João Luz Manchete SociedadeTabagismo | Macau ultrapassa meta de redução da OMS O Governo marcou o Dia Mundial Sem Tabaco com um simpósio onde Alvis Lo enalteceu os resultados do combate ao tabagismo. Numa década, o número de fumadores diminuiu 36,1 por cento, ultrapassando em 2022 a meta estabelecida pela Organização Mundial de Saúde. Porém, o Governo está preocupado com o aumento do consumo de cigarros electrónicos Em 2011, os fumadores representavam 16,6 por cento da população de Macau, percentagem que caiu até ao fim de 2022 para 10,6 por cento, passando de 79.400 para 59.700 fumadores entre os dois períodos. A redução de mais de 20 mil fumadores ao longo de uma década foi uma das mais flagrantes revelações do “Inquérito sobre o consumo do tabaco pela população de Macau 2022”, e representou uma redução da taxa de consumo de tabaco de 36,1 por cento. Estes números foram sublinhados na quarta-feira pelo director dos Serviços de Saúde (SS), Alvis Lo, no colóquio sobre o controlo do tabagismo que marcou o Dia Mundial Sem Tabaco. A redução do consumo de cigarros registada em Macau superou a meta estabelecida pela Organização Mundial de Saúde, que apontara para uma diminuição de 30 por cento até 2025. Dirigindo-se a uma plateia composta por dirigentes de várias associações, organismos públicos e instituições ligadas ao sector da saúde e juventude, Alvis Lo vincou o compromisso do Governo no controlo do tabagismo, através de uma estratégia de multidisciplinar, com políticas de controlo e legislação, assim como acções de sensibilização sobre os malefícios do tabaco. Numa sessão aberta à participação das várias instituições participantes, Kong Pan, do Gabinete para a Prevenção e Controlo do Tabagismo, pediu sugestões sobre a forma para controlar o consumo de tabaco por transeuntes, ou seja, como impedir que quem anda pelas ruas de Macau o faça com um cigarro aceso. A fava do bolo Apesar dos números que dão azo a optimismo quanto à redução do fumo de tabaco convencional, Alvis Lo não passou ao lado do aumento de popularidade dos cigarros electrónicos, em particular entre os mais jovens. Um estudo conduzido pelas autoridades de saúde revelou que em 2021 a taxa de consumo de cigarros electrónicos entre jovens com idades compreendidas entre 13 e 15 anos aumentara de 2,6 por cento em 2015 para 4 por cento em 2021. O director dos SS expressou preocupação face à tendência crescente deste tipo de consumo entre menores de idade, que é significativamente superior ao consumo de cigarros convencionais. Estes dados foram tidos em consideração pelo Governo para um plano de acção que culminou com a entrada em vigor no início de Dezembro do ano passado da lei que proibiu a produção, distribuição, venda e importação de cigarros electrónicos. Em comunicado, as autoridades de saúde sublinham que todos os centros de saúde do território providenciam serviços de apoio a quem quer deixar de fumar, com consultas médicas, e que existe uma linha de apoio, 2848 1238, para quem precisar de ajuda para dar o primeiro passo.
Hoje Macau SociedadeDSAL | TNR queixam-se de falta de tradução Cerca de uma dezena de antigos trabalhadores não residentes (TNR) da empresa “Serviços de Limpeza Tai Koo” queixa-se de que a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) apresentou apenas documentos em chinês ou português no caso relativo ao não pagamento, por parte da empresa em questão, de indemnizações por despedimento, horas de trabalho extraordinárias e subsídio de férias. O caso foi julgado em tribunal. Uma das antigas funcionárias, Mariel, citada pelo jornal All About Macau, disse que a maioria dos documentos e contratos fornecidos pelo Governo estavam nas duas línguas oficiais, sem tradução para inglês ou língua nativa dos funcionários. Os trabalhadores chegaram a pedir ajuda à DSAL, mas, no final, tiveram de recorrer à tradução informal. Mariel disse ainda que, apesar das sessões de julgamento terem decorrido em chinês com tradução para inglês, algumas testemunhas não falam bem inglês, tendo havido incompreensão da parte de algumas das tabelas de cálculo das indemnizações fornecidas pela DSAL, pelo que foram necessárias explicações adicionais da parte de representantes do Ministério Público e do próprio juiz. Em Julho do ano passado, a DSAL recebeu queixas destes TNR, tendo o representante da DSAL, inspector laboral, declarado em tribunal que a empresa não conseguiu apresentar provas legítimas do despedimento destes trabalhadores.
João Luz Manchete SociedadeMalásia | Cúmplice de Jho Low morre semanas após falar à polícia No dia seguinte à notícia do repatriamento do alegado cúmplice de Jho Low para a Malásia, onde terá colaborado com as autoridades, é avançado que Kee Kok Thiam morreu na segunda-feira de acidente vascular cerebral. A família de Kee emitiu um comunicado a informar que o empresário foi ontem cremado “Apelamos a todos para que não alimentem quaisquer especulações sobre este infeliz acontecimento e dêem à família o espaço necessário para fazer o luto pelo seu falecimento.” Foi assim que a família de Kee Kok Thiam reagiu publicamente à morte do empresário que terá confirmado à Comissão Anti-Corrupção da Malásia ter-se encontrado em Macau com Jho Low. Recorde-se que Jho Low é um dos homens mais procurados do mundo devido a um dos mais avultados desfalques de fundos públicos no valor de 4,5 mil milhões de dólares norte-americanos, através da companhia 1Malaysia Development Berhad (1MDB). No dia seguinte à notícia de que Kee Kok Thiam teria sido repatriado de Macau, por ter excesso de permanência no território, para a Malásia, onde foi ouvido pelas autoridades, foi ontem avançado por vários meios de comunicação social malaios e pela Al Jazeera o falecimento de Kee. A Al Jazeera adiantou que Kee Kok Thiam faleceu na passada segunda-feira num hospital, vítima de um “repentino e fulminante acidente vascular cerebral”, e foi cremado ontem de manhã, segundo um comunicado emitido pela família do empresário. Sem protecção Após ter falado com a Comissão Anti-Corrupção da Malásia, logo à chegada a Kuala Lumpur, Kee Kok Thiam foi libertado sem qualquer acusação, apesar de continuar sob suspeita das autoridades. Uma fonte da comissão anti-corrupção, em condição de anonimato, indicou à Al Jazeera que Kee Kok Thiam não ficou sob protecção policial depois de ser libertado, nem que terão havido negociações para acertar o tipo de informação que Kee estaria pronto para divulgar em troca de protecção. A Comissão Anti-Corrupção da Malásia alegou que Kee Kok Thiam terá sido avisado por Jho Low de que não devia regressar à Malásia enquanto testemunha do caso 1MDB. Jho Low | Governo “surpreendido e em choque” As autoridades locais dizem estar surpreendidas e em choque com as últimas declarações da Comissão Anti-Corrupção da Malásia, que crê que Jho Low, acusado de defraudar o Estado malaio, está escondido em Macau. “Caso seja verdade o que foi dito na reportagem, as autoridades da segurança não podem deixar de manifestar a sua surpresa e choque, já que em lugar de recorrer à cooperação policial internacional, ou ao auxílio judiciário internacional em matéria penal, para investigar e verificar a situação e pedir auxílio, o organismo de execução da lei divulgou, unilateralmente, notícias não confirmadas, contrariando as regras e as práticas no âmbito da cooperação policial internacional e de auxílio judiciário internacional em matéria penal”, lê-se numa nota do gabinete do secretário para a Segurança, Wong Sio Chak. O mesmo comunicado dá conta que a Polícia Judiciária “não pode, nos termos da lei, divulgar quaisquer informações, sendo essa uma perseverança de Macau, enquanto cidade internacional e enquanto sociedade de Estado de Direito”.
João Luz SociedadeLago Nam Van | Aberto concurso para arrendar 12 lojas O Fundo de Desenvolvimento da Cultura (FDC) anunciou ontem a abertura de um concurso público para arrendar 12 espaços comerciais situados na zona Anim’ Arte do Lago Nam Van. Segundo o FDC, “os concorrentes devem apresentar o plano de desenvolvimento com base na concepção de reconstrução de uma zona, incluindo as lojas, as áreas de praça, de graffiti e do lago, no intuito de tornar essas áreas numa praça típica de actividades artísticas e culturais”. O prazo de arrendamento das lojas será de cinco anos, com “uma renda mensal não inferior a 180 mil patacas como preço base do concurso”. Os arrendatários, além de serem responsáveis pelo planeamento operacional e manutenção dos espaços, devem “também suportar a segurança, limpeza e manutenção de arborização diárias do espaço circundante e instalações do Anim’ Arte Nam Van e respectivos custos. Os concorrentes devem apresentar um plano de revitalização do Anim’ Arte Nam Van, com “direcção operacional de um espaço de encontro transsectorial de artes e cultura, e os objectivos operacionais de ‘educação artística, encontro e convivência, desenvolvimento comunitário, funcionamento comercial’. Além disso, devem ter em conta a utilização dos espaços para a realização de, pelo menos, “quatro actividades ao ar livre, nomeadamente, espectáculos, feiras, carnavais ou festivais, bem como, pela menos uma actualização das obras na área de graffiti”. As propostas podem ser entregues no FDC ao dia 17 de Julho.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeCovid-19 | Doença passa a ser encarada como normal Os números de casos covid-19 chegam às centenas por dia, mas as autoridades de saúde defendem agora que esta deve ser encarada como uma simples doença do foro respiratório, sem necessidade de medidas preventivas adicionais, bem diferente do período de confinamentos e restrições A variante não mudou, mas a covid-19 agora é encarada pelas autoridades de saúde como uma doença normal, sem necessidade de implementar mais restrições ou do regresso do código de saúde, apesar de Macau estar a registar centenas de novos casos de covid-19 por dia. Só esta segunda-feira foram registados 851 casos, mas já se atingiu a fasquia dos 957 casos diários. Números que outrora dariam origem a confinamentos e testes em massa são agora vistos pelas autoridades com normalidade. “As medidas de combate à epidemia são diferentes das adoptadas no passado. Com a evolução epidémica esperamos que os residentes possam tratar a covid-19 como uma doença respiratória comum, ou seja, os infectados podem consultar um médico caso seja necessário, deixando-o decidir se é ou não necessário pedir baixa. Além disso, as empresas e instituições podem decidir se os trabalhadores ficam ou não em casa”, adiantou Chang Tam Fei, chefe substituto da delegação do serviço de urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário, que falou ontem à margem do programa matinal do canal chinês da Rádio Macau, o Ou Mun Tin Toi. Leong Iek Hou, médica e chefe da divisão de prevenção e controlo de doenças transmissíveis do Centro de Coordenação e de Contingência, frisou que o “período de pico das infecções vai ainda durar algum tempo”, pelo que será necessário avaliar “quando haverá uma tendência de queda” no número de casos. O uso de máscara fica, assim, ao critério de cada um. “A propagação [do vírus que causa a covid-19] é ainda alta, mas o risco de morte ou de doenças graves é baixo, sobretudo para quem já se vacinou e tomou a dose de reforço. Por isso o nosso objectivo, como em todo o mundo, na luta contra a pandemia foca-se na protecção individual de cada um, com a vacinação e o uso de máscara”, frisou a responsável. Camas para todos Devido ao elevado número de casos de covid-19 e de gripe, a afluência às urgências tem sido grande. Chang Tam Fei prometeu que será dada resposta ao aumento de doentes com a disponibilização de mais camas. “Prevemos que a epidemia continue por um longo período, nomeadamente durante o inverno deste ano, além dos casos de gripe sazonal e outras doenças respiratórias, pelo que, a fim de enfrentar o maior número de consultas e internamentos, vamos proporcionar mais camas e estamos atentos caso seja necessário transferir os doentes para outras áreas”, rematou. Relativamente à variante XBB da covid-19, Chang Tam Fei disse que estão ainda a ser analisadas novas vacinas, pelo que os Serviços de Saúde de Macau vão “acompanhar o progresso [das investigações] e o efeito dessas vacinas”, rematou.
Hoje Macau SociedadeComércio | Exportações lusófonas sobem 78,6% até Abril As exportações de mercadorias dos países de língua portuguesa para Macau subiram 78,6 por cento nos primeiros quatro meses deste ano, em comparação com o mesmo período de 2022, indicaram dados oficiais divulgados ontem. O valor exportado pelos países lusófonos para o território fixou-se em 508,9 milhões de patacas entre Janeiro e Abril, de acordo com a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) de Macau. A maioria veio do Brasil, no valor de 418,7 milhões de patacas, sendo composta sobretudo por carne, peixe e marisco. Macau comprou ainda a Portugal mercadoria no valor de 87,5 milhões de patacas, nomeadamente vestuário e acessórios, bebidas alcoólicas e aparelhos eléctricos. Nos primeiros quatro meses do ano, o bloco de países de língua portuguesa comprou a Macau mercadorias no valor de 107 mil patacas, menos 86,7 por cento do que em igual período de 2022. As exportações de mercadorias por Macau entre Janeiro e Abril foram de 4 mil milhões de patacas, menos 20,9 por cento, comparativamente ao mesmo período do ano passado, enquanto o valor importado de mercadorias foi de 47,3 mil milhões de patacas, ou seja, menos 7,8 por cento, em termos anuais, indicou a DSEC. O défice da balança comercial de Macau nos primeiros quatro meses deste ano fixou-se em 43,3 mil milhões de patacas, menos 6,4 por cento relativamente a igual período de 2022.
Hoje Macau SociedadeBurla | Detidos por suspeita de desfalque de 50 milhões A vontade de lucrar na bolsa de valores de Hong Kong levou cerca de três dezenas de residentes de Macau a serem burlados em 48,883 milhões de dólares de Hong Kong. O caso culminou a com detenção nos dias 17 e 18 de Maio de um homem e uma mulher, suspeitos de terem montado um esquema fraudulento de investimento entre 2017 e Março de 2021. Segundo o jornal Ou Mun, os suspeitos criaram várias empresas offshore com nomes semelhantes a empresas conhecidas de Hong Kong, convencendo as vítimas a comprar as acções com aliciantes margens de lucro. As vítimas terão idades entre os 27 e 68 anos, com as perdas a variarem entre 40 mil dólares de Hong Kong e 29 milhões de dólares de Hong Kong. A Polícia Judiciária (PJ) começou a receber denúncias em Janeiro do ano passado e a investigação levou as autoridades a uma loja no NAPE, onde a alegada empresa de investimento teria escritório. A polícia de Hong Kong está a procurar o paradeiro de possíveis cúmplices.
João Luz Manchete SociedadeCrime | Cúmplice de Jho Low deportado de Macau e interrogado na Malásia Um cúmplice de Jho Low foi interrogado em Kuala Lumpur, depois de ter sido deportado de Macau por excesso de permanência. Kee Kok Thiam, instrumental numa das maiores fraudes do mundo, terá confessado às autoridades malaias ter-se encontrado em Macau com Jho Low e outros cúmplices. O Governo de Macau não comenta casos específicos, mas garante actuar de acordo com a lei O jogo do gato e do rato continua, assim como a ligação de Macau a um dos mais procurados foragidos à justiça a nível mundial. No passado dia 3 de Maio, as autoridades malaias esperavam a chegada de um avião ao aeroporto de Kuala Lumpur. A bordo vinha Kee Kok Thiam, um dos suspeitos da maior fraude de que há memória, encabeçado pelo fugitivo mais procurado do mundo, Jho Low, responsável pelo desfalque de fundos públicos malaios no valor de 4,5 mil milhões de dólares norte-americanos, através da companhia 1Malaysia Development Berhad (1MDB). “Acreditamos que os indivíduos procurados no caso 1MDB, especialmente Jho Low, estão escondidos em Macau”, afirmou a Comissão Anti-Corrupção da Malásia, numa notícia avançada ontem pela Al Jazeera. “Esta informação foi confirmada por vários indivíduos que viram Jho Low em Macau”, foi acrescentado. Um dos indivíduos terá sido Kee Kok Thiam, de 51 anos, que foi libertado pelas autoridades malaias, após prestar declarações. Kee terá indicado que as autoridades de imigração da RAEM o detiveram durante um mês em 2021, mas acabaram por o libertar “condicionalmente” porque na altura Macau tinha as fronteiras fechadas devido às restrições de combate à covid-19. A Comissão Anti-Corrupção da Malásia indicou ainda à Al Jazeera que Kee Kok Thiam confirmou ter encontrado em Macau Jho Low, assim como outros fugitivos do caso 1MDB, incluindo Eric Tan Kim Loong, Casey Tang Keng Chee, Geh Choh Heng e Nik Faisal. Durante o encontro, Low terá instruído Kee a “não regressar à Malásia e a não testemunhar no caso 1MDB”. Cassete local A Al Jazeera contactou as autoridades de Macau sobre a saída de Kee Kok Thiam do território, que recusaram comentar casos específicos, porém, enfatizaram que os casos que envolvam estrangeiros são sempre tratados “de acordo com a lei e disposições processuais, assim com as práticas internacionais relevantes”. Segundo a Comissão Anti-Corrupção da Malásia, o Governo malaio não foi notificado pelas autoridades de Macau do repatriamento de Kee, mas que essa informação foi apurada com base na rede de informação que investiga o caso. É de salientar que a deportação de Kee surge depois da primeira visita oficial do primeiro-ministro malaio Anwar Ibrahim à China, que aconteceu no final de Março, assim como das recentes declarações do seu Governo que vincaram o empenho em procurar o repatriamento dos fugitivos do caso 1MDB.
Hoje Macau SociedadeHotéis | Mais vagas e salários, menos trabalhadores Dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) revelam que, no primeiro trimestre deste ano, o sector da hotelaria disponibilizou mais vagas de trabalho e salários mais elevados, mas contou com menos trabalhadores em serviço. Assim, no final dos primeiros três meses do ano trabalhavam nos hotéis um total de 45.801 pessoas, menos 3,3 por cento face ao primeiro trimestre do ano passado. A remuneração média destes trabalhadores era de 19.960 patacas, mais 3,7 por cento em termos anuais. Relativamente ao número de vagas, 2.611, houve um aumento de 2.066 em termos anuais, “pois a recuperação estável da economia impulsionou o aumento da procura de mão-de-obra”, aponta a DSEC.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeTerceira edição do “929 Challenge” com candidaturas a partir de Junho Os jovens empreendedores da China, Macau e países de língua portuguesa que queiram desenvolver a sua startup e competir para ganhar prémios podem candidatar-se, entre Junho e Setembro, à terceira edição do “929 Challenge”, uma competição de startups sino-lusófona que este ano disponibiliza um pacote de prémios superior a 20 mil dólares americanos e que se irá realizar de forma presencial em Macau depois das edições online, devido à pandemia. O “929 Challenge”, co-fundado por Marco Duarte Rizzolio, conta com apoio na organização do Fórum Macau e visa “desenvolver a criação de ideias de negócios que liguem a China e os países de língua portuguesa”, tendo equipas de jovens empresários e empreendedores a “competir ombro a ombro com equipas da área da Grande Baía”. O concurso conta ainda com o patrocínio de diversas empresas e entidades privadas, do sector da banca, engenharia e advocacia, bem como concessionárias de jogo. À semelhança das edições anteriores, os participantes serão divididos em duas categorias, para universitários e startups, sendo que a competição pretende fomentar “o espírito empreendedor na China e nos países de língua portuguesa”, bem como a criação de ideias de negócios sustentáveis e “fortalecer as relações comerciais transfronteiriças”. Após a submissão de candidaturas, os concorrentes seleccionados podem apresentar os seus projectos junto de um painel de potenciais investidores numa sessão final agendada para Outubro, altura em que o Fórum Macau celebra 20 anos. Benefícios vários Além da competição em si, o “929 Challenge” pretende oferecer aos participantes “diferentes benefícios, nomeadamente uma maior visibilidade internacional, a construção de redes de contactos e ainda atrair e captar potenciais investidores e clientes”. Empreendedores e startups podem ainda receber sugestões e comentários da parte de “profissionais experientes”. A primeira edição do concurso, realizada em 2021 e ainda com o nome”928 Challenge”, pois não incluía ainda a Guiné Equatorial, contou com 800 participantes distribuídos por 150 equipas. A segunda edição contou já com 250 equipas. Na primeira edição, uma equipa da Universidade do Porto propôs o desenvolvimento de uma vacina ProBio para a aquacultura, projecto que venceu o primeiro prémio. Na segunda edição, uma equipa de Shenzhen venceu a categoria universitária, enquanto a empresa chinesa “OneDrop” sagrou-se vencedora na categoria de startups, após apresentar uma solução para evitar o desperdício de alimentos.
João Luz Manchete SociedadeJogo | Distribuições de dividendos a accionistas pode demorar Apesar dos resultados que ultrapassaram as expectativas no primeiro trimestre do ano, as concessionárias de jogo não devem retomar tão cedo a distribuição de dividendos, segundo a previsão de um analista da JP Morgan. Com três anos de dívidas acumuladas e pouco dinheiro em caixa, é provável que os accionistas tenham de esperar até ao fim do ano Os primeiros três meses do ano foram uma lufada de ar fresco nos cofres das operadoras de jogo de Macau, com as receitas brutas dos casinos do território a amealharem mais de 34,5 mil milhões de patacas, quase duplicando as receitas brutas do primeiro trimestre de 2022. Porém, os accionistas das empresas concessionárias de jogo ainda terão de esperar mais um pouco até à tão aguardada retoma dos dividendos, pelo menos de acordo com a previsão do analista da JP Morgan, DS Kim. Mesmo com o crescimento das receitas brutas no primeiro trimestre, é provável que as concessionárias queiram melhorar aspectos como os rácios de alavancagem financeira, capacidade de facturação e movimentos de caixa antes de retomar a distribuição de dividendos, aponta o analista em entrevista ao portal GGRAsia. “Estou cautelosamente optimista que as maiores empresas possam retomar o pagamento de dividendos referentes ao ano fiscal de 2023 no próximo ano. Mas, com sorte, pode ser que distribuam já dividendos no final deste ano”, afirmou o especialista da JP Morgan. Quanto às operadoras que tenham acumulado mais dívidas líquidas, tendo em conta a actual margem de manobra financeira, será necessário primeiro equilibrar os seus balancetes antes de avançarem para o retorno de capital aos accionistas. Pé ante pé Com a retoma da indústria, alavancada com o fim da política de zero casos de covid-19 e a abertura de fronteiras, voltou o optimismo ao mercado, apesar de a maioria das concessionárias ainda estar em posições de dívidas líquidas acumuladas, factor decisivo, na óptica do analista, na altura de distribuir dividendos. “É provável que as operadoras queiram permanecer numa postura prudente de não recompensar os accionistas demasiado cedo, para se focarem primeiro no equilíbrio financeiro”, acrescentou. Antes de mais, DS Kim prevê que as concessionárias tenham em conta as comparações com os volumes de negócios de 2019, e até que ponto o mercado recuperou, antes de ponderarem a questão dos dividendos. O analista frisa que “o único motor da recuperação do EBITDA ajustado (lucro antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) é a retoma da procura, que até agora tem sido fantástica”. Nesse aspecto, DS Kim refere que as operadoras terão de “pesar” o rácio entre dívidas e EBITDA, enquanto ferramenta para medir a saúde financeira. DS Kim refere que, tirando a Galaxy, as outras concessionárias apresentam balanços de resultados “com muito mau aspecto” nos últimos 12 meses. “Com a excepção do último trimestre, as operadoras acumularam enormes prejuízos.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeAnimais | Albano Martins prepara Centro Internacional em Portugal Albano Martins, presidente honorário da ANIMA [Sociedade Protectora dos Animais de Macau] está a trabalhar na criação de um centro de acolhimento e tratamento de animais em risco, situado no Alentejo, Portugal, e que tem o nome provisório de Centro Internacional para Animais em Risco (CIAR ou ICAR, na sigla em inglês). Ao HM, Albano Martins, que vive actualmente na cidade alentejana de Évora, disse que o projecto passa não apenas por cuidar de animais abandonados ou maltratados, mas também “pelo estabelecimento de esquemas de cooperação nacional e internacional com organizações de protecção e resgate de animais, formais ou mesmo informais”. O responsável denota que não há, para já, uma data concreta para o estabelecimento do Centro, cuja implementação depende de um intenso processo de avaliação e organização. “Caso contrário, teremos apenas um ‘armazém’ de animais, como há, infelizmente, em muitos sítios, o que não será bom nem para eles [animais] nem para a causa”, adiantou. Desta forma, o futuro CIAR será sujeito a “uma análise de viabilidade e, depois de estar preparado, pelo escrutínio de muita gente, local e internacional, para obter a sua opinião e cooperação”. “Terminado esse processo, e se as coisas correrem bem, avança-se para a angariação de fundos de apoio à construção e equipamento e obtenção de espaço e fundos para o primeiro e segundo anos de actividade, criação de postos de trabalho e angariação de voluntariado nacional e internacional”, frisou. Limitações físicas Foi em 2020 que Albano Martins decidiu mudar-se para Portugal após uma complicada intervenção cirúrgica que resultou na perda de uma vista. Esta limitação física constitui “um desafio” para que o presidente honorário da ANIMA consiga erguer o CIAR. “Perdi uma vista, pelo que as minhas capacidades estão hoje muito limitadas. Basta ver que a campanha para acabar com as corridas de galgos em Portugal, também liderada por mim e por duas outras organizações, uma portuguesa e outra americana, está parada, apesar de termos dezenas de milhares de assinaturas de apoio. Estou a tentar dar a volta, psicológica e fisicamente, mas não é garantido que o consiga”, rematou.
Hoje Macau SociedadeDSPA | Abertas inscrições para actividades ecológicas A Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) aceita, a partir de hoje, inscrições para as actividades de Junho a desenvolver nas Zonas Ecológicas. Os interessados devem aceder ao website da DSPA e ter em atenção o número limitado de vagas. A primeira actividade está marcada já para o próximo sábado, entre as 10h e as 15h, com um número total de 100 vagas. Trata-se de visitas guiadas às Zonas Ecológicas no Cotai, situadas perto da Ponte de Flor de Lótus, com duração de duas horas, “para apreciar as plantas e observar a beleza das aves”. Esta actividade repete-se no dia 17 de Junho. Também no sábado, às 10h e às 15h, será organizado a “Actividade educativa sobre a natureza”, um workshop destinado a pais e crianças, com 10 vagas para cada sessão para pares de participantes. Durante duas horas e meia, serão transmitidos conhecimentos ecológicos e os instrutores vão ensinar as crianças a estampar plantas em sacos de pano. No dia 17 Julho, será organizada a actividade “Conhecer mais sobre Peixes” nas Zonas Ecológicas, marcada para o período entre as 09h30 e 14h30, com 50 vagas disponíveis. Durante duas horas e meia, os guias vão ensinar a medir peixes comuns e distinguir espécies.
João Luz Manchete SociedadeCiência | Candidatos de Macau e HK passam fase de selecção Mais de uma dezena de candidatos de Macau e Hong Kong passaram à segunda fase de selecção de astronautas do programa espacial de missões tripuladas. A revelação foi avançada ontem, numa conferência de imprensa que antecipou o lançamento da nave espacial Shenzhou-16, marcado para hoje As regiões administrativas especiais de Macau e Hong Kong podem estar prestes a entrar na história da corrida espacial chinesa. Na véspera do lançamento da nave espacial Shenzhou-16, o vice-director da China Manned Space Agency (na sigla em inglês CMSA), Lin Xiqiang, confirmou ontem que mais de uma dezena de candidatos de Macau e Hong Kong passaram à segunda fase de selecção do quarto grupo de astronautas que vão integrar o programa de exploração espacial da República Popular da China. Nesta fase, mais de uma centena de candidatos, a nível nacional, passaram à segunda de um total de três fases de selecção, até se serem apurados entre 12 a 14 astronautas. Este grupo inclui pilotos, que são exclusivamente escolhidos entre militares da Marinha e Força Aérea do Exército de Libertação Popular, enquanto os postos de engenheiros aeronáuticos e astronautas especialistas em transporte de carga são seleccionados no sector empresarial e de investigação científica e em instituições de ensino superior. O programa para escolher a próxima reserva de astronautas foi lançado no ano passado e deverá terminar até ao fim de 2023. Passadas as três fases de selecção, os candidatos podem entrar no Centro de Treino e Pesquisa Espacial já no início e 2024. O período de treino pode durar dois anos e meio, até que os cadetes estejam prontos para entrar em missões espaciais tripuladas, sendo que o vice-director da CMSA sublinhou que estes prazos não são fixos e dependem de muitas variáveis. A caminho das estrelas A conferência de imprensa de ontem serviu principalmente para antecipar o lançamento marcado para hoje da Shenzhou-16, a nave espacial tripulada que vai transportar três astronautas para a estação espacial de Tiangong. Foi também anunciado o início da “fase de pouso tripulado na Lua” do programa de exploração lunar chinês, uma meta que, segundo os planos da CMSA deverá ser alcançada antes de 2030. Lin Xiqiang explicou ontem que foram iniciados os trabalhos de desenvolvimento em projectos que incluem “novos veículos de exploração, fatos de astronauta, uma nova geração de naves espaciais e novos foguetões”. O trabalho visa possibilitar no futuro uma “curta estadia na Lua”, uma “exploração conjunta homem-máquina” e as tarefas de “pouso na lua, movimentos na superfície, recolha de minerais, pesquisa científica e retorno à Terra”, disse Lin. Com Lusa
Hoje Macau SociedadeHotelaria | Taxa de ocupação de Abril quase nos 80% A taxa de ocupação média dos hotéis de Macau, em Abril, foi de 79,8 por cento, mais 50,0 pontos percentuais em termos anuais, indicou ontem a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), que salientou que nos hotéis de 3 estrelas a ocupação foi 86,1 por cento e nos hotéis de 2 estrelas 85,9 por cento, que representaram aumentos de 49,9 e 48 por cento, respectivamente. No mês em análise os estabelecimentos hoteleiros de Macau hospedaram 1.101.000 pessoas, mais 199,0 por cento, em termos anuais, com os hóspedes do Interior da China (739 mil), de Hong Kong (254 mil) e Taiwan (18 mil) a aumentarem 202,2, 1.171 e 407 por cento respectivamente. Porém, o período médio de permanência correspondeu a 1,6 noites, menos 0,1 noites, em termos anuais. Em relação os excursionistas que visitaram Macau e ao volume de residentes que foram clientes de agências de viagens, o mês de Abril representa mais um enorme contraste estatísticos, em termos anuais, entre as diferentes fases de combate à pandemia. Em Abril, o número de visitantes que chegaram em excursões a Macau foi de 97.000 e o número de residentes de Macau que adquiriram nas agências de viagens serviços para viajarem ao exterior correspondeu a 34.000, mais 1.580,1 por cento, em termos anuais.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeJogo | Filipinas pode ser um desafio para Macau, diz analista Vitaly Umansky, analista de jogo, defende que dos mercados de jogo emergentes na Ásia, o das Filipinas será o único que poderá trazer “algum tipo de competição” a Macau, embora o território continue a ter vantagens imbatíveis devido à proximidade com a China. O analista é um dos oradores num painel sobre mercados de jogo emergentes na edição especial do G2EAsia, que decorre hoje e amanhã em Singapura Há muito que se fala dos mercados de jogo asiáticos que poderão constituir um desafio ao território que há muito é conhecido como a “Las Vegas da Ásia”, ou seja, Macau. Mas Vitaly Umansky, analista de jogo sénior, que passou recentemente pela consultora AB Bernstein, entende que mercados como o do Japão, Vietname ou Tailândia não são um perigo para os resultados de Macau. O responsável é um dos oradores numa conferência sobre mercados de jogo asiáticos emergentes na edição especial da G2EAsia, evento que decorre e amanhã em Singapura. “Nenhum destes mercados são um desafio para Macau. Dos mercados mencionados, apenas podemos considerar que as Filipinas podem trazer algum tipo de competição nesta fase, devido à indústria que já está implementada e uma concentração [do jogo] que, em grande parte, se faz em Manila. O mercado do Japão só surgirá em força em 2030 e a Tailândia está ainda na fase de legalização do jogo, existindo alguma incerteza sobre aquilo que poderá acontecer”, defendeu ao HM. Segundo uma notícia de Março do jornal The Philippine Star, as receitas de jogo nas Filipinas, ligadas ao mercado de massas, quase duplicaram no ano passado, tendo registado um aumento de cerca de 90 por cento, atingindo a fasquia dos 214.34 mil milhões de pesos face aos 113.09 mil milhões de pesos obtidos em 2021. Os dados são da empresa estatal PAGCOR [Philippine Amusement and Gaming Corporation], e revelam que os casinos representaram, no ano passado, 78 por cento das receitas obtidas. Grande parte do jogo e do entretenimento do país está concentrado na cidade de Parañaque. Nas Filipinas, o jogo online tem também uma grande expressão, incluindo outro tipo de apostas como o bingo ou apostas desportivas. Posição imbatível O posicionamento geográfico do território continua a dar-lhe vantagens imbatíveis, dada a proximidade com a China e a enorme capacidade para atrair jogadores chineses. “A grande vantagem de Macau é a sua escala e proximidade com a China, em particular com a província de Guangdong, e Hong Kong”, frisou. Vitaly Umansky recorda que “a indústria do jogo de Macau está bem posicionada para lidar com a crescente competição na Ásia”, tendo em conta “a localização, escala e conexão de transportes”, que dão ao território “uma forte vantagem competitiva, sobretudo no que diz respeito aos clientes oriundos da grande China”. Na palestra de hoje participam também Frederic E. Gushin, director-geral do grupo Spectrum Gaming, que fundou em 1993; Hakan Dagtas, chefe de operações do Newport World Resorts, o grande e pioneiro resort integrado em Manila, Filipinas. Daniel Cheng, analista e executivo sénior de jogo, é outro do orador de hoje, incluindo Walt Power, CEO do resort The Grand Ho Tram, e ligado, durante vários anos, às operações do casino Sands, em Macau. Trata-se de “veteranos [do mercado de jogo asiático] que lidam há muito com múltiplas jurisdições e oferecem décadas de experiência” neste sector. Entre as 14h45 e 15h35 (horas locais) falar-se-á da atractividade da Ásia não apenas para o jogo presencial nos casinos, mas também para as apostas desportivas e jogo online. Macau e Singapura são considerados “mercados de jogo maduros e sofisticados” pela organização do evento, mas há outras jurisdições a desenvolverem-se gradualmente, sendo que “cada país apresenta especificidades à medida que procuram legalizar o jogo” ou as actividades de jogo já existentes.
Nunu Wu SociedadeOncologia | Falta de terapeutas da fala para doentes Como os serviços de terapia da fala são principalmente procurados para lidar com problemas de crianças, os doentes de cancro da faringe, e outros tipos de cancros que afectam a cabeça e pescoço, faltam em Macau profissionais que reabilitem pacientes oncológicos, indicou a presidente Associação de Terapeutas da Fala de Macau, Jacqueline Lau. Citada pelo jornal Ou Mun, a representante realçou a importância dos serviços de terapia da fala e de deglutição (acto de engolir) para a recuperação de competências fundamentais de doentes oncológicos, e argumentou que o Governo deveria ter em consideração esta matéria. Actualmente, existem 60 terapeutas da fala em Macau, mas Jacqueline Lau prevê que este número aumente devido à criação do curso de terapia da fala que abriu na Universidade Politécnica de Macau e já começa a formar quadros qualificados na área. A representante salientou ainda que a província de Guangdong já teve a maior taxa de incidência do cancro da nasofaringe a nível mundial, fenómeno que levou alguns “especialistas” a concluir que falar cantonense seria um factor de risco. Jacqueline Lau apontou que o cancro da nasofaringe está entre os 10 cancros mais frequentes em Macau, e que são diagnosticados doentes cada vez mais novos. Porém, a taxa de sobrevivência para este tipo de cancro aumentou significativamente com os avanços de tratamento.
Hoje Macau SociedadeImigração ilegal | Operação conjunta desmantela rede A Polícia Judiciária (PJ), em cooperação com a polícia de Guangdong, os Serviços de Alfândega (SA) e o Corpo de Polícia de Segurança Pública, desmantelou na sexta-feira uma rede de auxílio à imigração ilegal. Segundo um comunicado da PJ, o caso começou a ser deslindado quando os SA informaram as autoridades policiais de que um barco teria atracado ao largo da praia de Hac Sá, no passado dia 20 de Maio. A bordo viriam seis pessoas, quatro imigrantes ilegais e dois suspeitos de pertencerem à rede de auxílio à imigração ilegal. Face ao alerta das autoridades, dois dos passageiros foram logo interceptados pelos agentes dos SA na praia. Os outros quatro indivíduos colocarem-se em fuga, mas viriam todos a ser detidos mais tarde após uma perseguição automóvel digna de um filme policial.
Andreia Sofia Silva SociedadeUM | Curso de Verão de língua portuguesa em Julho A Universidade de Macau (UM) irá acolher, entre os dias 10 e 28 de Julho, a 37.ª edição do Curso de Verão em língua portuguesa organizado pelo departamento de português da Faculdade de Letras da UM. As inscrições decorrem até ao dia 18 de Junho, devendo ser feitas online no website do departamento. O Curso de Verão inclui cursos de língua portuguesa, cursos temáticos e clubes dedicados a várias expressões artísticas. As aulas realizam-se entre as 8h45 e as 13h. Todos os cursos contribuem para o desenvolvimento das competências linguística, sociolinguística, pragmática e sociocultural e da consciência intercultural dos participantes. Os cursos de língua estão organizados em quatro níveis diferentes, correspondendo, em linhas gerais, aos níveis do Quadro Europeu Comum de Referência: básico (A1), elementar (A2), intermédio (B1 e B2), avançado (nível C). Os participantes são colocados na turma que melhor corresponder ao seu perfil linguístico, traçado a partir das respostas ao teste de colocação. As aulas de língua dos cursos A1 e A2 realizam-se entre as 9 e as 13h, no total de 60 horas lectivas. Os cursos de língua podem ser complementados por 15 horas de estudo autónomo, orientado pelos professores. Além do desenvolvimento das competências receptivas e produtivas, escritas e orais, os cursos de língua incluem sessões dedicadas a questões de gramática, de vocabulário e a outras características específicas de cada nível e relevantes para os estudantes. A oferta de cursos temáticos inclui literatura, história, relações internacionais, tradução e tópicos de várias áreas sobre os países de língua portuguesa. Os estudantes podem ainda participar nos clubes dedicados a várias expressões artísticas associadas aos países de língua portuguesa. Estão previstos clubes de dança, música, poesia e linguagem cinética, bem como gastronomia e enologia.
João Luz Manchete SociedadeDST | Turistas atingem metade do volume antes da pandemia Na sexta-feira e no sábado entraram em Macau quase 190 mil visitantes, com o número turistas a atingir a média de 60 mil em dias úteis. Helena de Senna Fernandes estima que o volume de turistas esteja nesta altura em cerca de 50 por cento dos registos antes da pandemia O feriado do Dia do Buda, que se celebrou na passada sexta-feira, e o dia seguinte marcaram mais um teste à resiliência da retoma do turismo de Macau. Apesar de não ser feriado no Interior da China, durantes os dois dias entraram em Macau mais de 90 mil visitantes diariamente, em grande parte graças ao volume de turistas oriundos de Hong Kong, que aproveitaram o fim-de-semana prolongado para visitar Macau. Na sexta-feira, entraram em Macau cerca de 91 mil turistas, enquanto que no sábado cerca de 95 mil pessoas entraram no território, com as autoridades a realçar o elevado número de visitantes que atravessaram a fronteira na Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau. Face aos números alcançados, a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) anunciou que o volume de turistas já recuperou para cerca de 50 por cento do verificado no período antes da pandemia. Em declarações citadas pelo canal chinês da Rádio Macau, a directora da DST, Helena de Senna Fernandes, sublinhou que o volume de turistas que escolhem Macau tem recuperado de forma só pode trazer optimismo ao sector. Esquecendo os períodos de feriados e as tradicionais épocas altas, Helena de Senna Fernandes realçou que, actualmente, o volume de turistas que entra em Macau nos dias úteis atingiu uma média diária de cerca de 60 mil entradas. Chega de borlas Nos próximos tempos, as políticas de gestão do turismo vão mudar. Foi o que deu a entender a directora da DST. Depois de um período marcado por medidas de incentivo para atrair turistas, chegou a altura de o mercado local se tornar autossuficiente, atraindo visitantes através do “charme próprio” do território. “As ofertas de viagens para visitantes vindos de Hong Kong vão serem suspensas a 30 de Junho. Depois disso, vamos analisar se será preciso relançar este tipo de incentivos e em que moldes. Achamos que, a longo prazo, Macau deve apostar no seu poder de atracção e não depender de ofertas para seduzir os turistas”, avançou a directora da DST. Ainda assim, o Governo continuará a organizar operações de charme em cidades do Interior da China para atrair turistas. Porém, Helena de Senna Fernandes adiantou que serão organizadas itinerantes na Tailândia, Singapura e Coreia do Sul.
Hoje Macau SociedadeDesemprego | Taxa cai para 2,8% entre Fevereiro e Abril Entre Fevereiro e Abril deste ano, a taxa de desemprego atingiu 2,8 por cento e a taxa de desemprego de residentes foi de 3,6 por cento, decrescendo ambas 0,3 pontos percentuais, face ao período anterior (entre Janeiro a Março de 2023), revelou a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). A taxa de subemprego registou uma melhoria mais tímida entre Fevereiro e Abril, situando-se em 2,1 por cento, menos 0,1 por cento em relação ao período anterior. A DSEC indica que no período em análise “a população activa que vivia em Macau totalizou 371.200 pessoas e a taxa de actividade foi de 67,8 por cento”. A população empregada fixou-se em 360.700 pessoas, 282.200 deles residentes, totais que representam aumentos de 1.400 e 1.000 pessoas, respectivamente, em comparação com o período precedente. Os sectores de actividade que mais absorveram mão-de-obra foram o jogo, hotelaria e restauração.
Andreia Sofia Silva SociedadeAcidentes de trabalho | Mais de quatro mil casos em 2022 As autoridades registaram, no ano passado, um total de 4274 casos de acidentes de trabalho, sendo que 23,2 por cento diz respeito a quedas de pessoas, 18,4 por cento reportam-se a lesões como entalamento, perfuração ou corte e 15,6 por cento dos casos têm a ver com lesões causadas por esforço excessivo ou distorção do trabalhador. Dos mais de quatro mil acidentes de trabalho resultaram nove mortes, com uma delas a levar à suspeita de infracção das disposições legais de segurança e saúde ocupacional. Os dados divulgados pela Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais mostram que, no ano passado, foram sancionadas duas pessoas sobre dois casos, tendo-se verificado a existência de “deficiências no local de trabalho” que geraram os acidentes. Há ainda a registar 29 casos de sanção em processamento que envolvem 170 trabalhadores por violação do regime jurídico da reparação por danos emergentes de acidentes de trabalho e doenças profissionais.
João Luz Manchete SociedadeEconomia | PIB de Macau cresceu quase 40% no primeiro trimestre Nos primeiros três meses do ano, o Produto Interno Bruto de Macau cresceu 38,8 por cento em termos anuais. O resultado é atribuído à abertura do território com o fim da política de zero casos de covid-19 e ao aumento da despesa pública. A DSEC aponta que a economia da RAEM atingiu 66,4 por cento dos níveis verificados no primeiro trimestre de 2019 No primeiro trimestre de 2023, “o Produto Interno Bruto (PIB) registou um acréscimo anual de 38,8 por cento, em termos reais, devido ao alívio das restrições de entrada em Macau, à plena retoma das deslocações entre Hong Kong e Macau e ao recomeço das viagens em grupo do Interior da China para Macau”, indicou a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). A retoma das receitas brutas apuradas pelos casinos e do turismo como principais impulsionadores do crescimento do PIB, como indica a DSEC. As exportações de serviços aumentaram 71,5 por cento em termos anuais, “salientando-se os aumentos de 100 por cento nas exportações de serviços do jogo e de 72,9 por cento nas exportações de outros serviços turísticos, enquanto decresceram 40,6 por cento as exportações de bens”. Impulsionada “principalmente pela despesa de consumo final do Governo”, a procura interna também registou uma subida de 1,6 por cento em termos anuais nos primeiros três meses de 2023. A DSEC salienta que “relativamente ao primeiro trimestre de 2019, a recuperação de Macau equivaleu a 66,4 por cento do volume económico desse período”. Empurrão público A DSEC indica que “a economia recuperou de forma estável, apesar de uma parte das despesas de consumo privado ter sido transferida para as despesas do Governo através do subsídio de vida”. Os apoios sociais distribuídos pelo Executivo, em conjunto com factores como a queda da população e a retoma das viagens dos residentes para o exterior após a pandemia, acarretou uma diminuição de 12,1 por cento da despesa de consumo final das famílias no mercado local, em termos anuais. Entretanto, a despesa de consumo final das famílias no exterior subiu 53,5 por cento. Feitas as contas, a DSEC conclui que, em termos anuais, a despesa de consumo privado desceu 7,5 por cento. O reverso da medalha verificou-se na despesa de consumo final do Governo, que cresceu 30,1 por cento em termos anuais, “em virtude do acréscimo homólogo das despesas com as medidas de apoio económico, tais como o subsídio de vida e a subvenção do pagamento das tarifas de energia eléctrica”. Os apoios distribuídos pelo Governo resultaram no aumento de 80,5 por cento nas compras líquidas de bens e serviços, mas apenas de 0,2 por cento nas remunerações dos empregados. No capítulo do investimento em construção, o contraste entre público e privado volta a ser uma evidência. O investimento em obras públicas subiu 28,2 por cento em termos anuais, “devido essencialmente ao aumento do investimento em obras de grande envergadura relacionadas com a habitação pública e a Quarta Ponte Macau-Taipa”. No polo oposto, o investimento em construção privada caiu 17,5 por cento, em virtude do decréscimo do investimento em casinos.
João Luz Manchete SociedadeNúmero de médicos subiu 4% em 2022 face a 2021 No final do ano passado, trabalhavam em Macau 1.965 médicos (+4,1 por cento, face ao fim do ano 2021) e 2.863 enfermeiros (+4,4por cento), indicou ontem a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Feitas as contas, 2022 fechou com 2,9 médicos por 1.000 habitantes e 4,3 enfermeiros por 1.000 habitantes, mais 0,1 e 0,3, respectivamente, em termos anuais. Em termos de instalações, os hospitais de Macau disponibilizavam um total de 1.721 camas de internamento no fim do ano 2022, menos 23, em relação ao fim do ano 2021. Durante o ano em análise, foram internados 61 mil doentes, um crescimento anual de 3,8 por cento, com um período médio de 8,2 dias de internamento, mais 0,5 dias. No cômputo geral, a DSEC indica que a taxa de utilização das camas de internamento fixou-se em 69,6 por cento, menos 1,1 pontos percentuais, em termos anuais. No capítulo das consultas externas nos hospitais, no ano passado foram atendidos 1.931.000 pacientes, total que representou uma descida de 1,6 por cento face a 2021, com cada habitante de Macau a ser atendido, em média, 2,9 vezes. Vacinas e afins Já nos serviços de urgência, foram atendidos 373.000 indivíduos, menos 4,2 por cento, em termos anuais. Realizaram-se 18.000 serviços operatórios durante o ano em análise, menos 4,5 por cento, em termos anuais. Realça-se que foram efectuados 3.486 serviços operatórios de “oftalmologia”, especialidade que aumentou 3,8 por cento em termos cirúrgicos. Relativamente à vacinação, no ano em análise administraram-se 503.000 doses de vacinas inactivadas contra o novo tipo de coronavírus (-37,4 por cento, em termos anuais) e 191.000 doses de vacinas de mRNA contra o novo tipo de coronavírus (+11,6 por cento). Em relação às dádivas de sangue, no ano passado foram recolhidas 18.214 colheitas, o que representou um aumento de 3,1 por cento em termos anuais, de um universo de 12.681 dadores efectivos.