Clockenflap | The Cardigans e Wu-Tang Clan fecham o cartaz

Após três anos de silêncio, o maior festival de música de Hong Kong está de volta ao Central Harbourfront de 3 e 5 de Março. A organização do Clockenflap anunciou este fim-de-semana nomes de peso que encerram o cartaz, com The Cardigans e Wu-Tang Clan a juntarem-se a Arctic Monkeys, Kings of Convenience, Mono, Moderat e Black Country New Road

 

Marque na agenda o fim-de-semana entre 3 e 5 de Março porque o festival Clockenflap está de volta ao Central Harbourfront em Hong Kong, depois de três anos em que a música foi silenciada pelo covid-19.

No sábado, a organização do festival anunciou as bandas que faltavam para fechar o cartaz com dois nomes de peso em destaque: Wu-Tang Clan e The Cardigans, que encerram as noites de domingo e de sábado, respectivamente, depois do primeiro dia do festival que conta com os Artic Monkeys como cabeça de cartaz.

Com trinta anos de carreira, sete discos de estúdio e dezenas de outros tantos de projectos paralelos, os lendários Wu-Tang Clan apresentam-se ao público de Hong Kong pela primeira vez e logo para fechar o festival, no domingo, 5 de Maio. GZA, RZA, Method Man, Inspectah Deck, e companhia, formam um dos mais importantes colectivos de hip hop da costa leste dos Estados Unidos.

Quando a banda lançou o primeiro disco em 1993, “Enter the Wu-Tang (36 Chambers)”, o mundo do hip hop norte-americano estava dividido numa guerra, que passou das palavras para violência, com sonoridades e temas bem distintos. Na Califórnia, o gangsta rap rebentava nos charts, com vendas astronómicas de discos como “The Chronic” de Dr. Dre e “Doggystyle” do à altura estreante Snoop Dogg. Se na costa oeste as produções de Dre emprestavam funk e soul às batidas, na costa leste o género musical era representado por bandas como A Tribe Called Quest, Beastie Boys, Public Enemy e rappers como Nas e The Notorious B.I.G..

Trinta anos depois, “Enter the Wu-Tang (36 Chambers)” continua a ser citado como um dos mais influentes discos dos anos 1990.

Apaga e rebobina

No polo oposto da crueza das batidas de Wu-Tang, está outra das bandas mais conhecidas do cartaz do Clockenflap: The Cardigans, que actuam no sábado à noite. À semelhança dos Wu-Tang, os The Cardigans também se formaram no início dos anos 1990. A banda sueca de pop-rock foi ganhando notoriedade de disco em disco, culminando com a aclamação mundial ao quarto registo, “Gran Turismo”, que inclui uma das mais conhecidas músicas da banda “Erase/Rewind”.

Com seis discos na bagagem, os The Cardigans trazem a Hong Kong, pela primeira vez, o seu pop rock tranquilo e melódico.

Para todos os gostos

O restante menu musical que será servido ao longo dos três dias de festival é bastante variado, com bandas regionais, projectos novos e originais e bandas consagradas. Um dos principais destaques fora do grupo de cabeças de cartaz são os noruegueses Kings of Convenience, que treze anos depois regressam a Hong Kong para apresentar no sábado a sua irresistível mistura de folk-pop, com indie e bossa nova à mistura.

Com mais de 20 anos de carreira, a dupla formada por Erlend Øye e Eirik Glambek Bøe lançou em 2021 “Peace or Love”, registo que terminou um hiato de mais de 12 anos sem discos.

No domingo, o cartaz do Clockenflap apresenta um trio de bandas alternativas a não perder. Os japoneses MONO, o supergrupo alemão de música electrónica Moderat e os britânicos Black Country, New Road com o seu rock experimental que desafia categorizações.

Também no último dia do festival, destaque para o inovador quinteto de jazz britânico Ezra Collective, o colectivo sul-coreano de hip-hop Balming Tiger e a banda sul-coreana alt-pop Leenalchi.

A música local também ocupa uma parte considerável do cartaz do regressado festival de Hong Kong, entre sonoridades alternativas e a música mais comercial, em especial no segundo dia de festival. Nesse campo, é impossível não mencionar os gigantes do canto-rock KOLOR, o duo de pop Per Se, o pioneiro do rap local Tyson Yoshi e COLLAR x RubberBand, que actuarão em conjunto numa colaboração única.

No domingo, é a vez do quinteto local de rock The Hertz tomarem conta do palco, assim como os veteranos The Lovesong, os Charming Way e Arches.

A organização do festival anunciou ontem, através de uma publicação no Facebook que os bilhetes para sexta-feira e para os três dias já esgotaram. Entretanto, os ingressos para sábado também já desapareceram, restando apenas bilhetes para domingo. O bilhete para um dia custa 1.080 dólares de Hong Kong.

13 Fev 2023

Clockenflap 2019 | Mumford & Sons e The Kooks entre os primeiros nomes

O Festival Clockenflap já tem datas e os primeiros nomes do cartaz da 12ª. edição. No fim-de-semana de 22 e 24 de Novembro, o Harbourfront em Central Hong Kong será o epicentro da região em termos de música ao vivo. Mumford & Sons, The Kooks, Halsey e Lil Pump são alguns dos destaques na primeira leva de bandas anunciadas

 

[dropcap]N[/dropcap]os dias que correm é difícil imaginar alguma coisa divertida a acontecer em Hong Kong. Mas o anúncio das datas e do primeiro grupo de bandas do Clockenflap 2019 faz-nos recordar que Hong Kong está muito para lá do gás lacrimogénio e da violência.

No fim-de-semana de 22 e 24 de Novembro, no passeio marítimo do Harbourfront em Central, a música será tudo o que interessa e, a avaliar pelos primeiros nomes anunciados, parece que o alinhamento da 12.ª edição do Clockenflap está orientado para o público mais jovem.

Entre os primeiros nomes anunciados, Mumford & Sons é uma das bandas que faz o equilíbrio num naipe mais virado para o público juvenil. Pela primeira vez em Hong Kong, os britânicos vão trazer alguma paz a quem não faz a mínima ideia quem é Lil Bump e a quem foge a sete pés quando ouve o nome Justin Bieber. Com cinco discos ao longo da carreira, os Mumford & Sons foram hábeis a cavalgar a onda de renascimento do folk do início do século XXI, a reboque de nomes mais indie como Devendra Banhart, Iron & Wine, Bom Iver, por aí fora.

Para já, um dos maiores nomes apresentados são os The Kooks, o trio indie britânico movido a ritmos post-punk e pop rock, apimentados com algum ska e funk. Desde que rebentaram na cena do rock britânico, em 2006 com o disco “Inside In/Inside Out”, os The Kooks lançaram mais quatro discos e uma compilação dos maiores êxitos. Aliás, espera-se que no retorno a Hong Kong, depois do concerto de 2008, os britânicos ofereçam ao público um alinhamento repleto com os temas mais populares.

Para os mais novos

Nesta primeira fornada de bandas e artistas, destaque para dois jovens norte-americanos com um culto de seguidores considerável e, provavelmente, desconhecidos para melómanos que, por exemplo, salivaram a ver no ano passado David Byrne: Halsey, a estrela em ascensão da pop, e o controverso rapper Lil Pump.

A norte-americana Halsey, de 24 anos, subiu a pulso na escalada pela notoriedade lançando a sua música nas redes sociais. A popularidade crescente levou-a a concretizar o sonho de assinar pela Astralwerks e a lançar o seu primeiro registo em 2014, o EP “Room 93”, a que se seguiu o disco de estreia “Badlands” no ano seguinte. Estava lançada para o estrelado. “Badlands” valeu a subida ao segundo lugar no US Billboard 200 e recebeu o disco de platina pela associação RIAA. O terceiro single tirando do primeiro disco de Halsey, “Colors” chegou mesmo à dupla platina, que corresponde aos dois milhões de vendas.

Em 2016, a norte-americana de New Jersey atingiu outros públicos ao participar com os Chainsmokers na música “Closer”, que rebentou os charts um pouco por todo o mundo. Halsey chega a Hong Kong com uma série de distinções da indústria musical e dois discos na bagagem.

Outro dos nomes mais badalados entre o público mais novo é Lil Pump, um rapper com 18 anos de Miami. Com temas que podem criar alguma irritação, como, por exemplo, “Gucci Gang”, que tem milhões de visualizações no Youtube, o jovem rapper da Florida é um bom lembrete das saudades que os Beastie Boys deixaram.

Entre os restantes nomes revelados nesta primeira fornada de bandas conta-se o duo electrónico britânico Honne acompanhado pela vocalista de Taiwan Crowd Lu. Da Austrália chegam os australianos King Gizzard and the Lizard Wizard com o experimentalismo do rock psicadélico e os norte-americanos Deafheaven para amantes de sonoridades mais metálicas.

Entre os artistas asiáticos, destaque para a curiosa banda feminina de metal japonesa Babymetal, para mostrar o lado fofinho da agressividade com tendências homicidas. Da Coreia do Sul chegam-nos os rockeiros electrónicos Chai e a banda indie Say Sue Me. A representar as Filipinas, o Clockenflap apresenta o indie folk de Ben&Bem.

A organização do festival promete novidades para breve. Os bilhetes já se encontram à venda. O passe para os três dias custa 1.720 HKD, enquanto o ingresso para um dia vale 930 HKD.

13 Ago 2019

Cartaz do festival Clockenflap fecha com Jarvis Cocker e Irvine Welsh

O cartaz da edição deste ano do Clockenflap está fechado, quando falta pouco mais de duas semanas para soar o primeiro acorde no Central Harbourfront, em Hong Kong. Ao alinhamento já conhecido juntam-se Jarvis Cocker, eterno vocalista dos extintos Pulp, os norte-americanos Cigarettes After Sex e o romancista escocês Irvine Welsh em formato DJ

 

[dropcap]J[/dropcap]á faltou mais. Melómanos que se prezem estão em contagem decrescente para a 11ª edição do maior festival de música da região, o Clockenflap. O evento, que decorre entre 9 e 11 de Novembro, tem lugar marcado para o Central Harbourfront, em Hong Kong. O cartaz está fechado. Aos nomes que já se conheciam juntam-se agora reforços de luxo. Neste aspecto, é incontornável o destaque para Jarv Is, o projecto a solo de Jarvis Cocker, o vocalista e força motriz dos extintos Pulp (que marcaram uma geração com discos como “Different Class” e “This is Hardcore”). O britânico sobe ao palco do Central Harbourfront no sábado, 10 de Novembro, para abrir para o cabeça de cartaz do dia, David Byrne.

Jarvis Cocker, um autêntico animal de palco nos dias de glória dos Pulp, costuma pautar as suas actuações com cáustico humor britânico, sarcasmo na comunicação com o público e uma movimentação em concerto que, a espaços, faz lembrar Nick Cave. Perspectiva-se um embate interessante com os, normalmente, apáticos festivaleiros do Clockenflap.

Apesar do novo projecto a solo, Jarv Is, os fãs de Pulp podem esperar algumas músicas de uma das bandas mais interessantes do panorama Britpop.

Justin Sweeting, director musical do Clockenflap, considera o músico como “um dos mais amados heróis britânicos da música moderna”. Em declarações ao South China Morning Post, o director musical mostrou-se feliz pela oportunidade de estrear este projecto musical na Ásia . “O que sempre gostei no Jarvis Cocker é que ele nunca teve medo de tomar decisões arriscadas ao longo da carreira. Quando isso acontece, surge excelente arte. Quem viu concertos desta tour diz que ele está em grande forma”, refere Justin Sweeting.

Altos e baixos

Numa toa mais introspectiva, outra das novidades de destaque que fecha o cartaz deste ano do Clockenflap são os norte-americanos Cigarettes After Sex, um fenómeno de popularidade para um estilo musical que costuma ficar reservado aos amantes de sonoridades alternativas dados à melancolia. O dream pop etéreo, electrizado por correntes shoegaze, da banda norte-americana ganhou imensos fãs na região, principalmente depois de ter esgotado no ano passado a sala Kitec, em Kowloon. Apesar de já ter uma década de carreira, a banda liderada por Greg Gonzalez só tem um disco na bagagem, editado em Junho do ano passado.

Sexta-feira, dia de arranque do festival, terá assim uma toada algo negra, com os Cigarretes After Sex a juntarem-se aos também nova-iorquinos Interpol. Outro dos destaques nas novidades do cartaz do Clockenflap é o DJ set do escritor Irvine Welsh, que se estreou no formato romance com “Trainspotting”, adaptado para cinema por Danny Boyle. O autor, que vai participar no Festival Literário Internacional de Hong Kong, irá brindar o público do Clockenflap com as electrizantes batidas do seu acid house na noite de sábado, 10 de Novembro.

Outro dos novos e mais interessantes elementos do cartaz deste ano é Cornelius, frequentemente descrito como o Beck japonês. O Clockenflap 2018 terá como cabeças de cartaz Interpol, David Byrne e Khalid. Para os interessados, o passe de três dias custa 1620 HKD, enquanto os bilhetes para um dia têm um preço a partir de 920 HKD.

24 Out 2018

Música | Festival traz David Byrne e Interpol a Hong Kong

 

O cartaz do Festival Clockenflap 2018, que se realiza entre 9 e 11 de Novembro, já tem nomes para aguçar o apetite de música ao vivo dos festivaleiros da região. Para já, as grandes estrelas são David Byrne, o eterno vocalista dos seminais Talking Heads e os Interpol que se estreiam em Hong Kong. Os bilhetes já estão à venda

 

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]três meses do fim-de-semana mais aguardado para os amantes da música ao vivo de Macau, Hong Kong e arredores, são conhecidos os primeiros nomes do cartaz do Clockenflap 2018 que se realiza, novamente no Harbourfront em Central, entre os dias 9 e 11 de Novembro.
O nome cimeiro e incontornável entre as primeiras revelações do cartaz deste ano é David Byrne, lendário vocalista dos Talking Heads que marcou um dos mais coloridos capítulos do rock alternativo das décadas de 1970 e 1980. O concerto de Byrne está marcado para 10 de Novembro, um sábado.
Formados em 1975, os Talking Heads foram uma banda com uma sonoridade difícil de catalogar, algures entre a new wave, o post-punk, o funk e aquilo se viria a chamar de world music. Nascidos em plena ebulição do punk nova-iorquino, a banda de Byrne contou com a mágica produção de Brian Eno nalguns dos seus mais icónicos registos, tais como “More Songs About Buildings and Food” (1978), “Fear of Music” (1979), e “Remain in Light” (1980). Mais tarde, Byrne avançou para uma carreira a solo, que chega agora a Hong Kong para promover “American Utopia”, o seu primeiro disco a solo dos últimos 14 anos.
Outro dos destaques deste ano do Clockenflap é a estreia dos Interpol em Hong Kong, no primeiro dia do festival. Os nova-iorquinos trazem na bagagem o seu sexto disco de originais, intitulado “Marauder”, mas com certeza haverá ainda no público muita vontade para ouvir os clássicos do álbum de estreia “Turn on the Bright Lights”.
Formados em Nova Iorque em 1997, os Interpol são reconhecidos como uma das bandas que trouxe de volta para os escaparates o post-punk, ao ponto de lhes valer comparações aos Joy Division.
“São uma das bandas que mantém um número considerável de fãs em Hong Kong, apesar de nunca terem tocado na cidade até agora. Estamos muito felizes por podermos contar com os Interpol no cartaz deste ano, algo que prosseguíamos há algum tempo”, comenta Justin Sweeting, director musical do Clockenflap ao jornal South China Morning Post.

Outros nomes

A respeitar o habitual ecletismo no cartaz, a 11ª edição do Clockenflap tem música para todos os gostos. Aos grandes nomes acima mencionados junta-se Khalid, um dos nomes mais quentes do R&B da actualidade e que também marca a sua estreia em Hong Kong no último dia do festival.
No plano da música electrónica, destaque para inovador Caribou e para um pioneiro do drum n’ bass: Roni Size. O Dj e produtor de Bristol, que tem uma carreira discográfica que ultrapassa as duas décadas, promete fazer abanar os corpos dos festivaleiros no último dia do Clockenflap.
Entre os primeiros nomes oficializados, é inevitável o destaque para Wolf Alice, para os britânicos The Vaccines que regressam a Hong Kong quatro anos depois. Um dos concertos mais aguardados entre as bandas que podem ser consideradas menos conhecidas será protagonizado por um grupo de Brooklyn que une na perfeição o indie rock e a nova vaga de psicadelismo: Sunflower Bean. Imagine, se conseguir, Black Sabbath a acasalar com um disco de The Smiths.
Nesta primeira vaga de anúncios, destaque também para a dupla do Mali Amadou & Mariam e para o hip hop cheio de groove the Rhye,
Enquanto não são revelados mais bandas do cartaz do Clockenflap 2018, os bilhetes já se encontram à venda. Quem se quiser antecipar e comprar os bilhetes até dia 21 de Agosto goza de um desconto. Os passes para três dias custam 1410 dólares de Hong Kong, enquanto o bilhete para um dia único é 810 dólares de Hong Kong

10 Ago 2018

Música | Kaiser Chiefs no último lote de bandas a entrar no cartaz do Clockenflap

O maior festival de música da região está à porta, a menos de um mês de distância. Entre o último grupo de bandas anunciadas estão os britânicos Kaiser Chiefs, os rappers Stormzy e Kid Ink. O Clockenflap 2017 arranca a 17 de Novembro, em Hong Kong, no Central Harbourfront e termina a 19

[dropcap style≠’circle’]C[/dropcap]artaz fechado, agora venha a música. Os melómanos de Hong Kong, Macau e arredores têm o dia 17 de Novembro, de certeza, reservado. O Clockenflap 2017 está cada vez mais próximo e já tem as últimas bandas confirmadas. Entre as derradeiras participações contam-se Kaiser Chiefs, Stormzy, Kid Ink, Onra, Tokimonsta, os Cosmospeople e os locais Chochukmo.

Do lote final de bandas reveladas, destaque para os britânicos Kaiser Chiefs, o grupo que quase motivou um seguimento de culto em Portugal em parte motivado pelos concertos memoráveis que proporcionam.

A banda de Leeds, liderada pelo carismático Ricky Wilson, teve um começo de carreira fulgurante com o lançamento de “Employment”, o disco que marcou a ascensão meteórica dos Kaiser Chiefs com clássicos como “Everyday I Love You Less and Less”, “Oh My God” ou “I Predict a Riot”. O álbum de estreia, de 2005, valeu-lhe aclamação crítica, sucesso comercial e a acumulação de prémios e distinções, onde se contam três Brit Awards, o prémio de melhor álbum da NME e a entrada na lista do Mercury Prize.

Apesar de não terem conseguido repetir o sucesso e popularidade de “Employment”, a banda de Ricky Wilson foi sempre garante de concertos divertidos e de total entrega.

Chegam a Hong Kong como cabeças de cartaz de sexta-feira, dia 17, e trazem na bagagem o mais recente disco, “Stay Together”, um registo ritmado e propício a um pé de dança. Depois de meia dúzia de álbuns lançados, uma coisa é certa: os Kaiser Chiefs continuam em grande forma ao vivo.

No mesmo dia sobe ao palco do Clockenflap a Dj e produtora TOKIMONSTA, uma artista californiana de origem coreana.

Locais e estrangeiros

De Londres chega-nos um dos nomes mais badalados da nova onda de hip-hop londrina, Stormzy, que mistura os sons do jungle, breakbeat e ragga num cozinhado sonoro moderno. O rapper britânico estreou-se este ano em álbum com o lançamento de “Gang Signs & Prayer”, que chegou ao número um das vendas de discos no Reino Unido.

Com uma forte mensagem política, Stormzy promete fazer tremer as colunas do sistema do palco principal do Clockenflap no sábado, dia 18 de Novembro.

Ainda nas sonoridades mais urbanas, destaque para Onra, o rapper de Paris, que actua no Central Harbourfront também no sábado, dia que tem os The Prodigy como cabeças de cartaz. O francês é conhecido pela entrega que imprime nas suas actuações, pleno de “soul” e “groove”, a piscar o olho ao funk e ao RnB.

A caminho de se tornar uma lenda do hip hop que extravasa as fronteiras da França, Onra sobe ao palco do Clockenflap no sábado, no dia 18.

Também no sábado actuam os locais de Hong Kong Chochukmo, a banda de rock experimental que mistura sem receios sonoridades tão dispares como punk, música de dança, jazz e bossanova. De Taiwan chegam os COSMOS PEOPLE, uma banda de funk-pop.

Feitas as contas, a edição deste ano do Clockenflap promete pela diversidade e qualidade do cartaz mas, também, pela extrema fome de música ao vivo da região. Nunca mais chega 17 de Novembro.

31 Out 2017

Hong Kong | The Prodigy juntam-se ao cartaz deste ano do Clockenflap

Esta semana conheceram-se mais alguns nomes de peso para o Festival Clockenflap, de onde se destacam os britânicos The Prodigy. A banda de punk electrónico actua sábado, no festival que decorre entre 17 e 19 de Novembro. Além dos The Prodigy juntaram-se ao cartaz os Young Fathers, Temples, Pond e SKREAM

[dropcap style≠’circle’]Q[/dropcap]uem ainda não viu The Prodigy ao vivo tem uma lacuna que precisa de colmatar o mais rapidamente possível. Para quem está em Macau, ou Hong Kong, o cartaz do Clockenflap possibilitará essa experiência.

A banda britânica, que lançou o seu primeiro disco, “Experience”, há exactamente 25 anos, revolucionou o mundo da música de dança ao juntar agressividade à cena das raves. Com seis discos na carreira, os The Prodigy juntam-se aos Massive Attack e a Feist para formar o trio de cabeça de cartaz do festival que festeja o seu décimo aniversário, que ocorre no Central Harbourfront entre 17 e 19 de Novembro.

A carreira da banda britânica tem entre os seus melhores momentos os discos “Music for the Jilted Generation”, onde despontam os intemporais hinos de agressão “No Good”, “Voodoo People” e “Poison”.

O grupo sustentado pela genialidade do produtor, e mais discreto membro da banda, Liam Howlett atingiu um público mais alargado em 1997 com o disco “Fat of The Land”, que tem músicas que rodaram em pistas do mundo inteiro como “Smack My Bitch Up”, “Firestarter” e “Breathe”.

No mesmo dia em que os The Prodigy sobem ao palco, há outra banda que merece destaque: os Tinariwen. Um grupo oriundo do norte do Mali. Além disso, os mais saudosistas vão poder dançar ao som da banda de covers The Bootleg Beatles.

Psicadélicos

Na lista das bandas que foram anunciadas esta semana ao cartaz do Clockenflap, houve uma acréscimo do novo rock psicadélico que surgiu nos últimos anos. Neste capítulo, os Pond, banda australiana que partilha alguns membros com os Tame Impala, são um dos grupos mais aguardados do festival. Com uma discografia extensa, que conta com sete discos em quase oito anos, os Pond fazem uma belíssima ponte entre o rock psicadélico e a pop. Os australianos de Perth sobem ao palco no domingo, dia 19.

Outra banda com sonoridades de rock psicadélico anunciada esta semana são os britânicos Temples. Com dois discos na bagagem, o grupo inglês apresentará ao público de Hong Kong o seu mais recente álbum, “Volcano”, igualmente no domingo, um dia que será encerrado pelos históricos de Bristol Massive Attack.

Além destas bandas, juntaram-se ao cartaz do Clockenflap o grupo de hip-hop Young Fathers, a banda de pop japonesa Wednesday Campanella.

O DJ SKREAM regressa ao cartaz do Clockenflap depois de ter incendiado a pista na edição de 2014. De seu nome Oliver Jones, o londrino é um dos nomes cimeiros da cena dubstep mundial. Com raízes sonoras firmadas em terras de tecno e house, SKREAM é um dos melhores actos da actualidade de electrónica ao vivo.

Os bilhetes para o festival encontram-se já à venda, por agora, a preços mais acessíveis. Ainda assim, quem quiser ir aos três dias de festival terá de desembolsar 1620 dólares de Hong Kong. Os bilhetes para sexta-feira custam 890 dólares, enquanto os de sábado e domingo custam 960 dólares de Hong Kong.

17 Set 2017

Música | Clockenflap regressa com Chemical Brothers, Die Antwoord e George Clinton

Mais de um dezena de bandas vão subir aos palcos do Clockenflap este ano, num alinhamento que conta com nomes como os Chemical Brothers, Die Antwoord e Sigur Rós. A música reina durante três dias, num festival que se estende a todos os géneros

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]maior festival de música das redondezas está de volta a Hong Kong em Novembro. Este ano, o Clockenflap tem no alinhamento The Chemical Brothers, Die Antwoord e Sigur Rós, só para mencionar alguns. E o cartaz não está ainda fechado. transferir
Depois de um 2015 com “mais de 60 mil” festivaleiros, o Clockenflap promete mais música e arte no “Harbourfront” de Kowloon de 25 a 27 de Novembro, com bandas que vêm de todas as partes do mundo. A organização anunciou recentemente a presença dos The Chemical Brothers.
A banda do Reino Unido, que já cá anda desde os anos 1980, sobe ao palco principal do festival no último dia, domingo. Com seis álbuns e duas dezenas de singles no topo das preferências, Tom Rowlands e Ed Simons chegam ao Clockenflap para aquele que será “o único concerto” da banda na Ásia. O duo de música electrónica, “reconhecido em todo o mundo por sets ao vivo de cortar a respiração”, promete uma “performance a não perder”, onde a música vai fazer-se acompanhar de imagens psicadélicas e um festival de luzes.

De África com loucura

O Clockenflap apresenta ainda os Die Antwoord. Directamente da África do Sul, os “freaks” da cena musical que junta o Rap e as ‘raves’ sobem ao palco no segundo dia do evento. O bizarro duo toca pela primeira vez em Hong Kong, onde mostrará o que faz de melhor: a veneração e a paródia à contra-cultura Afrikaans. Com o quarto álbum a caminho e passados sete anos desde a sua estreia, Die Antwoord (“A Resposta”, em Português) afastam-se de tudo o que é comercial e comummente aceitável.
“Misturam rap com rave, visuais especiais e letras afiadas, são o antídoto perfeito para o veneno que é o ‘mainstream’”, escrevem na apresentação da banda. die_antwoord_insta
Da Islândia chegam os Sigur Rós, que regressam a Hong Kong e trazem consigo novo material. Classificados como uma banda de “post-rock”, prometem aquela que será “a sua mais épica performance de sempre”.

Do Hip Hop ao Funk

Blood Orange (Reino Unido), Fat Freddy’s Drop (Nova Zelândia), George Clinton and Parliament Funkadelic (EUA), Mad Professor (SFSF). Entre sexta-feira e domingo, o Hip Hop, R&B, Soul e Funk estará nas mãos de representantes internacionais destes géneros musicais.
É o caso de Blood Orange, que apresenta a mistura perfeita de R&B e electrónica. Sobe ao palco no sábado, depois de ter aparecido em 2004 e escrito músicas para bandas como os Florence and The Machine, Carly Rae Jepsen, Kylie Minogue e até Chemical Brothers. No mesmo dia é tempo para ver Fat Freddy’s Drop – numa combinação de Reggae, Dub, Blus e Jazz -, e o produtor de Dub-Reggae Mad Professor, que há mais de 35 anos faz novas adaptações a músicas de bandas como os Beastie Boys, Depeche Mode, Sade e Jamiroquai.
Um dia antes sobe ao palco “o rei do Funk”: George Clinton, lenda que inspirou nomes de Michael Jackson a Red Hot CHilli Peppers, está no topo desde há 50 anos e continua, ainda hoje, a fazer todos dançar. Preparados para o senhor que ainda hoje sobe ao palco com Mary J. Blige e Grandmaster Flash?

Da Ásia com talento

Sem esquecer onde acontece, o Clockenflap compromete-se todos os anos a trazer a Kowloon as bandas asiáticas do momento e este ano não foi excepção. images
De Taiwan vem Cheer Chen e o seu folk melódico, prontos para subir ao palco no sábado, um dia antes do rock dos japoneses Sekai No Owari. A Coreia é representada pela banda indie Hyukoh e há espaço para bandas da casa: …Huh?!, Juicyning, Fantastic Day, TFVSJS, Tux e CharmCharmChu.

Lista que continua

Foals chegam pela primeira vez a Hong Kong depois de actuarem em festivais à volta do mundo, como o Coachella, para tocar no domingo. O último dia do festival recebe também Yo La Tengo (EUA), Crystal Castles, Sun Glitters, o “prodígio francês da electrónica” Fakear e os conterrâneos Birdy Nam Nam.
A electrónica mantém um lugar de topo no Clockenflap com outros nomes como Badbadnotgood (sexta-feira), 65daysofstatics (sábado) e Rodhad.
José González, Jimmy Edgar, Reonda e Pumarosa são outras das presenças, que partilham o festival com The Jolly Boys da Jamaica.
Mas o Clockenflap não se faz só de música e este ano marcam presença novos performers com o já tradicional Club Minky. Da comédia ao circo e artes performativas, há diversidade para todos os gostos. “All Genius, All Idiot”, da trupe Svalbard, “Yeti’s Demon Dive Bar” e “Ichi” são alguns dos convidados, que partilham o espaço do festival com a instalação The Blind Robot, que dá a oportunidade aos humanos festivaleiros de conhecer um lado doce e emocional que não se espera de uma máquina.
A segunda fase dos bilhetes já está à venda e permite a compra de ingressos a preços que vão desde 850 a 1620 dólares de Hong Kong. Estão disponíveis até 10 de Novembro, ficando mais caros depois. As portas do festival abrem às 17h00 do dia 25 de Novembro.

30 Set 2016