4G | Instalação concluída em Macau, garante CTM

A CTM garante que dentro de dois meses os usuários já poderão aceder à rede 4G em pleno, com preços ainda mais em conta. Na outra face da moeda, está a MTEL que pede ao Governo maior rapidez. Em causa está a sua própria sobrevivência

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Companhia de Telecomunicações de Macau (CTM) anunciou, na sexta-feira, ter concluído a instalação da rede 4G no território e garante que o investimento equivalente a 600 milhões de patacas, irá permitir uma cobertura exterior de 98%.
A CTM – a par da China Telecom, Smartone e Hutchinson – foi uma das quatro empresas seleccionadas para instalar e explorar a rede 4G em Macau. A operadora avançou que o investimento serviu ainda para melhorar os serviços de 3G e 2G, redes que irão permanecer activas no território.
No exterior, a CTM refere que vai garantir uma velocidade de download de 112 Mbps contra os 42 Mbps possíveis na rede 3G.
De acordo com a Direcção dos Serviços de Regulação de Telecomunicações (DSRT), o arranque das operações das quatro operadoras terá de acontecer ainda este ano com, pelo menos, 50% de taxa de cobertura garantida, sendo que os restantes 50% terão de estar operacionais no início de 2016. A CTM garantiu que o serviço estará disponível dentro de dois meses, e será, adiantou, mais barato que o serviço antigo, ou seja, o de 3G.
A CTM explica ainda que a tecnologia 4G irá “permitir ampliar o conjunto de serviços possíveis no segmento das telecomunicações” garantido pela maior rapidez de transmissão de dados.
Instalada a rede 4G, a CTM mantém pontos de testes nas suas lojas e está a ultimar os testes de rede para lançar os novos produtos no mercado.

MTEL quer sobreviver

Ainda dentro do mundo das telecomunicações,  a operadora MTEL afirmou que já recebeu mais de cinco mil pedidos de serviço de internet, mas como o Governo só autorizou 10% das obras necessárias das estradas para se colocar a rede, a resposta tem sido muito aquém do que o próprio Governo definiu. O director da Companhia de Telecomunicações de Mtel, Michael Choi, referiu ao Jornal Ou Mun que o maior desafio, para corresponder aos cinco mil pedidos, é começar as obras nas estradas. “Actualmente foi aprovada menos de 10% da construção necessárias, nas nossas estradas, para colocar a rede, contudo, segundo os próprios regulamentos de licenças emitidos pelo Governo, a taxa de abrangência da rede devia atingir 40% em Macau, e no final do ano 50%. A realidade está desfasada com o plano original, porque o progresso das obras não está a corresponder à necessidade, não está a ser rápido. Michael Choi acrescentou ainda que este problema de rede traz limitações à operação da companhia, pois quando os clientes quiserem comprar os serviços não o vão poder fazer. O director não esconde a vontade de uma solução e acção rápida por parte do Executivo, esperando que este compreenda que para além da operadora em causa precisar de cumprir os regulamentos, precisa, principalmente, de sobreviver.

24 Ago 2015

Domésticas | Empregadas aceitam registo criminal com condições

Um registo criminal sobre as empregadas domésticas é o que pede a AGMM. Afastando a ideia de ‘lista negra’ a associação apela a um regime mais claro e com mais informações. Empregadas não se importam, mas a existir que seja também criado um para os patrões

[dropcap style=’circle’]N[/dropcap]o início desta semana, a União de Empregadores dos Serviços Domésticos avançou com a notícia de um protesto – a acontecer no dia 30 do presente mês – contra as empregadas domésticas, que conta, segundo explicou a união em causa, com mais de mil inscrições. O mote são os alegados maus tratos de uma empregada doméstica, natural do Vietname, a um bebé de dois meses.
Aliado a este movimento, a Associação Geral das Mulheres de Macau (AGMM), segundo o jornal Tribuna, entregou um parecer à Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), pedindo a criação de uma lista negra das profissionais, a divulgação do registo criminal das empregadas e ainda a diminuição da permissão de permanência das mesmas no território.
“É preciso esclarecer que não se trata de uma lista negra, não é isso. O que pedimos ao Governo é que as agências de trabalho tenham um registo criminal das empregadas, mais informações do que aquelas que têm agora, que achamos nós, são poucas”, começa por esclarecer ao HM, Wong Kit Cheng, presidente da AGMM.
Para a presidente o mais recente caso dos maus tratos ao bebé é só mais um exemplo. “Não é o único caso, já aconteceu mais vezes, por isso é que é importante perceber que tipo de empregada doméstica os empregadores estão a contratar”, explica, exemplificando “imagine que uma empregada comete um crime, bate, rouba, seja ele qual for, depois foge para o seu país e passados uns meses quer voltar a Macau, essas informações devem estar no seu registo, para que o empregador saiba que ela já cometeu crimes”.
A elaboração deve ser feita, diz Wong Kit Cheng, pela própria agência, mas o Governo têm de assumir um papel activo nesta questão. “É preciso que também os serviços de migração tenham acesso ao registo criminal das empregadas, mas mais do que isso é preciso que o Governo acelere todos os processos quanto aos regulamentos relativamente à contratação de empregadas doméstico”, adianta.
Segundo números avançados pela própria associação ao HM, neste momento Macau conta com mais de 20 mil empregadas domésticas que não estão em concordância com o regime em vigor. “Se são 20 mil empregadas isto quer dizer que são 20 mil famílias a serem prejudicadas pela falta de um bom regime”, defende.
Quando questionada sobre o protesto a realizar no final do mês, Wong Kit Cheng acredita que o mesmo servirá para pressionar o Executivo e fazer com que “ele trabalhe mais rápido”. Mas ainda assim esta não é a melhor forma. “Depois da reunião com a DSAL percebemos que o Governo está com vontade de trabalhar e melhorar esta questão. Acho que o protesto não é a melhor forma para expressar as opiniões”, diz.

Outros registos

Em declarações ao HM, Diana La, empregada doméstica, natural das Filipinas não se mostrou contra a criação de um registo criminal ou ao pedido de mais informações por parte das agências de trabalho. “Concordo, mas as situações devem ser muito bem explicadas e não ter registo criminal só porque o patrão acha que houve crime”, clarificou.
A empregada doméstica adianta que o registo deve “depender da gravidade dos casos”, se assim for, Diana concorda “que exista esta espécie de lista de informações”. Também Vivian Ui, empregada doméstica, concorda com a existência deste registo. “Não me importo nada que haja este registo, mas tudo depende da situação, depende do caso, se for um crime, claro que sim, agora se for um mal entendido não acho que deve ir para o registo”, defende.
Mas para atingir a “igualdade e a justiça de tratamento é necessário que também haja um registo do tipo de empregadores, se eles já tiveram problemas ou foram acusados de crimes por maus tratos às empregadas domésticas”, defende.
“Aqui em Macau são poucos casos que tenho ouvido, mas quando trabalhava em Hong Kong todos os dias ouviam histórias de empregadas domésticas a sofrerem de maus tratos. Maus pagamentos, más condições, violência, são muitos os casos que ouvi e tomei conhecimento”, relata Vivian Ui.
Também Chat Su, empregada há mais de 10 anos, construiu a sua vida em Macau e já ouviu algumas histórias de maus tratos às empregadas domésticas. “Não coisas muito violentas, mas maioritariamente é a falta de pagamento dos salários, ou até salários muito baixos. Também há aqueles patrões que não dão férias às empregadas, e nós queremos ver a nossa família, também queremos ir ao nosso país”, conta.
“Somos seres humanos, devemos ser tratados como tal e, sim, acho que deve haver um registo criminal, mas para empregadas e patrões, assim também para que eles aprendem a lição e nós, empregadas, sabermos se este ou aquele é um bom ou mau patrão”, termina Vivian.
Questionada sobre a criação de um registo também para os empregadores, a presidente da associação disse que não faria muito sentido.

21 Ago 2015

IFT | Novos hotéis são oportunidades. Escola nova só para o ano

1416472204157[dropcap style=’circle’]É[/dropcap] já na próxima segunda-feira que o ano lectivo arranca no Instituto de Formação Turística (IFT) com a entrada de mais de 350 novos alunos, que não será no ano de estreia que irão usufruir das novas instalações do instituto. Em declarações à imprensa local, a presidente do IFT, Fanny Vong, explicou que a inauguração não será este ano devido a aos trabalhos de renovação necessários.

“Estão em boas condições”, disse, referindo-se aos 21 andares do prédio que pertencia à Universidade de Macau. Mas ainda assim são precisos “alguns trabalhos de renovação, como pintar as paredes para que os alunos possam usufruir do dormitório. Depois, os restantes pisos vão ser usados para escritórios, salas de aula, centros de actividades para alunos e espaço para actividades culturais e recreativas”. Vanny Fong acredita que as instalações irão estar prontas já no próximo ano lectivo.

Uma boa opção

Luana Pereira, de 18 anos, é uma das alunas que começa agora a sua licenciatura Gestão Hoteleira. As várias opções que se apresentam no território fizeram com que a aluna escolhesse esta área de formação. A aluna considera que o IFT está equiparado a todas as outras escolas superiores da áreas. “A base é igual em todo lado”, disse.

Também Benjamim Noruega, que escolheu a área de hotelaria para a sua formação, acredita que o IFT é uma das “melhores opções”. “Há uns anos até poderia não ser muito bom, mas agora, depois de fazer uma pesquisa, e dos professores que tem, acho que é uma escola muito boa”, defende. Um dos aspectos mais positivos são os intercâmbio que o IFT oferece. “Quero estudar aqui dois anos e depois fazer o intercâmbio para a Suíça”, remata.

O futuro, mesmo com a baixa nas receitas do Jogo, que poderá mexer com o número de contratações, não preocupa os jovens, que acreditam que Macau continuará a ter muitas oportunidades.

“A taxa de desemprego continua a ser muito baixa e nos últimos anos Macau esteve muito constrangido em termos de recursos humanos. Claro que as receitas do Jogo estão a cair, mas temos esperança de que vão precisar de pessoas para as outras áreas – as extra-Jogo, como a restauração, actividades recreativas e de lazer, que os operadores estão a tentar adicionar aos novos resorts”, defendeu ainda Fanny Vong, em declarações à margem da cerimónia do início do ano lectivo, dando a construção do novos empreendimentos turísticos como motes de vagas para os alunos formados pelo IFT.

21 Ago 2015

Toi San | Fendas na estrutura de prédio cada vez maiores

As rachas do edifício Peng Meng, localizado na Rua Central de Toi San, estão cada vez maiores e nem a STDM, proprietária, ou o Governo apresentam soluções. A Aliança do Povo da Instituição de Macau exige maior comunicação

[dropcap style’circle’]O[/dropcap] jornal Ou Mun noticia na sua edição de ontem o estado de degradação a que chegou um prédio da Rua Central de Toi San, propriedade da Sociedade de Turismo e Diversões de Macau (STDM) e onde residem 40 pessoas. As fendas começaram a surgir com as obras para a habitação pública do terreno ao lado, entretanto suspensas, mas não têm parado de crescer, aponta o diário chinês.
A película de protecção colocada pela Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) já saiu do lugar, tendo sido deslocados diversos cabos de electricidade. Um dos moradores, de apelido Cheang, contou ao Ou Mun que muitas vezes caem pedaços de cimento nos corredores. Mas até ao momento nem a STDM nem o Governo intervieram.
“A STDM já não cobra renda aos inquilinos e acredito que isso é para nós sairmos à vontade. Mas ganho muito pouco e não tenho capacidade para arrendar uma casa lá fora”, relata o morador.
Em Abril do ano passado, o HM visitou o edifício e pôde constatar o elevado grau de degradação do prédio. Ao falar com moradores, foi-nos dito que temiam ser expulsos pela STDM, para que a empresa pudesse desenvolver um empreendimento naquele lugar. Contudo, até ao momento, não voltaram a receber novas cartas.
A possibilidade de um despejo foi denunciada pelos moradores à Aliança do Povo de Instituição de Macau. Um ano depois, Chan Tak Seng, presidente, confirma uma pior situação no edifício Peng Meng e diz que a explicação da DSSOPT não convence. “Não pode dizer que as rachas são um problema estrutural do edifício”, disse ao HM.
A última visita que a associação fez ao edifício foi o ano passado, com a deputada Song Pek Kei, numa altura em que a Escola de Nossa Senhora de Fátima foi reconstruída. Os moradores sentiram o chão a tremer com as obras e sentiram medo. “Consegue-se colocar um tijolo dentro das rachas, por isso podemos imaginar o nível dos danos. Com as chuvas e o passar do tempo, acho que existe um certo perigo”, disse Chan Tak Seng.

Urgente resolver

Para o responsável, o Governo deve apresentar uma medida preventiva para o edifício, sendo que não deve demorar mais tempo com estudos feitos por especialistas. “A análise pode estar longe da realidade, porque podem ocorrer danos ou mortes se não se resolver o problema de forma activa. Não devemos ter uma atitude como o tratamento que foi dado no caso do Sin Fong Garden.”
Chan Tak Seng pede ainda que o Executivo comunique mais com a STDM para encontrar uma solução, mas não deve permitir que sejam apenas os moradores a falar com a empresa. “A resposta deles deve ser apenas que deixam sair as pessoas do edifício, mas isso não ajuda. O ângulo do Governo deve ser sempre proteger os interesses públicos.”
O HM tentou consultar a STDM para saber a situação e os planos para o edifício, mas não obteve uma resposta até ao fecho da edição.

21 Ago 2015

Melco Crown | Funcionários queixam-se de falta de promoção justa

[dropcap style= ‘circle’]U[/dropcap]m total de 16 funcionários do grupo Melco Crown queixaram-se ao departamento dos recursos humanos sobre a promoção que lhes foi prometida. Ronald Lou, líder de do grupo “Novo poder de Melco Crown”, criado recentemente, referiu que existem mil funcionários que estão a ser afectados pelo mau mecanismo de promoção da companhia.
O líder do grupo Forefront of the Macao Gaming, Ieong Man Teng e a ex-secretária-geral, Cloee Chao, juntamente com os trabalhadores dos casinos Altira e City of Dream, entregaram uma petição ontem ao departamento dos recursos humanos da Melco-Crown. 
Ieong Man Teng explicou aos meios de comunicação que existem cerca de mil funcionários na posição de “HD Dealer” nos casinos. Esta posição está equiparada a um cargo de estagiário, por não ser fixa, e pela mobilidade de funções consoante o dia de trabalho. Estes funcionários podem assumir responsabilidades de croupier ou pit supervisor, caso seja necessário, mas nunca são recompensados monetariamente como tal, existindo uma diferença – quando comparados com os funcionários que ocupam esses mesmos cargos – de milhares de patacas.

Falsas expectativas

“Quando a Melco Crown anunciou a publicidade para recrutamento, garantiu aos trabalhadores que a possibilidade de promoção para os novos funcionários seria de 25%. No entanto, entre os mil funcionários em posição de HD Dearlers, apenas cerca de 70 foram promovidos, ou seja, a proporção nem sequer atingiu os 10%. Alguns trabalham para a companhia há cinco anos, parece um estágio eterno. Para além de que esta promessa de promoção nunca fui cumprida”, argumentou Ieong Man Teng.
Além disso, o líder de um grupo “Novo poder de Melco Crown”, Ronald Lou , que actualmente ocupa o lugar de pit supervisor, nunca foi promovido depois de trabalhar durante vários anos, ganhando experiência para ser promovido, mas de um dia para outro voltou a assumir funções de HD dealer, uma posição abaixo da que ocupava no início. Para o líder não existe um mecanismo transparente na promoção entre os trabalhadores e muitas vezes, defende, quem trabalha pior é que é promovido e aqueles que trabalham bem ficam muitas vezes esquecidos. Se o comportamento e conduta da operadora se mantiver em igual registo, diz o líder, os trabalhadores deixaram de ter confiança no entidade patronal.
O funcionário Knight Wong é um dos exemplos da posição HD Dearlers. Knight contou ao HM que já trabalha há três anos, e assistiu a muitas situações em que os próprios colegas se exibiam como excelentes profissionais aquando a presença dos seus superiores só para conseguirem subir de cargo. No entanto, diz, existem colegas que sempre foram muito profissionais mas nunca atingiram a promoção.
A petição entregue ontem contém ainda 300 assinaturas de funcionários da Melco Crown. O grupo não exclui a hipótese de realizar uma manifestação no futuro, caso a operadora não responda a esta solicitação de forma activa. 

21 Ago 2015

Tailândia | Residentes decidiram seguir viagem. Tailandeses em Macau temem impacto no turismo

Os dois residentes de Macau que pediram ajuda para sair de Banguecoque não o conseguiram fazer por dificuldades na marcação do voo. A Air Macau vai permitir ajustes nas viagens já compradas. Tailandeses em Macau temem impacto negativo no turismo

[dropcap style= ‘circle’]O[/dropcap] Gabinete de Gestão de Crises de Turismo (GGCT) confirmou ao HM que os dois residentes de Macau que pediram ajuda para sair de Banguecoque decidiram, afinal, continuar a sua viagem. Numa resposta escrita, o gabinete confirmou que “após contactado a companhia aérea sobre a possibilidade de anteciparem o regresso, foram informados pela mesma que não seria possível, uma vez que não existem vagas disponíveis no regresso. Os mesmos decidiram continuar a sua viagem, uma vez que estavam em segurança”.
“O GGCT relembrou aos dois residentes de Macau para terem em conta as devidas precauções de segurança de modo a salvaguardarem a sua segurança pessoal”, aponta o organismo, que garante que não voltou a receber pedidos de ajuda, apenas um total de 162 pedidos de informação.
Entretanto a Air Macau lançou ontem um comunicado onde dá conta do ajuste dos voos para os passageiros que compraram as viagens antes do dia 18, para voos a realizar até 31 de Outubro. Quem comprou bilhetes poderá alterar a data ou a rota até 30 de Novembro.

Vozes de naturais

Ao HM, três tailandeses a residir em Macau contaram o que sentiram quando souberam do incidente à distância. Alice, a viver no território há 34 anos, onde trabalha num restaurante, confessa ter chorado quando viu as notícias.
“Há sempre muitos turistas a visitar o templo (Erawan), porque é que isso aconteceu? O tempo foi destruído mas pode ser reparado, as pessoas que morreram é que já não podem voltar”, contou ao HM por telefone.
Quem também chorou foi Amanda Kathapitak, recém-licenciada. “Vi as notícias no Facebook quatro horas após o incidente. Cresci em Banguecoque e claro que fiquei chocada. Vi o vídeo e de imediato comecei a chorar. Liguei aos meus familiares e amigos mais próximos e sei que estão bem, mas o incidente foi tão inesperado que nunca pensei que pudesse acontecer na minha cidade natal”, disse ao HM.
Todos consideram que, mais do que as mortes e o clima de medo, o atentado trouxe, sobretudo, problemas ao turismo, principal actividade económica da Tailândia. “Não é algo bom para nós, tailandeses. Recebemos muitos turistas chineses, de Hong Kong e Macau e depois disto ouvi dizer que muitos residentes de Hong Kong estão mais cuidadosos em fazer viagens para a Tailândia. Isso é mau para o país”, disse Justin, ex-estudante da Universidade de São José.
“Não faço ideia se o país vai continuar a ser seguro. A explosão afectou muito as coisas e vai fazer com que os turistas tenham receio em visitá-lo”, considerou Alice.
Para já as autoridades tailandesas falam de dez pessoas que poderão estar implicadas no atentado, recusando associar o incidente ao terrorismo. “É improvável que seja o trabalho de um grupo terrorista internacional. Os cidadãos chineses não eram um alvo directo”, disse Winthai Suvaree, porta-voz da junta militar, citado pela Lusa.
“Há muitas razões que podem ter levado a isto. Estamos sob lei marcial e com um governo militar. A maioria das pessoas na Tailândia sentem-se reprimidas. Muitos dizem que pode ter sido alguém tailandês, mas também foi dito que o Governo não foi a razão”, considerou Amanda Kathapitak.
Justin não nega a possibilidade do ataque poder ter sido engendrado por chineses uigures, uma vez que a Tailândia deportou oito pessoas desta etnia chinesa muçulmana para a Turquia, em Julho. “Há muitas especulações, muitas que dizem que pode haver ligações ao Estado Islâmico, outros acham que os uigures querem vingar-se do Governo tailandês. O Governo e as pessoas estão a tentar o melhor para ajudar as vítimas locais e estrangeiras. Poderá ser alguém que quer destruir a nossa economia, ou alguém que quis que a sua voz fosse ouvida de forma violenta, o que é errado e tirou muitas vidas inocentes.”

21 Ago 2015

CPU | Reuniões vão passar a estar disponíveis online

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] Direcção dos Serviços para Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) vai publicar parte dos vídeos das reuniões do Conselho do Planeamento Urbanístico (CPU) online brevemente, para que a população possa assistir através da página oficial do CPU. A resposta do director da DSSOPT, Li Canfeng, surge depois de Kwan Tsui Hang ter sugerido ao Governo que fizesse o ‘upload’ das reuniões no website, de forma a ser mais cómodo para os interessados que não conseguem assistir às reuniões no local.
Li Canfeng disse acreditar que estas poderão começar a ser publicadas online, uma vez que desde Março passado que há mais uma série de novas informações na internet acerca destas reuniões. Estas incluem propostas de plantas de condições urbanísticas e resultado das opiniões recolhidas.
Além disso, de forma a implementar o princípio de “transparência e promoção da participação pública”, constante na Lei do Planeamento Urbanístico, o CPU tem planos para fazer o ‘upload’ das reuniões gravadas, dando mais oportunidades à população para se sentirem parte deste tipo de decisões. O director afirmou que essa sugestão já foi aprovada pelo CPU e vai ser implementada o mais rápido possível.

20 Ago 2015

Governo aprovou menos processos de TNR em Junho

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) revelou que no último mês de Junho o Governo apreciou um menor número de Trabalhadores Não-Residentes (TNR), o que corresponde a uma mudança do desenvolvimento da sociedade.
A resposta foi dirigida à deputada Ella Lei, que criticou o facto do número de TNR ter vindo a crescer, citando dados estatísticos do Gabinete para os Recursos Humanos (GRH). Para a deputada, está em causa uma violação ao principio da prioridade aos trabalhadores locais no acesso ao emprego, questionando se o Governo avaliou o impacto do ajustamento económico. Ella Lei pede ainda que existam mecanismos rigorosos para a aprovação dos processos e a saída dos TNR.
Wong Chi Hong, director da DSAL, explicou que o GHR aprovou em Junho mais de 212 mil TNR, o que, comparando com igual mês do ano passado, significa uma redução, com menos 1591 processos. O director do organismo garante que essa redução dos pedidos de TNR significa uma mudança no desenvolvimento da economia e da sociedade, bem como a existência de uma necessidade real de equilíbrio da mão-de-obra.
Quanto aos trabalhadores locais, Wong Chi Hong afirmou que, embora as receitas do Jogo tenham vindo a cair nos últimos meses, a taxa de desemprego mantém-se nos 1,7%, considerando que a empregabilidade não ficou influenciada pelo ajustamento económico.

20 Ago 2015

Complexo comunitário na Praia do Manduco atrasado por problemas técnicos

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] construção do Complexo Municipal dos Serviços Comunitários da Praia do Manduco foi prorrogada devido à necessidade de mudar cabos e tubos de drenagem e pela complexidade do terreno naquele lote, prevendo-se que a conclusão da fundação da cave só esteja pronta em meados de 2016. O anúncio foi feito pelo Governo numa resposta à deputada Kwan Tsui Hang, que na semana passada criticou a ausência de explicações sobre os atrasos das obras de 1ª fase do complexo. É que de acordo com os Serviços para os Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), a data de conclusão foi prorrogada por cerca de um ano. Esta devia acabar por volta desta altura, mas vai estender-se até ao terceiro trimestre do próximo ano.

Cabo dos trabalhos

Numa resposta enviada ao HM, a DSSOPT revelou que o atraso se deveu ao “melhoramento geológico” e a “perfuração antecipada” terem sido afectados. Em termos técnicos, a DSSOPT indica que foi preciso transferir trabalhos com cabos e tubos de drenagem para a Companhia de Electricidade de Macau (CEM) e pela concessionária da obra. Já o atraso da obra das fundações foi decidido depois da DSSOPT ter realizado uma análise com a companhia empreiteira e a companhia de design, todos considerando necessário alterar uma parte da infra-estrutura da fundação da cave para melhorar o procedimento da obra. A alteração foi aprovado pelo organismo, tendo os trabalhos de verificação sido feitos, sem esquecer que a concessionária vai precisar de arranjar novos equipamentos para esta. Quanto à despesa da obra, a DSSOPT avançou, na mesma resposta, que o volume de trabalho e a despesa da obra vão sofrer um acréscimo. Devido à prorrogação da primeira fase da obra, a DSSOPT prevê que a abertura do concurso público da segunda fase da obra só tenha lugar em 2016.

20 Ago 2015

Internet | Tarifa da 4G vai ser mais barata. 2G também fica

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]s tarifas dos serviços de internet 4G vão ser mais em conta do que as oferecidas pelo 3G, defenderam ontem os Serviços de Regulação de Telecomunicações (DSRT). No entanto, o serviço 2G não vai desaparecer, como se poderia pensar com a chegada de um outro mais avançado.
Numa interpelação escrita de Julho passado, Zheng Anting disse que muitos cidadãos estão preocupados com a transmissão dos custos de operação dos serviços de 4G aos consumidores, questionando o Governo se o serviço 2G vai ser suspenso. No documento, justificou que há especialistas a considerar que não é possível manter alta qualidade dos três serviços 2G, 3G e 4G em simultâneo. Na resposta ao deputado, a directora da DSRT, Lam Wan I, afirmou que após a emissão das licenças da rede 4G para quatro operadoras em Junho passado, o organismo vai manter o princípio de tarifas mais baixas para os serviços de 4G, sem esquecer que vai referir o modelo da cobrança de tarifa das regiões vizinhas.
No que toca à questão da rede 2G, a directora referiu que todas as redes se vão manter ainda durante algum tempo, justificando o uso de telemóveis de redes 2G e 3G por turistas estrangeiros, não indo a DSRT cessar os serviços enquanto não forem reportados conflitos entre as redes 2G e 4G.

20 Ago 2015

Rui Martins e Eddie Wong presidem a novo Conselho de acreditação

O Governo já escolheu os 13 membros do CAEU, criado para acreditar profissões do sector da construção, com obrigatoriedade de estágio e exame final. A ideia agrada a Rui Martins, nomeado presidente do Conselho. Fazem ainda parte Carlos Marreiros, Bernie Leong, Li Canfeng e Eddie Wong

[dropcap style=’circle’]R[/dropcap]ui Martins foi nomeado presidente do recém-criado Conselho de Arquitectura, Engenharia e Urbanismo (CAEU), com o arquitecto local Eddie Wong como vice-presidente. A lista dos membros do CAEU foi ontem anunciada através de despacho publicado ontem em Boletim Oficial. Desta constam sete membros representantes da Administração Pública e outros seis do sector privado desta actividade. Rui Martins é vice-reitor da Universidade de Macau e diplomado em Engenharia Electrotécnica, em Portugal. Neste momento cumpre funções de docente da instituição de educação superior local. Eddie Wong é o arquitecto seleccionado pelo Governo para desenhar o projecto do Hospital das Ilhas, cumprindo ainda funções como presidente da Cruz Vermelha. Entre os outros nomes estão João Manuel Costa Antunes, engenheiro de profissão e coordenador do Grande Prémio de Macau, Li Canfeng, director da DSSOPT, Simon Chan Weng-hong, presidente da Autoridade de Aviação Civil e Ao Peng Kin, chefe substituto do Departamento de Urbanização da DSSOPT. De entre os profissionais do sector privado, está o deputado José Chui Sai Peng, o membro da Administração da CEM, Bernie Leong, o arquitecto Carlos Marreiros e Leong Chong In, membro do Conselho do Planeamento Urbanístico.

Passos em frente

Ao HM, Rui Martins considera que este é um passo em frente na internacionalização desta área profissional. Isto, diz, passa a existir à imagem do que já cá acontece com os advogados, que têm uma Associação própria, que obriga à realização de um estágio para aprovação e entrada no organismo. “É um Conselho criado para regular este sector da construção de uma forma semelhante como acontece com os advogados, com estágio após conclusão do curso”, começa por explicar. “Internacionalmente, isto também se verifica, nomeadamente em Portugal, onde também há estas normas e acho que estamos a seguir padrões internacionais neste aspecto”, concluiu. Não há ainda uma data para a primeira reunião do CAEU, mas deverá “estar para breve”, assegura o presidente. Assim, não é ainda certo que membros vão integrar cada uma das duas comissões, mas isso deverá também ser definido num curto espaço de tempo.
A criação do referido Conselho foi oficializada na semana passada, com o porta-voz do Governo, Leong Heng Teng, a apresentar o projecto e o regulamento que diz respeito ao CAEU. Na perspectiva de especialistas, a maior mudança que o Conselho vem trazer é a acreditação dos profissionais das áreas de Arquitectura, Engenharia e Urbanismo que assinem projectos e participem em obras locais, nomeadamente sob tutela da Administração. Actualmente, todos estes profissionais têm que estar inscritos numa base de dados de registo da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), passando essa tarefa agora para os membros do CAEU. Os profissionais nomeados são responsáveis por analisar novos pedidos de inscrição e gerir o programa de estágios e acreditação do sector, até agora dispensável para exercer estas profissões no território. De acordo com o porta-voz do Executivo, a ideia é que o Conselho entre em funcionamento ainda este ano.

Comissões do consenso

Leong Heng Teng adiantou que o Conselho vai ser dividido em duas comissões: uma vai tratar dos estágios e da formação a outro vai ser responsável pelo registo. A Comissão de Estágio e Formação Contínua tem poder para tomar decisões sobre os pedidos de admissão ao estágio e sobre as avaliações. O estágio deverá ser orientado por um profissional da área com pelo menos cinco anos de experiência e tem uma componente prática e teórica, sem esquecer uma formação obrigatória em Deontologia. Para fazerem a acreditação e registo enquanto arquitecto, arquitecto paisagista, engenheiro ou urbanista, os profissionais precisam de ser titulares de grau académico naquelas áreas de especialização, ter concluído o estágio e passado no exame de admissão. O apoio ao funcionamento do órgão vai recair sobre a DSSOPT.

20 Ago 2015

Dois de quatro suspeitos de violação colectiva presos pela PJ

Quatro homens do Vietname são suspeitos de violarem uma jovem de 19 anos junto à Doca dos Pescadores, depois de uma saída nocturna regada com muito álcool. Dois homens já foram presos pela Polícia Judiciária

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] jornal Ou Mun noticia na sua edição de ontem um caso de violação colectiva que ocorreu na zona da Doca dos Pescadores no passado dia 30 de Julho. Quatro homens de origem vietnamita terão violado uma jovem de 19 anos por volta das 5 horas da manhã, depois desta ter estado a beber num bar na zona do ZAPE com uns amigos. Uma vez que a boleia prometida demorou a chegar, a jovem decidiu dar um passeio sozinha na zona da Doca dos Pescadores.
Nessa altura os quatro suspeitos começaram a conversar com a jovem, sendo que um deles a levou para um local mais protegido e começou, segundo a PJ, a tocar-lhe no corpo, tendo iniciado o acto de violação sem recurso ao preservativo, enquanto os restantes três homens vigiavam o local. À PJ a jovem declarou só se recordar de ter sido violada por dois homens.
A alegada vítima estava com excesso de álcool no sangue e não conseguiu ter capacidade de resistência. Os quatro homens acabariam por fugir do local.

Apanhados

Depois da investigação a PJ acabou por apanhar um dos suspeitos na zona do Porto Interior no passado dia 16. De apelido Gran, o homem está desempregado e terá cerca de 20 anos, tendo entrado ilegalmente no território no dia 21 do mês passado. Gran acabou por admitir às autoridades que cometeu o crime. A PJ deteve ontem o segundo suspeito, sendo que os restantes dois homens continuam em fuga.
Segundo o canal chinês da Rádio Macau, as autoridades investigaram um apartamento na Areia Preta com nove detentores de passaporte do Vietname, sendo que oito deles não tinham permissão para estar em Macau. A PJ acredita tratarem-se de emigrantes ilegais no caso de violação da jovem.
Na mesma investigação a PJ descobriu ainda uma mulher vietnamita com blue card que estaria a oferecer alojamento e protecção de passaportes a outros moradores do apartamento, através da cobrança de 500 patacas por mês. A mulher deverá ser acusada do crime de acolhimento de imigrantes ilegais, estando o caso nas mãos do Ministério Público (MP).

20 Ago 2015

Atentando em Banguecoque | Dois residentes de Macau pedem ajuda para sair

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] Gabinete de Gestão de Crises do Turismo de Macau anunciou ontem que dois residentes locais pediram apoio às autoridades para antecipar o regresso à Região após o atentado de segunda-feira na Tailândia. De acordo com uma nota oficial, através das companhias de telecomunicações foi possível identificar 942 dispositivos móveis com registo em Macau em ‘roaming’ na Tailândia, cujos titulares foram contactados por mensagem electrónica para envio de contactos de emergência em caso de necessidade. De acordo com as autoridades de Macau, que receberam as listas nominais dos hospitais da Tailândia, nenhum residente consta entre as vítimas da explosão. Entretanto a industria turística de Macau cancelou uma dezena de excursões para a Tailândia, decisão que afecta cerca de 250 pessoas e estará em vigor até domingo, 23 de Agosto.

Retrato-robô

Na segunda-feira, pelas 18:30 de Macau, uma bomba explodiu no templo Erawan que fica no coração da capital tailandesa, junto ao hotel de cinco estrelas Grand Hyatt Erawan, rodeado de vários outros hotéis e lojas que atraem milhares de visitantes diariamente. Entretanto a polícia tailandesa difundiu ontem o retrato-robô do principal suspeito do atentado, que foi filmado por câmaras de vigilância a deixar um saco no meio da multidão, em frente do santuário, alguns minutos antes da explosão. O porta-voz da polícia tailandesa, Prawut Thavornsiri, afirmou que o homem, não identificado, tem cabelo castanho e óculos escuros, podendo ser “estrangeiro ou tailandês”. Um mandado de captura vai ser emitido nas próximas horas, acrescentou.
Também ontem vários monges budistas lideraram orações para a reabertura do templo onde ocorreu o incidente, que já matou pelo menos 11 pessoas da China, Hong Kong, Singapura, Indonésia e Malásia. Mais de 100 pessoas ficaram feridas. Uma segunda explosão aconteceu no porto de Banguecoque, o qual, segundo as autoridades, poderá estar relacionada com a primeira. O Governo tailandês já associou o ataque a uma tentativa de bloquear a economia e o sector do turismo do país, sendo que motivos religiosos também poderão estar na origem do ataque.

20 Ago 2015

Galaxy com 66% de perdas nos lucros líquidos. Broadway lucrou 2 milhões em 35 dias

Em apenas 35 dias de funcionamento, o novo empreendimento da Galaxy Entertainment registou receitas na ordem dos 64 milhões de dólares, com lucros de 2 milhões, mesmo sem área VIP. No total, a operadora teve uma quebra nas receitas de 34% e de 66% nos lucros líquidos

[dropcap style=’circle’]D[/dropcap]ados divulgados ontem pela operadora de jogo Galaxy Entertainment revelam que a operadora registou no primeiro semestre do ano uma quebra nas receitas de 34%, tendo sido um total de 25,4 mil milhões de dólares de Hong Kong, enquanto que os lucros EBITDA (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foram de 4,2 mil milhões, uma quebra de 43% anuais. Quanto aos lucros líquidos, a queda foi de 66% até Junho, por comparação a 2014.
Apesar dos resultados, que não fogem à regra do que tem sido a tendência do mercado do jogo, a Galaxy destaca o sucesso da abertura do empreendimento Broadway Macau, no Cotai. Ao final de 35 dias de funcionamento, e sem ter ainda o segmento VIP, as receitas foram de 64 milhões de dólares de Hong Kong, enquanto que os lucros EBITDA se ficaram pelos dois milhões. Só no sector de jogo de massas as receitas foram de 37 milhões de dólares. A taxa de ocupação hoteleira deste empreendimento foi de 99%.

Desafio ganho

Lui Che Woo, presidente do Galaxy Entertainment Group, destacou os “incríveis resultados financeiros do primeiro semestre”, depois da “abertura dentro do calendário e do orçamento da fase 2 do Galaxy e do Broadway Macau”, e tendo em conta que “as condições do mercado em Macau mantém-se desafiantes”.
“O lançamento do Brodway Macau tem sido bem recebido e a maioria das comodidades do resort foram inauguradas dentro do tempo, sendo que as restantes áreas de jogo, retalho e comida e bebidas deverão ser inauguradas no final do ano”, escreve Lui Che Woo. “A contribuição (da Broadway Macau) traduziu-se na criação significativa de empregos e no apoio que tem dado às Pequenas e Médias Empresas (PME)”, acrescenta.
Na divulgação de resultados junto da bolsa de valores de Hong Kong, a operadora não deixou de referir algumas ideias quanto à revisão do Regime de Previsão e Controlo do Tabagismo. “Estamos satisfeitos por observar que o Governo de Macau deu sinais de alguma flexibilidade e mente aberta para a manutenção das salas de fumo. Permitir as salas de fumo poderia ser positivo para o mercado. As concessionárias de Jogo continuarão a trabalhar para alcançarem uma solução pragmática”, refere o comunicado.
Quanto ao futuro do sector do Jogo, a Galaxy mostra-se optimista. “Estamos satisfeitos por ver alguns indicadores de estabilização do mercado e de apoio do Governo, incluindo os sinais de flexibilidade em relação à manutenção das salas de fumo e na melhoria dos vistos individuais.”

20 Ago 2015

Tailândia | Governo da RAEM lamenta atentado e excursões são canceladas

Macau mostrou-se disponível para ajudar as autoridades tailandesas que se debatem com a explosão que assolou Banguecoque na passada segunda-feira. Wong Sio Chak pediu que os residentes em viagem tomassem precauções e as excursões já foram canceladas, pelo menos até domingo

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]s viagens de excursão de Macau para Banguecoque foram canceladas pelo menos até ao próximo domingo, devido ao mais recente ataque bombista que teve lugar em Banguecoque e que fez pelo menos 21 mortos. De acordo com a rádio Macau, o presidente da Associação de Indústria Turística de Macau, Wu Keng Kuong referiu que se decidiu pelo cancelamento das viagens depois de um entendimento entre o sector do turismo e as companhias de aviação.
O Governo da RAEM apresentou ontem as condolências e lamentou profundamente o ataque que teve lugar num templo da capital tailandesa. Também em Hong Kong foi tomada a decisão de cancelar as viagens em excursão, política que será seguida até final do mês.
De acordo com o Gabinete de Gestão de Crises do Turismo (GGCT) estão neste momento 400 residentes locais naquele país em 20 grupos de excursão. O Secretário para a Segurança, Wong Sio Chak pediu aos cidadãos para “ajustarem oportunamente o itinerário” da sua viagem.

Suspeito à vista

O Governo da Tailândia diz já ter suspeitos do ataque, depois de ter reunido um grupo inteiramente dedicado à investigação. O Primeiro-Ministro tailandês, Prayuth Chan-ocha confirmou ontem a criação de uma “sala de guerra” com um grupo especializado de altos oficiais do Governo. A ideia é determinar e capturar os responsáveis do ataque bombista. Ontem, as autoridades tailandesas revelaram estar à procura de um jovem que surge numa gravação de vídeo. “Hoje há um suspeito, que aparece nas câmaras de videovigilância, mas não é muito claro (…) Estamos à procura dele”, disse Prayut Chan-O-Cha, líder da junta militar que governa o país. Prayut acrescentou que o Governo acredita que o jovem pertença a um “grupo anti-governo com sede no nordeste da Tailândia”. Foi o Ministro da Defesa tailandês, Prawit Wongsuwan que deixou a promessa, em declarações à Reuters, de capturar os autores. “Ainda não sabemos quem fez isto e porquê, não estamos certos que tenha fundamentos políticos, mas pretendiam ferir a nossa economia e vamos caçá-los”, garantiu.
A intenção de criar um departamento deste tipo já havia sido expressa pelo Governo há dois dias, mas só ontem foi confirmada a sua criação, no canal televisivo nacional. Este é já tido como um dos mais violentos ataques no país desde a subida ao poder da frente militar que actualmente governa o país. A explosão, que aconteceu dentro do Templo de Erawan, ainda não foi reclamada por nenhum indivíduo ou entidade. Para além dos mortos, estima-se que haja mais de 120 feridos, de entre os quais cidadãos tailandeses, da Indonésia, Singapura, mas maioritariamente de Taiwan e da China continental.

Ajuda de fora

O porta-voz do Governo norte-americano, John Kirby confirmou à Reuters que ainda não recebeu qualquer pedido de ajuda pelas autoridades da Tailândia. Já o Departamento de Estado dos EUA veio a público referir que “ainda é muito cedo” para ter a certeza que se trata de um ataque terrorista.
De acordo com um artigo de Oliver Holmes, publicado no The Guardian, este é um dos mais fatais ataques desde que a junta militar está no Governo. Para o Ministro da Defesa da Tailândia, “os autores [do primeiro ataque] pretendiam destruir a economia e o turismo, porque o incidente teve lugar no coração de um distrito turístico”. Numa notícia da Reuters, Marko Cunningham, um paramédico neozelandês presente depois do ataque, referiu que o local “se parecia com um mercado de carne”, tendo acrescentado que a explosão deixou visível uma cratera de dois metros de largura. O paramédico estava a ajudar no serviço de ambulâncias de Banguecoque. “Havia corpos por todo o lado e alguns estavam desfeitos, era horrível”, disse. [quote_box_right]“Ainda não sabemos quem fez isto e porquê, não estamos certos que tenha fundamentos políticos, mas pretendiam ferir a nossa economia e vamos caçá-los”, Prawit Wongsuwan, Ministro da Defesa tailandês[/quote_box_right]

É sabido que as autoridades tailandesas têm vindo a lutar contra uma força muçulmana em desenvolvimento numa zona mais a sul, predominantemente dominada por uma comunidade budista. No entanto, de acordo com a mesma agência, é raro detectar ataques deste género perpetrados por este grupo fora da sua zona de incidência. Também um general do exército tailandês referiu, momentos depois do ataque, que este “não condizia com as tácticas utilizadas” pelo grupo de rebeldes do sul. Os grupos separatistas muçulmanos actuam com intensidade nas três regiões mais a sul do país, tendo causado mais de 6500 feridos desde 2004, mas Banguecoque não costuma, de acordo com as autoridades, ser uma localidade afectada.

No entanto, de acordo com a Reuters, há uma série de outros problemas políticos menos visíveis na Tailândia. “Enquanto as suspeitas iniciais podem recair sobre os separatistas muçulmanos do sul, a verdade é que a Tailândia tem sido, desde há uma década, espaço de conflitos intensos e alguns até violentos de poder entre diferentes facções políticas em Banguecoque”. Um dos mais recentes incidentes teve lugar num centro comercial de luxo onde explodiram duas bombas, mas sem fazer estragos de maior. [quote_box_left]“Havia corpos por todo o lado e alguns estavam desfeitos, era horrível”, Marko Cunningham, paramédico neozelandês[/quote_box_left]
De acordo com as explicações da agência, o ataque tinha o objectivo de chamar a atenção para o facto do país estar sob Lei Marcial. Por outro lado, o correspondente de Defesa e Diplomacia da BBC, Jonathan Marcus fala da possibilidade do ataque estar relacionado com os Uigures, uma comunidade muçulmana minoritária da China. “Eles queixam-se de que o Governo Central os persegue por motivos religiosos e culturais”, explica Marcus. A justificação do jornalista para a possibilidade do ataque ser da autoria de Uigures reside no facto das baixas terem sido maioritariamente chinesas. No entanto, Marcus também faz a ponte entre a milícia tailandesa e grupo do Estado Islâmico. A Tailândia encontra-se sobre o poder do exército militar local desde Maio do ano passado, após uma série de protestos violentos antigovernamentais terem tido lugar.

Segundo atentado

Ontem teve lugar um segundo ataque com um engenho explosivo a ser atirado de uma ponte perto da estação de metro de Sathorn, na capital tailandesa, mas sem notícia de feridos. A bomba detonada ontem explodiu dentro de água, mas as operações de barco mantêm-se. As autoridades asseguram que se trata de um “mecanismo explosivo improvisado”, numa zona de passagem de excursões chinesas. De acordo com o Ministro dos Transportes, ACM Prajin, a bomba detonada ontem é semelhante à do primeiro atentado.

19 Ago 2015

Governo quer baixar taxa de crescimento de veículos

O Conselho Consultivo do Trânsito reuniu ontem e o Executivo deixou a garantia de querer baixar a taxa anual de crescimento de veículos de 5% para 4%. Na calha estão mudanças no imposto de circulação e de importação, mas o director da DSAT não quis avançar pormenores

[dropcap style=’circle’]M[/dropcap]acau tem actualmente uma taxa de crescimento anual de 5% no número de veículos e não suportará mais esse valor, garantiu Raimundo do Rosário, Secretário para as Obras Públicas e Transportes, num debate recente na Assembleia Legislativa (AL). Ontem, à margem da 2ª sessão ordinária do Conselho Consultivo do Trânsito, o Governo confirmou que quer diminuir essa taxa em 1%, para 4% de crescimento anual.
“Vamos continuar a optimizar o transporte público, mas no que diz respeito ao transporte privado vamos controlar o aumento de veículos privados para 4% por ano. Esta é a nossa meta. Creio que com o abate dos veículos antigos e com inspecções mais rigorosas conseguimos diminuir o número de veículos privados”, explicou Lam Hin San, director dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT).[quote_box_left]“No que diz respeito ao transporte privado vamos controlar o aumento de veículos privados para 4% por ano. Esta é a nossa meta”, Lam Hin San, director dos Serviços para os Assuntos de Tráfego[/quote_box_left]
Para além disso, o Governo pretende aumentar os impostos de circulação de veículos e de importação, mas não avançou mais detalhes. “Estamos a fazer um estudo, quando chegar um tempo oportuno vamos avançar com a informação, porque isso também tem a ver com a revisão dos diplomas legais e não temos ainda uma ideia. Ainda estamos a discutir com outras entidades a possibilidade de aumentar o imposto de importação de veículos. Vamos tentar que antes de Janeiro do próximo ano já consigamos fazer uma revisão, mas não temos ainda uma resposta concreta”, adiantou Lam Hin San.

Haja saúde

Na calha estão também mudanças ao nível da inspecção de veículos. “Vamos fazer uma maior inspecção dos veículos motorizados já antigos para melhorar ainda mais a qualidade do ar. Os requisitos nas inspecções vão ser mais rigorosos”, garantiu o responsável.
Para travar o aumento do trânsito em Macau não basta, contudo, controlar o aumento de veículos privados. “A percentagem de uso dos transportes públicos é de 40% e esperamos que no futuro possamos aumentar a utilização do transporte público e melhorar o sistema pedonal”, disse o director da DSAT.
Raimundo do Rosário esteve disponível na reunião e mostrou-se aberto a responder a questões apenas relacionadas com o trânsito. Como o foco das questões se virou para os terrenos, o Secretário acabou por abandonar a zona de conferência sem adiantar mais detalhes sobre as futuras políticas do trânsito. [quote_box_right]“A percentagem de uso dos transportes públicos é de 40% e esperamos que no futuro possamos aumentar a utilização do transporte público e melhorar o sistema pedonal”, Lam Hin San[/quote_box_right]
Aos deputados da AL, Raimundo do Rosário caracterizou a questão do trânsito como sendo “complexa”. “Temos 240 mil veículos em 424 quilómetros (…) de facto, o trânsito é muito intenso e – tal como já referi – não sei se há em algum lado do mundo um perito que possa resolver este problema. Em Abril, já tinha dito que anualmente se verifica um aumento de cinco por cento e se continuarmos com esta subida no número de veículos não sei se o problema poderá ser resolvido. Por isso, o problema do trânsito em Macau é muito complexo. Está cada vez mais complicada a questão.”

Novos contratos de autocarros concluídos este ano

Por forma a aumentar o uso de transportes públicos em Macau, a DSAT continua a negociar com a Transmac e TCM a renovação dos contratos de concessão, por forma a melhorar o serviço. Sem adiantar detalhes do processo, Lam Hin San prometeu novidades ainda este ano. “Estamos a renovar os contratos, estamos a discutir os detalhes e um deles está na fase final de discussão. Nesta fase não é apropriado lançarmos mais informações. Serão lançadas informações muito em breve, ainda este ano, esse é o nosso objectivo.” A DSAT pretende reforçar a fiscalização das operadoras, mas não só. “O dinheiro é a parte mais difícil de discutir nestas questões. Queremos introduzir um novo modelo de contratos e queremos aumentar o nível do serviço e para que se utilize o erário público de forma razoável. As duas partes precisam de fazer ajustamentos e se calhar as exigências também vão ser diferentes, bem como a forma de cooperação”, rematou Lam Hin San.

19 Ago 2015

Ciberespaço | Criado programa para “diminuir dependência da internet”

[dropcap style=’circe’]“[/dropcap]Weconnect” é o tema do novo programa piloto criado pelo Gabinete Coordenador dos Serviços Sociais Sheng Kung Hui, que conta com apoio do Instituto de Acção Social (IAS) para ajudar jovens viciados na internet a minorar esta dependência. A este grupo, o colectivo de trabalho chama de Jovens Anónimos.
Numa conferência de imprensa realizada ontem, a chefe do Gabinete, Hoi San Ieng e a assistente social Cabell Hoi apresentaram o programa. Também a chefe da Divisão de Infância e Juventude do Instituto de Acção Social, Lao Kit Im interveio, lembrando que o IAS realizou uma investigação, em 2010, sobre a situação dos jovens anónimos em Macau, sem esquecer uma outra sobre as razões que levam a esta dependência do mundo online, realizada em 2012. Os resultados mostram que os jovens que levam uma vida sedentária e são viciados na internet podem ver o desenvolvimento dos seus estados físicos e psicológico alterados. Também a carreira e o estudos podem ser fortemente afectados.

[quote_box_right]“Preferia jogar no computador e experienciei um ano inteiro sem sair de casa nem contactar com outras pessoas e outras vezes jogava durante dois dias seguidos sem dormir”, A Wa, jovem dependente da net[/quote_box_right]
“Para reforçar a atenção, prevenção e os serviços prestados aos jovens anónimos e viciados na internet, o IAS escolheu o Gabinete Coordenador dos Serviços Sociais Sheng Kung Hui para realizar o programa piloto, com o objectivo de aumentar não só a sensibilização para uma vida saudável, como também para uma maior atenção ao comportamento dos filhos”, referiu Lao. A responsável disse ainda que o IAS vai fazer a avaliação e o acompanhamento do programa para obter dados importantes que servirão de referência.
A chefe do gabinete Hoi San Ieng citou dados dos inquéritos do IAS, mostrando existir cerca de 70 Jovens Anónimos entre 12 a 24 anos, mas os mesmos avançam que outros 1700 “podem ou têm potencial de vir a pertencer a este grupo”. Quanto à dependência da internet, os números revelam que 22,6% dos jovens já estão viciados nas redes sociais. Segundo uma investigação feita pelo mesmo Gabinete em Fevereiro passado, já existem cerca de 25 a 37 mil jovens com este tipo de vício. Conferência Internet
Cabell Hoi assegura: caso cinco ou mais questões tenham resposta positiva, há potencial de se ser viciado na internet. A assistente social acrescentou que o programa destina-se a jovens entre os 10 e os 24 anos que ficam sozinhos em casa e não participam nas actividades sociais nem mantêm comunicação com terceiros. É que, explica, este tipo de vício influencia a emoção, estudo e trabalho. Os serviços principais que o programa piloto presta incluem visitas às famílias de Jovens Anónimos, oferecendo aconselhamento tanto aos viciados como aos seus familiares. Além disso, os assistentes sociais vão, também através da internet, contactar os jovens como forma de intervir directamente no problema. O Facebook, Wechat e Whatsapp são três das plataformas escolhidas.

Exemplo verdadeiro

A Wa foi convidado pelo Gabinete para partilhar a sua história enquanto Jovem Anónimo. Tem 23 anos e é croupier, mas quando tinha 14 anos envolveu-se numa série de conflitos com os colegas e desde aí não quis mais fazer amigos nem sair de Macau. “Preferia jogar no computador e experienciei um ano inteiro sem sair de casa nem contactar com outras pessoas e outras vezes jogava durante dois dias seguidos sem dormir”, contou. A Wa não tinha boas relações familiares e a mãe queria que ele tratasse a sua dependência, mas o jovem não queria.
“Só quando os assistentes sociais do Gabinete Coordenador dos Serviços Sociais Sheng Kung Hui me contactaram é que participei em actividades no exterior e, passo a passo, fui jogando cada vez menos no computador e arranjei um trabalho. Acho que o aconselhamento dos pais é muito importante porque deram-me motivação para deixar o vício, não fugindo aos problemas através da internet”, rematou.

19 Ago 2015

Novas caras para chegam à PJ

[dropcap style=’circle’]U[/dropcap]m total de 63 investigadores criminais tomaram posse ontem iniciando assim as suas funções na Polícia Judiciária (PJ). “Com a diversificação social, aumento da população flutuante, ajustamento económico da RAEM, bem como a utilização cada vez mais frequente, na prática criminal, de técnicas e equipamentos sofisticados e com tendência ao carácter altamente organizado, transfronteiriço e oculto, ressaltou-se a necessidade da defesa mais eficiente de segurança pública”, indicaram as autoridades num comunicado enviado à imprensa.
Destes 63 investigadores, 39 possuem habilitação académica de licenciatura ou bacharelato, 13 dos quais são licenciados em Direito. Têm todos mais de oito anos de experiência na investigação criminal e são oriundos de várias subunidades, nomeadamente do Departamento de Investigação Criminal, Departamento de Investigação de Crimes relacionados com o Jogo e Económicos, Subgabinete de Macau da Interpol e do Grupo de Prevenção Criminal na Área da Habitação.
Alguns destes agentes receberam do Governo da RAEM a medalha de valor (atribuição colectiva), Menções de Mérito Excepcional (atribuições individuais) atribuídas pelo Secretário para a Segurança, bem como os louvores individuais e colectivos atribuídos por esta Polícia, indica a PJ. Depois de um curso de Acesso à Carreira de Investigador Criminal Principal, os 63 novos inspectores foram agora nomeados, numa cerimónia presidida por Chau Wai Kuong, director da PJ.

19 Ago 2015

Medicina Tradicional | Centro de cooperação entre Macau e OMS

[dropcap style=’circle]A[/dropcap] Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Governo de Macau vão criar um Centro de Cooperação de Medicina Tradicional Chinesa no território. A informação foi avançada ontem durante o Fórum sobre a Implementação de Estratégia para a Medicina Tradicional Chinesa da OMS, que contou com a participação de mais de 300 participantes de 27 países e regiões.
Esta plataforma dedicar-se-á maioritariamente a formação de especialistas e à cooperação internacional. “É um centro de acção de formação para as pessoas [aprenderem] como gerir os serviços de saúde na área da medicina tradicional chinesa. Não apenas para estrangeiros, responsáveis de governos, mas também para médicos locais. No fundo, para obterem uma educação contínua na área”, explicou, à Rádio Macau, o Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam.
Para o Secretário a medicina tradicional chinesa, à qual recorreu 28% da população local ao longo de 2014, é “muito útil na prevenção de doenças” e é através dos tratamentos da medicina tradicional que as pessoas “poderão viver melhor”.medicina chinesa
Alexis Tam referiu, que o novo centro e a assinatura do Acordo Suplementar de Cooperação na Medicina Tradicional Chinesa entre a Administração Estatal de Medicina Tradicional Chinês e o Governo de Macau, também assinado ontem, marcam o “desenvolvimento da medicina tradicional enquanto uma opção mais acessível no sistema de saúde local e na região da Ásia-Pacífico”. Para o representante do Governo o centro demonstra ainda a “confiança” da OMS na “competência e capacidade” de Macau para a promoção das medicinas alternativas, como a tradicional chinesa, que na cidade tem “muitos anos de aplicação”.

Ganhar terreno

Para Margaret Chan, Directora-geral da OMS, a medicina tradicional tem vindo a conquistar adeptos, já que entre os Estados membros da instituição que dirige, entre 1999 e 2012, passaram de 25 a 69 aqueles que definiram políticas sobre a medicina tradicional, aumentaram de 65 para 119 os que regularam a utilização de ervas no tratamento de pacientes e subiram de 19 para 73 aqueles que passaram a dispor de um centro de investigação de medicinas alternativas. [quote_box_right]“É um centro de acção de formação para as pessoas [aprenderem] como gerir os serviços de saúde na área da medicina tradicional chinesa. Não apenas para estrangeiros, responsáveis de governos, mas também para médicos locais”, Alexis Tam, Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura[/quote_box_right]

A mesma responsável lembrou também que muitas pessoas sem recursos e doentes não se deslocam a clínicas ou centros de urgência, “porque nenhum deles está disponível ou acessível”, recorrendo à medicina tradicional, “não como primeira escolha, mas como a única opção disponível”.
Já o Director da Administração Estatal de Medicina Tradicional Chinesa, Wang Guoqing, explicou que o desenvolvimento desta valência dos cuidados de saúde disponibiliza actualmente na China 3.590 hospitais com 600.000 camas.
No entanto, acrescentou, há que “potenciar a investigação para combinar os melhores elementos possíveis para prevenir doenças” para que a medicina cumpra o seu papel de “melhorar a qualidade de vida” das populações e garantir o maior número de beneficiários.
O Fórum, que se prolonga até sexta-feira, está subordinado ao tema “Como implementar as estratégias de medicina Tradicional da Organização Mundial de Saúde”.
Além do centro da OMS, Macau dispõe ainda de um laboratório criado pelas Universidades de Macau e de Ciência e tecnologia e do parque científico e industrial de medicina tradicional chinesa, criado no âmbito da cooperação com a província continental chinesa de Guangdong.

19 Ago 2015

IAS | Associação pede maior transparência na avaliação de deficiência

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] director executivo de Macau Special Olympics, Hetzer Siu, disse que cada vez menos portadores de deficiência estão a receber subsídios de deficiência, pelo que pede mais transparência no mecanismo de avaliação de deficiência do Instituto de Acção Social (IAS), ao invés do aumento dos subsídios. Foi na passada segunda-feira que o IAS anunciou o aumento do valor deste subsídio, que este ano será atribuído a 11,2 mil beneficiários.
Ao jornal Ou Mun, o director executivo concorda com o aumento de subsídio por considerar que se está a aproximar do nível da inflação. No entanto, referiu que o actual mecanismo de avaliação de deficiência do IAS está a adaptar novos mecanismos, que fazem com que cada vez mais portadores de deficiência mental ligeira, ao fazerem novos exames, percam a oportunidade de receber o subsídio por serem considerados mais avançados do que no último exame.
“Embora o IAS aumente sempre os montantes de subsídios, cada vez menos portadores de deficiência conseguem recebê-los e este é o grande problema”, determinou. Para Hetzer Siu, esta situação acontece devido à falta de transparência do mecanismo de avaliação. Para colmatar esse problema, diz, o IAS precisa de explicar claramente ao público qual o processo de avaliação do grau de deficiência. Se o nível de formação deste profissionais for elevado, Siu vai mais longe e pede que sejam auscultadas as opiniões de todas as partes interessadas.

19 Ago 2015

IAS | Sugerido subsídio para contratação de idosos

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] Governo está a pensar criar empresas sociais e atribuir subsídios às entidades que reempreguem idosos locais. Também uma associação sugeriu ontem que os jovens promovam um mercado de consumo direccionado para os mais velhos. Segundo o Jornal do Cidadão, o chefe do Departamento de Solidariedade Social do IAS, Choi Sio Un referiu que caso os idosos queiram voltar a trabalhar depois da reforma, existe a possibilidade, de acordo com um planeamento apresentado pelos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL). Este propõe um plano decenal com a consideração de atribuição de subsídios para instituições que pretendam reempregar idosos. Simultaneamente, o IAS quer criar empresas sociais. Choi exemplificou com o caso de restaurantes da responsabilidade de instituições sem fins lucrativos, para os quais serão desenhados regulamentos relativos à contratação de idosos. A medida permite assim que estas pessoas tenham uma nova oportunidade de ganhar um salário mensal.
O Grupo Interdepartamental de Estudo do Mecanismo de Protecção dos Idosos está a realizar consultas públicas sobre o mecanismo de protecção dos idosos até dia 12 de Setembro.
Também Sze Lau, vice-presidente da União Geral das Associações dos Moradores de Macau (UGAMM) sugeriu que o Executivo proponha aos jovens empreendedores locais a criação de um ‘Silver Market’, local dedicado à venda de produtos consumidos pela camada mais velha da população. “Actualmente muitos jovens criam negócios. Será possível fazer com que eles conheçam mais sobre este tipo de negócios? Isto pode ser uma coisa com futuro, tendo em conta o envelhecimento da população”, referiu.

18 Ago 2015

Deputada quer habitação pública à entrada da Taipa

A deputada Ella Lei questionou o Governo sobre a ausência de aproveitamento de um terreno localizado à entrada da Taipa, cuja concessão caducou em 2008. Nessa área, a deputada acredita que poderia ser construída mais habitação pública

[dropcap style=’circle’]N[/dropcap]a década de 90 chegou a ser pensado para a construção de um parque temático com semelhanças ao Ocean Park de Hong Kong, o qual teria a designação de “Parque do Mundo Marítimo” e iria atrair mais de um milhão de visitantes por ano. Contudo, anos depois, o terreno situado na Estrada Marques Esparteiro, à entrada da Taipa, continua por aproveitar, sendo muitas vezes destinado à queima de panchões por altura do ano novo chinês. A concessão do terreno caducou em 2008.
Ella Lei defende, na sua interpelação escrita entregue ao Governo, que os residentes de Macau têm necessidades urgentes de mais habitação pública, defendendo que o terreno poderia ter esse fim. A deputada lembrou as recentes declarações do Governo quanto à falta de terrenos como argumento para não responder às necessidades da população.
“Segundo um anexo onde estão as plantas de concessão dos terrenos de Macau de 2008 na Lei de Terras e a proposta de revisão dos regulamentos preliminares, o prazo de arrendamento desse terreno expirou nesse ano. Há dúvidas se esse lote já está na lista dos terrenos desocupados ou se estão a ser levados a cabo processos de recuperação”, escreveu a deputada.

Urgente dar uso

Para Ella Lei, o Governo deveria tratar com prioridade os 18 terrenos que estão desocupados para resolver em tempo oportuno as dificuldades de habitação em Macau. A deputada pede ao Governo para tratar rapidamente dos processos referentes a esses lotes, incluindo os que dizem respeito a declarações de caducidade e recuperação. Ella Lei quer que o Executivo “implemente um calendário de trabalhos claro”, por forma a evitar mais demoras. A deputada lembrou que até ao momento nenhum desses terrenos foi recuperado, tendo mostrado dúvidas sobre o projecto do parque marítimo.
Já em 2009 o deputado Au Kam San havia questionado o Executivo sobre o projecto, por forma a saber se o terreno em causa pertencia à Universidade de Macau. Em nota oficial, o Governo garantiu que o espaço serviria para um parque temático que iria ligar a Taipa ao novo aterro na zona norte da Taipa. O terreno serviria “para conectar o trânsito, infra-estruturas e instalações públicas das duas áreas, aliviando a pressão sobre o trânsito”. Ficou a promessa de que “os organismos de transportes e obras públicas irão acompanhar os trabalhos ligados ao projecto”.

18 Ago 2015

IAS | Conselho de avaliação de deficiência só em 2017

IAS vai ter um conselho de especialistas inteiramente dedicados à avaliação da deficiência, mas só em 2017. Segundo o relatório de uma Comissão especializada, o sistema actual precisa de várias mudanças e menos burocracia. Também o subsídio de invalidez vai ser aumentado

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] Instituto de Acção Social (IAS) vai mesmo criar um conselho de especialistas dedicado à avaliação do grau da deficiência em Macau, mas só entre o próximo ano e 2017. A informação chegou ontem através do chefe do Departamento de Solidariedade Social, Choi Sio Un, que falou com os jornalistas à margem da primeira sessão plenária da Comissão para os Assuntos de Reabilitação. A sugestão de criar um conselho deste teor foi feita no relatório final de uma revisão que o Executivo encomendou ao Grupo Especializado de Peritos da Federação das Pessoas com Deficiência da China, com Qiu Zhuoying a carga das operações. “Propõe-se que seja constituída uma comissão composta por especialistas da avaliação de diversos tipos de deficiência, incumbida de criar uma estrutura de apoio técnico à avaliação”, esclarece o IAS, pela voz do grupo de trabalho. Ainda neste âmbito, o mesmo colectivo sugere que as unidades avaliadoras troquem informações entre si, como se de um grupo interdepartamental se tratasse, “para incrementar ainda mais a permuta de experiências”. Por sua vez, no seio deste grupo deverão ser seleccionados alguns funcionários que lidem somente com a questão das avaliações. Outra das sugestões que teve bastante eco junto do IAS foi a necessidade de criar mais sistemas de transportes de pessoas com deficiência, como os shuttle bus. Ontem, Choi assegurou que “o Governo vai pensar nisso”.

Mudar de rumo

A revisão teve início em 2013 e só agora foi concluída, mas a lista de sugestões é vasta. Entre elas está a clarificação da redacção legislativa que regula os critérios de avaliação de deficiência, seguidas pelo IAS. Também a deficiência mental deve seguir novos trâmites, de acordo com indicações da nova versão de um documento oficial da Associação Americana de Psiquiatria, o mesmo acontecendo com pessoas com problemas de audição. Entre as recomendações estão uma série de acções que deverão vir a facilitar os trabalhos e métodos burocráticos da avaliação da deficiência de residentes na RAEM. Outra das sugestões é a criação de um serviço one-stop inteiramente dedicado à avaliação do grau de deficiência, mas tanto o grupo de trabalho como o Executivo admitiram ontem ser impossível implementar tal medida para já, pelo que se espera que seja uma tarefa a desenvolver a partir de finais de 2017. Este envolve uma série de recursos humanos e técnicos de que neste momento, de acordo com o relatório, Macau não dispõe.

Autismo no cartão de portador de deficiência este ano

Os cidadãos que sofram de autismo vão ter, já a partir deste ano, uma nota no seu Cartão de Registo de Avaliação de Deficiência que designa a doença da qual padecem, por “forma a corresponder à expectativa e à preocupação dos encarregados de educação dos autistas”, mas não só: outro dos objectivos é permitir uma maior inclusão no mercado de trabalho, no sentido de maximizar a aceitação por parte dos empregadores, diminuindo o preconceito que envolve as pessoas com deficiência. “A sugestão relativa à menção de ‘autismo’ no Cartão de Registo de Avaliação de Deficiência das pessoas com autismo e entre outras que são possíveis de accionar de imediato, serão concretizadas em 2015”, assegurou ontem o IAS.

Deficientes | Autocarros do IAS com horário estendido

O Instituto de Acção Social vai prolongar o horário de funcionamento dos autocarros que servem para transportar os utentes de reabilitação das suas casas para os centros de saúde ou hospital até às 18h00. No entanto, de acordo com o chefe do Departamento de Solidariedade Social, Choi Sio Un, o horário pode mesmo estender-se até às 19h15. O IAS está ainda a ponderar a introdução, na sua frota, de mais autocarros de reabilitação, com o intuito de fazer deslocações entre a casa dos utentes e os centros de saúde e hospitais. No entanto, o IAS também vai criar um serviço – desta feita, pago – de aluguer de veículos para a organização de actividades e que podem ser requeridos por associações ou outros grupos. A ideia é promover a participação dos cidadãos com deficiência neste tipo de actividades. Além disso, está em estudo a criação de um regime de shuttle bus para transporte de pessoas com deficiência. À semelhança do que já acontece com os autocarros das operadoras, estes estão devidamente equipados para fazer deslocações com pessoas com problemas, mas saem de um determinado sítio a horas certas. Esta foi uma das sugestões de um estudo sobre o sistema de avaliação de deficiência em vigor na região. O chefe de departamento disse ainda haver necessidade de aumentar a frota em cerca de dois autocarros, que actualmente conta com nove.

Subsídios de invalidez aumentados até Dezembro

Os mais de 11,2 mil beneficiários dos subsídios de invalidez normal e especial verão os montantes – atribuídos anualmente em Outubro – aumentados ainda este ano em 500 e cerca de 1000 patacas, respectivamente. Os números do Governo apontam para um gasto de mais de 117 milhões de patacas na atribuição desta ajuda. De acordo com as previsões do IAS, o número de portadores de deficiência registados aumentou desde o ano passado, beneficiando do subsídio normal mais de 6700 pessoas e do especial, cerca de 4400. No subsídio normal serão gastos 50,6 milhões de patacas e no especial, 67 milhões. Os beneficiários do subsídio normal recebem este ano 7500 patacas e os do especial têm direito a 14 mil.

18 Ago 2015

União dos Empregadores Domésticos em protesto

[dropcap style=’circle’]D[/dropcap]epois de tornado público o caso de uma empregada doméstica vietnamita indiciada por maus tratos a um bebé de dois meses, a associação “União dos Empregadores Domésticos de Macau” vai realizar uma manifestação, na praça Tap Seac, no dia 30 de Agosto, contra esta classe trabalhadora.
O objectivo é claro: “convocar o Governo para o problema de maus tratos que envolvem as empregadas domésticas”, defende a associação. Foi através da página do Facebook, da própria associação, que foi emitido um comunicado recordando o caso do bebé do qual a empregada doméstica estava responsável. Segundo a investigação da Polícia Judiciária (PJ) tornada pública, existem provas de que a empregada abanou e bateu com a cabeça do bebé contra um objecto “pelo menos três vezes”.
“Sendo pais, quando tivemos conhecimento desta notícia de maus tratos, sentimos a dor de como se do nosso filho se tratasse. É absolutamente irritante. Como é que vamos suportar mais estes tipo de actos ilegais das empregadas domésticas nas nossas famílias?”, argumenta a associação.
Com isto, a união apela a que todos os residentes de Macau participem no seu protesto, que irá percorrer o caminho da praça do Tap Seac até à Sede do Governo. A associação quer ainda solicitar ao Governo que sejam elaboradas lei independentes para supervisionar as empregadas domésticas estrangeiras, acelerando ainda os procedimentos jurídicos para os crimes cometidos por esta classe trabalhadora.

Empregadores contra

Questionadas sobre a participação na manifestação, mães e empregadoras foram claras na sua posição: não vão participar num momento que dizem “injusto” para as empregadas domésticas.
“Como posso participar nessa manifestação? Compreendo o motivo, mas é um caso, que ainda não está confirmado, em mil. Tenho empregada há muito tempo e ela a única coisa que faz é tornar a minha vida mais fácil aqui em Macau. Já são vítimas de baixos salários, não concordo nada com esta manifestação”, argumentou Adriana Lucas ao HM.
Isabel Castro, mãe de uma criança de dois anos, tem empregada doméstica a cuidar da sua filha, defende que “utilizar este caso para generalizar, ou ir contra, as empregadas domésticas não é justo, nem sensato por não ser um acontecimento frequente em Macau, não é uma realidade que possa ser generalizada”.
“Sem colocar em causa a dor que esta família está a sentir, estamos perante uma alegada agressora, portanto até a justiça decidir, até existir uma decisão de um tribunal, não me sinto no direito de julgar a empregada”, começa por defender, sublinhando que em todas as profissões “há boas e más pessoas”, aplicando a qualquer área.
É importante, para esta progenitora, há de facto necessidade de haver “um recrutamento sério e mecanismos que façam com que os empregadores possam ter garantias de quem estão a empregar”, por estamos a falar de uma profissão que implicar colocar alguém, que é estranho, dentro da sua própria casa e a tomar conta dos seus filhos.
“Concordo que existam mecanismos, nomeadamente dentro das agências [de recrutamento] que possam dar garantias mínimas a quem contrata”, remata, sublinhando que infelizmente “já existe um sentimento muito complicado em relação aos trabalhadores que vêm de fora”. Este tipo de iniciativas, remata, podem avolumar o clima de tensão entre as partes envolvidas.

18 Ago 2015