UM | Mais de 90% dos cursos da UM estão a ser ministrados online

Apesar do Covid- 19, o ensino não parou. O HM acompanhou um aluno da Universidade de Macau (UM) durante uma aula leccionada à distância, incluída no programa de Estudos Portugueses. A UM afirma que os professores tiveram formação específica para o efeito e admite, caso necessário, promover aulas de compensação quando o surto terminar

 

[dropcap]A[/dropcap] aula é em português. Hoje é dia de gramática e a matéria é o Pretérito Perfeito do Conjuntivo. Carson, tenta encontrar o melhor ângulo na mesa da sala para posicionar o computador e enquadrar-se na imagem. Faltam cinco minutos para as 13 horas. Como ele, toda uma turma do curso de Estudos Portugueses prepara-se para mais uma aula da cadeira de compreensão escrita. Cada um em sua casa.

Desde que as aulas foram suspensas como medida de prevenção ao combate do novo tipo de coronavírus, têm sido várias as instituições de ensino superior e não superior que optaram por recorrer a plataformas de ensino à distância para dar continuidade aos seus planos de estudo. Ainda sem data prevista para o retorno à normalidade, a Universidade de Macau (UM) é um dos estabelecimentos de ensino que tem seguido as orientações do Governo para fazer face ao combate epidémico e ministrar aulas online. Ao HM, a UM esclareceu mesmo que mais 90 por cento das licenciaturas e pós-graduações estão actualmente a ser ministradas online e que todos os alunos dos cursos têm assistido às aulas a partir de casa.

Carson é residente de Macau, e está no segundo ano da licenciatura. No computador, um documento com apontamentos sobre a matéria fornecido pelo professor ocupa lugar de destaque no ecrã. O professor, numa janela do lado direito do ecrã, mais pequena, vai dando a aula em directo, também ele em sua casa. Os alunos, podem a qualquer momento colocar questões e interagir durante a lição. “Ao todo são 23 alunos na mesma ‘sala de aula’”, partilhou Carson com o HM. “Tenho aulas duas vezes por dia, uma sobre compreensão escrita e outra sobre compreensão oral”, acrescenta.

Acerca do sistema que está a ser implementado face ao novo tipo de coronavírus, o estudante da UM mostra-se satisfeito e diz mesmo existirem algumas vantagens. “Sinto que consigo aprender e que o sistema está a funcionar porque fazemos execícios todos os dias e acho que são os mesmos que faríamos se fossemos à Universidade. Até agora tenho gostado muito do sistema até porque poupo tempo e posso fazer mais coisas em casa”.

Professores preparados

Para tornar o ensino à distância possível, a UM está a usar várias estratégias pedagógicas, sendo a principal, a utilização da plataforma de formação à distância “Moodle”, em conjunto com o software de videoconferência “Zoom”. Do tipo de aulas que os alunos podem aceder fazem parte as aulas em directo, em que professores e alunos estão ao mesmo tempo conectados (aulas síncronas) e aulas desfazadas temporalmente (ou assíncronas), em que o professor prepara materiais que os alunos podem aceder mais tarde.

“Solicitamos aos professores que proporcionem aulas síncronas e assíncronas através da ferramenta Zoom ou que carreguem materiais de aprendizagem como PowerPoints narrados ou gravações de áudio das lições (…) na ferramenta Moodle, uma popular plataforma de ensino e aprendizagem subscrita pela nossa e por muitas outras universidades”, explicou a Universidade de Macau ao HM.

O estudante da UM comprova isso mesmo, referindo que, apesar de a maior parte das aulas serem em directo, existem também muitos vídeos disponíveis online e que as aulas podem ser revisitadas mais tarde.

“Todas as aulas são gravadas e depois são disponibilizadas na internet. Por isso podemos vê-las todas as vezes que quisermos, se tivermos perdido ou não tenhamos percebido alguma coisa”, explicou.

A UM assegurou que devido à situação do ensino à distância, os professores receberam formação específica, ministrada pelo CTLE (Centre for Teaching and Learning Enhancement), para além de terem sido fornecidas “orientações e demonstrações em vídeo” para ensinar os docentes a utilizar as plataformas e a adicionar narrações às apresentações.

A repetir

Sobre o eventual impacto que as aulas à distância, ou melhor dizendo, a não frequência de aulas presenciais, podem vir a ter na aprendizagem e na aquisição de conhecimentos por parte dos alunos, Carson admite que não é o ideal mas, dada a situação, acredita que não irá afectar a sua aprendizagem.

“Estudo menos do que antes e isso não é propriamente bom. No entanto acho que a escola está a fazer um bom trabalho e acho que os conteúdos que estamos a aprender são exactamente os mesmos que estaríamos a receber em sala de aula. Por isso acredito que não irá afectar o processo de aprendizagem durante este ano lectivo”, partilhou o aluno de Estudos Portugueses da UM.

Por seu turno, a UM afirmou a este jornal que após a terminada a suspensão irá “reunir o feedback de estudantes e alunos” e, caso venha a ser necessário, irá “oferecer aulas de compensação para assegurar que os padrões de qualidade do ensino estão de acordo com o habitual”.

Olhando para o futuro, a Universidade de Macau está optimista que a utilização de ferramentas de ensino à distância “irá crescer após terminada a crise” como suporte ao ensino regular, pois a situação está a possibilitar que, sobretudo, muitos professores “estejam a ter um primeiro contacto com várias ferramentas de formação online”.

19 Fev 2020

UM | Mais de 90% dos cursos da UM estão a ser ministrados online

Apesar do Covid- 19, o ensino não parou. O HM acompanhou um aluno da Universidade de Macau (UM) durante uma aula leccionada à distância, incluída no programa de Estudos Portugueses. A UM afirma que os professores tiveram formação específica para o efeito e admite, caso necessário, promover aulas de compensação quando o surto terminar

 
[dropcap]A[/dropcap] aula é em português. Hoje é dia de gramática e a matéria é o Pretérito Perfeito do Conjuntivo. Carson, tenta encontrar o melhor ângulo na mesa da sala para posicionar o computador e enquadrar-se na imagem. Faltam cinco minutos para as 13 horas. Como ele, toda uma turma do curso de Estudos Portugueses prepara-se para mais uma aula da cadeira de compreensão escrita. Cada um em sua casa.
Desde que as aulas foram suspensas como medida de prevenção ao combate do novo tipo de coronavírus, têm sido várias as instituições de ensino superior e não superior que optaram por recorrer a plataformas de ensino à distância para dar continuidade aos seus planos de estudo. Ainda sem data prevista para o retorno à normalidade, a Universidade de Macau (UM) é um dos estabelecimentos de ensino que tem seguido as orientações do Governo para fazer face ao combate epidémico e ministrar aulas online. Ao HM, a UM esclareceu mesmo que mais 90 por cento das licenciaturas e pós-graduações estão actualmente a ser ministradas online e que todos os alunos dos cursos têm assistido às aulas a partir de casa.
Carson é residente de Macau, e está no segundo ano da licenciatura. No computador, um documento com apontamentos sobre a matéria fornecido pelo professor ocupa lugar de destaque no ecrã. O professor, numa janela do lado direito do ecrã, mais pequena, vai dando a aula em directo, também ele em sua casa. Os alunos, podem a qualquer momento colocar questões e interagir durante a lição. “Ao todo são 23 alunos na mesma ‘sala de aula’”, partilhou Carson com o HM. “Tenho aulas duas vezes por dia, uma sobre compreensão escrita e outra sobre compreensão oral”, acrescenta.
Acerca do sistema que está a ser implementado face ao novo tipo de coronavírus, o estudante da UM mostra-se satisfeito e diz mesmo existirem algumas vantagens. “Sinto que consigo aprender e que o sistema está a funcionar porque fazemos execícios todos os dias e acho que são os mesmos que faríamos se fossemos à Universidade. Até agora tenho gostado muito do sistema até porque poupo tempo e posso fazer mais coisas em casa”.

Professores preparados

Para tornar o ensino à distância possível, a UM está a usar várias estratégias pedagógicas, sendo a principal, a utilização da plataforma de formação à distância “Moodle”, em conjunto com o software de videoconferência “Zoom”. Do tipo de aulas que os alunos podem aceder fazem parte as aulas em directo, em que professores e alunos estão ao mesmo tempo conectados (aulas síncronas) e aulas desfazadas temporalmente (ou assíncronas), em que o professor prepara materiais que os alunos podem aceder mais tarde.
“Solicitamos aos professores que proporcionem aulas síncronas e assíncronas através da ferramenta Zoom ou que carreguem materiais de aprendizagem como PowerPoints narrados ou gravações de áudio das lições (…) na ferramenta Moodle, uma popular plataforma de ensino e aprendizagem subscrita pela nossa e por muitas outras universidades”, explicou a Universidade de Macau ao HM.
O estudante da UM comprova isso mesmo, referindo que, apesar de a maior parte das aulas serem em directo, existem também muitos vídeos disponíveis online e que as aulas podem ser revisitadas mais tarde.
“Todas as aulas são gravadas e depois são disponibilizadas na internet. Por isso podemos vê-las todas as vezes que quisermos, se tivermos perdido ou não tenhamos percebido alguma coisa”, explicou.
A UM assegurou que devido à situação do ensino à distância, os professores receberam formação específica, ministrada pelo CTLE (Centre for Teaching and Learning Enhancement), para além de terem sido fornecidas “orientações e demonstrações em vídeo” para ensinar os docentes a utilizar as plataformas e a adicionar narrações às apresentações.

A repetir

Sobre o eventual impacto que as aulas à distância, ou melhor dizendo, a não frequência de aulas presenciais, podem vir a ter na aprendizagem e na aquisição de conhecimentos por parte dos alunos, Carson admite que não é o ideal mas, dada a situação, acredita que não irá afectar a sua aprendizagem.
“Estudo menos do que antes e isso não é propriamente bom. No entanto acho que a escola está a fazer um bom trabalho e acho que os conteúdos que estamos a aprender são exactamente os mesmos que estaríamos a receber em sala de aula. Por isso acredito que não irá afectar o processo de aprendizagem durante este ano lectivo”, partilhou o aluno de Estudos Portugueses da UM.
Por seu turno, a UM afirmou a este jornal que após a terminada a suspensão irá “reunir o feedback de estudantes e alunos” e, caso venha a ser necessário, irá “oferecer aulas de compensação para assegurar que os padrões de qualidade do ensino estão de acordo com o habitual”.
Olhando para o futuro, a Universidade de Macau está optimista que a utilização de ferramentas de ensino à distância “irá crescer após terminada a crise” como suporte ao ensino regular, pois a situação está a possibilitar que, sobretudo, muitos professores “estejam a ter um primeiro contacto com várias ferramentas de formação online”.

19 Fev 2020

PJ | Apreendida cocaína no valor de 6,8 milhões de patacas

[dropcap]D[/dropcap]uas mulheres de nacionalidade guineense foram interceptadas à chegada a Macau, por transportar no corpo pequenos sacos de cocaína, com valor total de 6,8 milhões de patacas. A informação foi divulgada ontem pela Polícia Judiciária através de um comunicado enviado ao HM.

As duas mulheres foram detidas na passada segunda-feira por volta das duas da manhã quando, à saída de um voo proveniente de Banguecoque, o aparelho de raio-x mostrou que ambas possuíam inúmeros objectos ovais escondidos em cavidades corporais. De acordo com a PJ, as mulheres acabaram por admitir que os objectos serviam o propósito de transportar droga e que no dia 14 de Fevereiro apanharam um voo da Guiné em direcção à Etiópia, local onde terão engolido os invólucros.

As duas mulheres foram de imediato levadas para o hospital onde, após 18 horas, foram retirados, respectivamente, 54 e 76 pacotes de cocaína que estavam no interior dos seus corpos. Segundo a PJ, a cocaína transportada pelas mulheres pesava, no total, 2,08 kg e o seu valor estimado é de 6,8 milhões de patacas.

A PJ informou ainda que as duas mulheres terão cometido o crime devido a problemas financeiras, tendo recebido 1800 dólares americanos antes de deixarem a Guiné e ter-lhes sido prometido o pagamento de mais quatro mil, aquando do seu regresso. As duas mulheres foram enviadas ontem para o Ministério Público.

Segundo a PJ, a detenção das duas mulheres vem no seguimento do reforço do patrulhamento dos passageiros que chegam a Macau, pois “muitos traficantes internacionais tentam fazer entrar droga nesta altura, por acreditarem que as autoridades estão ocupadas a lidar com o surto do Covid-19″.

19 Fev 2020

PJ | Apreendida cocaína no valor de 6,8 milhões de patacas

[dropcap]D[/dropcap]uas mulheres de nacionalidade guineense foram interceptadas à chegada a Macau, por transportar no corpo pequenos sacos de cocaína, com valor total de 6,8 milhões de patacas. A informação foi divulgada ontem pela Polícia Judiciária através de um comunicado enviado ao HM.
As duas mulheres foram detidas na passada segunda-feira por volta das duas da manhã quando, à saída de um voo proveniente de Banguecoque, o aparelho de raio-x mostrou que ambas possuíam inúmeros objectos ovais escondidos em cavidades corporais. De acordo com a PJ, as mulheres acabaram por admitir que os objectos serviam o propósito de transportar droga e que no dia 14 de Fevereiro apanharam um voo da Guiné em direcção à Etiópia, local onde terão engolido os invólucros.
As duas mulheres foram de imediato levadas para o hospital onde, após 18 horas, foram retirados, respectivamente, 54 e 76 pacotes de cocaína que estavam no interior dos seus corpos. Segundo a PJ, a cocaína transportada pelas mulheres pesava, no total, 2,08 kg e o seu valor estimado é de 6,8 milhões de patacas.
A PJ informou ainda que as duas mulheres terão cometido o crime devido a problemas financeiras, tendo recebido 1800 dólares americanos antes de deixarem a Guiné e ter-lhes sido prometido o pagamento de mais quatro mil, aquando do seu regresso. As duas mulheres foram enviadas ontem para o Ministério Público.
Segundo a PJ, a detenção das duas mulheres vem no seguimento do reforço do patrulhamento dos passageiros que chegam a Macau, pois “muitos traficantes internacionais tentam fazer entrar droga nesta altura, por acreditarem que as autoridades estão ocupadas a lidar com o surto do Covid-19″.

19 Fev 2020

Aviação | Governo diz respeitar posição de companhias aéreas

[dropcap]O[/dropcap] Governo diz respeitar a posição de algumas companhias aéreas que continuam com voos suspensos para Macau, apesar do território não registar novos casos de infecção com o novo coronavírus há mais de uma semana e da maioria dos doentes infectados já ter tido alta. Tal medida tem vindo a afectar muitos trabalhadores migrantes que vivem em Macau e que não conseguem regressar aos seus países de origem.

“O Governo da RAEM verificou que alguns países e regiões suspenderam voos para Macau e, devido ao ajustamento de voos por companhias aéreas, cerca de 400 trabalhadores e visitantes filipinos que se encontram em Macau manifestaram que não conseguir regressar ao seu país de origem por motivo do termo do contrato ou finda da viagem.”

Nesse sentido, “o Governo respeita as disposições das companhias aéreas em resposta à redução do tráfego de passageiros, daí que os cidadãos dos países e regiões em causa podem optar por regressar ao seu país de origem fazendo escala em outros locais”.

O mesmo comunicado dá conta que, “até ao momento, todos os voos entre Macau e as Filipinas foram cancelados até Março, enquanto em Hong Kong há três voos diários para Manila e voos para Cebu todas as sextas-feiras”.

19 Fev 2020

Aviação | Governo diz respeitar posição de companhias aéreas

[dropcap]O[/dropcap] Governo diz respeitar a posição de algumas companhias aéreas que continuam com voos suspensos para Macau, apesar do território não registar novos casos de infecção com o novo coronavírus há mais de uma semana e da maioria dos doentes infectados já ter tido alta. Tal medida tem vindo a afectar muitos trabalhadores migrantes que vivem em Macau e que não conseguem regressar aos seus países de origem.
“O Governo da RAEM verificou que alguns países e regiões suspenderam voos para Macau e, devido ao ajustamento de voos por companhias aéreas, cerca de 400 trabalhadores e visitantes filipinos que se encontram em Macau manifestaram que não conseguir regressar ao seu país de origem por motivo do termo do contrato ou finda da viagem.”
Nesse sentido, “o Governo respeita as disposições das companhias aéreas em resposta à redução do tráfego de passageiros, daí que os cidadãos dos países e regiões em causa podem optar por regressar ao seu país de origem fazendo escala em outros locais”.
O mesmo comunicado dá conta que, “até ao momento, todos os voos entre Macau e as Filipinas foram cancelados até Março, enquanto em Hong Kong há três voos diários para Manila e voos para Cebu todas as sextas-feiras”.

19 Fev 2020

Casinos | Analistas dizem que fecho pode trazer exigências às operadoras

Os casinos abrem portas esta quinta-feira. Analistas consideram que a crise causada pelo surto do novo coronavírus pode levar a novas exigências das operadoras de jogo, relacionadas com medidas para lidar com crises semelhantes no futuro

 

[dropcap]A[/dropcap]nalistas admitiram esta terça-feira, a pouco mais de 24 horas da reabertura dos casinos, que podem surgir novas reivindicações das concessionárias para as licenças de jogo, em 2022, para se precaverem de situações excepcionais como o surto do novo coronavírus.

O analista de jogo David Green disse à Lusa que “esta interrupção afectará a nova licitação ou renegociação das concessões dos casinos”, numa referência à decisão tomada, em 4 de Fevereiro, pelo Governo de fechar os casinos durante 15 dias.

“Os operadores de jogo estarão muito menos inclinados a assumir compromissos adicionais de investimento ou a pagar uma grande taxa inicial pela atribuição de uma nova concessão”, frisou o fundador da consultora especializada em regulação de jogos em Macau Newpage Consulting.

Já o economista José Luís de Sales Marques apontou ser ainda cedo para prever alterações que podem constar no caderno de encargos, ou até na própria lei.

“Agora, sem dúvida, qualquer investidor reage perante os dados que são o histórico da sua actividade e também o que eles prevêem que seja o futuro. E o facto de os casinos estarem fechados não constava do histórico da actividade do jogo em Macau”, sublinhou.

“A partir de agora passa a fazer parte do histórico e, portanto, isso vai ter algumas implicações, quer queiramos, quer não”, frisou o presidente do Instituto de Estudos Europeus (IEE).

Crise prolongada

A atribuição de novas licenças na capital mundial do jogo será feita em 2022, tendo o Governo prometido a realização de um concurso público. O território é o único local na China onde o jogo em casino é legal, contando seis concessionárias e subconcessionárias, Sociedade de Jogos de Macau, fundada pelo magnata Stanley Ho, Galaxy, Venetian (Sands China), Melco Resorts, Wynn e MGM.

O Governo de Macau deu aos casinos um período de transição de 30 dias, a partir da meia-noite de hoje para poderem começar a abrir as portas. Findo esse período, todos os casinos devem estar abertos, indicou. As operadoras de jogo, que durante os 15 dias de encerramento dos casinos perderam 1,5 mil milhões dólares, segundo agência de notação financeira Fitch Rating, vão continuar com receitas muito baixas a curto prazo, devido ao reduzido número de turistas no território, sustentaram analistas ouvidos pela Lusa.

“Acho que tanto o mercado VIP [grandes apostadores] quanto o de massas serão fortemente afectados durante este tempo”, afirmou à Lusa o director do Centro de Pesquisa e Ensino do Jogo do IPM, Changbin Wang.

Uma situação que se vai manter após o surto em Macau ficar controlado, frisou. “Não consigo ver o sinal de recuperação rápida. A economia chinesa vai desacelerar ainda mais”, defendeu.

Também David Green disse acreditar que os danos económicos infligidos pelo surto de coronavírus afectarão significativamente o jogo de massas”, mas também o mercado das grandes apostas “por medo de serem expostos a infeções ou serem involuntariamente colocados em quarentena”. Em 2019, os casinos obtiveram receitas de 292,46 milhões de patacas, menos 3,4 por cento do que no ano anterior.

19 Fev 2020

Casinos | Analistas dizem que fecho pode trazer exigências às operadoras

Os casinos abrem portas esta quinta-feira. Analistas consideram que a crise causada pelo surto do novo coronavírus pode levar a novas exigências das operadoras de jogo, relacionadas com medidas para lidar com crises semelhantes no futuro

 
[dropcap]A[/dropcap]nalistas admitiram esta terça-feira, a pouco mais de 24 horas da reabertura dos casinos, que podem surgir novas reivindicações das concessionárias para as licenças de jogo, em 2022, para se precaverem de situações excepcionais como o surto do novo coronavírus.
O analista de jogo David Green disse à Lusa que “esta interrupção afectará a nova licitação ou renegociação das concessões dos casinos”, numa referência à decisão tomada, em 4 de Fevereiro, pelo Governo de fechar os casinos durante 15 dias.
“Os operadores de jogo estarão muito menos inclinados a assumir compromissos adicionais de investimento ou a pagar uma grande taxa inicial pela atribuição de uma nova concessão”, frisou o fundador da consultora especializada em regulação de jogos em Macau Newpage Consulting.
Já o economista José Luís de Sales Marques apontou ser ainda cedo para prever alterações que podem constar no caderno de encargos, ou até na própria lei.
“Agora, sem dúvida, qualquer investidor reage perante os dados que são o histórico da sua actividade e também o que eles prevêem que seja o futuro. E o facto de os casinos estarem fechados não constava do histórico da actividade do jogo em Macau”, sublinhou.
“A partir de agora passa a fazer parte do histórico e, portanto, isso vai ter algumas implicações, quer queiramos, quer não”, frisou o presidente do Instituto de Estudos Europeus (IEE).

Crise prolongada

A atribuição de novas licenças na capital mundial do jogo será feita em 2022, tendo o Governo prometido a realização de um concurso público. O território é o único local na China onde o jogo em casino é legal, contando seis concessionárias e subconcessionárias, Sociedade de Jogos de Macau, fundada pelo magnata Stanley Ho, Galaxy, Venetian (Sands China), Melco Resorts, Wynn e MGM.
O Governo de Macau deu aos casinos um período de transição de 30 dias, a partir da meia-noite de hoje para poderem começar a abrir as portas. Findo esse período, todos os casinos devem estar abertos, indicou. As operadoras de jogo, que durante os 15 dias de encerramento dos casinos perderam 1,5 mil milhões dólares, segundo agência de notação financeira Fitch Rating, vão continuar com receitas muito baixas a curto prazo, devido ao reduzido número de turistas no território, sustentaram analistas ouvidos pela Lusa.
“Acho que tanto o mercado VIP [grandes apostadores] quanto o de massas serão fortemente afectados durante este tempo”, afirmou à Lusa o director do Centro de Pesquisa e Ensino do Jogo do IPM, Changbin Wang.
Uma situação que se vai manter após o surto em Macau ficar controlado, frisou. “Não consigo ver o sinal de recuperação rápida. A economia chinesa vai desacelerar ainda mais”, defendeu.
Também David Green disse acreditar que os danos económicos infligidos pelo surto de coronavírus afectarão significativamente o jogo de massas”, mas também o mercado das grandes apostas “por medo de serem expostos a infeções ou serem involuntariamente colocados em quarentena”. Em 2019, os casinos obtiveram receitas de 292,46 milhões de patacas, menos 3,4 por cento do que no ano anterior.

19 Fev 2020

Diamond Princess | Habitantes de Macau regressam e ficam sob observação médica

[dropcap]O[/dropcap]s residentes de Macau a bordo do cruzeiro Diamond Princess serão repatriados em voos fretados, numa medida organizada pelo Governo de Hong Kong. A decisão foi anunciada ontem em comunicado oficial.

“O Governo da RAEHK planeia repatriar os seus residentes que se encontram a bordo do navio de cruzeiro Diamond Princess através de voos fretados. O Governo da RAEM recebeu todo o apoio e assistência do Governo da RAEHK, e com o consentimento dos residentes de Macau a bordo do navio Diamond Princess, confiou ao Governo da RAEHK a assistência na organização do regresso destes residentes de Macau”, pode ler-se.

Assim, os residentes podem chegar durante o dia de hoje a Macau. A fim de assegurar a total prevenção de novos contágios com o Covid-19, estes residentes “serão colocados sob observação médica e quarentena após a sua chegada por um período de 14 dias, em local designado de acordo com a exigência dos Serviços de Saúde de Macau”, informa o Governo.

Actualmente, há cinco residentes de Macau a bordo do navio, dois homens e três mulheres, com idades compreendidas entre 24 e 82 anos, sendo que três pessoas possuem a residência de Macau e Hong Kong.

19 Fev 2020

Diamond Princess | Habitantes de Macau regressam e ficam sob observação médica

[dropcap]O[/dropcap]s residentes de Macau a bordo do cruzeiro Diamond Princess serão repatriados em voos fretados, numa medida organizada pelo Governo de Hong Kong. A decisão foi anunciada ontem em comunicado oficial.
“O Governo da RAEHK planeia repatriar os seus residentes que se encontram a bordo do navio de cruzeiro Diamond Princess através de voos fretados. O Governo da RAEM recebeu todo o apoio e assistência do Governo da RAEHK, e com o consentimento dos residentes de Macau a bordo do navio Diamond Princess, confiou ao Governo da RAEHK a assistência na organização do regresso destes residentes de Macau”, pode ler-se.
Assim, os residentes podem chegar durante o dia de hoje a Macau. A fim de assegurar a total prevenção de novos contágios com o Covid-19, estes residentes “serão colocados sob observação médica e quarentena após a sua chegada por um período de 14 dias, em local designado de acordo com a exigência dos Serviços de Saúde de Macau”, informa o Governo.
Actualmente, há cinco residentes de Macau a bordo do navio, dois homens e três mulheres, com idades compreendidas entre 24 e 82 anos, sendo que três pessoas possuem a residência de Macau e Hong Kong.

19 Fev 2020

Quarentena | Tratamento diferenciado para residentes em Zhuhai visto como aceitável

O diferente impacto para a economia de trabalhadores residentes e não-residentes e a protecção dos locais fazem com que a decisão de limitar a quarentena aos TNR seja encarada por José Sales Marques e Miguel de Senna Fernandes como acertada, nesta fase

 

[dropcap]A[/dropcap] partir de amanhã entra em vigor o regime de quarentena obrigatória de 14 dias para os trabalhadores não-residentes (TNR) que tentem entrar em Macau vindos do Interior da China. A medida deixa de fora os residentes que vivem em Zhuhai e que todos os dias atravessam a fronteira, numa opção que é tida como compreensível para Miguel de Senna Fernandes, advogado e presidente da Associação Promotora da Instrução dos Macaenses, e José Sales Marques, economista e presidente do Instituto de Estudos Europeus.

Ao HM, Miguel de Senna Fernandes admitiu ainda estar a “digerir” a diferenciação e admite mudar de opinião no futuro, à luz de novos factos, mas por enquanto aceita o tratamento diferenciado. “Não vou dramatizar e vou tentar evitar entrar na perspectiva da existência uma discriminação”, começou por ressalvar. “Mas acho que é preciso constatar que muitos trabalhadores não-residentes vivem em Zhuhai e em outras zonas do Interior. Por isso, são pessoas que muitas vezes estão fora do controlo sanitário de Macau. Por esta razão e por precaução foi tomada esta medida”, apontou.

Miguel de Senna Fernandes fala de realidades diferentes entre residentes e não-residentes, mas prevê que a medida vai ser estendida a todos, caso a situação da epidemia se agrave. “Tento perceber é que esta medida é faseada. Toda a gente concorda que é preciso precaução nas entradas e saídas, inclusive com os residentes. Mas há que começar por algum lado e, como é óbvio, em Macau coloca-se os residentes em primeiro lugar”, afirmou.

A medida é igualmente apoiada por José Sales Marques, para quem o Governo teve em conta nesta decisão o impacto que os residentes de Macau que vivem em Zhuhai têm na economia da RAEM. “Parece-me que esta medida do Governo de ainda não impor uma quarentena a estes residentes, embora isso não seja posto de parte, é acertada”, opinou. “Não digo que os TNR não sejam importantes, obviamente que são, mas quando falamos de residentes de Macau estamos a falar de outro tipo de empregos e lugares que ocupam num serviço ou numa empresa”, considerou.

José Sales Marques avisou ainda contra uma eventual quarentena dos residentes a viver em Zhuhai: “Se o Governo, com a informação e avaliação do risco que tem, sente que a circulação dos residentes ainda é possível, então acho que deve ser mantida. Mas se, por outro motivo, passarem a considerar que não é possível a circulação desses residentes, não há nada que se possa fazer a não ser implementar”, reconheceu.

“Mas posso garantir que essa medida vai colocar muitos problemas no funcionamento normal de empresas, serviços públicos e outras instituições, como o próprio Instituto de Estudos Europeus”, avisou.

Elogio da transparência

Também consensual para Miguel de Senna Fernandes e José Sales Marques é o desempenho do Governo de Ho Iat Seng, principalmente pela forma como tem mostrado disponibilidade para comunicar e responder às perguntas sobre as diferentes decisões.

“O Governo está bastante bem. Sinto que em Macau há uma avaliação muito positiva, não só pela competência, que é muito importante, mas pelo bom senso. Há uma vontade de comunicar, que é fundamental. O que vemos é que as conferências de imprensa são diárias e, mesmo que não seja todos os dias, às vezes chegam a ter três secretários”, sublinhou Sales Marques. “É uma postura muito boa e isso dá confiança aos cidadãos. Vemos que o Governo está a seguir os acontecimentos ao segundo e a procurar as melhores soluções possíveis”, completou.

O modelo de abertura para enfrentar as questões foi igualmente elogiado por Senna Fernandes. “A imagem do Governo com a conferência de imprensa diária, sempre à mesma hora e com uma equipa para responder à imprensa, demonstra uma vontade de colaborar e estar sujeito a qualquer tipo de perguntas. Mostra-se tudo o que se sabe sobre o coronavírus”, considerou. “Há uma imagem de transparência a 100 por cento”, apontou.

O advogado sublinhou ainda a coragem nas medidas adoptadas, que se reflectiram no encerramento dos casinos. “Tem sido adoptada uma atitude muito frontal e corajosa. E é isso que é preciso num Chefe do Executivo. Acho que isso ficou bem visto com a paragem do jogo”, opinou. “O jogo é o coração da economia de Macau, quando pára o jogo pára a economia e pára tudo. E ter uma posição tão firme face ao encerramento dos casinos exige muita coragem, porque todos percebemos que há muita coisa que está em jogo, nos aspectos financeiros, laborais, sociais. […] E essa atitude aconteceu e não foi contrariada, pelo contrário toda a gente concordou”, completou.

19 Fev 2020

Quarentena | Tratamento diferenciado para residentes em Zhuhai visto como aceitável

O diferente impacto para a economia de trabalhadores residentes e não-residentes e a protecção dos locais fazem com que a decisão de limitar a quarentena aos TNR seja encarada por José Sales Marques e Miguel de Senna Fernandes como acertada, nesta fase

 
[dropcap]A[/dropcap] partir de amanhã entra em vigor o regime de quarentena obrigatória de 14 dias para os trabalhadores não-residentes (TNR) que tentem entrar em Macau vindos do Interior da China. A medida deixa de fora os residentes que vivem em Zhuhai e que todos os dias atravessam a fronteira, numa opção que é tida como compreensível para Miguel de Senna Fernandes, advogado e presidente da Associação Promotora da Instrução dos Macaenses, e José Sales Marques, economista e presidente do Instituto de Estudos Europeus.
Ao HM, Miguel de Senna Fernandes admitiu ainda estar a “digerir” a diferenciação e admite mudar de opinião no futuro, à luz de novos factos, mas por enquanto aceita o tratamento diferenciado. “Não vou dramatizar e vou tentar evitar entrar na perspectiva da existência uma discriminação”, começou por ressalvar. “Mas acho que é preciso constatar que muitos trabalhadores não-residentes vivem em Zhuhai e em outras zonas do Interior. Por isso, são pessoas que muitas vezes estão fora do controlo sanitário de Macau. Por esta razão e por precaução foi tomada esta medida”, apontou.
Miguel de Senna Fernandes fala de realidades diferentes entre residentes e não-residentes, mas prevê que a medida vai ser estendida a todos, caso a situação da epidemia se agrave. “Tento perceber é que esta medida é faseada. Toda a gente concorda que é preciso precaução nas entradas e saídas, inclusive com os residentes. Mas há que começar por algum lado e, como é óbvio, em Macau coloca-se os residentes em primeiro lugar”, afirmou.
A medida é igualmente apoiada por José Sales Marques, para quem o Governo teve em conta nesta decisão o impacto que os residentes de Macau que vivem em Zhuhai têm na economia da RAEM. “Parece-me que esta medida do Governo de ainda não impor uma quarentena a estes residentes, embora isso não seja posto de parte, é acertada”, opinou. “Não digo que os TNR não sejam importantes, obviamente que são, mas quando falamos de residentes de Macau estamos a falar de outro tipo de empregos e lugares que ocupam num serviço ou numa empresa”, considerou.
José Sales Marques avisou ainda contra uma eventual quarentena dos residentes a viver em Zhuhai: “Se o Governo, com a informação e avaliação do risco que tem, sente que a circulação dos residentes ainda é possível, então acho que deve ser mantida. Mas se, por outro motivo, passarem a considerar que não é possível a circulação desses residentes, não há nada que se possa fazer a não ser implementar”, reconheceu.
“Mas posso garantir que essa medida vai colocar muitos problemas no funcionamento normal de empresas, serviços públicos e outras instituições, como o próprio Instituto de Estudos Europeus”, avisou.

Elogio da transparência

Também consensual para Miguel de Senna Fernandes e José Sales Marques é o desempenho do Governo de Ho Iat Seng, principalmente pela forma como tem mostrado disponibilidade para comunicar e responder às perguntas sobre as diferentes decisões.
“O Governo está bastante bem. Sinto que em Macau há uma avaliação muito positiva, não só pela competência, que é muito importante, mas pelo bom senso. Há uma vontade de comunicar, que é fundamental. O que vemos é que as conferências de imprensa são diárias e, mesmo que não seja todos os dias, às vezes chegam a ter três secretários”, sublinhou Sales Marques. “É uma postura muito boa e isso dá confiança aos cidadãos. Vemos que o Governo está a seguir os acontecimentos ao segundo e a procurar as melhores soluções possíveis”, completou.
O modelo de abertura para enfrentar as questões foi igualmente elogiado por Senna Fernandes. “A imagem do Governo com a conferência de imprensa diária, sempre à mesma hora e com uma equipa para responder à imprensa, demonstra uma vontade de colaborar e estar sujeito a qualquer tipo de perguntas. Mostra-se tudo o que se sabe sobre o coronavírus”, considerou. “Há uma imagem de transparência a 100 por cento”, apontou.
O advogado sublinhou ainda a coragem nas medidas adoptadas, que se reflectiram no encerramento dos casinos. “Tem sido adoptada uma atitude muito frontal e corajosa. E é isso que é preciso num Chefe do Executivo. Acho que isso ficou bem visto com a paragem do jogo”, opinou. “O jogo é o coração da economia de Macau, quando pára o jogo pára a economia e pára tudo. E ter uma posição tão firme face ao encerramento dos casinos exige muita coragem, porque todos percebemos que há muita coisa que está em jogo, nos aspectos financeiros, laborais, sociais. […] E essa atitude aconteceu e não foi contrariada, pelo contrário toda a gente concordou”, completou.

19 Fev 2020

TNR | Número de entradas aumenta após anúncio de medidas

Até às 16h de ontem tinham entrado quase tantos trabalhadores não-residentes em Macau como no dia anterior. A tendência deverá continuar durante o dia de hoje, prazo limite para que os TNR vindos do Interior entrem na RAEM sem serem obrigados a cumprir a uma quarentena de 14 dias

 

[dropcap]A[/dropcap]pós o anúncio das medidas de quarentena, entraram mais 5 mil trabalhadores não-residentes (TNR), o que representa um aumento de um terço, ou 33 por cento. Segundo os dados fornecidos ontem por Ma Chio Hong, chefe de Divisão de Operações e Comunicações do Corpo de Polícia de Segurança Pública, até às 16h00 de segunda-feira, antes do anúncio das medidas, tinham entrado no território 15 mil TNR. No entanto, ontem, pela mesma hora, o número já era de 20 mil TNR.

Ainda de acordo com os números apresentados pelo CPSP, o número de entradas de TNR, ontem pelas 16h00, já praticamente ultrapassava o valor total de segunda-feira, quando tinham entrado 21 mil TNR.

“Existe uma subida no número de entradas porque as empresas pararam o funcionamento e agora estão a regressar à actividade, não se deve apenas às medidas anunciadas ontem [segunda-feira], mas à reabertura das empresas”, afirmou Wong Kim Hong, chefe-substituto do Departamento para os Assuntos de Residência e Permanência do CPSP.

Ainda no mesmo período, em relação às saídas, também houve um aumento, mas a um ritmo mais lento. Assim, até às 16h00 tinham saído 4 mil TNR de Macau, número que subiu para 7,1 mil até às 16h00 de ontem.

Contudo, o CPSP negou que houvesse uma corrida às Portas do Cerco, como surgiu num vídeo a circular através das redes sociais: “Não houve uma grande concentração nas Portas do Cerco, como mostra um vídeo que anda a circular. Essas imagens foram gravadas noutro dia”, alertou Wong. “As pessoas podem acompanhar a situação das fronteiras através da aplicação do CPSP que tem imagens em tempo real da situação nas fronteiras”, foi acrescentado.

A partir da meia noite de amanhã, ou seja esta madrugada, entra em vigor a quarentena para todos os TNR que venham do Interior da China. O CPSP não tem uma estimativa para o número de entradas que se espera para o dia de hoje, mas garante que a situação vai ser acompanhada.

Pensões ilegais

Com a estadia em Macau de mais TNR, que precisam de alojamento, as autoridades prometem estar atentas ao fenómeno das pensões ilegais, assim como da conversão de edifícios industriais em dormitórios.

Em relação a esta questão, as autoridades prometem apertar a fiscalização, mas pedem aos residentes que denunciem as situações, caso tenham conhecimento das mesmas.

“Desde 27 de Janeiro que os Serviços de Polícia Unitários, o Corpo de Polícia de Segurança Pública e a Polícia Judiciária fizeram 441 operações sobre alojamento ilegal. Em 31 dos casos verificou-se suspeitas em fracções autónomas. Vamos continuar a fazer a fiscalização”, assegurou Wong Kim Hong. “Sabemos que os edifícios industriais têm uma finalidade que não é habitacional. Por isso, mesmo que não haja porteiros nesses espaços, pedimos aos residentes que denunciem as situações”, apelou.

 

8.750 patacas por quarentena

Os trabalhadores não-residentes (TNR) que tiverem estado nos últimos 14 dias no Interior e cumpram o período de quarentena em Macau vão ter de pagar 8.750 patacas, segundo a informação avançada ontem pelo Governo. O isolamento é feito no hotel Pousada Marina Infante, propriedade do deputado Vitor Cheung Lap Kwan e está arrendado para efeitos de quarentena desde que o surto do coronavírus chegou a Macau. Durante este período, segundo os números da Direcção de Serviços de Turismo, a taxa de ocupação dos hotéis que se mantiveram em funcionamento é de 16 por cento.

Votos de confiança

Ao contrário dos casinos, espaços como bares, discotecas, ginásios, entre outros, vão continuar proibidos de operar. A adopção de um critério diferente foi justificada por Inês Chan, representante da DST, com o facto de o Governo ter mais confiança nas concessionárias do jogo do que nas Pequenas e Médias Empresas. “A nossa decisão teve por base a capacidade de resposta a situações de risco e a competência para lidar com essas situações. Quando falamos das concessionárias são empresas que conhecemos muito bem e sobre quem temos todos os dados, por isso estão autorizadas a operar”, apontou. “Entre as Pequenas e Médias Empresas também há aquelas com capacidade de lidarem com situações de risco, mas nós temos menos informação sobre elas. Por isso nesta fase apenas vamos ter os casinos a funcionar”, justificou.

19 Fev 2020

TNR | Número de entradas aumenta após anúncio de medidas

Até às 16h de ontem tinham entrado quase tantos trabalhadores não-residentes em Macau como no dia anterior. A tendência deverá continuar durante o dia de hoje, prazo limite para que os TNR vindos do Interior entrem na RAEM sem serem obrigados a cumprir a uma quarentena de 14 dias

 
[dropcap]A[/dropcap]pós o anúncio das medidas de quarentena, entraram mais 5 mil trabalhadores não-residentes (TNR), o que representa um aumento de um terço, ou 33 por cento. Segundo os dados fornecidos ontem por Ma Chio Hong, chefe de Divisão de Operações e Comunicações do Corpo de Polícia de Segurança Pública, até às 16h00 de segunda-feira, antes do anúncio das medidas, tinham entrado no território 15 mil TNR. No entanto, ontem, pela mesma hora, o número já era de 20 mil TNR.
Ainda de acordo com os números apresentados pelo CPSP, o número de entradas de TNR, ontem pelas 16h00, já praticamente ultrapassava o valor total de segunda-feira, quando tinham entrado 21 mil TNR.
“Existe uma subida no número de entradas porque as empresas pararam o funcionamento e agora estão a regressar à actividade, não se deve apenas às medidas anunciadas ontem [segunda-feira], mas à reabertura das empresas”, afirmou Wong Kim Hong, chefe-substituto do Departamento para os Assuntos de Residência e Permanência do CPSP.
Ainda no mesmo período, em relação às saídas, também houve um aumento, mas a um ritmo mais lento. Assim, até às 16h00 tinham saído 4 mil TNR de Macau, número que subiu para 7,1 mil até às 16h00 de ontem.
Contudo, o CPSP negou que houvesse uma corrida às Portas do Cerco, como surgiu num vídeo a circular através das redes sociais: “Não houve uma grande concentração nas Portas do Cerco, como mostra um vídeo que anda a circular. Essas imagens foram gravadas noutro dia”, alertou Wong. “As pessoas podem acompanhar a situação das fronteiras através da aplicação do CPSP que tem imagens em tempo real da situação nas fronteiras”, foi acrescentado.
A partir da meia noite de amanhã, ou seja esta madrugada, entra em vigor a quarentena para todos os TNR que venham do Interior da China. O CPSP não tem uma estimativa para o número de entradas que se espera para o dia de hoje, mas garante que a situação vai ser acompanhada.

Pensões ilegais

Com a estadia em Macau de mais TNR, que precisam de alojamento, as autoridades prometem estar atentas ao fenómeno das pensões ilegais, assim como da conversão de edifícios industriais em dormitórios.
Em relação a esta questão, as autoridades prometem apertar a fiscalização, mas pedem aos residentes que denunciem as situações, caso tenham conhecimento das mesmas.
“Desde 27 de Janeiro que os Serviços de Polícia Unitários, o Corpo de Polícia de Segurança Pública e a Polícia Judiciária fizeram 441 operações sobre alojamento ilegal. Em 31 dos casos verificou-se suspeitas em fracções autónomas. Vamos continuar a fazer a fiscalização”, assegurou Wong Kim Hong. “Sabemos que os edifícios industriais têm uma finalidade que não é habitacional. Por isso, mesmo que não haja porteiros nesses espaços, pedimos aos residentes que denunciem as situações”, apelou.
 

8.750 patacas por quarentena

Os trabalhadores não-residentes (TNR) que tiverem estado nos últimos 14 dias no Interior e cumpram o período de quarentena em Macau vão ter de pagar 8.750 patacas, segundo a informação avançada ontem pelo Governo. O isolamento é feito no hotel Pousada Marina Infante, propriedade do deputado Vitor Cheung Lap Kwan e está arrendado para efeitos de quarentena desde que o surto do coronavírus chegou a Macau. Durante este período, segundo os números da Direcção de Serviços de Turismo, a taxa de ocupação dos hotéis que se mantiveram em funcionamento é de 16 por cento.

Votos de confiança

Ao contrário dos casinos, espaços como bares, discotecas, ginásios, entre outros, vão continuar proibidos de operar. A adopção de um critério diferente foi justificada por Inês Chan, representante da DST, com o facto de o Governo ter mais confiança nas concessionárias do jogo do que nas Pequenas e Médias Empresas. “A nossa decisão teve por base a capacidade de resposta a situações de risco e a competência para lidar com essas situações. Quando falamos das concessionárias são empresas que conhecemos muito bem e sobre quem temos todos os dados, por isso estão autorizadas a operar”, apontou. “Entre as Pequenas e Médias Empresas também há aquelas com capacidade de lidarem com situações de risco, mas nós temos menos informação sobre elas. Por isso nesta fase apenas vamos ter os casinos a funcionar”, justificou.

19 Fev 2020

Petição | Cerca de 400 condutores pedem ajuda a Ho Iat Seng

Um grupo de motoristas de autocarros de turismo fala em salários de 2 mil e 3 mil patacas e pede a Ho Iat Seng que sejam disponibilizados empréstimos sem juros para os profissionais do sector, numa altura em que o turismo entrou em crise devido ao Covid-19

 

[dropcap]U[/dropcap]m grupo de motoristas de autocarros de turismo pediu a Ho Iat Seng que crie medidas de apoio aos profissionais do sector com empréstimos sem juros e antecipação dos pagamentos do subsídio do Regime de Previdência Central Não-Obrigatório. O pedido de auxílio foi entregue ontem, às 15h00, na sede do Chefe do Executivo, com a assistência do deputado José Pereira Coutinho.

De acordo com os representantes de um grupo de 400 profissionais do sector, há famílias em situação de carência, o que descrevem como “as ruas da amargura”. Uma das pessoas que assumiu a posição em que se encontra foi Wong Tim Iao, motorista que ficou desempregado na sequência do impacto do Covido-19 para o sector do turismo.

Ontem, em declarações aos jornalistas, Wong admitiu que está a viver à conta da mulher, que recebe um salário na indústria do jogo que ronda as 10 mil patacas, e ainda de empréstimos de amigos. Além de pagar uma renda de 7 mil patacas, tem ainda de cobrir os custos de educação do filho, de 3 anos, e da filha de 7 anos.

No entanto, a situação estende-se a outros profissionais, mesmo empregados. Isto porque a indústria pratica salários base de 2 mil a 3 mil patacas, com o restante a ser pago em função do número de turistas transportados. Como não há turistas a vir a Macau em número suficiente, os profissionais não conseguem ganhar mais do que o salário base.

Face a este cenário, o deputado José Pereira Coutinho voltou a apelar à revisão das leis laborais e à criação de um regime que permita uma lei dos sindicatos, assim como a negociação colectiva. No entanto, o deputado ligado à Associação de Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM), aponta que a prioridade é outra: “Neste momento os condutores não têm trabalho, mas têm família e despesas fixas, como as rendas. Dada a gravidade da situação entenderam vir ter directamente com o Chefe do Executivo porque cada dia que passa é mais um dia de sofrimento e menos um dia de apoio”, disse Coutinho, durante a entrega da petição. “A prioridades neste momento passa agora por encontrar uma solução para estas famílias”, acrescentou.

Seguros e férias

O problema em casa afecta principalmente os condutores dos autocarros de turismo, mas também há trabalhadores que conduzem shuttles dos casinos. Alguns deste terão ficado sem trabalho, mas o Governo anunciou o encerramento dos espaços de jogo.

Em relação às medidas para o sector, Wong Tim Iao queixou-se igualmente dos seguros praticados, que só cobrem despesas superiores a 50 mil patacas. Em caso de incidentes com um montante inferior são os condutores que têm de suportar os custos.

Por outro lado, outra das queixas do sector passa pelo facto de muitos condutores não terem contratos a tempo inteiro, mas apenas a tempo parcial, o que faz com que não tenham direito a férias nem subsídios por doença ou apoios de assistência médica.

18 Fev 2020

Petição | Cerca de 400 condutores pedem ajuda a Ho Iat Seng

Um grupo de motoristas de autocarros de turismo fala em salários de 2 mil e 3 mil patacas e pede a Ho Iat Seng que sejam disponibilizados empréstimos sem juros para os profissionais do sector, numa altura em que o turismo entrou em crise devido ao Covid-19

 
[dropcap]U[/dropcap]m grupo de motoristas de autocarros de turismo pediu a Ho Iat Seng que crie medidas de apoio aos profissionais do sector com empréstimos sem juros e antecipação dos pagamentos do subsídio do Regime de Previdência Central Não-Obrigatório. O pedido de auxílio foi entregue ontem, às 15h00, na sede do Chefe do Executivo, com a assistência do deputado José Pereira Coutinho.
De acordo com os representantes de um grupo de 400 profissionais do sector, há famílias em situação de carência, o que descrevem como “as ruas da amargura”. Uma das pessoas que assumiu a posição em que se encontra foi Wong Tim Iao, motorista que ficou desempregado na sequência do impacto do Covido-19 para o sector do turismo.
Ontem, em declarações aos jornalistas, Wong admitiu que está a viver à conta da mulher, que recebe um salário na indústria do jogo que ronda as 10 mil patacas, e ainda de empréstimos de amigos. Além de pagar uma renda de 7 mil patacas, tem ainda de cobrir os custos de educação do filho, de 3 anos, e da filha de 7 anos.
No entanto, a situação estende-se a outros profissionais, mesmo empregados. Isto porque a indústria pratica salários base de 2 mil a 3 mil patacas, com o restante a ser pago em função do número de turistas transportados. Como não há turistas a vir a Macau em número suficiente, os profissionais não conseguem ganhar mais do que o salário base.
Face a este cenário, o deputado José Pereira Coutinho voltou a apelar à revisão das leis laborais e à criação de um regime que permita uma lei dos sindicatos, assim como a negociação colectiva. No entanto, o deputado ligado à Associação de Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM), aponta que a prioridade é outra: “Neste momento os condutores não têm trabalho, mas têm família e despesas fixas, como as rendas. Dada a gravidade da situação entenderam vir ter directamente com o Chefe do Executivo porque cada dia que passa é mais um dia de sofrimento e menos um dia de apoio”, disse Coutinho, durante a entrega da petição. “A prioridades neste momento passa agora por encontrar uma solução para estas famílias”, acrescentou.

Seguros e férias

O problema em casa afecta principalmente os condutores dos autocarros de turismo, mas também há trabalhadores que conduzem shuttles dos casinos. Alguns deste terão ficado sem trabalho, mas o Governo anunciou o encerramento dos espaços de jogo.
Em relação às medidas para o sector, Wong Tim Iao queixou-se igualmente dos seguros praticados, que só cobrem despesas superiores a 50 mil patacas. Em caso de incidentes com um montante inferior são os condutores que têm de suportar os custos.
Por outro lado, outra das queixas do sector passa pelo facto de muitos condutores não terem contratos a tempo inteiro, mas apenas a tempo parcial, o que faz com que não tenham direito a férias nem subsídios por doença ou apoios de assistência médica.

18 Fev 2020

Covid-19 | Investigadora diz que isolamento pode originar conflitos familiares 

Loretta Lou, antropóloga, defende que a sociedade de Macau está mais unida no combate ao novo surto do coronavírus do que a de Hong Kong. O cumprimento das ordens para a população ficar em casa está a afectar mais as mulheres, podendo levar a conflitos familiares, alerta

 

[dropcap]A[/dropcap] antropóloga Loretta Lou defendeu à agência Lusa que a ‘clausura’ vivida em Macau por causo do surto do coronavírus Covid-19 parece estar a afectar mais as mulheres e pode provocar conflitos familiares.

“O que sabemos agora é que as mulheres parecem ser mais afectadas pela permanência do que os homens, pois são as únicas responsáveis pela culinária e pelo ensino em casa”, sublinhou a investigadora da Universidade de Macau (UM), especializada em meio ambiente, bem-estar, movimentos sociais, moralidade e ética.

Quanto a possíveis conflitos familiares, Lou sublinhou que “embora a permanência em casa possa significar mais tempo feliz e de qualidade para algumas famílias, os casais que lutam no seu relacionamento conjugal terão dificuldade em ficar num pequeno apartamento 24 horas por dia, sete dias por semana”.

A docente, doutorada em Oxford e que tem o foco de trabalho na China, incluindo Hong Kong, Macau e Taiwan, lembrou que neste cenário os conflitos não se resumem a marido e mulher, “mas também entre filhos e pais, com os sogros, etc”.

Algo que tem muito interesse em acompanhar quando a epidemia estiver sob controlo, de forma a poder responder, por exemplo, à questão se a permanência prolongada das famílias em casa precipitou o fenómeno de violência doméstica, apesar de não terem sido relatados casos nos ‘media’ e de, “em Macau, como em outros lugares, a violência doméstica ser considerada ‘vergonha doméstica’ que não deve ser divulgada”, frisou.

A “obediência” de Macau

Na mesma entrevista, Loretta Lou defendeu que “a atitude obediente” da população de Macau ficou expressa quando acatou o apelo para ficar em casa para combater o surto, o que contrasta com “a rebelião” de Hong Kong.

“Sendo elogiada como a ‘boa criança’ das duas regiões administrativas especiais, a atitude obediente dos cidadãos de Macau contrasta fortemente com a rebelião de Hong Kong”, concluiu a investigadora da UM.

Afinal, “quando o novo Chefe do Executivo de Macau, Ho Iat Seng, instou a população de Macau a ficar em casa para ajudar a conter o vírus, a maioria das pessoas seguiu o conselho”.

A docente sublinhou que “naturalmente, isso também é possível pelo facto de a maioria das pessoas em Macau trabalhar na indústria de jogos”.

“Enquanto muitas pessoas em Hong Kong evitaram sair, outros que não podiam trabalhar tiveram de continuar a assegurar os negócios como sempre”, enquanto em Macau “quando os casinos estão fechados e muitas pessoas não têm motivos para deixar as suas casas”, frisou.

Em termos globais, analisou Loretta Lou, “a sociedade de Macau está unida na luta contra o Covid-19”. E o facto de “as pessoas estarem satisfeitas em geral com as respostas e medidas do Governo reforça o seu sentido de comunidade”, sustentou.

A antropóloga encontrou pelo menos uma excepção: “quando a primeira paciente que recebeu alta – uma chinesa do continente – deixou Macau sem pagar sua taxa de tratamento, a divisão entre residentes de Macau e os ‘free-riders’ do continente emergiu rapidamente”, numa alusão àqueles que beneficiam de recursos, bens ou serviços, sem pagar o custo do benefício.

A discussão pública e nas redes sociais surgiu quando a primeira paciente recebeu alta e saiu do território sem pagar o respectivo tratamento, um custo exigido a outros pacientes que, entretanto, tiveram alta.

Esta “é uma questão que o Governo de Macau precisa tratar delicadamente, trabalhando para encontrar um equilíbrio entre o sentido humanitário, a justiça e diplomacia”, defendeu.

18 Fev 2020

Covid-19 | Investigadora diz que isolamento pode originar conflitos familiares 

Loretta Lou, antropóloga, defende que a sociedade de Macau está mais unida no combate ao novo surto do coronavírus do que a de Hong Kong. O cumprimento das ordens para a população ficar em casa está a afectar mais as mulheres, podendo levar a conflitos familiares, alerta

 
[dropcap]A[/dropcap] antropóloga Loretta Lou defendeu à agência Lusa que a ‘clausura’ vivida em Macau por causo do surto do coronavírus Covid-19 parece estar a afectar mais as mulheres e pode provocar conflitos familiares.
“O que sabemos agora é que as mulheres parecem ser mais afectadas pela permanência do que os homens, pois são as únicas responsáveis pela culinária e pelo ensino em casa”, sublinhou a investigadora da Universidade de Macau (UM), especializada em meio ambiente, bem-estar, movimentos sociais, moralidade e ética.
Quanto a possíveis conflitos familiares, Lou sublinhou que “embora a permanência em casa possa significar mais tempo feliz e de qualidade para algumas famílias, os casais que lutam no seu relacionamento conjugal terão dificuldade em ficar num pequeno apartamento 24 horas por dia, sete dias por semana”.
A docente, doutorada em Oxford e que tem o foco de trabalho na China, incluindo Hong Kong, Macau e Taiwan, lembrou que neste cenário os conflitos não se resumem a marido e mulher, “mas também entre filhos e pais, com os sogros, etc”.
Algo que tem muito interesse em acompanhar quando a epidemia estiver sob controlo, de forma a poder responder, por exemplo, à questão se a permanência prolongada das famílias em casa precipitou o fenómeno de violência doméstica, apesar de não terem sido relatados casos nos ‘media’ e de, “em Macau, como em outros lugares, a violência doméstica ser considerada ‘vergonha doméstica’ que não deve ser divulgada”, frisou.

A “obediência” de Macau

Na mesma entrevista, Loretta Lou defendeu que “a atitude obediente” da população de Macau ficou expressa quando acatou o apelo para ficar em casa para combater o surto, o que contrasta com “a rebelião” de Hong Kong.
“Sendo elogiada como a ‘boa criança’ das duas regiões administrativas especiais, a atitude obediente dos cidadãos de Macau contrasta fortemente com a rebelião de Hong Kong”, concluiu a investigadora da UM.
Afinal, “quando o novo Chefe do Executivo de Macau, Ho Iat Seng, instou a população de Macau a ficar em casa para ajudar a conter o vírus, a maioria das pessoas seguiu o conselho”.
A docente sublinhou que “naturalmente, isso também é possível pelo facto de a maioria das pessoas em Macau trabalhar na indústria de jogos”.
“Enquanto muitas pessoas em Hong Kong evitaram sair, outros que não podiam trabalhar tiveram de continuar a assegurar os negócios como sempre”, enquanto em Macau “quando os casinos estão fechados e muitas pessoas não têm motivos para deixar as suas casas”, frisou.
Em termos globais, analisou Loretta Lou, “a sociedade de Macau está unida na luta contra o Covid-19”. E o facto de “as pessoas estarem satisfeitas em geral com as respostas e medidas do Governo reforça o seu sentido de comunidade”, sustentou.
A antropóloga encontrou pelo menos uma excepção: “quando a primeira paciente que recebeu alta – uma chinesa do continente – deixou Macau sem pagar sua taxa de tratamento, a divisão entre residentes de Macau e os ‘free-riders’ do continente emergiu rapidamente”, numa alusão àqueles que beneficiam de recursos, bens ou serviços, sem pagar o custo do benefício.
A discussão pública e nas redes sociais surgiu quando a primeira paciente recebeu alta e saiu do território sem pagar o respectivo tratamento, um custo exigido a outros pacientes que, entretanto, tiveram alta.
Esta “é uma questão que o Governo de Macau precisa tratar delicadamente, trabalhando para encontrar um equilíbrio entre o sentido humanitário, a justiça e diplomacia”, defendeu.

18 Fev 2020

MICE | Empresário diz que “situação é dramática” na área dos eventos 

[dropcap]M[/dropcap]al regressara de férias no início deste ano, Bruno Simões foi ‘atropelado’ pelas más notícias: as suas empresas de eventos de Macau estavam ‘infectadas’ pela paralisação da indústria turística e perdera todos os contratos até Abril.

Com o fecho dos casinos na capital mundial do jogo, com a paralisação da economia e com o mercado chinês turístico ‘contaminado’ pelo coronavírus Covid-19, “a situação é dramática”, desabafou. “Até no Vietname cancelaram coisas para Abril”, disse à agência Lusa.

À semelhança do Governo de Macau, que enviou alunos e funcionários públicos para casa, que trabalham à distância, Bruno Simões foi obrigado a tomar medidas excepcionais na DOC DMC e na SmallWORLD Experience.

“Teve de se mandar as pessoas já para casa até Abril e negociámos um mês de licença sem vencimento com os funcionários, com a esperança ainda de que a partir de Março as coisas animem”, explicou.

Com escritório também na vizinha cidade chinesa de Zhuhai, numa província que tem sido uma das mais afectadas pelo surto em número de infectados, o negócio vive muito das multinacionais que trabalham na Ásia. Por ano organizavam cerca de duas centenas de eventos. Agora, sem trabalhos, sem conferências, sem eventos e com encargos mensais fixos na ordem das 300 mil patacas, a esperança é que em Abril ou Maio “as empresas, que têm os seus calendários e têm de os executar” consigam devolver algum oxigénio à indústria.

Até lá, precisamente para acudir a pequenas e médias empresas como aquelas geridas pelo português, o Governo de Macau anunciou na quinta-feira benefícios fiscais e empréstimos bonificados, bem como apoios financeiros e sociais para a população no valor de 20 mil milhões de patacas.

Reacção imediata

“O sector dos eventos das empresas é muito rápido na reacção”, para o bem e para o mal, salientou Bruno Simões. “As empresas não enviam os seus empregados para os eventos e os convidados também não vêm”, sublinhou, para concluir: “O medo é o pior que há”.

A retoma “vai acontecer, mas a que ritmo é que não se sabe”, afirmou, mostrando-se apreensivo com algumas notícias mais recentes do sector.

Enquanto isso, e mesmo fora da Ásia, foi cancelado o Mobile World Congress (MWC), a maior feira de telecomunicações móveis, cujo início estava previsto para dia 24, em Barcelona, precisamente perante as sucessivas desistências dos participantes face ao receio associado ao coronavírus.

E em Macau, por exemplo, a realização do Global Gaming Expo Asia (G2E Asia), o maior evento de jogo do continente asiático, que junta operadores, jogadores e empresários ligados ao sector, previsto para Maio, está depende da evolução do surto.

17 Fev 2020

MICE | Empresário diz que “situação é dramática” na área dos eventos 

[dropcap]M[/dropcap]al regressara de férias no início deste ano, Bruno Simões foi ‘atropelado’ pelas más notícias: as suas empresas de eventos de Macau estavam ‘infectadas’ pela paralisação da indústria turística e perdera todos os contratos até Abril.
Com o fecho dos casinos na capital mundial do jogo, com a paralisação da economia e com o mercado chinês turístico ‘contaminado’ pelo coronavírus Covid-19, “a situação é dramática”, desabafou. “Até no Vietname cancelaram coisas para Abril”, disse à agência Lusa.
À semelhança do Governo de Macau, que enviou alunos e funcionários públicos para casa, que trabalham à distância, Bruno Simões foi obrigado a tomar medidas excepcionais na DOC DMC e na SmallWORLD Experience.
“Teve de se mandar as pessoas já para casa até Abril e negociámos um mês de licença sem vencimento com os funcionários, com a esperança ainda de que a partir de Março as coisas animem”, explicou.
Com escritório também na vizinha cidade chinesa de Zhuhai, numa província que tem sido uma das mais afectadas pelo surto em número de infectados, o negócio vive muito das multinacionais que trabalham na Ásia. Por ano organizavam cerca de duas centenas de eventos. Agora, sem trabalhos, sem conferências, sem eventos e com encargos mensais fixos na ordem das 300 mil patacas, a esperança é que em Abril ou Maio “as empresas, que têm os seus calendários e têm de os executar” consigam devolver algum oxigénio à indústria.
Até lá, precisamente para acudir a pequenas e médias empresas como aquelas geridas pelo português, o Governo de Macau anunciou na quinta-feira benefícios fiscais e empréstimos bonificados, bem como apoios financeiros e sociais para a população no valor de 20 mil milhões de patacas.

Reacção imediata

“O sector dos eventos das empresas é muito rápido na reacção”, para o bem e para o mal, salientou Bruno Simões. “As empresas não enviam os seus empregados para os eventos e os convidados também não vêm”, sublinhou, para concluir: “O medo é o pior que há”.
A retoma “vai acontecer, mas a que ritmo é que não se sabe”, afirmou, mostrando-se apreensivo com algumas notícias mais recentes do sector.
Enquanto isso, e mesmo fora da Ásia, foi cancelado o Mobile World Congress (MWC), a maior feira de telecomunicações móveis, cujo início estava previsto para dia 24, em Barcelona, precisamente perante as sucessivas desistências dos participantes face ao receio associado ao coronavírus.
E em Macau, por exemplo, a realização do Global Gaming Expo Asia (G2E Asia), o maior evento de jogo do continente asiático, que junta operadores, jogadores e empresários ligados ao sector, previsto para Maio, está depende da evolução do surto.

17 Fev 2020

Função Pública | Serviços reabrem gradualmente a partir de hoje

Pode muito bem ser o primeiro sinal de regresso à normalidade em Macau. A partir de hoje, os serviços públicos voltam a abrir portas em regime de serviços mínimos e com medidas de controlo reforçadas. Quem quiser entrar terá de usar máscara e apresentar uma declaração de saúde

 

Com Lusa 

[dropcap]É[/dropcap] o primeiro passo para um regresso tímido a alguma normalidade. Os serviços públicos de Macau reabrem hoje com o objectivo de responder a algumas necessidades da população, depois de terem estado encerrados durante duas semanas, devido ao surto do novo tipo de coronavírus, baptizado de Covid- 19.

Contudo, no anúncio feito na passada sexta-feira pelos Serviços da Administração e Função Pública (SAFP), o Governo assegurou que apenas serão prestados serviços mínimos e básicos, sendo que o regresso ao trabalho da função pública vai ser alvo de muitas restrições para reduzir o risco de contágio do novo tipo de coronavírus.

Além do uso de máscara e de serem sujeitos a monitorização da temperatura corporal, vai ser exigido a quem recorrer aos serviços públicos, uma declaração de saúde electrónica que comprove que a pessoa não tem febre ou tosse. Caso contrário, as pessoas serão barradas à entrada.

A declaração não é um atestado médico, mas o mesmo documento que tem sido utilizado nos postos fronteiriços para entrar em Macau, sendo voluntário e passível de ser preenchido online através de um portal denominado “Sistema electrónico para Declaração de Saúde”. A declaração pode ser preenchida e apresentada no telemóvel, tendo apenas de ser feita no próprio dia pelo visitante.

Através de um comunicado oficial, o Governo alerta ainda que, apesar do regresso ao trabalho, “os serviços públicos irão reduzir (…) o número de balcões de atendimento e de pessoal”, apelando ao máximo para que os interessados contactem previamente os serviços, efectuem marcações prévias ou que evitem para já estes locais, se tal for possível. “As deslocações, durante este período, aos serviços públicos para tratamento de formalidades não urgentes ou desnecessárias devem ser evitadas”, pode ler-se na nota oficial.

Sobre o número de trabalhadores da Administração Pública que reiniciam hoje funções, o director dos SAFP, Kou Peng Kuan, não adiantou, segundo informações da TDM Rádio Macau, qualquer estimativa, tendo partilhado apenas que a decisão deve ser tomada de acordo com as necessidades de cada departamento.

Quando questionado se os funcionários públicos que vivem em Zhuhai também regressariam hoje ao trabalho, o responsável não negou essa eventualidade, afirmando, no entanto, que “não é aconselhável estarem na linha da frente”. “Vamos tentar evitar a prestação dos serviços desses trabalhadores que vivem em Zhuhai, para poder reduzir o risco de contacto com o público e outros trabalhadores”, disse o responsável de acordo com a mesma fonte.

Casinos na mira

A medida que obriga o público a preencher uma declaração de saúde deverá ser estendida ao sector privado, pelo menos foi isso que defendeu na passada sexta-feira, Leong Iek Hou, do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças. De acordo com a mesma fonte, o responsável afirmou que os Serviços de Saúde (SS) já se encontram a desenvolver uma aplicação “que também pode vir a ser utilizada por empresas”.

Leong Iek Hou sugeriu mesmo que a medida seja aplicada a bancos, espaços nocturnos e casinos, quando estes reabrirem. Recorde-se que a abertura gradual dos serviços públicos acontece na mesma semana em que terminam os 15 dias decretados pelo Chefe do Executivo para o encerramento dos casinos. “Para os casinos sugerimos uma redução do número de trabalhadores em 50 por cento para evitar a concentração de pessoas”, afirmou Leong Iek Hou, de acordo com informações da TDM Rádio Macau.

Sobre a possível reabertura dos casinos terminado o prazo de encerramento decretado pelo Governo, o secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong referiu na passada quinta-feira que a decisão ainda não está tomada. “A suspensão terminará no dia 19 de Fevereiro, mas será prolongada ou não dependendo da decisão administrativa e também da avaliação do risco. Só se avaliarmos a situação como segura é que vamos abrir os estabelecimentos. Temos estado em comunicação estreita com as concessionárias e respectivas entidades.”

 

Sete serviços públicos abrem portas

Ao todo são sete os serviços públicos que irão prestar serviços essenciais a partir de hoje. Assim, no seguimento do anúncio feito pelo Governo é aconselhável que aqueles que tiverem de tratar de assuntos essenciais ou urgentes optem por efectuar marcações prévias através do telefone ou online:

Instituto para os Assuntos Municipais (IAM)

Direcção dos Serviços de Identificação (DSI)

Direcção dos Serviços de Assuntos de Justiça (DSAJ)

Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública (SAFP)

Fundo de Pensões (FP)

Imprensa Oficial (IO)

Centro de Formação Jurídica e Judiciária

 

Sete mil já assinaram

Cerca de 7 mil residentes já assinaram entre as 09h00 e as 15h00 de ontem a declaração de saúde que permite a entradas nos serviços públicos, que voltam a reabrir esta manhã. Sem assinarem este documento de forma electrónica, as pessoas podem ser barradas à entrada. “A reacção das pessoas à medida é muita positiva. É uma declaração para todos os cidadãos e que até pode ser implementada para os hotéis e outros espaços”, afirmou ontem Leong Iek Hou, coordenadora do Núcleo de Prevenção e Doenças Infecciosas e Vigilância da Doença. Em relação ao facto de os funcionários dos serviços públicos terem de assinar a declaração, Leong afastou esse cenário e atirou a decisão para os directores e superiores de cada serviço.

17 Fev 2020

Função Pública | Serviços reabrem gradualmente a partir de hoje

Pode muito bem ser o primeiro sinal de regresso à normalidade em Macau. A partir de hoje, os serviços públicos voltam a abrir portas em regime de serviços mínimos e com medidas de controlo reforçadas. Quem quiser entrar terá de usar máscara e apresentar uma declaração de saúde

 
Com Lusa 
[dropcap]É[/dropcap] o primeiro passo para um regresso tímido a alguma normalidade. Os serviços públicos de Macau reabrem hoje com o objectivo de responder a algumas necessidades da população, depois de terem estado encerrados durante duas semanas, devido ao surto do novo tipo de coronavírus, baptizado de Covid- 19.
Contudo, no anúncio feito na passada sexta-feira pelos Serviços da Administração e Função Pública (SAFP), o Governo assegurou que apenas serão prestados serviços mínimos e básicos, sendo que o regresso ao trabalho da função pública vai ser alvo de muitas restrições para reduzir o risco de contágio do novo tipo de coronavírus.
Além do uso de máscara e de serem sujeitos a monitorização da temperatura corporal, vai ser exigido a quem recorrer aos serviços públicos, uma declaração de saúde electrónica que comprove que a pessoa não tem febre ou tosse. Caso contrário, as pessoas serão barradas à entrada.
A declaração não é um atestado médico, mas o mesmo documento que tem sido utilizado nos postos fronteiriços para entrar em Macau, sendo voluntário e passível de ser preenchido online através de um portal denominado “Sistema electrónico para Declaração de Saúde”. A declaração pode ser preenchida e apresentada no telemóvel, tendo apenas de ser feita no próprio dia pelo visitante.
Através de um comunicado oficial, o Governo alerta ainda que, apesar do regresso ao trabalho, “os serviços públicos irão reduzir (…) o número de balcões de atendimento e de pessoal”, apelando ao máximo para que os interessados contactem previamente os serviços, efectuem marcações prévias ou que evitem para já estes locais, se tal for possível. “As deslocações, durante este período, aos serviços públicos para tratamento de formalidades não urgentes ou desnecessárias devem ser evitadas”, pode ler-se na nota oficial.
Sobre o número de trabalhadores da Administração Pública que reiniciam hoje funções, o director dos SAFP, Kou Peng Kuan, não adiantou, segundo informações da TDM Rádio Macau, qualquer estimativa, tendo partilhado apenas que a decisão deve ser tomada de acordo com as necessidades de cada departamento.
Quando questionado se os funcionários públicos que vivem em Zhuhai também regressariam hoje ao trabalho, o responsável não negou essa eventualidade, afirmando, no entanto, que “não é aconselhável estarem na linha da frente”. “Vamos tentar evitar a prestação dos serviços desses trabalhadores que vivem em Zhuhai, para poder reduzir o risco de contacto com o público e outros trabalhadores”, disse o responsável de acordo com a mesma fonte.

Casinos na mira

A medida que obriga o público a preencher uma declaração de saúde deverá ser estendida ao sector privado, pelo menos foi isso que defendeu na passada sexta-feira, Leong Iek Hou, do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças. De acordo com a mesma fonte, o responsável afirmou que os Serviços de Saúde (SS) já se encontram a desenvolver uma aplicação “que também pode vir a ser utilizada por empresas”.
Leong Iek Hou sugeriu mesmo que a medida seja aplicada a bancos, espaços nocturnos e casinos, quando estes reabrirem. Recorde-se que a abertura gradual dos serviços públicos acontece na mesma semana em que terminam os 15 dias decretados pelo Chefe do Executivo para o encerramento dos casinos. “Para os casinos sugerimos uma redução do número de trabalhadores em 50 por cento para evitar a concentração de pessoas”, afirmou Leong Iek Hou, de acordo com informações da TDM Rádio Macau.
Sobre a possível reabertura dos casinos terminado o prazo de encerramento decretado pelo Governo, o secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong referiu na passada quinta-feira que a decisão ainda não está tomada. “A suspensão terminará no dia 19 de Fevereiro, mas será prolongada ou não dependendo da decisão administrativa e também da avaliação do risco. Só se avaliarmos a situação como segura é que vamos abrir os estabelecimentos. Temos estado em comunicação estreita com as concessionárias e respectivas entidades.”
 

Sete serviços públicos abrem portas

Ao todo são sete os serviços públicos que irão prestar serviços essenciais a partir de hoje. Assim, no seguimento do anúncio feito pelo Governo é aconselhável que aqueles que tiverem de tratar de assuntos essenciais ou urgentes optem por efectuar marcações prévias através do telefone ou online:
Instituto para os Assuntos Municipais (IAM)
Direcção dos Serviços de Identificação (DSI)
Direcção dos Serviços de Assuntos de Justiça (DSAJ)
Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública (SAFP)
Fundo de Pensões (FP)
Imprensa Oficial (IO)
Centro de Formação Jurídica e Judiciária
 

Sete mil já assinaram

Cerca de 7 mil residentes já assinaram entre as 09h00 e as 15h00 de ontem a declaração de saúde que permite a entradas nos serviços públicos, que voltam a reabrir esta manhã. Sem assinarem este documento de forma electrónica, as pessoas podem ser barradas à entrada. “A reacção das pessoas à medida é muita positiva. É uma declaração para todos os cidadãos e que até pode ser implementada para os hotéis e outros espaços”, afirmou ontem Leong Iek Hou, coordenadora do Núcleo de Prevenção e Doenças Infecciosas e Vigilância da Doença. Em relação ao facto de os funcionários dos serviços públicos terem de assinar a declaração, Leong afastou esse cenário e atirou a decisão para os directores e superiores de cada serviço.

17 Fev 2020

CPSP | Mais de 2 milhões de entradas e saída

[dropcap]E[/dropcap]ntre o dia 22 de Janeiro e 15 de Fevereiro, quando surgiu o alerta para a epidemia de Wuhan, mais de 2,08 milhões de pessoas entraram e saíram do território.

Os números foram fornecidos ontem pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) e representa uma quebra de 81 por cento face ao mesmo período do ano passado. Entre este número a quebra de turistas é mais representativa, e alcançou a proporção de 90 por cento.

17 Fev 2020

CPSP | Mais de 2 milhões de entradas e saída

[dropcap]E[/dropcap]ntre o dia 22 de Janeiro e 15 de Fevereiro, quando surgiu o alerta para a epidemia de Wuhan, mais de 2,08 milhões de pessoas entraram e saíram do território.
Os números foram fornecidos ontem pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) e representa uma quebra de 81 por cento face ao mesmo período do ano passado. Entre este número a quebra de turistas é mais representativa, e alcançou a proporção de 90 por cento.

17 Fev 2020