Andreia Sofia Silva Manchete PolíticaPlástico | Proibida importação de novos produtos Cotonetes de plástico, varas para balões e bastões insufláveis. Todos estes produtos de plástico deixam de poder ser importados a partir do dia 1 de Janeiro do próximo ano. Trata-se de uma intenção governativa que já tinha sido anunciada no passado mês de Junho A partir do dia 1 de Janeiro de 2026, vai ser proibido importar para Macau cotonetes de plástico, à excepção das zaragatoas usadas para testes de despistagem da covid-19, varas para balões de plástico descartáveis ou bastões insufláveis de plástico descartáveis. Esta medida foi ontem anunciada em despacho assinado pelo Chefe do Executivo e publicado em Boletim Oficial e está relacionada com a lei do comércio externo. A medida de proibir mais três produtos de plástico junta-se a outras proibições anteriores e já tinha sido prometida pelo director dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA), Ip Kuong Lam, em Junho. Num evento público, o responsável declarou que todos os anos são importados para Macau 2,4 milhões de pacotes de cotonetes com haste de plástico, 100 mil varetas de plástico para balões e 500 mil bastões insufláveis, segundo noticiou o Canal Macau da TDM. A DSPA tem promovido gradualmente a redução do uso do plástico e, sobretudo, a importação de produtos com este material. Desde o ano passado que não é possível importar para a RAEM pratos e copos descartáveis de plástico, tendo o Executivo dito nessa altura que essa proibição foi feita tendo em conta “uma análise extensiva à situação real em Macau” e de ter sido estudada a “situação das regiões” mais próximas. Nessa altura, foi também proibida a importação de “bandejas descartáveis de esferovite para produtos alimentares”, além de que desde 2022 é proibida a importação de palhinhas descartáveis de plástico não-biodegradável e de misturadores de plástico, ou seja, os “pauzinhos” utilizado para mexer as bebidas. Menos importações O combate ao plástico não é, portanto, de agora e tem sido, aliás, alvo de diversas campanhas da sociedade civil e de associações em prol da sua redução. Em 2019, o Governo iniciou a política de cobrança de uma pataca por cada saco de plástico usado. Dados oficiais, divulgados em Setembro de 2023 por Ip Kuong Lam, referem que as proibições decretadas em 2022 e 2023 resultaram na redução anual do uso de 23 milhões de recipientes e embalagens de esferovite, redução de 40 milhões de talheres de plástico e menos 300 mil copos de plástico. Em declarações ao HM, em Setembro de 2023, o académico David Gonçalves, biólogo e director do Instituto de Ciências e Ambiente da Universidade de São José (USJ), afirmou que a proibição de importação de produtos de plástico constituía “um bom primeiro passo, alinhado com medidas que têm vindo a ser tomadas um pouco por todo o mundo”. David Gonçalves deixou, porém, o alerta sobre a necessidade de novas e mais soluções para se reduzir o plástico no território. “Este é um problema sério que precisa de uma abordagem a vários níveis. Creio que a solução terá de ser sempre multivariada, incluindo uma aposta na redução do consumo de plástico, uma economia circular, a substituição por alternativas ambientalmente mais adequadas, nomeadamente bioplásticos, a melhoria do sistema de reciclagem e o tratamento dos resíduos finais”, declarou.
Hoje Macau PolíticaEmprego | Leong Sun Iok pede o lançamento de um portal informativo A associação Choi In Tong Sam realizou no domingo um fórum sobre o desenvolvimento juvenil, em que os participantes deram opiniões sobre os problemas que afectam o mercado de trabalho e o acesso à habitação. Segundo um comunicado do organismo, o deputado Leong Sun Iok, que preside à associação, sugeriu que o Governo crie um portal de internet para apoiar ao emprego de jovens através da partilha de informações sobre vagas disponíveis e formação profissional. Sublinhando uma das mais repetidas bandeiras políticas na RAEM, Leong Sun Iok voltou a pedir o reforço do controlo de trabalhadores não-residentes e que as empresas de grande dimensão devem ter maior proporção de residentes locais e reservar os empregos com melhor margem de progressão de carreira para residentes. Por seu turno, a membro do Conselho de Juventude, Cheng Ka Man, sugeriu que o Governo melhore as políticas de habitação pública, estudando a possibilidade de permitir candidaturas simultâneas para apartamentos do tipo T1 e T2. A responsável considera que a medida poderia apoiar as famílias mais jovens.
João Luz PolíticaZheng Xincong realça papel de Macau na Guerra de Resistência Na cerimónia de inauguração da “Exposição Temática pela Libertação Nacional e pela Paz Mundial-Comemoração do 80.º Aniversário da Vitória da Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa e da Guerra Mundial contra o Fascismo”, Zheng Xincong argumentou que “a história é o melhor livro didático e também a melhor alerta”. O subdirector do Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau do Conselho de Estado e director do Gabinete de Ligação do Governo Central em Macau começou por sublinhar que os comunistas chineses se destacaram “como os defensores e praticantes mais firmes do espírito patriótico” durante a guerra contra os invasores japoneses. “As suas propostas políticas, determinação firme e acções exemplares, tornaram-se o núcleo forte que lidera o povo chinês na luta pela independência nacional e libertação do povo”, acrescentou o líder do Gabinete de Ligação. Zheng Xincong destacou “a decisão importante tomada este ano pelo Comité Central do Partido Comunista Chinês de realizar grandiosas actividades comemorativas” e “recordar a história, homenagear os heróis falecidos, promover o grandioso espírito patriótico e o grandioso espírito da Guerra de Resistência”. O político apontou que o conflito pode servir para “reunir poderosas forças para avançar com a construção de um país forte e a grande revitalização da nação através da modernização chinesa”. A posição de Macau, “embora pequeno” em termos geográficos, foi também vincada por “nunca estar ausente”. Do passado ao futuro “Os amplos compatriotas de Macau empenharam-se com todo o coração na salvação nacional, seja indo decididamente para a frente de batalha para combater corajosamente e obter feitos meritórios, seja dedicando-se ao auxílio de refugiados e doando activamente fundos e materiais”, lembrou o director do Gabinete de Ligação do Governo Central em Macau. Além de salientar a participação de figuras históricas de Macau na luta contra os japoneses, Zheng Xincong evocou o papel do território no futuro. “Espera-se que todas as comunidades de Macau aprendam profundamente o espírito consagrado nos discursos importantes do Presidente Xi Jinping, herdem e desenvolvam o grande espírito da resistência contra a agressão”, indicou o responsável.
João Luz Manchete PolíticaHistória | Sam Hou Fai inaugura mostra sobre guerra contra o Japão Foi ontem inaugurada no edifício do Fórum Macau a Exposição do 80.º Aniversário da Vitória na Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa e na Guerra Mundial Antifascita. O Chefe do Executivo enalteceu o contributo de “compatriotas de Macau” e apelou ao fortalecimento do patriotismo Foi inaugurada ontem a “Exposição do 80.º Aniversário da Vitória na Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa e na Guerra Mundial Antifascita”, que reúne fotografias que retratam “o árduo percurso de 14 anos do povo chinês pela libertação nacional”. A mostra está patente no edifício do Fórum Macau até 24 de Setembro. Na cerimónia de inauguração, o Chefe do Executivo enalteceu a “coragem inigualável” e “determinação inabalável” do povo chinês na luta contra a invasão japonesa, assim como dos “povos do mundo” na II Grande Guerra Mundial. O discurso de Sam Hou Fai teve como foco os contributos dos “compatriotas de Macau” que “desempenharam um papel insubstituível e único”, conscientes de que a “ascensão e queda da nação” dizia respeito a todos. O governante destacou a coragem do General Ye Ting, o músico Xian Xinghai, ambos com espaços na península que comemoram as suas memórias, e os jovens Lin Yao, Liang Jie e Liao Jintao, “que deixaram Macau pelos campos de batalha”. Entre os resistentes homenageados por Sam Hou Fai, destaque para Ke Lin, que dirigiu uma equipa do Hospital Kiang Wu nos cuidados a feridos em combate, e que foi avô da secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, O Lam. Além da exposição de fotografia, o Governo da RAEM entregou medalhas comemorativas a residentes familiares de alguns soldados que morreram em batalhas contra os japoneses. Livro de história Depois de realçar a “frente unida” que o Partido Comunista da China montou para repelir a agressão nipónica, Sam Hou Fai apontou o papel que Macau desempenhou após a ocupação de Guangzhou e Hong Kong. Pese embora Macau ter sido cercada, “graças à sua posição única e aos esforços de todas as esferas da sociedade, tornou-se porto de abrigo para centenas de milhares de compatriotas e refugiados que chegavam das áreas vizinhas”, afirmou. A partir daí, Macau “tornou-se um canal importante para romper o bloqueio, recolher e transportar mantimentos, além de ser estação de transbordo para resgatar celebridades culturais e patriotas presos em Hong Kong”. Como não poderia deixar de ser, o patriotismo fez parte do discurso do Chefe do Executivo da RAEM. Sam Hou Fai salientou que o marco dos 80 anos ainda hoje uma “importante força espiritual”, “na nova jornada de construção de um grande país e de revitalização nacional” e uma via para “fortalecer a crença no patriotismo e no amor a Macau”. Como tal, o Chefe do Executivo indicou como essencial a missão de “zelar pela defesa do princípio «um país» e aproveitar as vantagens do segundo sistema”.
João Luz Manchete PolíticaConsumo | Nova ronda do Grande Prémio em Setembro Na próxima semana arranca mais um Grande Prémio do Consumo, que até ao final de Novembro irá sortear descontos no comércio local. O orçamento desta edição subiu quase 65 por cento e traz duas novidades: o aumento do desconto directo para idosos, que passa a 500 patacas e o cartão de cuidados sociais O Governo e a Associação Comercial de Macau apresentaram na sexta-feira mais uma edição do Grande Prémio do Consumo, que começa no dia 1 de Setembro (segunda-feira da próxima semana) e termina no dia 30 de Novembro. A nova ronda de descontos irá seguir os mesmos moldes da edição anterior, mas o orçamento será maior, totalizando 485 milhões de patacas em benefícios de consumo atribuídos ao longo das 13 semanas da iniciativa, mais 64,4 por cento, ou 190 milhões de patacas, em relação à edição que decorreu entre Março e Maio deste ano. Porém, a nova edição do Grande Prémio do Consumo terá duas novidades. A primeira é o aumento do valor do “desconto imediato para idosos” para 500 patacas, em relação às 300 patacas da edição anterior, que inaugurou o apoio directo a idosos A segunda novidade, é a criação do um “Cartão de Cuidados Sociais” com 500 patacas em benefícios de desconto imediato aos titulares do Cartão de Registo de Avaliação da Deficiência. Em relação ao Cartão Macau Pass para Idosos, os utentes podem usar o cartão da edição anterior da iniciativa, bastando para tal fazer o carregamento de 500 patacas nos mais de 100 postos de serviços espalhados por Macau. Se precisarem de um novo cartão, podem solicitá-lo até 18 de Novembro nos centros de acção social da Zona Centro – Sul (Patane), da Zona Norte (Tamagnini Barbosa), Zona Noroeste (Ilha Verde), Taipa e Coloane (na Avenida da Harmonia e Rua do Regedor), e no Centro de Avaliação Geral de Reabilitação. O Cartão de Cuidados Sociais pode ser levantado em instituições e centros coordenados pelo Instituto de Acção Social. O Governo salienta, no entanto que “não é possível usufruir das duas modalidades de benefício em simultâneo”. A rua falou De resto, a nova edição do Grande Prémio do Consumo irá manter os mesmos moldes. Durante a semana, os utentes de aplicações móveis de pagamento por código QR colaboradoras com a iniciativa têm três sorteios para ganhar cupões de descontos quando gastarem mais de 50 patacas numa transacção. Por cada aplicação móvel, o utente tem direito a três sorteios por semana. Os cupões de descontos vão manter-se entre 10 patacas e 200 patacas que têm de ser gastas em compras “igual ou superior ao triplo do valor nominal do cupão”. Ou seja, um cupão de 10 patacas só pode ser gasto numa compra de, pelo menos, 30 patacas. Além disso, todas as semanas realiza-se um sorteio para quem usou as aplicações móveis que irá atribuir três prémios de 8.000 patacas. Durante a apresentação da nova edição da medida de apoio ao consumo e ao comércio o director dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico (DSEDT), Yau Yun Wah, referiu que a edição anterior do Grande Prémio do Consumo “obteve êxitos notáveis” e “produziu um efeito positivo no estímulo ao consumo local”. O responsável mencionou também que o Chefe do Executivo quando ouviu “opiniões da sociedade, numerosas pequenas e médias empresas expressaram o desejo de que o Governo” continuasse o “apoio à economia comunitária durante os períodos de baixa temporada”. Importa também referir que a edição da iniciativa se intitula “Força dos Jogos Nacionais – Grande prémio para o consumo nas zonas comunitárias”, nome dado para “responder ao ambiente entusiástico dos Jogos Nacionais e aproveitar o efeito do evento para revitalizar a confiança do mercado de consumo”, indicou o Governo. Kaifong | Pedido uso de cupões durante a semana Os deputados Leong Hong Sai e Ngan Iek Hang querem que o Governo alargue o período para gastar os cupões de desconto do Grande Prémio do Consumo aos dias da semana. Em declarações ao jornal Ou Mun, os vice-presidentes do Centro da Política da Sabedoria Colectiva subordinado à União Geral das Associações dos Moradores de Macau (Kaifong) afirmaram que durante a actividade promocional haverá feriados, e que nesses dias o Governo deveria permitir o uso dos cupões. Além disso, os deputados sugeriram ao Executivo de Sam Hou Fai que aproveite os Jogos Nacionais para lançar uma gama de produtos promocionais que se vendam no comércio dos bairros comunitários.
Hoje Macau PolíticaEconomia | Associação Económica elogia Governo Após o anúncio de que o Governo iria lançar mais uma ronda do Grande Prémio do Consumo, para impulsionar os negócios do comércio e restauração, o vice-presidente da Associação Económica de Macau, Chang Chak Io, elogiou a medida enquanto resposta eficaz a curto-prazo para incentivar o consumo. Mas o louvor do responsável ao Executivo em políticas económicas não se ficou pela nova edição do Grande Prémio do Consumo. Em declarações ao jornal Ou Mun, Chang Chak Io destacou as medidas de longo prazo para melhorar o ambiente negocial, como o lançamento do plano das lojas com características próprias e os serviços de consultoria profissional para apoiar as pequenas e médias empresas (PME) a transformar os seus negócios, mudando de ramo e explorando novos mercados. O dirigente realçou também o apoio à digitalização de (PME), encorajando os comerciantes a recorrerem às redes sociais e ao marketing online, atraindo o consumo das novas gerações. Quanto ao desempenho económico na segunda metade deste ano, Chang Chak Io está optimista não só devido ao Grande Prémio do Consumo, do início de Setembro até ao fim de Novembro, mas devido aos vários eventos que se avizinham, como o concurso internacional de fogo-de-artifício, o aniversário da implantação da República Popular da China e os Jogos Nacionais.
Andreia Sofia Silva Manchete PolíticaLAG 2026 | CCPPC pede mais hotéis económicos Na quinta-feira, Sam Hou Fai reuniu com representantes de Macau à Assembleia Popular Nacional (APN) e Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC) a propósito da elaboração das Linhas de Acção Governativa (LAG) para o próximo ano. Destaca-se, da parte dos representantes da CCPPC, a sugestão de que o Governo “deveria promover a construção de mais hotéis de baixo custo para dinamizar o consumo de visitantes e a economia dos bairros”, destaca-se numa nota do gabinete do Chefe do Executivo. Ficou registado também o pedido para o “aumento da taxa de utilização do Posto Fronteiriço de Hengqin” e medidas de “aperfeiçoamento do sistema financeiro, o reforço da captação de negócios e investimentos e o emprego dos jovens”, sem esquecer “a política de trabalhadores não residentes”. Sam Hou Fai salientou a realização da feira “ZAPE com Sabores” como exemplo de dinamização da economia comunitária e promete “avançar com reformas inovadoras” na área económica e de cooperação. Por sua vez, os representantes de Macau à APN defenderam “a criação de uma equipa de especialistas (Think Tank), com o intuito de facultar fundamentos científicos e fortes na tomada de decisões políticas”, tendo sido discutido também “o desenvolvimento da economia dos bairros” e a “organização de mais actividades que beneficiem o consumo”. Nesta parte, Sam Hou Fai destacou que o regresso dos “pedidos de licenças de esplanadas tem obtido efeitos positivos”.
Andreia Sofia Silva Manchete PolíticaLAG 2026 | Mobilidade na função pública e economia na agenda Já começou a habitual ronda de recolha de opiniões de dirigentes associativos para as Linhas de Acção Governativa para 2026. Na sexta-feira, a reunião do Chefe do Executivo aconteceu com seis associações ligadas à Função Pública, tendo-se discutido a melhoria da mobilidade de trabalhadores e medidas de fomento económico Sam Hou Fai, Chefe do Executivo, já está a recolher opiniões junto de associações a fim de elaborar o programa do Governo para o próximo ano, mais conhecido como Linhas de Acção Governativa (LAG). Na sexta-feira, a reunião deu-se com seis associações representativas dos funcionários públicos, onde se inclui a Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM). Segundo uma nota oficial do gabinete do Chefe do Executivo, “alguns representantes sugeriram melhorar o mecanismo de mobilidade interna”, bem como “aumentar a relevância entre a formação e as funções dos funcionários públicos de forma a apoiar a modernização do sistema e capacidade de governação de Macau”. Foram ainda feitos pedidos de formulação de políticas que garantam a “protecção dos direitos e interesses legítimos dos trabalhadores da função pública, o aperfeiçoamento contínuo da formação para o pessoal da Administração Pública, a optimização do regime de subsídios e o aumento da eficácia do trabalho inter-departamental”, entre outros pontos. Sam Hou Fai prometeu a “optimização da gestão do pessoal e do regime de carreiras”, criando, desta forma, um “regime de acesso interno”, a promoção da “mobilidade horizontal e a criação de planos de formação direccionados” na Função Pública. De destacar que alguns dirigentes entregaram uma carta a Sam Hou Fai com pedidos concretos para a área da Administração Pública. PME e emprego na mira Também na sexta-feira, o dirigente máximo da RAEM reuniu, na sede do Governo, com representantes dos sectores industrial, comercial e financeiro a propósito da elaboração das LAG para 2026. Ao todo, estiveram 16 associações representadas na reunião, tendo defendido políticas como a “aceleração da renovação urbana, o desenvolvimento da economia de turismo marítimo” ou ainda os incentivos à “transformação e actualização do sector das convenções e exposições”. Pediu-se também a “optimização do ambiente de negócios das Pequenas e Médias Empresas (PME)”, bem como “a salvaguarda do emprego da população local” ou a necessidade de “introdução de quadros qualificados de alta qualidade no sector financeiro”. Neste encontro, apresentaram-se sugestões para a área do turismo, no sentido de “aumentar a competitividade integral de Macau como uma cidade internacional de turismo”. Tal pode passar pelo “desenvolvimento da indústria de concertos”, sem esquecer “o apoio à propriedade intelectual cultural e criativa local e aperfeiçoamento das medidas da rede de transportes públicos, atraindo o fluxo de turistas para o desenvolvimento da economia dos bairros”. Sam Hou Fai, por sua vez, admitiu a existência de um “complexo e mutável ambiente interno e externo”, tendo defendido que as empresas devem “inovar e fortalecer-se, injectando-se novas dinâmicas no desenvolvimento geral dos sectores”. Ficou a promessa de ajustamento “do desenvolvimento do sector de convenções e exposições”, e a adopção de “várias medidas para aumentar o fluxo de pessoas nos bairros e orientar o mercado na sua transformação para novos modelos de consumo”, apoiando, desta forma, as PME locais.
Hoje Macau PolíticaSeac Pai Van | Centro de Educação com exposição patriótica O Governo está a preparar a montagem de um pavilhão para exposições nacionalistas no Centro de Educação de Seac Pai Van, revelou ontem o director dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento de Juventude (DSEDJ), Kong Chi Meng. Em declarações citadas pelo jornal Ou Mun, o director da DSEDJ levantou um pouco o véu sobre os conteúdos que serão expostos como, por exemplo, materiais sobre as forças armadas chinesas, política internacional e educação patriótica. O responsável revelou que o local já está preparado para organizar a mostra inaugural, que deverá acontecer neste ano, mas que o Governo ainda está a recolher todos os materiais informativas necessários, esperando através de vários métodos, incluindo alguns interactivos, cativar a atenção dos mais novos. Kong Chi Meng mencionou ainda a grande importância da base de educação patriótica dedicada a Macau e Hong Kong, inaugurada em Pequim. Na sua óptica, o espaço irá proporcionar a oportunidade de organização conjunta com Hong Kong de iniciativas como concursos de redação e visitas de estudo, assim como intercâmbios juvenis e actividades de educação patriótica.
Hoje Macau PolíticaPequim | Inaugurada base de educação patriótica para as RAES Já está inaugurada a “Base de Educação de Patriotismo para os Jovens de Hong Kong e Macau em Pequim”, sendo esta entidade de educação patriótica virada para as regiões administrativas especiais organizada juntamente com as autoridades do Interior da China. Em declarações ao canal chinês da Rádio Macau, o subdirector do Gabinete de Trabalho de Hong Kong e Macau, Xu Qifang, destacou que os compatriotas de Hong Kong e Macau sempre demonstraram uma “tradição gloriosa” do amor à pátria e a Hong Kong ou a Macau, sendo esta a base importante para uma implementação estável e duradoura do conceito de Um País, Dois Sistemas. Por seu turno, a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura de Macau, O Lam, que presidiu à cerimónia de inauguração, apontou que o estabelecimento desta base de educação patriótica mostra como o patriotismo pode ser inovador tendo por base o conceito de Um País, Dois Sistemas. O Lam disse ainda que o Governo vai recorrer a esta entidade para organizar mais visitas com residentes e jovens, para que possam saber mais sobre as acções do Partido Comunista Chinês contra a ocupação japonesa nos anos da II Guerra Mundial, ou seja, na guerra de resistência contra a agressão japonesa.
João Luz Manchete PolíticaMaternidade | Mulheres pedem que subsídio se torne permanente A Associação Geral das Mulheres aplaude a extensão do subsídio de apoio à licença de maternidade, mas pede que passe a ser permanente e alargado a empresas com mais de 100 trabalhadores. Além disso, a associação quer maior rapidez no processo legislativo para aumentar as licenças de maternidade e paternidade A Associação Geral das Mulheres de Macau viu com bons olhos o anúncio de quarta-feira do Conselho Executivo de que o plano do subsídio complementar atribuído aos empregadores pela remuneração paga na licença de maternidade será alargado por mais um ano. O subsídio em questão começou a ser distribuído depois da revisão legal que alargou a licença de maternidade de 56 para 70 dias, que entrou em vigor a 26 de Maio de 2020, e teria como limite máximo 14 dias de renumeração base. O subsídio foi apresentado como uma medida para aplicar durante um período transitório, permitindo aos empregadores adaptar-se, de forma gradual, às despesas económicas causadas pelo aumento do número de dias de licença de maternidade. O período de transição terminou em Maio de 2023, mas desde então foi consecutivamente renovado anualmente. Num comunicado divulgado na quarta-feira à noite, a associação representada pela deputada Wong Kit Cheng e a vice-directora Loi I Weng pediu que o subsídio complementar passe a ser permanente. Loi I Weng argumentou que a continuidade do carácter temporário da medida não transmite segurança às potenciais novas mães, nem às pequenas e médias empresas. A dirigente aponta também que o subsídio complementar deveria ter um âmbito alargado e não se ficar apenas pelas empresas com menos de 100 funcionários e que, se no futuro a licença de maternidade aumentar, o Governo precisa reajustar o subsídio para aliviar os encargos das empresas. Depressa e bem Em relação ao aumento da licença de maternidade, a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) encarregou uma entidade terceira de estudar o tema, estando prevista uma consulta pública e o início do processo legislativo no próximo ano. Wong Kit Cheng está preocupada com esta calendarização, tendo em conta a gravidade da baixa natalidade e a necessidade urgente de a resolver. Como tal, a deputada defende a aceleração do processo, o alargamento dos dias de licença de paternidade e que esta também seja complementada com um subsídio, permitindo que ambos os pais beneficiem da medida. Recorde-se que a licença de paternidade continua fixada em apenas cinco dias.
João Luz Manchete PolíticaTurismo | Helena de Senna Fernandes e Fanny Vong renovam mandatos Helena de Senna Fernandes vai continuar à frente da Direcção dos Serviços do Turismo por mais dois anos, até Dezembro de 2027. A renovação no cargo foi ontem oficializada pelo secretário para a Economia e Finanças. Também Fanny Vong vai continuar a dirigir a Universidade de Turismo de Macau por mais seis meses Dois dos cargos mais importantes na definição do rumo do sector do turismo de Macau vão continuar nas mãos de duas mulheres cujas carreiras públicas se misturam com o rumo das políticas turísticas do território das últimas duas décadas. Maria Helena de Senna Fernandes vai continuar a dirigir os Serviços de Turismo, enquanto Fanny Vong prossegue como reitora da Universidade de Turismo de Macau. A comissão de serviço de Helena de Senna Fernandes foi renovada por dois anos, a partir de 20 de Dezembro deste ano, através de um despacho do secretário para a Economia e Finanças, Tai Kin Ip, publicado ontem no Boletim Oficial. O documento que renova o mandato de Helena de Senna Fernandes à frente da Direcção dos Serviços de Turismo (DST) indica que a directora “tem capacidade de gestão e experiência profissional adequadas para o exercício das suas funções”. Se cumprir a mais recente comissão de serviço, Helena de Senna Fernandes será directora da DST por, pelo menos, 15 anos, cargo que ocupa desde Dezembro de 2012. A responsável é licenciada em Gestão Empresarial e entrou na Função Pública em 1988, tendo desempenhado entre 1994 e 1998 o cargo de chefe do Departamento de Promoção da DST. A partir de 1998, e até ser promovida a directora, foi subdirectora da DST. Também desempenhou funções como parte da Comissão de Designação de Medalhas e Títulos Honoríficos. À meia dúzia Por sua vez, a comissão de serviço de Fanny Vong como reitora da Universidade de Turismo de Macau foi renovada por seis meses, dando continuidade à responsável que presidiu à transição do Instituto de Formação Turística para a actual Universidade de Turismo de Macau. A continuição do mandato de Fanny Vong foi oficializada por um despacho assinado pela secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, O Lam, publicado ontem no Boletim Oficial. A justificação para a renovação do mandato por seis meses foi exactamente a mesma dada para a renovação de Helena de Senna Fernandes. Fanny Vong foi professora na Universidade de Macau e ingressou no Instituto de Estudos Turísticos de Macau em 1999, tornando-se presidente do instituto em 2001. Durante o seu mandato, criou o programa de pós-doutorado da instituição que deu lugar à Universidade de Turismo de Macau, incluindo programas de mestrado, doutorado e pós-graduação. A reitora ocupou vários cargos relacionados com a indústria do turismo de Macau, incluindo na Comissão de Apoio ao Desenvolvimento Turístico.
Hoje Macau PolíticaSAFP / Chefias | Terceira parte vai dar parecer sobre nomeações Os mecanismos de progressão de carreira na Função Pública vão sofrer alterações, com a introdução de uma terceira parte que poderá ser solicitada para dar um parecer sobre nomeações do pessoal de direcção ou chefia. A novidade foi ontem apresentada pela directora dos Serviços de Administração e Função Pública (SAFP), Leong Weng In, numa conferência de imprensa do Conselho Executivo. As novidades foram acrescentadas pela alteração ao regulamento administrativo que regula as disposições complementares do estatuto do pessoal de direcção e chefia. Sobre a natureza desta terceira parte, se é privada ou pública e sobre o conhecimento que terá da orgânica de departamentos que não conhece, Leong Weng In nada disse, além de que o processo será acompanhado pelos SAFP. Em relação a renovações de comissões de servoços de pessoal de direcção e chefia, a responsável afirmou que o processo irá implicar uma nova revisão para apurar se os funcionários continuam a “preencher os requisitos para o exercício das funções, designadamente a idoneidade cívica e a competência profissional necessárias”. Como tal, serão verificadas se o trabalhador tem no seu registo advertências ou processos disciplinares.
Hoje Macau PolíticaReserva financeira | Activos cresceram 7,4% em Junho Os activos da reserva financeira de Macau alcançaram no final de Junho 647,3 mil milhões de patacas, valor correspondente a um crescimento homólogo de 7,4 por cento, segundo dados oficiais divulgados ontem. A reserva financeira em Maio estava nos 640,6 mil milhões de patacas, pelo que o valor apresentado ontem representa uma subida em cadeia de 1,04 por cento, de acordo com os dados da Autoridade Monetária de Macau (AMCM). A reserva tem estado sempre em alta ao longo do semestre, com o valor dos activos a subir 31,1 mil milhões de patacas entre Janeiro e Junho – em Dezembro de 2024, o valor cifrou-se em 616,2 mil milhões de patacas. Apesar disso, os 647,3 mil milhões de patacas permanecem abaixo do recorde histórico de 663,6 mil milhões de patacas, atingido no final de Fevereiro de 2021, em plena pandemia de covid-19. O valor da reserva extraordinária no final de Junho deste ano era de 459,7 mil milhões de patacas e a reserva básica, equivalente a 150 por cento do orçamento público de Macau, era de 164,2 mil milhões de patacas, ainda de acordo com a AMCM. A reserva financeira de Macau é maioritariamente composta por 271,6 mil milhões de patacas em investimentos subcontratados, depósitos e contas correntes no valor de 255,9 mil milhões de patacas e títulos de crédito no montante de 116,4 mil milhões de patacas.
Nunu Wu Manchete PolíticaMaternidade | Pedidos 113 subsídios complementares até Julho Até ao final do mês passado, a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) registou 113 pedidos para o plano do subsídio complementar atribuído aos empregadores pela remuneração paga na licença de maternidade, indicou ontem o director Chan Un Tong numa conferência de imprensa do Conselho Executivo. Destes 113 pedidos, 86 foram aprovados (envolvendo 79 empresas) num valor de quase 810 mil patacas. Recorde-se que este subsídio começou a ser distribuído depois da revisão legal que alargou a licença de maternidade de 56 para 70 dias, que entrou em vigor a 26 de Maio de 2020, e teria como limite máximo 14 dias de renumeração base. O subsídio foi apresentado como uma medida para aplicar durante um período transitório, permitindo aos empregadores adaptar-se, de forma gradual, às despesas económicas causadas pelo aumento do número de dias de licença de maternidade. O período de transição terminou em Maio de 2023, mas foi ontem prolongado por mais um ano, através da alteração ao regulamento administrativo que rege o plano de apoio. O Conselho Executivo explica o prolongamento da medida com as políticas de incentivo à natalidade, e a promoção de relações laborais harmoniosas. Como tal, os empregadores que preencham os requisitos e tenham pago “remunerações na licença de maternidade às trabalhadoras residentes que tiveram parto ou situações afins até 31 de Dezembro de 2026”, podem requerer o subsídio complementar.
Hoje Macau PolíticaTecnologia | Sam Hou Fai quer Nanjing como referência O Chefe do Executivo considera que a integração entre os sectores académicos, industriais e de investigação tecnológica de Nanjing “são uma referência valiosa para Macau no desenvolvimento da indústria de tecnologia de ponta e na construção do parque industrial de investigação e desenvolvimento das ciências e tecnologias”. A declaração de Sam Hou Fai, citada pelo Gabinete de Comunicação Social (GCS), foi proferida na terça-feira em Nanjing, a paragem após Xangai no novo périplo por cidades chinesas do líder do Governo da RAEM. Na capital da província de Jiangsu, Sam Hou Fai e a comitiva da RAEM visitaram o Centro Regional de Transferência de Tecnologia Universitária-Industrial na área da biomedicina (Nanjing), o Laboratório da Montanha Púrpura e o Centro Regional de Transferência de Tecnologia Universitária-Industrial. Segundo o GCS, o Chefe do Executivo espera que os dois Centros de Transferência de Tecnologia e o Laboratório da Montanha Púrpura reforcem, no futuro, o intercâmbio e a cooperação com as instituições do ensino superior de Macau, formando “quadros qualificados que se destaquem internacionalmente e trabalhem em comunhão de esforços no caminho da inovação científica e tecnológica e da investigação”.
João Luz Manchete PolíticaNanjing | Governo presta homenagem a vítimas de massacre O Chefe do Executivo visitou ontem o Salão Memorial das Vítimas do Massacre de Nanjing e prometeu realizar em Macau actividades para homenagear os mártires e “exaltar o grande espírito patriótico”. Além disso, a RAEM e a província de Jiangsu assinaram um acordo de cooperação na área da educação Sam Hou Fai visitou ontem o Salão Memorial das Vítimas do Massacre de Nanjing pelos Invasores Japoneses, em Nanjing, onde depositou uma coroa de flores em honra das vítimas. Num gesto de homenagem, o governante e a delegação da RAEM respeitaram um minuto de silêncio e ajustaram fitas fúnebres. De seguida, a comitiva que incluiu a secretária para os Assuntos Sociais e Cultural, O Lam, e o director dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude, Kong Chi Meng, visitaram “a sala de exposição histórica no Salão Memorial e o local da vala comum dos compatriotas mortos, e do capítulo heróico da sangrenta resistência do povo chinês”. O Chefe do Executivo salientou que este ano se assinala o 80.º aniversário da vitória na guerra de resistência do povo chinês contra a agressão japonesa e na guerra mundial antifascista, e que para marcar o “momento tão significativo”, a RAEM vai organizar uma série de actividades comemorativas. Estas actividades terão como conceitos principais “’recordar a história, prestar homenagem aos mártires, valorizar a paz e criar um grande futuro’, para promover o importante significado da vitória na guerra de resistência e exaltar o grande espírito patriótico”, indicou o Governo da RAEM. Agarrar oportunidades Além da homenagem às vítimas do massacre de Nanjing, Sam Hou Fai teve ontem na agenda uma reunião com o secretário do Comité Provincial de Jiangsu do Partido Comunista Chinês e presidente do Comité Permanente da Assembleia Popular Provincial, Xin Changxing. Em cima da mesa esteve o reforço do intercâmbio e cooperação entre Macau e Jiangsu, em especial na área da edução. Nesse âmbito, foi assinado um acordo de cooperação “promover o intercâmbio e a cooperação entre Macau e Jiangsu na área da educação, e aprofundar o desenvolvimento integrado de educação-ciência-tecnologia-quadros qualificados”. O acordo visa “potenciar a complementaridade de vantagens das duas regiões nos domínios de recursos educacionais, de transformação de resultados de investigação e de plataforma de serviços”. Sam Hou Fai considerou que Macau e Jiangsu podem reforçar a cooperação em áreas como inovação científica e tecnológica, medicina tradicional chinesa, cultura, turismo, convenções e exposições, e formação de profissionais qualificados.
Hoje Macau PolíticaFSS | Estudo orçamental ainda este ano O Fundo de Segurança Social (FSS) “incumbiu uma instituição académica de efectuar um estudo no segundo semestre de 2025” a fim de analisar e rever “as actuais políticas de segurança social”. Esta informação consta numa resposta do Instituto de Acção Social (IAS) a uma interpelação da deputada Ella Lei, sendo que, com este estudo, o FSS pretende “optimizar o mecanismo de ajustamento das prestações do regime da segurança social”, tendo ainda em conta “as opiniões apresentadas pela sociedade sobre a indexação da base da pensão para idosos ao valor do risco social”. Pretende-se, com este estudo, que o FSS se possa “adaptar melhor ao desenvolvimento social e dar resposta às necessidades reais dos residentes, assegurando que os recursos sejam alocados com precisão para os grupos com necessidades”.
João Luz Manchete PolíticaGuangdong | Emitidos 2,5 mil milhões em títulos de dívida na RAEM A província vizinha de Guangdong vai voltar a emitir, pela quinta vez, títulos de dívida em Macau, no valor de 2,5 mil milhões de renminbi. A operação que irá decorrer no fim de Agosto é destinada a investidores profissionais e irá também ajudar a financiar a 15.ª edição dos Jogos Nacionais A Autoridade Monetária de Macau (AMCM) anunciou ontem que o Governo da província de Guangdong irá no fim do mês emitir títulos de dívida em renminbi (RMB) do seu Governo local, num valor de 2,5 mil milhões de RMB. De acordo com a Autoridade Monetária de Macau (AMCM), a nova emissão mantém a aposta nas obrigações temáticas ligadas à Zona de Cooperação Aprofundada Guangdong-Macau em Hengqin e nas obrigações verdes, mas introduz também duas novidades: a emissão de títulos de dívida destinados a apoiar a 15.ª edição dos Jogos Nacionais e de obrigações azuis. A emissão é destinada a investidores profissionais. A AMCM sublinha que esta iniciativa “reflecte o apoio do Governo Central e do Governo Popular da Província de Guangdong a Macau”, permitindo acelerar o desenvolvimento de novos sectores financeiros, em particular o mercado obrigacionista, e contribuir para a diversificação económica. Uma parte das receitas será aplicada no projecto da 15.ª edição dos Jogos Nacionais, a primeira grande competição desportiva conjunta entre Guangdong, Hong Kong e Macau, o que constitui, segundo as autoridades, uma demonstração do reforço da integração da Grande Baía e do apoio à participação de Macau no desenvolvimento nacional. Destino recorrente Além da componente desportiva, a emissão inclui obrigações verdes e, pela primeira vez, obrigações azuis, instrumentos destinados a financiar projectos ligados à sustentabilidade ambiental e à preservação dos recursos marinhos. A AMCM destaca que esta diversidade “enriquece o mercado obrigacionista de Macau” e poderá atrair novos emitentes, alinhando-se com os objetivos da China de atingir o pico de emissões de dióxido de carbono e a neutralidade carbónica. A especificidade da emissão destes títulos de dívida “impulsiona o desenvolvimento dos mercados financeiros de Guangdong e Macau para áreas verdes e sustentáveis”, aponta a AMCM. A autoridade monetária destacou também o apoio do Ministério das Finanças e do Governo Popular da Província de Guangdong, a quem expressou “sinceros agradecimentos”, reafirmando que continuará a promover a cooperação financeira entre Guangdong e Macau. Esta é a quinta vez, desde 2021, que a província de Guangdong se financia em Macau através de títulos de dívida. A última vez que o tinha feito foi em Agosto do ano passado, no mesmo valor. Cerca de dois meses depois foi a vez do Governo Central emitir em Macau títulos de dívida no valor de 5 mil milhões de RMB. No início do mês passado, Pequim subiu a parada e voltou a emitir títulos de dívida na RAEM no valor de 6 mil milhões de RMB.
Hoje Macau PolíticaEleições | Menos 4.520 eleitores inscritos para votar O presidente da Comissão dos Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa (CAEAL), Seng Ioi Man, revelou ontem que, até meados de Agosto, 4.520 eleitores tiveram a sua inscrição para votar cancelada devido a doença mental, sentença judicial ou óbito. Como tal, o responsável indicou que actualmente o “número de eleitores singulares que podem participar nas eleições foi reduzido para cerca de 328.611 pessoas”. O juiz Seng Ioi Man afirmou também que quase 260 residentes se inscreveram para votar antecipadamente, mas que não podem exercer o direito de voto por no dia das eleições, 14 de Setembro, ainda serem menores de idade. O presidente da CAEAL aproveitou a conferência de imprensa de ontem para exortar os cidadãos, especialmente funcionários públicos, assim como trabalhadores de empresas públicas e concessionárias, a darem o exemplo participando activamente nas eleições para a Assembleia Legislativa e a incentivar familiares e amigos a fazerem o mesmo.
João Luz PolíticaSeac Pai Van | Ampliação do reservatório custará pelo menos 330 milhões A empreitada de ampliação do Reservatório de Seac Pai Van em Coloane vai custar entre mais de 330 milhões de patacas e 425 milhões de patacas, de acordo com as 11 propostas apresentadas no concurso público, indicou ontem a Direcção dos Serviços de Obras Públicas. As autoridades abriram ontem publicamente as propostas ao concurso e revelaram que 10 foram admitidas, enquanto uma outra foi “admitida condicionalmente, devendo as irregularidades serem supridas no prazo fixado”. Dentro das propostas apresentadas, os prazos globais de execução dos trabalhos foram praticamente iguais, variando entre 623 dias de trabalho e 624 dias de trabalho. A obra tem o objectivo de reforçar a segurança no abastecimento de água urbana em Macau, elevar a capacidade de reserva dos recursos de água doce e a capacidade de resposta em situações de emergência. O início da obra está previsto para o último trimestre deste ano e tem como prazo máximo de execução de 655 dias de trabalho. Após a sua conclusão, a capacidade total do Reservatório de Seac Pai Van aumentará de 300 mil m3 para cerca de 780 mil m3. Por último, o comprimento da ciclovia em redor do reservatório estender-se-á para cerca de 1.415 metros, enquanto os dos circuitos de corrida e de manutenção vão ficar com cerca de 1.160 metros.
João Luz Manchete PolíticaXangai | Sam Hou Fai quer integrar recursos para quadros qualificados Numa reunião com governantes de Xangai, o Chefe do Executivo sugeriu o desenvolvimento conjunto de projectos de investigação científica e tecnológica e a integração de recursos para formar quadros qualificados. Sam Hou Fai defendeu também o reforço da cooperação de empresas e instituições académicas das duas cidades Uma comitiva do Governo da RAEM, liderada pelo Chefe do Executivo, reuniu na segunda-feira ao fim da tarde com o secretário do Comité Municipal de Xangai do Partido Comunista Chinês, Chen Jining e o vice-secretário do Comité Municipal e presidente do município de Xangai, Gong Zheng. O encontro fez parte da agenda que incluiu a visita a pólos industriais e empresas do sector tecnológico. Na reunião com os representantes políticos de Xangai, Sam Hou Fai defendeu que as duas cidades deveriam “desenvolver em conjunto projectos de investigação especializada a nível de ciência e tecnologia, aprofundar a cooperação financeira transfronteiriça, integrar os recursos educacionais para formar quadros qualificados multidisciplinares”. No plano do turismo, o Chefe do Executivo sugeriu a promoção conjunta de itinerários “multi-destinos” no mercado internacional e cooperação ao nível da indústria das convenções e exposições. As indústrias do futuro foram uma das tónicas principais da passagem da comitiva da RAEM por Xangai. O Chefe do Executivo propôs o reforço da cooperação e intercâmbio das empresas de tecnologia e das instituições académicas entre as duas cidades, adoptando a filosofia “Indústria-Academia-Investigação”. Tu cá, tu lá O governante da RAEM disse esperar o forte apoio de Xangai no incentivo a empresas tecnológicas “a explorar oportunidades de negócios em Macau, em prol de um desenvolvimento conjunto”. Cumprindo a necessária menção aos importantes discursos proferidos por Xi Jinping durante a última visita a Macau, Sam Hou Fai repetiu aos altos cargos do Partido Comunista Chinês de Xangai que Macau está a implementar o espírito dos discursos e a empenhar-se na diversificação da economia e construção da Zona de Cooperação Aprofundada entre em Hengqin. Durante a parte da manhã, a comitiva da RAEM visitou a Cidade Científica de Zhangjiang e duas empresas científicas. Segundo o Gabinete de Comunicação Social, Sam Hou Fai convidou as empresas a investirem em Macau. A agenda política do dia fechou com uma deslocação à comunidade ecológica de inovação do Espaço Mosu, onde os representantes de Macau ficaram a conhecer a plataforma de incubação e aceleração de modelos de inteligência artificial. O périplo pelo Interior da China levou ontem a comitiva de governantes da RAEM a Nanjing, cidade na província de Jiangsu que foi capital do país durante várias dinastias imperiais.
João Luz Manchete PolíticaFixados limites de capital social para companhias aéreas que queiram operar em Macau O Governo publicou ontem no Boletim Oficial uma série de despachos, assinados pelo Chefe do Executivo, para regulamentar exigências de capital social, custo de licença para renovação e cauções a pagar por empresas que queiram entrar no mercado da aviação civil, depois de ter sido aprovada em meados de Junho a lei que liberaliza o mercado aéreo comercial. Começam assim a ganhar contornos concretos as exigências para empresas dispostas a quebrar o monopólio da Air Macau no território. Assim sendo, os despachos assinados por Sam Hou Fai determinam que as empresas de aviação civil que queiram estabelecer operações em Macau devem pagar 15 milhões de patacas em caução. Para conseguir ou renovar a licença de actividade de transporte aéreo comercial de passageiros é preciso pagar 1 milhão de patacas, e exigido o pagamento de uma taxa anual de actividade correspondente a 2 por cento dos lucros líquidos apurados pela companhia aérea no ano anterior. Foram também fixados montantes mínimos de capital social das companhias para obter o certificado de operador aéreo. Para operações de transporte aéreo comercial de passageiros é exigido um capital social de, pelo menos, 600 milhões de patacas, enquanto para transporte aéreo comercial de passageiros por helicóptero ou operações de aviação executiva o capital social exigido é de 200 milhões de patacas. Uma longa viagem Para o transporte aéreo comercial de carga em aviões cargueiros, o valor mínimo do capital social é de 400 milhões de patacas. As normas apresentadas ontem em despachos do Governo entram em vigor no dia 1 de Fevereiro de 2026, quando passa a vigorar a nova lei de aviação civil. A legislação que coloca um ponto final no monopólio da Air Macau foi aprovada na generalidade ainda durante o mandato de Ho Iat Seng à frente do Governo, em Junho de 2023. Cerca de dois anos depois foi aprovada na especialidade pelos deputados, depois de várias extensões sucessivas da concessão que garantia a continuidade do monopólio da Air Macau.
Andreia Sofia Silva Manchete PolíticaGuangdong | Pedidos mais detalhes sobre circulação além Hengqin A deputada Wong Kit Cheng questiona as autoridades sobre o andamento do processo que irá permitir que carros de matrícula única de Macau em Hengqin possam circular em toda a província de Guangdong. Além disso, a responsável sugere que se realize uma única inspecção de viaturas por ano reconhecida por Macau e Guangdong Wong Kit Cheng, deputada, pretende saber mais detalhes sobre o processo de permissão de circulação de viaturas de matrícula única de Macau em Hengqin em toda a província de Guangdong, algo que as autoridades garantiram que podia ser uma realidade no final deste ano. Porém, nada ainda foi anunciado de concreto. Num comunicado enviado às redacções, a responsável entende que deve ser acelerado o processo burocrático a fim de permitir que mais carros possam circular em toda a província. Wong Kit Cheng salientou que as autoridades de Macau e Guangdong têm avançado com a medida de forma ordenada, revendo o formato de gestão dos veículos com matrícula única. Além disso, tem sido promovida a criação de um sistema de informação de passagem fronteiriça da segunda linha, procurando que a política possa ser implementada este ano. Por essa razão, a deputada, que é vice-presidente da Associação Geral das Mulheres de Macau, sugere que o Governo anuncie mais detalhes destas políticas junto do público e com alguma antecedência, nomeadamente os processos de apreciação e aprovação dos condutores qualificados para conduzir neste sistema e informações relativas à passagem transfronteiriça de segunda linha. Tudo para que os condutores de Macau possam preparar a sua candidatura de forma atempada e para trazer uma maior conveniência à integração de Macau com Hengqin. Melhores inspecções Tendo em conta o aumento contínuo, nos últimos anos, do número de veículos transfronteiriços, Wong Kit Cheng diz que seria importante simplificar o processo de inspecção de viaturas entre Macau e o Interior da China, pois os condutores têm de se submeter a inspecções de ambos os lados da fronteira. Desta forma, defendeu a responsável, tal representa mais despesas para os condutores e perda de tempo, pois os critérios de inspecção são diferentes. Assim, a deputada sugere que se estude a possibilidade de se realizar uma única inspecção anual reconhecida por Macau e Guangdong. Na mesma nota, a deputada também pede melhores instalações fronteiriças para uma melhor integração da RAEM em Hengqin. Wong Kit Cheng cita dados do posto fronteiriço de Hengqin onde se indica que de Janeiro ao dia 25 de Junho deste ano mais de um milhão de veículos com matrícula única de Macau usaram este posto, um aumento anual de 26 por cento. Além disso, segundo a deputada, as autoridades de Hengqin estimam que o número possa atingir, pela primeira vez, os dois milhões já este ano. São também citadas queixas de condutores que usam com frequência o posto fronteiriço de Macau-Hengqin quanto aos engarrafamentos em hora de ponta. Por esta razão, a deputada quer que o Governo continue a avaliar a capacidade de acolhimento de viaturas do posto, sugerindo a colocação de mais agentes de segurança, mais faixas de circulação para carros e uma melhor coordenação do fluxo de trânsito.