João Luz Manchete SociedadeCovid-19 | Mais de 380 casos positivos na segunda-feira As autoridades de saúde de Macau anunciaram ontem que foram detectados na segunda-feira 382 novos casos positivos de covid-19. Entretanto, o pessoal médico do privado já não precisa de notificar os Serviços de Saúde sobre as infecções de que tem conhecimento Enquanto os casos positivos continuam quase a duplicar diariamente, o Governo emite orientações para a nova fase de transição que arranja hoje. O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus indicou ontem que na segunda-feira foram detectados 382 novos casos positivos de covid-19. Entre 28 de Novembro e segunda-feira, as autoridades registaram 923 pessoas infectadas. Em relação aos 382 casos anunciados ontem, as autoridades afirmam que 369 casos foram detectados na comunidade, o que é natural uma vez que deixou de haver controlo e isolamento de casos próximos e edifícios selados, e 102 apresentaram sintomas. O universo de infectados inclui 185 pessoas do sexo feminino e 197 do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 6 e 78 anos. Entretanto, arranca hoje a segunda fase do período de transição. Quem testar positivo à covid-19 terá de declarar o diagnóstico na plataforma de autoavaliação e preencher um formulário. De seguida, ser-lhe-á atribuída uma de quatro cores, de acordo com a severidade dos sintomas. A cor verde significa que a pessoa infectada com covid-19 pode fazer isolamento domiciliário durante cinco dias. As cores amarelo e laranja pressupõem uma avaliação médica, com a possibilidade de hospitalização e isolamento, que pode acontecer em hotéis designados para o efeito. Serviços de urgência As autoridades de saúde emitiram também ontem orientações para as unidades hoteleiras que vão receber pessoas que acusaram positivo à covid-19, para tratamento em regime de isolamento. A estadia será paga tendo por base as taxas de internamento hospitalar. Também os hospitais e centros de saúde públicos têm novas orientações para tratar os casos positivos e contactos próximos. Assim sendo, quem tiver marcado consultas externas no Centro Hospitalar Conde de São Januário (CHCSJ) deve ligar para o número 83906000, para reagendamento. Em caso de urgência, as pessoas em questão podem dirigir-se à área exclusiva de código vermelho e amarelo na Urgência Especial do hospital. Este serviço servirá doentes que precisam de “quimioterapia, diálise peritoneal, hemodiálise, exame especial (como consulta externa de obstetrícia – gravidez de alto risco, monitorização fetal) ou injecção de substâncias psicotrópicas”. Se os doentes precisarem de levantar medicamentos (em caso de necessidade), podem ligar para o número 83908587, e para os medicamentos sujeitos a receita médica para o 83906000. Após a emissão da receita médica, o paciente será notificado por SMS. Privacidade nos privados Quem tenha marcado serviços de cuidados de saúde nos Centros de Saúde, é favor ligar para o respectivo centro de saúde da sua área de residência e reagendar a consulta ou a data de exame. Para as situações inadiáveis, incluindo exames especiais (consulta externa de obstetrícia e ecografia), emissão de 2.ª Via e renovação de levantamento de medicamentos, as autoridades recomendam que a inscrição na consulta externa de febre nos centros de saúde. No que diz respeito aos serviços de saúde privados, como clínicas e hospitais, o Governo indicou ontem que os médicos privados deixaram de estar obrigados a reportar aos Serviços de Saúde casos positivos de covid-19 de que tenham conhecimento durante a prática médica, excepto se os casos forem graves e em ligação com idosos ou portadores de doenças crónicas.
João Luz Manchete SociedadeCovid-19 | Suspensas aulas em 13 turmas devido a infecções O Governo interrompeu as aulas presenciais em 13 turmas depois de 28 estudantes e docentes terem testado positivo. Directores de escolas alertam para incongruências nas orientações preventivas, enquanto pais queixam-se que as medidas no Interior da China são mais flexíveis que em Macau Apesar de Macau entrar hoje na segunda fase do período de transição no alívio de restrições pandémicas, na segunda-feira foram suspensas as aulas de 13 turmas de escolas do território depois de 25 alunos e três docentes de 17 escolas terem testado positivo à covid-19 no domingo. O Governo indicou que a Direcção dos Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) e os Serviços de Saúde (SSM) apresentaram às direcções das escolas orientações preventivas para aplicar durante o período de transição. Foi também estabelecido um mecanismo de notificação entre as escolas e as autoridades de saúde e uma linha telefónica especial para responder a dúvidas do pessoal das escolas. No mesmo comunicado da DSEDJ, divulgado apenas em chinês na noite de segunda-feira, é feito mais um apelo aos encarregados de educação para vacinarem os alunos ou para a administração da dose de reforço da vacina contra a covid-19. Sem orientação Um dos estabelecimentos de ensino onde foram suspensas aulas numa turma foi a Escola Choi Nong Chi Tai, na Areia Preta, devido à descoberta de um caso positivo numa turma. O director da escola, Vong Kuoc Ieng, revelou ao jornal Ou Mun que as orientações do Governo causaram alguma confusão e considera que as medidas a adoptar durante este período devem ser clarificadas. O responsável mostrou-se perplexo face à situação de a turma do aluno infectado ter ficado com aulas suspensas por cinco dias, enquanto as turmas frequentadas pelos irmãos do aluno (com quem coabitam) continuarem com aulas presenciais. Na segunda-feira, começou a ser implementado um sistema de testagem na Escola Choi Nong Chi Tai, que implica pelo menos um teste rápido antigénio por semana, com cerca de 20 por cento de alunos e professores a ser testados por dia. O responsável realçou que o facto de a testagem de alunos não ser obrigatória e não resultar no impedimento de entrada no recinto das escolas, pode dar azo a conflitos entre pais e professores. Também o deputado e director da Escola Secundário Pui Ching, Kou Kam Fai, pediu maior clareza em relação às orientações do Governo e indicou que no estabelecimento de ensino que dirige não serão dadas aulas à distância. As turmas com aulas suspensas terão apenas trabalhos de casa. A longo prazo, o deputado entende que seria mais prático apenas os alunos que testaram positivo ficarem em casa, enquanto que o resto da turma prossegue com as aulas presenciais, a menos que a proporção de casos positivos seja considerável.
Hoje Macau Grande Plano MancheteCovid-19 | Hong Kong decreta fim das restrições de viagem A partir de hoje será permitido entrar em Hong Kong sem cumprir qualquer tipo de quarentena ou auto-gestão de saúde. Para isso, basta apresentar um teste negativo à covid-19. Só quem testa positivo ficará com o código de saúde vermelho e terá de cumprir isolamento Hong Kong levanta, a partir de hoje, todas as restrições de viagem a quem chega à cidade e com teste negativo à covid-19, noticiou ontem o jornal local South China Morning Post (SCMP). O Chefe do Executivo de Hong Kong, John Lee Ka-chiu, anunciou as novas medidas antes do encontro semanal com o Conselho Executivo, de acordo com a publicação diária em língua inglesa. Até agora, quem chegava à região administrativa chinesa tinha de cumprir o regime ‘0+3’, sem necessidade de cumprir quarentena em hotel, mas com três dias de auto-gestão médica domiciliária, mantendo-se durante esse período o código de saúde amarelo, que proibia, por exemplo, a entrada em restaurantes. Com a nova medida, Hong Kong adopta o regime ‘0+0’ e todas as pessoas chegadas ao território com teste negativo à covid terão código de saúde azul, o que significa poder andar livremente pela cidade, destacou o SCMP. De acordo com as novas regras, quem testar positivo, mantém o código de saúde vermelho e é obrigado a respeitar o actual protocolo de isolamento. John Lee disse ainda que, a partir de hoje, os residentes já não terão de fazer a leitura do código QR para registar a entrada em locais da cidade, embora os clientes de restaurantes e pessoas que visitem determinadas instalações ainda precisem de apresentar o registo da vacinação. “As decisões têm como base dados e riscos. O risco de infecção dos casos importados é menor que o risco de infecções locais. Acreditamos que o levantamento [das medidas] não vai aumentar o risco de surtos locais”, salientou Lee, citado pelo SCMP. Sobre uma possível abertura da fronteira entre Hong Kong e o interior da China, Lee disse que o Governo tem estado a negociar activamente com as autoridades centrais. “As autoridades do interior também dão muita importância a isto”, acrescentou. Medidas graduais Na semana passada, Hong Kong aliviou as medidas de quarentena e isolamento, depois de uma alteração à política ‘zero covid’ por parte de Pequim. Um aumento de infecções diárias tinha impedido a cidade de levantar as regras de distanciamento social, lembrou o jornal. As autoridades de saúde de Hong Kong registaram um total de 14.717 casos na segunda-feira, cinco por cento dos quais importados. De acordo com dados da Universidade Johns Hopkins dos Estados Unidos, Hong Kong ultrapassou as 2,2 milhões de infecções e registou 10,959 mortes desde o início da pandemia da covid-19. Macau mantém a fórmula de quarentena “5+3”, que implica o cumprimento de cinco dias em isolamento num hotel e três dias de auto-gestão de saúde, mas desta vez com código de saúde amarelo. No entanto, as autoridades locais também se mostram abertas a mudar gradualmente as restritivas regras de combate à covid-19, nomeadamente com a entrada em vigor, também a partir de hoje, da medida de isolamento em casa para contactos próximos de doentes com covid-19. Loja de comida portuguesa espera reabertura da China O fim anunciado da estratégia ‘zero covid’ na China continental dá esperança ao restaurante e loja em Hong Kong onde Michael Franco, bisneto do primeiro Presidente português, partilha a paixão pelos sabores de Portugal. Pequim anunciou na segunda-feira o fim do uso de uma aplicação que rastreia as deslocações do utilizador. O país mantém, no entanto, a quarentena obrigatória para quem chega de Hong Kong e do estrangeiro. “O Governo disse que as restrições iriam ser levantadas muito em breve. Esperemos que o negócio volte ao normal até ao Ano Novo Chinês [22 de Janeiro], uma época alta, sobretudo para a alimentação”, disse à Lusa o director de marketing da loja ‘Bairro à Portuguesa’. Tony Cheung lembrou os “dias difíceis” do pior surto de covid-19 em Hong Kong, em Fevereiro: “O impacto foi enorme para todos os negócios ligados à comida. Ninguém saía de casa, ninguém vinha aos centros comerciais, não havia turistas”. Para manter a porta aberta, a loja recorreu à entrega ao domicílio, “sobretudo para pratos especiais, como o leitão”, ou fazia promoções para escoar os produtos, explicou Cheung, sobrinho de Michael Franco. A redução drástica no número de voos para Hong Kong não ajudou, fazendo disparar o custo do transporte de produtos como o presunto português, que “não pode vir de navio porque tem um período de validade muito curto”, sublinhou o gestor. Mais tarde, a guerra na Ucrânia fez subir o preço dos combustíveis, tornando também mais caro o transporte pela via marítima de produtos como o vinho português, lamentou Cheung. “Simplesmente sobrevivemos durante a pandemia. Tivemos prejuízo com a renda e os salários do pessoal”, disse o director de marketing do ‘Bairro à Portuguesa’. A situação tem melhorado desde o Verão, referiu Cheung. “O tráfego está a regressar, mas ainda não de volta aos níveis de 2018. Já conseguimos ver turistas chineses, mas ainda é raro”, acrescentou. Ironicamente, disse o gestor, o fim da quarentena para quem chega a Hong Kong vindo do estrangeiro, a partir de Setembro, acabou por não ajudar. “Nos últimos dois meses, o número de pessoas a jantar no restaurante diminuiu. Talvez os residentes de Hong Kong prefiram passar os fins de semana ou as férias na Tailândia ou em Taiwan”, explicou Cheung. “Reavivar memórias” O director de marketing da loja disse que, ainda assim, a loja continua a servir para “reavivar memórias”. “Antes da pandemia, as pessoas podiam ir regularmente a Macau comer comida portuguesa. Agora vêm aqui”, afirmou. Com a época festiva a aproximar-se, tornam-se mais populares os cabazes de Natal, indicou Cheung, onde o Bairro à Portuguesa junta alguns dos produtos mais populares, como vinho do Porto, presunto e sardinhas congeladas. “As pessoas provam as sardinhas assadas no restaurante e depois querem experimentar em casa”, disse o gestor. Sardinhas assadas é um dos pratos que Michael Franco aprendeu a fazer com a avó, filha de um general português que, após ter sido destacado em Macau, se mudou para Hong Kong. Franco é bisneto de Manuel de Arriaga, o primeiro Presidente português (1911-1915). Fronteira | Quarentena para entrar na China termina em Janeiro A quarentena obrigatória para quem quer entrar na China oriundo de Hong Kong deve chegar ao fim a partir do dia 9 de Janeiro, deixando de existir assim a fórmula “0+3”. A informação foi ontem veiculada pelos media de Hong Kong, sendo que, segundo o portal Macau News Agency, o portal HK01 foi o primeiro a dar a notícia citando uma fonte próxima da Comissão de Saúde da província de Guangdong. Com o fim da quarentena, restam apenas três dias de monitorização do estado de saúde em casa. Segundo a Bloomberg, que também cita os media de Hong Kong, as novas medidas serão postas em prática mediante um “programa piloto” a entrar em funcionamento antes da chegada do Ano Novo Chinês. De frisar que já em Novembro a Comissão Nacional de Saúde da China anunciou uma redução da quarentena obrigatória para os estrangeiros para cinco dias, ao invés dos anteriores sete.
João Luz Manchete SociedadeNúmero de casos positivos quase duplicou para mais de 200 num dia No domingo foram detectados 204 novos casos positivos de covid-19 em Macau, 198 destes na comunidade, anunciou ontem o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus. As autoridades indicaram que entre as infecções, para já, 120 não apresentavam sintomas, levando à classificação como casos assintomáticos, 61 casos foram detectados através de testes rápidos antigénio, 130 em testagem com ácido nucleico e seis testados por autoridades de Zhuhai. Entre o dia 28 de Novembro e domingo, as autoridades reportaram um total de 541 novas infecções de covid-19. As autoridades anunciaram ontem que serão disponibilizados transportes especialmente para pessoas infectadas com covid-19 para irem a consultas médicas, caso precisem, no Centro de Tratamento Comunitário, situado no Dome (Nave Desportiva dos Jogos da Ásia Oriental de Macau). Para já, hoje estão disponíveis partidas de quatro locais, mas o centro de coordenação de contingência indica que a partir de amanhã serão acrescentados mais pontos de partida para transportar doentes para diferentes centros de tratamento comunitários. Os autocarros destinam-se a pessoas que sem meios próprios para se deslocarem ao Dome. Transportes positivos O primeiro autocarro parte da Federação de Médico e Saúde de Macau do Edifício Ilha Verde (Avenida do General Castelo Branco) e passa pela porta principal do antigo Canídromo Yat Yuen, antes de chegar ao Dome. Outro transporte, parte do Centro de Actividades Juvenis da Areia Preta (Estrada Marginal da Areia Preta, perto do Edifício Kin Wa) e passa na Pérola Oriental. Na zona da Barra, o transporte parte do terminal de autocarro na Riviera e passa na Rotunda do Estádio, ao lado do Jockey Clube de Macau. A outra linha divulgada ontem, parte da Policlínica da Federação de Médico e Saúde de Macau e passa na Povoação de Sam Ka da Taipa (perto da travessia pedonal da Rua do Porto). Para já, estão a funcionar três centros de tratamento, um na Rotunda do Estádio, e os restantes na clínica da Federação de Médico e Saúde de Macau do Edifício Ilha Verde e na Policlínica da Federação de Médico e Saúde de Macau.
Andreia Sofia Silva Manchete PolíticaCovid-19 | Deputados aplaudem novas medidas do Governo A maioria dos deputados utilizou ontem o período de antes da ordem do dia para mostrar apoio ao alívio das medidas de combate à pandemia anunciadas pelo Governo, mas alertam para a clarificação de regras em contexto laboral e nas escolas. Pereira Coutinho diz que se passou “do oito ao oitenta” Na sessão plenária de ontem o período de antes da ordem do dia ficou marcado pelas reacções dos deputados às novas medidas contra a pandemia anunciadas recentemente pelo Governo. Si Ka Lon foi um dos primeiros intervenientes para dizer que “Macau deve mudar a mentalidade” após três anos de pandemia, sendo que muitos deputados lembraram que faltam ainda regras mais claras para escolas e área laboral. “Tendo em conta que as autoridades prevêem um número relativamente elevado de infectados a curto prazo, a situação vai, com certeza, afectar o trabalho e os direitos e interesses laborais dos trabalhadores”, disse Leong Sun Iok. Este alertou para o pagamento de indemnizações, que só acontecem caso ocorram infecções no trabalho. “As faltas dadas por motivo de serviço devem ser adequadamente garantidas. Espera-se que o Governo defina garantias de compensação por suspensão do trabalho, para proteger o emprego e os direitos e interesses dos trabalhadores.” José Pereira Coutinho foi o mais crítico, acusando o Executivo de passar “do oito ao oitenta” e questionando a manutenção de regras como a quarentena obrigatória “5+3” e outras. “Ninguém percebe porque é que os residentes vindos do estrangeiro e de Hong Kong têm de permanecer três dias nesse território, enquanto os residentes de Hong Kong desembarcados do mesmo avião podem ir directamente para as suas casas. Que base científica suporta este tipo de decisões?”, questionou. Para Coutinho, deveria ser eliminado o Código de Saúde, além de que deveriam ser suspensas decisões “sem base científica”. Ella Lei pede que seja assegurada “a capacidade de resposta do sistema de saúde”, para que “se mantenha o funcionamento básico da sociedade”, sendo necessárias “directrizes claras e específicas”. Isto porque, na opinião da deputada, muitos residentes estão preocupados com questões como se, durante a quarentena em casa pelos doentes e seus familiares, há ou não novas regras inerentes à saída de casa necessária para manter a sobrevivência e para ir aos serviços, ou se será possível às compras como de costume. Dar tempo Lo Choi In foi claro: novas medidas são sinónimo de resolução de muitos problemas sociais. “No ano passado, referi várias vezes que ia ser inevitável o cansaço da sociedade em relação às medidas. O rápido regresso à vida normal será benéfico para a recuperação gradual da sociedade, da economia e da vida da população”, contribuindo “para aumentar os visitantes e para reanimar o ambiente de consumo, que está fraco, ao mesmo tempo que será uma boa forma de aliviar a pressão social, reduzir a taxa de suicídio e diminuir os conflitos familiares”. Zheng Anting acredita que os cidadãos “entendem a decisão das autoridades, mas precisam de algum tempo para se adaptarem”. Estes “estão preocupados pois não sabem se o sistema de saúde consegue suportar tantos pacientes e se as pessoas em isolamento no domicílio podem receber apoio adequado quando muitas pessoas estiverem afectadas”. Sobre o funcionamento das escolas, o deputado Lam Lon Wai pede também uma maior clarificação. “Espero que as autoridades emitam as devidas orientações para assegurar o bom funcionamento das escolas. Além de prestar atenção ao número e à proporção de alunos infectados, deve prestar mais atenção à saúde dos docentes e do pessoal das escolas, de modo a assegurar que estas tenham pessoal suficiente para lidar com o grande volume de trabalho pedagógico e de prevenção da epidemia.” No caso de Lam U Tou, foi pedido que as farmácias não convencionadas possam aderir aos programas de fornecimento de pacotes com testes rápidos e outros materiais de combate à pandemia. Isto porque, nesta fase, “só existem 65 pontos de venda, 55 farmácias convencionadas e duas associações, por isso, muitos residentes não os conseguiram comprar nas farmácias próximas de si”.
Hoje Macau China / ÁsiaChina pode repor normalidade pré-pandemia a partir de Março, diz especialista O epidemiologista chinês Zhong Nanshan prevê que a China possa repor a normalidade do quotidiano pré-pandemia por volta do segundo trimestre de 2023, de acordo com declarações à imprensa. Face à crescente propagação do novo coronavírus, após as autoridades terem posto fim à estratégia ‘zero covid’, Zhong usou como exemplo o atual surto em Cantão, no sudeste do país, adiantando que o pico no número de casos diários na cidade vai ser atingido entre o final de janeiro e meados de fevereiro. Aquele período coincide com o Ano Novo Lunar. A principal festa das famílias chinesas, equivalente ao natal nos países ocidentais, regista, tradicionalmente, a maior migração interna do planeta, com centenas de milhões de chineses a regressarem à terra natal. O epidemiologista recomendou aos cidadãos que recebam doses de reforço das vacinas contra a covid-19, para aumentar o nível de proteção antes daquele período. Zhong também pediu às pessoas que continuem a usar máscaras e que não comprem quantidades excessivas de remédios para combater a febre, como ocorreu recentemente em várias cidades do país, resultando numa escassez de suprimentos nas farmácias e hospitais. Nos últimos dias, a imprensa oficial começou a minimizar o risco da variante Ómicron através de artigos e entrevistas com especialistas, numa súbita mudança de narrativa que acompanha o relaxamento de algumas das medidas mais rígidas da política de ‘zero casos’ de covid-19, que vigorou no país ao longo de quase três anos. As autoridades afirmaram que estão reunidas as “condições” para que o país “ajuste” as suas medidas nesta “nova situação”, em que o vírus causa menos mortes, e anunciaram um plano para acelerar a vacinação entre os idosos, um dos grupos mais vulneráveis, mas ao mesmo tempo mais relutante em ser inoculado. O país aboliu, na semana passada, testes em massa, quarentena em instalações designadas, para casos positivos e contactos diretos, e a utilização de aplicações de rastreamento de contactos. Isto ocorreu depois de protestos em várias cidades da China contra a estratégia de ‘zero casos’ de covid-19. Alguns dos manifestantes proclamaram palavras de ordem contra o líder chinês, Xi Jinping, e o Partido Comunista, algo inédito no país em várias décadas. Embora tenha sido recebido com alívio, o fim da estratégia ‘zero covid’ suscita também preocupações. Com 1.400 milhões de habitantes, a China é o país mais populoso do mundo. A estratégia de ‘zero casos’ significa que a esmagadora maioria da população chinesa carece de imunidade natural. Pequim recusou também importar vacinas de RNA mensageiro, consideradas mais eficazes do que as inoculações desenvolvidas pelas farmacêuticas locais Sinopharm e Sinovac. A remoção das restrições poderá desencadear uma ‘onda’ de casos sem paralelo este inverno, sobrecarregando rapidamente o sistema de saúde do país, de acordo com as projeções elaboradas pela consultora Wigram Capital Advisors, que forneceu modelos de projeção a vários governos da região, durante a pandemia. Um milhão de chineses poderá morrer com covid-19 durante os próximos meses de inverno, de acordo com a mesma projeção. Especialistas advertiram, no entanto, que ainda há possibilidades de o Partido Comunista reverter o curso e reimpor restrições, caso ocorra um surto em grande escala.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 está a propagar-se na China depois de alívio de restrições, diz epidemiologista A vaga de covid-19 está a “propagar-se rapidamente” na China, alertou hoje um epidemiologista conselheiro do Governo, na sequência da decisão da tutela de abandonar a estratégia de “covid zero”. Na quarta-feira, as autoridades chinesas anunciaram o abrandamento geral das restrições sanitárias, depois dos protestos da população, e na esperança de revitalizar a segunda maior economia do mundo, que tem sido asfixiada pelas restrições. As lojas e restaurantes de Pequim estavam hoje desertos, enquanto o país aguarda um pico de infeções com o fim dos testes PCR de rotina em grande escala, a possibilidade de isolamento em casos ligeiros e assintomáticos, e o recurso mais limitado de confinamentos. “Atualmente, a epidemia na China (…) está a alastrar rapidamente e, nestas circunstâncias, por mais forte que sejam a prevenção e o controlo, será difícil cortar completamente a cadeia de transmissão”, afirmou, em entrevista aos meios de comunicação estatais chineses, um dos principais conselheiros do Governo desde o inicio da pandemia. “As atuais sub variantes da Omicron … são altamente contagiosas … uma pessoa pode transmitir a 22 pessoas”, acrescentou Zhong. O país enfrenta uma onda de casos que está mal preparado para gerar, com milhões de idosos ainda não totalmente vacinados e hospitais sem capacidade para acomodar um elevado número de pacientes. A China tem uma cama em unidades de cuidados intensivos para cada 10.000 habitantes, alertou, na sexta-feira, o diretor do departamento de assuntos médicos da comissão nacional de saúde. Jiao Yahui anunciou que 106 mil médicos e 177.700 enfermeiros seriam redirecionados para unidades de cuidados intensivos para lidar com a nova vaga de casos, não adiantando, no entanto, como é que outros setores hospitalares se iam organizar. Hoje, longas filas de pessoas formaram-se à porta das farmácias de Pequim, enquanto os residentes se apressavam a abastecer de medicamentos para a febre e de ‘kits’ de testes contra a covid-19. Em declarações à AFP, algumas pessoas disseram que estavam a encomendar medicamentos em farmácias de cidades próximas. “Tenho medo de sair”, afirmou Liu Cheng, residente no centro de Pequim, acrescentando que “muitos” dos seus amigos com sintomas ou que deram positivo no teste contra a covid-19 não tinham reportado.
Hoje Macau China / ÁsiaPandemia | FMI saúda abrandamento da política “covid zero” A directora-geral do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva, saudou na passada sexta-feira a decisão de Pequim de abrandar a política “covid zero”, sublinhando tratar-se de um “avanço decisivo”. “Felicitamos as acções decisivas levadas a cabo pelas autoridades chinesas (…) no sentido de recalibrar a política sobre o covid (SARS CoV-2)”, disse Georgieva, após uma conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro Li Kegiang em Huangshan, na China. Na quarta-feira passada, as autoridades sanitárias de Pequim anunciaram um desagravamento geral das restrições sanitárias relacionadas com a propagação do vírus Covid-19. Entre as principais medidas, foi decretado o fim dos testes (PCR) sistemáticos e em larga escala, a possibilidade de isolamento doméstico para casos ligeiros e assintomáticos e limitações relacionadas com o confinamento. Os esforços da República Popular da China para aumentar a taxa de vacinação são uma boa escolha para “o povo chinês, para a Ásia e para o resto do mundo”, acrescentou Georgieva. “O desempenho da China é importante (não apenas) para a China, mas também para a economia mundial” que foi agravada pela guerra na Ucrânia e pelos efeitos da crise sanitária que fizeram aumentar os níveis do custo de vida em vários países. O abandono progressivo da estratégia “covid zero” vai contribuir para “afastar incertezas”, disse Ngozi Okonjo-Iwela, directora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) presente na mesma conferência. O secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), Mathias Corman, acrescentou que “estes ajustamentos apoiam o vigor e a retoma (económica) na China e no mundo”.
João Luz Manchete SociedadeInfectados podem fazer isolamento em casa a partir de quarta-feira Foram concretizadas algumas das medidas que vão aliviar o combate à pandemia. A partir de quarta-feira, pessoas infectadas podem fazer isolamento em casa, a apresentação do código de saúde deixa de ser obrigatória para entrar em transportes, parques e mercados. O código de local vai deixar de ser tido em conta Depois de um Verão marcado por confinamentos “parciais”, partilhas de percursos de infectados e criminalização de vários aspectos da vida quotidiana, as autoridades de saúde renderam-se à inevitável realidade de “convívio” com a covid-19. No sábado, o director dos Serviços de Saúde (SSM), Alvis Lo, afirmou que nos próximos tempos é expectável que o número de infecções aumente, mas apelou à população para que não entre em pânico com a subida dos casos positivos. A partir de quarta-feira, Macau irá entrar naquilo que as autoridades descrevem como a segunda fase da transição da prevenção da pandemia, um trajecto rumo à normalização da sociedade. Numa fase posterior, o Governo prevê a passagem a um período de disseminação do novo tipo de coronavírus entre a população. Neste sentido, Alvis Lo argumentou no sábado que a comunidade científica indica que as consequências para a saúde resultantes da infecção com a variante ómicron não são gravosas. Uma das medidas que entrará em vigor na quarta-feira, é a possibilidade de as pessoas infectadas cumprirem isolamento domiciliário, sendo que a triagem será feita através de uma plataforma electrónica e de um formulário em que a pessoa irá fazer uma autoavaliação do seu estado de saúde. Cores decisivas O isolamento será de, pelo menos, cinco dias a partir do resultado positivo. Após este período, e com dois testes negativos o código de saúde voltará a apresentar cor verde. Após a autoavaliação submetida na plataforma electrónica por quem testou positivo, será atribuída uma de quatro cores possíveis de acordo com a severidade da infecção. Quem obtiver cor verde, pode fazer quarentena de cinco dias em casa, carregando diariamente resultados de testes rápidos antigénios no código de saúde. Esta classificação será para casos assintomáticos. Quem tiver cor amarela, deve dirigir-se a uma das clínicas comunitárias montadas no território para apurar um diagnóstico. Se a cor for laranja, a pessoa terá de submeter-se a tratamento no centro comunitário instalado no Dome. A cor vermelha será sinónimo de internamento hospitalar. Para a atribuição da cor e do tratamento a aplicar serão tidos em conta factores como a idade, estado de saúde, se a pessoa é portadora de alguma doença crónica, vacinação e sintomas. Novo código Também o código de saúde passará a uma nova fase. Em primeiro lugar, Alvis Lo revelou que a leitura do código de local será algo que vai deixar de ser tido em conta, porque as autoridades já não fazem “rastreios detalhados” de percursos de infectados e contactos próximos. Por outro lado, a partir de hoje, deixa de ser exigida a apresentação do código de saúde em transportes públicos, parques e mercados, mantendo a obrigatoriedade para entrar em serviços públicos, instituições de saúde, instituições de serviços sociais e escolas do ensino não superior, incluindo creches. Em relação aos espaços privados, o Governo deixa à consideração dos proprietários a decisão de exigirem ou não a apresentação de código de saúde à entrada das instalações. Além disso, é também deixada à consideração dos privados admitir a entrada de pessoas com código amarelo ou vermelho nas suas instalações. Noutro domínio, destaque também para a necessidade de todos os alunos e professores do ensino não superior terem de fazer um teste rápido antigénio semanalmente, a partir de hoje. Resistência idosa Um dos pressupostos da abertura de Macau em contexto pandémico sempre foi a vacinação, em particular dos grupos mais vulneráveis. Foi com esse intuito que o Governo contactou “4.896 pessoas idosas com idade superior a 80 anos que ainda não tinham tomado vacinação contra a covid-19” para os convencer a tomar a vacina. Deste universo, apenas 638 aceitaram ser inoculados, pouco mais de 13 por cento, enquanto os restantes recusaram a proposta, alegando “motivos pessoais”. Ainda assim, as autoridades apontaram que “até ao momento, o trabalho de ligações telefónicas foi concluído com sucesso”. Para já, as autoridades não arriscam uma previsão para quando será atingindo o pico de infecções no território, mas Alvis Lo afirmou que a normalização só será atingida num momento de descida do número de infecções e a partir de certo nível de imunidade de grupo. No meio da transição para a normalidade, será equacionado o retorno da abertura fronteiriça com Hong Kong, se Macau registar “um número controlável de infectados, ou seja, se não afectar o funcionamento dos serviços médicos”. Infecções | Registados 106 novos casos no sábado As autoridades de saúde anunciaram ontem a descoberta no sábado de 106 novos casos positivos de covid-19, 99 deles encontrados na comunidade. Desde o passado dia 28 de Novembro, até sábado, foram contabilizados 337 casos positivos de covid-19. Em relação aos casos anunciados ontem, o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus afirmou que dizem respeito a 54 mulheres e 52 homens, com idades entre os 6 e 79 anos. Dos 106 casos, 44 revelaram sintomas, enquanto os restantes 62 foram classificados com assintomáticos. Entre os casos positivos, sete foram descobertos em hotéis de observação médica a hospitais, 30 foram detectados através de testes rápidos antigénio e 54 descobertos em testes de ácido nucleico. Consultas externas | Abrem hoje três postos comunitários Entram hoje em funcionamento, a título experimental, três postos de consulta externa comunitária para quem testou positivo à covid-19 e ficou com cor amarela, ou seja, sem necessidade de acompanhamento médico permanente, mas que precise de uma consulta. Estes postos vão estar abertos entre as 10h e as 19h. Além disso, foram criados oito pontos de ligação, destinados aos residentes com resultado positivo e sem condições para se dirigirem ao Centro de Tratamento Comunitário no Dome (Nave Desportiva dos Jogos da Ásia Oriental de Macau). Por outro lado, também a partir de hoje, para entrar em creches, centros de cuidados especiais diurnos para idosos e lares de pessoas deficientes é necessário apresentar resultado negativo no teste rápido de antigénio realizado dentro do período de duas horas. No mesmo dia, se for registado um caso positivo ou um utente positivo, os trabalhos serão suspensos por cinco dias. Para quem tem necessidades especiais, devem ser adoptadas medidas mais favoráveis, indicou no sábado o director do Instituto de Acção Social Hon Wai.
Andreia Sofia Silva Manchete PolíticaCovid-19 | Decretada quarentena domiciliária para contactos próximos Governo admite nova fase no combate à pandemia e lança, a partir deste fim-de-semana, novas regras. Incluem-se, para já, instruções para a quarentena em casa para contactos próximos, além de se manter a fórmula de quarentena “5+3”, mas com código amarelo. Autoridades admitem mais casos na comunidade, mas asseguram ter planos de resposta É já este fim-de-semana que começam a ser divulgadas as instruções para as novas regras de combate à covid-19, onde se inclui a realização de quarentena em casa para contactos próximos de infecções confirmadas. Um dia depois do Conselho de Estado da China ter anunciado as quarentenas domiciliárias para casos assintomáticos e menos testes em massa, eis que o Governo de Macau reage com um alívio de medidas. Em conferência de imprensa realizada ontem, a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong U, adiantou que “a partir deste fim-de-semana vamos lançar uma série de medidas”, tal como as “orientações para a quarentena domiciliária de contactos próximos”. “Cerca de 90 por cento dos infectados não apresentam sintomas ou têm sintomas leves. Basta tomarem medicação e, com base numa avaliação de risco, podem perfeitamente fazer uma quarentena domiciliária sem qualquer problema”, salientou. O novo conjunto de medidas inclui ainda a distribuição, a partir de segunda-feira, de pacotes de combate à pandemia com máscaras KN95, medicamentos ocidentais e de medicina tradicional chinesa e testes rápidos, além de medidas para “acelerar a vacinação”, sobretudo dos idosos. Sobre a quarentena para quem vem do exterior, mantém-se a fórmula “5+3”, mas desta vez com código amarelo para os últimos três dias, o que permite que a pessoa circule em alguns locais do território. Sofrem ainda um ajuste “imediato” medidas como a “redução gradual da exigência de testes de ácido nucleico e rápidos”, ou ainda a atenuação “das exigências de testes para quem vem do Interior da China”. Serão também “ajustadas as medidas para quem vem de fora da China, incluindo pessoas oriundas de Hong Kong, Taiwan e estrangeiro”. No entanto, o Governo opta por manter, para já, a fórmula de quarentena “5+3”, uma vez que existe ainda risco de transmissão do vírus a quem chega de fora. “Neste período lançamos primeiro as medidas para os residentes locais, mas creio que não vai demorar muito tempo até que haja um ajuste nas medidas de entrada”, disse a secretária, que pretende “uniformizar” todas as regras para quem viaja de Taiwan, Hong Kong e do estrangeiro, com excepção da China. Prosseguem ainda as negociações com Hong Kong para que haja um canal directo dos passageiros do aeroporto para Macau, uma vez que estes têm de esperar três dias no território até viajar para a RAEM. “Queremos ver se os visitantes podem cumprir os três dias aqui”, explicou Elsie Ao Ieong U. “Uma certa transmissão” Ontem, foi a primeira vez que o Executivo admitiu a ocorrência de mais casos na comunidade e a importância de cada um adoptar medidas individuais de protecção da saúde. “A Ómicron já se espalhou pelo mundo, mas 50 por cento ou mais são casos assintomáticos. Espera-se que haja um grande número de casos num curto espaço de tempo, mas cada um de nós deve tomar medidas para se proteger a si mesmo e a quem está ao seu redor”, disse a secretária, que deixou claro que o alívio das restrições será sempre gradual. “Primeiro vamos implementar a quarentena em casa para os contactos próximos, mas depois teremos um período de transição, que pode ser de uma ou duas semanas. Pretendemos que, primeiro, as pessoas se adaptem à quarentena antes de se lançar outra medida para os grupos de infecção. A implementação de medidas de uma vez só poderá gerar confusão”, acrescentou. Alvis Lo, director dos Serviços de Saúde de Macau (SSM), disse mesmo que “permitimos, a partir de hoje [ontem], uma certa transmissão do vírus”. “Vamos analisar tudo de forma científica, e se houver um aumento estável [do número de casos] a pressão nos SSM será baixa. O que nos preocupa é o número acelerado de casos.” O Governo tem também planos para a “quarentena domiciliária dos infectados graves”, em que os doentes terão acesso a uma linha telefónica para o esclarecimento de dúvidas e um plano de avaliação do estado de saúde online. “Com base nos sintomas irá determinar-se se há condições para fazer a quarentena domiciliária”, adiantou Alvis Lo, que previu que em apenas dez por cento dos casos haverá necessidade de ficar em isolamento ou receber tratamento fora das suas casas. Alvis Lo frisou que a realização da quarentena em casa “é uma experiência que todos os países já têm”. Existem, para já, 600 camas para isolamento nas instituições de saúde e cerca de seis mil camas nos hotéis designados para quarentena, além de que 106 médicos e 89 enfermeiros receberam formação para tratamentos nos cuidados intensivos. Há 139 ventiladores nos SSM. Relativamente às escolas, Kong Chi Meng, director da Direcção dos Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ), explicou que já a partir de segunda-feira professores e alunos serão submetidos a testes rápidos. Visitas a lares suspensas Quanto aos lares de idosos, hoje estão suspensas as visitas, devendo “todos os utentes ficar nos lares e realizar um teste de ácido nucleico e um rápido”, explicou o presidente do Instituto de Acção Social (IAS), Hon Wai. “Os trabalhadores, antes e depois do trabalho, têm de fazer um teste rápido e usar máscara FFB2 ou KN95 durante o trabalho. Apelamos aos familiares a que não entreguem materiais junto dos lares. Vamos ter medidas mais rigorosas nos lares por comparação a outras instituições”, referiu. A partir de hoje, os 4.800 idosos que ainda não foram vacinados vão receber chamadas dos SSM de incentivo à vacinação. Neste momento, dos idosos com idades entre os 60 e 69 anos, apenas 17 por cento tem as quatro doses da vacina, e 60,8 por cento tem apenas três doses. No grupo dos idosos dos 70 aos 79 anos há 57,3 por cento com três doses, enquanto apenas 17,5 por cento estão vacinados com quatro doses. “Há uma situação boa, pois recentemente houve mais pessoas a receberem a terceira e quarta dose, incluindo os idosos. Há mais pessoas a tomar as primeira e segunda doses, porque entendem que há uma certa transmissão na comunidade”, rematou Elsie Ao Ieong U. Uma coisa é certa: mesmo com o alívio gradual das medidas, o código de saúde não irá desaparecer tão depressa. Este tem “um papel muito importante”. “Não vamos deixar de o usar já amanhã. Não vamos ter uma mudança rápida, mas essa será a tendência”, concluiu a secretária.
João Luz Manchete PolíticaCovid-19 | Deputados pedem para Macau seguir alívio aplicado no Interior Um dia antes do anúncio de atenuação das medidas de combate à pandemia em Macau, os deputados Ella Lei e Leong Sun Iok emitiram um comunicado a pedir ao Executivo de Ho Iat Seng para que copie as medidas aplicadas no Interior da China. O alívio das restrições transfronteiriças e dos incómodos para a população devem ser as prioridades Os deputados Ella Lei e Leong Sun Iok querem que o Executivo de Ho Iat Seng siga as medidas recentemente implementadas pelo Governo Central no alívio das restrições, segundo um comunicado emitido cerca de 24 horas antes da conferência de imprensa de ontem das autoridades de saúde, onde foi anunciada a alteração de abordagem no combate à pandemia no território. Os deputados da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) pediram ao Governo que adopte medidas de controlo semelhantes às divulgadas pelo Conselho de Estado, mantendo políticas consistentes com o país, mas também alivie o incómodo provocado à população. Um dos pedidos principais dos legisladores é o relaxamento das restrições transfronteiriças. Neste aspecto, como para entrar em Zhuhai continua a ser obrigatório apresentar resultado negativo do teste do ácido nucleico em 24 horas, os deputados gostariam que o preço dos testes diminuísse, de forma a aliviar os encargos das empresas, dos funcionários e da população em geral. Os deputados destacaram que o Governo deve reduzir gradualmente o impacto causado pelas medidas da prevenção da pandemia à população, sobretudo na frequência da realização de testes de ácido nucleico, e em relação aos critérios para definir zonas de código amarelo e vermelho. Os legisladores mostraram-se particularmente preocupados com a situação de trabalhadores impedidos de trabalhar porque ficaram com código de saúde amarelo e dizem ter recebido queixas de residentes e de funcionários de diversos sectores cuja vida foi condicionada porque a sua morada foi decretada como zona vermelha, ficando impedidos de trabalhar, apanhar transportes públicos e entrar em serviços para tratar de assuntos necessários. Mudar o teste Um dos pedidos dos deputados da FAOM que foi atendido prende-se com a obrigatoriedade de grupos-alvos, de determinados sectores profissionais, fazerem testes de ácido nucleico regularmente. Ella Lei e Leong Sun Iok pediram que nesta medida seja dada primazia ao teste rápido de antigénio, algo que na realidade foi dada a escolha do tipo de teste a realizar aos empregadores. Outra questão que os deputados gostariam de ver resolvida, é o foco das medidas de prevenção nos grupos-alvo e pessoas de alto risco, nomeadamente quando são verificados casos positivos num apartamento, sugerindo que os vizinhos que moram no mesmo edifício não fiquem com o código amarelo. Finalmente, face à possível abertura em termos de controlo pandémico, Ella Lei e Leong Sun Iok apelaram à vacinação contra a covid-19.
Hoje Macau Manchete PolíticaCovid-19 | Secretária admite abertura gradual Elsie Ao Ieong U, secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, disse ontem que a abertura gradual do território será uma realidade, tendo em conta que a nova variante do vírus, a Ómicron, causa menos mortes e sintomas. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, a secretária adiantou que o Governo já dispõe de planos de resposta a uma entrada progressiva da covid-19 na comunidade, estando previstas instalações médicas de ambulatório nos bairros ou a realização de consultas online. Está também planeada a distribuição de kits contra a pandemia. Elsie Ao Ieong U deu o exemplo de que, quando numa turma houver mais de dez alunos infectados, aí as aulas serão suspensas, mas com um número menor de casos não. Na comunidade, o controlo só aumentará quando se registarem mais de cinco mil casos num só dia. As medidas passarão pela proibição de refeições em restaurantes ou de realização de eventos. Neste momento, existem mais de seis mil idosos com mais de 80 anos que ainda não foram vacinados, adiantou. O fim gradual das restrições deverá ser mesmo uma realidade. “Temos de nos preparar porque esses casos vão gradualmente entrar na comunidade e não nos podemos fechar em Macau para sempre. O Governo manteve esta porta durante três anos. No future, o público vai ter que manter uma porta para a sua saúde”, concluiu.
Hoje Macau SociedadeCovid-19 | Detectados mais três casos locais As autoridades detectaram na segunda-feira mais três casos locais de covid-19, todos eles relativos a homens com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos. Um deles apresentou sintomas de doença, tendo sido classificado como um caso confirmado, enquanto os outros dois não manifestaram sintomas. Estes três casos foram todos detectados na comunidade, um por contacto próximo, o outro por teste rápido de antigénio, e o terceiro por teste de ácido nucleico com amostras mistas realizado em Zhuhai da Província de Cantão (Guangdong). No total, desde o dia 28 de Novembro, data em que surgiu um primeiro caso de covid-19 associado a um taxista, já se registaram no território 59 casos locais de covid-19. Na segunda-feira, foram ainda descobertos mais 13 casos importados provenientes de regiões de alto risco fora do Interior da China. Trata-se de cinco homens e oito mulheres com idades compreendidas entre os 17 e os 72 anos, provenientes do Canadá, Singapura, Estados Unidos de América, Austrália, Filipinas e Indonésia. Todos foram já encaminhados para isolamento médico em locais designados.
João Luz Manchete PolíticaCovid-19 | Macau aperta restrições para quem vem do Interior da China Macau alargou o leque de exigências preventivas para entrar no território. Além das quarentenas para quem chega de zonas de elevado risco no Interior da China, quem tenha passado em zonas de baixo risco é obrigado a uma bateria de testes durante cinco dias. Trabalhadores dos casinos também têm de ser testados a cada dois dias Depois do anúncio de que o número de casos positivos de covid-19 detectados desde 28 de Novembro ascendeu a 56, o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus anunciou uma série de novas medidas para quem entra em Macau vindo do Interior da China. Entre as infecções descobertas, muitas são relativas a visitantes, sendo o caso mais notório o da mulher que correu na meia-maratona de Macau antes de ser notificada do diagnóstico de covid-19. Assim sendo, as autoridades locais endureceram as medidas para quem entra em Macau vindo da China, mesmo depois das restrições em várias cidades chinesas terem sido aliviadas. As novas exigências entraram em vigor ontem, depois do anúncio ter sido divulgado já depois da meia-noite. Quem chegar de zonas consideradas de baixo risco ou regiões onde a abordagem à pandemia foi normalizada fica obrigado a mostrar um resultado negativo de teste de ácido nucleico feito nas últimas 24 horas antes da entrada, assim como um teste rápido de antigénio realizado seis horas antes. Além disso, os visitantes ficam obrigados a fazer quatro testes de ácido nucleico, com pelo menos 12 horas entre cada teste, durante cinco dias, assim como um teste rápido diário no mesmo período temporal. A medida é obrigatória independentemente da forma de entrada no território, seja por avião, barco ou a pé nos postos fronteiriços com Zhuhai. Risco e casinos Para quem entrar em Macau através os postos fronteiriços de Zhuhai, vindo de cidades ou regiões com a classificação de “gestão normalizada” da pandemia, é obrigatória a apresentação de um resultado negativo de teste de ácido nucleico feito em menos de 48 horas antes da entrada na RAEM, e um teste rápido feito nas últimas seis horas. Além disso, nos dois dias seguintes, as pessoas têm de ser submetidas a mais dois testes de ácido nucleico, com pelo menos 12 horas entre eles, assim como a testes rápidos de antigénio diariamente ao longo de cinco dias. Quanto às pessoas que chegam a Macau vindas de regiões e cidades do Interior da China de elevado risco pandémico, terão de se sujeitar à quarentena de “5+3”, ou seja, cinco dias num hotel designado para o efeito e três dias de isolamento domiciliário. Como é óbvio, quem não tiver casa em Macau terá de cumprir 8 dias de quarentena, com a rotina de testagem diária que marca os isolamentos. Também os trabalhadores da linha-da-frente dos casinos vão ter um controlo mais apertado. Em vez dos testes de ácido nucleico feitos a cada quatro dias, foi ontem anunciado que a testagem passa a ser de dois em dois dias, assim como testes rápidos com a mesma frequência. A obrigação incide sobre croupiers, e funcionários de limpeza e segurança que trabalhem dentro de casinos.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Várias cidades relaxam medidas de prevenção epidémica As autoridades chinesas vão dando cada vez mais sinais de abandono da política de zero casos. A baixa virulência da variante Ómicron coloca o país numa nova abordagem no combate à covid-19. O incentivo à vacinação, sobretudo entre a população mais velha, é agora uma das prioridades do Governo Várias cidades chinesas estão a abolir algumas medidas de prevenção contra a covid-19, sinalizando o fim gradual da estratégia ‘zero casos’, que manteve o país isolado durante quase três anos e afectou a economia. O levantamento das restrições está a ser feito de forma informal, já que o Comité Permanente do Politburo, a cúpula do poder na China, não fez qualquer anúncio. A vice-primeira-ministra chinesa Sun Chunlan, encarregada da estratégia ‘zero covid’, afirmou apenas, na semana passada, que a baixa virulência do vírus e a alta taxa de vacinação entre a população “criaram condições” para o país “ajustar as medidas contra a pandemia”, já que se encontra agora “numa nova situação”. Em Pequim, duas pessoas que testaram positivo para a covid-19 contaram à agência Lusa que o resultado do teste PCR não foi actualizado no código de saúde, a aplicação utilizada na China para aceder a locais públicos ou residenciais. Os dois residentes apuraram que estavam infectados após realizarem testes rápidos em casa, depois de terem sentido sintomas de infecção pelo novo coronavírus. Até há uma semana, quem testava positivo para a covid-19 era levado para isolamento num centro de quarentena: instalações improvisadas, com as camas distribuídas num espaço comum, sem chuveiros, e com uma casa de banho para centenas ou até milhares de pessoas. Os contactos directos eram isolados em espaços individuais: hotéis ou contentores. Qualquer condomínio onde fossem diagnosticados casos era colocado sob bloqueio durante pelo menos uma semana. Shenzhen e Xangai, duas das principais cidades do país, deixaram também, desde ontem, de exigir que os passageiros apresentem resultados de testes PCR para entrar em transportes públicos. Vários centros comerciais e edifícios de escritórios, no entanto, continuam a exigir a apresentação de resultado negativo num teste para o coronavírus feito nas 48 horas anteriores. Dezenas de cidades do país continuam, também, sob bloqueios rigorosos. Medidas esgotadas Cidades na província costeira de Zhejiang, como Ningbo ou Hangzou, anunciaram ontem que o teste de PCR com resultado negativo já não é obrigatório para aceder a transportes e entrar em locais públicos. As autoridades de Ningbo declararam que já não vai ser necessário digitalizar o código QR, uma prática comum no país asiático há quase dois anos para rastrear casos suspeitos e contactos próximos. Numa reunião com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, na quinta-feira passada, o Presidente chinês, Xi Jinping, reconheceu que ocorreram protestos em várias cidades do país, no final de Dezembro, contra as medidas de prevenção epidémica, segundo autoridades europeias presentes no encontro, citadas pelo jornal de Hong Kong South China Morning Post. Xi atribuiu os protestos à “frustração” de estudantes, após três anos de medidas altamente restritivas. O líder chinês reconheceu que a Ómicron é menos letal do que as variantes anteriores da covid-19, mas que estava preocupado com as baixas taxas de vacinação entre os idosos. Pequim está agora a tentar reiniciar a campanha de vacinação. Apenas cerca de 40 por cento das pessoas com 80 anos ou mais receberam as três doses necessárias para as vacinas chinesas Sinopharm e Sinovac atingirem altos níveis de protecção contra a Ómicron.
João Luz SociedadeCovid-19 | Atleta correu meia-maratona apesar de ter testado positivo Um atleta vindo de Guangzhou completou a meia-maratona de Macau depois de ter testado positivo à covid-19. A ronda de três testes de ácido nucleico em cinco dias terminou com a detecção de quatro casos positivos. No último dia de testagem às zonas alvo, foram recolhidas amostras de mais de 111 mil pessoas O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus indicou ontem que no último dia (domingo) da ronda de “3 testes em 5 dias” nas zonas-alvo foram encontrados quatro casos positivos de covid-19. As pessoas em questão foram conduzidas para isolamento centralizado ou observação médica. No total, foram recolhidas amostras de 111.691 pessoas no passado domingo e, além dos quatro casos mencionados, todas tiveram resultados negativos. Além dos casos detectados na ronda às zonas-alvo, conexas com infecções do surto que começou com um taxista, até ao fecho desta edição as autoridades de saúde não adiantaram mais casos positivos na comunidade. Excepção para dois residentes oriundos de Guangzhou que estiveram em Macau que testaram positivo. O caso mais notável diz respeito a uma mulher de 29 anos de idade que correu na “Galaxy Entertainment Maratona Internacional de Macau” (Meia Maratona). A atleta partiu de Guangzhou no sábado e entrou em Macau através do Posto Fronteiriço de Gongbei. Durante esse dia fez compras em várias lojas do Venetian, incluindo “Chanel”, “Dior” e “DFS Group de lojas francas”. Também tomou refeições no mesmo resort no Cotai. No dia seguinte, a partir das 06h correu na meia-maratona. Horas depois da prova, as autoridades de saúde locais foram notificadas pelo departamento de saúde do Interior da China, que a amostra da mulher deu resultado positivo num teste realizado em Zhuhai. Os Serviços de Saúde contactaram de imediato a pessoa em causa, após a repetição do teste de ácido nucleico num tubo de amostra individual, o resultado foi positivo. Nessa altura, a doente apresenta sintomas como dores de cabeça e fraqueza Vermelho para amarelo O outro caso revelado na noite de domingo, diz respeito a uma residente do Interior da China, de 27 anos, que partiu de Guangzhou e entrou em Macau também através do Posto Fronteiriço de Gongbei. Quando as autoridades de Macau foram notificadas pelo Departamento de Saúde de Zhuhai, no sábado, a mulher em questão e os seus acompanhantes já tinham regressado ao Interior. Entretanto, graças às alterações nos requisitos para declarar zonas de risco, deixaram de haver em Macau zonas vermelhas, ou seja, prédios selados. Assim sendo, foram ontem desbloqueados os edifícios Tim Seng na Rua de Tomás Vieira 68M-68P, Travessa de Tomás Vieira nº2, o edifício Tim Yee na Calçada Central de S. Lázaro 18-20B, edifício Vang Son na Calçada das Verdades 12 – 12ª, e o Cerese na Avenida do Coronel Mesquita 56A.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeCovid-19 | Infecção do taxista já gerou 32 casos numa semana Já são 32, os casos detectados de covid-19 só na última semana, muitos deles associados à infecção de um taxista revelada na passada segunda-feira. No sábado, foram descobertos oito casos nas zonas de controlo, um deles na comunidade, e ontem mais quatro, três deles importados Não pára de aumentar o número de casos de covid-19 associados ao primeiro episódio descoberto há exactamente uma semana, no passado dia 28 de Novembro, sendo agora um total de 32. No sábado, foram detectadas oito infecções, sete delas nas chamadas zonas de controlo e um na comunidade, enquanto ontem o Centro de Coordenação e de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus detectou mais quatro casos de covid-19, três deles importados e um associado ao caso do taxista. Uma das ocorrências diz respeito a uma mulher de 25 anos, cidadã chinesa, que chegou a Macau oriunda de Cantão, vinda das Portas do Cerco, no sábado, tendo testado positivo logo nesse dia. A mulher apresentou ainda sintomas ligeiros de covid-19 como dores de cabeça, fadiga e sinais de desconforto. Depois de ter almoçado num restaurante na Rua de Pequim, entre as 13h e 14h de sábado, a mulher esteve ainda no casino do Grand Lisboa. Este caso foi confirmado como sendo importado. O segundo caso descoberto ontem, diz respeito a um homem de 37 anos, também cidadão chinês, que viajou de comboio de Jinan para Zhuhai via Changsha, tendo chegado a Macau na quinta-feira. Na tarde de sábado testou positivo, sendo considerado um caso importado assintomático. Em Macau, o homem esteve em vários casinos e casas de massagens e saunas, sendo que, numa delas, onde marcou presença na sexta-feira, entre as 19h e as 22h, não usou máscara. No sábado, entre as 11h10 e as 11h40, o homem esteve num restaurante na Rua de Nagasaki. A investigação sobre este caso e o percurso do homem não está ainda concluída. Dentro deste grupo, cabe ainda mais um caso de um homem de 52 anos, cidadão chinês, que voou de Pequim para Macau na sexta-feira, tendo testado positivo à covid-19 no sábado. Jantou no restaurante da Torre Eiffel, entre as 18h e 22h, na sexta-feira, tendo estado no sábado num bar do St.Regis à 1h. Nesse dia, o homem esteve ainda no restaurante do primeiro andar do hotel Four Seasons entre as 12h30 e as 14h. Por sua vez, o caso local está relacionado com uma residente de 45 anos, enfermeira, que teve um contacto curto, na última terça-feira, com um dos casos positivos associado à infecção do taxista. Mesmo usando máscara, a mulher testou positivo na noite de sábado, sem apresentar sintomas. Novas regras Entretanto, os resultados da medida de “três testes nos cinco dias”, que vigora desde quarta-feira, e que terminou ontem, mostram que, das 82.307 amostras recolhidas de testes, se registaram apenas três casos positivos. As pessoas em questão já foram submetidas a isolamento ou observação médica. O centro de coordenação e de contingência do novo tipo de coronavírus emitiu ontem novas regras para a classificação das zonas vermelhas. Segundo uma nota, caso sejam detectados dois ou mais casos num só edifício este fica designado como “edifício com código vermelho”, o que obriga os moradores a ficarem em casa. Se houver apenas um infectado num agregado familiar, o edifício passa a ter a classificação de código amarelo, devendo os restantes moradores fazer quatro testes em cinco dias. O prédio com código vermelho só passa a amarelo quando os testes derem negativo no dia seguinte ao fim do período de bloqueio.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Duas novas mortes. Cidades diminuem restrições Apesar de manterem a política de zero-casos no combate à pandemia, as autoridades chinesas começam a dar indicações de uma nova abordagem ao aliviarem as restrições em algumas das principais cidades do país. A taxa de vacinação continua a ser um dos maiores factores de preocupação A China anunciou ontem duas mortes adicionais causadas pela covid-19, enquanto algumas cidades agem com cautela para aliviar as restrições de combate ao SARS-CoV-2, após o aumento das manifestações contra as medidas relacionadas com o novo coronavírus. A Comissão Nacional de Saúde chinesa disse que as mortes ocorreram nas províncias de Shandong e Sichuan. Nenhuma informação foi fornecida sobre a idade das vítimas ou se estavam totalmente vacinadas. Ontem, a China anunciou mais 35.775 casos entre sábado e domingo, 31.607 dos quais assintomáticos, elevando o total para 336.165, com 5.235 mortes. A China, onde o vírus foi detetado pela primeira vez no final de 2019 na cidade central de Wuhan, é o último grande país a tentar interromper completamente a transmissão por meio de quarentenas, confinamentos e testes em massa. Analistas consideram que as preocupações com as taxas de vacinação figuram com destaque na determinação do Partido Comunista de manter a sua estratégia. Nove em cada 10 chineses foram vacinados, entretanto, apenas 66 por cento das pessoas com mais de 80 anos receberam uma dose da vacina e 40 por cento receberam a dose de reforço nesta faixa etária, de acordo com a Comissão. O organismo disse que 86 por cento das pessoas com mais de 60 anos estão vacinadas. Dados esses números e o facto de que relativamente poucos chineses desenvolveram anticorpos ao serem expostos ao vírus, teme-se que milhões possam morrer se as restrições forem totalmente suspensas. No entanto, as manifestações em massa parecem ter levado as autoridades a suspender algumas das restrições mais duras, mesmo quando dizem que a estratégia “zero-covid” – que visa isolar todas as pessoas infectadas – ainda esteja em vigor. Tragédias e relaxamento As manifestações começaram em 25 de Novembro, depois de um incêndio num prédio de apartamentos na cidade de Urumqi, no noroeste do país, ter provocado a morte de pelo menos 10 pessoas. Isso desencadeou perguntas na internet sobre se os bombeiros ou as vítimas que tentavam escapar foram bloqueados por portas trancadas ou outros controlos antivírus. As autoridades negaram, mas as mortes tornaram-se um foco de frustração pública. O país viu vários dias de protestos em cidades como Xangai e Pequim, com manifestantes a exigir uma flexibilização das restrições para o combate da covid-19. Pequim e algumas outras cidades chinesas anunciaram que os passageiros podem embarcar em autocarros e metros sem um teste de vírus pela primeira vez em meses. Esta exigência gerou reclamações de alguns residentes de Pequim de que, embora a cidade tenha fechado muitas estações de teste, a maioria dos locais públicos ainda exige testes de covid-19. Embora muitos tenham questionado a precisão dos números chineses, estes permanecem relativamente baixos em comparação com os Estados Unidos e outras nações que agora estão a relaxar os controlos e a tentar conviver com o vírus que matou pelo menos 6,6 milhões de pessoas em todo o mundo e infectou quase 650 milhões. A China ainda impõe quarentena obrigatória para os viajantes que chegam, mesmo que os seus números de infecção sejam baixos em comparação com sua população de 1,4 mil milhões. OMS aplaude A Organização Mundial da Saúde (OMS) aplaudiu sexta-feira o alívio da estratégia “zero covid” da China, após vários dias de protestos no país contra as restrições. “Estamos satisfeitos por ver que as autoridades chinesas estão a ajustar as suas estratégias e a tentar realmente calibrar as medidas de controlo com as pessoas, as suas vidas e os seus direitos humanos” disse Mike Ryan, gestor de emergência da OMS, numa conferência de imprensa em Genebra. “Todos tivemos de lidar com restrições de movimento que mudaram as nossas vidas, francamente é cansativo para todos, por isso há uma frustração natural e é fundamental que os governos ouçam o seu povo”, acrescentou, citado pela agência EFE. O responsável da OMS disse, no entanto, que “cada país deve enfrentar a luta contra as doenças infecciosas de acordo com a sua avaliação de risco e os instrumentos à sua disposição” e, no caso da China, um dos grandes desafios era a baixa taxa de vacinação, que está a começar a aumentar.
Hoje Macau Manchete SociedadeAnálise | Patacas e política anti-covid “menos rígida” atenuam ressentimento Analistas ouvidos pela Lusa defendem que as manifestações na China contra as restrições pandémicas dificilmente farão eco em Macau, onde uma estratégia “menos rígida”, apoiada pela distribuição de dinheiro e subsídios, tem conseguido “atenuar o ressentimento público” Uma vaga de protestos alastrou-se, nos últimos tempos, a várias cidades chinesas contra as rigorosas medidas de confinamento impostas pelas autoridades nacionais. A contestação intensificou-se após a morte de dez pessoas num incêndio, num edifício alvo de confinamento em Urumqi, capital da região autónoma de Xinjiang. Macau, que registou seis mortes desde o início da pandemia, também segue a política de ‘zero covid’, apostando em testagens em massa, confinamentos de zonas de risco e quarentenas de cinco dias para quem chega ao território – com excepção de quem vem da China continental. “Temos cada vez mais pessoas a queixarem-se que se seguirmos a política do Interior da China vamos gerar mais problemas em Macau, mas parece-me que o ressentimento público ainda não alcançou aquele nível”, começou por dizer o cientista político Eilo Yu. O professor da Universidade de Macau observou, porém, que a estratégia em Macau é “menos rígida” do que no Interior da China, estando, além do mais, amparada por “subsídios e dinheiro”, na forma, por exemplo, de várias rondas de distribuição de cartões de apoio ao consumo no valor de oito mil patacas. Protesto a solo Em solidariedade com as vítimas de Urumqi e os protestos na China, um estudante da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (MUST), oriundo do interior da China, manifestou-se no início desta semana nas instalações do estabelecimento de ensino. Apesar da imagem do episódio ter aparecido nas redes sociais, o jovem, que aparecia a segurar um papel A4 branco – já um símbolo de resistência no país – pediu à Lusa para não ser identificado pelo nome, por receio de sofrer represálias. “Vi muitos estudantes universitários, um pouco por todo o país, a serem suficientemente corajosos para se levantarem e erguerem papéis brancos em defesa dos compatriotas, e soube nessa altura que podia fazer algo, mesmo que a uma escala menor”, explicou. O manifestante solitário contou que esteve uma hora no local, “até ser persuadido por um professor a ir-se embora” e que um segurança “impediu pessoas de fotografarem” o acto de contestação. Questão de sensibilidade Para um sociólogo entrevistado pela Lusa, “a acção na MUST” tratou-se de um acto isolado, não existindo “uma dinâmica em Macau que motive as pessoas a saírem para a rua”. O docente, uma das várias pessoas entrevistadas para este trabalho que não quis divulgar a identidade – “este é um tema muito sensível” – apontou diferenças entre a população de Macau e de Hong Kong, onde, na segunda-feira, estudantes protestaram contra as medidas de contenção da pandemia na China. “A população [de Hong Kong] está mais cansada do que a de Macau e algumas pessoas são mais sensíveis do que aqui”, disse. “Ao receber-se dinheiro do Governo, existe a obrigação de não se ter voz”, concretizou. Também o silêncio da comunicação social local pode justificar o alheamento da população de Macau, reforçou o politólogo Eilo Yu. Mas ressalvou: “Se a situação piorar e for feito barulho junto da comunidade internacional, então acredito que mais residentes de Macau se apercebam da campanha e das manifestações e isso poderá gerar algum tipo de empatia”, referiu. No mesmo sentido, o deputado português José Pereira Coutinho considerou que os média em Macau estão a falhar: “Muitas vezes nem sequer relatam questões que os deputados levantam bastante sérias”. E completou, referindo-se aos protestos: “Quanto mais aquilo que está no interior do continente”. O também presidente da Associação dos Trabalhadores da Função Pública, para quem a situação em Macau “não está tão mal ao ponto de as pessoas saírem à rua”, defendeu ainda que não é com manifestações “que se resolvem os problemas”. Lei da rolha A Lusa contactou outros dois académicos para este trabalho, mas sem sucesso. Num email, uma outra docente universitária disse não acreditar que as manifestações se alastrem a Macau, porque além de as medidas de prevenção pandémica não serem “tão duras”, em comparação com o outro lado da fronteira, “para a maior parte das pessoas em Macau a mobilidade não é tão importante”. “A passagem fronteiriça para Zhuhai [cidade adjacente a Macau] continua a ser frequente apesar dos inconvenientes e para aqueles que pensam que a mobilidade internacional é importante provavelmente já deixaram Macau nos últimos dois anos ou estão tristemente a pensar deixar”, indicou. A académica, que também não quis ver o nome referido neste texto, lamentou que a instituição para a qual trabalha “desencoraje os professores a falarem com a comunicação social”. Antes, “o nosso contributo com conhecimento e perspectivas era considerado um serviço à comunidade e à sociedade de Macau. Sinto-me bastante chateada e enfraquecida”, concluiu.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Pequim admite que Ómicron é menos virulenta e sinaliza fim de ‘zero casos’ A vice-primeira-ministra chinesa encarregue de supervisionar as políticas de prevenção epidémica reconheceu ontem que o país se encontra numa “situação nova” e que a virulência da covid-19 “está a enfraquecer”, sinalizando o fim da estratégia ‘zero casos’. Sun Chunlan “ouviu as opiniões e sugestões dos especialistas” da Comissão Nacional de Saúde da China sobre como “aprimorar as medidas de contenção”, informou a agência noticiosa oficial Xinhua. Além de a variante Ómicron da covid-19 ter uma virulência “reduzida”, a responsável salientou que “cada vez mais pessoas estão a ser vacinadas” e que “está a ser acumulada maior experiência na contenção do vírus”. Foi a Sun – a única mulher no Politburo do Partido Comunista Chinês – que coube o papel de se deslocar às cidades que registavam surtos do novo coronavírus, para instar à imposição de confinamentos e restrições, nos últimos dois anos. A responsável pediu agora esforços para “optimizar” a resposta contra a covid-19 e “melhorar” as medidas de diagnóstico, detecção, tratamento e quarentena, exigindo que o sistema de saúde aumente as reservas de medicamentos e outros recursos, para o tratamento de pacientes.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeCovid-19 | Contabilizados 18 casos mas perigo de surto descartado As autoridades divulgaram ontem mais três casos diagnosticados na quarta-feira, somando assim um total de 18 casos de covid-19 desde o início da semana. Todos os resultados dos testes de ácido nucleico nas zonas alvo, bem como os testes rápidos, deram, até agora, negativo Subiu para 18 o número de casos de covid-19 detectados em Macau desde segunda-feira, sendo que ontem foram divulgados três casos locais associados ao caso do taxista detectado na segunda-feira. Ainda assim, é mantida a premissa, da parte das autoridades, de que é baixo o risco de infecção na comunidade. Um dos casos diz respeito a um homem de 74 anos, residente, que tomou o pequeno-almoço no café Tong Kei entre as 7h e as 8h no último sábado e domingo, dias 26 e 27. O homem teve o mesmo itinerário que o taxista diagnosticado com covid-19 na segunda-feira, mas como já se encontrava a cumprir as medidas de controlo desde segunda-feira, o “risco de transmissão comunitária é relativamente baixo”. O residente, que já está em isolamento em Coloane, realizou dois testes de ácido nucleico na segunda e terça-feira, com resultado negativo, mas o teste desta quarta-feira deu positivo. As autoridades apontam que, com base no valor de CT, “sendo considerado como uma infecção precoce” e uma “infecção assintomática relacionada com o caso importado”. Os restantes dois casos, ontem divulgados ao longo da tarde, estão também sob controlo, pelo facto de as pessoas já estarem em isolamento desde segunda-feira. Um deles diz respeito a um homem de 54 anos, residente, instrutor de segurança no Aeroporto Internacional de Macau. No domingo, este homem foi jantar, perto das 19h, ao restaurante de mariscos Sang Kei, tendo tido o trajecto semelhante ao do taxista já referido. O teste só deu positivo na noite de quarta-feira, tendo sido classificado como um caso detectado sob controlo. No mesmo dia, o paciente começou a ter dores de garganta, estando em isolado no centro clínico de saúde pública do Alto de Coloane. Este é um “caso confirmado relacionado com o caso importado”. O outro caso positivo divulgado ontem é o de uma trabalhadora não residente (TNR) de 37 anos que trabalha no café Tong Kei, localizado na Estrada do Repouso. Também esta mulher teve um trajecto semelhante ao do taxista. Só esta quarta-feira o seu teste deu positivo e também ela sentiu dores de garganta nesse dia. De frisar que, na quarta-feira, foram detectados mais oito casos positivos, sendo que seis das pessoas circulavam na comunidade. Tudo negativo Entretanto, pouco depois das 18h de ontem, foram divulgados mais sete casos importados detectados pelas autoridades por volta da meia-noite de quinta-feira. Todos estes casos negaram o histórico de infecções anteriores, tratando-se de dois homens e cinco mulheres com idades compreendidas entre os 21 e os 73 anos, que viajaram de países como a Austrália, Vietname, Tailândia, Filipinas e da Região Administrativa Especial de Hong Kong. Entretanto, na quarta-feira, foram recolhidas mais de 96 mil amostras de testes de ácido nucleico realizados por pessoas que vivem nas chamadas zonas alvo, tendo todos os resultados sido negativos. Relativamente à obrigatoriedade da população de realizar um teste rápido, um total de 589.547 pessoas carregou, até quarta-feira, o seu resultado no código de saúde. As autoridades relembram a população residente nas zonas alvo de que têm de realizar, até domingo, “três testes nos cinco dias”, uma medida em vigor desde quarta-feira.
Hoje Macau SociedadeCovid-19 | Número de casos continua a aumentar A dinâmica de infecções de covid-19 acelera em Macau. Ontem, foram detectados mais seis casos positivos que se juntam aos noticiados anteriormente aquando do episódio do taxista. Além da descoberta de uma mulher de 62 anos que trabalha no restaurante onde o taxista tomava o pequeno-almoço, foram anunciados pelo Centro de Contingência, durante a noite, mais seis ocorrências. O primeiro caso foi detectado numa mulher de 68 anos, residente em Macau, esposa do homem de 69 anos com resultado positivo no teste de ácido nucleico, anunciado na madrugada de quarta-feira. O segundo caso diz respeito a um homem de 77 anos, residente em Macau, aposentado, e que reside no Edf. Tim Yee, situado na Calçada Central de S. Lázaro. O doente em causa tomou pequeno-almoço no Estabelecimento de Comidas “Tong Kei” e teve o mesmo itinerário que o taxista com resultado positivo. Outro caso anunciado, diz respeito a um homem de 36 anos, residente do Interior da China, que reside no Bloco 3 do Edf. Cerese, situado na Avenida do Coronel Mesquita, e é operador na Ponte-cais n.º 5 do Porto Interior. A esposa, de 29 anos, funcionária do Departamento de Recursos Humanos do Casino Wynn, foi igualmente diagnosticada como positiva. Alem disso, foram diagnosticados dois casos relacionados com os casos importados nas zonas sob controlo (os dois estão sob controlo desde o dia 28 de Novembro), daí o risco de transmissão comunitária ser relativamente baixo, afirma o Centro de Contingência.
João Luz Manchete SociedadeCovid-19 | Mais casos positivos e testes rápidos a toda a população Ontem foi anunciada a descoberta de mais um caso positivo de covid-19, que se junta aos dois identificados na noite de terça-feira. Toda a população terá até amanhã de fazer três testes rápidos de antigénio e os moradores de zonas dos Três Candeeiros, do Hospital Kiang Wu e do Cemitério Miguel Arcanjo terão de fazer três testes de ácido nucleico até 4 de Dezembro Prossegue aquilo que a médica Leong Iek Hou caracterizou como o normal quotidiano de Macau durante o combate “dinâmico” à pandemia. Testagem contínua à covid-19, testes para entrar em serviços públicos e participar em actividades e detecção de novos casos positivos. Ontem à tarde, foi anunciada a descoberta de mais uma infecção conexa ao caso positivo do taxista de 74 anos. Trata-se de uma residente de 62 anos que trabalha em part-time no restaurante Tong Kei, na Estrada do Repouso, onde o taxista tomava diariamente o pequeno-almoço. A residente trabalha também no Jardim Infantil da Escola Tong Nam, que fica na esquina da Rua de Jorge Alvares e da Rua do Almirante Costa Cabral O local de residência da senhora que testou ontem positivo num teste rápido antigénio, edifício Vang Son, 12º da Calçada das Verdades, foi selado e declarado zona vermelha. Exames e mais exames Desde ontem que toda a população de Macau está obrigada a fazer três testes rápidos antigénio até amanhã. Quem mora, trabalha, tenha tomado refeições em restaurantes e permanecido mais de meia hora nas duas zonas-alvo entre o passado sábado e o dia de ontem fica isento da necessidade de fazer testes rápido, pois terá de fazer três testes de ácido nucleico em cinco dias que acabam no domingo. Até à hora do fecho ainda não era conhecido o número de pessoas abrangidas pelo alargamento das zonas-alvos. A primeira zona-alvo é delimitada pela Avenida de Horta e Costa, Avenida do Conselheiro Ferreira de Almeida / Avenida do Conselheiro Ferreira de Almeida / Rua do Conselheiro Ferreira de Almeida, Estrada de Adolfo Loureiro, Rua da Barca, Travessa de Martinho Montenegro, Travessa da Barca, Travessa do Lago, Rua de Brás da Rosa, Travessa do Bem-Estar, Rua de Tomé Pires, e pela Rua do Rebanho. A segunda zona-alvo compreende a área delimitada pela Rua de Sacadura Cabral, Estrada de Coelho do Amaral, Rua de Coelho do Amaral, Rua dos Currais, Rua do Patane / Rua do Muro, Praça de Luís de Camões, Largo de Santo António, Largo do Lar / Jardim de Santo António, Pátio do Espinho, Calçada de S. Paulo, Rua de D. Belchior Carneiro, Rua dos Artilheiros, Calçada Central de S. Lázaro, Rua do Brandão, Rua de Ferreira do Amaral, e pela Avenida de Sidónio Pais. Entrada condicionada Entretanto, foi anunciado ontem que “os cidadãos e trabalhadores que entram nos serviços públicos, devem exibir o resultado negativo do teste rápido de antigénio realizado no mesmo dia ou do teste de ácido nucleico cuja validade permanece durante as 24 horas após o dia de amostragem”. A medida, que irá durar até ao dia 9 de Dezembro, foi justificada com o facto de terem sido “detectados em Macau sucessivamente vários novos casos positivos de infecção do novo tipo de coronavírus nos últimos dias”. A mesma medida foi implementada para entrar nas instalações desportivas afectas ao Instituto do Desporto.
Hoje Macau SociedadeCovid-19 | Novo caso positivo relacionado com taxista Um novo caso de infecção positiva de covid-19 relacionado com o taxista que se crê esteja na origem das últimas infeccões detectadas em Macau, foi ontem anunciado pelas autoridades de saúde. Segundo o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, no dia 29 foi registado um novo caso relacionado com o caso importado da COVID-19 em Macau, sendo considerado como um caso detectado sob controlo. A pessoa afectada é um jovem de 17 anos de idade, residente de Macau mais um neto que mora com o caso confirmado, do taxista de 74 anos de idade, anunciado no dia 28. O infectado foi classificado como contacto próximo anteriormente, já está sujeito a observação médica em isolamento desde a manhã do dia 28 de Novembro, informa o Centro de Contingência. Após dois testes de ácido nucleico negativos, na manhã do dia 29 de Novembro, o jovem começou a sentir um desconforto na garganta. O resultado do teste de ácido nucleico foi positivo. O valor do CT mostra uma infecção na fase inicial. Este caso foi detectado sob controlo, e foi considerado como caso relacionado com o caso importado da COVID-19. A pessoa em apreço foi encaminhada para tratamento médico em isolamento no Centro Clínico de Saúde Pública no Alto de Coloane, sendo o risco de transmissão comunitária relativamente baixo, remata o Centro de Contingência.