Covid-19 | Caso suspeito encaminhado para o hospital Curry Cabral em Lisboa resultou negativo

[dropcap]O[/dropcap] caso suspeito de infecção pelo coronavírus Covd-19 em Portugal encaminhado este domingo para o Hospital Curry Cabral, em Lisboa, resultou negativo após análises, anunciou hoje a Direcção-Geral de Saúde (DGS).
Num comunicado hoje divulgado, a DGS refere que “o oitavo caso suspeito de infeção por novo Coronavírus (COVID-19) em Portugal, que foi encaminhado para o Hospital Curry Cabral, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, resultou negativo após realização de análises laboratoriais pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), com duas amostras biológicas negativas”.
A DGS tinha anunciado no domingo a existência de dois novos casos suspeitos de infecção pelo coronavírus Covid-19 em Portugal. Falta saber o resultado das análises ao caso encaminhado para o Centro Hospitalar Universitário de São João, no Porto.
O Curry Cabral e o São João são hospitais de referência para estas situações. Estes são o oitavo e o nono casos suspeitos de infeção pelo novo Coronavírus em Portugal, sendo que nenhum dos casos anteriores se confirmou. Todos os outros casos suspeitos em Portugal resultaram negativos. O coronavírus Covid-19 já provocou 1.669 mortos e infectou cerca de 65 mil pessoas a nível mundial.

17 Fev 2020

Covid-19 | Caso suspeito encaminhado para o hospital Curry Cabral em Lisboa resultou negativo

[dropcap]O[/dropcap] caso suspeito de infecção pelo coronavírus Covd-19 em Portugal encaminhado este domingo para o Hospital Curry Cabral, em Lisboa, resultou negativo após análises, anunciou hoje a Direcção-Geral de Saúde (DGS).

Num comunicado hoje divulgado, a DGS refere que “o oitavo caso suspeito de infeção por novo Coronavírus (COVID-19) em Portugal, que foi encaminhado para o Hospital Curry Cabral, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, resultou negativo após realização de análises laboratoriais pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), com duas amostras biológicas negativas”.

A DGS tinha anunciado no domingo a existência de dois novos casos suspeitos de infecção pelo coronavírus Covid-19 em Portugal. Falta saber o resultado das análises ao caso encaminhado para o Centro Hospitalar Universitário de São João, no Porto.

O Curry Cabral e o São João são hospitais de referência para estas situações. Estes são o oitavo e o nono casos suspeitos de infeção pelo novo Coronavírus em Portugal, sendo que nenhum dos casos anteriores se confirmou. Todos os outros casos suspeitos em Portugal resultaram negativos. O coronavírus Covid-19 já provocou 1.669 mortos e infectou cerca de 65 mil pessoas a nível mundial.

17 Fev 2020

Covid-19 | Sobe para 1.770 número de mortos na China continental, mais 105 em 24 horas

[dropcap]O[/dropcap] número de mortos devido ao novo coronavírus (Covid-19) na China continental subiu hoje para 1.770, ao mesmo tempo que foram registados 2.048 novos casos de infecção, foi anunciado.
A Comissão de Saúde da China disse que o número de infectados pelo Covid-19 ascendeu a 70.548. Entre os novos casos, 1.933 são da província de Hubei, centro do surto. Das 105 mortes registadas nas últimas 24 horas, 100 ocorreram em Hubei.
A Comissão de Saúde da China acrescentou que existem 10.644 casos graves de infeção pela doença, enquanto 10.844 pessoas foram curadas e já receberam alta.
Estão ainda a ser acompanhadas 546.016 pessoas que mantiveram contacto próximo com os infectados, sublinhou. Além de 1.770 mortos na China continental, há a registar um morto na região chinesa de Hong Kong, um nas Filipinas, um no Japão e um em França.
As autoridades chinesas isolaram várias cidades da província, situada no centro da China, para tentar controlar a epidemia, uma medida que abrange cerca de 60 milhões de pessoas.

17 Fev 2020

Covid-19 | Sobe para 1.770 número de mortos na China continental, mais 105 em 24 horas

[dropcap]O[/dropcap] número de mortos devido ao novo coronavírus (Covid-19) na China continental subiu hoje para 1.770, ao mesmo tempo que foram registados 2.048 novos casos de infecção, foi anunciado.

A Comissão de Saúde da China disse que o número de infectados pelo Covid-19 ascendeu a 70.548. Entre os novos casos, 1.933 são da província de Hubei, centro do surto. Das 105 mortes registadas nas últimas 24 horas, 100 ocorreram em Hubei.

A Comissão de Saúde da China acrescentou que existem 10.644 casos graves de infeção pela doença, enquanto 10.844 pessoas foram curadas e já receberam alta.

Estão ainda a ser acompanhadas 546.016 pessoas que mantiveram contacto próximo com os infectados, sublinhou. Além de 1.770 mortos na China continental, há a registar um morto na região chinesa de Hong Kong, um nas Filipinas, um no Japão e um em França.

As autoridades chinesas isolaram várias cidades da província, situada no centro da China, para tentar controlar a epidemia, uma medida que abrange cerca de 60 milhões de pessoas.

17 Fev 2020

Vírus | Japão permite que passageiros mais velhos saiam de cruzeiro em quarentena

[dropcap]O[/dropcap] Governo do Japão vai permitir que passageiros mais velhos e pessoas que sofrem de doenças crónicas deixem o cruzeiro em quarentena no porto de Yokohoma, Japão, no qual pelo menos 135 pessoas estão infectadas com novo coronavírus. De acordo com a agência japonesa Kyodo, essas pessoas podem desembarcar ainda no dia de hoje.
Durante mais de uma semana, o Governo japonês mantém 3.600 pessoas a bordo do navio Diamond Princess em quarentena (que deve durar até 19 de Fevereiro), a fim de evitar novas infecções no país. Cerca de 80% dos 2.666 passageiros têm mais de 60 anos de idade, e mais de 200 passageiros têm 80 anos ou mais.
As pessoas infectadas já foram levadas para centros médicos de Tóquio e de outras localidades próximas, onde estão a receber tratamento. As autoridades sanitárias continuam a realizar exames médicos aos passageiros e tripulantes do Diamond Princess.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu na sexta-feira ao Japão que tomasse todas as medidas necessárias para acompanhar os passageiros da Diamond Princess confinados a bordo, incluindo medidas de apoio psicológico.

11 Fev 2020

Vírus | Japão permite que passageiros mais velhos saiam de cruzeiro em quarentena

[dropcap]O[/dropcap] Governo do Japão vai permitir que passageiros mais velhos e pessoas que sofrem de doenças crónicas deixem o cruzeiro em quarentena no porto de Yokohoma, Japão, no qual pelo menos 135 pessoas estão infectadas com novo coronavírus. De acordo com a agência japonesa Kyodo, essas pessoas podem desembarcar ainda no dia de hoje.

Durante mais de uma semana, o Governo japonês mantém 3.600 pessoas a bordo do navio Diamond Princess em quarentena (que deve durar até 19 de Fevereiro), a fim de evitar novas infecções no país. Cerca de 80% dos 2.666 passageiros têm mais de 60 anos de idade, e mais de 200 passageiros têm 80 anos ou mais.

As pessoas infectadas já foram levadas para centros médicos de Tóquio e de outras localidades próximas, onde estão a receber tratamento. As autoridades sanitárias continuam a realizar exames médicos aos passageiros e tripulantes do Diamond Princess.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu na sexta-feira ao Japão que tomasse todas as medidas necessárias para acompanhar os passageiros da Diamond Princess confinados a bordo, incluindo medidas de apoio psicológico.

11 Fev 2020

Wuhan | Estudo diz que período de incubação do novo vírus pode durar até 24 dias

[dropcap]O[/dropcap] período de incubação do novo coronavírus pode prolongar-se até 24 dias, e não 14 como se apurou anteriormente, segundo um estudo publicado hoje, e realizado por 37 pesquisadores, incluindo o proeminente epidemiologista chinês Zhong Nanshan.
O portal de notícias chinês Caixin divulgou as conclusões do último rascunho da investigação, que mostra que a febre – um dos primeiros sintomas – se manifestava em apenas 43,8% dos pacientes na sua primeira visita ao médico.
“A ausência de febre é mais frequente [entre os pacientes analisados] do que na Síndrome Respiratória Aguda e Grave (SARS ou pneumonia atípica) e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), portanto a deteção dos casos não pode focar-se na medição da temperatura”, lê-se no texto.
O mesmo sucede com a tomografia computadorizada, que deteta apenas sintomas de possível infecção em metade dos casos analisados, acrescentou.
A amostra incluiu 1.099 pacientes do novo coronavírus, diagnosticados até 29 de janeiro, em 552 hospitais, em 31 sítios diferentes da China, com uma idade média de 47 anos, e entre os quais 41,9% eram mulheres.
Entre os pacientes – 26% não estiveram recentemente em Wuhan, o epicentro da epidemia, ou tiveram contacto com pessoas de lá – o período médio de incubação do vírus foi de três dias, mas houve também casos com um período de 24 dias.
O estudo também revela que o coronavírus “tem uma taxa de mortalidade relativamente menor que a SARS e a MERS”.
A epidemia provocada pelo coronavírus detetado em Wuhan causou já 1.018 mortos, dos quais 1.016 na China continental, onde se contabilizam mais de 42 mil infectados, segundo o balanço hoje divulgado.

11 Fev 2020

Wuhan | Estudo diz que período de incubação do novo vírus pode durar até 24 dias

[dropcap]O[/dropcap] período de incubação do novo coronavírus pode prolongar-se até 24 dias, e não 14 como se apurou anteriormente, segundo um estudo publicado hoje, e realizado por 37 pesquisadores, incluindo o proeminente epidemiologista chinês Zhong Nanshan.

O portal de notícias chinês Caixin divulgou as conclusões do último rascunho da investigação, que mostra que a febre – um dos primeiros sintomas – se manifestava em apenas 43,8% dos pacientes na sua primeira visita ao médico.

“A ausência de febre é mais frequente [entre os pacientes analisados] do que na Síndrome Respiratória Aguda e Grave (SARS ou pneumonia atípica) e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), portanto a deteção dos casos não pode focar-se na medição da temperatura”, lê-se no texto.

O mesmo sucede com a tomografia computadorizada, que deteta apenas sintomas de possível infecção em metade dos casos analisados, acrescentou.

A amostra incluiu 1.099 pacientes do novo coronavírus, diagnosticados até 29 de janeiro, em 552 hospitais, em 31 sítios diferentes da China, com uma idade média de 47 anos, e entre os quais 41,9% eram mulheres.

Entre os pacientes – 26% não estiveram recentemente em Wuhan, o epicentro da epidemia, ou tiveram contacto com pessoas de lá – o período médio de incubação do vírus foi de três dias, mas houve também casos com um período de 24 dias.

O estudo também revela que o coronavírus “tem uma taxa de mortalidade relativamente menor que a SARS e a MERS”.

A epidemia provocada pelo coronavírus detetado em Wuhan causou já 1.018 mortos, dos quais 1.016 na China continental, onde se contabilizam mais de 42 mil infectados, segundo o balanço hoje divulgado.

11 Fev 2020

Vírus | Número de mortos aumenta para 1.016

[dropcap]O[/dropcap] número de mortos devido ao novo coronavírus (2019-nCoV) aumentou hoje para 1.016, ultrapassando pela primeira vez nas últimas 24 horas uma centena de vítimas mortais, informou a Comissão Nacional de Saúde chinesa. De acordo com as autoridades de saúde de Pequim, citadas pela agência Associated Press, o número total de mortos nas últimas 24 horas é de 108.

O número total de casos confirmados é de 42.638, dos quais 2.478 foram confirmados nas últimas 24 horas em território continental chinês. Além das 1.016 mortes confirmadas em território continental chinês, há também uma vítima mortal na região chinesa de Hong Kong e outra nas Filipinas.

O novo coronavírus foi detectado em dezembro, em Wuhan, capital da província de Hubei (centro). O balanço ultrapassa o da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, na sigla em inglês), que entre 2002 e 2003 causou a morte a 774 pessoas em todo o mundo, a maioria das quais na China, mas a taxa de mortalidade permanece inferior.

Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há mais de 350 casos de contágio confirmados em 25 países. Na Europa, o número chegou na segunda-feira a 43, com quatro novas infeções detetadas no Reino Unido.

A situação motivou a marcação de uma reunião de urgência de ministros da Saúde dos países da União Europeia para quinta-feira, em Bruxelas, enquanto a Organização Mundial de Saúde enviou uma equipa de especialistas para a China para acompanhar a evolução.

Vários países já começaram o repatriamento dos seus cidadãos de Wuhan, uma cidade com 11 milhões de habitantes, epicentro da epidemia, que foi colocada sob quarentena, à semelhança de outras cidades da província de Hubei, afetando mais de 56 milhões de pessoas.

As saídas e entradas estão interditadas pelas autoridades durante um período indefinido, e diversas companhias suspenderam as ligações aéreas com a China.

11 Fev 2020

Vírus | Número de mortos aumenta para 1.016

[dropcap]O[/dropcap] número de mortos devido ao novo coronavírus (2019-nCoV) aumentou hoje para 1.016, ultrapassando pela primeira vez nas últimas 24 horas uma centena de vítimas mortais, informou a Comissão Nacional de Saúde chinesa. De acordo com as autoridades de saúde de Pequim, citadas pela agência Associated Press, o número total de mortos nas últimas 24 horas é de 108.
O número total de casos confirmados é de 42.638, dos quais 2.478 foram confirmados nas últimas 24 horas em território continental chinês. Além das 1.016 mortes confirmadas em território continental chinês, há também uma vítima mortal na região chinesa de Hong Kong e outra nas Filipinas.
O novo coronavírus foi detectado em dezembro, em Wuhan, capital da província de Hubei (centro). O balanço ultrapassa o da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, na sigla em inglês), que entre 2002 e 2003 causou a morte a 774 pessoas em todo o mundo, a maioria das quais na China, mas a taxa de mortalidade permanece inferior.
Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há mais de 350 casos de contágio confirmados em 25 países. Na Europa, o número chegou na segunda-feira a 43, com quatro novas infeções detetadas no Reino Unido.
A situação motivou a marcação de uma reunião de urgência de ministros da Saúde dos países da União Europeia para quinta-feira, em Bruxelas, enquanto a Organização Mundial de Saúde enviou uma equipa de especialistas para a China para acompanhar a evolução.
Vários países já começaram o repatriamento dos seus cidadãos de Wuhan, uma cidade com 11 milhões de habitantes, epicentro da epidemia, que foi colocada sob quarentena, à semelhança de outras cidades da província de Hubei, afetando mais de 56 milhões de pessoas.
As saídas e entradas estão interditadas pelas autoridades durante um período indefinido, e diversas companhias suspenderam as ligações aéreas com a China.

11 Fev 2020

Cerrar fileiras

[dropcap]E[/dropcap]ste é o meu primeiro artigo deste Novo Ano Chinês. Para todos vós vão os meus votos de felicidades e de muita saúde.

O surto do novo Coronavírus surgiu há cerca de três meses. Durante este período, vários países adoptaram diversas medidas de prevenção para combater a propagação da epidemia, esperando minimizar os seus efeitos. Macau encerrou as escolas por tempo indeterminado; os funcionários públicos podem trabalhar a partir de casa até dia 16 deste mês. Há poucos dias atrás, os casinos e locais de entretenimento da cidade foram fechados, e a maior parte das carreiras de autocarros acaba às 22.30. Estas medidas destinam-se a impedir a concentração de pessoas e evitar a propagação do vírus.

Actualmente, as ruas de Macau à noite estão desertas. A fervilhante vida nocturna desapareceu. Embora esta situação implique importantes prejuízos económicos, o Governo de Macau foi obrigado a tomar estas precauções para que todos nós possamos resistir à adversidade com sucesso.

As próprias pessoas evitam os contactos. Se possível, não vão trabalhar, não mandam as crianças à escola e quase não saem. Claro que a vida tem de continuar, por isso o isolamento não pode ser total, as pessoas isolam-se apenas na medida do possível. Este procedimento é o que cada um de nós pode fazer de melhor para combater a epidemia. Nesta altura, é muito importante que todos nós tenhamos um cuidado especial com a higiene pessoal. Devemos lavar as mãos com frequência, levantarmo-nos e deitarmo-nos cedo para manter o corpo saudável. Quem não tiver sintomas de gripe deve evitar os hospitais. O Governo tem de focar os seus recursos no tratamento dos doentes infectados pelo vírus. Ao adoptar estes comportamentos, estamos a ajudar o Governo, a nós próprios e aos outros.

Todos sabemos que ainda não se descobriu a vacina para neutralizar este vírus. Por enquanto, tudo o que o Governo pode fazer é implementar medidas que evitem a sua propagação. A cada cidadão compete cooperar, evitando o mais possível expor-se a contactos com terceiros e evitando adoecer. Se todos seguirmos à risca estas instruções, conseguiremos combater com sucesso esta epidemia.

Parte importante deste combate é travado pelos profissionais de saúde que se dedicam com entusiasmo a velar pelo bem-estar de todos nós. Há poucos dias soubemos que tinha havido um greve de profissionais de saúde em Hong Kong. A greve foi uma forma de exigir ao Governo de Hong Kong o fecho das fronteiras.

Estes profissionais salientaram de forma clara que se o Governo mantivesse as fronteiras abertas, os portadores do vírus entrariam em Hong Kong e o número de infectados iria disparar. Se esta situação se vier a verificar, o sistema de saúde irá colapsar e não vai haver profissionais em número suficiente para acudir aos doentes.

Todos nós sabemos, que o vírus surgiu em Wuhan. Depois disso, espalhou-se a muitas outras cidades da China. Não há dúvida de que o encerramento de fronteiras e o isolamento das zonas mais afectadas, pode reduzir o risco de propagação a outras comunidades. No entanto, com o intercâmbio que existe actualmente entre a China e Hong Kong, intensificado pelo facto de muitos hongkongers residirem em Shenzhen, devido ao elevado custo das casas em Hong Kong, as entradas e saídas são uma realidade do dia a dia. Se o fecho de fronteiras for implementado, como é que estas pessoas podem vir trabalhar? Mas, para além deste motivo, existem muitas outras razões que levam as pessoas a circular diariamente entre a China e Hong Kong. Com as fronteiras fechadas esta circulação deixa de ser possível. E que consequências podem daí advir? Sem falar nos produtos de primeira necessidade que Hong Kong importa da China. Mais uma vez, o fecho das fronteiras vai impedir este transporte. Quem traz estes produtos vai deixar de poder entrar em Hong Kong. Será isto viável?

Embora os profissionais de saúde tenham terminado a greve, este assunto merece ser avaliado em profundidade. Devemos interrogarmo-nos porque é que a greve durou cinco dias mesmo havendo todas estas questões a considerar.

 

Consultor Jurídico da Associação para a Promoção do Jazz em Macau
Professor Associado do Instituto Politécnico de Macau
Blog: http://blog.xuite.net/legalpublications/hkblog
Email: legalpublicationsreaders@yahoo.com.hk
11 Fev 2020

Coronavírus | Morreu médico que deu primeiro alerta sobre surto de pneumonia

[dropcap]O[/dropcap] médico chinês que deu o primeiro alerta sobre o surto do novo coronavírus morreu ontem, depois de ter contraído pneumonia na semana passada, anunciou o hospital onde estava internado.

O oftalmologista Li Wenliang, de 34 anos, foi “infelizmente contaminado durante o combate à epidemia de pneumonia do novo coronavírus”, afirmou, na sua conta na rede social Facebook, o hospital central de Wuhan, a cidade no centro da China onde o surto começou.

Li foi repreendido em Dezembro passado por “espalhar boatos” sobre a doença, que já matou mais de 560 pessoas e infectou outras 28.200 em mais de 20 países. Numa mensagem na rede social Twitter, a Organização Mundial de Saúde defendeu que é preciso “celebrar o seu trabalho”.

A China elevou hoje para 563 mortos e mais de 28 mil infectados o balanço do surto de pneumonia provocado pelo coronavírus 2019-nCoV, detetado em dezembro passado, em Wuhan, capital da província de Hubei, colocada sob quarentena. A primeira pessoa a morrer por causa do novo coronavírus fora da China foi um cidadão chinês nas Filipinas.

A Organização Mundial de Saúde declarou em 30 de Janeiro uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional, o que pressupõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.

7 Fev 2020

Coronavírus | Morreu médico que deu primeiro alerta sobre surto de pneumonia

[dropcap]O[/dropcap] médico chinês que deu o primeiro alerta sobre o surto do novo coronavírus morreu ontem, depois de ter contraído pneumonia na semana passada, anunciou o hospital onde estava internado.
O oftalmologista Li Wenliang, de 34 anos, foi “infelizmente contaminado durante o combate à epidemia de pneumonia do novo coronavírus”, afirmou, na sua conta na rede social Facebook, o hospital central de Wuhan, a cidade no centro da China onde o surto começou.
Li foi repreendido em Dezembro passado por “espalhar boatos” sobre a doença, que já matou mais de 560 pessoas e infectou outras 28.200 em mais de 20 países. Numa mensagem na rede social Twitter, a Organização Mundial de Saúde defendeu que é preciso “celebrar o seu trabalho”.
A China elevou hoje para 563 mortos e mais de 28 mil infectados o balanço do surto de pneumonia provocado pelo coronavírus 2019-nCoV, detetado em dezembro passado, em Wuhan, capital da província de Hubei, colocada sob quarentena. A primeira pessoa a morrer por causa do novo coronavírus fora da China foi um cidadão chinês nas Filipinas.
A Organização Mundial de Saúde declarou em 30 de Janeiro uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional, o que pressupõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.

7 Fev 2020

Air France e KLM suspendem voos para a China continental até meados de Março

[dropcap]A[/dropcap]s companhias aéreas Air France e KLM anunciaram hoje a prorrogação até 15 de março da suspensão dos voos para a China continental, interrompidos no dia 9 de Fevereiro, devido ao surto do novo coronavírus no país asiático.

“A Air France e a KLM planeiam retomar gradualmente as suas operações de e para Xangai e Pequim, no dia 16 de março de 2020, dependendo da evolução da situação” e “retomar todas as ligações aéreas a partir de 29 de março”, informou o grupo Air France-KLM. Entre aquelas ligações aéreas estão os voos para Wuhan, o epicentro da epidemia.

A cidade, que tem mais de 11 milhões de habitantes, foi colocada sob quarentena no dia 23 de janeiro, com as saídas e entradas interditadas pelas autoridades durante período indefinido. A medida foi, entretanto, alargada a mais 15 cidades próximas, afetando, no conjunto, mais de 50 milhões de pessoas.

A China elevou hoje para 563 mortos e mais de 28 mil infectados o balanço do surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV).

Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há outros casos de infecção confirmados em mais de 20 países.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou em 30 de janeiro uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional, o que pressupõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.

6 Fev 2020

Pneumonia de Wuhan | Primeira infectada em Macau está curada

A empresária de 52 anos estava internada desde 21 de Janeiro e viajou, durante a tarde de ontem, para Zhuhai. É o primeiro, dos 10 casos no território, a ultrapassar a doença

 

[dropcap]A[/dropcap] mulher que tinha sido confirmada como o primeiro caso do coronavírus de Wuhan no território recuperou e teve alta. Com 52 anos, empresária e natural da cidade na origem da epidemia, encontrava-se internada desde 21 de Janeiro, depois de ter entrado na RAEM, a 19 de Janeiro, e de ter ficado hospedada no Hotel Landmark. Na hora da saída, admitiu que foi uma sorte ter sido tratada em Macau.

“Queria ficar mais tempo [em Macau], mas não posso. […] A experiência em Macau foi uma sorte no meio do azar”, afirmou a mulher, que recusou ser identificada, em declarações ao Governo da RAEM. ““Ao longo do tratamento, senti-me no meio de uma família, pela forma como fui tratada em Macau. Estou muito grata”, acrescentou.

A mulher que teve alta ontem pelas 16h45, recordou ainda o choque de receber a notícia. “Quando soube que estava infectada tive medo e preparei-me para o pior. Informei a minha filha por SMS e ela disse-me para ficar calma e ser optimista. Só ela estava informada sobre a minha situação, porque de resto nem o meu marido avisei”, recordou.

Entre os factores que mais medo lhe causaram, a empresária apontou as notícias do Interior, que não eram muito claras a informar que as vítimas mortais eram principalmente grupos de risco, como idosos ou pessoas com doenças crónicas.

Já na RAEM, a mulher reconheceu que encontrou “um ambiente sempre calmo” e que os cuidados médicos foram “excepcionais”.

Com escolta policial

Após ter alta, a mulher foi deixada às 16h45 em Zhuhai, num percurso que foi feito com escolta policial. As autoridades desconhecem o que vai acontecer agora com a empresária de 52 anos, uma vez que nesta fase não há transportes para a cidade de origem. “Como não há transportes ela deve ficar por Zhuhai. Pode ficar nos hotéis destinados aos turistas de Wuhan, ou então escolher outro sítio onde possa ficar”, explicou Lam Chong, Chefe do Centro de Prevenção e Controlo de Doença.

Na altura de sair, a mulher pediu para não ter de pagar a conta que lhe foi apresentada de 34 mil patacas. O processo está agora a ser analisado e a isenção até pode ser aceite. Na conferência de ontem, o director dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion, explicou que os não-residentes pagam o valor das despesas a dobrar, o que faz com que a despesa efectiva tenha sido de 17 mil patacas.

Lei deixou ainda garantias que a RAEM tem “vários meios” para forçar o pagamento da despesa a partir do Interior, mas não conseguiu nomear um único, nem se haverá lugar a recurso para os tribunais. Por sua vez, o representante do Corpo de Polícia de Segurança Pública apontou que em caso de não haver pagamento, a mulher pode ser impedida de entrar na RAEM, numa próxima visita.

Mala de 20 mil patacas

Horas depois de se ter sabido que a mulher tinha pedido para ser dispensada do pagamento de 34 mil patacas com as despesas médicas, o caso gerou polémica nas redes sociais, uma vez que nas fotos de despedida de Macau aparece com uma mala da marca de luxo Bvlgari. O modelo em causa é o “Bvlgari Serpenti Forever” e, segundo o portal de Hong Kong da marca, tem um preço de 22.900 dólares de Hong Kong, o que equivale a 23.591 patacas.

6 Fev 2020

Pneumonia de Wuhan | Primeira infectada em Macau está curada

A empresária de 52 anos estava internada desde 21 de Janeiro e viajou, durante a tarde de ontem, para Zhuhai. É o primeiro, dos 10 casos no território, a ultrapassar a doença

 
[dropcap]A[/dropcap] mulher que tinha sido confirmada como o primeiro caso do coronavírus de Wuhan no território recuperou e teve alta. Com 52 anos, empresária e natural da cidade na origem da epidemia, encontrava-se internada desde 21 de Janeiro, depois de ter entrado na RAEM, a 19 de Janeiro, e de ter ficado hospedada no Hotel Landmark. Na hora da saída, admitiu que foi uma sorte ter sido tratada em Macau.
“Queria ficar mais tempo [em Macau], mas não posso. […] A experiência em Macau foi uma sorte no meio do azar”, afirmou a mulher, que recusou ser identificada, em declarações ao Governo da RAEM. ““Ao longo do tratamento, senti-me no meio de uma família, pela forma como fui tratada em Macau. Estou muito grata”, acrescentou.
A mulher que teve alta ontem pelas 16h45, recordou ainda o choque de receber a notícia. “Quando soube que estava infectada tive medo e preparei-me para o pior. Informei a minha filha por SMS e ela disse-me para ficar calma e ser optimista. Só ela estava informada sobre a minha situação, porque de resto nem o meu marido avisei”, recordou.
Entre os factores que mais medo lhe causaram, a empresária apontou as notícias do Interior, que não eram muito claras a informar que as vítimas mortais eram principalmente grupos de risco, como idosos ou pessoas com doenças crónicas.
Já na RAEM, a mulher reconheceu que encontrou “um ambiente sempre calmo” e que os cuidados médicos foram “excepcionais”.

Com escolta policial

Após ter alta, a mulher foi deixada às 16h45 em Zhuhai, num percurso que foi feito com escolta policial. As autoridades desconhecem o que vai acontecer agora com a empresária de 52 anos, uma vez que nesta fase não há transportes para a cidade de origem. “Como não há transportes ela deve ficar por Zhuhai. Pode ficar nos hotéis destinados aos turistas de Wuhan, ou então escolher outro sítio onde possa ficar”, explicou Lam Chong, Chefe do Centro de Prevenção e Controlo de Doença.
Na altura de sair, a mulher pediu para não ter de pagar a conta que lhe foi apresentada de 34 mil patacas. O processo está agora a ser analisado e a isenção até pode ser aceite. Na conferência de ontem, o director dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion, explicou que os não-residentes pagam o valor das despesas a dobrar, o que faz com que a despesa efectiva tenha sido de 17 mil patacas.
Lei deixou ainda garantias que a RAEM tem “vários meios” para forçar o pagamento da despesa a partir do Interior, mas não conseguiu nomear um único, nem se haverá lugar a recurso para os tribunais. Por sua vez, o representante do Corpo de Polícia de Segurança Pública apontou que em caso de não haver pagamento, a mulher pode ser impedida de entrar na RAEM, numa próxima visita.

Mala de 20 mil patacas

Horas depois de se ter sabido que a mulher tinha pedido para ser dispensada do pagamento de 34 mil patacas com as despesas médicas, o caso gerou polémica nas redes sociais, uma vez que nas fotos de despedida de Macau aparece com uma mala da marca de luxo Bvlgari. O modelo em causa é o “Bvlgari Serpenti Forever” e, segundo o portal de Hong Kong da marca, tem um preço de 22.900 dólares de Hong Kong, o que equivale a 23.591 patacas.

6 Fev 2020

Recém-nascido chinês infectado pelo novo coronavírus

[dropcap]U[/dropcap]m bebé chinês com pouco mais de 24 horas de vida foi diagnosticado com o novo coronavírus (2019-nCov) detectado na cidade de Wuhan, na China, anunciaram ontem os meios de comunicação social públicos chineses. O recém-nascido tornou-se no caso mais jovem a ser confirmado com o vírus, desde o surgimento da epidemia em Dezembro passado.

Segundo especialistas citados pela televisão pública CCTV, pode tratar-se de um caso de “transmissão vertical”, isto é, uma criança que foi infectada pela sua mãe no útero, durante o parto ou logo após. Antes do parto, a mãe da criança foi diagnosticada com o novo coronavírus.

A CCTV não especificou a gravidade dos possíveis sintomas da mãe e do filho e indicou apenas que o recém-nascido se encontra “estável”. A agência de notícias chinesa Xinhua noticiou na segunda-feira que um bebé nascido na semana passada de uma mãe infectada não era portador do vírus.

A China elevou ontem para 490 mortos e mais de 24.300 infectados o balanço do surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV) detectado em dezembro passado, em Wuhan, capital da província de Hubei (centro), colocada sob quarentena.

Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há outros casos de infeção confirmados em mais de 20 países, o último novo caso identificado na Bélgica. A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na quinta-feira uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional, o que pressupõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.

6 Fev 2020

Ensaio sobre a cegueira

[dropcap]S[/dropcap]uspender a actividade do sector do jogo em Macau é uma medida que exige coragem e que demonstra, perante uma situação extraordinária como é a epidemia do novo coronavírus, que o Governo parece estar verdadeiramente a colocar a saúde e os interesses da população em primeiro lugar.

Para além do conteúdo, a forma desembaraçada (pelo menos) de Ho Iat Seng transmitir as medidas necessárias, passa uma imagem de frontalidade e transparência numa situação de crise. E isso é bom nos tempos que vivemos. O que já não é tão positivo é a “cegueira” de alguns que, em estado de pânico, acorreram aos supermercados, ainda o discurso do Chefe do Executivo não tinha terminado, para fazer precisamente o contrário dos apelos anunciados e da garantia dada, de que existem alimentos suficientes para assegurar o abastecimento da RAEM nas próximas semanas.

Como relatado em algumas passagens da obra de Saramago, muitas vezes, maior que o perigo em si de uma epidemia, pode ser o perigo despoletado por actos desesperados, onde reina o egoísmo e decisões extremadas, nunca antes ponderadas num contexto normal, deixando valores fundamentais para segundo plano e não contemplando, por exemplo, os interesses dos mais carenciados. Por isso, para o bem de todos, é preciso estar de olhos bem abertos. Até porque, ao contrário da epidemia romanciada em “Ensaio sobre a cegueira”, o coronavírus é uma epidemia que não impede ninguém de ir vendo o que se passa à sua volta.

6 Fev 2020

Dois novos casos suspeitos detectados em Lisboa internados no hospital Curry Cabral

[dropcap]A[/dropcap] directora-geral da Saúde anunciou ontem que há dois casos suspeitos de infecção pelo novo coronavírus, tendo os doentes sido encaminhados para internamento no hospital Curry Cabral, em Lisboa.

Os casos são de dois homens portugueses com 40 e 44 anos, residentes na zona da Grande Lisboa, avançou a Graça Freitas numa conferência de impressa, na qual também esteve presente o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, e o diretor Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), Fernando Almeida.

Estes dois novos casos elevam para quatro os casos suspeitos em Portugal, sendo que os dois primeiros tiveram resultados negativos e os novos serão agora sujeitos a testes clínicos e epidemiológicos.

“Ambos os casos vão ser internados no Hospital Curry Cabral […] e vão seguir depois o protocolo analítico no INSA e obviamente as autoridades de saúde farão a deteção e eventual vigilância dos contactos destes dois doentes. Não sabemos se têm infeção pelo novo coronavírus ou por outro agente microbiológico. Vamos aguardar com serenidade o internamento e a realização dos exames”, disse Graça Freitas, que adiantou que os casos foram validados pelas autoridades nas duas horas anteriores à conferência de imprensa, que começou às 19:00.

Um dos casos validados para investigação é o de um homem que era contacto do grupo de cidadãos alemães contagiados no decurso de uma formação na Alemanha, ministrada por um funcionário da empresa que viajou da China para o efeito.

A directora-geral de saúde explicou que o cidadão português de 40 anos foi colocado em vigilância no regresso a Portugal e que foi o sistema de monitorização que permitiu a deteção precoce dos sintomas.

Para os dois casos agora em investigação devem ser conhecidos os resultados das análises clínicas nas próximas horas, adiantou Graça Freitas.

Sobre a repetição das análises ao grupo de 20 pessoas em internamento voluntário, depois do repatriamento de Wuhan, Graça Freitas referiu que esta acontecerá “em momento oportuno” e “na altura em que os especialistas considerem que é mais pertinente fazer-se de acordo com a melhor evidência que houver disponível”.

“Não será antes de 72 horas”, precisou Graça Freitas, em referência ao momento em que foram feitas as primeiras análises.

Acrescentou ainda que o caso do doente belga que viajou no mesmo avião não altera a avaliação de risco.

Sobre o grupo em quarentena, o secretário de Estado da Saúde sublinhou que “estão bem e tranquilos, assintomáticos e bem-dispostos” e que Portugal continua a não registar nenhum caso confirmado de infeção.

Sobre a reunião que hoje decorreu com 20 peritos institucionais do Conselho Nacional de Saúde, que António Sales considerou ter sido “positiva e importante”, não saíram conclusões, mas reforçou-se a “importância de se manter uma boa comunicação, evitando situações de pânico desnecessárias, mas mantendo a necessária vigilância”.

Graça Freitas deixou ainda um “apelo ao bom-senso” dos portugueses, pedindo-lhes que não discriminem cidadãos asiáticos ou provenientes de países asiáticos, lembrando que todas as pessoas podem viajar livremente, quando querem e para onde querem.

O primeiro caso de suspeita de infeção pelo novo coronavírus em Portugal foi reportado a 26 de janeiro num homem regressado da China e que esteve sob observação no Hospital Curry Cabral, por suspeita de infeção pelo novo vírus detetado naquele país e o segundo deu-se com um cidadão de nacionalidade estrangeira que deu entrada no Hospital de São João, no Porto, em 31 de Janeiro.

5 Fev 2020

Petições | Deputados querem travar entrada de cidadãos do Interior

Os deputados Sulu Sou e Agnes Lam lançaram petições a pedir para travar a entrada de cidadãos oriundos da China durante um breve período de tempo. José Pereira Coutinho lamenta a falta de comunicação entre os Serviços de Saúde de Macau e o pessoal médico da linha da frente

 
[dropcap]T[/dropcap]erminado o período de férias do Ano Novo Chinês e com oito casos de infecção por coronavírus confirmados no território, o Governo recebeu duas petições lançadas pelos deputados Agnes Lam e Sulu Sou, este último ligado à Associação Novo Macau (ANM), onde se pede a proibição temporária de entrada aos cidadãos da China, sobretudo os oriundos da província de Hubei.
No caso da petição lançada por Agnes Lam, a entrega aconteceu no passado dia 26 de Fevereiro e pedia “às pessoas para votarem se achavam que se deveria minimizar o movimento das pessoas nas fronteiras e permitir que apenas residentes de Macau e trabalhadores não residentes passassem as fronteiras durante 14 dias”, explicou a deputada ao HM.
A petição foi assinada por 20 mil pessoas em apenas uma hora, com 99 por cento dos inquiridos a defender a proibição de entrada de cidadãos chineses. Para a deputada, a situação de contágio por coronavírus poderia ter sido travada desde o início.
“O Governo respondeu à situação de forma bastante rápida e fez um bom trabalho no controlo [dos casos]. Mas se tivesse adoptado um controlo mais severo mais cedo, poderíamos ter uma grande oportunidade de evitar casos de infecção a nível local”, frisou Agnes Lam.
Objectivos semelhantes tem a petição lançada pelo deputado Sulu Sou e também entregue na sede do Governo no passado dia 26. “Tempos de desespero exigem medidas desesperadas. Exigimos ao Chefe do Executivo para parar com as hesitações e tomar medidas de emergência de acordo com a lei, ordenando uma proibição temporária de entrada dos turistas do Continente, sobretudo aqueles que visitaram a província de Hubei nos últimos dois meses”, lê-se na petição.

Falhas de comunicação

Apesar de não ter subscrito nenhuma das petições, o deputado José Pereira Coutinho também concorda com a proibição temporária de entrada de cidadãos da China no território. Mas o também presidente da Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau vai mais longe e fala de problemas na resposta médica aos casos de coronavírus.
“Até agora as medidas adoptadas pelo Governo têm sido, de certa forma, positivas. Mas deveria ser prestada mais atenção ao pessoal da linha da frente, sobretudo na área da saúde, pois continua a haver uma gestão deficiente no rastreio de suspeito de portadores do coronavírus”, disse ao HM.
“Tenho recebido diariamente mensagens do pessoal que trabalha no serviço de urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário a queixar-se de um défice de comunicação entre a direcção dos Serviços de Saúde de Macau (SSM) e o pessoal da linha da frente. Há falta de equipamento de protecção pessoal para médicos e enfermeiros. Faltam óculos especiais para a protecção dos olhos e não há vestes suficientes”, acusou o deputado.
Fora da área da saúde, José Pereira Coutinho alerta para o facto de “inspectores de vários serviços públicos que trabalham diariamente nas vias públicas não terem protecção alguma”, dando como exemplo a Direcção dos Serviços de Economia, Serviços para os Assuntos Laborais e Serviços para os Assuntos de Tráfego. “Não existe uniformização na protecção dos trabalhadores da linha da frente, onde uns são filhos (Forças de Segurança de Macau) e outros são enteados”, frisou.

3 Fev 2020

Petições | Deputados querem travar entrada de cidadãos do Interior

Os deputados Sulu Sou e Agnes Lam lançaram petições a pedir para travar a entrada de cidadãos oriundos da China durante um breve período de tempo. José Pereira Coutinho lamenta a falta de comunicação entre os Serviços de Saúde de Macau e o pessoal médico da linha da frente

 

[dropcap]T[/dropcap]erminado o período de férias do Ano Novo Chinês e com oito casos de infecção por coronavírus confirmados no território, o Governo recebeu duas petições lançadas pelos deputados Agnes Lam e Sulu Sou, este último ligado à Associação Novo Macau (ANM), onde se pede a proibição temporária de entrada aos cidadãos da China, sobretudo os oriundos da província de Hubei.

No caso da petição lançada por Agnes Lam, a entrega aconteceu no passado dia 26 de Fevereiro e pedia “às pessoas para votarem se achavam que se deveria minimizar o movimento das pessoas nas fronteiras e permitir que apenas residentes de Macau e trabalhadores não residentes passassem as fronteiras durante 14 dias”, explicou a deputada ao HM.

A petição foi assinada por 20 mil pessoas em apenas uma hora, com 99 por cento dos inquiridos a defender a proibição de entrada de cidadãos chineses. Para a deputada, a situação de contágio por coronavírus poderia ter sido travada desde o início.

“O Governo respondeu à situação de forma bastante rápida e fez um bom trabalho no controlo [dos casos]. Mas se tivesse adoptado um controlo mais severo mais cedo, poderíamos ter uma grande oportunidade de evitar casos de infecção a nível local”, frisou Agnes Lam.

Objectivos semelhantes tem a petição lançada pelo deputado Sulu Sou e também entregue na sede do Governo no passado dia 26. “Tempos de desespero exigem medidas desesperadas. Exigimos ao Chefe do Executivo para parar com as hesitações e tomar medidas de emergência de acordo com a lei, ordenando uma proibição temporária de entrada dos turistas do Continente, sobretudo aqueles que visitaram a província de Hubei nos últimos dois meses”, lê-se na petição.

Falhas de comunicação

Apesar de não ter subscrito nenhuma das petições, o deputado José Pereira Coutinho também concorda com a proibição temporária de entrada de cidadãos da China no território. Mas o também presidente da Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau vai mais longe e fala de problemas na resposta médica aos casos de coronavírus.

“Até agora as medidas adoptadas pelo Governo têm sido, de certa forma, positivas. Mas deveria ser prestada mais atenção ao pessoal da linha da frente, sobretudo na área da saúde, pois continua a haver uma gestão deficiente no rastreio de suspeito de portadores do coronavírus”, disse ao HM.

“Tenho recebido diariamente mensagens do pessoal que trabalha no serviço de urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário a queixar-se de um défice de comunicação entre a direcção dos Serviços de Saúde de Macau (SSM) e o pessoal da linha da frente. Há falta de equipamento de protecção pessoal para médicos e enfermeiros. Faltam óculos especiais para a protecção dos olhos e não há vestes suficientes”, acusou o deputado.

Fora da área da saúde, José Pereira Coutinho alerta para o facto de “inspectores de vários serviços públicos que trabalham diariamente nas vias públicas não terem protecção alguma”, dando como exemplo a Direcção dos Serviços de Economia, Serviços para os Assuntos Laborais e Serviços para os Assuntos de Tráfego. “Não existe uniformização na protecção dos trabalhadores da linha da frente, onde uns são filhos (Forças de Segurança de Macau) e outros são enteados”, frisou.

3 Fev 2020

Epidemia | Dezassete portugueses retidos em Wuhan vão ser retirados hoje

[dropcap]O[/dropcap]s 17 portugueses retidos na cidade chinesa de Wuhan, onde teve origem um novo coronavírus que matou já 170 pessoas e que foi colocada sob quarentena de facto, vão ser retirados hoje, disse um deles à Lusa. O avião, que vai fazer o repatriamento dos cidadãos portugueses e outros europeus desde aquela cidade, situada no centro da China, saiu ontem de manhã da base aérea n.º 11 de Beja, às 10:06.
Os 17 portugueses informaram Lisboa que queriam ser retirados depois de Wuhan ter sido colocada sob quarentena, na quinta-feira passada. As autoridades chinesas interditaram as saídas e entradas da cidade.
Os portugueses estão em contacto através de um grupo no Wechat, o Whatsapp chinês, tendo todos sido notificados ontem. A operação foi coordenada por vários países da União Europeia, ao abrigo do mecanismo de solidariedade europeu.
Em declarações à Lusa, o ministro dos Negócios Estrangeiros português disse que a operação de repatriamento de portugueses e outros europeus residentes na cidade chinesa de Wuhan, onde teve origem um novo coronavírus, é muito complexa e exige discrição absoluta.
“Confirmamos que os portugueses residentes em Wuhan e que pediram repatriamento para Portugal estão inscritos na operação de repatriamento que está a ser organizada a nível europeu, com a participação de Portugal, mas essa operação, para ter sucesso, precisa de ser rodeada da discrição e da prudência necessárias”, afirmou à Lusa o ministro Augusto Santos Silva.
O governante explicou que a “operação é muito complexa, quer do ponto de vista logístico, quer do plano diplomático”, tendo exigido uma delicada montagem e coordenação dos países europeus.
A operação “também exige coordenação com as autoridades chinesas, designadamente com as autoridades da saúde pública, cujas autorizações são indispensáveis para que a operação possa ser realizada”, adiantou.
O comandante do avião que vai fazer o repatriamento de cidadãos europeus desde Wuhan revelou à Lusa que o voo vai parar em Paris, e que na sexta-feira viajará para Hanói, no Vietname, de onde partirá para a China.

31 Jan 2020

Epidemia | Dezassete portugueses retidos em Wuhan vão ser retirados hoje

[dropcap]O[/dropcap]s 17 portugueses retidos na cidade chinesa de Wuhan, onde teve origem um novo coronavírus que matou já 170 pessoas e que foi colocada sob quarentena de facto, vão ser retirados hoje, disse um deles à Lusa. O avião, que vai fazer o repatriamento dos cidadãos portugueses e outros europeus desde aquela cidade, situada no centro da China, saiu ontem de manhã da base aérea n.º 11 de Beja, às 10:06.

Os 17 portugueses informaram Lisboa que queriam ser retirados depois de Wuhan ter sido colocada sob quarentena, na quinta-feira passada. As autoridades chinesas interditaram as saídas e entradas da cidade.

Os portugueses estão em contacto através de um grupo no Wechat, o Whatsapp chinês, tendo todos sido notificados ontem. A operação foi coordenada por vários países da União Europeia, ao abrigo do mecanismo de solidariedade europeu.

Em declarações à Lusa, o ministro dos Negócios Estrangeiros português disse que a operação de repatriamento de portugueses e outros europeus residentes na cidade chinesa de Wuhan, onde teve origem um novo coronavírus, é muito complexa e exige discrição absoluta.

“Confirmamos que os portugueses residentes em Wuhan e que pediram repatriamento para Portugal estão inscritos na operação de repatriamento que está a ser organizada a nível europeu, com a participação de Portugal, mas essa operação, para ter sucesso, precisa de ser rodeada da discrição e da prudência necessárias”, afirmou à Lusa o ministro Augusto Santos Silva.

O governante explicou que a “operação é muito complexa, quer do ponto de vista logístico, quer do plano diplomático”, tendo exigido uma delicada montagem e coordenação dos países europeus.

A operação “também exige coordenação com as autoridades chinesas, designadamente com as autoridades da saúde pública, cujas autorizações são indispensáveis para que a operação possa ser realizada”, adiantou.

O comandante do avião que vai fazer o repatriamento de cidadãos europeus desde Wuhan revelou à Lusa que o voo vai parar em Paris, e que na sexta-feira viajará para Hanói, no Vietname, de onde partirá para a China.

31 Jan 2020

Epidemia | Macau sem desinfectantes, quase sem vitaminas e com máscaras racionadas

[dropcap]P[/dropcap]rateleiras sem desinfectantes, vitaminas a acabarem e filas em busca de máscaras racionadas nas farmácias é o cenário apresentado pelo responsável de uma de muitas farmácias em Macau, que vivem numa situação excepcional devido ao novo coronavírus chinês.
“Gel desinfetante e álcool já estão completamente esgotados no mercado de Macau”, contou à agência Lusa Carlos Santos responsável pela Farmácia Lótus, conhecida como a farmácia portuguesa de Macau.
Os muitos clientes que têm recorrido à sua farmácia desde a semana passada, quando se verificou o primeiro caso de novo coronavírus em Macau, procuram também adquirir vitamina C e complexo B, que já estão a ficar esgotadas nos fornecedores, disse Carlos Santos.
A esta situação excepcional, “agrava-se o facto em termos de reposição de stock que durante o Ano Novo chinês muitos empresas fecham duas semanas, outras três semanas”, explicou. O responsável, apesar de querer manter-se positivo, teme ainda que Macau possa estar sem vitaminas e sem desinfectantes durante cerca de um mês
“Estamos com uma média de cerca de 2.000 Pessoas/atendimentos por dia para comprar as máscaras que já estão racionadas porque praticamente esgotou no mercado de Macau”, explicou, acrescentando que os últimos dias têm sido “terríveis”.
A Farmácia Lótus, uma das 54 convencionadas, começou a distribuir 10 máscaras por pessoas para 10 dias e desde a semana passada já distribuiu mais de 70.000 máscaras.
“O Governo mandou vir 20 milhões de máscaras, que estão a chegar aos poucos, e nós estamos a distribuir pela população”, lembrou.
Carlos Santos defendeu ainda que o Governo de Macau “está a reagir muito bem”, tendo em conta a “migração massiva que é o Ano Novo chinês”
O Governo de Macau anunciou o prolongamento até sexta-feira dos feriados do ano novo chinês para a função pública, medida que foi adoptada por várias empresas privadas, para diminuir o risco de contágio do novo coronavírus chinês, um dia depois de ter sido registado no território o sétimo caso importado de infeção.
A reabertura das escolas, de espaços culturais e desportivos, que já estavam encerradas desde a semana passada, foi adiada por tempo indeterminado.
Duas das ligações marítimas entre Macau e Hong Kong estão suspensas a partir de hoje e as restantes vão sofrer uma redução no número de viagens, também por tempo indeterminado.
Carlos Santos fez ainda votos que esta situação seja controlada o mais rápido possível, apesar de os números estarem “a crescer na China de uma forma preocupante”.
A China elevou para 170 mortos e mais de 7.700 infectados o balanço de vítimas do novo coronavírus detetado no final do ano em Wuhan, capital da província de Hubei (centro).
Um estudo genético, conduzido por cientistas chineses, confirmou que o novo coronavírus com origem na China terá sido transmitido aos humanos através de um animal selvagem, ainda desconhecido, que foi infetado por morcegos.
A região de Wuhan encontra-se em regime de quarentena, situação que afeta 56 milhões de pessoas.
Vários países já começaram o repatriamento de cidadãos de Wuhan, cidade que foi colocada sob quarentena, na semana passada, com saídas e entradas interditadas pelas autoridades durante um período indefinido, e diversas companhias suspenderam as ligações aéreas com a China.
A doença foi identificada como um novo tipo de coronavírus, semelhante à pneumonia atípica, ou Síndrome Respiratória Aguda Grave, que entre 2002 e 2003 matou 650 pessoas na China continental e em Hong Kong.
As autoridades chinesas admitiram que a capacidade de propagação do vírus se reforçou.
As pessoas infectadas podem transmitir a doença durante o período de incubação, que varia entre um dia e duas semanas, sem que o vírus seja detectado.

31 Jan 2020