Leonor Sá Machado Manchete SociedadeConstrução | Regime sob consulta inclui taxas para despejo de resíduos Os Serviços de Protecção Ambiental querem taxar as empresas de construção que não respeitarem os trâmites estabelecidos naquele que será o novo regime de gestão de resíduos de estaleiros. Em causa está a saturação do único aterro do território, que até lixo empilhado já tem [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]único aterro de lixo de construção existente em Macau – Aterro de Resíduos de Materiais de Construção (AMRC) – está completamente saturado e até já tem resíduos empilhados à superfície. Por isso mesmo, o Governo quer taxar os despejos de materiais . “Presentemente, o ARMC encontra-se em estado saturado e os recursos de terras são escassos”, confirmou ontem a DSPA, durante a apresentação de uma consulta pública sobre a criação de um regime de gestão de resíduos de materiais de construção, que teve início hoje e encerra a 23 de Dezembro. Um dos pontos-chave do diploma é taxar as empresas de construção civil que não cumpram os requisitos do referido documento. É ainda desconhecida uma calendarização para os trabalhos e, questionados pelos média sobre isso mesmo, os representantes da DSPA afirmam que datas só lá para o início de 2016. Em números, a entidade governamental está a pensar cobrar uma multa de 130 patacas por tonelada a quem despejar materiais de enchimento, como pedras, asfalto ou betão. A coima é bastante mais reduzida para resíduos como lama, ramos de árvores, lodo, isolamento de algodão, entre outros: apenas 30 patacas por tonelada. “Esperamos que o regime venha incentivar a separação”, acrescentou a DSPA. Para dissuadir É ao lado do Aeroporto de Macau que se situa o único aterro disponível na cidade. Nele, são depositados milhares de toneladas por ano. A esmagadora maioria tem um destino tão ingrato como aquele aterro: são empilhados devido à falta de terrenos. Para o director do organismo, Vai Hoi Ieong, a criação de uma taxa para o despejo de resíduos de construção surge como medida dissuasora para que as empresas responsáveis pelas obras tenham mais atenção àquilo que deitam fora. “Se [o despejo] for gratuito, os construtores deixam o que querem, mas se houver uma taxa, pensarão duas vezes”, acrescentou o responsável. Milhões pelo lixo Fazendo as contas, Vai Hong Ieong estima que o Governo poderá fazer um total de 300 milhões de patacas com base nos 4,3 milhões de metros cúbicos deixados no aterro em 2014. O regime não está ainda em vigor, mas o mesmo responsável prevê que seja necessária uma “revisão periódica anualmente” para fazer face às mudanças da sociedade. Dados estatísticos apontam para um acréscimo no volume de resíduos de quatro vezes mais em apenas cinco anos. Em 2009, a DSPA registou o despejo de 1,6 milhões de metros cúbicos, comparando com os mais de cinco milhões do ano passado. A culpa é, afirma o documento de consulta, de todos os “mega projectos de construção (…) que constituíram uma pesada pressão no funcionamento do ARMC”. Restos para construir As medidas de incentivo têm um duplo objectivo. É que a separação dos resíduos vai, de acordo com Vai Hoi Ieong, “reduzir a produção na fonte”, criando assim um volume menor de resíduos para tratar. O lixo despejado que sobrar e que corresponda às exigências do Governo Central irá ser empregue na construção de novos aterros em Cantão. De acordo com o documento de consulta, o processo deverá começar com o pedido, ao construtor da obra, de um plano de redução de resíduos antes do começo do projecto, “no sentido de fixar medidas para a redução” de lixo. O plano deve incluir as matérias-primas utilizadas e ter em conta uma concepção arquitectónica que poupe resíduos. Este documento, que será entregue à DSPA, fica à responsabilidade do promotor da obra. “Se o teor de resíduos da obra for superior à margem de tolerância de despejo, o promotor deve submeter à aprovação da DSPA o seu plano. Após análise, propõe-se que a margem de tolerância seja de 60 mil toneladas para as obras públicas e 300 mil para as privadas”, adianta o documento.
Flora Fong Manchete SociedadeTerrenos | Associação denuncia DSSOPT ao MP e CCAC por falhas Os terrenos em redor dos lagos Nam Van estão a deixar preocupados os membros da Associação Iniciativa de Desenvolvimento Comunitário de Macau, que ontem acusou a DSSOPT de não estar a par de alegadas ilegalidades lá cometidas [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Associação Iniciativa de Desenvolvimento Comunitário de Macau denunciou, ao Ministério Público (MP) e ao Comissariado Contra a Corrupção (CCAC), falhas e acções alegadamente ilegais da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) em relação aos lotes públicos e privados que se encontram vazios nos Lagos Nam Van. O deputado e membro da Associação recentemente criada Au Kam San, juntamente com os dois representantes da Associação Cloee Chao e Lei Man Chao, entregaram ontem cartas ao MP e ao CCAC, solicitando investigações aos 14 lotes concedidos para desenvolvimento privado e público, localizados nas zonas C e D dos Lagos Nam Van. Quatro destes são destinados ao desenvolvimento público. Au Kam San disse aos média que os quatro terrenos públicos em redor do edifício da Assembleia Legislativa (AL) não têm sido desenvolvidos de forma legal desde há 20 anos, quando foi concluído o aterro, em 1994. “Até o Chefe do Executivo respondeu, numa actividade pública, que não sabe da existência e uso desses lotes. No entanto, existem rumores que apontam para a concessão destes lotes a empresas privadas com o intuito de lucrar”, começou por dizer. “Conforme essas informações, achamos que a DSSOPT não tem desempenhado a sua função, pois não desenvolveu os lotes públicos de acordo com a lei e é preciso assumir responsabilidades penais”, indicou o deputado. Nada à vista Au Kam San destacou ainda que os 14 lotes concedidos para desenvolvimento privado também estão desocupados desde 2001. Citando informações dos contratos da concessão, justificou que os concessionários deviam lá construir habitações com cerca de 200 mil metros quadrados, estabelecimentos comerciais de mais de mil metros quadrados, hotéis de 156 mil metros quadrados e outros complexos até 2005. Contudo, “nenhum metro quadrado foi desenvolvido”, de acordo com Au Kam San. “A DSSOPT permitiu que as concessionárias deixassem os lotes desocupados sem que nada lhes fosse feito”, acusou. “Nenhum deles foi tratado, mesmo dez anos após prescrição da concessão dos terrenos e ainda se permitiu o aumento da altura dos projectos dos construtores nos lotes”, adiantou. A situação corrente, lamenta Au, dá azo para que “os proprietários dos terrenos lucrem na mesma sem um aumento de custo pelo atraso no começo das obras de tratamento do terreno”, considerou.
Flora Fong SociedadeEstudo sobre mecanismo de alerta de turismo chega no fim do ano [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]directora dos Serviços de Turismo (DST), Helena de Senna Fernandes, afirmou ontem que espera concluir em breve o estudo sobre a criação de um mecanismo de alerta de turismo, algo que existe já nas regiões vizinhas. Segundo o Jornal do Cidadão, Helena de Senna Fernandes foi questionada sobre a situação de urgência implementada nas Maldivas devido à agitação política, tendo já a cidade vizinha de Hong Kong emitido uma alerta amarelo sobre o turismo naquele país, mas o mesmo não se fez em Macau. A directora afirmou que até ao momento não recebeu pedidos de ajuda de residentes de Macau que viajaram para as Maldivas, tendo recebido apenas três pedidos de informação sobre a situação, para compreender se era possível continuar a viajar para as ilhas. O organismo sugere que os cidadãos consultem as agências de viagem para qualquer dúvida. Helena de Senna Fernandes Helena de Senna Fernandes avançou que ainda está a estudar a criação de um sistema de alerta de turismo. A proposta estará, segundo a directora, concluída até ao final do ano e seguirá para apreciação superior. “Temos como referência o sistema de alerta de turismo de Hong Kong, das regiões vizinhas e do interior da China, depois fazemos um sistema apropriado à situação de Macau”, indicou. A responsável frisou ainda que uma alerta de turismo não é um sistema para que os residentes possam devolver os bilhetes de viagens, algo que só podem fazer através de seguros. Helena de Senna Fernandes disse ainda que já negociou com o sector de seguros sobre os critérios de avaliação de risco.
Leonor Sá Machado SociedadeCriado “Guia do cidadão português em Macau” [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]s portugueses que queiram mudar-se para Macau já têm disponível um guia com informações úteis sobre legislação, obrigações e direitos, mas também sobre os sistemas de saúde e educação locais. O “Guia do cidadão português em Macau”, lançado pelo Consulado Geral de Portugal em Macau e Hong Kong em parceria com dois grupos de escritórios de advogados, reúne informações práticas destinadas a quem quer mudar-se para a RAEM, incluindo passos a ter em atenção ainda em Portugal. Editado em português e chinês, o guia destina-se também a pessoas com nacionalidade portuguesa que vivem em Macau. Segundo o Relatório da Emigração de 2014, conhecido no final de Outubro, no ano passado 262 portugueses emigraram para Macau, menos 1,1% do que em 2013. Segundo o documento, esta “ligeira quebra” de 2014 foi a excepção de uma tendência de aumento registada desde 2007, sendo que em 2011 foi quando mais aumentou a emigração para Macau (mais cerca de 38%). “Em 2014, as entradas de portugueses representaram 11,5% das entradas totais em Macau”, ainda segundo o mesmo documento. Na lançamento do guia, na sexta-feira, o cônsul Vítor Sereno afirmou que esta é “uma ferramenta de grande utilidade” que “apoia de modo claro e eficaz” quem pretender emigrar para Macau, sublinhando que “não é fácil” encontrar de forma “tão rápida” o conjunto de informações práticas reunidas no guia.
Flora Fong SociedadePearl Horizon | Construtora pede mais tempo para compensar atrasos [dropcap style=’circle’]O[/dropcap] Grupo Polytec, responsável pela construção do projecto Pearl Horizon, desculpabiliza-se pelo atraso na conclusão da obra e alega que tudo tem que ver com a demora na finalização das avaliações do Governo. Num encontro directo com os proprietários, o responsável está confiante de que o Governo vai apresentar uma proposta melhor no final do ano, para resolver a questão da expiração do lote. Depois de manifestações e pedidos da ajuda ao Governo, o construtor do projecto Pearl Horizon reuniu-se, pela primeira vez neste ano e directamente, com os proprietários que adquiriram as pré-vendas do edifício na semana passada. Segundo o Jornal do Cidadão, vários proprietários ficaram agitados e insatisfeitos com o facto do construtor ter já conhecimento da prescrição do prazo do terreno, mas ainda assim ter prometido aos proprietários que a obra estaria concluída em 2018. Isto porque, dizem, este “não notificou os donos das casas da situação do terrenos antes de estes adquirirem as pré-vendas”. Há ainda quem queira saber se a Polytec está a pensar indemnizar os compradores ou pagar um prémio ao Governo pela demora na construção. As hipóteses foram colocadas mediante hipótese do Executivo vir a recuperar o lote, que prescreve a 26 do próximo mês. De quem é a culpa? Um dos administradores do Grupo Polytec, Ieong Kuok Kuong, reiterou que o processo da obra se atrasou devido à demora na aprovação da planta de construção do projecto e do relatório da avaliação ambiental, justificando que é preciso descobrir o responsável. “Foram precisos três anos para entregar o relatório da avaliação ambiental, o grupo correspondeu às exigências do Governo, mas só em Agosto [de 2014] foi emitida a licença de início da obra (…)”, começou por dizer. “Não se deve culpar o construtor pelo atraso, até porque já em Fevereiro deste ano apresentámos justificações suficientes ao Governo para pedir que fosse recuperado o tempo que atrasou a obra, mas até ao momento o Governo não respondeu”, defende. Ainda assim, espera que os proprietários sejam pacientes. Ieong Kuok Kuong avançou ainda que acredita numa proposta melhor do Executivo até final deste ano. No entanto, caso o Governo opte por retirar o lote, o representante promete que o grupo vai cumprir a lei.
Flora Fong Manchete SociedadeSin Fong | Proprietários em concordância aguardam aprovação de reconstrução [dropcap style=’circle’]J[/dropcap]á todos os proprietários de Sin Fong Garden entraram em concordância para finalmente se reconstruir o edifício que está em risco de ruir desde 2012. A novidade foi confirmada pelo porta-voz dos moradores e pelo presidente da Comissão de Administração dos Condomínios. O que está em falta são a aprovação da planta do projecto da reconstrução pelo Governo e a posterior abertura de concurso público para dar início às obras. Wong Man Sang, presidente da Comissão de Administração dos Condomínios de Sin Fong Garden afirmou ao canal chinês da Rádio Macau que já há consenso entre todos os proprietários para que o edifício seja reconstruído. Wong Man Sang avançou que vão, através da “Companhia de Empreendimento Social Limitada”, entregar uma planta do projecto de reconstrução à Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), esperando que o organismo “lide com o caso especial com um mecanismo especial”. É assim que deverá ser reedificado o Sin Fong. O HM também recebeu a mesma nota de concordância da parte do porta-voz dos moradores, Chao Ka Cheong. O responsável refere que conseguiu convencer o último proprietário discordante. No entanto, o porta-voz ainda não ficou satisfeito com esta decisão, justificando que é ainda necessário esperar pela aprovação da planta do projecto. Tal como o presidente da comissão, espera que a DSSOPT aprove “já amanhã” para que seja aberto o concurso público. “A ideia do concurso público já está pronta, mas ainda não sabemos quais são as empresas de construção que se vão candidatar”, disse. Wong Man Sang, presidente da Comissão acrescentou que em princípio, a reconstrução vai ser apenas feita dentro da área pública, vão ser feitas obras para fortalecer a fundação de estacas e satisfazer os requisitos da prevenção contra incêndios e de ventilação entre outros equipamentos, de acordo com as leis. “A nova planta do edifício vai acrescentar 39 estacas às 100 originais”, disse. No entanto, é ainda desconhecido o valor da reconstrução. Mesmo apoio Como a Associação dos Conterrâneos de Kong Mun de Macau tem prometido que vai apoiar 60% da despesa da reconstrução de Sin Fong Garden, o vice-presidente, Chan Pou Sam, afirmou ao mesmo canal que não se vai voltar atrás com a promessa, prevendo que a obra tenha início em breve. Chao Ka Cheong confirmou também que a associação tem dito aos moradores que vai manter a promessa de apoio financeiro da despesa da reconstrução. O Sin Fong, recorde-se, foi evacuado em Outubro de 2012, por estar em risco de ruir depois de terem sido descobertas fendas nos pilares do edifício. O Governo revelou, já em 2014, num relatório técnico, que a culpa é da empresa construtora e do fiscal da obra, mas não podem ser responsabilizados porque já passaram mais de cinco anos desde a construção do prédio. Os proprietários teriam de optar por reconstruir o prédio, mas o caso andava num impasse devido ao facto de dois proprietários não concordarem com a reconstrução.
Andreia Sofia Silva SociedadeMedicina tradicional chinesa precisa de mais instalações [dropcap style=’circle’]C[/dropcap]hao Enxiang, grande mestre em medicina tradicional chinesa, considera que o sector em Macau necessita de mais infra-estruturas para dar resposta aos residentes. “Macau é diferente do interior da China, porque cada ano há vários médicos de medicina tradicional chinesa que são formados no interior da China. Em Macau acho que é necessário criar um centro científico nesta área, e é necessário reforçar o intercâmbio e comunicação entre Macau e China. Acho que a sociedade de Macau está na fase inicial para o desenvolvimento da medicina tradicional chinesa, mas não é suficiente para os residentes”, disse o médico aos jornalistas. Chao Enxiang foi um dos participantes do encontro dos Grandes Mestres de Medicina Tradicional Chinesa, promovido pelos Serviços de Saúde (SS) e que decorreu no centro de saúde da Areia Preta. Partilhar é preciso Chao Enxiang considera ainda que para o território “é importante a transmissão básica de conhecimentos, devendo-se reforçar os equipamentos e instalações, bem como as informações. Isso é muito importante para Macau, trocar e transmitir as experiências (nesta área). Entre 50 a 60% dos utentes atendidos por mim são provenientes de regiões exteriores e acho necessário desenvolver esta área e criar alguns acordos com regiões exteriores”, realçou aos jornalistas. Chao Enxiang é actualmente médico chefe de serviço e especialista em medicina interna, sendo também docente. Sendo tutor doutorado pelo Hospital de Amizade Sino-Japonesa, é um perito que aufere o subsídio especial atribuído pelo Conselho de Estado da China. O director dos SS, Lei Chin Ion, prometeu que o Executivo vai reforçar ainda mais a promoção desta área, numa altura em que, segundo as estatísticas, um residente faz dois tratamentos de medicina tradicional chinesa por ano. “O Governo da RAEM tem dado apoio à medicina tradicional chinesa e vai dar mais apoio a esta área. Nos últimos anos temos mantido a cooperação com o interior da China, enviando os médicos para os centros de saúde para darem consultas aos residentes. Já foram dados oito cursos de formação na área da medicina tradicional chinesa”, apontou.
Hoje Macau SociedadeSaúde | Lam Cheong classifica Macau positivamente [dropcap style=’circle’]D[/dropcap]e boa saúde. É assim que o Chefe do Centro de Prevenção e Controlo da Doença, Lam Cheong, classifica Macau quanto às condições de saúde apresentadas à sociedade. O chefe falava à Rádio Macau, depois da participação no programa chinês Fórum, na passada sexta-feira. Com boas condições e com uma das maiores taxas de esperança média de vida no mundo, a única preocupação são, por isso, as doenças crónicas. “A esperança média de vida em Macau é de 82 anos e este é um número muito alto entre os países desenvolvidos, sendo que até nos Estados Unidos se regista um nível inferior. No entanto, as doenças crónicas são o maior problema de saúde dos residentes, especialmente as doenças do foro cardiológico, cancerígenas e a diabetes”, explicou Lam Cheong. O chefe indicou ainda que o seu departamento está a par do desenvolvimento de Macau e com trabalho em acção. “Estamos a promover a auto-monitorização, por exemplo, disponibilizamos pontos de auto-medição de tensão arterial nos centros comunitários e nos centros de saúde”, indicou, frisando, uma vez mais, que os serviços de Macau estão aptos a minimizar o impacto das doenças crónicas entre os pacientes. É melhor não Em reacção ao relatório da Organização Mundial de Saúde, que indica que comer produtos de carne processada, como enchidos e presunto, pode aumentar o risco de cancro, Lam Cheong desaconselha o consumo da mesma. “O consumo de carne processada foi classificado como grupo 1 apenas porque várias pesquisas confirmaram consistentemente o mesmo resultado: que pode aumentar o risco de cancro. Mas a média é uma propensão 18 vezes mais alta, se virmos o tabaco, este tem um risco muito maior e aumenta conforme o consumo. No entanto, apesar de o risco de cancro não ser muito elevado na carne processada, o seu consumo pode, de facto, aumentar esse risco, portanto, aconselhamos os residentes a comerem pouca carne processada, até porque é tem níveis muito elevados de sal e pode causar outros problemas de saúde como hipertensão, ataques cardíacos e outras doenças cardiovasculares”, explicou Lam Cheong, em declarações à Rádio Macau. No mesmo momento, o chefe do departamento clarificou ainda que a febre da dengue no território está controlada. Depois dos surtos em Taiwan e em Guangdong, Lam Cheong indica que em Macau foram registados dois casos importados, mas que está tudo normalizado. Ainda assim os cuidados são sempre necessários. “A população precisa de estar sempre em alerta, porque viajam para Taiwan, para países do sudeste asiático, locais onde os casos de dengue estão sempre a surgir. Mas a situação em Macau está controlada, pelo menos por este ano. Mesmo se houvesse um surto agora penso que seria relativamente fácil de resolver uma vez que as temperaturas estão a baixar. Mas para o ano, precisamos combater outra vez este problema”, alertou o chefe.
Flora Fong SociedadeSJM não pretende abrir salas VIP no Cotai [dropcap style=’circle’]A[/dropcap] deputada e administradora da Sociedade de Jogos de Macau (SJM), Angela Leong, garantiu, citada pelo Jornal do Cidadão, que a operadora não tem planos para a abertura de salas VIP no projecto Lisboa Palace, no Cotai. “Apenas 10% da área esta ligada ao Jogo, e ainda não considerámos abrir salas VIP no Lisboa Palace. Mas tudo depende do desenvolvimento e das necessidades do mercado”, apontou ao jornal de língua chinesa. Para além disso, Angela Leong explicou que vão ser criados mais elementos não ligados ao Jogo, os quais ainda não foram desenvolvidos no território, com vista a promover a cultura entre o ocidente e oriente. O Jornal do Cidadão questionou ainda Angela Leong sobre as Linhas de Acção Governativa (LAG) para o próximo ano. A deputada disse esperar que o Governo apoie mais o sector do Jogo, pedindo maior cooperação com o desenvolvimento, com vista a uma diversificação económica. A administradora da SJM apontou que as receitas dos casinos não irão voltar a subir de forma rápida, mas defende que “já é muito bom existir um desenvolvimento estável”.
Leonor Sá Machado SociedadeJogo | Estudo prevê aumento da procura de pessoal especializado [dropcap style=’circle’]A[/dropcap] procura de pessoal especializado na área do Jogo vai aumentar 30%, revelam estudos feitos por quatros instituições de ensino, requisitados pela Comissão de Desenvolvimento de Talentos. De acordo com um comunicado do organismo, os próximos três anos vão representar um aumento na procura destes profissionais. “No sector do jogo haverá um aumento de cerca de 30% na procura de gestores e quadros especializados”, esclarece a Comissão. Também a área de Hotelaria deverá fruir com a criação de mais 27 mil novos postos de trabalho, enquanto a Restauração se prepara para dar trabalho a mais 16 mil pessoas. A procura no sector da venda a retalho deverá aumentar 25%, especialmente na área de produtos de luxo. Tudo isto, explica a Comissão, deve-se à abertura de casinos e complexos de resort integrados em construção e ainda por abrir. A área de convenções e exposições também deverá aumentar o número de funcionários especializados. “Nos sectores de hotelaria e restauração prevê-se, respectivamente, a criação de mais de cerca de 27 mil e 16 mil empregos; a procura de emprego no sector de venda a retalho será de cerca de 25%, sobretudo haverá uma maior procura de empregados de venda a retalho de produtos de luxo, e, a procura no sector de convenções e exposições para o futuro terá um aumento para o dobro quando comparado com a procura actual”, destaca o comunicado. O mesmo documento define a futura procura como “relativamente grande” e com grande maleabilidade para a promoção de pessoal. A Comissão de Desenvolvimento de Talentos é constituída por uma série de grupos e subgrupos que estiveram todos presentes na segunda e mais recente reunião com Chui Sai On. Esclarecimentos precisos No entanto, parece que nem tudo está bem clarificado entre os membros do colectivo e o Governo: “mais de dez membros [da Comissão] mencionaram que o Governo deve clarificar quais as profissões com falta de talentos”, mas não só. Estes pediram ainda que fosse melhorada a base de dados sobre estas pessoas especializadas, que se reforçasse o desenvolvimento das escolas técnico-profissionais, que se crie medidas de fomento ao regresso de residentes de Macau a viver no estrangeiro e que se faça com que mais pessoas ingressem na área profissional das convenções e exposições. Um dos problemas com que o Governo actualmente se depara é a saída de jovens residentes em busca de trabalho no estrangeiro. É para combater isso mesmo que foi criada, no seio da Comissão de Desenvolvimento de Talentos, um outro grupo que se dedica a traçar medidas de “incentivo ao regresso de talentos” locais à cidade. A mais recente reunião do grupo, que teve lugar em meados de Outubro, teve como assunto principal a criação de uma “plataforma de serviços/informações online” de forma a que os “residentes ultramarinos” tivessem acesso às necessidades de recursos da RAEM.
Flora Fong Manchete SociedadeLai Man Wa | Novo Macau pede investigação profunda A ANM quer que o Governo investigue mais e melhor a morte de Lai Man Wa. A associação acusa o Executivo de não ser claro e de não ter em consideração todas as hipóteses à volta do caso. Também Agnes Lam acusa o Governo de colocar em causa a relação entre as autoridades e o direito à informação [dropcap style=’circle’]A[/dropcap] Associação Novo Macau (ANM) pede ao Governo uma investigação aprofundada relativamente à morte da directora geral dos Serviços de Alfândega, Lai Man WA. Admitindo espanto e surpresa, a associação considera que as autoridades competentes não investigaram todas as possibilidades na morte da directora. Numa declaração emitida ontem à comunicação social a ANM apresentou as suas condolências à família da vítima e apelou a que o caso não seja esquecido. Para a associação é inacreditável a definição e publicação de suicídio, avançado pelo Governo. “A rapidez da realização de uma conferência pelo Chefe do Executivo, Chui Sai On, após apenas quatro horas do descobrimento da morte” é estranha, diz a associação. O grupo destaca ainda a insistência, por parte do Governo, em frisar que a vítima não estaria envolvida em casos suspeitos. Para o grupo pró-democrata, o Governo não investigou todos os ângulos possíveis, não investigou todas as possibilidades, e resolveu tirar conclusões dentro de um curto espaço de tempo, ignorando todos os pontos dúbios da situação. “Se um alto funcionário do Governo morre em circunstâncias tão anormais e o Governo de Macau decide encerrar o caso em apenas quatro horas, como é que os cidadãos comuns podem sentir que estão protegidos pela segurança e justiça?”, questionou Scott Chiang, presidente da ANM. Com isto, o associação pede que seja elaborada uma investigação exaustiva sobre o caso e que sejam divulgadas as informações obtidas desse trabalho, mantendo sempre o respeito pela vítima. É preciso, alega, que o Secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, conjuntamente com o Ministério Público (MP) investiguem e publiquem as informações. Aviso selectivo Também para Agnes Lam, docente de Comunicação na Universidade de Macau (UM), há algo de muito errado em todo o caso. A começar pelo tempo em que aconteceu o caso e a chegada da informação aos meios de comunicação. Numa linha cronológica a morte de Lai Man Wa é apontada para as 15h30, tendo sido confirmada pelas 17h40, as só às 19h30 é foi convocada uma conferência de imprensa. Wong Sio Chak explicou, na altura, que esta diferença de horas aconteceu porque o prioritário era o socorro e não as entrevistas. Para Agnes Lam esta justificação é “errada e irracional”. A docente considera que uma coisa não invalida a outra. “Avisar os meios de comunicação nunca iria impedir o socorro, são duas coisas que não entram em conflito. Esta diferença de horas prejudica o direito à informação que o público tem. Quando os jornalistas chegaram o corpo já tinha sido transportado, só o local é que estava disponível para investigar”, defendeu. Agnes Lam acha que o caso é muito sensível e de muito interesse para o público, daí ser necessário a notificação imediata. “O mecanismo de notificação é a confiança mútua entre as autoridades e os meios de comunicação. Pode ser estar em causa e ser destruída caso haja uma selecção na informação”, argumentou. Com 56 anos, Lai Man Wa, era casada e mãe de dois filhos. Licenciada em Ciências Policiais, pela Escola Superior das Forças de Segurança de Macau, e mestre em Administração Pública, pela Universidade de Zhongshan, iniciou a carreira profissional em Abril de 1985, na Polícia Marítima e Fiscal. As cerimónias fúnebres começaram na quarta-feira em que milhares de pessoas e membros do Governo prestaram a sua homenagem. O funeral decorreu ontem onde apenas familiares e amigos mais próximos puderam estar presentes. O Secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, marcou também presença.
Filipa Araújo SociedadeSociedades | Capital social subiu mais de 85% [dropcap style=’circle’]E[/dropcap]ntre Julho e Setembro do presente ano, o capital social das sociedades do território aumentou 87,4%, fixando-se nos 377 milhões de patacas. Os dados são da Direcção dos Serviços de Estatísticas de Censos, que indicam que ainda assim, no terceiro trimestre de 2015, constituíram-me menos 149 sociedades, quando comparadas com o período homólogo de 2014. Um total de 1226 sociedades foram constituídas durante os últimos três meses. O documento indica ainda que relativamente aos ramos de actividade, 447 sociedades dizem respeito ao comércio por grosso e retalho e 302 no ramo de serviços prestados às empresas. “No trimestre em análise dissolveram-se 150 sociedades e o montante do capital social destas alcançou 127 milhões de patacas”, indica o documento. Relativamente ao montante, 881 sociedades, 71,9%, dizem respeito ao escalão de capital social inferior a 50 mil patacas, sendo que o montante de capital social destas foi de 23 milhões de patacas. “Constituíram-se 22 sociedades, com um capital social igual ou superior a um milhão de patacas e o montante do capital destas alcançou 316 milhões de patacas”, ou seja, 83,8% do total do capital social. Um total de 95 milhões de patacas do capital social das sociedades formadas eram “oriundas das nove províncias do Grande Delta do Rio das Pérolas, dos quais 94 milhões de patacas pertenciam à província de Guangdong. “Quanto à composição de sócios das sociedades, 834 constituíram-se com sócios só de Macau e 126 formaram-se como sócios de Macau e de outros países ou territórios”, pode ler-se no documento. Feitas as contas finais, no terceiro trimestre deste ano estavam registadas um total de 52,179 sociedades, isto é mais 4862 em termos anuais.
Leonor Sá Machado SociedadeArtes Visuais | Seleccionados 83 trabalhos para exposição anual em 2016 [dropcap style=’circle’]O[/dropcap] Instituto Cultural (IC) seleccionou um total de 83 trabalhos de uma centena de artistas locais para a Exposição Anual de Artes Visuais de Macau do próximo ano. No entanto, foram submetidas quase o dobro, ou seja, 361 obras. Estas foram entregues ao IC entre os dias 10 e 11 de Outubro no edifício do Antigo Tribunal. A Exposição Anual de Artes Visuais de Macau tem como objectivos promover os trabalhos de artes visuais de Macau, encorajar a inovação e cultivar talentos locais em diversos campos artísticos”, adiantou o IC em comunicado. Foram premiados os residentes Lee On Yee, Sam Pak Fai, Wu Hin Long, Cheong Hang Fong, de Leong Wai Lap, Chan Un Man, de Chan Hin Io, de Mak Kuong Weng, Ieong Man Pan, entre outros. De entre as 28 pinturas, 22 fotografias, 14 gravuras, sete peças de cerâmica, três esculturas, sete trabalhos com técnicas mistas e dois vídeos, todas as obras se focam na cultura chinesa, nas mudanças da cidade de Macau e na natureza humana. O painel de júris integrou o Presidente da Associação de Artistas Shangyuan de Pequim, Li Xiang Ming, o professor da Academia de Belas Artes de Guangzhou, Yang Xiao Hua e a artista malaia Kuik Ching Chieh. As obras seleccionadas serão exibidas durante o XXVII Festival de Artes de Macau.
Andreia Sofia Silva SociedadeCultura | FIC só apoiou 30% das candidaturas [dropcap style=’circle’]N[/dropcap]o final de dois anos de funcionamento, o Fundo para as Indústrias Culturais (FIC) apresentou ontem os resultados das candidaturas a apoio financeiro, sendo que a percentagem de aprovações surpreende por ser baixa. Apenas 26,79% dos projectos viram luz verde do FIC, ou seja, 62 de um total de 321 candidaturas. Estes dados dizem respeito a 2014, sendo que este ano o FIC só aprovou oito projectos, os quais deverão representar 15 milhões de patacas em apoio concedido. Com um investimento de 89 milhões de patacas por parte do Governo, os projectos aprovados prometem criar 413 postos de trabalho, dirigindo investimentos num valor total de 460 milhões de patacas. Tratam-se sobretudo de candidaturas na área do design criativo, exposições e espectáculos culturais, colecção de obras artísticas ou media digital, entre outras. Citado pela Rádio Macau, o presidente do FIC, Leong Heng Teng, frisou que não é objectivo da entidade reduzir os apoios financeiros, por culpa da austeridade imposta pelo Executivo. “Não se pretende reduzir a força do apoio financeiro às empresas. Temos um determinado nível de autonomia na concessão do apoio”, garantiu. Davina Chu, vogal do conselho de administração do FIC, explicou que os projectos candidatos a apoio o ano passado não tinham muito conhecimento das regras de candidatura. “Apesar de o número de candidaturas ser um pouco inferior ao ano passado, a qualidade dos projectos está a subir”, explicou. Projectos na calha Daqui para a frente, o FIC afirma estar a estudar novas hipóteses de financiamento às Pequenas e Médias Empresas (PME). “O FIC pretende, ainda, lançar, a título experimental, apoio financeiro a projectos específicos, sendo os destinatários projectos nas áreas das marcas de moda, exposições e espectáculos culturais locais e da indústria cultural da economia comunitária, aumentando o nível de apoio”, pode ler-se no comunicado cedido à imprensa. Para o próximo ano será ainda lançada a “medida das indústrias culturais, mediante a cooperação entre as três partes do Governo, indústrias e académicos, encarregando estabelecimentos de ensino superior locais de proceder a análises e estudos”. Tais análises serão feitos com os dados apresentados até agora pelas empresas candidatas, por forma a traçar planos até 2018.
Flora Fong SociedadeImobiliário | Preço médio caiu 40% . Pedida revisão de medidas [dropcap style=’circle’]A[/drocap] Associação Geral do Sector Imobiliário de Macau queixou-se ontem da queda de 40% do preço dos imóveis, alegando que esta tendência está a fazer com que vários proprietários estejam a obter capital negativo. A Associação apela assim à revisão das medidas de controlo do mercado do imobiliário. Segundo o Jornal Ou Mun, Chong Sio Kin, presidente da Associação culpa a queda das receitas de Jogo destes últimos 17 meses por consequências negativas em vários sectores. O presidente citou informações da Direcção dos Serviços de Finanças (DSF) de Abril de 2014. Estas indicam que foram efectuadas 998 transacções de imóveis, o preço médio era de cerca de 131 mil patacas por metro quadrado. Comparando com os dados do passado mês de Setembro, o número de transacções quase desceu para metade, tendo-se efectuado apenas 446. Estas custaram cerca de 83 mil patacas, registando-se uma queda de 53% nas transacções e de 36,5% no preço. Chong Sio Kin acrescentou que os proprietários que adquiriram os imóveis quando o mercado estava com preços muito altos passam agora a ter capital negativo devido à queda do preço e à falta de procura de arrendamento. O especialista acusa as medidas de controlo do mercado imobiliário de não fazerem jus à realidade actual, considerando que o Governo deve alterá-las. O responsável sugere que sejam diminuídos os impostos adicionais de investidores estrangeiros, bem como canceladas as instruções sobre a hipoteca de habitação de bancos para que estas instituições possa optar por hipotecas mais flexíveis.
Leonor Sá Machado Manchete SociedadeUber | Deputados falam de zona cinzenta e discordam de legalização [dropcap style=’circle’]“[/dropcap]Uma zona cinzenta”. É aí mesmo que um dos deputados da Assembleia Legislativa posiciona a empresa de transportes por chamada Uber. Esta chegou há menos de duas semanas ao território e já está a causar estragos. É que segundo o Governo, a sua actuação em Macau não é legal e não pode ser um substituto ao serviço de táxis oferecido. No entanto, o feedback da população nas redes sociais tem sido positivo. Entre comentários de congratulação pela chegada do serviço norte-americano ao território a comparações com a atitude dos taxistas locais, os comentários vão fluindo. E a Uber vai mirrando. É que o Governo já prometeu dar início a um “combate” a este serviços nas ruas da cidade. Só o tempo resolve O HM quis saber a opinião dos deputados sobre a chegada do serviço. Três deles discordam, alegando que este não substitui nem vem acrescentar nada ao serviço de táxis. Ng Kuok Cheong vê a questão de outra perspectiva: “a actividade [da Uber em Macau] é uma zona cinzenta, tal como em todos os outros países onde deu início à sua actividade”, começou por dizer. Para o deputado, o serviço não vem colmatar a falta de um bom serviço de transportes além dos autocarros públicos. Não só por não estar legislado, mas também por ser preciso, na óptica do democrata, que o serviço geral de transportes públicos melhore. “Isto não é uma coisa que o Governo possa simplesmente solucionar, é preciso que se resolva através de outras vias”, acrescentou. Problemas a mais Definitivamente ilegal, declarou Melinda Chan ao jornal Ou Mun. Ao periódico local, a deputada refere que a ilegalidade não tem que ver com a aplicação de telemóvel mas com a natureza dos próprios automóveis. “Se os automóveis chamados forem privados, são ilegais e é injusto para os veículos que só podem operar com licenças”, disse. Chan questiona uma outra premissa: se os condutores não detiverem uma identificação clara pode transformar-se num problema para a segurança. A deputada afirma que tem acompanhado um serviço de transportes semelhante que opera na China e que, diz, “era uma confusão”. No Ou Mun, deixa até uma sugestão: “a empresa que vai operar as licenças de táxis especiais pode criar uma aplicação de chamada de transporte por telefone [como a Uber] para responder à tendência”. Melinda Chan defende, além do mais, que o serviço de pagamento com cartão de crédito não está devidamente licenciado. Lau Veng Seng está do lado de Melinda Chan e Ng Kuok Cheong. O deputado considera que o serviço não devia operar em Macau, já que o regime jurídico que regulamenta o transporte de passageiros não inclui tal modelo de negócio. “Podemos ver que o Governo tem emitido licenças de táxi e vai rever o respectivo regime jurídico para que a qualidade do serviço melhore. Até ao momento, não devemos permitir o funcionamento da Uber no território”, disse. Questionando sobre como avalia a opinião positiva expressa por alguns cidadãos, – de que a Uber vem colmatar a falta de um bom serviço de transportes – o deputado partilha do argumento de Ng Kuok Cheong. A rede de transportes públicos é “muito importante” e precisa de ser resolvida, mas não com um serviço alternativo que não esteja legislado. Além disso, considera que o serviço dos táxis melhorou e espera que o metro ligeiro entre rapidamente em funcionamento.
Leonor Sá Machado SociedadeEstudo | População menos confiante no Governo Os residentes da RAEM sentem-se menos positivos em relação ao futuro de Macau e a culpa, mostra um estudo, é dos acontecimentos que tiveram lugar em 2014. Os inquiridos confessam ter também menos confiança nos Governo local e da China [dropcap style=’circle’]A[/dropcap] sociedade de Macau está menos confiante sobre o futuro positivo da região e sobre o desempenho dos Governo de Macau e da China. É, pelo menos, isso que avança um estudo publicado este ano, pela equipa do Programa de Opinião Pública da Universidade de Hong Kong (HKU na sigla inglesa). “Comparando com dados do ano passado, a confiança das pessoas nos Governos local e Central desceu cerca de 33%”, revela o inquérito realizado este ano. Quanto aos indicadores relativos ao futuro da cidade, da China e do sistema “Um País, Dois Sistemas”, todos se revelaram positivos, ainda que com uma queda acentuada, com ênfase para a credibilidade do sistema em vigor na RAEM, parâmetro que “não atingia valores tão baixos desde” 1999. No mesmo documento, a HKU determina que também a identificação dos cidadãos locais com a cultura e cidadania chinesa está em vigor. O estudo conclui “o aumento tendencial da falta de confiança da população de Macau” na performance do Governo e no desenvolvimento da cidade. Ao questionário, feito de forma aleatória por telefone, responderam mais de 500 residentes. Ricos e desconfiados A mesma investigação inclui uma série de indicadores relativos à confiança da população no Governo e no futuro da região. A desconfiança da população face ao destino de Macau aumentou 11% desde 2011. No entanto, mais de metade dos inquiridos assegura confiar no Executivo local, contra os 21% que não expressam confiança face à liderança da região. No que diz respeito ao Governo Central, o mesmo estudo mostra que 19% não tem confiança nos líderes de Pequim, o que demonstra, comparando com o ano de 2011, que este indicador sofreu um acréscimo de 6%. A HKU também analisou as considerações da população em relação aos níveis de estabilidade, de liberdade, de democracia e da credibilidade dada aos media locais: todos os indicadores sofreram uma descida, ainda que residual. No entanto, permanecem, como no ano anterior, positivos. É o da credibilidade para com os media que menos pontos recebeu, situando-se nos 5,20 numa escala de zero a dez. Preocupações invertidas Olhando para as inquietações da população residente, a HKU determina que continuam a ser, como há vários anos, os problemas sociais que mais preocupam os cidadãos. No entanto, o questionário mais recente revela o aumento de um outro indicador de preocupação: a população está, desde Dezembro do ano passado, mais preocupada com o estado da Economia local do que em anos passados. A razão não se encontra no estudo, mas a queda constante das receitas do Jogo pode ser uma delas. Os resultados de 2011 mostram um nível de 21% de preocupação com o estado da economia, face aos 24% deste ano. “O inquérito mais recente mostra que 69% dos inquiridos estão mais preocupados com problemas sociais, 24% com problemas económicos e 4% determinaram os problemas políticos como a fonte das suas principais preocupações”, revela o estudo.
Joana Freitas SociedadeIC | Instituto alvo de criticas em programa de rádio [dropcap style=’circle’]U[/dropcap]m ouvinte do programa Macau Talk, na Rádio Macau, aproveitou a presença de Guilherme Ung Vai Meng, presidente do Instituto Cultural (IC), para apresentar as suas criticas ao pouco trabalho efectuado na protecção do património cultural, sendo que, defende o participante, deve o organismo sair do edifício actual na praça do Tap Seac. O presidente respondeu que o edifício não serve apenas de escritório mas também é um ponto importante na recepção de oficiais, de diplomatas e conselheiros culturais estrangeiros, frisando que a localização do IC é importante. “Se o IC estivesse situado num edifício industrial ou comercial, podia mostrar a valorização da cultura de Macau?”, questionou. Livros a bater à porta No mesmo programa, Guilherme Ung Vai Meng afirmou ainda que a obra de construção da Biblioteca do Patane já está basicamente concluída. No que toca ao planeamento da futura Biblioteca Central, construída no antigo tribunal, o responsável referiu que já concluiu o plano, indicando que a área total desta Biblioteca vai ser dez vezes maior do que a da Taipa. O organismo precisa de organizar com cautela devido ao número grande das instalações. Prevê-se que o espaço seja inaugurado em 2019 a 2020. Leong Wai Man, chefe substituta do Departamento do Património Cultural do IC, explicou que a parte exterior do Quartel São Francisco demolida e reconstruída não pertence ao património cultural, mas é uma construção datada dos anos 50. Apesar disso, defende que tanto a fortaleza do quartel como as árvores dentro devem ser salvaguardas. Estoril sem data Guilherme Ung Vai Meng, presidente do Instituto Cultural, explicou, em declarações à Rádio Macau, que o processo de avaliação do Hotel Estoril está a ser analisado por especialistas, não havendo ainda data para apresentar os resultados. “Convidámos peritos da área para fazerem análises e também os membros do Conselho do Património Cultural para que seja feita uma avaliação da situação”, indicou o presidente ao meio de comunicação. Sem datas, o caso do Hotel Estoril continua a ser uma incógnita, apesar de, conforme indicou Ung Vai Meng, a maioria das opiniões apoio o novo projecto como destino do Hotel Estoril. Ainda assim, reforçou, é preciso “respeitar a voz de todos”. Nas mesmas declarações à rádio, o presidente falou sobre o polémico assunto do hotel projectado para a Doca de Pescadores, que segundo a empresa Macau Legend Development, presidida por David Chow, terá 90 metros. Ung Vai Meng indicou que o Governo atribui uma “sugestão – de 60 metros – sobre a altura”, frisando que não passa de uma opinião. A decisão final cabe, explica, aos outros departamentos que não o IC. “Só demos uma opinião”, reforçou. HM/Rádio Macau
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeUber | David Chow lança alerta para agências de viagens [dropcap style=’circle’]U[/dropcap]m dia depois da Uber ter anunciado que vai apresentar uma queixa formal ao Governo contra a actuação da PSP, eis que o empresário David Chow, na qualidade de presidente da associação geral das agências de viagens de turismo, resolveu lançar o alerta. A associação e o próprio empresário da área do turismo são membros da Comissão para o Desenvolvimento de Turismo, órgão consultivo governamental que discutiu ontem a entrada da Uber no mercado. “Estou aqui para dar o alerta às agências de viagens, porque hoje o Governo foi muito claro ao dizer que a lei não tem essa disposição em relação ao sistema da Uber, especialmente neste trabalho de parceria com as agências”, disse ontem David Chow em conferência de imprensa. Actualmente a associação representa cerca de 80% do sector, sendo que as restantes agências de viagens não estão inscritas nesta federação. “É minha responsabilidade, como presidente, de fazer este anúncio, para relembrar a todas as agências que não podem trabalhar com a Uber”, apontou. O proprietário de empreendimentos como a Doca dos Pescadores e o Landamark lembrou que a lei que está em vigor visa apenas o uso do transporte das agências por turistas. “Pensam (a Uber) que têm áreas cinzentas na lei, mas esta manhã os representantes do Governo disseram que é contra a lei. A regulação das agências de viagens é apenas para os turistas, os residentes não podem usar esse serviço de transporte. Os cidadãos têm de ter uma melhor compreensão”, frisou. Igual ao jogo online O também antigo deputado à Assembleia Legislativa (AL) frisou que “antes da Uber fazer o seu anúncio, algumas associações tentaram melhorar o serviço de táxis, para que este tipo de serviços não sirva de arma para atacar a lei de Macau”. David Chow chegou a comparar a aplicação de telemóvel com a legalização do jogo online. “Mesmo se no futuro mudarmos a lei, ou implementarmos algum tipo de regulação, não é impossível criar uma espécie de sistema online ou ter algum tipo de tecnologia. Mas dou um exemplo: se a Uber puder operar em Macau, isso significa que o jogo online também poderia ser uma realidade em Macau. Então penso que é uma mensagem muito importante a passar também para os cidadãos”, referiu. O HM tentou chegar à fala com Harold Li, porta-voz da Uber para Macau, mas não foi possível estabelecer contacto. Na conferência de imprensa desta terça-feira, onde os responsáveis da empresa deram a cara pela primeira vez, a Uber garantiu que contactou advogados locais antes de entrar no mercado, por forma a garantir a maneira legal de operar no território. “As parcerias que estabelecemos possuem licenças para os serviços que têm vindo a providenciar para as pessoas de Macau e turistas, hotéis e casinos, e até negócios. O negócio não mudou, mas a única diferença é que adicionámos uma plataforma extra, através da aplicação de telemóvel”, disse Hon Ng, conselheiro da Uber para a zona da Ásia-Pacífico. Apesar de ter falado na qualidade de presidente da associação geral das agências de viagens, David Chow está ligado ao sector dos táxis. Não só é proprietário de algumas licenças como em 2012 apoiou a criação da Liga dos Táxis. Esta entidade, que reúne cinco associações do sector, pretendia na altura a criação de um fundo de seguro para os taxistas, o qual incluiu injecções de capital da parte do empresário.
Filipa Araújo SociedadeFundação Macau | Doações de terceiro trimestre chorudas [dropcap style=’circle’]S[/dropcap]ão mais de 530 milhões de patacas que a Fundação Macau concedeu no terceiro trimestre do presente ano a associações, federações, instituições, entre outras entidades. Cerca de 537 milhões de patacas foram distribuídas por mais de 350 grupos. Sem grandes surpresas, pouca ou muito pouca alteração às quantias atribuídas foram registadas. O hospital privado Kiang Wu, a Fundação Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau, Fundação Católica de Ensino Superior Universitário e a Associação Geral das Mulheres de Macau ocupam a lista das maiores contribuições, segundo publicação em Boletim Oficial. Foi esta última associação que recebeu a maior fatia do bolo, amealhando 128 milhões de patacas, destinadas à construção de um novo edifício escolar. A seu lado está a Fundação Católica de Ensino Superior com um total acumulado de 101 milhões, maioritariamente destinado às obras da segunda fase do novo campus da Universidade de São José, na Ilha Verde. Com 80 milhões de patacas, ocupando o terceiro lugar, está a Fundação da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau, que para além de serem destinados à aquisição de novos equipamentos, vão para a construção de uma residência de estudantes. Neste trimestre, o hospital Kiang Wu não se destacou como de costume, mas ainda assim, recebeu 20 milhões de patacas para aquisição de sistemas informáticos e equipamentos clínicos. Fundo da tabela Também na casa dos 20 milhões está a União Geral das Associações dos Moradores com 17,5 milhões de patacas. Abaixo dos 10 milhões de está a Aliança de Povo de Instituição de Macau, Casa de Portugal, Associação Promotora das Ciências e Tecnologias de Macau, a Associação Intercambio da Cultura Chinesa, a Associação Promotora de Instrução de Macaenses, Instituto Internacional de Macau e a Santa Casa da Misericórdia.
Filipa Araújo SociedadeSaúde | ATFPM apela a melhores condições a CE [dropcap style=’circle’]N[/dropcap]um encontro com o Chefe do Executivo, Chui Sai On, que aconteceu na semana passada, a Associação dos Trabalhadores da Função Pública (ATFPM), presidida por José Pereira Coutinho, apelou ao líder de Macau por melhores condições na área da saúde. Acusando o Governo de não cumprir aquilo que devia, a ATFPM aponta o dedo a várias falhas no sistema de saúde de Macau. O aumento do orçamento da saúde de mil milhões para cinco mil milhões não resolveram os vários problemas que se fazem sentir no território, prejudicando em forte escala a vida dos residentes. A contratação da pessoa especializada seja na área de medicina ou enfermagem foi também outro ponto criticado. Considera a associação que este problema está longe de estar resolvido, sendo necessário apostar na contratação de mão-de-obra especializada de não residentes, “a fim de formar mais quadros qualificados dentro de cinco a dez anos, de modo a diminuir a pressão da falta de profissionais e elaborar a calendarização para o recrutamento e formação de pessoal”. Acessos às consultas de especialidade e longos períodos de tempo de espera, que trazem problemas aos diagnósticos, pertencem também à lista entregue em mãos a Chui Sai On. Na proposta era ainda avançada a possibilidade de construção de um hospital para idosos, permitindo que estes sejam transferidos do hospital público. Mecanismo que viria, defende, resolver o longo problema de falta de camas do território. No mesmo documento a ATFPM propunha ainda a construção de um centro de distribuição de medicamentos para reduzir o tempo de espera que este processo implica, assim como a abertura de alguns centros de saúde por 24 horas para reduzir a carga das salas de emergência dos próprios hospitais. Tam no poder Em reacção, o Chefe do Executivo afirmou que é Alexis Tam, Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, a pessoa encarregue dessa temática. “Ele [Chui Sai On] disse que vai falar com Alexis Tam para fazer uma análise sobre a situação”, explicou ao HM, Rita Santos, membro da direcção da associação, que também marcou presença no encontro. Em cima da mesa esteve ainda a “necessidade de construção de mais casas económicas e sociais”, assunto que despertou a dedicação de Chui Sai On, que reforçou uma vez mais que nos novos aterros está prevista a construção deste tipo de habitação. “Também falámos da necessidade, o mais rápido possível, da construção de asilos para os nossos idosos. A verdade é que a taxa de envelhecimento é cada vez mais alta. O Chefe do Executivo confirmou e concordou que não podemos obrigar os idosos de Macau a viverem longe das suas famílias. Portanto se as famílias vão para os novos aterros, os idosos também. Garantiu por isso que serão construídos asilos, creches e outras infra-estruturas de lazer”, rematou. Relativamente ao Hospital das Ilhas, um projecto marcado por atrasos, Rita Santo indicou que Chui Sai On está na fase de abertura de concurso público e, por isso, é preciso esperar.
Leonor Sá Machado SociedadeEnsino superior | Aprovada abertura de novos mestrados em 2016 [dropcap style=’circle’]O[/dropcap] Instituto de Enfermagem do Kiang Wu vai cooperar com a Western Sydney University num novo curso de mestrado de Enfermagem, que irá abrir em Janeiro de 2016. A abertura deste curso vem dar boas novas aos jovens que completaram a licenciatura em determinados cursos que recentemente os Serviços de Saúde vieram dizer que não estavam equiparados à função de enfermeiro. Estes terão, eventualmente, a possibilidade de ingressar neste mestrado e exercer funções na área da Enfermagem. Este mestrado, realizado à distância com o apoio do Instituto de Enfermagem do Kiang Wu, compreende cadeiras de Cuidados de Saúde, Liderança da Prática Clínica, Promoção da Saúde e Enfermeiros, entre outras. A notícia vem publicada em Boletim Oficial (BO), tal como a abertura de um outro curso de mestrado de Administração Pública no Instituto Politécnico de Leiria, em parceria com o Instituto Politécnico de Macau (IPM). Esta não é a primeira edição do mestrado, que tem vindo a ser leccionada há alguns anos. O futuro currículo sofreu, no entanto, algumas alterações. O curso é composto por 11 cadeiras e também abrange políticas locais, como a disciplina de Direito da Administração Pública de Portugal e de Macau, de Políticas Socioeconómicas na Ásia-Pacífico e Contratação Pública nos dois territórios.
Filipa Araújo SociedadeUSJ | Construtora acusa empresa subcontratada de incumprimento Empresa contratada por USJ reage às acusações recebidas por parte da empresa subcontratada Iao Sang. Esta última terá violado o contrato, segundo defende, e por isso o mesmo ficou sem efeito [dropcap style=’circle’]A[/dropcap] Hsin Chong, empresa responsável pelo projecto de construção do novo campus da Universidade de São José, na Ilha Verde, reage às acusações de falta de pagamento por parte da empresa subcontratada, a Iao Sang, acusando-a de incumprimento do contrato. Em causa estão as acusações da Iao Sang contra o grupo de construção Hsin Chong. O gerente do projecto, Hoi, explicou ao HM que a empresa que assinou contrato com a USJ não realizou qualquer pagamento do acordado ao longo do ano de 2015 e fechou as portas do estaleiro, atitude que não permite que os trabalhadores tenham acesso à obra e aos materiais. Num anúncio colocado no jornal OuMun, ontem, a empresa contratada Hsin Chong refutou qualquer acusação por parte da Iao Sang. “É uma declaração falsa e o conteúdo tem descrição difamatória”, escrevem. O anúncio indicava ainda que a cessão de contrato foi de acordo com as cláusulas do próprio contrato. “Quando uma parte viola o contrato de forma grave, podemos decidir cessar o contrato para assegurar o direito da nossas empresa e do proprietário do projecto”, escreve. Questionado sobre que violação de contrato terá levado a cabo a empresa subcontratada, a Hsin Chong não prestou qualquer esclarecimento, até ao fecho desta edição. O caso segue agora para tribunal, sendo a Iao Sang acusa de difamação. Com Flora Fong
Flora Fong Sociedade13º plano quinquenal | Governo Central quer reforçar papel de Macau [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]s sugestões do 13º plano quinquenal sobre o Desenvolvimento Social e Economia Nacional, elaborado pelo Governo Central, incluem, pela primeira vez, a “promoção das funções e papéis de Hong Kong e Macau em relação à abertura ao Mundo e o desenvolvimento económico do país”, bem como um “reforço das vantagens espectaculares” das regiões. O documento foi publicado na terça-feira, e no capítulo especializado sobre as duas regiões administrativas especiais, apresenta a ideia de aprofundamento da cooperação e desenvolvimento entre o continente, Hong Kong e Macau. “Implementar plenamente os princípios ‘Um País, Dois Sistemas’, ‘Macau governado pelas suas gentes’ e ‘Alto Grau de Autonomia’, permite aproveitar as vantagens espectaculares, apoiando Hong Kong e Macau na melhoria da vida da população e na promoção da democracia” lê-se no documento. Além de apoiar a transformação da cidade vizinha em centro financeiro internacional, de transporte aéreo e de comércio, o plano suporta o território de Macau na construção de um centro mundial de turismo e lazer e de uma plataforma de serviços de cooperação comercial entre a China e os países da Língua Portuguesa, promovendo a diversificação da economia. A aceleração da cooperação de Hong Kong e Macau com Qian Hai, Nansha e a Ilha de Montanha deverá “aprofundar” o intercâmbio da população nas áreas das ciências, cultura, educação e protecção ambiental entre as RAE e a China.