado emprego dentro da área profissional que estudaram. Além disso, 50 por cento dos alunos universitários, depois de terminarem os estudos, “têm um rendimento média mensal superior ao rendimento mediano”, ou seja, a 18 000 patacas mensais. Investigar para saber O desenvolvimento é também visível na área da investigação, nomeadamente nas áreas da Medicina Chinesa e da tecnologia. O crescimento da pesquisa académica é outra das vertentes destacadas pelo DSES, nomeadamente face ao aumento do número de artigos publicados por docentes locais de 726 no ano lectivo de 2011/2012 para 3.712 no ano lectivo de 2017/2018. O apoio à investigação é também revelado pelo investimento financeiro feito. Desde o lançamento do programa de “Financiamento para o desenvolvimento profissional do pessoal docente e de investigação das instituições de ensino superior de Macau”, em 2013 foram financiados 172 docentes e investigadores para se dirigirem ao continente, Portugal, Estados Unidos, Reino Unido, Japão, Singapura e Austrália para intercâmbios académicos, tendo o montante dos apoios chegado aos 2,5 milhões de patacas.
Hoje Macau PolíticaAPN | Macau quer exame unificado válido no continente [dropcap]O[/dropcap]s representantes de Macau na Assembleia Popular Nacional apresentaram ontem uma proposta para que os estudantes do território possam concorrer a instituições de ensino superior no continente, sem realizar mais provas além do exame unificado para a candidatura a instituições locais. Segundo a Rádio Macau, a proposta apresentada por Lai Sai Kei e Chui Sai Peng tem como intenção que o exame unificado de acesso a instituições de ensino superior de Macau possa ser aceite pelas universidades chinesas. Actualmente, os estudantes locais que queiram estudar no continente têm de realizar exames adicionais além do exame unificado.
Diana do Mar EntrevistaYang Chen, professor da UM candidato a reitor da Universidade de Coimbra: “Seria interessante ser o primeiro estrangeiro” Yang Chen, de 61 anos, professor de Matemática na Universidade de Macau desde 2012 decidiu tentar a sorte e candidatar-se a reitor da Universidade de Coimbra, que nunca visitou. Com um programa centrado no financiamento e na captação de estudantes chineses, ficou “agradavelmente surpreendido” por ser admitido à corrida, ao lado de quatro adversários [dropcap]P[/dropcap]or que razão decidiu candidatar-se ao cargo de reitor da Universidade de Coimbra? Toda a minha vida estive preocupado com a vida académica. Depois, dado que o meu contrato [na Universidade de Macau] termina em Agosto de 2020, pensei que seria boa ideia mudar e fazer algo diferente, como trabalho administrativo, e dedicar-me um pouco menos à investigação. Foi a primeira vez que apresentei uma candidatura à liderança de uma universidade. Qual a sua relação com Portugal e com a Universidade de Coimbra? Não tenho, de facto, grande ligação a Coimbra. Fui a Portugal quando era mais novo, quando ainda estava no Reino Unido [a ensinar], mas tenho colaborado com uma portuguesa [Maria das Neves Rebocho], de outra universidade. Mas nunca visitou a Universidade de Coimbra? Não. Nunca estive na Universidade de Coimbra. Estive apenas na universidade onde essa minha amiga trabalha [Universidade da Beira Interior], mas sei que tem uma grande história, que é uma universidade muito antiga e bastante reputada. Não teve curiosidade em lá ir pelo menos antes de se candidatar? Não. FOTO: Sofia Margarida Mota Como reagiu quando soube que tinha sido admitido como candidato, a par com mais quatro aspirantes ao cargo, incluindo outro estrangeiro? Estava à espera? Fiquei agradavelmente surpreendido por ter sido seleccionado, até porque pensei simplesmente que a universidade poderia ter já alguém em mente ou algo do género. Uma vez admitido à eleição, que tem lugar a 11 de Fevereiro, está confiante na possibilidade de ser escolhido para o cargo? Sim, sinto-me confiante, porque penso que reúno as condições, mas se não for escolhido está tudo bem na mesma. Dado que não falo português esse será um factor que provavelmente não joga a meu favor e posso até não chegar à fase da audição pública dos candidatos [marcada para o próximo dia 4 de Fevereiro]. Ainda não sei. Neste momento, estou a aguardar pela resposta a um e-mail que enviei à pessoa responsável pelo recrutamento, alertando para o facto de não falar português. Não há problema se entenderem que não é possível fazer a apresentação em inglês e que, portanto, não é adequado ir. Como olha para o perfil dos restantes quatro candidatos? Não sei bem quem são. Sei apenas que há outra estrangeira, uma brasileira da área da Física, que acredito ser muito forte, que há candidatos de Humanidades e que pertencem à Universidade de Coimbra. Não vi bem o perfil, mas tenho a certeza de que são inteligentes e bons no que fazem. Penso que vai depender do tipo de pessoa que estão à procura ou da área. Que mais-valia acredita poder oferecer se assumir a reitoria da Universidade de Coimbra? O que eu gostaria de fazer era expandir a população universitária, em particular, de fora da União Europeia, porque eles pagam propinas mais elevadas. Todas as universidades precisam de dinheiro. Também penso que poder-se-ia apostar mais na investigação científica de qualidade. O financiamento é, aliás, uma das prioridades do programa de acção que submeteu, em que promete um “fluxo mais estável” de recursos, nomeadamente proveniente de estudantes da China… Sim, porque tenho muitos contactos com a comunidade de matemáticos na China e devo ser capaz de abordá-los com vista a captar mais estudantes. Penso que pode ter algum impacto. O meu ponto é que a universidade precisa de estudantes, especialmente, de qualidade. De outro modo, para que serve? Que estratégia tem em mente para o fazer? Seriam estudantes mais focados na sua área em particular? Não. Os chineses têm revelado muito interesse em áreas como a administração e negócios, por exemplo. Como líder de uma universidade, não poderia apenas olhar para a minha área, mas para todas as que a universidade oferece, tentando impulsionar as mais fortes e melhorar as mais fracas. Há muitos chineses que querem ir estudar para fora e se forem para Portugal tanto melhor. No programa de acção relativiza o impacto do abrandamento económico da China na ambição das famílias chinesas de porem os filhos a estudar no exterior. Não antecipa mesmo qualquer efeito? Não. Os pais poupam a vida toda para que os filhos possam ir para universidade, procuram bolsas para o estrangeiro. Os números, de qualquer modo, são muito grandes… Em paralelo, penso que a actual conjuntura, da guerra comercial [entre a China e os Estados Unidos] vai beneficiar os países europeus. Os estudantes chineses normalmente procuram os Estados Unidos para prosseguir os estudos e, agora, será mais difícil. O mesmo deve acontecer no caso do Reino Unido devido à saída da União Europeia. Está ciente de que caso seja eleito tornar-se-á no primeiro estrangeiro a assumir a liderança da Universidade de Coimbra? Sim, seria interessante ser o primeiro estrangeiro. Seria fora do comum, atendendo sobretudo a que é uma universidade muito antiga. Quem é Yang Chen? Natural de Singapura, de origem chinesa, Yang Chen, de 61 anos, é licenciado em Física pela Universidade Nacional de Singapura, obteve o grau de mestrado no Instituto de Tecnologia do Illinois e doutoramento na Universidade de Massachusetts, na mesma área, ambos nos Estados Unidos. Durante 20 anos foi professor no Imperial College, em Londres, até entrar para Universidade de Macau, onde lecciona Matemática desde Agosto de 2012. Novo reitor da UC eleito a 11 de Fevereiro As eleições para reitor da Universidade de Coimbra para o mandato 2019-2023 vão decorrer numa reunião plenária do Conselho Geral, a 11 de Fevereiro. Antes, no dia 4, tem lugar uma audição pública dos candidatos e uma segunda sessão, apenas para membros do Conselho Geral, marcada para o dia seguinte. O Conselho Geral da Universidade de Coimbra é constituído por 18 representantes dos professores e investigadores, cinco estudantes, dois trabalhadores não docentes e não investigadores e dez elementos externos à instituição. Existem cinco interessados em suceder a João Gabriel Silva, que cumpre, este ano, o seu segundo mandato à frente da Universidade de Coimbra, entre os quais dois estrangeiros (o singapuriano Yang Chen e a brasileira Duília Fernandes de Mello). O actual vice-reitor Amílcar Falcão, professor da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, o docente e investigador na área da inteligência artificial Ernesto Costa e o director da Faculdade de Letras, José Pedro Paiva, completam a lista de candidatos aceites. Durante o processo houve cinco candidaturas excluídas “por não-cumprimento dos requisitos formais estipulados”. Desde a entrada em vigor do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES), no final de 2007, que a eleição do reitor é feita pelo Conselho Geral e que são aceites candidaturas externas à Universidade de Coimbra. Na primeira eleição, após a entrada em vigor das novas regras, em 2011, surgiram duas candidaturas internacionais, das quais uma foi aceite (o polaco Krzysztof Sliwa).
Hoje Macau SociedadeIC atribui bolsas a cinco projectos de investigação [dropcap]O[/dropcap] Instituto Cultural (IC) anunciou ontem a atribuição de bolsas de investigação académica a cinco projectos de um universo de 41 candidatos de Macau e do estrangeiro. Geoffrey Charles Gunn, doutorado em Ciências Humanas/Políticas pela Universidade de Monash (Austrália) e investigador da história de Macau, foi um dos contemplados. Segundo um comunicado do IC, o professor propõe-se a estudar o processo de evolução de Macau na era da guerra e revolução do século XX, tendo como foco a vida dos povos de Macau durante a guerra, a sociedade no início da época do pós-guerra e as mudanças políticas e económicas de Macau até 1999. Já Wu Yuxian, doutorada do Departamento de História da Universidade de Macau, actualmente investigadora associada da Universidade da Cidade de Macau, vai debruçar-se sobre a gestão urbana e desenvolvimento de medicina e saúde de Macau na idade moderna. Tang Chon Chit, doutorado em Estudos de Literatura, História e Filosofia pela Universidade de Shandong, actualmente professor do Departamento da Língua e Literatura Chinesa da Universidade de Macau, focar-se-á, por seu turno, no estudo da sociedade literária “Xueshe” de Macau, que foi a primeira associação na história da literatura de Macau. Lu Chi Seng, doutorado em Filosofia pela Universidade de Macau e especialista na tradução jurídica chinês/português e vice-versa, actualmente assessor de tradução, intérprete-tradutor jurídico e assessor jurídico do Governo, apresentou um projecto sobre as componentes culturais relevantes dos princípios orientadores para a tradução jurídica bilingue de Macau. Por fim, Zhou Long, doutorado em Filosofia no Estudo de Planeamento, Design e Construção pela Universidade de Oklahoma (EUA), actualmente professor associado da Universidade da Cidade de Macau vai abordar a protecção, prevenção de desastres e gestão dos bairros culturais e históricos de Macau.
Hoje Macau SociedadeEnsino Superior | Reitores da China e de Portugal visitam Macau no final do mês [dropcap style≠’circle’]R[/dropcap]eitores de instituições do ensino superior da China e de Portugal vão reunir-se em Macau nos próximos dias 26 e 27. Segundo anunciou ontem o Gabinete de Apoio ao Ensino Superior (GAES), trata-se do primeiro fórum de reitores das instituições do ensino superior da China e de países de língua Portuguesa subordinada à iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”. Em comunicado, o organismo indica que o evento vai contar com mais de cem especialistas, estudiosos e representantes das instituições de ensino superior, das entidades de formação de língua portuguesa e dos serviços relacionados de Macau, Hong Kong e China, bem como dos países de língua portuguesa. O objectivo da iniciativa – organizada pelo GAES, Universidade de Macau e Universidade de São José – passa por explorar as perspectivas e as oportunidades de desenvolvimento do ensino superior ao abrigo da iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”. O papel de ‘Uma Faixa, Uma Rota’ para os países de língua portuguesa” e o desenvolvimento e oportunidades do ensino superior no contexto da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau figuram entre os temas a abordar. Na cimeira de reitores discutir-se-á o intercâmbio de estudantes, docentes e investigadores das instituições do ensino superior da Grande Baía e os países de língua portuguesa, bem como a cooperação em matéria de investigação científica e inovação.
João Luz Entrevista MancheteMarcus Im, presidente do Instituto Politécnico de Macau: “Alexis Tam é um bom chefe” Cerca de um mês depois de tomar posse como presidente do Instituto Politécnico de Macau, o professor Marcus Im revela os desafios que tem pela frente e garante que o português é a área chave e a sua prioridade. Im refere que patriotismo e ensino podem conviver em harmonia e que a liberdade académica será garantida durante a sua liderança. Além disso, o novo presidente do IPM dá uma boa nota ao Executivo em termos de política de educação [dropcap style≠‘circle’]E[/dropcap]stá no IPM desde 2001. Olhando para trás, como vê a evolução do instituto desde que entrou? Quando comecei no IPM só tínhamos um edifício. Naquela altura, o número de estudantes era menor, tínhamos uma área muito limitada, o que também constrangia o nosso desenvolvimento. Mas aos poucos, o crescimento económico de Macau permitiu-nos ter cada vez mais espaço, três novos edifícios e um ginásio. Também com o apoio do Governo, temos alguns blocos por ser construídos na Taipa. A evolução do instituto está alinhada com o desenvolvimento da sociedade e a economia de Macau. Passo a passo, fomos crescendo e ainda temos um longo percurso pela frente. Para uma instituição de ensino superior, 20 anos ainda é uma idade tenra. Especialmente no português, área chave e principal foco para nós, consigo ver Macau como um território com uma posição única e que pode tornar o IPM muito importante em termos mundiais. Por isso, o desenvolvimento tecnológico para ferramentas de tradução automática é muito importante. É algo que pode trazer oportunidades excepcionais ao IPM. Durante o discurso de abertura do ano lectivo mencionou o amor à pátria. Acha que política e nacionalismo se devem misturar com conhecimento académico e pedagogia? Acho que amar o país é muito importante, porque se não se ama o país pode-se pensar negativamente sobre muitos assuntos. Se um estudante amar o seu país tem uma vida muito positiva e a possibilidade de se concentrar no trabalho académico, em vez de pensar em coisas políticas todos os dias. Pode passar a maioria do tempo a estudar, em vez de alimentar pensamentos negativos. Não me parece que haja contradicção entre amor à pátria e o ensino. Enquanto presidente do IPM, como pode garantir que haverá liberdade académica? Acho que é um elemento muito importante no desenvolvimento do instituto. Se tivermos muitas limitações para fazer coisas diferentes, isso irá afectar o desenvolvimento da pesquisa académica. Temos um sistema para promover o desenvolvimento académico dos nossos estudantes e professores de forma a que fiquem todos protegidos. É uma ferramenta administrativa que apoia o desenvolvimento da investigação académica, algo que também é muito suportado pela nova lei do ensino superior. Está lá previsto. Uma instituição de ensino deve apoiar a liberdade académica. Não podemos travar formas diversas de pensamento académico. Não podemos impedir as pessoas de prosseguirem as suas investigações, ou de apresentar ideias em conferência num lugar público. Este é um problema ético que também está previsto na Lei Básica. Por isso, possibilitamos que as pessoas falem livremente, que apresentem as suas conclusões académicas e, como é óbvio, permitimos discussão. Por exemplo, a tradução automática será muito importante no futuro, mas estou aberto a opiniões contrárias ou diferentes. Na academia é particularmente importante, se assim não for como poderemos desenvolver novas ideias? Fazer apenas o que o chefe, ou director, nos diz para fazer? Desta forma nunca poderemos desenvolver coisas boas, inovação. O antigo presidente do IPM esteve à frente do instituto quase 20 anos. Acha que terá este tipo de longevidade no cargo? Do meu ponto de vista, tentarei ser apenas um bom presidente todos os dias que estiver ao serviço do IPM. Vou trabalhar muito todos os dias e espero que o meu talento, a minha experiência, contribua para o IPM. Não sei durante quanto tempo, mas enquanto aqui estiver darei o meu melhor. Imagine que está a falar com um estudante que acabou de entrar no IPM. O que tem para lhe dizer e que desafio lhe propõe? Acho que a primeira coisa, seria tratar da sua acomodação, desenvolver a rede com professores e colegas. Aprender sozinho num quarto, só com livros, limita o desenvolvimento do aluno. Primeiro tem de se estabelecer uma rede de comunicação, trabalho próximo com um tutor, alguém que guie o aluno e que o ajude a superar problemas. Um mentor é alguém muito importante para a adaptação de alguém que começa o percurso no ensino superior, em caso contrário o aluno pode perder-se num labirinto sem direcção. Isso seria a primeira coisa a dizer: como começar. Uma boa rede de apoio potencia a aprendizagem com tranquilidade e felicidade. Também faz parte do Comissão Eleitoral do Chefe do Executivo. Que nota daria ao Executivo de Chui Sai On em termos de políticas de educação? Daquilo que entendo, enquanto professor em Macau, tivemos sempre novas oportunidades. Temos uma nova lei do ensino superior. Até o Presidente Xi, em termos investigação, deu-nos a instrução, um guia, para nos inspirar a apostar nas áreas da ciência, tecnologia e inovação. É o caminho para fortalecer o país. Como instituto de ensino superior, a nossa missão maior é produzir conhecimento e isso é um grande incentivo, essa aposta em nós. O Governo encara o ensino com muita seriedade. Ainda recentemente, o Chefe do Executivo ouvi-nos quanto às formas de desenvolver tecnologias inovadoras. Ele está muito atento ao desenvolvimento do ensino, esteve à frente da secretaria dos Assuntos Sociais e Cultura antes de se tornar Chefe do Executivo. Ao longo de 20 anos, a evolução é visível. Gosto de trabalhar como professor aqui em Macau. Alguns nomes começam a ser falados como possibilidade para Chefe do Executivo. Ho Iat Seng e Lionel Leong são alguns dos mais falados. Como vê as suas qualificações? É uma pergunta difícil. Pelo que sei, são pessoas boas e talentosas. Neste momento, acho que ainda é cedo para comentar porque ainda falta mais de um ano. É difícil comentar qualquer um dos nomes, porque se comento preciso investigar o que fizeram por Macau em várias áreas, por exemplo. Ainda não temos uma ideia das suas intenções se querem, ou não, ser Chefe do Executivo. Se tivessem manifestado ideias concretas sobre o que querem para Macau, aí poderia comentar mas, para já, ainda não há nada para avaliar. Por outro lado, não sou especialista em ciências políticas. E gostaria de ver a continuidade de Alexis Tam? Ele é o meu chefe e tem prestado muito apoio. Inteligência Artificial é um exemplo de uma área em que o secretário apoia bastante e dá-nos sempre boas sugestões e ideias para problemas do dia-a-dia. Alexis Tam é um bom chefe. Como foram os seus primeiros dias como presidente do IPM? Que desafios e prioridades enfrentou nos primeiros momentos? É um trabalho muito excitante. Enquanto presidente do IPM consigo aperceber-me das novas oportunidades para o ensino superior em Macau, em especial com a entrada em vigor da lei do ensino superior. Esse enquadramento legal permitirá ao IPM fazer mais, por exemplo, em termos de ensino e investigação depois da licenciatura. Isso é muito importante para nós porque nos permite mais oportunidades académicas. Estamos muito entusiasmados com o que o futuro nos reserva. Em termos práticos, e à luz deste novo enquadramento legal, qual o caminho que considera que o IPM deve seguir? O próximo passo é desenvolver os estudos pós licenciatura, acho que é a nossa tarefa principal, especialmente em termos de estudos e investigação ligados ao ensino do português. Como sabe, temos programas de mestrado e doutoramento que atraem muitas pessoas com talentos nesta área. Portanto, podem trabalhar em conjunto com os professores e desenvolver conhecimento, investigação com resultados e promover o intercâmbio entre a China, Macau e os países de língua portuguesa. Por exemplo, se tivermos programas de doutoramento podemos atrair académicos de Portugal para se doutorarem em Macau. Se estas pessoas completarem os seus estudos e investigações e apresentarem as suas ideias aqui, por exemplo em conferências, podem difundir esse conhecimento pelo mundo. Mas pode dar algum exemplo de metas que gostaria de ver alcançadas? Sim, por exemplo, temos o Laboratório de Tradução Automática Chinês/Português/Inglês. Não estamos apenas a fazer investigação para dicionários ou dicionários electrónicos. Estamos a desenvolver um instrumento do campo da Inteligência Artificial que nos permite ir além da tradução palavra a palavra, até à tradução frase a frase. Parágrafo a parágrafo, livro a livro. A mais recente tecnologia de Inteligência Artificial representa um outro nível. Estamos também a falar de mecanismo de voz. Quando fala em português eu posso usar a ferramenta, através do telemóvel ou de um instrumento pequeno e traduzir em simultâneo para cantonense e mandarim. Quais são os principais desafios deste cargo? É uma tarefa desafiante, mas acho que não é só para mim, mas para o inteiro IPM. Pessoalmente, penso que o desafio será como implementar primeiro programas pós licenciatura com um standard reconhecido internacionalmente. O IPM está na linha da frente da acreditação académica em Macau. Fomos o primeiro instituto em Macau a passar a revisão institucional no final de 2013. A maioria dos nossos programas académicos já são reconhecidos. De um total de cerca de 20 cursos, 15 deles são reconhecidos. Este feito é representativo da posição de liderança do IPM em Macau, principalmente ao nível de licenciatura. Claro que temos algumas parcerias de programas de pós licenciatura com, por exemplo, a Universidade de Lisboa, Universidade de Londres e algumas universidades de topo na China. Estas instituições já são reconhecidas internacionalmente, o que é uma conquista importante. Mas queremos garantir o reconhecimento dos nossos programas pós licenciatura, por exemplo em língua portuguesa. Acho que esse é um desafio que temos de ultrapassar. Com o apoio forte da sociedade e do Governo, mais e mais alunos chegam ao IPM para estudar na área do português. Temos programas novos, introduzidos recentemente, que contaram com o apoio e aprovação do Dr. Alexis Tam. Portanto, cada vez mais estudantes se juntaram ao IPM. A questão é como poderemos tornar os nossos programas mais interessantes e como podemos fazer com que as suas vidas em Macau sejam felizes. Esses são os desafios do IPM. No passado tínhamos um número reduzido de estudantes oriundos de países de língua portuguesa. Hoje em dia temos cada vez mais vindos de Cabo Verde, Moçambique, Brasil e todos se juntam aqui. É como uma família grande.
Hoje Macau SociedadeEnsino Superior | Politécnico de Castelo Branco recebe 45 alunos de Macau [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) recebeu 45 alunos de Macau que vão frequentar a Escola Superior de Educação no ano letivo de 2018-2019, foi ontem anunciado. “A vinda destes estudantes enquadra-se na estratégia de internacionalização do IPCB, abrindo-se as portas da instituição a grupos de estudantes que chegam ao IPCB num contexto de parceria com uma instituição de ensino superior internacional”, refere, em comunicado, o presidente do IPCB, António Fernandes. A iniciativa enquadra-se no protocolo de cooperação assinado entre o Politécnico de Castelo Branco e o Politécnico de Macau e centra-se na lecionação conjunta dos referidos cursos de licenciatura, com o objetivo de permitir aos alunos a imersão linguística e cultural na língua e cultura portuguesa, assim como a aquisição de conhecimentos que permita que os últimos anos do curso sejam ministrados em língua portuguesa. Os 45 alunos provenientes do Instituto Politécnico de Macau vão frequentar todo o ano letivo na Escola Superior de Educação (ESE) de Castelo Branco. “São alunos de duas turmas diferentes, uma do segundo ano da licenciatura em Ensino da Língua Chinesa como Língua Estrangeira e outra da licenciatura em Português”, lê-se na nota. António Fernandes realça a qualidade do corpo docente da Escola Superior de Educação, assim como a formação ministrada, validada pelo reconhecimento que o Instituto Politécnico de Macau faz da instituição de ensino superior de Castelo Branco. A iniciativa conta com o apoio da Câmara de Castelo Branco, ao nível do alojamento dos dois docentes do Instituto Politécnico de Macau que acompanham os alunos durante a sua permanência em Castelo Branco, até Julho de 2019. Os alunos ficam alojados nas residências de estudantes do IPCB.
Hoje Macau China / ÁsiaEnsino Superior | Seis pessoas presas por cabular em exames [dropcap style=’circle’]S[/dropcap]eis pessoas foram condenadas na China a penas até quatro anos de prisão por organizarem um esquema fraudulento durante o ‘Gaokao’ chinês, o maior exame de acesso à universidade do mundo, informou ontem a imprensa local. Os alunos levaram para o exame transmissores e receptores sem fios, a partir dos quais leram as perguntas a colaboradores fora das instalações, que após consulta transmitiram as respostas. Entre os condenados constam dois alunos que ajudaram a recrutar clientes para o esquema. A imprensa chinesa não detalha qual o preço pago para beneficiar do esquema ou qual a punição, que para casos deste género costuma ser a proibição de voltar a participar nos exames. Já os seis responsáveis pelo esquema foram condenados a penas entre 20 meses e quatros anos de prisão e multas até 40.000 yuan. Os arguidos podiam ter sido condenados a sete anos de prisão, pena máxima prevista numa lei aprovada em 2015, visando prevenir o uso de cábulas durante o ‘Gaokao’, teste de conhecimento considerado “crucial à meritocracia chinesa”. Pelas contas do Governo chinês, de um total de quase dez milhões de adolescentes que esta semana se submetem ao exame, apenas 3,25 milhões vão conseguir entrar na universidade. Entre aqueles, só alguns milhares terão acesso às universidades de topo do país, que garantem maiores probabilidades de um bom futuro profissional ou académico. De acordo com relatos na imprensa local, os produtos e dispositivos utilizados por cábulas variam entre relógios, auscultadores e t-shirts com receptores, até equipamento usado em espionagem