BTL | Serviços de Turismo promovem Macau em Lisboa

Maria Helena de Senna Fernandes esteve na capital portuguesa para participar na Bolsa de Turismo de Lisboa, e destacou a importância de Macau ter sido designada como ‘destino preferido internacional da APAVT 2024’

A directora dos Serviços de Turismo de Macau considera a designação de Macau como ‘destino preferido internacional da APAVT 2024’ como uma “plataforma privilegiada” de promoção e “fundamental para redinamizar os fluxos turísticos de Portugal”.

Nesta altura em que a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) “move esforços para expandir as fontes de visitantes internacionais”, a Associação Portuguesa de Agências de Viagens e Turismo (APAVT) é “um parceiro fundamental para impulsionar as relações turísticas com Portugal e a Europa”, disse Maria Helena de Senna Fernandes, durante o dia de Macau no pavilhão daquela associação, durante a Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), em Lisboa. O evento terminou ontem.

A DST e a APAVT promoveram Macau na BTL, para impulsionar fluxos turísticos de Portugal e da Europa e diversificar as fontes de visitantes internacionais, de acordo com um comunicado dos Serviços de Turismo.

A APAVT vai continuar a destacar Macau como ‘Destino Preferido Internacional’ ao longo do ano nas comunicações, materiais promocionais e eventos da associação, “ajudando a elevar a imagem do destino, bem como a preparar terreno para o Congresso Nacional da APAVT de 2025, que atrairá centenas de operadores turísticos portugueses a Macau”.

Para o presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira, o trabalho das duas entidades “visa reerguer Macau como destino turístico de referência, desde logo em Portugal, mas também numa lógica ibérica e, a outro nível, europeia”.

A designação da RAEM como ‘Destino Turístico Preferido Internacional’, decidida em Dezembro no 48.º congresso da organização, “representa mais um passo de uma estratégia global” que vai trazer “muita visibilidade a Macau ao longo dos próximos anos”, acrescentou.

 

Aposta nas vendas

No ‘Dia de Macau’, na BTL, a APAVT lançou um programa de ‘e-learning’ para agentes de viagens portugueses, com conhecimentos gerais sobre o destino, património e cultura, gastronomia, entretenimento, como viajar para Macau e China, entre outras informações destinadas a facilitar o aumento de vendas de pacotes de viagem para Macau.

Ao longo dos próximos três meses, a APAVT vai ainda disponibilizar o programa para formar “especialistas de Macau” aos associados, indicou, na mesma nota, a DST.

A DST vai continuar a promover Macau com a APAVT junto dos operadores turísticos espanhóis e europeus, sendo a próxima iniciativa convidar um grupo de agentes turísticos europeus, para uma visita de familiarização durante a 12.ª Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau em Abril, disse.

Este grupo vai incluir membros da APAVT, da Confederação Espanhola das Agências de Viagens (CEAV) e da Confederação Europeia das Agências de Viagens e Operadores Turísticos (ECTAA) para continuar a expandir os mercados de visitantes internacionais de Macau, referiu.

A 34.ª edição da BTL, com mais de 400 expositores e uma representação de mais de 1.400 empresas e instituições, arrancou na quarta-feira, em Lisboa, tendo sido até sexta-feira reservada a profissionais, e aberta ao público entre sábado e ontem.

4 Mar 2024

Melco reduziu prejuízos em 70,2% em 2023

A operadora de jogo em Macau Melco Resorts and Entertainment anunciou ontem um prejuízo de 277,6 milhões de dólares em 2023, menos 70,2 por cento do que no ano anterior.

Há quatro anos que a empresa regista prejuízos sem precedentes nas quatro propriedades que detém em Macau.

A Melco sublinhou que grande parte do prejuízo se deveu a uma desvalorização de 207,6 milhões de dólares no casino Altira, devido ao fim de acordos com empresas angariadoras de apostas VIP, conhecidas como ‘junkets’.

A detenção em Novembro de 2021 de Alvin Chau Cheok Wa, líder da Suncity, a maior ‘junket’ do mundo, e posterior condenação, em Janeiro de 2023, a 18 anos de prisão, fez cair de 85 para 18 o número de licenças de promotores de jogo emitidas em Macau.

Ainda assim, o presidente da Melco, Lawrence Ho Yau-lung, disse num comunicado que “Macau continua a demonstrar o seu extraordinário potencial de crescimento e tem demonstrado resiliência, apesar das perspectivas macroeconómicas incertas na China”.

O filho do falecido magnata do jogo Stanley Ho sublinhou que Macau recebeu mais turistas da China continental durante o Ano Novo Lunar, o maior movimento de massas do mundo, do que no mesmo período de 2019, antes da pandemia.

 

A triplicar

De acordo com o comunicado enviado à bolsa de valores Nasdaq, em Nova Iorque, nos EUA, as receitas da Melco quase triplicaram em comparação com 2022, atingindo 3,78 mil milhões de dólares.

A empresa atribuiu o aumento das receitas “ao relaxamento das restrições relacionadas com a covid-19 em Macau em Janeiro de 2023” e à abertura da segunda fase do empreendimento integrado Studio City.

Com as receitas a subir, a Melco registou lucros operacionais, pela primeira vez desde 2019, neste caso de 65 milhões de dólares, invertendo um prejuízo de 743,1 milhões de dólares em 2022.

Apesar dos prejuízos, as seis operadoras, MGM, Galaxy, Venetian, Melco, Wynn e SJM, assinaram novos contratos de concessão de dez anos, que entraram em vigor em 01 de Janeiro de 2023. A Melco prevê gastar cerca de 10 mil milhões de patacas no segmento além-casino numa década, incluindo no “único parque aquático em Macau com instalações interiores abertas durante todo o ano”.

4 Mar 2024

Jogo | Ano Novo Lunar não impede quebra das receitas

Com 18,5 mil milhões de patacas arrecadadas, as receitas de jogo ficaram abaixo das expectativas dos analistas, de acordo com uma nota dos investidores do Deutsche Bank

 

 

As receitas do jogo caíram 4,4 por cento em Fevereiro, em comparação com o mês anterior, apesar dos feriados do Ano Novo Lunar, um dos picos turísticos anuais. Os números foram anunciados na sexta-feira, no primeiro dia de Março.

Os casinos arrecadaram 18,5 mil milhões de patacas em Fevereiro, de acordo com dados da Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), que contrastam com os 19,3 mil milhões de patacas de Janeiro.

A queda em termos mensais aconteceu apesar de Macau ter recebido mais de 1,3 milhões de turistas na semana do Ano Novo Lunar, entre 10 e 17 de Fevereiro, mais 163,8 por cento do que no mesmo período de 2023.

As receitas da indústria do jogo subiram 79,1 por cento em comparação com Fevereiro do ano passado, quando não tinham ido além de 10,33 mil milhões de patacas.

Apesar da recuperação em termos anuais, as receitas dos casinos em Fevereiro representaram ainda 72,9 por cento do montante contabilizado em igual mês de 2019, quando o valor atingiu 25,4 mil milhões de patacas.

Macau fechou o ano passado com receitas totais de 183,1 mil milhões de patacas, quatro vezes mais do que em 2022. Um valor que ultrapassou o previsto no orçamento de Macau para 2023, que era de 130 mil milhões de patacas. De acordo com os dados da DICJ, a receita acumulada em 2023 representou 62,6 por cento do montante registado no mesmo período de 2019.

Quando são apenas considerados os dois meses deste ano, registou-se um aumento de 72,7 por cento, com as receitas a chegarem a 37,8 mil milhões de patacas, face ao mesmo período de 2022, quando os casinos tinham gerado 21,9 mil milhões de patacas em receitas brutas.

 

Sands China domina

Após terem sido apresentados os dados de Fevereiro, Carlo Santarelli, analista do Banco de Investimento Deutsche Bank, reconheceu que os valores revelados foram piores do que o esperado pelos mercados.

Segundo o relatório, os analistas tinham um consenso que apontava para que o valor de Fevereiro de 2024 ficasse 24,8 por cento abaixo dos montantes de Fevereiro de 2019. No entanto, o cenário foi pior, com a diferença a ser de 27,1 por cento.

Em relação a este mês, deu-se uma revisão das previsões, e os analistas acreditam que a diferença face a Março de 2019 vai ser 25,2 por cento. Como em 2019 o valor das receitas totais de jogo foi de 25,95 mil milhões de patacas, o montante deste ano deverá rondar os 19,41 mil milhões de patacas.

Em relação aos dois primeiros meses do ano, as estimativas do Deutsche Bank indicam que a Sands China tem a maior quota de mercado com uma proporção de 24 por cento. No segundo lugar, surge a MGM com 20 por cento, seguida pela Galaxy com 16,5 por cento. Na segunda metade da tabela surgem Wynn Macau, com uma quota de 14 por cento, Melco com 13,5 por cento e SJM com 12 por cento do mercado.

4 Mar 2024

Hotelaria| Registado novo recorde com 1,32 milhões de hóspedes em Janeiro

Os estabelecimentos hoteleiros de Macau fixaram um novo recorde, ao acolherem mais de 1,32 milhões de hóspedes em Janeiro, o número mais elevado de sempre para o primeiro mês do ano, foi ontem anunciado.

De acordo com dados oficiais da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), o número de hóspedes nos 46 mil quartos em 141 hotéis e pensões da região chinesa subiu 55,7 por cento em comparação com o mesmo mês do ano passado e 7,4 por cento face a 2019.

O anterior recorde para Janeiro, quase 1,23 milhões de hóspedes, tinha sido fixado no início de 2019, antes da pandemia de covid-19, numa altura em que Macau tinha apenas 39 mil quartos em 116 estabelecimentos hoteleiros.

Apesar do aumento do número de quartos e de hotéis e pensões, a ocupação média atingiu 85,9 por cento, mais 14,5 pontos percentuais do que em Janeiro de 2023, mas ainda longe da taxa de 93 por cento registada em 2019.

O preço médio dos quartos de hotel em Macau também aumentou em Janeiro, mais 19,2 por cento em comparação com o mesmo mês de 2023, de acordo com dados da Associação de Hotéis de Macau, que reúne 43 hotéis locais.

Um relatório, divulgado pela Direção dos Serviços de Turismo, revelou que o preço médio se fixou em 1.397 patacas no mês passado, mais 6,8 por cento do que em Janeiro de 2019, antes do início da pandemia.

Os números traduzem uma recuperação no sector do turismo de Macau, que começou, a partir de Dezembro de 2022, a cancelar a maioria das medidas de prevenção e contenção no território, que, à semelhança da China continental, seguiu a política ‘zero covid’.

No início de Janeiro de 2023, a região chinesa abriu as fronteiras a todos os estrangeiros, incluindo turistas, invertendo uma proibição que durou quase três anos.

Em 2023, os hotéis e pensões de Macau acolheram 13,6 milhões de hóspedes, mais 165,4 por cento do no ano anterior, e com uma ocupação média de 81,5 por cento, mais do dobro do registado em 2022, revelou a DSEC.

3 Mar 2024

Macao Water | Prevista subida de 5,5 por cento do consumo

A empresa de abastecimento de água de Macau prevê que ao longo deste ano o consumo de água aumente 5,5 por cento em termos anuais. A directora da empresa, Nacky Kuan Sio Peng, indicou que vão começar as obras de assentamento de condutas de água na Zona A dos Novos Aterros Urbanos e no lote P da Areia Preta

A directora executiva da Sociedade de Abastecimento de Águas de Macau (Macao Water), Nacky Kuan Sio Peng, afirmou ontem que espera um aumento de consumo de água este ano na ordem dos 5,5 por cento. Em declarações à margem de um Almoço de Ano Novo Lunar com órgãos de comunicação social, a dirigente justificou a estimativa com crescimento da actividade comercial e do turismo.

Em parte, o aumento da água consumida terá relação com a retoma económica e com o facto de no ano passado o restabelecimento da normalidade nas fronteiras foi sentido em Macau com a retoma do turismo de forma faseada.

“Após a reabertura total das fronteiras no início do ano, Macau registou um aumento contínuo das chegadas de visitantes e um aumento de 7 por cento no bombeamento anual de água, o qual atingiu os 97 milhões de metros cúbicos. A empresa acredita que, com o crescimento económico de Macau, o bombeamento anual a nível local deverá, este ano, atingir mais de 100 milhões de metros cúbicos, equiparando-se a 2019”, acrescentou a empresa em comunicado.

A inauguração da Estação de Tratamento de Água de Seac Pai Van foi também mencionada por Nacky Kuan Sio Peng, que afirmou que a nova estrutura “activou uma rede de abastecimento de água com dois centros na Península de Macau e nas Ilhas”. Isto abriu a possibilidade à empresa para remodelar completamente a Estação de Tratamento de Água da Ilha Verde, trabalho que ficou concluído no ano passado.

Água vem, água vai

Nacky Kuan Sio Peng indicou que o “Plano de Apoio Financeiro para Reparação das Instalações de Abastecimento de Água de Edifícios Baixos”, que arrancou em 2021, irá estender-se até Março de 2025. O plano destina-se a ajudar proprietários de edifícios antigos a remodelar as instalações de abastecimento de água, incluindo canalizações e contadores. Com a atribuição de 100 milhões de patacas, a dirigente está satisfeita com os resultados alcançados ao longo de três anos do plano, que, “até à data, já beneficiou mais de 6.000 unidades habitacionais”.

Para este ano, a Sociedade de Abastecimento de Águas de Macau irá proceder aos trabalhos de substituição de filtros na estação de tratamento II do reservatório do porto exterior e de contadores. Além disso, a empresa vai começar este ano as obras de assentamento de condutas de abastecimento de água na Zona A dos Novos Aterros Urbanos e no lote P da Areia Preta.

 

3 Mar 2024

Empresas contrataram quase 26 mil não residentes no espaço de um ano

As empresas de Macau contrataram quase 26 mil trabalhadores sem estatuto de residente nos últimos 12 meses, de acordo com a informação divulgada ontem.

Segundo dados do Corpo de Polícia de Segurança Pública, no final de Janeiro, o território tinha 177.561 trabalhadores não residentes, mais 25.683 do que no mesmo mês do ano passado.

Em Janeiro de 2023, a mão-de-obra vinda do exterior, incluindo do Interior, tinha caído para menos de 152 mil, o número mais baixo desde Abril de 2014, uma redução causada pela grave crise económica, gerada pela pandemia e medidas de da política de zero casos de covid-19.

A cidade perdeu quase 45.000 não residentes (11,3 por cento da população activa) desde o pico máximo de 196.538, atingido em Dezembro de 2019, antes de a pandemia começar a afectar o território.

As estatísticas, divulgadas ontem pela Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais, revelam que o número de trabalhadores não residentes tem vindo a aumentar há 12 meses seguidos, atingindo o valor mais elevado desde o final de 2020.

Hotelaria em destaque

O sector da hotelaria e da restauração foi o que mais contratou nos últimos 12 meses, ganhando 13.110 trabalhadores não residentes, seguido da construção civil (mais 2.950) e dos empregados domésticos (mais 2.788).

A área da hotelaria e a restauração tinha sido precisamente a mais atingida pela perda de mão-de-obra durante a pandemia, tendo despedido mais de 17.600 funcionários não residentes desde Dezembro de 2019.

A economia de Macau ainda está a recuperar da crise económica criada pela pandemia, que levou a taxa de desemprego a atingir 4 por cento no terceiro trimestre de 2022, o valor mais alto desde 2006.

A taxa de desemprego caiu para 2,3 por cento no final do ano passado, um valor ainda assim aquém do mínimo histórico de 1,7 por cento atingido antes do início da pandemia.

3 Mar 2024

Comércio | Kevin Ho apela a regresso de ajudas ao consumo

O empresário e presidente da Associação Industrial e Comercial de Macau considera que os negócios locais menos ligados ao turismo atravessam uma situação difícil e pede o regresso do cartão de consumo electrónico

 

 

O empresário e presidente da Associação Industrial e Comercial de Macau, Kevin Ho, defende que o Governo deve lançar uma nova ronda de cartões de consumo, de forma a ajudar os negócios locais. A opinião foi partilhada ontem, num artigo publicado no Jornal Ou Mun.

Por um lado, o empresário reconhece haver um aumento evidente no número de turistas no território, assim como das receitas de vários negócios, principalmente da indústria do jogo. Kevin Ho mostra-se igualmente confiante de que a situação vai continuar a melhorar a longo prazo, em comparação com os anos da pandemia, e que a economia local “vai reflectir de forma compreensiva” essa melhoria.

No entanto, o presidente da Associação Industrial e Comercial de Macau alerta também que os bairros mais afastados das zonas turísticas estão a viver um cenário diferente. Segundo o relato do empresário, a situação para estes negócios “não é boa”.

Kevin Ho explica que o problema destes negócios se prende com dois aspectos. Em primeiro lugar, estão situados em zonas da cidade que não são suficientemente atractivas para os visitantes e para quem está mais aberto a gastar. O segundo problema, relaciona-se com as políticas de facilitação de circulação para o Interior e Hong Kong. Com as viaturas locais a poderem circular em Cantão, são cada vez mais os residentes que consomem no Interior, o que tem afectado negativamente os negócios locais. A abertura das fronteiras ao exterior também faz com que parte do consumo local vá para fora.

 

Mais uma ronda

Face a este cenário, e apesar de reconhecer que o Governo distribuiu vários apoios às empresas nos últimos anos, Kevin Ho defende que deve ser lançado mais uma ronda do cartão de consumo electrónico.

Este foi um programa criado durante a covid-19, no qual o Governo atribuía subsídios para os residentes utilizarem nas lojas de comércio local. O programa conheceu várias rondas, e houve alturas em que o valor chegou a ser de 8 mil patacas.

Kevin Ho argumentou também que entre os apoios disponibilizados pelo Executivo às empresas, que também passaram por empréstimos sem juros, os vales de consumo foram os mais eficazes. Por isso, o sobrinho de Edmund Ho acredita que o Executivo devia lançar mais uma ronda.

O pedido do empresário não é novo e em 2023 vários deputados sugeriram uma medida semelhante. No entanto, este tipo de políticas tem estado afastado da agenda política recente e não está previsto no Orçamento da RAEM para este ano.

Em declarações ao Jornal Ou Mun, Kevin Ho abordou igualmente a expansão dos negócios locais para a Ilha de Montanha. Sobre este assunto, o empresário afirmou existir uma postura cautelosa. No entanto, garantiu que assim que o mercado de Hengqin começar a ganhar uma dinâmica maior não haverá dificuldade em atrair os negócios locais.

3 Mar 2024

Reserva Financeira | Rentabilidade anual de 5,2 por cento

No ano passado, a reserva financeira gerou lucros de 28,98 mil milhões de patacas, o que representou uma rentabilidade anual 5,2 por cento. Os dados foram avançados ontem pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM).

Segundos os números oficiais no final de 2023, o valor dos capitais da Reserva Financeira foi de 580,47 mil milhões patacas, dos quais a reserva básica representava 152,06 mil milhões de patacas e a reserva extraordinária 428,41 mil milhões de patacas.

Segundo a AMCM, estes números resultaram de uma “estratégia prudente”, “de forma a manter um controlo rigoroso dos riscos”, face ao que disse ser um mercado “assente em complexidades e mudanças constantes”.

Como parte desta estratégia, houve uma “maior alocação dos activos nos instrumentos do mercado monetário e nos títulos de dívida” às custa do investimento “em acções cotadas”. Esta alteração da estratégia visou “assegurar a preservação do capital e aumentar os rendimentos dos activos”.

Em relação a este ano, a AMCM espera vários desafios decorrentes do “fraco crescimento das principais economias”, “ausência de melhorias na crise geopolítica, bem como a probabilidade de o ritmo de redução das taxas de juro pelos principais bancos centrais ao longo do ano se desviar significativamente das expectativas do mercado”.

A autoridades prometem assim uma política de investimento com base nos princípios de “segurança, eficácia e estabilidade”, e “no controlo” e “prevenção dos potenciais riscos de degradação na economia”.

29 Fev 2024

Caso Kong Chi | MP recorre da condenação a 17 anos de prisão

Apesar da sentença pesada, o procurador-adjunto da RAEM foi absolvido do crime de associação criminosa e este poderá ser um dos aspectos que vai voltar a ser analisado pelos tribunais

 

O Ministério Público (MP) apresentou recurso da decisão que condenou o procurador-adjunto da RAEM Kong Chi a 17 anos de prisão. No entanto, o recurso estará relacionado com a parte da decisão do Tribunal de Segunda Instância (TSI) que absolveu o arguido da prática do crime de associação criminosa.

“O Ministério Público interpôs recurso dentro do prazo legal em relação à decisão de primeira instância mencionada”, foi respondido pelo organismo liderado por Ip Son Sang, numa resposta enviada ao HM.

A 16 de Janeiro, Kong Chi foi condenado a uma pena de prisão de 17 anos, pela prática de 22 crimes de corrupção passiva para acto ilícito, 19 crimes de prevaricação, 7 crimes de violação de segredo de justiça, 3 crimes de abuso de poder, 1 crime de favorecimento pessoal e 1 crime de riqueza injustificada.

O ponto que estará em causa no recurso do MP face à decisão em primeira instância do TSI será a absolvição pelo crime de associação criminosa.

Inicialmente estava previsto que o prazo legal para a apresentação do recurso tivesse de acontecer até 5 de Fevereiro, mas o prazo foi prolongado dado que um dos arguidos trocou de advogado. Como consequência, o prazo foi alongado por mais 20 dias.

 

Outros condenados

Na correspondência com o HM, não foram comentados os fundamentos da decisão e se o recurso visa a absolvição da advogada Kuan Hoi Lon.

Kuan estava acusada de participar na associação criminosa criada por Kong Chi, assim como os outros arguidos, o casal de empresários Choi Sao Ieng e Ng Wai Chu.

No entanto, o TSI absolveu a advogada da prática de todos os crimes de que estava acusada e indicou que não havia provas de que a causídica mantivesse contactos com o procurador-adjunto da RAEM.

Também na primeira decisão dos tribunais sobre o caso, a arguida Choi Sao Ieng foi condenada com uma pena de 14 anos de prisão, pela prática de 14 crimes de corrupção passiva para acto ilícito, 15 crimes de prevaricação, 6 crimes de segredo de justiça, 3 crimes de abuso de poder e 1 crime de favorecimento pessoal. Por sua vez, Ng Wai Chu, cônjuge de Choi Sao Ieng, foi condenado a 6 anos de prisão pela prática de 2 crimes de corrupção passiva para acto ilícito, 2 crimes de prevaricação, 2 crimes de violação do segredo de justiça, 2 crimes de abuso de poder e 1 crime de favorecimento pessoal.

Com este recurso, o caso vai agora ser analisado pelo Tribunal de Última Instância. Caso o TUI considere que Kong Chi criou efectivamente uma associação criminosa, Kong será o segundo magistrado condenado por este crime desde a criação da RAEM. O primeiro magistrado condenado foi Ho Chio Meng, ex-Procurador, em 2017.

29 Fev 2024

Grande Prémio | Chan Chak Mo volta a integrar Comissão

A secretária para os Assuntos Sociais e Cultural, Elsie Ao Ieong U, nomeou o deputado e empresário Chan Chak Mo como membro da Comissão do Grande Prémio deste ano. O despacho da nomeação foi publicado ontem no Boletim Oficial, produz efeitos até ao final do ano e Chan Chak Mo foi considerado pela secretária como uma das “individualidades de reconhecido mérito na área do turismo e do desporto de Macau”.

Nos anos mais recentes, Chan Chak Mo tem integrado a Comissão do Grande Prémio, que por sua vez encomenda grandes quantidades de bolos secos à pastelaria Yeng Kee, controlada pelo deputado e empresário, através de empresa Future Bright. Estes bolos são anualmente distribuídos, através de duas caixas, aos membros da imprensa acreditados, mas também a outras pessoas acreditadas.

Como parte da comissão coordenada por Pun Weng Kung, presidente do Instituto do Desporto, fazem ainda parte na condição de individualidades ligadas ao turismo e desporto Chong Coc Veng, ligado à Associação Geral de Automóvel de Macau-China, o empresário Chum Pak Tak, ligado à construção civil e sector do imobiliário, Henry Ho, ex-piloto, Cheang Peng Tai, hoteleiro e Chao Hio Tong.

29 Fev 2024

Galaxy | Dividendos voltam a ser distribuídos a accionistas

A Galaxy anunciou ontem lucros ajustados de 2,8 mil milhões HKD no último trimestre de 2023, com resultados líquidos mais de três vezes superiores em termos anuais. A performance do grupo permitiu a retoma da distribuição de dividendos aos accionistas, sendo a primeira concessionária a fazê-lo desde que terminaram as restrições fronteiriças

 

 

O Galaxy Entertainment Group apresentou ontem os resultados do quarto trimestre de 2023 indicando numa nota à bolsa de valores de Hong Kong. A concessionária conseguiu ao longo do ano passado lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA, em inglês) ao longo do ano passado de 9,96 mil milhões de dólares de Hong Kong (HKD), valor que contrasta com as perdas de 553 milhões de HKD de 2022.

O presidente e fundador do grupo, Lui Che Woo, enalteceu os resultados “apesar da concorrência tanto em Macau como a nível regional e das questões geopolíticas e económicas que afectaram a confiança dos consumidores”.

O homem forte da Galaxy destacou também a oportunidade de voltar a distribuir dividendos. “Somos a primeira concessionária de Macau a retomar os dividendos e a devolver capital aos accionistas após a reabertura da fronteira. Estes dividendos demonstram a nossa confiança contínua nas perspectivas a longo prazo de Macau e da empresa. O nosso sólido balanço e o fluxo de caixa das operações permitem-nos financiar o plano de desenvolvimento e prosseguir as nossas ambições de expansão internacional”, indicou Lui Che Woo.

O grupo refere ter distribuído no final de Outubro um dividendo especial de 20 cêntimos de HKD por acção, e irá pagar 30 cêntimos por acção no dia 26 de Abril.

 

A natureza dos números

Nos últimos três meses do ano passado, as receitas líquidas do grupo Galaxy aumentaram 6,9 por cento em relação ao trimestre anterior, para 10,3 mil milhões de HKD, resultado que em termos anuais representa uma subida anual de 253,9 por cento.

O quarto trimestre de 2023 foi também sinónimo de lucros EBITDA de cerca de 2,8 mil milhões de HKD, que se reflectiu numa subida trimestral de 1,4 por cento, e performance que dá a volta às perdas de cerca de 163 milhões de HKD no quarto trimestre de 2022.

Em termos de receitas brutas, a Galaxy apurou nos últimos três meses de 2023 cerca de 9,24 mil milhões de HKD, uma subida de 5,7 por cento face ao trimestre anterior e um aumento de mais de 400 por cento face aos últimos três meses de 2022.

29 Fev 2024

Crime | Burlas pela Internet e telefone disparam 75,8%

Os casos de burla e extorsão com recurso às telecomunicações e à Internet subiram 75,8 por cento em 2023, levando a perdas de 311 milhões de patacas. A criminalidade global aumentou mais de um terço no ano passado, violações quase que duplicaram, abusos sexuais de menores aumentaram 33 por cento e o número de sequestros foi quase sete vezes maior face a 2022

 

Confirmando a tendência que se vem acentuando desde a pandemia, quando a criminalidade passou para o online e para o telemóvel, o ano passado fechou com um aumento anual dos casos de burla e extorsão com recurso às telecomunicações e à Internet de 75,8 por cento face ao registo de 2022.

De acordo com dados oficiais divulgados ontem pelo secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, Macau registou 1.306 burlas cometidas através do telefone ou ‘online’ no ano passado, mais 735 casos do que em 2022. A maioria das burlas (894, mais 43,7 por cento) aconteceram com recurso à Internet, embora o maior aumento tenha ocorrido nas burlas através do telemóvel (412), que quase quadruplicaram.

Num relatório que apresenta as estatísticas da criminalidade, a tutela da Segurança revelou que em 329 casos as vítimas revelaram a burlões os dados de cartões de crédito quando tentavam comprar bens ou serviços ‘online’, mais do dobro do registado em 2022. Wong Sio Chak sublinhou ainda que no ano passado 148 pessoas foram alvo de extorsão após terem partilhado fotos nuas em plataformas de mensagens na Internet, um aumento de 60,9 por cento.

Nas estatísticas apresentadas ontem, destaque para a criminalidade violenta que cresceu 76,5 por cento. Neste capítulo, os sequestros tiveram um aumento significativo de 583,3 por cento, de seis casos em 2022 para 41 no ano passado, enquanto as violações quase duplicaram no espaço de um ano, de 21 em 2022 para 41 no ano passado. Em relação às violações, as autoridades acrescentaram que quase 80 por cento das vítimas não eram residentes de Macau e que a maioria dos casos aconteceu em quartos de hotel. Wong Sio Chak afirmou que não exclui a hipótese de estes crimes estarem relacionados com a prostituição.

Também os casos de abusos sexuais de crianças aumentaram, 33,3 por cento em termos anuais, assim como os homicídios que passaram de um caso em 2022 para quatro em 2023.

 

Aplicação segura

As autoridades de Macau registaram um aumento de 37,6 por cento da criminalidade global em 2023, algo justificado com o aumento dos turistas, após o fim das restrições impostas no âmbito da política ‘zero covid’.

Na conferência de imprensa de ontem, Wong Sio Chak revelou que a Polícia Judiciária (PJ) está a testar uma aplicação de combate à burla, que deverá ser lançada em Abril na rede social WeChat. A aplicação vai permitir às pessoas consultarem números de telefone, contas bancárias e endereços de correio electrónico suspeitos, assim como obter informações sobre os métodos de burla mais usados.

O secretário disse que a PJ detectou 90 casos praticados por redes criminosas transfronteiriças, cujo valor envolvia mais de 100 milhões de patacas e deteve 134 pessoas. Além disso, acrescentou que, graças a um mecanismo de alerta para suspensão de transacções suspeitas e cessação de pagamento, a polícia de Macau conseguiu recuperar mais de 113 milhões de patacas em 531 casos.

Ainda assim, o responsável sublinhou que o crime de burla com recurso às telecomunicações “já se tornou um fenómeno criminoso enfrentado por muitos países regiões do mundo”.

Centenas de milhares de pessoas, a maioria dos quais chineses, têm sido alvo de tráfico humano para centros no Sudeste Asiático, onde são forçados a defraudar compatriotas através da Internet, de acordo com um relatório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos divulgado em Agosto. Cerca de 100 mil pessoas foram traficadas para o Camboja e pelo menos 120 mil para Myanmar, apontou o relatório.

A incapacidade da junta militar no poder em Myanmar em acabar com estes centros tem levado a tensões com a China, um dos principais aliados e fornecedores de armas do país.

 

Com Lusa

29 Fev 2024

Consulado | Pedidos de documentos nacionais sobem 90,6 %em 2023

O número total de cartões do cidadão e passaportes nacionais, pedidos nos serviços consulares de Macau e Hong Kong, aumentou, no ano passado, 90,6 por cento face a 2022, anunciou ontem o Consulado Geral de Portugal.

Este número total de cartões do cidadão e passaportes “excedeu, pela primeira vez, a fasquia simbólica dos 30 mil (33.577), o que representa um aumento 90,6 por cento em relação a 2022 e mais 17,5 por cento do que o anterior recorde, em 2018”, indicou, em comunicado enviado à Lusa, depois da primeira reunião deste ano do Conselho Consultivo da área consular de Macau e Hong Kong.

Na área do registo civil, foram feitos 1.059 registos de nascimento e 265 processos de aquisição de nacionalidade por via do casamento, “mais do que o somatório dos últimos dez anos”, acrescentou, na mesma nota de balanço da atividade consular.

Na reunião do Conselho Consultivo, presidido pelo cônsul-geral, Alexandre Leitão, e com a presença de 11 dos 12 conselheiros que integram o órgão, foram ainda destacadas várias medidas de simplificação administrativa adotadas no ano passado, como o “aumento de 60 por cento das vagas diárias de atendimento no Consulado Geral para cartões do cidadão e passaportes abertas na plataforma, a triplicação das mesmas vagas no Consulado Honorário em Hong Kong”.

Constituído em julho, o conselho consultivo da área consular de Macau e Hong Kong, o primeiro da região, tem a missão de emitir pareceres sobre matérias que afectem os portugueses locais.

 

28 Fev 2024

Estudante burlado em 800 mil renminbis

Um estudante do Interior da Universidade de Macau foi burlado em 800 mil renminbis, em mais um caso em que os burlões se fazem passar pela polícia do Interior, para assustar as pessoas. O caso foi revelado ontem pela Polícia Judiciária (PJ), ontem.

Segundo os contornos apresentados, o estudante recebeu uma chamada de um número desconhecido no dia 15 de Fevereiro. Do outro lado, alguém se apresentou como pertencendo à Polícia Pública de Guangzhou, e indicou ao estudante que o telemóvel dele estava envolvido em vários crimes de burla praticados no Interior.

Para provar que era inocente, o estudante ouviu do outro lado que tinha de contribuir para um “fundo de investigação”. Sem dinheiro, o estudante pediu algum tempo para fazer a transferência bancária.

Depois de contar o sucedido a alguns familiares o estudante conseguiu amealhar 800 mil renminbis, que transferiu para a conta que lhe tinha sido indicada. As transferências foram feitas em diferentes tranches e ficaram concluídas a 22 de Fevereiro.

Três dias depois, o estudante recebeu uma nova chamada do Centro Anti-Fraude de Dongguan. Após essa conversa, foi informado pelos perigos das burlas online e percebeu que tinha sido enganado. A vítima apresentou queixa, e o caso está agora a ser investigado pela PJ.

 

Casos que se repetem

Entre os casos de burla em que os criminosos se fazem passar pelas autoridades do Interior, houve igualmente outra situação, também com um estudante universitário, que perdeu um total de 348 mil dólares de Hong Kong.

À semelhança dos outros casos, o estudante recebeu uma chamada em que era acusado de estar envolvido em burlas no Interior, pelo que tinha de ser investigado e pagar pela investigação. Se fosse inocente, o dinheiro era devolvido.

Face a essa informação, o estudante fez três transferências bancárias, a primeira de 265 mil dólares de Hong Kong, a segunda de 83 mil dólares de Hong Kong e uma terceira de 37 mil dólares. Porém, quando fez esta última, a vítima recebeu uma chamada telefónica do banco a indicar-lhe que as transferências eram suspeitas. Nessa altura, o estudante percebeu que tinha sido burlado, mas o banco ainda conseguiu cancelar a transferência de 37 mil dólares de Hong

28 Fev 2024

Estudo | Comida portuguesa é mais-valia do território

Uma cidade que culturalmente é igual ao Interior, mas que se destaca pela arquitectura portuguesa, num estilo exótico. É desta forma que o território é apresentado num estudo publicado revista científica International Journal of Social Sciences and Public Administration.

A comida portuguesa, como complemento da gastronomia chinesa, é uma das grandes vantagens de Macau no âmbito do turismo familiar. A conclusão faz parte de um estudo com o título “Análise à Possibilidade das Viagens em Família se tornarem num Turismo Complementar à Grande Indústria do Jogo”, publicado na revista científica International Journal of Social Sciences and Public Administration.

O estudo é elaborado por Feng Haoxuan, académico da Universidade de Macau e Ciência e Tecnologia (MUST, em inglês), e tenta apontar as formas como o turismo virado para as famílias pode servir para complementar o turismo de jogo.

“A vantagem de escolher Macau para uma viagem em família, com pais e filhos, passa por Macau ter muita comida, não só chinesa, mas também portuguesa. E há muitos pontos de interesse turístico, que são muito icónicos e que valem muito a pena visitar”, pode ler-se no documento elaborado por Feng Haoxuan, académico da Universidade de Macau e Ciência e Tecnologia

Ainda no que diz respeito às características ligadas à cultura portuguesa, Feng indica que o território é um misto do ambiente cultural do Interior com a arquitectura portuguesa. “A mistura da cultural chinesa e ocidental, não só faz com que haja uma atmosfera cultural como a do Interior da China, mas a arquitectura portuguesa resulta num estilo exótico”, acrescentou.

 

Ambiente seguro

Sobre as outras vantagens do turismo local, Feng Haoxuan indicou os “muitos hotéis”, principalmente de cinco estrelas e “bem conhecidos”, assim como a dimensão “reduzida” do território, que faz com que “as atracções estejam muito próximas” e tornem as deslocações “convenientes para viajar”.

Em relação a este aspecto, o académico indica que no caso do turismo dos idosos, existe tendência para se cansarem menos do que em outros destinos, porque tudo é mais próximo.

A estas vantagens junta-se ainda o ambiente seguro: “A segurança pública em Macau é boa. Em Macau, a segurança das crianças e dos idosos está garantida, e as famílias podem estar mais tranquilas”, é argumentado.

No que diz respeito às desvantagens, o autor indica que “são muitas”. “É melhor dizer que os transportes em Macau não são tão convenientes como no Interior ou em outros locais. Os táxis são muito mais caros do que no Interior, e Macau não tem metro, apenas autocarros”, foi explicado “Se uma família quiser sair em conjunto, há uma pressão muito grande no trânsito, o que também afecta a vida dos residentes locais”, apontou.

Se, por um lado, o jogo é o pilar da economia, por outro, é também um grande desafio para o turismo local, no que diz respeito ao turismo familiar. O autor justifica que existência de tantos casinos faz com que nem sempre o ambiente seja o mais indicado para os mais novos. “No final de contas, o jogo é um passatempo mau”, vinca.

28 Fev 2024

Ucrânia | Chang Kei escolhido para academia

O académico local Chang Kei foi seleccionado como um dos 73 membros estrangeiros que integram a Academia de Ciências de Engenharia da Ucrânia. Esta academia foi criada nos anos 90 com o objectivo de unificar e consolidar o trabalho de vários profissionais em termos das ciências, educação e produção.

De acordo com a informação disponibilizada por Chang Kei, recentemente recebeu o diploma de reconhecimento da sua posição na Academia de Ciências de Engenharia da Ucrânia, entregue por u emissário do instituto enviado para Pequim. Além de Chang Kei, de acordo com o portal da academia, foram seleccionados vários académicos chineses. A lista está disponível no portal da instituição.

O actual presidente honorário da Academia de Ciências da Engenharia da Ucrânia é Petro Mihailovich Talanchuk, ex-ministro da Educação e da Ciência da Ucrânia, entre 1992 e 1994, e actual presidente da Universidade Nacional Técnica da Ucrânia, assim como membro da Associação Internacional dos Presidentes Universitários.

Nos últimos anos, Chang Kei, ligado à Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (MUST), tem-se focado na área da medicina regenerativa.

28 Fev 2024

Karaoke | Neway do Centro Comercial Chong Fok suspenso

O espaço de karaoke da cadeia Neway no Centro Comercial Chong Fok está suspenso depois da Associação dos Compositores, Autores e Editores de Macau ter apresentado uma queixa pela utilização ilegal de música. A empresa de karaoke recusa o encerramento

Desde o dia 22 deste mês, que o espaço de karaoke da cadeia Neway no Centro Comercial Chong Fok está oficialmente suspenso. Em causa, está uma queixa da Associação dos Compositores, Autores e Editores de Macau (MACA, em inglês), alegadamente relacionada com o não pagamento de direitos de autor pela utilização de músicas de artistas locais.

Actualmente, quem visita o espaço situado no ZAPE, junto à Praça Flor de Lótus, depara-se com uma placa na porta a indicar a suspensão do serviço, devido à realização “de obras de remodelação”.

Contudo, a ligação com a queixa da MACA foi denunciada por um funcionário do espaço, que contou o sucedido através das redes sociais. Segundo esta publicação, o espaço terá encerrado e no interior não decorrem obras, ao contrário do indicado pela empresa.

“Neste 14.º ano do Neway no Centro Comercial Chong Fok, vim trabalhar como se fosse um dia normal, mas é o último dia das operações. A Neway no Centro Comercial Chong Fok encerrou, obrigado a todos”, afirma o funcionário através de um vídeo online. Nas imagens não se vê qualquer obra no interior, nem mais nenhum funcionário.

O HM ligou à Neway no Centro Comercial Chong Fok para confirmar o encerramento do espaço, mas ninguém atendeu os telefonemas realizados.

O outro contacto realizado pelo HM, junto do Neway no Hotel Beverly Plaza, que continua em operação, resultou numa explicação de que o Neway do Centro Comercial Chong Fok apenas está suspenso, devido a obras. No entanto, foi recusado que o espaço tenha encerrado ou que a suspensão tenha ocorrido devido a uma queixa ligada a direitos de autor.

 

Polémica online

A suspensão surge depois de uma visita aos espaços de karaoke realizada pela Associação dos Compositores, Autores e Editores de Macau, e o seu presidente Ung Kuoc Iang, anunciada através de um comunicado, com a data de 20 de Fevereiro.

Segundo o relato da associação, feito por Ung Kuoc Iang, nas visitas foram identificados dois espaços da Neway que utilizavam as músicas do próprio presidente da associação para fins comerciais, sem autorização legal. Logo nesse dia, Ung terá apresentado queixa junto dos Serviços de Alfândega.

“As acções dos dois karaokes Neway infringiram os meus direitos de propriedade. Combato todas as violações de direitos de autor, e por isso apelo a todos os utilizadores das músicas com fins comerciais que obtenham as autorizações legais necessárias. Caso contrário, arriscam-se a assumir as respectivas responsabilidades criminais e civis”, foi transmitido, através do comunicado.

Ung Kuoc Iang revelou igualmente que a MACA assinou vários acordos de representação com associações de produtores de música no exterior de Macau. Desta forma, explicou, a MACA pode representar esses artistas de fora e exigir os pagamentos para que as músicas sejam utilizadas com fins comerciais.

Em 2021, a Neway Music Limited, empresa ligada ao grupo Neway Group Holdings Limited, de Hong Kong, entrou em falência devido à crise causada pela pandemia da covid-19. Na altura, em declarações ao HM, os gestores da karaoke Neway, no Centro Comercial Chong Fok e no Hotel Beverly Plaza, garantiram que os negócios em Macau não ia ser afectados e que continuariam a operar, por gerarem resultados positivos.

28 Fev 2024

Porto Interior | Idoso apanhado a abusar de mulher na rua

Um idoso de 70 anos foi apanhado a abusar sexualmente de uma empregada doméstica filipina em plena via pública, na rua do Almirante Sérgio, nas imediações da Barra, na noite de sexta-feira por volta das 03h. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, uma pessoa que ia a passar na zona ouviu os gritos de pedido de ajuda da vítima e contactou a polícia.

A pessoa que alertou as autoridades terá visto que a vítima estava no chão com o alegado atacante por cima, a pressioná-la e prender-lhes os movimentos, enquanto lhe tocava no peito e na zona genital. A testemunha conseguiu parar a agressão e de seguida a polícia chegou ao local e deteve o suspeito. A vítima foi encaminhada para o hospital com ferimentos na cabeça, mãos e pés.

O suspeito tem cadastro criminal e já foi condenado pelos crimes de crimes de importunação sexual e agressão em dois incidentes separados em 2013 e 2018, respectivamente. O caso foi encaminhado para o Ministério Público e o idoso é suspeito do crime de coacção sexual, cuja moldura penal vai de dois a oito anos de prisão.

 

27 Fev 2024

DSEDJ | Aposta em “poder suave” e interesse pela leitura

O interesse pela leitura e o desenvolvimento do “poder suave dos alunos” são estes os objectivos destacados pela Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude em relação ao plano do ensino não superior. A explicação consta da resposta a uma interpelação escrita do deputado Ho Ion Sang.

“O Governo da RAEM atribui grande importância à formação da capacidade de leitura dos alunos. O ‘Planeamento a Médio e Longo Prazo do Ensino Não Superior (2021-2030)’ definiu, como objectivos principais de “desenvolver o poder suave dos alunos”, “o reforço do interesse pela leitura, a formação da literacia em leitura dos alunos e a disponibilização de recursos e condições para promover o ensino da leitura”, pode ler-se no documento.

Para levar as crianças a lerem mais, foram instalados cacifos de levantamento de livros em algumas escolas, para que não seja sempre necessário ir à biblioteca. “Para facilitar o empréstimo e a devolução de livros e materiais audiovisuais da Biblioteca Pública por docentes e alunos, a DSEDJ e o Instituto Cultural (IC) cooperaram e convidaram, em 2023, algumas escolas do ensino não superior para instalarem, a título experimental, cacifos automatizados para o levantamento de livros nas suas instalações”, foi acrescentado.

Em relação ao próximo ano lectivo, a DSEDJ promete uma maior aposta na cultura nacionalista, com um novo manual sobre segurança nacional. “Relativamente à promoção da cultura tradicional chinesa e ao cultivo do sentimento patriótico nos alunos, a DSEDJ está a elaborar, em cooperação com uma instituição profissional, os materiais didácticos complementares da educação da segurança nacional para uso das escolas primárias e secundárias e instituições de ensino superior, que prevê lançar no ano lectivo de 2024/2025”, foi revelado.

27 Fev 2024

Bolsas de estudo | Candidaturas ao exterior abrem a 4 de Março

As candidaturas para as 20 “bolsas de estudo para estudos no exterior”, atribuídas pela Fundação Macau, podem ser entregues entre 4 e 22 de Março, indicou ontem a Fundação Macau.

Anualmente, cada bolseiro recebe entre 60 mil e 80 mil patacas, dependendo do local onde se realizam os estudos.

A medida integra a política de formação de quadros qualificados, incluída na série de bolsas de estudo “Uma Faixa, Uma Rota”, para o ano 2024.

As bolsas destinam-se a residentes permanentes da RAEM que se encontrem a frequentar o último ano do ensino secundário em Macau, “e cidadãos de Guangdong e Fujian finalistas de curso conferente do grau de licenciatura, ministrado por instituição de ensino superior de Macau”.

Para aceder ao financiamento, os candidatos devem ter a intenção de frequentar licenciaturas ou mestrados em Portugal, Brasil, Malásia, Indonésia, Filipinas, Tailândia, Camboja, Vietname, Bangladesh, Hungria ou Mongólia.

A Fundação Macau salienta que o objectivo da atribuição destas bolsas de estudo é “estimular o intercâmbio com estudantes dos países e regiões que integram a iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”, realçando o importante papel de Macau, nesta iniciativa, através da formação de quadros altamente qualificados”.

Os interessados devem apresentar fotocópias do documento de identificação, “da notificação de admissão ou outro documento comprovativo da candidatura à frequência do curso”, certificado comprovativo das notas obtidas nos últimos três anos lectivos, carta de recomendação e uma breve apresentação do curso a frequentar”.

27 Fev 2024

Ensino Superior | Número de estudantes cresceu 60% em cinco anos

Entre o ano lectivo de 2018/2019 e o presente, o número de estudantes do ensino superior em Macau cresceu de 34 mil para 55 mil, indicou o director dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude. O responsável destaca o aumento da proporção alunos em de cursos pós-graduação

 

“Relativamente ao número de estudantes inscritos no ensino superior, registou-se um aumento de mais de 60 por cento, correspondente a cerca de 34 mil no ano lectivo de 2018/2019, para cerca de 55 mil no ano lectivo de 2023/2024”, revelou o director dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ), Kong Chi Meng, em resposta a uma interpelação escrita do deputado Lei Chan U.

O dirigente da área da governação para o ensino acrescentou que durante o mesmo período de cinco anos, “a proporção dos estudantes dos cursos de pós-graduação aumentou de 25,5 por cento para 39 por cento”.

O aumento do número de estudantes inscritos nas instituições de ensino superior do território ficou a dever-se a um conjunto factores, na óptica de Kong Chi Meng. Em primeiro lugar, Kong Chi Meng destacou os esforços do Governo para aumentar a qualidade educativa e o nível da investigação científica, de forma a “elevar o reconhecimento a nível internacional e a competitividade”. Para o director da DSEDJ, estes são os caminhos para que “que o ensino superior se possa desenvolver no sentido da mercantilização”.

Além disso, o responsável destaca que, em paralelo com o alargamento do número de estudantes, a investigação científica e a qualidade do ensino superior de Macau são gradualmente reconhecidas a nível regional e internacional. Outro trunfo elencado por Kong Chi Meng, foi a entrada de instituições locais nos rankings universitários mundiais e a contínua subida nas classificações.

 

Captar talentos

O responsável da DSEDJ sublinhou também a aposta do Governo na atracção de estudantes internacionais para as instituições locais. Para cumprir este objectivo, foram organizadas no ano passado visitas de “elementos das instituições de ensino superior de Macau a Portugal e a países do Sudeste Asiático” para estabelecer acordos de cooperação e intercâmbio e inscrever estudantes internacionais nas universidades de Macau.

Kong Chi Meng garantiu ainda que a DSEDJ vai continuar a promover este tipo de visitas e participar em exposições educativas internacionais para aumentar a reputação das instituições de ensino locais no estrangeiro.

27 Fev 2024

Jockey Club | Atiradas responsabilidades para donos dos cavalos

A Companhia de Corridas de Cavalos de Macau recusa pagar qualquer compensação aos donos dos cavalos que optaram por reformar os animais, em vez de os enviar para o exterior

 

A Companhia de Corridas de Cavalos de Macau recusa pagar indemnizações extra aos donos dos cavalos afectados pelo encerramento do Macau Jockey Club, e considera que os prejuízos fazem parte do risco do negócio. A posição foi tomada pela empresa numa carta enviada aos proprietários, revelada pelo Canal Macau.

Com o encerramento do Jockey Clube de Macau previsto para 1 de Abril, a companhia anunciou que vai subsidiar com um montante de 200 mil patacas o envio dos cavalos para o estrangeiro, com excepção do envio para a Austrália e Nova Zelândia. No caso do envio para o Interior, o pagamento será de 30 mil patacas.

Os apoios são vistos como reduzidos pelos proprietários, porque apenas são pagos para quem enviar os cavalos para o exterior. Todavia, muitos dos donos dos animais optaram por reformar os animais em vez de os mandar para fora da RAEM.

A situação está num impasse, porque a empresa recusa que o subsídio abranja as situações referidas. Numa carta enviada aos proprietários dos cavalos, assinada por Ben To, chefe de operações do Jockey Club, a intransigência da empresa é justificada com a grande pressão económica causada pelo fim do contrato de concessão, negociado com o Executivo.

No documento divulgado pela TDM, Ben To aponta igualmente que os proprietários sabiam que a companhia acumulava perdas financeiras desde que abriu e que deviam ter ponderado os riscos do negócio, quando compraram os cavalos.

Apesar dos rumores sobre o possível encerramento do Macau Jockey Club circularem desde o ano passado, estes foram sempre negados pela empresa.

Em relação à rescisão do contrato de concessão das corridas de cavalos, que só devia ter terminado em 2042, o Governo apenas pediu à empresa para cumprir as leis laborais, ao pagar as compensações devidas aos trabalhadores despedidos, e resolver a situação dos cavalos.

 

Nem tidos, nem achados

Por sua vez, os donos dos animais pretendem uma compensação em moldes diferentes aos anunciados, dado que muitos desistiram de enviar os cavalos para fora do território.

De acordo com a informação do Canal Macau, vários proprietários pretendem que a empresa pague uma indemnização por cada cavalo, com base em critérios como a idade, capacidade para correr, número de vitórias e outros elementos.

Estes investidores queixam-se igualmente do facto de terem comprados cavalos, porque estava previsto que o contrato de concessão se prolongasse durante mais 18 anos.

No caso de a empresa não atender aos seus pedidos, ameaçam recorrer aos deputados da Assembleia Legislativa e ainda à Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ).

Segundo a TDM, existe igualmente um sentimento de perplexidade entre os proprietários dos cavalos, uma vez que não foram ouvidos sobre a decisão de permitir que o contrato fosse rescindido de forma amigável.

27 Fev 2024

Costa Nunes | Língua e cultura de ensino atraem crianças chinesas

A directora do infantário do D. José da Costa Nunes (DJCN) afirmou à Lusa que uma educação menos rígida e noutra língua atrai não falantes à instituição, embora a falta de prática do português fora da escola seja uma limitação.

Para Felizbina Carmelita Gomes, a direcção do D. José da Costa Nunes (DJCN), única instituição pré-escolar de ensino exclusivamente em português de Macau, tem sido uma “experiência diferente”.

Há um ano e meio à frente do infantário, a responsável serviu-se de uma comparação para explicar a afirmação. É que na escola primária luso-chinesa da Flora, onde foi directora por mais de duas décadas, a língua e cultura educativas eram diferentes. O DJCN tem “uma matriz mais portuguesa”, assumiu.

Estas são, aliás, razões que pesam na hora de os pais de alunos não falantes de português – a maioria são chineses – optarem pela instituição: a possibilidade de os filhos aprenderem uma nova língua e tornarem-se bilingues, de conhecerem a cultura portuguesa, com “uma forte” presença no território, e mergulhar num projecto educativo diferente.

“Especificamente para uma criança da faixa etária dos três até aos seis anos, ainda se pode deixar mais algum tempo a brincar, a desenvolver outras capacidades em vez de só estudarem”, disse a directora, avaliando que, no ensino chinês ou luso-chinês, escrita e leitura têm já nestas idades um papel central.

No Costa Nunes, disse, “a descoberta é muito importante”.

Trabalhos criativos em grupo ou a decoração da escola, com elementos ligados à cultura local, sejam envelopes ou lanternas vermelhos, símbolos do ano novo lunar que ainda agora se inaugurou, são alguns dos projectos recentes da instituição, referiu.

“Numa escola chinesa, começam logo a pegar num livrinho, a folhear (…) a preparar a aula seguinte, mas aqui não acontece”, notou.

Maioria absoluta

No DJCN, as crianças que não falam a língua portuguesa quando ingressam no jardim-de-infância são neste momento a maioria, andando “à volta dos 60 por cento”, de um total de 255 inscritos. A maior parte prossegue, ao fim de três anos, uma educação ligada ao português.

No entanto, há quem “não consiga ter sucesso na língua”, e acabe por se desviar para outro tipo de ensino, realçou a directora, declarando tratar-se de “uma minoria”.

Algo que contribui para interromper o percurso em português é a dificuldade de imersão fora do espaço escolar: “Depende de cada criança e de qual é o apoio propriamente da família (…) para aprender uma língua – especialmente que não é falada em casa – é preciso mesmo uma forma de imersão para continuar”.

De acordo com os censos de 2021, apenas 2,3 por cento da população em Macau fala fluentemente português.

Também aqui, as diferenças culturais podem transformar-se em limitações: “Os chineses têm uma cultura diferente de aprendizagem e gostam de agarrar livros para aprender desde o jardim-de-infância. Nesta escola isso não acontece. Como é que os pais podem ensinar as crianças em casa? É muito difícil”.

Alguns pais acabam por recorrer a centros de estudo fora do DJCN para dar apoio aos filhos, disse a responsável.

O “reforço da língua portuguesa junto às crianças não falantes” é precisamente um dos trabalhos prioritários da instituição. A melhoria das instalações, já antigas, e do currículo, com a implementação de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), juntam-se à lista de trabalhos da directora.

 

Lusa

26 Fev 2024

Entradas | Janeiro registou 2,86 milhões de visitantes

Macau registou a entrada de 2,86 milhões de visitantes em Janeiro, mais 104,7 por cento do que em igual mês de 2023, indicam dados divulgados na sexta-feira. Apesar da subida, o número de entradas mantém-se ainda abaixo dos valores pré-pandemia: em Janeiro de 2019, visitaram o território 3,4 milhões de pessoas, de acordo com um comunicado da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC).

O número de excursionistas (1.480.098) e de turistas (1.381.511) subiram, em Janeiro, 154,5 por cento e 69,3 por cento, respectivamente, em termos anuais, afirma-se na nota.

A maioria dos visitantes registados no mês passado continua a ser da China: 2.056.133 milhões, ou mais 107,3 por cento em termos anuais, ainda segundo a DSEC.

Macau, que à semelhança da China seguia a política ‘zero covid’, anunciou, em Dezembro de 2022, o cancelamento gradual da maioria das medidas de prevenção e contenção, depois de quase três anos de rigorosas restrições.

O território reabriu as fronteiras a todos os estrangeiros, incluindo turistas, a partir de 8 de Janeiro de 2023.

Nesse ano, Macau recebeu mais de 28,2 milhões de visitantes, cinco vezes mais do que no ano anterior e um valor que representa 71,6 por cento do registado antes do início da pandemia.

26 Fev 2024