João Santos Filipe SociedadeAcidente com esquentador mata três pessoas na zona de S. Domingos Três pessoas perderam a vida no sábado, devido à inalação de monóxido de carbono, libertado por um esquentador. A tragédia foi descoberta pela empregada de limpeza, que quando entrou na habitação, situada no Largo de São Domingos, encontrou a mãe, o filho, no chão, e um amigo da mãe, no sofá, sem vida. De acordo com a informação publicada pelo jornal Ou Mun, no domingo, o problema que levou à concentração elevada de monóxido de carbono ainda não era conhecido. Quando se deu a fuga, encontravam-se na habitação uma mulher de 28 anos, o filho, de quatro anos, e ainda um amigo da família, com 31 anos. Estas três pessoas foram encontradas sem vida, em diferentes divisões da casa, pela empregada de limpeza, quando se deslocou ao local para trabalhar. No local, a mulher chamou imediatamente a mãe da mulher, enquanto os vizinhos contactaram as autoridades. Chegados ao local, os bombeiros transportaram as vítimas para o hospital. Contudo, a deslocação pouco mais serviu do que para confirmar as mortes e apontar como causa o envenenamento por monóxido de carbono, dado os elevados níveis desta substância no sangue das vítimas. Concentração perigosa Em casa das vítimas, as equipas de salvamento fizeram a medição dos níveis de monóxido de carbono e confirmaram uma elevada concentração deste gás, conhecido como assassino silencioso. O monóxido de carbono envenena as vítimas, sem que estas, na maior parte dos casos, se apercebam do que está a acontecer, ao induzir alguns sintomas como fadiga, vontade de dormir ou náuseas. Segundo a Comissão de Segurança no Consumo de Produtos, dos Estados Unidos, a exposição a níveis superiores a 150 partes por milhão é fatal. Quando fizeram a mediação, a concentração mais elevada foi detectada nos quartos da casa, com os valores a serem de 150 e 62 partes por milhão. Na casa-de-banho e na cozinha os valores da concentração foram de 28 partes por milhão e 34 partes por milhão, respectivamente. No entanto, as medições foram feitas numa altura em que por motivos de segurança duas botijas de gás tinham sido levadas da cozinha para a varanda e as equipas de salvamento tinham retirado do local os corpos das vítimas.
Hoje Macau Manchete SociedadeHong Kong | Regresso das ligações com Macau ameaça golfinhos A directora-adjunta da Sociedade para a Protecção dos Golfinhos de Hong Kong, Viena Mak Hei-man, alertou que as ligações entre Macau e Sheung Wan cortam a meio um dos principais habitats do golfinho branco Uma investigadora portuguesa considerou que o regresso das ligações marítimas entre Macau e Hong Kong vai ameaçar ainda mais a sobrevivência dos golfinhos brancos chineses na região do Delta do Rio das Pérolas. As viagens de barco rápido entre a península de Macau e Sheung Wan, no centro de Hong Kong, foram retomadas na quinta-feira, após quase três anos de interrupção devido à pandemia de covid-19. São más notícias para os golfinhos, lamentou a directora adjunta da Sociedade para a Protecção dos Golfinhos de Hong Kong (HKDCS, na sigla em inglês), após recolher equipamento colocado no mar para detectar sons dos mamíferos junto a Tuen Mun, no noroeste da região administrativa chinesa. Viena Mak Hei-man sublinhou que a rota da carreira marítima “corta a meio” aquele que é “um importante habitat” dos golfinhos brancos, entre a ponta sudoeste da ilha de Lantau e as ilhotas Soko, no sul de Hong Kong. Regresso interrompido A investigadora disse que a interrupção das ligações marítimas entre Macau e Hong Kong, a partir de Fevereiro de 2020, permitiu aos animais voltarem “de forma muito mais frequente” às Soko, “um local muito bom para os golfinhos socializarem e alimentarem as crias”. O ano de 2020 registou um aumento “muito significativo” da actividade dos golfinhos brancos, incluindo de grupos maiores, algo que deixou Viena Mak Hei-man, que investiga estes mamíferos há quase dez anos, “muito esperançosa”. Mas o número de golfinhos avistados durante as viagens regulares da HKDCS caiu de 52 em 2019 para 37 no primeiro ano da pandemia, antes de subir para 40 em 2022. Ainda assim muito longe do máximo histórico de 188 registado em 2003. “Os grandes mamíferos marinhos precisam de mais tempo para reagir” ao impacto da actividade humana, incluindo a construção de grandes infra-estruturas e projectos de recuperação de terrenos ao mar, disse. A investigadora lamentou que as autoridades de Hong Kong tenham rejeitado uma proposta, já feita em 2017, para desviar para sul a rota dos barcos, algo que “custaria à operadora talvez mais 10 minutos de viagem e um pouco mais de combustível” até Macau. As ligações marítimas entre Macau e Hong Kong são feitas pela Turbojet, que faz parte do império fundado pelo magnata Stanley Ho Hung-sun, falecido em 2020, e que abrange a operação de 13 casinos em Macau e do Casino de Lisboa e Casino do Estoril, em Portugal. Menos conforto O Departamento Marinho de Hong Kong respondeu que levar a rota para mais longe da costa, para águas mais turbulentas, “poderia tornar a experiência de viagem mais desconfortável para os passageiros”, recordou a investigadora. O optimismo da portuguesa levou um novo rombo com o quase desaparecimento dos golfinhos chineses das águas a norte da ilha de Lantau, devido à construção da ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, que arrancou em 2009. “Se nada for feito de forma urgente, vai ser muito difícil manter a população actual” de golfinhos brancos, avisou Viena Mak Hei-man. “O Governo continua a propor mais projectos de aterros e mais pontes (…). Este tipo de construção não é sustentável”, lamentou a investigadora.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeAngola | Contas em Macau associadas a esquema offshore Uma notícia do semanário Expresso dá conta que o angolano Orlando José Afonso, sócio do antigo vice-presidente de Angola e ex-dirigente da Sonangol, Manuel Vicente, escondeu vários milhões de euros em contas offshore numa rede criada a partir das Ilhas Caimão, onde se incluem duas contas bancárias em Macau, nos bancos Millenium BCP e ICBC Macau surge no rasto do dinheiro ligado à Sonangol, empresa petrolífera estatal angolana, quando esta era controlada por Manuel Vicente, antigo vice-presidente de Angola. Segundo uma notícia da última edição do semanário Expresso, Orlando José Afonso, sócio de Manuel Vicente, terá criado uma estrutura offshore a partir das Ilhas Caimão para esconder vários milhões de euros, onde se incluem duas contas bancárias em Macau, no Millenium BCP e no ICBC – Industrial and Commercial Bank of China. O semanário português teve acesso a documentos que mostram que o esquema para ocultar o dinheiro foi criado em 2018, depois de Manuel Domingos Vicente ter deixado a vice-presidência de Angola. Os documentos em causa surgem da Genesis Trust & Corporate Services, uma empresa que fornece serviços de incorporação e gestão de estruturas offshore nas ilhas Caimão. Na correspondência surge a referência a Orlando José Afonso “apenas pelas iniciais do seu nome, OJV, Orlando José Veloso, identificado como um cliente PEP, isto é, uma pessoa politicamente exposta”, lê-se na notícia. A encomenda para criar este esquema surgiu de um escritório de advogados sediado no Dubai. A referida empresa criou um trust nas Ilhas Caimão com o nome Purple Rose Star Trust, que ficou responsável pelo controlo de sete empresas offshore sediadas em diversas jurisdições, que detinham várias contas bancárias e investimentos imobiliários em vários países, onde se incluem as contas de Macau e ainda uma conta no Deutsche Bank em Portugal. Há também registo de contas no Banco da China. Muitos milhões Corria o ano de 2016 quando Orlando José Afonso deixou de ser presidente da empresa responsável pelos investimentos imobiliários feitos em nome da Sonangol, de nome SONIP. Foi nesse ano que Isabel dos Santos, filha do já falecido ex-presidente José Eduardo dos Santos, passou a ser CEO da Sonangol. Orlando José Afonso estava, à data, na Sonangol desde 1994 e era tido como alguém muito próximo de Manuel Vicente, antigo CEO e vice-presidente a partir de 2012. Há muito que a Sonangol está associada a esquemas de desvio de dinheiros públicos. Rafael Marques, jornalista de investigação angolano que mais tem denunciado esquemas de corrupção, escreveu vários artigos de investigação sobre a cedência de dezenas de milhões de euros directamente da Sonangol, em forma de contratos, a empresas de Manuel Vicente e Orlando José Veloso.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeProjectos arquitectónicos de Rui Leão e Carlotta Bruni distinguidos Dois projectos arquitectónicos desenvolvidos pelo atelier LBA – Arquitectura e Planeamento, de Rui Leão e Carlotta Bruni, ganharam os prémios de Ouro e Prata dos Prémios ADC [Architecture and Design Community] de 2022. O projecto do Centro Modal de Transportes da Barra ganhou a distinção Ouro, tal como o projecto do complexo habitacional do Fai Chi Kei, enquanto a renovação de um edifício de serviços no centro histórico de Macau obteve a distinção Prata. De frisar que este projecto foi recentemente distinguido pela UNESCO. Sobre os Prémios ADC, Rui Leão disse ao HM que “representam o trabalho feito pelo atelier nos últimos anos e é um reconhecimento internacional muito importante”, além de serem uma verificação “da arquitectura que produzimos, que mostra que aquilo que fazemos tem qualidade”. O arquitecto não está surpreendido por ter obtido a distinção Ouro com o Centro Modal de Transportes da Barra, pois trata-se de “um projecto muito bom enquanto desenho de arquitectura”. Rui Leão recorda “um projecto difícil, pois a execução da obra foi difícil e demorada. Custou-nos um pouco isso porque houve um grande investimento do projecto”, com a coordenação de diversas entidades públicas. “Se demorou muito tempo foi porque houve muitos problemas na construção. Mas é importante que o projecto seja reconhecido e, para nós, é uma forma de reconciliação com tudo isto.” “Agarrar” a cidade Em relação ao complexo habitacional do Fai Chi Kei, já distinguido anteriormente, Rui Leão destaca sobretudo a ligação com a cidade. “Apesar de ter sido concluído em 2014 é um projecto que se mantém muito actual, porque tem uma exploração a nível do espaço comum e do público, pela maneira como agarra a cidade. A importância que atribuo ao projecto do Fai Chi Kei é o facto de fazer isso mesmo, desenhar a cidade e ter preocupações de integração social. O arquitecto aponta que, nos últimos 10 a 15 anos, a forma de construir foi mudando. “Macau evoluiu muito nestes últimos anos e a maneira como se trabalha, em termos de exigência técnica para a área de projecto, aumentou muito nos últimos 10 a 15 anos, e isso está associado à construção dos grandes casinos, que têm uma escala muito diferente e maiores controlos de qualidade. Toda a indústria teve de acompanhar esse ritmo e o próprio Governo foi atrás dessa prática internacional associada aos casinos”, concluiu.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeAno Novo Lunar | Hotéis cheios, mas Governo deixa alertas Helena de Senna Fernandes, directora da Direcção dos Serviços de Turismo (DST), adiantou ontem, à margem de um evento público, que grande parte dos quartos de hotel já estão reservados para os dias de Ano Novo Chinês. No entanto, segundo a TDM Rádio Macau, a governante deixou o alerta para que os hotéis não trabalhem com plataformas digitais de marcação de quartos de hotel que estão a cobrar cerca de 70 mil dólares de Hong Kong por quarto em algumas reservas. “Vemos que há plataformas online que vendem quartos de hotel por 70 mil dólares de Hong Kong por quarto, que não se situam no Cotai. Alertamos para que os hotéis discutam com essas plataformas, porque achamos que os valores não estão dentro do normal. Sei que há muito hotéis que estão atentos a isso e, de facto, algumas plataformas corrigiram essa situação. Alertamos para que os hotéis não trabalhem com as plataformas que não querem colaborar.” Helena de Senna Fernandes disse ainda esperar cerca de 80 mil pessoas durante as tradicionais paradas do Ano Novo Chinês. “Mesmo no ano passado vi as ruas cheias de pessoas e penso que não há possibilidade de aumentar muito mais o número de pessoas. Queremos que as pessoas da Grande Baía assistam às paradas, embora seja sempre difícil aumentar o espaço.”
João Luz Manchete SociedadePonte 16 | Executivo optimista sobre futuro dos casinos Pode haver vida para os casinos-satélite depois dos três anos de transição para o modelo de gestão, pelo menos de acordo um executivo da empresa que gere o casino Ponte 16. Para tal, é preciso que o mercado de massas regresse a volumes pré-pandémicos e seja conseguido um “desempenho histórico” Após um processo legislativo que colocou em causa a sobrevivência dos casinos-satélite, pode haver uma luz ao fundo do túnel. Pelo menos, na óptica de Hoffman Ma Ho Man, vice-presidente do Success Universe Group Ltd, que gere o casino Ponte 16, ao abrigo da licença de jogo da SJM Holdings Ltd. “Se o mercado de jogo se mostrar rentável nos próximos três anos, é ainda possível que os casinos-satélite considerem a transição para um modelo empresarial de gestão”, apontou o responsável ao portal GGRAsia. As empresas que gerem este tipo de casinos costumam partilhar com as concessionárias que detinham as licenças de jogo as receitas apuradas nas mesas que operavam. Porém, com a revisão da lei do jogo, terminado o período de transição de três anos, as empresas responsáveis pelos casinos-satélite apenas vão ter direito a cobrar despesas de gestão às concessionárias (que recebem a totalidade dos lucros da exploração de jogo). Outra condição para se manterem no negócio, é que o Chefe do Executivo aprove o contrato de gestão firmado entre as empresas que gerem os casinos-satélite e as concessionárias. “Mesmo com a aplicação do modelo de taxa fixa de gestão às empresas findo o período de transição, esse acordo pode ainda ser exequível se o operador do casino-satélite conseguir um desempenho histórico nos próximos três anos”, indicou Hoffman Ma Ho Man acrescentando que tal registo lucrativo poderia dar margem de manobra negocial para fixar a taxa de gestão futura. Lei do mais forte Uma coisa parece certa e transversal a todo o sector. A sobrevivência depende das receitas feitas com o segmento de massas. “Se o desempenho da indústria em Macau conseguir recuperar para níveis pré-pandémicos, em particular no segmento de massas, penso que os casinos-satélite que ainda existem têm uma boa chance de transitarem para o modelo empresarial de gestão”, prevê o responsável pelas operações do casino Ponte 16. Um dos maiores desafios que estas empresas vão enfrentar é a dura competição com os grandes resorts pela captura do mercado de massas, sem poder recorrer à angariação de jogadores VIP. Com a aprovação da nova lei do jogo, sete casinos-satélite fecharam portas e 11 mantiveram operações ao abrigo das novas concessões de jogo, que entraram em vigor no passado dia 1 de Janeiro. Dos 11 ainda em activo, nove dependem da licença da SJM Holdings para operar. Além do Ponte 16, continuam sobre a alçada da SJM o Casino Grandview na Taipa, e o Casino Landmark, Casino Casa Real, Casino Kam Pek Paradise, Casino Fortuna, Casino Emperor Palace, Casino L’Arc Macau, e Casino Legend Palace na península de Macau. O Casino Waldo, no centro de Macau, opera sob a licença do Galaxy Entertainment Group Ltd, enquanto o Casino Grand Dragon, na Taipa explora jogo ao abrigo da licença da Melco.
João Santos Filipe Manchete SociedadeMortalidade | Cadáveres por levantar mais do que duplicaram Só nos primeiros dias de Janeiro, e em comparação com os primeiros seis meses do ano passado, o registo de cadáveres por levantar no território mais do que duplicou Só nos primeiros 19 dias de Janeiro o número de cadáveres por levantar no território, em comparação com os primeiros seis meses do ano passado, mais do que duplicou. Os números, compilados pelo HM, têm em conta os avisos publicados pelos Serviços de Saúde (SSM) na plataforma do Gabinete de Comunicação Social desde Janeiro do ano passado. Desde o início do corrente mês, e numa altura em que Macau começou a conviver com a covid-19, os Serviços de Saúde emitiram sete avisos para o levantamento de cadáveres. Os anúncios foram publicados a 12, 16 e 19 de Janeiro. No primeiro dos dias foram feitos dois avisos, no segundo mais outros dois avisos, e ontem foram publicados mais três, o registo mais elevado. Por contraste, no ano passado, em Janeiro não se registou qualquer aviso, tal como no período até ao final de Março, ou seja, no primeiro trimestre. Foi preciso chegar a Abril para que aparecesse a primeira publicação. A partir dessa altura, e até Junho, foi publicado um anúncio por mês, num total de três avisos. Tendência de crescimento Quando a comparação é feita com todo o ano passado, faltam mais quatro avisos para que o registo seja igualado. Ao longo dos 12 meses do ano transacto foram publicados 11 avisos de cadáveres por levantar. Apesar de nos primeiros seis meses de 2022 apenas terem sido publicados três avisos, na segunda metade do ano a tendência conheceu um aceleramento. Em Julho e Agosto, altura que coincidiu com um surto local de covid-19 e o período de confinamento, foram publicados dois e três avisos, respectivamente, num total de cinco. Depois do pico de Agosto, nos restantes quatro meses houve três anúncios em quatro meses, em Setembro, Outubro e Dezembro. Novembro foi o único mês do segundo semestre do ano sem qualquer anúncio. Focando os avisos emitidos nos primeiros 19 dias de Janeiro deste ano, os cadáveres por levantar eram de pessoas com idades entre os 28 anos e 90 anos. Entre os falecidos, sete eram do sexo masculino e um do feminino. No caso de os cadáveres não serem levantados no prazo de sete dias após o anúncio dos Serviços de Saúde, os cadáveres são tratados como não reclamados. Além disso, no caso de o cadáver ter pertences, estes são dados como perdidos, após o prazo de um ano.
Hoje Macau SociedadeRestauração | Quebra de 6,8 por cento em Novembro No passado mês de Novembro, o volume de negócios dos proprietários de restaurantes registou uma quebra de 6,8 por cento, em comparação com o período homólogo, de acordo com o inquérito de conjuntura à restauração e ao comércio a retalho. Os resultados do inquérito sobre o mês de Novembro foram publicados ontem pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Entre os restaurantes, o volume de negócios dos que servem gastronomia chinesa e de sopas de fitas registaram quebras de 13,5 por cento e 6,8 por cento, respectivamente. Quando a comparação é feita com o mês anterior, o volume de negócios dos proprietários entrevistados da restauração pela DSEC diminuiu 9,4 por cento. Nesta comparação, o volume de negócios dos restaurantes chineses baixou 11,4 por cento. Quanto ao comércio a retalho, observou-se em Novembro uma redução de 33,1 por cento do volume de negócios dos retalhistas entrevistados, face a Novembro do ano anterior. O sector dos produtos cosméticos e de higiene, o das mercadorias de armazéns e quinquilharias, bem como o dos relógios e joalharia registaram as maiores quebras de 48,6 por cento, 45,3 por cento e 45,3 por cento, respectivamente. Em termos mensais, entre Outubro e Novembro, os negócios dos retalhistas tiveram quebras de 15,3 por cento. Neste capítulo, os volumes de negócios dos produtos cosméticos e de higiene, assim como dos relógios e joalharia diminuíram 29,4 por cento e 29,1 por cento, respectivamente. No polo oposto, o volume de negócios dos vendedores de carros aumentou 2,4 por cento.
Hoje Macau SociedadePJ | Mulher burlada em 65 mil patacas Uma mulher de 30 anos queixou-se à Polícia Judiciária (PJ) de ter sido burlada online em 65 mil patacas. De acordo com a versão citada pelo jornal Ou Mun, a trabalhadora, apresentada como estrangeira, conheceu online em Dezembro do ano passado alguém que se apresentou como empresário. Depois de algumas semanas de conversa, a mulher começou a considerar que estava numa relação amorosa. Foi nessa condição, que o indivíduo lhe pediu ajuda, afirmando que estava na Turquia a fazer um negócio e que as suas contas tinham sido congeladas. Para contornar a situação, a mulher tinha de fazer várias transferências bancárias, que foi fazendo, até chegar ao valor de 65 mil patacas. Como após os vários pagamentos, o dinheiro nunca mais ficou disponível, e o homem continuou a pedir mais transferências, até que a mulher desconfiou que tinha sido burlada e apresentou queixa às autoridades.
Hoje Macau Manchete SociedadeCovid-19 | Ligações marítimas reúnem famílias de Macau e Hong Kong Foram ontem retomadas as ligações marítimas entre Porto Exterior, na península de Macau, e Sheung Wan no centro da ilha de Hong Kong. Para muitos residentes, chega ao fim uma separação de três anos em que estiveram impedidos de ver os familiares As ligações marítimas entre a península de Macau e Hong Kong foram ontem retomadas, permitindo o reencontro de familiares que, durante quase três anos estiveram separados, a apenas 60 quilómetros de distância, devido à pandemia da covid-19. Já há dias que os cerca de 300 bilhetes para a primeira viagem do dia entre o terminal marítimo do Porto Exterior, em Macau, e Sheung Wan, no centro de Hong Kong, estavam esgotados. Quatro dos bilhetes foram para a família de Abigail, que até faltou às aulas no Jardim de Infância Dom José da Costa Nunes, o único infantário de língua portuguesa em Macau. “Vou ver o meu avô e a minha avó e os meus tios”, disse rapidamente à Lusa a menina, de “quase 5 anos”, que desde 2019 não está com os familiares de Hong Kong. “Sinto muito a falta deles”, confessou Abigail, por detrás de uma máscara decorada com figuras do Ano Novo Lunar. “Já vamos almoçar com eles, mas primeiro temos de ir renovar o teu BIR [Bilhete de Identidade de Residente de Hong Kong]”, prometeu a mãe. Também há três anos que Kei Kei, de 28 anos, não via o padrasto, a trabalhar na logística de mercadorias em Hong Kong, um dos maiores portos do mundo. “Ele já tem alguma idade e nem eu nem a minha mãe queríamos que ele andasse a fazer quarentenas tão longas. Eu trabalho com idosos, em lares e centros de reabilitação e não podia deixá-los durante tanto tempo”, disse à Lusa. As ligações marítimas entre as duas regiões administrativas estavam suspensas desde Fevereiro de 2020, deixando a ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau como única ligação, ainda assim com quarentenas obrigatórias, que chegaram a ser de 28 dias, à entrada em Macau. “Quando isto [a pandemia] começou, não fazíamos ideia que ia ser tão duro”, disse Kei Kei com um suspiro. “Pensámos que ia ser só uns meses no máximo”, acrescentou. Casamento limitado À semelhança da China continental, Macau seguiu até meados de Dezembro a política ‘zero covid’, apostando em testagens em massa, confinamentos de zonas de risco e quarentenas à chegada. O fim destas medidas chegou no mês passado, depois de quase três anos de restrições rigorosas. Restrições que fizeram mesmo com que o padrasto não pudesse estar presente quando Kei Kei se casou com um cidadão luso-brasileiro, em Outubro de 2021, no Consulado-geral de Portugal em Cantão, capital da província vizinha de Macau. “Foi uma cerimónia pequena e rápida, mas ele não pôde vir”, lamentou a jovem. No final de Dezembro, Macau retomou a ligação marítima com o aeroporto de Hong Kong, com duas viagens de ida e volta semanais entre o terminal do Pac On, na Taipa, e o Skypier do aeroporto. Já em Janeiro foi a vez de regressarem as ligações entre o terminal marítimo de passageiros da Taipa e o de Sheung Wan, com cerca de dez carreiras de ida e volta. A operadora é a Turbojet, que faz parte do império fundado pelo magnata Stanley Ho, falecido em 2020, e que abrange a operação de 13 casinos em Macau e em Portugal, do Casino de Lisboa e do Casino do Estoril. De acordo com os Serviços de Saúde de Macau, 114 pessoas morreram de covid-19 no território desde o início da pandemia, em 11 de Março de 2021.
Hoje Macau SociedadePortuguês | Aluno da UPM publica em revista científica brasileira Lu Jiang, doutorando em Português da Universidade Politécnica de Macau (UPM), publicou o artigo científico “Tradução Portuguesa de Referências Culturais Extralinguísticas no Manual de Chinês Língua Não Materna: Aplicação de Estratégias de Tradução Propostas por Andrew Chesterman”, em co-autoria com Han Lili, directora da Faculdade de Línguas e Tradução da UPM e Carlos Ascenso André, académico e ex-director do Centro Pedagógico e Científico da Língua Portuguesa da mesma instituição de ensino. Segundo uma nota de imprensa da instituição de ensino, o artigo foi publicado na revista brasileira “Cadernos de Tradução”, criada pela Universidade Federal de Santa Catarina. Tendo como objecto de análise o “Manual de Chinês Língua não Materna”, editado pela UPM, o artigo compara uma variedade de termos da cultura chinesa com a tradução portuguesa (incluindo oito tipos de gastronomia chinesa, vinte e quatro termos solares, signos no zodíaco chinês, a ópera de Pequim e a ópera local, nomes e sobrenomes chineses, tiposos de relações de parentesco, radicais e traços de caracteres chineses ou estrutura de caracteres chineses, entre outros).
Hoje Macau Manchete SociedadeCaso Suncity | Alvin Chau condenado a 18 anos de prisão O Tribunal Judicial de Base condenou ontem Alvin Chau, ex-CEO do grupo Suncity, a 18 anos de prisão por exploração ilícita de jogo e sociedade secreta. A RAEM e cinco operadoras de jogo terá ainda de receber indemnizações O antigo director executivo da maior empresa angariadora de apostas VIP do mundo, Alvin Chau Cheok Wa, foi ontem condenado em Macau a 18 anos de prisão por exploração ilícita de jogo e sociedade secreta. Lou Ieng Ha, juíza do Tribunal Judicial de Base (TJB), considerou ainda o ex-líder da Suncity culpado dos crimes de participação em associação criminosa e chefia de associação criminosa, mas inocente do crime de branqueamento de capitais. A juíza defendeu que Alvin Chau promoveu o ‘jogo paralelo’: apostas feitas nas Filipinas, mas por telefone a partir de Macau ou através da internet, ou ainda apostas em salas VIP de Macau cujo valor real era várias vezes superior ao registado, para fugir ao pagamento de impostos. Lou sublinhou que este processo “influenciou gravemente a sociedade” e que o ‘jogo paralelo’ “prejudica a cobrança de impostos pela RAEM e os negócios das operadoras” de casinos. O TJB condenou os nove arguidos considerados culpados do crime de sociedade secreta a pagarem uma indemnização à região no valor total de 6,52 mil milhões de dólares de Hong Kong. Os nove antigos executivos da Suncity terão ainda de pagar indemnizações, no valor total de 2,15 mil milhões de dólares de Hong Kong a cinco das seis operadoras de jogo em Macau. Por outro lado, a juíza considerou que 136 crimes de exploração ilícita cometidos até 2016 já prescreveram. Nas alegações finais, o advogado de Alvin Chau, Leong Hon Man, tinha defendido que as actividades da Suncity se situavam “numa zona cinzenta”. Já David Azevedo Gomes, advogado de um outro executivo da Suncity, Jeffrey Si Tou Chi Hou, lembrou que as apostas electrónicas ou por telefone eram legais nas Filipinas até 2019 e defendeu que a lei de Macau é “omissa” quanto ao jogo ‘online’. Mas Lou Ieng Ha disse acreditar que os tribunais locais “têm competência” para julgar o caso, uma vez que a Suncity “chegou a promover em Macau apostas pela internet nas Filipinas”. Acusações e responsabilidades Celestino Ali, antigo executivo da Suncity, foi condenado a 15 anos de prisão por exploração de jogo ilícito, associação criminosa, burla e branqueamento de capitais. O seu advogado, Pedro Leal, defendeu que as seis operadoras de jogo deveriam ter sido consideradas “de forma solidária” responsáveis pelas actividades alegadamente ilícitas da maior empresa angariadora de apostas VIP do mundo. Após a leitura da sentença dos 21 arguidos, o advogado de Ali, Pedro Leal, defendeu que “não estão preenchidos os requisitos do crime de jogo ilícito nem de burla e que, por isso, também não deveria haver indemnização”. “Acho inconcebível que as concessionárias, que durante anos e anos lucraram à conta da Suncity, aproveitaram a situação para virem reclamar dinheiro a que não têm direito”, disse ainda. Durante as alegações finais, o advogado argumentou que as operadoras de casinos de Macau sabiam das actividades ilícitas da empresa liderada por Alvin Chau Cheok Wa, mas preferiam ignorá-las para manter as receitas. “Enquanto a mama deu, mamaram. Agora caem em cima dele”, disse Pedro Leal, referindo-se a Celestino Ali. O advogado criticou ainda a condenação dos arguidos por sociedade secreta, um crime criado “numa altura específica para combater um determinado tipo de crimes, mais ligados a seitas”. O crime de sociedade secreta foi criado em 1997, em plena guerra armada entre tríades chinesas pelo controlo dos casinos que marcou os últimos anos da administração portuguesa de Macau. Ali poderá recorrer Condenado a 15 anos de prisão, Celestino Ali, antigo responsável pelo departamento de IT do grupo Suncity, deverá recorrer da sentença decretada ontem. Foi o que disse aos jornalistas, à saída do tribunal, o seu advogado Pedro Leal. “Vamos ver. Não sei o que o meu cliente quer fazer, mas deve querer recorrer. Não estão cumpridos os pressupostos dos crimes de jogo ilícito e burla. Não estou de acordo com a decisão.” Pedro Leal lamenta que o seu cliente tenha sido condenado a mais anos de prisão do que outros arguidos que “lucraram com o jogo ilícito” e que foram condenados a apenas dez anos de cadeia.
Andreia Sofia Silva SociedadeDSAT | Trânsito reorganizado nos dias de Ano Novo Chinês O trânsito em alguns locais do território será reorganizado devido às celebrações do Ano Novo Chinês. O serviço de autocarros será ajustado, entre sábado e o dia 27, no lado oriental da Praça das Portas do Cerco e da zona de Nam Van, sendo vedado todo o trânsito na intersecção da Rua do Dr. Pedro José Lobo e da Avenida do Infante D. Henrique, para aí serem disponibilizadas instalações para os passageiros aguardarem os autocarros. Segundo uma nota de imprensa da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), foram dadas orientações às operadoras de autocarros para gerirem melhor o escoamento de passageiros, a fim de evitar grandes aglomerações de pessoas. Foi também promovida coordenação com as operadoras de jogo quanto ao serviço de shuttle bus, a fim de aumentar a frequência destes autocarros e a divulgação dos seus horários de funcionamento. Desta forma, foram reservados espaços nos postos fronteiriços para o estacionamento dos shuttle bus. Além disso, a DSAT coordenou com a companhia de autocarros de ligação do Posto Fronteiriço da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau a fim de aumentar o número de veículos em operação e as respectivas frequências de acordo com o afluxo de passageiros, bem como para melhorar o ambiente de espera de autocarros.
Andreia Sofia Silva SociedadeBombeiros | Metade das chamadas em 2022 foram desnecessárias Dados divulgados ontem pelo Corpo de Bombeiros (CB) relativos aos trabalhos desenvolvidos no ano passado mostram que metade das chamadas realizadas pela população com queixas relativas à covid-19 no último mês revelaram-se desnecessárias. Segundo o portal Macau News Agency, o número de chamadas feitas para os bombeiros aumentou significativamente, com chamadas de ambulâncias a aumentar 24,72 por cento e pedidos especiais a subirem 46,21 por cento. A larga maioria das chamadas de ambulância, de um universo de 39.113 pedidos, ocorreu nos meses de Junho e Dezembro, precisamente quando houve dois surtos de covid-19 no território. O CB aponta que cerca de metade dessas chamadas foram desnecessárias. Leong Iok Sam, dirigente do CB, disse que, no pico de casos covid, foram realizados 400 percursos de ambulância diários. “A situação voltou ao normal nos últimos dias, quando passámos a ter apenas 100 percursos por dia”, adiantou. Foi ainda revelado que cerca de 70 a 80 por cento dos bombeiros e restantes funcionários estiveram doentes com covid-19.
João Luz Manchete SociedadeAeroporto | Esperados 50 mil passageiros no Ano Novo Chinês Entre 22 e 26 de Janeiro, o Aeroporto de Macau pode receber perto de 50 mil passageiros, fluxo 1,5 vezes maior do que o registado no Ano Novo Chinês de 2022. Em Fevereiro regressam os voos para Banguecoque e Kuala Lumpur e decorrem negociações para ligar Macau a destinos no Vietname e Camboja A empresa que gere o Aeroporto Internacional de Macau prevê o aumento do fluxo de passageiros durante o Ano Novo Chinês para cerca de 50 mil visitantes no período entre 22 e 26 de Janeiro, um volume de movimentos 1,5 vezes maior do que o verificado nos mesmos feriados do ano transacto. A perspectiva foi avançada ontem por Eric Fong, que dirige o departamento de marketing do aeroporto. O responsável adiantou que desde que foram levantadas as restrições fronteiriças de combate à pandemia, o aeroporto da RAEM acrescentou 10 novas rotas. De momento, Macau tem ligações aéreas a 29 destinos, 20 destes localizados no Interior da China e os restantes para locais no sudeste asiático e Taiwan, operações que envolvem 11 companhias aéreas, avançou o director de departamento, citado pelo canal chinês da Rádio Macau. Em relação à capacidade de recursos humanos para lidar com o aumento de passageiros, Eric Fong indicou que na segunda-feira aterraram em Macau 8.000 pessoas, número que representa um “crescimento satisfatório”, mas dentro dos limites logísticos do aeroporto. O responsável estima que o aeroporto tem capacidade para processar a chegada de 30.000 passageiros por dia. Mais ligações Recorde-se que na semana passada, a comissão executiva da empresa que gere as operações aeroportuárias em Macau marcou uma reunião para ajustar e restaurar a normalização dos recursos humanos, avançou o Jornal Tribuna de Macau. Quanto ao futuro imediato, ultrapassados os tempos da política de zero casos de covid-19, Eric Fong aponta como objectivo principal o retorno a mais de 50 destinos que serviam Macau antes da pandemia. Os principais alvos da Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau (CAM) são “mercados mais prósperos do Interior, ao mesmo tempo que se vai apostar em rotas de médio e longo curso no sudeste asiático”. Uma das políticas para manter em termos de gestão é incentivos e descontos nas tarifas para aterrar e descolar a companhias aéreas. Eric Fong aponta que aumentou entre 20 a 30 por cento o número de transportadoras aéreas a concorrer a ligações à RAEM, face ao período pandémico. Para já, a CAM encontra-se em negociações para abrir rotas aéreas com destinos no Vietname e Camboja e no próximo mês são recuperadas as ligações a Banguecoque e Kuala Lumpur.
Hoje Macau SociedadePSP | Duas pessoas detidas por conduzirem com álcool A Polícia de Segurança Pública (PSP) anunciou a detenção de duas pessoas por conduzirem embriagadas. Segundo a informação citada pelo jornal Ou Mun, o primeiro caso aconteceu na madrugada do último sábado. Uma mulher com cerca de 30 anos, desempregada, circulava na Taipa, por volta das 4 da manhã, quando a sua viatura se envolveu numa colisão com outro veículo. Do acidente, não resultaram feridos, mas chamadas ao local, as autoridades fizeram o teste do álcool à mulher e o resultado mostrou 2,61 gramas de álcool no sangue. Após ser questionada pelas autoridades, a condutora reconheceu que tinha estado a jantar e a beber com amigos durante a noite, antes de pegar no carro para ir para casa. O segundo caso foi registado na segunda-feira, às três da manhã, quando um homem com cerca de 30 anos foi parado numa operação stop, na Avenida do Nordeste. Após soprar o balão, o condutor acusou 2,8 gramas de álcool no sangue. Às autoridades, reconheceu que tinha estado a jantar e a beber com os amigos. Em ambos os casos, as pessoas iam ser apresentadas a um juiz, mas segundo o artigo do Ou Mun, na segunda-feira ainda não se conhecia a decisão do tribunal.
João Santos Filipe Manchete SociedadeJogo | Receitas de Janeiro podem atingir um terço do registo de 2019 Os casinos de Macau podem começar 2023 a facturar quase 8 mil milhões de patacas de receitas brutas em Janeiro, mais de 30 por cento do registo de 2019, indica a estimativa da Morgan Stanley baseada nos primeiros 15 dias de operação. O valor representa um aumento superior a 22 por cento em relação a Janeiro de 2022 Depois da divulgação dos dados da Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ) que revelaram a quebra de 51,4 por cento das receitas brutas em 2022, para um total de 42,1 mil milhões de patacas, em relação ao ano anterior, o presente mês de Janeiro pode significar uma mudança de paradigma. Com base nas previsões dos analistas da Morgan Stanley face aos primeiros 15 dias do mês, Janeiro pode terminar com um volume de receitas brutas a chegar aos 7,75 mil milhões de patacas, mais 22,2 por cento em relação a Janeiro de 2022, quando os casinos de Macau apuraram 6,34 mil milhões de patacas. Os especialistas sublinham que as receitas brutas perspectivadas para este mês representam, pelo menos, 31 por cento das receitas de Janeiro de 2019, quando as receitas brutas atingiram quase 25 mil milhões de patacas. Importa ressalvar que em 2019, os feriados do Ano Novo Chinês calharam no início de Fevereiro, ao contrário deste ano em que irão ajudar às operações do mês de Janeiro. “Aumentámos as nossas estimativas para Janeiro de 200 milhões de patacas por dia para 250 milhões de patacas de receitas brutas diárias (mais 123 por cento em termos mensais e 31 por cento do valor registado em Janeiro de 2019). Destas receitas brutas, prevemos que cerca de 85 por cento virá do segmento de massas”, perspectivam os analistas citados pelo GGRAsia. Matar saudades O comunicado da Morgan Stanley seguiu-se à primeira visita dos seus analistas a Macau nos últimos três anos. Do que apuraram, foi estimado que “as apostas mínimas nas mesas de casinos da península de Macau sejam de cerca de 500 patacas, enquanto no Cotai foram de 2.000 patacas”, o que “superou as expectativas”. Na segunda-feira, a JP Morgan divulgou também um comunicado a dar conta do crescimento semanal ao nível das receitas dos casinos de Macau. “Com base nas informações que recolhemos, estimamos que as receitas brutas dos primeiros 15 dias de Janeiro sejam de cerca de 4,3 mil milhões de patacas, ou seja, uma taxa diária de receitas entre 285 milhões e 290 milhões de patacas”, foi estimado. Tendo em conta que este período ainda não compreende os feriados do Ano Novo Chinês, os analistas da JP Morgan são mais optimistas que os seus colegas da Morgan Stanley, apontando para receitas brutas entre 35 e 40 cento das apuradas em 2019, com as estimativas a subir para o período dos feriados do Ano Novo Chinês.
Andreia Sofia Silva SociedadeGIF | Transacções suspeitas do jogo caem 11,5% O número de transacções suspeitas reportadas pelo sector do jogo ao Gabinete de Informação Financeira (GIF) registou uma quebra de 11,5 por cento entre 2021 e 2022. Segundo dados divulgados ontem, os casinos reportaram no ano passado um total de 1,177 transacções, que representaram 53.5 por cento do total, enquanto em 2021 foram reportadas 1,330, que representaram 54.6 por cento do total. Por sua vez, as companhias de seguro e demais instituições financeiras reportaram no ano passado 765 transacções suspeitas face às 793 de 2021. As demais instituições a operar no território reportaram, em 2022, 257, número inferior às 312 transacções reportadas ao GIF em 2021. Em termos gerais, o GIF aponta que recebeu um total de 2,199 transacções tidas como suspeitas, “o que significa uma diminuição de 9.7 por cento em relação a 2021”, sendo que a mudança “se deveu principalmente à diminuição do número de STR [transacções suspeitas] reportadas pelo sector do jogo a outras instituições”. Por sua vez, o GIF remeteu 162 casos para o Ministério Público no ano passado para posterior investigação.
Hoje Macau SociedadeUPM | Inscrições para licenciaturas terminam hoje Chega hoje ao fim o prazo de inscrições para os cursos de licenciatura da Universidade Politécnica de Macau (UPM) para o ano lectivo de 2023/2024, que começa em Setembro deste ano. Segundo uma nota de imprensa, os cursos da UPM acompanham “as principais tendências internacionais de desenvolvimento social, económico e cultural” a fim de “permitir um leque de possibilidades aos graduados da UPM na futura carreira”. O objectivo é que os futuros licenciados trabalhem em empresas e nas áreas consideradas prioritárias para o desenvolvimento de Macau ou na Zona de Cooperação Aprofundada Macau-Hengqin. A UPM destaca ainda o facto de tanto os cursos de licenciatura como mestrados ou doutoramentos terem obtido, nos últimos anos, “o reconhecimento unânime, nacional e internacional, sobre a qualidade do ensino e de investigação”, com “resultados notáveis”. Além disso, é referido que a UPM foi a primeira instituição de ensino superior de Macau a ter ganho o Prémio Nacional de Mérito do Ensino e a única instituição da China a conseguir por três vezes o Prémio de Qualidade da APQN. A UPM consta no ranking 2022 das Universidades Mundiais mais influentes do Times Higher Education do Reino Unido, nomeadamente nas áreas de “Cidades e Comunidades Sustentáveis” e “Trabalho Digno e Crescimento Económico”, estando posicionada entre os 201 e 300 melhores lugares.
João Santos Filipe Manchete SociedadeImobiliário | Compra de habitação caiu para nível mais baixo desde 1984 As transacções estão em quebra há quatro anos, e no ano passado chegou-se ao valor mais baixo das últimas quatro décadas. Julho e Agosto foram os piores meses para o mercado No ano passado foi registado o valor mais baixo de transacções de habitação no território desde 1984. Segundo os dados disponibilizados pela Direcção de Serviços de Finanças (DSF) em 2022 foram transiccionados 2.950 imóveis. Em comparação com 1984, o ano com o pior registo das estatísticas oficiais da Direcção de Serviços de Estatística e Censos (DSEC), no ano passado houve menos 540 transacções de habitação, face ao total de 3.490 transacções de 1984. O ano de 2022 é assim inscrito nos registos históricos como o pior desde que começaram a ser publicadas estatísticas de transacções imobiliárias, o que aconteceu em 1983. Nesse ano, quando ainda nem estava prevista a transição da soberania de Macau de Portugal para a China, tinham sido registadas 3.699 transacções de habitação. 2022 foi também o quarto ano consecutivo a acumular recordes de compras baixas de casas em Macau. A compra de habitação está em quebra desde 2018, quando tinham sido comercializadas 10.822 habitações. Esta tendência só encontra paralelo entre os anos de 2011 e 2015, o recorde negativo. Nesses anos, afectados pela crise mundial e a campanha contra o jogo VIP em Macau, as transacções diminuíram de 17.989 trocas para 5.976. Período negro No ano passado, o mercado foi afectado pelas várias medidas de controlo da pandemia, não só em Macau, mas também no Interior, como confinamentos e proibições de circulação. Além disso, sentiu-se o efeito da crise no jogo, que culminou com uma contracção das receitas brutas dos casinos de 51,4 por cento, para 42,2 mil milhões de patacas. A queda é mais significativa quando a comparação é feita com 2019, o último ano sem qualquer efeito da pandemia, quando as receitas foram de 292,5 mil milhões de patacas. No ano passado, o mês com menos transacções foi registado em Julho, com 127 compras de casa, e Agosto, quando o número foi de 157 transacções. Estes meses coincidiram com o principal pico da pandemia em Macau e o surto de Julho, que levou à imposição de um confinamento parcial. Por outro lado, o mês com mais transacções foi Outubro, com 417 transacções.
Hoje Macau Manchete SociedadeCasinos | Jogo VIP em Macau cai 64 por cento no ano passado As receitas provenientes das grandes apostas em Macau foram de 10,1 mil milhões de patacas em 2022, menos 64% em relação a 2021, e 92,5% em relação a 2019 (ano pré-pandemia), foi ontem divulgado. No último trimestre do ano, as operadoras arrecadaram 2,1 mil milhões de patacas no último trimestre do ano, no chamado jogo VIP, contra 1,1 mil milhões de patacas nos três meses anteriores, de acordo com dados divulgados pela Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ). As operações dos casinos têm sido muito afetadas pela pandemia com fortes reduções de receitas. Os números dos grandes apostadores em 2022 são menos de 7,5% das receitas do mesmo setor em Macau em 2019, que atingiram 135,2 mil milhões de patacas, o momento em que o jogo VIP perdeu o estatuto de segmento mais preponderante nas receitas globais. Este ano terminou com os casinos de Macau a registarem uma quebra de 51,4% na receita bruta acumulada, de 42,1 mil milhões de patacas contra 86,8 mil milhões de patacas em 2021. Desde 2020, as seis operadores do jogo em Macau, MGM, Galaxy, Venetian, Melco, Wynn e SJM, acumularam prejuízos sem precedentes e o Governo tem sido obrigado a recorrer à reserva extraordinária para responder à crise, até porque cerca de 80% das receitas governamentais provêm dos impostos sobre o jogo. As operadoras de jogo renovaram, a 16 de dezembro, o contrato de concessão para os próximos dez anos, entrando em vigor a 01 de janeiro em Macau, único local na China onde o jogo em casino é legal. As autoridades exigiram no concurso público a aposta em elementos não jogo e visitantes estrangeiros, na expectativa de diversificar a economia do território. O jogo representa 55,5% do produto interno bruto (PIB) de Macau, indústria onde trabalham mais de 80 mil pessoas, ou seja, 17,2% da população empregada. Macau, que à semelhança da China seguia a política ‘zero covid’, anunciou este mês o cancelamento da maioria das medidas de prevenção e contenção, depois de quase três anos das rigorosas restrições.
Hoje Macau SociedadeDST | Delegação de turismo de Hong Kong em Macau Um grupo de 40 representantes do sector do turismo de Hong Kong estão em Macau desde ontem para uma visita de dois dias a convite da Direcção dos Serviços de Turismo (DST). Segundo um comunicado, a delegação é composta por líderes do Conselho da Indústria do Turismo de Hong Kong, operadores de serviços de transporte e agências de viagem, entre outros. O grupo inclui ainda um grupo de 14 jornalistas com o objectivo de reportar os diversos elementos turísticos de Macau, tal como o património e os resorts integrados, defendeu a DST. No território, a delegação reuniu com o secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, e a directora da DST, Helena de Senna Fernandes, tendo ontem participado num seminário de estabelecimento de contactos empresariais entre as duas regiões. Desde que as ligações de ferry entre Macau e Hong Kong foram restabelecidas, no passado dia 8, que as autoridades locais têm tentado atrair visitantes do território vizinho, como é o caso do pacote turístico “Compre Um, Leve um Grátis” destinado aos turistas de Hong Kong, que está disponível desde sexta-feira. Com esta iniciativa os visitantes têm direito a um bilhete de regresso de autocarro ou ferry gratuito por cada viagem comprada. A DST pretende atrair diariamente cerca de dez mil turistas da região vizinha.
João Luz SociedadeJogo | Alerta para horas extra para compensar falta de trabalhadores Os funcionários que trabalham na linha da frente em alguns casinos de Macau foram alertados para a hipótese de terem de fazer horas extra durante os feriados do Ano Novo Chinês. Devido ao aumento brusco da procura depois de três anos em que muitos trabalhadores foram transferidos para outros departamentos, os casinos procuram colmatar a escassez de recursos humanos. “Daquilo que nos foi dado a conhecer, já foi pedido a trabalhadores da área do jogo de alguns resorts do Cotai, como o Galaxy Macau e o Venetian Macao, para se prepararem para trabalhares turnos de trabalho extra” durante o período do Ano Novo Chinês, revelou Lei Iok Po, director da associação laboral Power of Macau Gaming, em declarações ao portal GGRAsia. O responsável indicou que alguns funcionários foram notificados da possibilidade de terem de cancelar ou adiar folgas que estavam anteriormente previstas para o Ano Novo Chinês. “As boas notícias é que, pelo menos, estão aliviados por já não lhes ser aplicada licença sem vencimento”, afirmou Lei Iok Po. Por sua vez, Cloee Chao da Associação Novo Macau para os Direitos dos Trabalhadores do Jogo acrescentou que, nos últimos dois anos e tal, se verificaram muitos casos de funcionários da área de jogo que foram deslocados para outros departamentos quando as operações nas mesas passaram a registar menos movimentação. “Agora, estes trabalhadores são necessários de novo na área de jogo, mas a transferência de volta aos cargos originais pode demorar algum tempo, já para não mencionar aqueles que não estão interessados em regressar aos postos anteriores. Os recursos humanos parecem estar muito escassos nas mesas de jogo durante o Ano Novo Chinês”, afirmou Cloee Chao à mesma fonte.
João Luz Manchete SociedadeEstudo | Retoma de Macau pode não ser afectada por cenário global A Associação Económica de Macau prevê que a retoma da economia local se sinta já no primeiro trimestre do ano. Depois do boom turístico do Ano Novo Chinês, a associação estima que os investimentos programados pelas concessionárias protejam Macau do cenário global de recessão e mesmo da quebra do consumo no Interior da China Os primeiros três meses de 2023 podem marcar o virar de página depois de três anos de paralisia económica em Macau e de restrições e isolamento ditado pelo combate à pandemia. Pelo menos, é a previsão da Associação Económica de Macau, apontada pelo mais recente Índice de Prosperidade publicado ontem, que perspectiva a continuação do crescimento do fluxo de turistas e os efeitos positivos no comércio, restauração e na indústria do turismo. O relatório indica também que o panorama económico de Macau a curto-prazo irá beneficiar do efeito de expansão produzido pelas receitas do turismo durante Ano Novo Chinês. Enquanto que a longo-prazo, os investimentos com que as concessionárias de jogo se comprometeram aquando da renovação das licenças, em particular nos segmentos não-jogo, podem ser determinantes para atrair turistas estrangeiros. A instituição presidida pelo ex-deputado Joey Lao indicou ainda que, desde que se mantenha o fluxo de visitantes, a economia de Macau pode passar ao lado da recessão global. Mundo vs Macau A associação refere que “o Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial e outras instituições internacionais não estão muito optimistas em relação às perspectivas de crescimento global para este ano e 2024”, continuando um cenário de incerteza e complexidade. Além disso, é indicado no relatório que passados três anos de combate pandémico e repercussões económicas, as perspectivas de salários menores e diminuta confiança dos consumidores do Interior da China são também cenários a ter em conta. Porém, é argumentado que apesar de a recuperação económica no Interior ainda ter um longo caminho pela frente, a recuperação do turismo está relativamente a salvo. O relatório da associação local cita os cálculos do Ministério da Cultura e Turismo da China que projectam o aumento das viagens domésticas em 0,44 por cento ao ano, para um total de 52,71 milhões de viagens, um nível que fica a 43 por cento do registado em 2019. Face a estes cenários, “Macau tem uma economia muito pequena, maioritariamente dependente das exportações do sector turístico e das indústrias de entretenimento. É uma situação muito especial, atractiva e competitiva. Desde que os turistas regressem, a economia pode recuperar a sua vitalidade.” Porém, o Índice de Prosperidade e os sentimentos económicos só devem regressar ao um nível “estável” no segundo ou terceiro trimestre do ano.