João Luz SociedadePJ | Alerta para novo tipo de fraude telefónica A Polícia Judiciária (PJ) lançou ontem mais um alerta depois de ter recebido “várias denúncias sobre chamadas telefónicas de origem desconhecida”. Segundo as autoridades, a táctica dos burlões passaria por afirmar que um familiar da vítima “teve um conflito com alguém (por causa de problema passional, de agressão ou de acidente de viação)”, para depois pedir dinheiro “para resolver o tal assunto”. Apesar da armadilha montada pelos burlões, a PJ afirma que as potenciais vítimas que apresentaram queixa “conseguiram contactar os respectivos familiares e esclarecer a situação, descobrindo que tinham sido vítimas de uma tentativa de fraude”. Assim sendo, a polícia alerta a população para que recuse proceder a transferências bancárias ou entrega de remessas de dinheiro e desligar a chamada telefónica quando do outro lado alguém afirmar que um “familiar está envolvido em qualquer conflito, a ser sequestrado, agredido ou detido”. Além de recomendar a não revelação de dados pessoais, a PJ apela a quem receber estas chamadas para contactar as autoridades.
João Luz SociedadeEuropa | MNE alerta estudantes para sequestros falsos O Comissariado do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) da China na RAEM emitiu ontem um alerta a apelar a residentes de Macau que estudem no estrangeiro, em particular na Europa, para terem cuidado com esquemas de “falsos sequestros”. Este tipo de crime costuma envolver o contacto telefónico de alguém que se faz passar agentes das autoridades do Interior da China ou da Interpol que acabavam por convencer as vítimas a filmar um vídeo onde fingem pedir um resgate por terem sido sequestrados. Apesar de estarem em segurança, os jovens acedem ao pedido e os burlões usam o vídeo para extorquir dinheiro a familiares e amigos das vítimas. Uma situação semelhante aconteceu a um jovem de Macau “há alguns dias”, segundo relato o comissariado. “Os criminosos abusam das características dos estudantes estrangeiros que acabaram de chegar e que não estão profundamente envolvidos no mundo, fingindo serem agentes da autoridade (…) para ameaçar, intimidar, extorquir” os jovens. Por esta razão, o comissariado destaca que os alunos devem proteger bem os dados importantes, tal como o passaporte, número de telemóvel, conta bancária e a palavra-passe e ter cuidado com chamadas de pessoas que alegam estar envolvidas em investigações policiais. Se forem contactados, o MNE sugere a denúncia à polícia, às entidades consulares e, em caso de necessidade, pedir ajuda ao Centro de Antifraude de Internet de Telecomunicações da China.
Hoje Macau SociedadePJ | Mulher burlada em 65 mil patacas Uma mulher de 30 anos queixou-se à Polícia Judiciária (PJ) de ter sido burlada online em 65 mil patacas. De acordo com a versão citada pelo jornal Ou Mun, a trabalhadora, apresentada como estrangeira, conheceu online em Dezembro do ano passado alguém que se apresentou como empresário. Depois de algumas semanas de conversa, a mulher começou a considerar que estava numa relação amorosa. Foi nessa condição, que o indivíduo lhe pediu ajuda, afirmando que estava na Turquia a fazer um negócio e que as suas contas tinham sido congeladas. Para contornar a situação, a mulher tinha de fazer várias transferências bancárias, que foi fazendo, até chegar ao valor de 65 mil patacas. Como após os vários pagamentos, o dinheiro nunca mais ficou disponível, e o homem continuou a pedir mais transferências, até que a mulher desconfiou que tinha sido burlada e apresentou queixa às autoridades.
Hoje Macau SociedadeBurla | Detido por trocar dinheiro falso A Polícia Judiciária (PJ) anunciou ontem a detenção de um homem com 24 anos por suspeitas de liderar um esquema fraudulento de troca de dinheiro. De acordo com a versão partilhada pelas autoridades, citada pelo Jornal Ou Mun, o homem prometia trocar dinheiro através de plataformas online, mas quando se encontrava com as vítimas, misturava notas falsas e cupões nas quantias trocadas. Terá sido o que aconteceu no dia 6 de Janeiro, quando o indivíduo foi contactado por uma mulher, e o namorado, para uma troca de dinheiro. Com o encontro combinado para o dia seguinte, o homem apareceu num hotel onde recebeu 90 mil renminbis. Em troca, deu uma quantia semelhante em dólares de Hong Kong, mas várias das notas entregues eram falsas e nos maços existiam ainda cupões de desconto. A mulher suspeitou imediatamente do sucedido, e correu atrás do alegado criminoso. Face à confusão e correria que se gerou no hotel do Cotai onde decorreu o encontro, os seguranças do espaço intervieram e agarraram o homem, que foi de seguida entregue às autoridades. Ouvido pela Polícia Judiciária, o homem confessou o crime e admitiu também que costumava pagar 5 mil renminbis a mais pessoas do Interior para virem a Macau e trocarem dinheiro falso por verdadeiro. Os pagamentos só eram feitos nos casos em que as pessoas enviadas para Macau era bem-sucedidas.
Hoje Macau SociedadeBurla | Residente desfalcado em 1,4 milhões de patacas Um residente de 31 anos foi burlado em 1,4 milhões de patacas, após ter confiado os dados da conta bancária a um burlão que se fez passar por representante das autoridades de saúde de Hong Kong e da polícia do Interior. O caso foi revelado ontem pela Polícia Judiciária e relatado pelo Jornal Ou Mun. Segundo o queixoso, a 7 de Novembro recebeu uma chamada telefónica, de alguém que se fez passar pelas autoridades de Saúde de Hong Kong. Após ter sido informado de que tinha estado em contacto com um caso positivo de covid-19 em Hong Kong e numa zona de surto, o residente local protestou ao telefone e afirmou não ter saído do território nos últimos tempos. A resposta não demoveu o burlão, e, ao telefone, informou a vítima de que iria transmitir a chamada para a Polícia do Interior, uma vez que o residente também era suspeito de ter cometido crimes financeiros no outro lado da fronteira. Sem desconfiar da identidade da pessoa do outro lado da linha, o residente forneceu todos os dados da conta bancária para que as “autoridades” pudessem proceder às averiguações necessárias. Com a informação nas mãos, o burlão, que se fez passar pela polícia do Interior, limitou-se a contar à vítima que esta tinha sido ilibada de qualquer suspeita. Porém, passado uns dias o homem desconfiou do sucedido e quando verificou o saldo da conta apercebeu-se que tinha sido desfalcado em 1,4 milhões de patacas, pelo que apresentou queixa.
Hoje Macau SociedadeBarcelos | Empresas com sede em Macau usadas em fraude Três empresas com sede em Macau foram utilizadas num esquema de fraude em Barcelos, que permitiu a uma empresa e dois administradores apropriarem-se de 16,5 milhões de euros, em fundos da União Europeia. O caso foi revelado pela Procuradoria-Geral Distrital do Porto. Os arguidos estão acusados de três crimes de branqueamento e um de fraude fiscal qualificada. “O Ministério Público considerou indiciado que os dois arguidos pessoas singulares eram administradores da arguida pessoa colectiva, uma sociedade com sede na Zona Industrial de Tamel (São Veríssimo), Barcelos, assim como eram administradores, ou tinham nelas poder de facto, de outras seis sociedade, três com sede em Espanha, três com sede em Macau”, foi revelado no comunicado da Procuradoria-Geral Distrital do Porto. “E mais indiciou que os arguidos, no âmbito de três projectos comunitários a que se candidataram, em 2011, 2012 e 2013, criaram um esquema para adquirirem máquinas e equipamentos usados na actividade económica da arguida pessoa colectiva […] para tal, de acordo com a acusação, criaram um circuito simulado de facturação das empresas sediadas em Espanha e em Macau, para sobrevalorizarem os bens cuja venda era objecto dos programas comunitários”, foi acrescentado. Ainda de acordo com a nota, com base no esquema, os arguidos “lograram obter indevidamente do IAPMEI [Agência para a Competitividade e Inovação], a título de subsídio, as quantias de €3 488 511,90, €9 165 434,85 e €3 810 180,00, que faziam circular pelas contas tituladas pelas várias sociedades com o intuito de aparentar o circuito do dinheiro às fictícias aquisições”.
Hoje Macau SociedadePJ | Residente burlado em 844 mil patacas Um residente foi burlado em 844 mil patacas, depois de acreditar que estava a investir num negócio, apresentado pela ex-empregada doméstica, que está no Interior do China. O caso foi anunciado no sábado pela Polícia Judiciária (PJ), depois de ter sido feita a detenção de dois homens e uma mulher, que alegadamente também estão envolvidos no crime. Segundo o canal chinês da TDM, um dos homens detidos é o marido da empregada doméstica, e é o responsável pela conta bancária utilizada para a burla. Quando à mulher detida, é uma amiga da empregada doméstica, que ajudou a recolher um pagamento de 100 mil patacas para a alegada burlona. O caso surgiu depois de o homem ter vendido um imóvel e recebido o respectivo pagamento. Como a empregada doméstica ajudou a cuidar do homem durante alguns anos, apercebeu-se do negócio e começou a apresentar-lhe oportunidades de investimento. Porém, apesar do investimento de 844 mil patacas, o homem nunca recebeu retorno, pelo decidiu apresentar queixa à polícia.
Hoje Macau SociedadePJ | Desmantelado grupo que lavava dinheiro de burlas A Polícia Judiciária (PJ) desmantelou um caso de lavagem de dinheiro cometido por um grupo criminoso, que levou à detenção de nove residentes. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, em Março deste ano, a PJ recebeu a denúncia do dono de uma ourivesaria na zona central da península, que foi notificado pelo banco da suspensão de uma transacção com valor suspeito, evidenciando uma possível fraude. A PJ descobriu que no dia da transacção, quatro residentes do Interior da China usaram cinco cartões de débito para comprar ouro no valor de 5,92 milhões de patacas em duas lojas ourivesarias. Através da cooperação com as autoridades do Interior da China, a PJ ficou a saber que cerca de 2,97 milhões de patacas do montante gasto nas ourivesarias de Macau eram provenientes de burlas cometidas na China. Depois de comprar os artigos em ouro, o grupo depositou parte das jóias numa loja de vinhos, acção que levaria à detenção do dono do estabelecimento. No total, a PJ encontrou um milhão em dinheiro e ouro nas habitações dos nove suspeitos e na loja de vinhos. A maioria dos suspeitos recusou cooperar com as autoridades policiais, que ainda procuram o líder do grupo, assim como o resto do dinheiro.
Hoje Macau SociedadeCartões de crédito | Mensagens de amigos levam a burlas Pelo menos duas pessoas foram apanhadas num esquema onde o chamariz era um sorteio numa plataforma de compras online, publicitado por mensagens de contas em redes sociais de amigos. De acordo com informação veiculada pela Polícia Judiciária, a estratégia tinha como objectivo reconhecer dados pessoais. Para se habilitarem a receber o prémio inexistente, foram solicitadas às vítimas informações sobre cartões de crédito e códigos de verificação. Depois de a vítima ter verificado que o seu cartão de crédito fora usado várias vezes, ligou ao amigo com quem pensava estar a falar e apercebeu-se que teria caído numa burla. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, as autoridades policiais tomaram conhecimento de outras pessoas cujos perfis em redes sociais foram pirateados e de contactos semelhantes a pedir dados bancários. Até ao momento, não foram feitas detenções, mas as autoridades continuam a investigar os casos.
Hoje Macau SociedadeBurla | Finge ser director de escola e engana pais Um burlão conseguiu infiltrar-se num grupo de WeChat para encarregados de educação e enganou dois utilizadores com o alegado pagamento de taxas de inscrição. O caso foi relatado ontem pelo canal chinês da Rádio Macau, com base na informação disponibilizada pela Polícia Judiciária (PJ), mas a identidade da escola não foi revelada. Segundo a versão apresentada, a 3 de Agosto, o indivíduo teve acesso ao grupo de conversação e fingiu ser o director da escola. Nesta condição, informou os pais que teriam de fazer o pagamento de 395 patacas, por aluno, em “lai sis” electrónicos pagos com a aplicação Alipay. A necessidade do montante foi justificada com a compra de manuais extra para os estudantes. Entre os presentes no grupo, apenas dois procederam de imediato ao pagamento. Ouvidos pelas autoridades, os encarregados burlados justificaram ter acreditado que o perfil era verdadeiro, uma vez que apresentava a mesma fotografia que o director, tal como o nome apresentado. Os pais só perceberam que tinham sido burlados, quando cerca de meia hora depois da primeira mensagem os professores começaram a dizer que o pagamento de 395 patacas não tinha sido pedido pela escola. Com o caso a ser discutido no próprio grupo, o burlão acabou abandonar a conversa. Por sua vez, os dois pais deslocaram-se à Polícia Judiciária onde apresentaram a queixa. Ao dia de ontem, as autoridades ainda estavam a investigar o caso e a tentar perceber como é que o burlão tinha conseguido infiltrar-se no grupo de WeChat.
Pedro Arede Manchete SociedadeBurla | Negócio de relógios termina em desfalque mais de 9 milhões Uma residente de Macau foi detida por se ter feito passar pelo dono de uma relojoaria no WeChat e desfalcado uma cliente em mais de 9 milhões de patacas num negócio que envolveu 40 relógios A Polícia Judiciária (PJ) deteve na quarta-feira, uma residente de Macau, de 37 anos, suspeita de burlar uma mulher do Interior da China em mais de 9 milhões patacas, através de um negócio que envolveu a transação de 40 relógios. Em causa, está o facto de a suspeita se ter feito passar pelo dono de uma loja de relógios na Taipa, através do WeChat, para cancelar a entrega da totalidade da mercadoria previamente adquirida. De acordo com informações divulgadas ontem em conferência de imprensa pela PJ, o caso veio a lume quando a vítima decidiu apresentar queixa em Novembro de 2021. A vítima terá conhecido a residente de Macau em 2020, altura em que a terá ajudado a comprar, sem sobressaltos, um relógio de luxo por 20 mil patacas. Estabelecida a relação de confiança, a suspeita voltou a entrar em contacto com a suspeita em Outubro de 2021, revelando conhecer o dono de uma loja em Macau que estaria disponível para fazer um preço especial na compra de relógios. Perante a oferta, a vítima mostrou-se interessada e, desde logo, mostrou vontade de adquirir 40 exemplares. Apesar de o preço de cada relógio se situar entre as 100 mil e 1 milhão de patacas, a vítima prontificou-se a pagar a totalidade da encomenda através de transferência bancária e em dinheiro. Pouco tempo depois, tal como combinado, a vítima recebeu 21, dos 40 relógios que tinha comprado. Falar pelos dois No entanto, os restantes 19 relógios tardavam em chegar, levando a vítima a confrontar a residente de Macau sobre o atraso. Sem perder tempo, a suspeita criou um grupo de WeChat onde, para além das duas, estaria o dono da loja, que mais tarde, apurou a PJ, viria a tratar-se da própria suspeita. Nesse grupo, o falso dono da loja terá alegado “haver falta de stock” e que era preciso esperar mais um pouco. Ideia reforçada pela própria suspeita no grupo de WeChat, alegando ser “muito difícil arranjar” os relógios em questão. As desculpas arrastaram-se durante mais de um mês, até que a vítima resolveu viajar até Macau para visitar a loja pelo seu próprio pé. Ao confrontar o dono do estabelecimento, este mostrou-se surpreendido, disse que nunca foi adicionado a qualquer grupo de WeChat, mas admitiu que a suspeita é uma cliente habitual e que tinha comprado 21 relógios. Iniciada a investigação, a PJ apurou que o valor dos 19 relógios em falta era de 8,18 milhões de renminbis, ou seja, cerca de 9,6 milhões patacas. Seguindo no encalce da suspeita, a PJ dirigiu-se ao seu local de trabalho no NAPE e convidou-a a ir até à esquadra. Durante o interrogatório, a mulher admitiu que tinha fingido ser o dono da loja e que recebeu o dinheiro da vítima, mas recusou-se a dar mais informações. O caso seguiu ontem para o Ministério Público, onde a residente de Macau irá responder pelos crimes burla de valor elevado e falsificação informática. A confirmar-se a acusação, a suspeita pode ser condenada a uma pena de prisão de 2 a 10 anos pelo primeiro crime e até 3 anos pelo segundo.
Pedro Arede Manchete SociedadeBurla | Residente desfalcada em 825 mil HKD após chamada falsa dos SSM A PJ deteve uma residente de Hong Kong por envolvimento num esquema de burla e lavagem de dinheiro, que levou uma cidadã de Macau a perder 825 mil HKD após ter sido contactada por um falso funcionário dos Serviços de Saúde. Em causa, terá estado uma suposta fuga aos impostos A Polícia Judiciária (PJ) deteve, no sábado, uma residente de Hong Kong com 27 anos, por suspeitas da prática dos crimes de burla de valor consideravelmente elevado e lavagem de dinheiro. Em causa, está o facto de ter aberto uma conta bancária no território vizinho, para onde foram feitas transferências a partir da conta de uma residente de Macau, lesada em 825 mil dólares de Hong Kong. De acordo com informação revelada ontem em conferência de imprensa, o caso veio a lume em Janeiro, altura em que a vítima apresentou queixa na PJ, alegando ter sido alvo de uma burla que envolveu uma falsa chamada dos Serviços de Saúde. Segundo a PJ, em Novembro de 2021, a vítima terá recebido uma suposta chamada dos Serviços de Saúde de Macau (SSM), onde um falso funcionário alegou que ela estaria em incumprimento legal, por ter adquirido medicamentos no Interior da China, sem ter emitido a respectiva declaração de impostos. Apesar de a vítima ter negado a compra recente de qualquer medicamento, o suposto funcionário dos Serviços de Saúde encaminhou a chamada para uma falsa linha telefónica da polícia de Xangai. Do outro lado da chamada, o falso agente reforçou, uma vez mais, que a vítima tinha violado a lei da China e que, por isso, teria de fornecer os seus dados pessoais e, como caução, o número da sua conta bancária. Com receio das consequências, a vítima acedeu ao link enviado pelo suposto agente e forneceu os seus dados pessoais, número da conta bancária e senhas de acesso. Em Dezembro de 2021, ao verificar a sua conta bancária, a vítima deu pela falta de 825 mil dólares de Hong Kong e começou a suspeitar ter sido alvo de um esquema de extorsão de dinheiro. Após a queixa ter sido apresentada, a PJ descobriu que foram efectuadas três transferências da sua conta para contas de Hong Kong. Sem dar por nada Durante a investigação, foi ainda possível descortinar que uma das transferências, no valor de 75 mil patacas, foi realizada para a conta da suspeita, que acabaria por ser detida no sábado ao entrar em Macau pelo posto fronteiriço de Qingmao. Segundo o porta-voz da PJ, durante o interrogatório, a residente de Hong Kong mostrou-se surpreendida e alegou ter sido um amigo a pedir-lhe para abrir a conta bancária. Adicionalmente, apontou ter-lhe sido prometida a obtenção de lucros entre os 3,0 e os 4,0 por cento por cada transferência efectuada para aquela conta, mas continuou a afirmar “não saber de nada” e que apenas abriu a conta para ajudar o amigo. O caso seguiu ontem para o Ministério Público, onde a suspeita irá responder pelos crimes de burla de valor consideravelmente elevado e branqueamento de capitais. A confirmar-se a acusação, a suspeita pode vir a ser condenada entre 2 a 10 anos de prisão pelo crime de burla e até oito anos pelo crime de branqueamento de capitais.
Pedro Arede Manchete SociedadeAbuso de confiança | Empresário lesado em 7,8 milhões por sócio Um empresário ligado à construção civil perdeu 7,8 milhões de patacas, após um sócio, com a promessa de grandes negócios, ter passado vários cheques para pagar dívidas pessoais. Após a detenção, o suspeito, que detém 50 por cento da empresa, alega ter permissão para passar cheques A Polícia Judiciária (PJ) deteve na passada segunda-feira um residente de Macau suspeito da prática do crime de abuso de confiança, após ter alegadamente desviado para proveito próprio, 7,8 milhões de patacas de uma empresa ligada à construção civil, da qual passou a ser sócio em 2018. Na altura, o suspeito convenceu a vítima de que o seu contributo seria uma mais valia para a empresa, dado estar envolvido em inúmero projectos na área, avaliados em 100 milhões de patacas. De acordo com informações divulgadas ontem em conferência de imprensa pela PJ, após travarem contacto, foi acordado que o suspeito passaria a ser sócio e a deter 50 por cento da empresa, em troca “apenas” da participação da mesma nos negócios avaliados em 100 milhões de patacas em que estaria envolvido. Durante algum tempo, a colaboração decorreu sem sobressaltos, com a conclusão de várias obras a materializar-se em lucros. Os problemas começaram, no entanto, quando um dos fornecedores emitiu um pedido pouco habitual para o pagamento de material de construção civil, dívida que, à partida, já estaria saldada. Em Junho de 2021, a vítima confrontou o suspeito com o incidente. Sem obter respostas, decidiu consultar as contas da empresa e descobriu que o suspeito emitiu três cheques cujo destinatário era ele próprio, no valor total de 5,7 milhões de patacas. Além disso, a vítima descobriu que os três cheques foram usados para pagar dívidas de uma outra empresa que o suspeito detém em nome próprio. Para as ocasiões Após não ter obtido, uma vez mais, qualquer resposta por parte do suspeito, o empresário lesado decidiu apresentar queixa às autoridades. Passado algum tempo, o suspeito deixou Macau rumo ao Interior da China e quando tentou voltar ao território na passada segunda-feira através da Ponte Hong Kong-Macau-Zhuhai, acabou por ser interceptado. Segundo a PJ, durante o interrogatório, o suspeito mostrou-se pouco colaborativo e argumentou que tinha autorização para passar os referidos cheques e que o próprio queixoso concordou com isso. No entanto, não conseguiu fazer prova disso. Após a investigação levada a cabo pelas autoridades, foi ainda descoberto que o suspeito terá desviado mais dinheiro da empresa além dos 5,7 milhões de patacas relatados. Contas feitas, ficou provado que o suspeito retirou, no total, 7,7 milhões de patacas da empresa, estando o destino do montante a ser investigado. O caso seguiu ontem para o Ministério Público (MP), onde a vítima irá responder pelo crime de abuso de confiança. A provar-se a acusação, o homem pode vir a ser punido com pena de prisão entre 1 a 8 anos, por se tratar de um “valor consideravelmente elevado”.
Pedro Arede Manchete SociedadeBurla | Falsos junkets lesaram 18 vítimas em 28 milhões A Polícia Judiciária desmantelou uma rede criminosa de falsos junkets que cooperava com uma Sala VIP, entretanto encerrada. Ao todo, sete residentes de Macau, um residente de Hong Kong e 10 nacionais da China terão perdido cerca de 28 milhões de patacas, apesar de se estimar haver mais de 200 vítimas. Duas pessoas foram detidas. Um dos cabecilhas continua a monte A Polícia Judiciária (PJ) anunciou o desmantelamento de uma rede criminosa que actuava ilegalmente como promotora de jogo em cooperação com uma Sala VIP no Cotai. Ao todo, 18 vítimas que foram aliciadas a depositar montantes entre os 3.800 e os 12,52 milhões de dólares de Hong Kong (HKD), em troca de juros mensais de 1,0 por cento, acabaram por perder, no total, 28 milhões de patacas, após a Sala VIP fechar portas. De acordo com informações divulgadas ontem pela PJ em conferência de imprensa, o caso veio a lume no mesmo dia em que a Sala VIP encerrou ao público, ou seja, a 29 de Setembro de 2021. Isto, porque nesse mesmo dia, uma das vítimas queixou-se a um agente destacado nesse casino, que foi impedido de levantar 157.800 dólares de HKD que tinha depositado numa Sala VIP, porque esta tinha cessado as suas operações. À medida que os dias foram passando, começaram a chegar mais queixas de vítimas impedidas de aceder aos montantes investidos. No total, a PJ revelou ter recebido 18 queixas, provenientes de sete residentes de Macau, um residente de Hong Kong e 10 residentes do Interior da China, que terão investido entre 3.800 e 12,52 milhões de HKD. De acordo com os depoimentos de duas das vítimas, a empresa levava os interessados a depositar 5 milhões de HKD em troca de juros mensais de 1,0 por cento. Iniciada a investigação, a PJ apurou que a companhia em questão não possuía licença de promotor de jogo, materializava as suas operações através da colaboração que tinha com a Sala VIP e que o negócio teve início em Outubro de 2019. Efeito dominó Durante as buscas efectuadas aos espaços de jogo e ao escritório da empresa localizado no NAPE, a polícia apreendeu computadores, telemóveis, documentação sobre clientes, cerca de 14 mil HKD em dinheiro e 590 mil HKD em fichas de jogo. Além disso, foram ainda detidos dois suspeitos, trabalhadores da empresa, dedicados à angariação de clientes e à execução de trabalho administrativo. Os dois negaram a prática de qualquer crime, apesar de a PJ ter recolhido indícios de que os dois foram responsáveis por burlar clientes e utilizar o dinheiro por eles investido para seu próprio benefício. Por seu turno, revelou o porta-voz da PJ, um dos cabecilhas continua a monte, dado ter saído de Macau, quatro dias antes de a Sala VIP fechar portas. Através da investigação, a PJ apurou ainda que o volume de negócio total da organização criminosa envolvia uma quantia de 286 milhões de HKD e que, possivelmente, haverá mais de 200 vítimas, contando com as 18 que apresentaram queixa. O caso seguiu ontem para o Ministério Público (MP), onde os suspeitos irão responder pela prática dos crimes de burla de valor consideravelmente elevado e associação criminosa. A confirmar-se a acusação, os detidos podem ser punidos com pena de prisão de 2 a 10 anos pelo primeiro crime e pena de prisão de 3 a 10 anos pelo segundo.
Pedro Arede Manchete SociedadeBurla | Residente perde 137 mil RMB ao tentar comprar vistos falsos Um residente de Macau perdeu 137 mil renminbis após ter sido levado a comprar dois vistos comerciais. Além disso, a vítima foi ainda convencida a investir num resort em Hainão. Noutro caso, uma mulher de 51 anos foi detida por roubar a porta de ferro de uma loja de fogões, que vendeu no ferro-velho por 50 patacas A Polícia Judiciária (PJ) deteve na passada segunda-feira um homem de 36 anos natural do Interior da China pela prática do crime de burla. Em causa, está o facto de o suspeito ter levado um residente de Macau a desembolsar 137 mil renminbis, em troca de dois vistos comerciais que a vítima queria vender a amigos. Do montante extorquido, fazem ainda parte cerca de 65 mil renminbis, que o residente concordou investir num alegado resort localizado em Sanya, na ilha de Hainão. De acordo com informações reveladas ontem em conferência de imprensa, tudo começou quando o residente de Macau conheceu o suspeito numa relojoaria do território, onde este costumava trabalhar. Numa conversa no interior da loja, a vítima revelou ter dois amigos interessados em vir a Macau, que não conseguiam obter vistos de entrada. O suspeito disse ser proprietário de uma empresa de construção civil sediada em Shenzhen e que, através dela, poderia requisitar duas quotas para pedir vistos comerciais. Em troca, o residente teria de pagar 36.000 renminbis por cada visto. Interessado no negócio, a vítima acedeu e pagou, desde logo, 70 por cento do valor final dos dois vistos (50.400 renminbis). Como se não bastasse, o suspeito sugeriu ainda ao residente que investisse num resort localizado em Sanya, na ilha de Hainão, cuja exploração estaria a cargo de um amigo. Sem hesitar, a vítima voltou a acreditar cegamente no suspeito e desembolsou mais 65.000 renminbis. Volvidos os 15 dias prometidos para que a documentação estivesse pronta, a vítima perguntou ao suspeito pelos vistos comerciais. A resposta foi positiva e acompanhada por uma fotografia que alegadamente seria o comprovativo do que tinha sido dito, pedindo à vítima o pagamento dos 30 por cento que faltavam. No entanto, nem os amigos da vítima viram os seus vistos comerciais emitidos, nem o suspeito voltou a estar contactável. Após apresentar queixa às autoridades, a PJ pediu à Interpol para investigar se os respectivos vistos tinham sido emitidos e acabaria por interceptar o suspeito no dia 21 de Março, quando este tentou entrar em Macau pelas Portas do Cerco. Durante o interrogatório, o suspeito confessou a prática do crime e que gastou a totalidade do montante no casino. Presa por 50 patacas Durante a conferência de imprensa de ontem, o Corpo de Polícia de Segurança Público (CPSP) revelou ainda a detenção de uma mulher de 51 anos de nacionalidade estrangeira, pelo furto de uma porta de ferro pertencente a um estabelecimento dedicado à venda de fogões. De acordo com o porta-voz do CPSP, o roubo aconteceu na manhã de domingo, logo após a abertura da loja e tendo o proprietário deixado a porta de metal do estabelecimento na rua. Desempregada e dedicada a recolher material reciclável, ao ver a porta de metal na rua, a suspeita empilhou-a no carrinho que transportava. Ao final do dia, ao deparar-se com o desaparecimento da porta, a vítima apresentou queixa às autoridades, apontando que a porta furtada tinha custado 4.000 patacas. Através das câmaras de videovigilância, a suspeita viria a ser detida, admitindo ter roubado a porta para a vender no ferro-velho por 50 patacas.
Hoje Macau SociedadeCrime | Estudante detida por burla milionária Uma estudante universitária, de 21 anos, foi detida pela Polícia Judiciária (PJ) por suspeitas de pertencer a uma rede criminosa que praticou uma burla telefónica no valor de 13 milhões de dólares de Hong Kong. O esquema começou quando uma residente de Macau recebeu uma chamada, em Setembro do ano passado, de um sujeito que se fazia passar por empregado bancário que perguntou se a residente fez compras em Pequim usando um cartão de débito. Após a vítima ter negado, a chamada foi transferida para um outro indivíduo que se apresentou como polícia de Pequim. Nesse ponto, a vítima foi avisada de que poderia ser acusada de branqueamento de capitais. Mais tarde, a residente recebeu outra chamada de alguém que se fez passar por funcionária do Comissariado contra a Corrupção, que lhe terá enviado o mandato de detenção em seu nome. Lançado e mordido o anzol, a vítima acabou por facultar informações bancárias ao grupo. É aqui que entra a estudante universitária, que terá recebido 25 transferência bancárias de contas da vítima ao longo de três meses. A estudante terá também aberto cinco contas bancárias que usou para transferir o dinheiro para bancos de Hong Kong. Segundo a PJ, a detida recebeu 13 mil dólares de Hong Kong para participar no esquema. Do outro lado do Rio das Pérolas, as autoridades da RAEHK detiveram dois homens suspeitos de estarem envolvidos no esquema.
Hoje Macau SociedadePJ | Dois detidos por burlar e receber produtos ilícitos Um homem de 29 anos e uma mulher de 34 anos foram detidos por se terem envolvido numa burla com produtos de maquilhagem. Segundo o jornal Ou Mun, a 13 de Janeiro, a Polícia Judiciária (PJ) recebeu uma chamada vinda da Holanda, em que uma mulher que se apresentou como cidadã chinesa se queixava de poder ter sido burlada. De acordo com a vítima, a 7 de Janeiro tinha visto uma publicação das redes sociais em que um homem de Macau oferecia o serviço de transporte de produtos para o Interior. Sem desconfiar do anúncio, a mulher requisitou os serviços para a entrega a vários clientes no outro lado da fronteira, dizendo-lhe onde podia recolher os produtos de maquilhagem, avaliados em 54 mil renminbis, e quais os destinos. Contudo, dias depois, a vítima descobriu que o suspeito nunca tinha enviado os produtos para o Interior, além de ter ficado totalmente incontactável. Sem alternativa, a mulher contactou a PJ e fez queixa do homem. Por sua vez, o homem foi interrogado pelas autoridades e confessou que tinha vendido os produtos por 7,8 mil renminbis. Porém, após uma busca à casa do suspeito foram encontrados outros produtos do género, que as autoridades acreditam tratar-se de material não vendido. O suspeito está indiciado do crime de burla, que implica uma pena de três anos de prisão. Além do suspeito, foi igualmente detida a compradora que pagou 7,8 mil renminbis. A mulher recusou cooperar e foi indiciada pelo crime de receptação, ou seja, compra de objectos que se sabe serem roubados, com uma moldura penal que pode chegar a 5 anos de prisão.
Andreia Sofia Silva SociedadePJ | Duas mulheres burladas através de app de encontros A Polícia Judiciária (PJ) recebeu uma denúncia de duas alegadas burlas através de aplicações de encontros. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, um dos casos diz respeito a uma mulher de 54 anos, residente, que conheceu um homem do Interior da China através de uma app de encontros. O suspeito disse-lhe que tinha um tio com funções de chefia na bolsa de valores e que detinha informações privilegiadas, incentivando a mulher a investir 256 mil renminbis através de uma aplicação de telemóvel. No entanto, dias depois, a vítima continuava a não ter acesso aos lucros obtidos com o investimento, apesar de a aplicação indicar ganhos na ordem dos 810 mil renminbis. Além disso, foi pedido à mulher para fazer novo investimento, solicitação que levantar suspeitas e a levou a denunciar o caso às autoridades. Outro caso de alegada burla refere-se a uma trabalhadora não-residente da China que conheceu um suposto engenheiro numa aplicação de encontros. O suspeito disse que trabalhava numa plataforma de jogo online e que havia descoberto uma lacuna no sistema que permitia obter alguns ganhos. Desta forma, a mulher foi incentivada a depositar 197 mil renminbis. O caso repetiu-se, depois de a vítima vir na aplicação de telemóvel que estava a ganhar 500 mil renminbis com o investimento feito, apesar de não ter acesso ao dinheiro.
João Luz SociedadeBurlada em quase meio milhão em esquema de venda de telemóveis A oportunidade de comprar telemóveis a preço de saldo para revender no Interior foi o “isco” que resultou numa burla de 452 mil patacas. Na quarta-feira, as autoridades detiveram um residente de Macau, com 31 anos, quando tentava atravessar o posto fronteiriço de Qingmao por suspeita de ter burlado uma mulher oriunda do Interior da China num esquema de revenda de telemóveis. Depois de se fazer passar por empresário do ramo das importações e exportações, o homem enviou uma mensagem de WeChat à vítima a propor um negócio bom demais para ser verdade. Graças à amizade com o dono de uma loja de produtos electrónicos, o suspeito afirmou ter acesso a telemóveis a preço especial, conseguindo descontos de 500 patacas por cada aparelho, mais uma “tarifa de transporte” de 300 yuan por telemóvel para atravessar a fronteira. A fase seguinte do engodo foi referir à vítima que o preço especial só seria possível se esta comprasse, pelo menos, 300 telemóveis, um investimento que ao preço prometido pelo suspeito chegaria a um montante superior a 2,7 milhões de patacas. Como a burlada não tinha dinheiro para o negócio, e após alguma insistência do residente de Macau, a proposta baixou para a compra de 50 telemóveis, mantendo o suposto desconto. A mulher aceitou e transferiu 384 mil yuan, equivalente a 452 mil patacas, para a conta do suspeito. Apreensão fantasma Com todos os detalhes acertados, a vítima esperava pela entrega dos aparelhos. Em vez de telemóveis topo de gama, recebeu no dia 23 de Agosto uma mensagem de WeChat com a fotografia de uma nota de apreensão a indicar que alfândega de Macau havia apreendido todos os telemóveis. Depois disso, o suspeito ficou incontactável, segundo o relato da vítima reproduzido ontem pela Polícia Judiciária (PJ). Mais de quatro meses depois, no sábado passado, a mulher apresentou queixa na PJ, que levou a detenção do suspeito. Já sob custódia das autoridades, o indivíduo confessou não ter acesso a telemóveis a preço especial. Além disso, o dinheiro depositado pela vítima foi todo gasto, entre jogo e pagamento de dívidas de jogo. Quanto à nota de apreensão, as autoridades revelaram que o homem havia feito download de uma fotografia partilhada num grupo de WeChat dedicado a contrabando. Através de edição de imagem, o suspeito alterou os dados simulando uma nota de apreensão de 50 telemóveis, segundo a PJ. O indivíduo nega a tese das autoridades e a prática de falsificação de documento. O caso vai ser entregue ao Ministério Público.
Pedro Arede Manchete SociedadeBurla | Desfalcou colega depois de o seduzir com milhões do Governo Um residente de 30 anos perdeu 74.500 patacas depois de ter sido convencido a criar uma associação de teor educativo que seria elegível para receber 80 milhões de patacas em subsídios do Governo. O suspeito de 20 anos, entretanto detido, falsificou dados informaticamente e burlou ainda outras três vítimas A Polícia Judiciária (PJ) deteve na passada segunda-feira, um residente de Macau de 20 anos por suspeitas da prática dos crimes de burla e falsificação informática. Em causa, está um desfalque de 74.500 patacas, referente à cedência de verbas para criar e equipar uma suposta associação de teor educativo, em troca da promessa de lucros provenientes de um alegado apoio governamental de 80 milhões de patacas. De acordo com informações divulgadas ontem em conferência de imprensa, tudo começou em Outubro de 2020, altura em que a vítima, um residente de Macau de 30 anos, foi abordado pelo suspeito com a proposta de criação da dita associação, reforçando que o empreendimento seria elegível para receber um subsídio do Governo, no valor de 80 milhões de patacas e que, desse montante, seria possível retirar parte das verbas para as suas contas particulares. Adicionalmente, alegando que, para materializar a criação da associação seria preciso dinheiro para comprar equipamento, o suspeito solicitou à vítima o adiantamento de 74.500 patacas. A vítima acedeu ao pedido e, entre Outubro de 2020 e Abril de 2021, transferiu, parcelarmente, o dinheiro para o amigo. Partindo da sua iniciativa, em Abril de 2021, o suspeito enviou fotografias de documentos, a comprovar que o pedido de subsídio da alegada associação tinha sido aprovado e, adicionalmente, um comprovativo de transferência de 200 mil patacas para a conta da vítima. Ao verificar a conta bancária, contudo, a vítima descobriu que não tinha recebido o montante anunciado e tentou entrar em contacto com o amigo, sem sucesso, para pedir o comprovativo de criação da associação. Deixando de ser possível estabelecer qualquer contacto e apercebendo-se que os documentos recebidos eram falsos, a vítima decidiu apresentar queixa na PJ. De acordo com a investigação, as autoridades concluíram que o suspeito é comum a outros três casos de burla que aconteceram nos últimos seis meses e que tinha saída de Macau. Porém, acabaria por ser detido na passada segunda-feira, ao tentar voltar a Macau pelo posto fronteiriço das Portas do Cerco. Quatro em linha Os três casos relacionados aconteceram em Dezembro de 2020, Março e Maio de 2021. Entre pedidos para criar empresas fictícias, trocas e depósitos de dinheiro, o suspeito burlou três mulheres em 20 mil renminbis, 34.289 patacas e 9.500 patacas. Contas feitas, os quatro casos renderam 138.289 patacas ao suspeito, que admitiu a prática de todos os crimes. O caso seguiu ontem para o Ministério Público (MP), onde o suspeito irá responder pelos crimes de burla e falsificação informática, pelos quais pode ser punido, respectivamente, com pena de prisão até 3 ou 5 anos ou pena de multa e com pena de prisão até 3 anos ou pena de multa.
Hoje Macau SociedadeBurla | Mãe e filha desfalcam jogador VIP em dois milhões A Polícia Judiciária (PJ) deteve na quinta-feira uma mulher de 25 anos por suspeitas de envolvimento, juntamente com a mãe, num esquema de burla perpetrado numa sala VIP localizada no NAPE. De acordo com o jornal Ou Mun, a vítima é um jogador que foi levado a fazer um depósito de dois milhões de dólares de Hong Kong (HKD) em troca de fichas de jogo no valor de quatro milhões. Após apostar, a vítima viria a ganhar quatro milhões de HKD em dinheiro. Contudo, assim que pretendeu levantar o depósito de dois milhões que tinha feito, foi incapaz de o fazer, perante vários argumentos apresentados pela mãe da detida, que continua a monte. Por seu turno, ficou provado que a filha foi responsável por levantar o dinheiro da vítima da sala VIP, acabando por ser detida ao tentar sair de Macau através do posto fronteiriço das Portas do Cerco.
João Luz Manchete SociedadeDesmantelada rede de burlas com vales de saúde Entre 2019 e Julho deste ano, uma loja de produtos medicinais chineses e uma clínica burlaram os cofres públicos em cerca de 8,5 milhões de patacas. O método já se tornou um clássico na criminalidade local: a troca do valor de vales de saúde por dinheiro vivo ou produtos O erário público voltou a ser desfalcado em cerca 8,5 milhões de patacas através de um esquema fraudulento de troca de vales de saúde por dinheiro ou produtos. A Polícia Judiciária deteve na segunda-feira seis indivíduos alegadamente responsáveis por um esquema que defraudou os cofres públicos entre Janeiro de 2019 e Julho deste ano. Os detidos são três médicos de uma clínica de medicina tradicional chinesa e três pessoas de uma família ligada a uma loja de produtos medicinais: o dono do estabelecimento, a sua esposa e o filho. O modo de actuação não é original. Um cidadão vai a uma clínica e troca o vale de saúde por 70 por cento do seu valor, em dinheiro vivo ou produtos de uma loja intermediária, sem receber qualquer tratamento médico. Neste caso, uma clínica de medicina tradicional chinesa situada na Areia Preta recebeu 16 mil vales de saúde, com um valor unitário de 600 patacas, envolvendo cerca de 5.200 residentes. De acordo com a PJ, os médicos terão apurado 3,3 milhões de patacas. O passo seguinte era a transferência de dinheiro da clínica para a loja produtos medicinais chineses, onde o cidadão iria levantar, em dinheiro vivo ou em troca de produtos grátis, 70 por cento do valor do vale de saúde. Recorde-se que em 2020, ao abrigo das medidas de apoio à população na sequência da crise pandémica, o Governo atribuiu um vale extra a cada residente. Produtos de primeira Além dos médicos, a PJ deteve também uma família (pai, mãe e filho) que operavam a loja de produtos medicinais nas imediações da clínica. As autoridades, além de terem identificado uma transferência bancária, no valor de 200 mil patacas, de um dos médicos para o dono da loja de produtos medicinais, testemunharam no local o vai e vem de alegados doentes, que depois de permanecerem apenas um ou dois minutos na clínica seguiam directamente para a loja para levantar o dinheiro, ou um produto num valor equivalente. A PJ entrevistou residentes envolvidos no esquema que confessaram a troca do vale de saúde por montante equivalente a 70 por cento do seu valor, cerca de 420 patacas. Os cerca de 5.200 residentes envolvidos podem ser acusados do crime de burla, punível com prisão até 3 anos ou com pena de multa. Quanto aos médicos e detidos da loja, são suspeitos da prática de burla de valor elevado, com moldura penal entre 2 e 10 anos de prisão, e associação criminosa, punida entre 3 a 10 anos de prisão.
Pedro Arede Manchete SociedadePJ | Desmantelada rede transfronteiriça dedicada a burla de namoro online A Polícia Judiciária deteve o cabecilha e outros três suspeitos de pertencer a uma rede criminosa transfronteiriça dedicada à prática de burlas de namoro online e a pretexto de investimentos. Em Macau houve pelo menos sete vítimas, lesadas em 400 mil patacas. No entanto, a polícia estima que as perdas totais possam rondar 1,8 milhões de patacas Em coordenação com as autoridades de Hong Kong, a Polícia Judiciária (PJ) desmantelou uma rede criminosa transfronteiriça dedicada a tirar dividendos em vários países do Sul da Ásia, através da prática de burlas de namoro online e relacionadas com investimentos em plataformas financeiras. Em Macau, o grupo desfalcou, pelo menos, sete residentes em 400 mil patacas, tendo sido detidos na passada terça-feira quatro suspeitos, entre os quais o cabecilha do bando. Por seu turno, em Hong Kong, a rede terá sido responsável por perdas de 20 milhões de patacas, tendo a operação conjunta resultado na detenção de três membros. De acordo com informações reveladas ontem em conferência de imprensa, a troca de informações entre as autoridades de Macau e Hong Kong permitiu descortinar inúmeros crimes que envolviam os dois territórios vizinhos e outros tantos países do Sul da Ásia, locais para onde os montantes resultantes das burlas eram transferidos. Seguindo estas pistas e identificados em Macau quatro indivíduos pertencentes ao grupo, a PJ iniciou uma operação em várias zonas da cidade que terminou com a detenção dos suspeitos. Na casa do cabecilha, natural do Mali, foram apreendidas 300 mil patacas em dinheiro, dois cartões de crédito, mais de 10 computadores portáteis e vários cartões telefónicos. Interrogado pela PJ, o cabecilha do grupo “não mostrou vontade de colaborar na investigação”, nem conseguiu explicar a origem do dinheiro apreendido. Outro detido revelou, contudo, ter recebido ordens do cabecilha do grupo para que os montantes angariados com as burlas fossem transferidos para a sua conta bancária. A PJ descobriu ainda que os outros suspeitos trabalhavam como intermediários para angariar pessoas disponíveis a fornecer as suas contas bancárias como destino para depositar os montantes angariados com as burlas. Segundo a polícia, a movimentação de depósitos nestas contas era de 1,10 milhões de patacas. Em contagem crescente A PJ acredita que através da operação colocou um ponto final à actividade do grupo. No entanto, o número de lesados deverá ser muito maior, com a polícia a estimar que as perdas totais incluindo casos de vítimas não identificadas ou que não apresentaram queixa, poderão rondar 1,8 milhões de patacas. O caso seguiu ontem para o Ministério Público, onde os suspeitos irão responder pela prática dos crimes de burla de valor consideravelmente elevado e branqueamento de capitais. De acordo com a porta-voz da PJ, as autoridades locais vão continuar a colaborar com a polícia de Hong Kong para concluir a investigação do caso e de outros da mesma génese. A PJ deixou ainda um alerta para que os residentes que se vejam envolvidos em situações suspeitas, não transfiram dinheiro para pessoas desconhecidas, nem adquiram moedas virtuais através de sites e aplicações ou façam apostas ilegais.
Pedro Arede Manchete SociedadeBurla | Desfalcados em cerca de 1 milhão para ingressar na universidade Um designer gráfico de 27 anos é suspeito de burlar os pais de quatro estudantes do Interior da China em cerca de 1 milhão de renminbis, levando-os a acreditar que teria ligações privilegiadas com a direcção de uma universidade de Macau. O residente é ainda acusado de falsificar certificados de admissão e forjar o envio de emails em nome da instituição de ensino Os maus resultados obtidos no Exame Nacional Unificado de ingresso no Ensino Superior pelos filhos, levaram quatro encarregados de educação do Interior da China a recorrer aos serviços de um designer gráfico de Macau que alegou ter contactos privilegiados dentro do Conselho Escolar de uma universidade de Macau, para facilitar a admissão de alunos. Como resultado, para além de ver os filhos falhar o ingresso ao Ensino Superior em Macau, as vítimas acabaram burladas em cerca de 1 milhão de renminbis e confrontadas com um esquema de falsificação de documentos emitidos em nome da instituição de ensino. O residente de Macau foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) na segunda-feira, praticamente dois anos depois da queixa apresentada pelos lesados e da detenção de outras três suspeitas. O caso remonta a Agosto de 2019, altura em que os encarregados de educação entraram em contacto com uma residente de Macau de apelido Cheong que se prestou a estabelecer alguns contactos para garantir que, apesar dos resultados insatisfatórios, os estudantes fossem admitidos na universidade em questão, que não foi identificada pela PJ. Em contrapartida, as quatro vítimas prontificaram-se a pagar, por cada estudante, respectivamente, 200.000 dólares de Hong Kong, 246.300 renminbis, 243.500 renminbi e 264.500 renminbis, ou seja, cerca de 1 milhão de renminbis no total. Contudo, após apresentarem a notificação de admissão nos serviços da universidade, os encarregados de educação foram informados que nenhum dos estudantes sido autorizado a ingressar no estabelecimento de ensino. O acontecimento levou as vítimas a apresentarem queixa à polícia, desenrolando-se daí uma investigação que concluiu que, além de Cheong, outras duas intermediárias estariam envolvidas no esquema. Detidas e interrogadas pela PJ em Setembro de 2019, as três vítimas admitiram ter seguido as instruções de um homem que era, nada mais, nada menos, que o designer gráfico de 27 anos detido na passada segunda-feira e que saiu de Macau no dia 4 de Agosto de 2019. Pelo trabalho efectuado, as arguidas admitiram ainda ter lucrado montantes entre as 36.000 e as 400.000 patacas. Tal e qual Através do Gabinete de Acesso ao Ensino superior, a PJ verificou que, tanto o certificado como a notificação de admissão eram falsas. Além disso, ficou ainda provado que as vítimas receberam emails falsos enviados em nome da universidade. Através da acção da Interpol, a PJ pediu ajuda à polícia do Interior da China para interceptar o principal responsável pelo esquema, facto que veio mesmo acontecer na passada segunda-feira, dia em que o designer de Macau viria a ser detido em Zhuhai. Interrogado pela PJ, o suspeito admitiu não ter qualquer ligação com a universidade em causa e que, em conjunto com uma das detidas em 2019, foi responsável por forjar a notificação de admissão a partir de um software online, enviar os emails falsos e criar um falso certificado de admissão. O suspeito foi presente ontem ao Ministério Público onde irá responder pela prática dos crimes de burla de valor elevado e falsificação de documentos.