Hoje Macau SociedadeZona A | Rampa e passagem para peões vai custar pelo menos 54 milhões Uma rampa de acesso para circulação rodoviária à Zona A dos Novos Aterros e uma passagem para peões irão custar aos cofres públicos entre “mais de 54 milhões de patacas e mais de 63 milhões de patacas”, indicou ontem a Direcção dos Serviços de Obras Públicas (DSOP). Os valores representam as propostas mais barata e mais cara apresentadas pelas empresas candidatas ao concurso público para a “Empreitada de Construção da Extensão da Rampa da Via de Acesso A1 e de uma Passagem Pedonal para Peões”. As 17 propostas, todas admitidas, foram conhecidas ontem. A obra terá um prazo de construção de 285 dias úteis. A obra procura aperfeiçoar as ligações entre a Zona A e a península, através da “rampa de acesso, num único sentido, na actual via de acesso A1, para facilitar o acesso directo dos veículos à Avenida da Ponte Macau, no lado leste da Zona A, pelas Avenida da Ponte da Amizade e Avenida do Nordeste, e desviar os veículos que pretendem ter acesso ao Posto Fronteiriço da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau e os que se dirigem à Taipa pela Ponte Macau”. Além disso, será construída “uma passagem pedonal desnivelada na costa da extremidade norte da Zona A dos Novos Aterros Urbanos, a qual ligará os dois lados leste e oeste da Zona A”.
Hoje Macau SociedadeDSAL | Feiras de emprego com 500 vagas em limpeza e restauração Abriram hoje, às 09h, as inscrições para três sessões de emparelhamento que vão disponibilizar 496 vagas de emprego nos dias 18 e 19 de Dezembro. Os interessados têm até ao meio-dia da próxima quarta-feira para se inscreverem. A primeira sessão, marcada para a manhã da próxima quinta-feira irá oferecer oportunidades para segurança e limpeza com 282 vagas, incluindo funções como agente de segurança privada, empregado de limpeza e porteiro. Na parte da tarde do mesmo dia, as 166 ofertas de trabalho serão para os cargos de cozinheiro, padeiro, ajudante de cozinha, chefe de limpeza, empregado de restauração e operador de caixa. No dia seguinte, 19 de Dezembro, serão oferecidos 48 postos de trabalho para cargos como gerente de turno da recepção, gerente-adjunto de restauração, chefe de serviços protocolares, chefe de restauração, cozinheiro, recepcionistas e embaixador dos serviços de restauração. As sessões de 18 de Dezembro vão decorrer no Edifício Industrial Tai Peng, no Istmo de Ferreira do Amaral, n 101 – 105 e a sessão de 19 de Dezembro está marcada para a Sala Orchid no 28.º andar do Hotel Okura.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeZAPE | Comerciantes temem pelo futuro A pouco mais de duas semanas do encerramento total dos casinos- satélite, os comerciantes da Zona de Aterros do Porto Exterior continuam a demonstrar preocupação sobre o futuro dos seus negócios, dado o decréscimo de turistas naquela área. A queda de vendas tem-se acentuado nos últimos meses, segundo testemunhos dados ao jornal Ou Mun O encerramento gradual dos casinos-satélite na Zona de Aterros do Porto Exterior (ZAPE), que decorre até ao final do ano, está a deixar os comerciantes dessa área da península muito preocupados quanto ao futuro dos seus empreendimentos. Os testemunhos ouvidos pelo jornal Ou Mun falam de quebra nos negócios e de um sentimento de incerteza quanto ao futuro, isto apesar de o Governo e uma associação comercial já terem organizado actividades para dinamizar aquela zona. Uma das pessoas ouvidas, foi um proprietário de um restaurante, que não quis ser identificado, tendo destacado que, nos últimos meses, o volume de negócios caiu cerca de 30 a 40 por cento face ao passado. Este homem, apontou como uma das principais razões a quebra de clientes com grande poder de compra dos casinos-satélites situados nas proximidades. O comerciante confessou que a capacidade de compra de residentes locais é limitada, pagando entre 30 a 50 patacas por um pequeno-almoço ou almoço, ou 50 a 80 patacas por um jantar. Disse ainda que os apostadores dos casinos é que sustentam a economia do ZAPE, sobretudo depois das 22h. O proprietário de um restaurante frisou que mesmo que o Governo coloque no ZAPE decorações sazonais para melhorar o ambiente de negócio e atrair visitantes, ou mesmo com o trabalho realizado por associações comerciais com plataformas locais e da China, os comerciantes da zona continuam pessimistas quanto ao futuro. Isto porque, na prática, não vêm a tendência de quebra de negócios alterar-se, acreditando que quando todos os casinos-satélite da zona fecharem portas, a perda de clientes será ainda maior. Outro problema que têm de enfrentar, é o custo da renda, pois nesta fase a única discussão que pode ser feita com os proprietários dos espaços comerciais é no sentido de uma redução do valor. Quebra para metade Outro dono de restaurante na zona, confessou que também viu o negócio baixar em cerca de 50 por cento nos últimos meses, mostrando-se igualmente pessimista. Porém, garante que consegue manter o negócio caso o Governo conceda apoios. Este proprietário espera, por isso, que as autoridades concedam mais recursos para atrair os visitantes ao ZAPE, desejando ainda mais actividades realizadas pelo Governo ou pela associação comercial que representa a zona. Caso o volume de receitas continue a sofrer reduções, só lhe resta desistir do negócio, confessou ao Ou Mun. Numa área de actividade diferente, desta vez um supermercado, um funcionário apontou que o dono já demonstrou a intenção de trespassar o negócio devido à queda das vendas. O entrevistado reconheceu que o ZAPE vai receber, no futuro, diversas actividades e eventos, mas entende que não vão trazer muito impacto no negócio porque o ambiente da zona não é atractivo, não existindo atracções para que os turistas tirem fotografias. Além disso, o funcionário do supermercado lembrou que também não existem lojas com características próprias, ou mais tradicionais.
Hoje Macau Manchete SociedadeUPM | Estudante cria modelo de IA para novos medicamentos Uma estudante da Universidade Politécnica de Macau desenvolveu um modelo de inteligência artificial para descobrir e optimizar fármacos, que abrem novas perspectivas clínicas em diversas áreas, das doenças oncológicas às neurodegenerativas O trabalho de Yanan Tian, aluna do Programa de Doutoramento Conjunto entre a Faculdade de Ciências e Tecnologia Universidade de Coimbra (UC) e a Universidade Politécnica de Macau (UPM), promete uma nova abordagem para a concepção de fármacos com maior selectividade e eficácia clínica. “Este trabalho propõe o modelo MMCLKin, uma estrutura baseada em métodos de inteligência artificial (IA) avançada, concebida para prever com elevada precisão e interpretabilidade a actividade e selectividade de inibidores de quinases, acelerando significativamente o processo de descoberta e optimização de novos fármacos direccionados”, explicou Yanan Tian, em comunicado da Faculdade de Ciência e Tecnologia enviado à agência Lusa. Segundo a nota, as proteínas quinases constituem uma das classes de alvos terapêuticos mais relevantes na investigação biomédica, cujo potencial resulta do papel central que desempenham na regulação de múltiplos processos celulares, incluindo proliferação, diferenciação e morte celular. “No entanto, o desenvolvimento de inibidores altamente selectivos continua a ser um desafio, devido à forte conservação estrutural entre as quinases e ao elevado custo dos ensaios experimentais”, referiu. Os resultados da investigação realizada sob a orientação dos professores Joel P. Arrais, do Departamento de Engenharia Informática da FCTUC, e Huanxiang Liu, da UPM, “demonstram que o modelo supera os métodos existentes na previsão da afinidade e selectividade de inibidores, mesmo em casos que envolvem estruturas desconhecidas ou quinases mutadas”. Poder de adivinhação De acordo com os autores do estudo, os ensaios validaram o poder predictivo do modelo, demonstrando que cinco compostos sugeridos pelo MMCLKin inibem de forma eficaz uma mutação associada a doenças neurodegenerativas, sendo quatro deles activos em concentrações nanomolares. “Estes resultados reforçam o potencial do MMCLKin como ferramenta para acelerar o desenvolvimento de terapias direccionadas, abrindo novas perspectivas para o desenho racional de fármacos com maior selectividade e eficácia clínica”, lê-se no comunicado. Segundo os investigadores, a abordagem proposta representa um avanço na aplicação da IA à descoberta de fármacos, demonstrando como modelos computacionais de nova geração podem reproduzir ‘in silico’ processos biológicos complexos que, de forma experimental, podem demorar anos ou mesmo décadas. Esta capacidade permite a identificação rápida de candidatos terapêuticos promissores, reduzindo significativamente o tempo e o custo da investigação farmacêutica. Para além do seu impacto imediato, abre novas direcções de investigação no campo da modelação de quinases, ao proporcionar um quadro unificado para analisar padrões estruturais, mutacionais e funcionais ao longo de toda a família de quinases humanas. “Este tipo de abordagem pode evoluir para modelos generalistas capazes de antecipar o comportamento de novas quinases — incluindo aquelas ainda sem estrutura identificada — e apoiar o desenho racional de terapias selectivas e personalizadas em diversas áreas, desde o cancro às doenças neurodegenerativas”.
João Luz Manchete SociedadeConcerto da japonesa Ayumi Hamasaki no Venetian Arena cancelado O Venetian Macau anunciou na tarde de terça-feira que o concerto da rainha da pop japonesa Ayumi Hamasaki foi cancelado, sem apresentar explicações para a não realização do espectáculo. Apesar de não ter sido dada justificação, o cancelamento não apanhou de surpresa os fãs, que já antecipavam a tomada de posição depois de o mesmo ter acontecido em Xangai no passado dia 29 de Novembro. A Venetian, que iria acolher o concerto “ayumi hamasaki ASIA TOUR 2025 A I am ayu -ep.Ⅱ- Macao” na Arena, pediu “sinceras desculpas por qualquer inconveniente causado” e referiu que os ingressos comprados através do Cotai Ticketing seriam reembolsados automaticamente. Para quem comprou bilhetes noutras plataformas, a organização pediu aos espectadores para consultarem o “ponto de venda original para obter informações sobre o reembolso”. A publicação de Facebook da Venetian mereceu reacções de quase duas centenas de internautas, e dezenas de comentários a escarnecer a decisão e a comentar as razões e o precedente de Xangai. Numa mensagem no Instagram, a artista japonesa, que iria terminar a tournée em Macau, pediu desculpas aos fãs e afirmou estar de coração partido. “O facto de esta digressão ter de terminar sem o grande final é algo que toda a equipa lamenta profundamente”, escreveu. No final do mês passado, o concerto da artista foi cancelado abruptamente, com a organização a apontar “circunstâncias imprevistas” como justificação, acabando a japonesa a actuar perante uma arena vazia e partilhando o concerto online. Todos em linha Este caso não foi único, tornando-se viral na internet o momento em que a japonesa Maki Otsuki foi interrompida enquanto actuava também em Xangai a meio de uma música. A Reuters avançou que no mês passado, as autoridades chinesas alertaram para a possibilidade de cancelamentos de espectáculos de artistas japoneses. Recorde-se que China e Japão encontram-se num período de aceso confronto diplomático depois de declarações da primeira-ministra Sanae Takaichi sobre Taiwan. Porém, no passado fim-de-semana em Hong Kong, o festival Clockenflap contou no cartaz com vários artistas japoneses. Após o anúncio do cancelamento, o HM enviou questões sobre o cancelamento ao Instituto Cultural e à Direcção dos Serviços de Turismo (DST) sobre seria potencialmente afectada a ideia de transformar Macau numa cidade internacional de espectáculos, como tem sido apontado entre os objectivos das respectivas tutelas. Foi também perguntado se seriam de esperar mais cancelamentos e se os esforços para atrair turistas japoneses para a RAEM, com as sucessivas campanhas levadas a cabo pela DST, poderiam ficar em risco. Até ao fecho desta edição não recebemos qualquer resposta.
Andreia Sofia Silva SociedadePagamentos online | Crescimento anual de 2,4% em restaurantes O sector da restauração registou, em Outubro deste ano, um aumento de 12 por cento em termos mensais e 2,4 por cento em termos anuais no que diz respeito a pagamentos electrónicos. Segundo os dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), tal deve-se aos dias de feriados da Semana Dourada de Outubro. O montante das transacções neste sector foi, em Outubro, de 1,16 mil milhões de patacas, sendo que apenas nos dez primeiros meses deste ano se gastaram em restaurantes 11,26 mil milhões de patacas, um aumento anual de 2,2 por cento. Ainda em Outubro, o volume de transacções dos proprietários de todos os sub-ramos da restauração subiu face a Setembro de 2025. Destaca-se que o volume de transacções dos restaurantes ocidentais e o dos restaurantes chineses aumentaram 25,3 e 20,7 por cento, respectivamente. Em comparação com Outubro de 2024, o volume de transacções dos proprietários de todos os sub-ramos da restauração também subiu. De realçar que o volume de transacções dos restaurantes de comida rápida e o dos restaurantes ocidentais cresceram 13,5 e 7,3 por cento, respectivamente. Por sua vez, as transacções digitais no sector do retalho aumentaram ainda mais em termos mensais, 27 por cento, mas, em termos anuais, o aumento foi menor, de apenas 0,6 por cento.
Andreia Sofia Silva SociedadeBurlas | TSI mantém pena de quatro anos de prisão O Tribunal de Segunda Instância (TSI) decidiu manter a pena de quatro anos de prisão efectiva, sem possibilidade de suspensão na sua execução, de um homem que causou um prejuízo de 300 mil patacas a idosos pela prática de burla telefónica, ao fazer-se passar por familiar das vítimas. O caso remonta a Junho do ano passado, quando o arguido ” e demais parceiros planearam telefonar a idosos em Macau, fingindo ser familiares, a fim de lhes pedir dinheiro, com o fundamento na necessidade urgente de fundos para pagamento de uma indemnização”. O acórdão do TSI, ontem divulgado, dá conta que o homem foi condenado, em primeira instância, pela prática, na forma consumada, de um crime de burla de valor elevado, um crime de burla de valor consideravelmente elevado e um crime de usurpação de funções. Foi também condenado, “na forma tentada, de um crime de burla de valor consideravelmente elevado”, com o cúmulo jurídico de quatro anos de prisão. O homem foi ainda condenado a pagar 200 mil patacas e 100 mil dólares de Hong Kong a duas pessoas como indemnização por danos patrimoniais. O acusado recorreu da decisão, mas o TSI rejeitou o recurso, mantendo a pena inicial.
João Luz Manchete SociedadeCasinos-satélite | Landmark fecha a 30 de Dezembro A SJM Resorts anunciou ontem que o Landmark, o último dos 11 ‘casinos-satélite’ de Macau, vai encerrar em 30 de Dezembro, um dia antes do limite fixado. O Governo prometeu acompanhar o destino dos 1.169 funcionários do Landmark e garantir que a SJM cumpre os compromissos assumidos Num comunicado, a SJM disse que o casino Landmark “vai cessar oficialmente operações às 23h59 de terça-feira, 30 de Dezembro de 2025”. Três das seis concessionárias de jogo a operar em Macau – SJM, Galaxy e Melco – comunicaram às autoridades que, até 31 de Dezembro, terminariam a exploração de 11 ‘casinos-satélite’, onde trabalhavam cerca de 5.600 residentes, anunciou em Junho o Governo. A SJM sublinhou que todos os funcionários locais do Landmark directamente contratados pela empresa têm emprego garantido. A SJM explicou que o pessoal com estatuto de residente em Macau será “transferido para outros casinos da empresa para desempenhar funções relacionadas com o jogo, de acordo com as necessidades operacionais”. Já os funcionários locais que não foram contratados directamente pela SJM Resorts, “são convidados a candidatarem-se a vagas relacionadas” dentro do grupo, “com prioridade para contratação” e com condições iguais às que tinham. Copia e cola Também ontem, a Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ) assegurou que vai “supervisionar rigorosamente, ‘in loco’, os procedimentos de encerramento” do Landmark. No que diz respeito aos 1.169 funcionários do casino, a DICJ garantiu, numa nota à imprensa, que vai manter a comunicação com a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais, para assegurar o cumprimento das garantias dadas pela SJM, nomeadamente “a recolocação de todos os referidos trabalhadores”. O único dos 11 ‘casinos-satélite’ que deverá permanecer aberto é o Royal Arc, uma vez que a SJM pretende pedir às autoridades para assumir a gestão directa do espaço de jogo. Em 20 de Novembro, a SJM confirmou a aquisição da empresa que detém o Royal Arc por 1,75 mil milhões de dólares de Hong Kong. Nove dos 11 ‘casinos-satélite’ de Macau já encerraram. O último a fechar portas foi o Casino Fortuna, com mais de 550 funcionários, encerrou as operações às 23h59 da noite de terça-feira. Ultrapassada a hora marcada para o fim das operações, “a DICJ procedeu, de imediato, à suspensão do funcionamento das mesas de jogo, tendo assegurado (…) o acompanhamento do processo de retirada do respectivo recinto”. As autoridades concluem que o encerramento do Casino Fortuna “decorreu de forma ordenada”. Com Lusa
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeCCAC | Chefe de cozinha solicitou subornos em acções de recrutamento O Comissariado contra a Corrupção descobriu um caso de solicitação de subornos por parte de um cozinheiro chefe em acções de recrutamento. O funcionário em questão trabalhava para uma operadora de jogo e é agora suspeito do crime de corrupção passiva no sector privado, enquanto quatro trabalhadores são suspeitos de corrupção activa Um homem, na função de cozinheiro chefe numa operadora de jogo, é suspeito da prática do crime de corrupção passiva no sector privado por ter pedido subornos em acções de recrutamento de trabalhadores. É o que diz uma nota do Comissariado contra a Corrupção (CCAC), que investigou o caso, e concluiu existir a suspeita da prática deste crime, previsto na Lei de Prevenção e Repressão da Corrupção no Sector Privado, sem esquecer o crime de corrupção activa alegadamente praticado por mais quatro trabalhadores da mesma empresa. O caso já foi encaminhado para o Ministério Público para mais investigação. A matéria em questão começou a ser analisada pelo CCAC depois da apresentação de uma denúncia. O cozinheiro chefe visado estava ligado ao departamento de restauração de uma operadora de jogo. É suspeito de “ter solicitado suborno para autorizar a contratação, aprovação no período experimental ou a renovação de contratos de trabalho”, tendo o CCAC concluído que, nos anos de 2023 e 2024, o homem, “abusando dos poderes inerentes às suas funções, aproveitou várias vezes as oportunidades de recrutamento, de períodos experimentais, de avaliações de desempenho e de renovação de contratos dos trabalhadores para solicitar, de forma expressa ou implícita, junto dos conterrâneos e seus subordinados, benefícios em numerário ou outras ofertas”. Essas exigências eram feitas para dar “autorizações de contratação ou renovações de contratos de trabalho, violando assim os deveres funcionais”. Casos desleais Na mesma nota, o CCAC dá conta de que, nos últimos anos, “têm sido resolvidos casos semelhantes envolvendo práticas desleais no sector, situação esta que merece a atenção da sociedade”. “Estes casos envolvem direitos e interesses relacionados com o emprego e afectam um ambiente de comércio e trabalho justo e íntegro em Macau, pelo que se apela uma vez mais à sociedade para agir com integridade e no cumprimento da lei, não desafiando a lei para obter benefícios”, aponta ainda o organismo. O CCAC acrescenta, na mesma nota, que “se os trabalhadores do sector privado se depararem com actos ilícitos, tais como a solicitação de subornos, não devem ceder, devendo antes apresentar de imediato denúncia”.
Hoje Macau SociedadeFitch prevê que crescimento económico de Macau desacelere para 4% em 2026 A agência de notação financeira Fitch previu que o crescimento da economia de Macau irá desacelerar para 4 por cento em 2026, porque as condições económicas mais fracas” irão “pesar cada vez mais sobre os turistas chineses”. Num relatório divulgado ontem, a instituição disse acreditar que o Produto Interno Bruto (PIB) da região irá crescer 4,6 por cento, uma revisão em baixa da previsão de 6,9 por cento feita em Março. De acordo com dados oficiais, o PIB de Macau aumentou 8,8 por cento em 2024, sobretudo devido ao benefício económico das apostas feitas por visitantes nos casinos da cidade, que aumentou 21,8 por cento. Nos primeiros 11 meses de 2025, o sector do jogo registou receitas de 226,5 mil milhões de patacas, mais 8,6 por cento do que no mesmo período do ano passado. A Fitch prevê que os casinos de Macau fechem o ano com as receitas a atingirem cerca de 88 por cento do nível registado em 2019, antes da crise económica causada pela pandemia de covid-19. “Esperamos que o turismo de jogo continue a impulsionar o crescimento económico, embora a um ritmo mais lento, porque as condições económicas mais fracas da China continental pesarão cada vez mais sobre os turistas chineses”, alertou a agência. Ainda assim, a Fitch acredita que a cautela dos visitantes será “compensada em parte por políticas de vistos favoráveis, investimentos contínuos em sectores não relacionados com o jogo e melhorias nas infraestruturas turísticas”. A instituição sublinhou que as Linhas de Ação Governativa de Macau para 2026, apresentadas em Novembro, destacaram a diversificação da economia e o “reforço da cooperação” para desenvolver a vizinha zona especial de Hengqin (ilha da Montanha). A Fitch diz que, graças aos impostos sobre os casinos, Macau continuará a ter um excedente orçamental em 2026 e sublinhou que a reserva financeira já chega para cobrir seis anos de despesas. De acordo com dados oficiais, no final de Setembro a reserva tinha activos no valor de 658,7 mil milhões de patacas, o nível mais elevado desde há mais de quatro anos. Nos primeiros 10 meses de 2024, os impostos sobre os casinos de Macau representaram 83,3 por cento do total das receitas públicas. Outras previsões No mesmo relatório, a Fitch prevê que a economia da vizinha região semiautónoma de Hong Kong cresça 2,8 por cento em 2026, abaixo da previsão de 3,1 por cento para o actual ano, apesar da retoma nos serviços financeiros. A instituição prevê ainda que a economia da China continental cresça 4,1 por cento em 2026, uma desaceleração face aos 4,8 por cento estimados para este ano, devido à fraca procura interna e pressões deflacionárias. Para Taiwan, a agência prevê um crescimento económico de 2,5 por cento em 2026, depois de uma forte expansão de 6,1 por cento este ano, impulsionada sobretudo pela elevada procura global por semicondutores usados em aplicações de inteligência artificial e novas tecnologias.
Andreia Sofia Silva SociedadeSaúde | Mais de 70 alunos infectados com vírus da gripe Os Serviços de Saúde (SS) receberam, na última sexta-feira, a notificação da ocorrência de sete casos de gripe em várias escolas do território, nomeadamente a Escola Xin Hua, a creche Tung Sin Tong III, a Escola Secundária Pui Ching, a Escola Kao Yip, Escola Secundária Luso-Chinesa de Luís Gonzaga Gomes, Escola Tong Sin Tong e Colégio de Santa Rosa de Lima (Secção Chinesa). Foram infectadas um total de 66 crianças, sendo que os sintomas, nomeadamente febre, tosse e dor de garganta, começaram a manifestar-se a 30 de Novembro. Segundo uma nota dos SS, uma criança da creche Tung Sin Tong III necessitou de internamento, apresentando agora um estado clínico estável. Não foram registados casos graves ou outras complicações relativamente aos restantes doentes. A investigação revelou que 19 doentes dos sete casos colectivos de infecção, obtiveram um resultado positivo para a gripe do tipo A num teste rápido, não tendo sido detectado qualquer agente patogénico noutros alunos. Outro caso de gripe, detectado pelos SS no sábado, dia 6, ocorreu numa turma do Colégio Diocesano de São José, com 11 alunos infectados. Estes começaram a manifestar sintomas de infecção do tracto respiratório superior no dia 3. Não há casos graves, sendo que quatro doentes testaram positivo à gripe A.
João Luz Manchete SociedadeSands e Galaxy | Centros comerciais recuperam terreno Os resultados dos centros comerciais da Sands e Galaxy Macau no terceiro trimestre mostram sinais de optimismo. Enquanto a Galaxy registou um aumento trimestral de 3,7 por cento e quebra anual de 2 por cento, a Sands China teve uma subida de 6,5 por cento das receitas líquidas nos primeiros nove meses do ano No terceiro trimestre deste ano, as receitas dos centros comerciais instalados em resorts da Sands China e Galaxy Entertainment Group melhoraram em relação ao trimestre anterior, confirmando a tendência do aumento da procura por bens de luxo no comércio de Macau, assim como no Interior da China, de acordo com um artigo publicado no portal GGR Asia. De acordo com a empresa-mãe da Sands China, a Las Vegas Sands Corp, as receitas líquidas agregadas nos primeiros nove meses de 2025 ascenderam a 379 milhões de dólares, mais 6,5 por cento face ao mesmo período do ano passado. Tendo em conta apenas o terceiro trimestre, os centros comerciais da Sands China facturaram 130 milhões de dólares, mais 4 por cento em termos trimestrais e anuais. Os ganhos de 22 milhões de dólares foram em larga parte justificados com os rendas extra pagas no período em análise, de 15 milhões de dólares. Estas rendas extra dizem respeito a um valor relativo aos resultados de vendas acima de determinada fasquia da loja arrendatária, aos quais de somaram 4 milhões de dólares das rendas base e 3 milhões de dólares em despesas de manutenção. Todos em linha Em relação aos centros comerciais da Galaxy, foram apurados 340 milhões de dólares de Hong Kong no terceiro trimestre do ano, mais 3,7 por cento face ao trimestre anterior, mas uma queda de 2 por cento face ao mesmo período de 2024. Graças à performance dos espaços comerciais nos resorts da Galaxy no terceiro trimestre, o grupo conseguiu atingir receitas líquidas de mil milhões de dólares de Hong Kong nos primeiros nove meses do ano. Apesar do resultado significar um declínio de 3,9 por cento em termos anuais, as quebras foram acentuadas face à descida de 12,7 por cento registada no mesmo período de 2024. A performance dos centros comerciais dos dois grupos empresariais no terceiro trimestre alinham-se com os resultados dos negócios do comércio a retalho divulgados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos. Entre Janeiro e Setembro, o volume de negócios do comércio a retalho apresentou uma redução anual de 5,4 por cento para 50,56 mil milhões de patacas. Porém, tendo em conta apenas o terceiro trimestre deste ano, o volume de negócios do comércio a retalho cresceu 2,2 por cento, para 16,96 mil milhões de patacas, face ao mesmo período de 2024. Os dados oficiais indicaram que os resultados foram impulsionados pela venda de cosméticos, joalharia e produtos farmacêuticos.
Hoje Macau SociedadeJapão | DST sem pedidos de ajuda devido a sismo Um sismo de magnitude 7.5 com epicentro localizado a 80 quilómetros da costa da prefeitura japonesa de Aomori não levou a pedidos de ajuda ou informações, segundo indicou a Direcção dos Serviços de Turismo ao canal chinês da Rádio Macau. A linha aberta reservada a pedidos de ajuda ou informações em casos de emergência não recebeu qualquer solicitação de assistência relacionada com o sismo que levou à retirada de casa de 90 mil moradores, na sequência de um alerta de tsunami. Em comunicado, a DST lançou ontem um alerta dirigido aos “residentes de Macau que se encontram no Japão para estarem atentos a situações de sismo, alertas meteorológicos e informações de prevenção de calamidades”. As autoridades pediram aos residentes para “seguirem as instruções de prevenção e de abrigo emitidas pelas autoridades locais, elevarem a consciência de autoprotecção e reforçarem a sua própria segurança”. O sismo ocorreu às 22h15 de Macau na noite de segunda-feira, uma hora mais cedo em relação à região Aomori, e causou ferimentos em, pelo menos, 30 pessoas.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeTurismo | Previstas mais viagens de residentes para o exterior Andy Wu, presidente da Associação da Indústria Turística de Macau, acredita que os residentes possam viajar mais nesta época natalícia que se aproxima, falando em aumentos das viagens na ordem dos 20 por cento. O interior da China deverá estar no topo das preferências O presidente da Associação da Indústria Turística de Macau, Andy Wu, garantiu, segundo o jornal Ou Mun, que as viagens de residentes ao exterior possam aumentar cerca de 20 por cento nesta época natalícia. O responsável explicou que, segundo o calendário deste ano, as férias combinam com a data do estabelecimento da RAEM, 20 de Dezembro, sendo que os períodos do solstício de Inverno, a véspera de Natal e o Natal são de seis dias, entre as datas de 20 e 25 de Dezembro. Caso uma pessoa peça o dia de férias para sexta-feira, 26 de Dezembro, o período de férias pode estender-se a nove dias, entre as datas de 20 a 28 de Dezembro, por incluir o fim-de-semana. Andy Wu acredita que, com este calendário, as pessoas terão mais vontade de viajar, nomeadamente para fazer percursos mais longos. Quanto ao destino da viagem, o dirigente associativo acredita que a zona do interior da China deverá ocupar o topo das preferências, mais de 60 por cento, para os residentes de Macau, tendo em conta que a popularidade das viagens ao Japão sofreu uma redução. Pelo contrário, Andy Wu destaca que as viagens à China e Sudeste Asiático se tornaram as alternativas preferenciais. Japão com menos procura Face aos preços das viagens, Andy Wu disse que a época do Natal não faz parte das fases dos grandes períodos de férias para o interior da China, pelo que os valores tendem a estabilizar. Enquanto isso, face à menor procura pelas viagens ao Japão, um cenário diferente em relação ao ano passado, quando os preços subiram muito, este ano verifica-se o oposto: uma estabilidade de valores. Andy Wu afirma que as escolhas de destinos na China mais populares são locais com neve e gelo, nomeadamente cidades em Chongqing ou na província de Jiangxi, que recentemente passou a ter uma rota aérea directa com Macau. O responsável adiantou que o facto de existirem, no país, recursos turísticos abundantes e a conveniência dos meios de transporte faz com que o interior da China se torne muito atractivo, como destino, para os residentes de Macau. Além disso, Andy Wu observou que há uma nova tendência no mercado de viagens de longa distância, já que há muitos residentes a preferir viajar sozinhos para destinos na Europa ou Dubai. No cenário oposto, ou seja, quanto ao número de visitantes de Macau na semana do Natal, Andy Wu acredita que o número possa registar um aumento em termos anuais. O presidente da associação descreve que, apesar de o Natal não ser celebrado no interior da China, o ambiente festivo é bastante popular e atractivo, nomeadamente para visitantes mais jovens. Por esta razão, Andy Wu explicou que os turistas mais jovens do interior da China, e também os que vêm de Hong Kong, são dois grupos essenciais para trazerem dinâmica ao turismo nesta época natalícia.
Andreia Sofia Silva SociedadeDSEDJ | Ex-funcionário vê pena de prisão reduzida Um antigo funcionário da Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ), que à data dos factos, 2006, era Direcção dos Serviços de Educação e Juventude, viu a sua pena de prisão ser reduzida de sete anos de prisão efectiva para cinco. Em causa, está o facto de este funcionário se ter aproveitado do trabalho que fazia, analisando pedidos de apoio financeiro, para criar uma associação, em 2017, e concorrer a subsídios para proveito próprio. Entre essa data e 2020, o homem usou a associação “para se candidatar a uma série de apoios financeiros a actividades”, apresentando relatórios falsos. Na primeira instância, foi condenado, em 2023, a sete anos de prisão pela prática de 18 crimes de burla, 19 crimes de falsificação de documento, sete crimes de abuso de poder, dois crimes de falsificação praticada por funcionário, três crimes de falsificação informática e um crime de obtenção, utilização ou disponibilização ilegítima de dados informáticos. O Tribunal de Segunda Instância reduziu agora a pena e absolveu o homem dos quatro crimes de abuso de poder.
João Luz Manchete SociedadeCasinos-satélite | DSAL sem queixas sobre direitos laborais A Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais afirmou não ter recebido, até domingo, queixas relativas a violações de direitos laborais por parte de funcionários de casinos-satélite. A entidade salienta também a exigência feita a concessionárias e empresas que geriam casinos-satélite para salvaguardarem os postos de trabalho dos residentes Até agora, a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) não recebeu queixas de trabalhadores de casinos-satélite por violações de direitos laborais resultantes dos encerramentos destes espaços. Com o fim anunciado da era dos casinos-satélite a levar ao fecho de 10 destes 11 locais de jogo, o secretário para a Economia e Finanças, Anton Tai Kin Ip, prometeu que o Governo irá tentar garantir o emprego dos milhares de funcionários afectados. Durante a apresentação das Linhas de Acção Governativa, o secretário salientou o trabalho do Executivo na defesa dos postos de trabalho de residentes Em declarações ao canal chinês da Rádio Macau, a DSAL reafirmou que a “transição” de funcionários para as concessionárias “está a decorrer sem sobressaltos”, e que têm requerido constantemente às concessionárias de jogo, assim como às empresas que operavam os espaços, que sejam assegurados os empregos dos trabalhadores locais. Além disso, a DSAL refere que foi lançada em Junho uma linha telefónica para aconselhamento na procura de emprego, e outras informações relacionadas, e foram abertos balcões de atendimento para ajudar os trabalhadores de casinos-satélite. Por outro lado O Governo destacou também a organização de múltiplas feiras de emprego e sessões de emparelhamento. Até ao fim de Novembro, a DSAL organizou 15 feiras de emprego em colaboração com três concessionárias de jogo, oferecendo vagas em áreas como marketing, atendimento ao cliente, restauração, limpezas, entre outras. No total, 708 pessoas participaram nas feiras de emprego. A DSAL garantiu que irá “continuar a monitorizar o recrutamento dos trabalhadores”, incluindo os contratos firmados, como as mais de 100 sessões de esclarecimentos sobre direitos laborais organizadas pelas concessionárias. O primeiro casino-satélite a fechar foi o Grandview, no final de Julho, seguido do Grand Dragon, em 22 de Setembro. O Emperor Palace e o Waldo fecharam no final de Outubro, enquanto o Legend Palace encerrou em 12 de Novembro e o Casal Real seis dias depois. No início de Dezembro encerraram os casinos da Ponte 16, o Kam Pek Paradise e o Fortuna, e o Landmark será o próximo a fechar portas, sobrevivendo apenas o Casino Le Royal Arc.
Hoje Macau SociedadeAeroporto | Esperada redução anual de passageiros O Aeroporto Internacional de Macau vai encerrar o ano com uma redução anual de 200 mil passageiros. O cenário foi admitido por Simon Chan, presidente da CAM-Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau, em declarações aos jornalistas. Segundo as explicações de Simon Chan, apesar de a empresa não actualizar os dados desde Outubro no portal oficial, o número de utilizadores do aeroporto deverá cair para cerca de 7,40 milhões. No ano passado, a infra-estrutura tinha registado 7,64 milhões de passageiros, uma diferença de 3,1 por cento. Entre Janeiro e Setembro, apenas em dois meses o registo do ano anterior foi batido, de acordo com os dados oficiais. No entanto, Simon Chan revelou que nos últimos meses tem havido um crescimento anual do número de passageiros, que variou entre 4 e 11 por cento. A redução anual foi justificada com o ambiente económico difícil no Interior, mercado que dá origem à grande maioria dos utilizadores do aeroporto. O número de utilizadores está ainda longe do registo recorde, estabelecido em 2019, quando o aeroporto registou um total de 9,61 milhões de passageiros. Em relação ao lançamento de novos voos, a partir de Janeiro é esperada uma nova ligação directa entre Macau e Jeju, disponibilizada pela companhia coreana T’way. Antes disso, a partir deste mês, deverá abrir uma nova rota para o Interior, para a cidade de Jinan.
João Luz Manchete SociedadeObras | Exigido cumprimento de normas de segurança O secretário para os Transportes e Obras Públicas pediu a representantes de associações do sector da construção civil o cumprimento de medidas rigorosas de supervisão para minimizar riscos. Raymond Tam revelou que o Executivo irá acelerar a elaboração de instruções para obras em paredes exteriores de edifícios O trágico incêndio que vitimizou mais de uma centena e meia de pessoas em Tai Po continua a ter reverberações em Macau. Na passada sexta-feira, o secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raymond Tam Vai Man reuniu com representantes de seis associações do sector da construção civil. O governante “sublinhou que o sector deve implementar rigorosamente medidas de monitorização e controlo em todas as fases da construção, envidando todos os esforços para minimizar os riscos potenciais”. Na agenda do Governo, a curto prazo, está a “elaboração de instruções para a realização de obras em paredes exteriores de edifícios”, um processo que Raymond Tam garante que será acelerado. Estabelecidas as directrizes, as autoridades vão exigir “cumprimento rigoroso” aos empreiteiros. Segundo um comunicado emitido pelo gabinete do secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raymond Tam “salientou que o Governo da RAEM atribui elevada importância à gestão dos estaleiros e à segurança da construção, especialmente no que respeita à reparação de edifícios e às obras de renovação de paredes exteriores, exercendo um controlo rigoroso na fase de apreciação e aprovação”. Boas práticas O governante exigiu aos representantes do sector a utilização de materiais que cumpram as normas de segurança contra incêndios e a garantia de uma gestão adequada em todas as fases da obra. Outro ponto discutido, foi a promessa de intensificação do combate às construções ilegais, em particular as que possam obstruir vias de evacuação De acordo com o Executivo, os representantes das seis associações comprometeram-se em “articular com os trabalhos do Governo da RAEM, cumprindo rigorosamente as diversas instruções e requisitos relevantes”.
Hoje Macau SociedadeInundações | DSAMA publica Tabela de Marés para 2026 A Direcção dos Serviços para os Assuntos Marítimos e da Água (DSAMA) acaba de divulgar a Tabela de Marés para o próximo ano, referindo, em comunicado, que se faz a “introdução pioneira dos dados horários da altura das marés”, o que pode auxiliar no combate a inundações. Desta forma, “acrescenta-se a previsão da altura da maré em cada hora em ponto, além dos dados da altura das preia-mares e baixa-mares em cada dia, permitindo ao sector marítimo e ao público em geral aceder de forma mais prática às previsões das variações horárias das marés”. O levantamento de dados das marés começou a ser feito em 1925, sendo que as tabelas anuais das marés de Macau são produzidas desde 1960. A previsão das marés é obtida a partir da análise dos dados de nível das marés, medidos e registados permanentemente na Estação Maregráfica do Porto Interior. Os dados de previsão das marés são disponibilizados em tempo real aos serviços meteorológicos para referência, permitindo o cálculo das alturas das marés resultantes da combinação das marés astronómicas com os efeitos do “Stormsurge”.
Hoje Macau SociedadeDSAT | Inquérito releva que quase metade das deslocações se fazem a pé Um estudo realizado pela Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), relativo a 2024, revelou que, entre os diversos modos de deslocação, andar a pé continua a registar a maior proporção, com cerca de 46,5 por cento, semelhante ao registo de 2019. Porém, a proporção cai 3,2 por cento face a 2009. Importa referir que o inquérito é realizado de cinco em cinco anos. O segundo meio mais usado de movimentação na cidade voltou a ser o autocarro público, apesar da descida de um ponto percentual para 20,9 por cento no ano passado. Em relação à utilização de automóveis particulares de passageiros, a DSAT deu conta de um aumento ligeiro, de 0,8 por cento, entre 2024 e 2019, para um total de 15,5 por cento. A percentagem varia bastante consoante a área de residência, com Coloane, naturalmente, a ser a zona mais propícia a deslocações de automóvel ou motociclos. O inquérito revela ainda que as deslocações com motociclos caíram ligeiramente entre 2019 e o ano passado, sendo o transporte preferencial de 11,3 por cento da população.
João Luz Manchete SociedadeIAM | Cães voltam a aparecer mortos em Coloane Um internauta partilhou no Facebook fotografias de três cães mortos e denunciou a presença de funcionários do IAM a espalhar veneno para ratos de forma displicente. O IAM diz que as autópsias revelaram lesões hemorrágicas sistémicas e que a morte por envenenamento é “extremamente baixa”. O caso foi encaminhado para a polícia Voltou a acontecer. Na quarta-feira, foram publicadas no Facebook fotografias de cães mortos. O autor, que suspeitou de morte por envenenamento, diz ter visto funcionários do Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) e de uma empresa contratada pela entidade pública a espalhar veneno para ratos numa zona, em Coloane, onde foi encontrado um cão morto. Segundo a publicação, o internauta terá abordado os funcionários do IAM e da empresa de limpezas criticando o método de aplicação do veneno ao arrepio das orientações estabelecidas, que estaria a descoberto na beira da estrada, ao alcance de pessoas e animais domésticos. Em resposta, o queixoso refere que lhe foi dito que estava tudo bem, e continuaram a depositar o veneno apesar dos protestos do cidadão. Na noite de quarta-feira, o IAM emitiu um comunicado a endereçar a questão, afirmando ter recebido “sucessivamente relatos de cidadãos sobre a descoberta de três cadáveres de cães em três locais adjacentes entre si em Coloane”, a partir do sábado passado. Afirmando estar “altamente atento ao incidente”, o IAM indica ter destacado imediatamente pessoal para acompanhar os casos nos locais em questão. “Após a autópsia dos cadáveres e a respectiva análise, verificou-se que os três cães em causa apresentavam lesões hemorrágicas sistémicas. O Instituto já participou o caso à polícia, aguardando uma investigação mais aprofundada”. A papel químico Sobre a suspeita de ingestão de veneno pelos cães, o IAM sublinhou que o produto usado actualmente “contêm um agente amargo, especificamente concebido para os ratos pela sua falta de reflexo de vómito”. “Para animais com sistema de vomição, incluindo gatos e cães, a ingestão acidental provoca uma reacção de vómito, dificultando a deglutição. Assim, a probabilidade de envenenamento por ingestão acidental é extremamente baixa. Além disso, a dose de isca colocada pelos trabalhadores do IAM de cada vez é especificamente calculada para o pequeno porte dos ratos”, acrescentou a entidade pública. Na publicação no Facebook, o internauta divulgou uma fotografia onde se pode ver um amontoado de um granulado de cor avermelhada. O instituto liderado por Chao Wai Ieng indicou ainda que o veneno é colocado em caixas fixas e trancadas, ou em buracos de ratos, ficando oculto e sem contacto fácil por pessoas ou animais. Uma declaração totalmente contraditória com o relato do internauta que denunciou a situação. No início de Maio, aconteceu um caso semelhante na Taipa também com três cães mortos e suspeitas semelhantes. Na altura, o IAM emitiu um comunicado semelhante ao divulgado na quarta-feira à noite.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeVIH | Associação alerta para tendências de aumento Kelvin Lei, supervisor de projectos da Associação de Cuidados da Sida em Macau [Macao AIDS Care Association], alerta para a complexidade do maior número de casos de VIH na população não residente e lamenta que o estigma sobre o vírus e a doença seja ainda uma realidade no território A Associação de Cuidados da Sida em Macau (Macao AIDS Care Association] fala num cenário de complexidade face ao crescente número de novos casos de VIH junto de não residentes. Em entrevista ao HM, Kelvin Lei, supervisor de projectos da associação, descreve que “a tendência observada entre não residentes é complexa e reflecte factores estruturais, e não apenas o comportamento individual”. Esses factores são “o estatuto de Macau como centro internacional, o que significa um fluxo constante de pessoas, incluindo visitantes, trabalhadores imigrantes e estudantes de todo o mundo”, que “podem ter atitudes diferentes em relação a comportamentos sexuais de alto risco devido à sua diversidade cultural e formação académica”. Para Kelvin Lei, “uma maior atenção a testes e detecção de casos entre os não residentes pode levar a mais diagnósticos”, sendo que persistem “barreiras [no acesso] a serviços”, nomeadamente devido a “diferenças linguísticas, conhecimento limitado dos direitos locais de saúde, preocupações com a confidencialidade ou horários de trabalho que entram em conflito com o horário de atendimento”. Permanece ainda “o medo do estigma ou da perda de emprego”, cenários que podem ser “um impedimento significativo para a procura de testes ou cuidados de saúde”. Há ainda “factores socioeconómicos” que explicam o crescimento de casos. Dados dos Serviços de Saúde de Novembro falam de uma tendência de crescimento dos casos: entre Janeiro e Setembro deste ano, registaram-se 28 novos casos infecção pelo VIH, 14 dos quais em residentes e 14 em não residentes. No ano passado, não havia referência a não residentes infectados. Em comparação, entre Janeiro e Setembro do ano passado, tinham sido confirmados nove casos entre residentes, o que significa que ao longo deste ano houve um aumento de 55,6 por cento em novos casos detectados. Papel importante A conversa com Kelvin Lei surgiu a propósito da realização, este fim-de-semana, do 8.º Fórum sobre a Sida de Pequim, Hong Kong, Macau e Taiwan, a decorrer no Lisboeta Macau, no Cotai. Já em 2016, Macau tinha organizado outra edição deste evento. Para Kelvin Lei, a repetição de Macau como local de acolhimento “tem um significado profundo” para a associação, pois “reafirma o papel activo e empenhado” do território “como ponte vital na parceria regional entre Pequim, Hong Kong e Taiwan na luta contra o VIH/SIDA”. “Embora a prevalência de Macau [de novos casos] continue relativamente baixa, enfrentamos desafios distintos, incluindo uma população móvel e a necessidade de uma prevenção sustentada e direccionada”, disse. Persiste ainda, no território, “o equívoco de que o VIH afecta apenas principalmente grupos específicos, como homens que fazem sexo com homens, tal como acontece a nível global”. Trata-se de uma ideia “prejudicial, porque cria uma falsa sensação de segurança noutras populações e agrava o estigma”. Foco no indivíduo A propósito do estigma, Kelvin Lei chama a atenção para o facto de, “em comunidades compactas como Macau e Hong Kong”, existir “o medo de divulgação social dentro de redes muito unidas”. Cabe ao Executivo incorporar outro tipo de discurso nas suas políticas, sugeriu. “Reconhecemos e apreciamos o compromisso e a alocação de recursos do Governo da RAEM para a prevenção e tratamento, com a infraestrutura clínica a fornecer terapia antirretroviral essencial. A proporção médico-paciente nesta área específica é gerida. O discurso tem mudado progressivamente para um quadro científico e de saúde pública. No entanto, a próxima fronteira é integrar verdadeiramente a luta contra o estigma no discurso oficial e na prática sistémica.” O supervisor fala na necessidade de defesa pública do conceito “U=U”, ou seja, “indetectável – intransmissível”, além de se dever “promover cuidados centrados na pessoa que vejam o indivíduo, e não apenas o vírus”. Kelvin Lei aconselha ainda “promover a normalização dos testes para todos e garantir políticas não discriminatórias em todos os contextos”. Desta forma, a realização do Fórum, este fim-de-semana, traz um diálogo “com representantes de todas as regiões, incluindo o Governo, que é um passo positivo para alinhar as nossas capacidades científicas, com o apoio social necessário, para acabar com a epidemia”. Pretende-se também analisar “estratégias inovadoras, como a prevenção de longa duração e aplicações de inteligência artificial que estamos a discutir, e um espírito de solidariedade”. A Associação de Cuidados da Sida em Macau assume-se como “uma das principais associações na prevenção do VIH em Macau”, atravessando “desafios não médicos”, como o “estigma internalizado e social”, que “pode levar a uma profunda solidão e a problemas de saúde mental”. Deve-se ainda “garantir a continuidade dos cuidados”, existindo “necessidades holísticas” por parte dos doentes, como medicamentos, “aconselhamento psicológico, apoio para revelar a condição à família ou empregadores e, por vezes, assistência nutricional ou financeira”. Esta associação disponibiliza, assim, uma série de apoios neste sentido.
Hoje Macau SociedadeDireito | Advogados de Macau com poderes reforçados no Interior Desde ontem, que os advogados de Macau, Hong Kong e Taiwan podem passar a representar clientes em mais tipos litígios civis no Interior, de acordo com um anúncio do Ministério da Justiça, citado pelo jornal Ou Mun. A medida aplica-se apenas aos advogados locais reconhecidos pelo Interior. Com as alterações, os advogados locais têm acesso a 299 tipos de casos de direitos civil, em áreas como o comércio, disputas marítimas, direitos de personalidade ou casos de protecção de direitos industriais. No entanto, a intervenção dos advogados locais só é autorizada se for feita em representação de partes de Macau, Hong Kong ou Taiwan envolvidas nesses processos. Os dados citados pela publicação indicam que actualmente há cerca de 760 advogados de Hong Kong, Macau e Taiwan a quem foi concedida autorização para trabalhar no Interior. Também mais de 630 advogados de Hong Kong e Macau reconheceram o certificado para praticarem no espaço da Grande Baía. Os advogados de Macau podem exercer a profissão no outro lado da fronteira, se dominarem a língua, tiverem obtido uma licenciatura em direito no Interior ou se tiverem uma certificação de reconhecimento das habilitações.
João Santos Filipe Manchete SociedadeCasinos-satélite | Promovida iniciativa para mitigar impacto do fecho A Associação Industrial e Comercial da ZAPE de Macau e cerca de 250 negócios investiram 3 milhões de patacas em formação online para promover nas redes sociais esta zona da cidade Cerca de 250 negócios do NAPE e ZAPE juntaram-se numa iniciativa liderada pela Associação Industrial e Comercial da ZAPE de Macau para mitigar o impacto económico nas zonas do encerramento de vários casinos-satélite. De acordo com a revista Macau Business, a iniciativa implica um investimento de 3 milhões de patacas. O objectivo passa por transformar a área num local atraente para tirar fotografias e publicar nas redes sociais, para trazer para aquela zona um novo tipo de turistas e criar um modelo mais virado ao consumo. O plano é visto como um caminho alternativo para a economia daquela zona, depois do encerramento forçado de vários casino-satélites que durante anos prosperaram naqueles locais da cidade. Também para tornar o comércio da zona mais competitivo, foram distribuídos apoios para o desenvolvimento de actividades de publicidade dos espaços comerciais online e ainda in loco. Sobre a iniciativa, Wu Tat Chong, presidente da Associação Industrial e Comercial da ZAPE de Macau, explicou que é motivada “pelas mudanças no mercado e nos hábitos de consumo das pessoas que fizeram com que os negócios no ZAPE e NAPE enfrentem novos desafios, como um número de clientes flutuante”. O responsável indicou também que devido à nova realidade a “competição tornou-se mais intensa” o que tem feito com que muitos negócios naqueles locais “estejam a lutar pela sua sobrevivência”. Apoios de fora A campanha promovida pela Associação Industrial e Comercial da ZAPE de Macau procura também chamar a atenção para as zonas, com campanhas online, incentivando depois experiências físicas. Numa primeira fase, as lojas participantes recebem agora formação sobre como explorar as plataformas de promoção online. Além disso, a campanha permite promoções baseadas em subsídios e esquemas de marketing específicos para aumentar a visibilidade das empresas. Além dos participantes do território, a iniciativa conta igualmente com o envolvimento de plataformas de entrega de takeaway de Hong Kong. Face à esperada sangria nos negócios daquelas zonas, imposta pelos deputados após uma proposta do Governo, o Executivo tem tentado apresentar acções para levar as pessoas para aqueles locais. Um dos eventos que se antecipa é a organização de um Festival de Natal, organizado como um complemento do Festival Iluminar Macau, entre Dezembro e o início do próximo ano.