João Santos Filipe Manchete PolíticaImobiliário | Mais vendas a preços mais baixos no início de Agosto Agosto arrancou com mais actividade comercial no mercado da habitação, com um aumento de 19 por cento do número de transacções. No entanto, compradores e vendedores voltaram a ver os preços baixarem Na primeira metade de Agosto o número de transacções de habitação teve um crescimento anual de 19 por cento para um total de 118 negócios. Os números foram divulgados ontem, através do portal da Direcção de Serviços de Finanças (DSF). Na primeira quinzena de Agosto do ano passado tinham sido registadas 99 transacções de habitação. Em relação ao início de Agosto deste ano, o maior número de compras e vendas de habitação aconteceu na Península com 96 transacções, que contrastam com as 74 do ano anterior. Na Taipa houve 19 vendas de apartamentos, um valor que ficou estabilizado, e em Coloane foram registadas três, menos três do que no início de Agosto do ano passado. Se por um lado houve mais transacções, por outro, o preço médio das casas vendidas apresentou uma redução de 2,3 por cento para uma média de 78.990 patacas por metro quadrado. Em comparação, na primeira quinzena de Agosto do ano passado o preço médio do metro quadrado era de 80.815 patacas por metro quadrado. Como tradicionalmente acontece, o metro quadrado foi mais caro em Coloane, com um custo médio de 83.444 patacas, o que em termos anuais representou um aumento face ao valor médio de 65.145 patacas por metro quadrado do início de Agosto de 2024. Na Península o preço médio mais recente foi de 82.743 patacas por metro quadrado, uma redução anual face às 84.584 patacas anteriores. Finalmente, na Taipa o preço mais recente foi de 65.219 patacas por metro quadrado, uma redução de quase 10 mil patacas, face às 75.189 patacas por metro quadrado do ano anterior. Navios idos Os números mais recentes confirmam que o mercado do imobiliário de Macau atravessa uma situação muito diferente do que acontecia antes da pandemia da covid-19. Nos primeiros quinze dias de Agosto de 2019 o número de transacções de fracções para habitação atingiu 443, cerca do triplo do que aconteceu no período mais recentemente analisado. Nesse início de mês houve 289 transacções na Península, 137 na Taipa e 17 em Coloane. Também os preços praticados se encontram num nível diferente do que acontecia em Agosto de 2019. Nessa altura, o preço médio por metro quadrado era de 119.351 patacas, uma diferença de 40.361 patacas face à primeira quinzena de Agosto de 2025. Nessa altura, o preço médio na Taipa era de 142.100 patacas por metro quadrado, e de 126.883 patacas em Coloane. Na Península o preço médio do metro quadrado atingia as 108.748 patacas.
Hoje Macau PolíticaDSEDJ | Aposta em visitas a bases de segurança nacional A Direcção de Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) vai continuar a apostar nas visitas de estudo para professores e alunos à Base de Educação do Patriotismo para Jovens de Macau, em Shandong, e à Base de Formação de Educação sobre Perspectiva Geral da Segurança Nacional para Jovens de Macau, em Pequim, como parte dos esforços de promoção do nacionalismo. A orientação sobre a educação nacional foi revelada na resposta a uma interpelação do deputado Ho Ion Sang. De acordo com a resposta assinada por Teng Sio Hong, subdirector da DSEDJ, as visitas têm como objectivo “aprofundar o sentimento patriótico e a consciência de segurança nacional”. No documento, Teng Sio Hong garante que o “Governo da RAEM mantém-se firme na consolidação dos valores nucleares do amor pela Pátria e por Macau” e que o futuro desta política passa pela construção de “uma base de experiência imersiva, baseada em Macau e interligada com a Grande Baía”, realização de actividades para alunos e a criação de um Pavilhão de Exposições da Educação Patriótica em Seac Pai Van.
João Luz Manchete PolíticaIH / Edifício do Lago | Apontada responsabilidade de condóminos A queda de azulejos no complexo de habitação económica do Edifício do Lago tem sido um problema recorrente passados poucos anos da ocupação dos apartamentos. Desde a primeira ocorrência, a queda de mosaicos tem sido uma constante, também noutros edifícios de habitação pública. O Instituto de Habitação empurra responsabilidades para os condomínios Passado pouco tempo da distribuição de apartamentos no complexo de habitação económica do Edifício do Lago, começou a ser evidente a falta de qualidade da construção, com o desprendimento constante de azulejos e mosaicos da fachada e paredes exteriores dos blocos. Após a sucessiva queda de mosaicos, o empreiteiro era convocado a proceder a reparações, e o problema repetia-se, tanto nas paredes exteriores como nas partes comuns no interior dos prédios. O ciclo repetiu-se durante mais de uma década, também noutros prédios de habitação pública, até que a garantia estabelecida no contrato de adjudicação da construção do Edifício do Lago expirou. Desde então, o Instituto de Habitação (IH) “passou a bola” para o lado dos condóminos, que têm rejeitado sucessivamente propostas de reparação. Em resposta a uma interpelação de Nick Lei, o Governo voltou a realçar a inacção dos proprietários. Após uma investigação do Comissariado contra a Corrupção, que não encontrou indícios de corrupção das autoridades no concurso, apreciação, aprovação e supervisão das obras no Edifício do Lago e no Edifício Ip Heng, foi “apresentada uma proposta de reparação para discussão e deliberação por parte dos condóminos. Contudo, a proposta foi rejeitada dentro do prazo estabelecido, pelo que o empreiteiro não pôde realizar os trabalhos de reparação e acabou por retirar a proposta”, indicou Sam Weng Chon, director substituto dos Serviços de Obras Públicas. O responsável salientou que “o IH continuou a instar a empresa de administração e as respectivas administrações a darem acompanhamento à situação, exigindo-lhes a apresentação de uma nova proposta de reparação”. Raiz do problema No Edifício da Alameda da Tranquilidade passou-se uma situação semelhante. Quedas de azulejos, reparações que duram pouco tempo, período de garantia expirada e responsabilidades atiradas para os proprietários que compraram casas ao Governo, com as administrações de condomínios a rejeitarem propostas de reparação. Independentemente das queixas sucessivas e notícias cíclicas sobre a degradação de prédios praticamente novos, o responsável da DSOP aponta para os moradores. “A reparação dos espaços comuns dos edifícios depende da vontade comum dos condóminos, pelo que o IH continuará a incentivar todas as partes envolvidas a avançarem com a reparação com a máxima celeridade, prestando apoio na convocação das assembleias e na apresentação de candidaturas ao Fundo de Reparação Predial, de modo a aliviar os encargos de reparação”, indicou Sam Weng Chon. Na interpelação escrita, Nick Lei indica que a responsabilidade não deve somente recair sobre os condóminos, uma vez que estas não foram responsáveis pela falta de qualidade das obras. “O problema de qualidade não foi resolvido adequadamente até ao termo do prazo de garantia do edifício e o desprendimento de mosaicos causou ferimentos a transeuntes e danificou veículos estacionados na via pública, portanto, tudo isso constitui perigo para a segurança comunitária”, salientou o deputado.
Hoje Macau Manchete PolíticaSam Hou Fai adia sem data visita a Portugal prevista para 16 de Setembro O líder do Governo de Macau, Sam Hou Fai, adiou sem data prevista a visita a Portugal e Espanha, prevista para decorrer entre 16 e 23 de setembro, confirmou a Lusa e o HM junto de fonte oficial. “A visita foi adiada e não há ainda data de quando será realizada”, confirmou à Lusa fonte oficial do Gabinete de Comunicação Social (GCS) da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM). A visita a Portugal seria a primeira deslocação ao estrangeiro desde que Sam Hou Fai tomou posse como chefe do executivo da RAEM, em dezembro de 2024. Esta deslocação, a ter ido por diante, teria início dois dias após a realização das eleições para o Parlamento da RAEM, agendadas para o próximo dia 14.
Hoje Macau PolíticaEleições | Economia em destaque no segundo debate O debate entre os candidatos à Assembleia Legislativa da União de Macau-Guangdong, ligada à comunidade de Jiangmen, União para o Desenvolvimento, apoiada pela Associação dos Operários, e Aliança de Bom Lar, da Associação das Mulheres, ficou marcado pelos assuntos económicos. O debate foi transmitido na TDM e durante a discussão, Leong Sun Iok, segundo candidato da lista ligada aos Operários, defendeu que a atribuição de mais uma ronda do cartão de consumo pode ser uma boa opção para incentivar o consumo nos bairros residenciais, e uma forma de complementar a política do Carnaval do Consumo. Por sua vez, o primeiro candidato da lista de Jiangmen, Joey Lao, interrompeu Leong Sun Iok, para destacar que a sua lista também defende a sugestão apresentada pelo adversário político. O também académico, sugeriu ainda que o Governo deve lançar um fundo de desenvolvimento para a economia comunitária, dado que estes bairros têm maior dificuldade a aceder ao dinheiro deixado em Macau pelos turistas. Por sua vez, Loi I Weng, candidata das Mulheres, apontou o facto de a equipa de Jiangmen ser maioritariamente constituída por homens, questionando a falta de oportunidades para o sexo feminino. Na resposta, Joey Lao justificou que a presidente da equipa é uma mulher e que nos bastidores também há várias mulheres a trabalhar na lista.
Andreia Sofia Silva Manchete PolíticaAL | Coutinho diz que eleições “são das mais difíceis de sempre” Pouco dinheiro para gastar e a esperança no “voto do coração” para eleger. Foi desta forma que a lista Nova Esperança, liderada por José Pereira Coutinho e candidata às eleições para a Assembleia Legislativa, apresentou ontem o seu programa político com foco no emprego e habitação. O grupo espera eleger, pelo menos, um deputado Assumem que estão numa posição desfavorável face a listas ligadas a associações tradicionais de Macau, como a Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), entre outras, por uma questão orçamental e de recursos. Por isso, a lista Nova Esperança, liderada pelo deputado José Pereira Coutinho, assume ter esperança no “voto do coração” para conseguir eleger para o hemiciclo, havendo confiança “na obtenção de um lugar”. As eleições do dia 14 de Setembro para a escolha dos deputados à Assembleia Legislativa (AL) serão, por isso, “uma das mais difíceis que temos”, referiu o número dois da lista, Chan Hao Weng. Ainda assim, os membros da Nova Esperança estão “confiantes em obter um lugar”, disse José Pereira Coutinho na conferência de imprensa de ontem para a apresentação do programa. “Nós falamos as verdades que os outros calam”, foi uma das mensagens deixadas por Coutinho ontem, que prometeu não esquecer o facto de muitos portugueses estarem a trabalhar em Macau com blue card. “Temos conhecimento pessoal de muitos portugueses que estão em áreas técnicas, nas concessionárias, em engenharia, arquitectura ou gestão, e não se importam de ter, por enquanto, esse documento, mas o essencial está no salário que ganham. Eles ganham bem e estão satisfeitos, mas esse assunto não vai ser deixado de parte por nós, porque vamos continuar a lutar para que seja reposta a situação do passado e possamos atrair mais portugueses a trabalhar em Macau”, referiu Coutinho. O deputado começou a conferência por responder aqueles que acusam a lista Nova Esperança de ser “uma lista de velhotes”. “Ora bem, o segundo candidato [Chan Hao Weng é um funcionário público activo. Chamam-lhe velho, mas ele tem cinquenta e tal anos, não tem idade para se aposentar. Vejamos o quarto candidato jovem, Chester Chen. Tem cara de velho?”, questionou. Relativamente à falta de emprego dos jovens, foi referido o exemplo de licenciados locais a fazer trabalho parcial em feiras, como foi o caso da “ZAPE com Sabores”. “Na actividade realizada na Rua de Pequim vimos jovens formados em medicina a dar bilhetes de descontos. É uma falta de respeito, e porque não se dá oportunidade a estes jovens para estagiarem no hospital? No nosso programa temos a secção ‘Emprego para Todos’ em que propomos formar jovens para depois terem estágios na Função Pública e poderem integrar rapidamente” a Administração, referiu Rita Santos. Casas para procriar Outro ponto referido no programa eleitoral da Nova Esperança, passa pela construção de habitação pública “com dimensões e dignidade para que [os candidatos] construam uma família”, tendo em conta a necessidade do aumento da taxa de natalidade. “Construir casas só com um quarto é o mesmo que dizerem aos jovens que têm essas casas para nunca procriar e que não vão constituir família ou casar. Por isso propomos casas para todos com dimensões que tragam dignidade, e isto não é nenhuma invenção nossa, trata-se de um sistema que tem sido utilizado pela Direcção dos Serviços de Finanças nos últimos 40 anos na atribuição de casas”, explicou Coutinho. A Nova Esperança olha também para a “capacidade financeira das famílias”, pelo que “elevar a comparticipação pecuniária é fundamental para elevar a qualidade de vida”, disse o deputado. “As pessoas vivem na China porque é tudo muito mais barato, e mesmo agora, com a queda brutal das rendas de casa, as pessoas não têm vontade de voltar a Macau, porque tudo o resto é mais caro. Por isso propomos um plano de comparticipação pecuniária permanente com o valor mínimo de 15 mil patacas e dar um cartão de consumo de 10 mil patacas para aumentar o consumo interno”, rematou.
Hoje Macau PolíticaInternet | Governo nega nova lei para criminalizar comentários Ao contrário do defendido pelo deputado Lei Chan U, o Governo não considera necessário criar uma nova lei para criminalizar comentários online, devido a informações falsas ou à publicação de rumores. A posição foi tomada na resposta a uma interpelação escrita do deputado ligado aos Operários. “O Governo da RAEM tem frisado, várias vezes, que a Internet não é um sítio sem lei. Embora não exista uma lei específica dirigida à opinião pública online no actual sistema jurídico de Macau, contudo, existem disposições em diferentes leis para lidar com crimes que envolvam declarações online”, foi respondido, num documento assinado por Wong Lok I, subdirector do Gabinete para a Comunicação Social. De acordo com a explicação de Wong Lok I, o actual Código Penal, o Regime Jurídico de Protecção Civil e a Lei de Combate à Criminalidade Informática permitem lidar com crimes relacionados com informações falsas e rumores.
Hoje Macau PolíticaDST | Macau promovido como destino amigável para muçulmanos A Direcção dos Serviços de Turismo (DST) participou na Feira Internacional de Turismo da Indonésia 2025, com a instalação de um pavilhão destinado a promover a cidade enquanto destino turístico. A feira foi descrita pelo Governo como um evento de “grande dimensão”, que incluiu operadores turísticos de todo o sudeste asiático entre 29 de 31 de Agosto. “Este ano, Macau entrou pela primeira vez na lista dos destinos amigáveis para muçulmanos, aproveitando a oportunidade para expandir o mercado de visitantes”, indicou em comunicado a entidade liderada por Helena de Senna Fernandes. A lista mencionada pela DST é o Índice Global de Viagens Muçulmanas 2025 (Global Muslim Travel Index – GMTI) publicado pela CrescentRating e a Mastercard, onde Macau ocupa o 16.º lugar no ranking geral (entre não-membros da Organização para a Cooperação Islâmica). Depois de participar numa edição do mesmo certame em Fevereiro, a DST voltou a Jacarta, acompanhada por operadores turísticos locais, para “elevar a imagem turística internacional de Macau e atrair mais visitantes da Indonésia e do Sudeste Asiático, aproveitando as vantagens dos voos directos entre Macau e Jacarta”. Depois da participação na feira de turismo, a DST tem planeada para Outubro uma promoção turística de grande escala de Macau na Indonésia.
João Santos Filipe Manchete PolíticaGuerra de Resistência | Sam Hou Fai participa nas cerimónias em Pequim A delegação de Macau deverá assistir ao discurso de Xi Jinping e à parada militar de amanhã que vai ter como convidados governantes como Vladimir Putin, Kim Jong Un, Alexander Lukashenko e Robert Fico O Chefe do Executivo está em Pequim a partir de hoje a liderar uma delegação de Macau que participa nas cerimónias do 80.º Aniversário da Vitória na Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa e na Guerra Mundial Antifascista. De acordo com a informação oficial, Sam Hou Fai vai ficar na capital até 6 de Setembro, prolongado a estadia para discutir com o Governo Central a diversificação da economia de Macau e o desenvolvimento da Zona e Cooperação Aprofundada. A informação do Gabinete de Comunicação Social (GCS) indica que a delegação vai começar por participar “num encontro comemorativo” que decorre na manhã de amanhã e ainda numa gala, realizada à noite. Por volta do meio-dia de amanhã há também uma cerimónia de recepção, em que Sam Hou Fai vai estar presente, embora sem a presença da restante delegação. O Chefe do Executivo deverá estar assim presente nas celebrações oficiais organizadas pelo Governo Central, que incluem uma parada militar que vai desfilar diante vários convidados internacionais como Vladimir Putin, presidente da Federação Russa, Kim Jong Un, Secretário-Geral da Coreia do Norte, Alexander Lukashenko, presidente da Bielorrússia, Robert Fico, Primeiro-Ministro da Eslováquia ou Peter Szijjártó, Ministro dos Negócios Estrangeiros da Hungria. A identidade dos membros da delegação não foi revelada, mas o GCS indica que é constituída por membros do Governo, Conselho Executivo, Assembleia Legislativa, representantes do sector da justiça, familiares de pessoas que participaram no esforço da guerra, assim como empresários, dirigentes de associações locais, membros dos sectores financeiro, educativo, religioso, forças de segurança, macaenses e jovens e estudantes. Cerimónia transmitida Ainda de acordo com o GCS, as cerimónias vão ser transmitidas em Macau pelo Governo que indicou ter “convocado todos os sectores da sociedade para recordarem a história da resistência, consolidarem os alicerces da paz, e promoverem o espírito nacional indomável e a grandiosa herança da resistência”. A transmissão em directo da sessão decorre no Pavilhão Polidesportivo da Universidade Politécnica de Macau e no Complexo da Universidade de Macau e incluiu as cerimónias na Praça de Tiananmen e o discurso do presidente Xi Jinping. Após o discurso, o GCS aponta que será transmitido o desfile militar, “numa demonstração poderosa da robustez das forças armadas na nova era e em celebração do orgulho colectivo do povo chinês”. As instituições de ensino também vão organizar sessões para alunos e docentes assistirem às celebrações. Economia na agenda A partir de quinta-feira, o Chefe do Executivo vai prolongar a estadia em Pequim com o objectivo de discutir com o Governo Central a diversificação da economia e o desenvolvimento da Zona e Cooperação Aprofundada. Em relação a este ponto da agenda da viagem à capital estão previstos encontros com “vários ministros e comissões do Governo Central”, embora as reuniões não tenham sido detalhadas. Nas reuniões para discutir os assuntos da RAEM, Sam Hou Fai vai estar acompanhado pelo secretário para a Economia e Finanças, Tai Kin Ip, pelo director-geral dos Serviços de Alfândega, Adriano Marques Ho, pelo Chefe do Gabinete do Chefe do Executivo, Chan Kak, e pelo director dos Serviços de Estudo de Políticas e Desenvolvimento Regional, Cheong Chok Man. Durante a ausência de Sam Hou Fai, André Cheong, secretário para a Administração e Justiça, vai substituir o dirigente máximo da RAEM.
João Santos Filipe Manchete PolíticaEleições | Primeiro debate focou problemas de acesso ao emprego Nick Lei aproveitou o primeiro debate para atacar José Pereira Coutinho, com críticas face à renovação das listas ligadas à ATFPM e devido à contratação de trabalhadores não residentes. O macaense não se ficou e acusou a associação ligada a Lei de esconder dos cidadãos as suas posições As dificuldades no acesso ao emprego por parte dos jovens foram os temas abordados no primeiro debate televisivo em que participaram representantes das listas Associação dos Cidadãos Unidos de Macau, Nova Esperança e União Promotora para o Progresso. O debate, transmitido no canal chinês da TDM, ficou marcado por um ataque de Nick Lei, segundo candidato da lista Associação dos Cidadãos Unidos de Macau, que criticou José Pereira Coutinho, líder da lista Nova Esperança, pelo facto de apresentar uma das listas mais envelhecida das participantes no sufrágio directo. “Começou a ser deputado em 2005, e passados 20 anos, se for reeleito, vai cumprir 24 anos como deputado. Será que a sua equipa não tem capacidade para formar quadros qualificados? É por isso que ninguém o sucede no lugar de deputado para falar na Assembleia Legislativa?”, questionou Lei, candidato ligado à comunidade de Fujian. Na resposta, Coutinho indicou que muitos jovens têm de sair de Macau, dado que não encontram emprego no território. “Nós formamos quadros qualificados, mas já não estão em Macau porque não conseguem encontrar emprego cá”, respondeu o deputado. O líder da Nova Esperança indicou também que muitos jovens têm pouca formação e que há grandes falhas no que diz respeito às questões da actualidade. Respostas na língua Por sua vez, José Pereira Coutinho acusou a lista Associação dos Cidadãos Unidos de Macau de contribuir para proteger os governantes e evitar que assumam as responsabilidades inerentes ao desempenho das funções públicas. Segundo o líder da Nova Esperança, desde 2009 que a Associação dos Cidadãos Unidos de Macau evita revelar publicamente a sua posição sobre as propostas para responsabilizar os governantes, no âmbito das alterações ao Estatuto dos titulares dos principais cargos da Região Administrativa Especial de Macau. O dirigente da Nova Esperança declarou ainda que Nick Lei e Song Pek Kei, deputados da lista Associação dos Cidadãos Unidos de Macau, votaram contra a abertura à população das reuniões das comissões permanentes. Nick Lei limitou-se a responder que pede sempre maior transparência. Nick Lei deixou criticas à Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau, por empregar trabalhadores não residentes (TNR). Citando os dados da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais, Lei indicou que a ATFPM tem 11 empregados, entre os quais três não residentes, o equivalente a 30 por cento. O segundo candidato da Nova Esperança, Chan Hao Weng, justificou que os destinatários de serviços da associação são multiculturais, pelo que é necessário ter empregados de outras nacionalidades para melhorar a qualidade dos serviços prestados. Candidatas discutiram formação de pessoal médico No programa matinal Fórum Macau do canal chinês da Rádio Macau ontem, as candidatas das listas União de Macau-Guangdong, União para o Desenvolvimento e Aliança de Bom Lar responderam a perguntas sobre a formação de pessoal médico. As listas que participaram no debate de ontem estão ligadas à comunidade de Jiangmen e às associações dos Operários, e Mulheres, respectivamente. A terceira candidata da lista de Jiangmen, Ng Nga Fan, apontou que o Centro Médico de Macau do Peking Union Medical College Hospital tem condições para recrutar mais profissionais locais e sugeriu que o Governo crie estágios e formação para jovens licenciados em medicina. Já a cabeça de lista dos Operários, Ella Lei, afirmou que o Governo deve planear a longo prazo a formação de médicos para responder ao envelhecimento da população. Por seu turno, Wong Kit Cheng, que lidera a lista das Mulheres, destacou o stress sentido pelo pessoal médico e defendeu melhorias ao regime de estágio e certificação profissional.
Hoje Macau Manchete PolíticaEleições | Sonny Lo diz que “oposição” tem de aprender “dura lição” após exclusões Um comentador político disse à Lusa que a oposição pode sobreviver à desqualificação de 12 candidatos da corrida à Assembleia Legisladtiva, mas que tem de se adaptar e respeitar as ‘linhas vermelhas’ de Pequim. A Comissão da Defesa da Segurança do Estado excluiu em Julho todos os 12 candidatos de duas listas, considerando-os “não defensores da Lei Básica ou não fiéis” à RAEM. “Os liberais, parece que repetem alguns dos erros de palmatória”, lamenta Sonny Lo Shiu-Hing, numa referência à anterior votação, em 2021, quando a comissão eleitoral afastou cinco listas e 21 candidatos. Em Julho, o presidente da Comissão de Assuntos Eleitorais da AL, Seng Ioi Man, recusou-se a revelar os factos que levaram à mais recente desqualificação, defendendo que poderia “representar certos riscos para a segurança nacional”. Sonny Lo acredita que a exclusão poderá estar ligada às “linhas vermelhas” do Partido Comunista Chinês, incluindo contactos com Taiwan ou comentários sobre os protestos governamentais de 1989, em Pequim. Além disso, diz o comentador, a oposição precisa de mais cautela ao dar entrevistas ou falar com a imprensa estrangeira: “Talvez precisem de ser mais moderados no sentido de dizer apenas aquilo que conseguem provar”. Foco local Os grupos dissidentes devem “adaptar-se ao novo ambiente político, concentrando-se em questões mais centradas em Macau, como a subsistência [da população] e menos em assuntos externos”, diz Sonny Lo. Ou seja, sublinha o comentador radicado na vizinha região de Hong Kong, “têm de construir uma oposição local e leal, porque a China não aceita uma oposição desleal”. “Estruturalmente falando, o espaço democrático de Macau é limitado. Mas dentro deste espaço limitado, é preciso procurar espaços onde é possível impulsionar a mudança”, defende. Apesar da constante ameaça de desqualificação por alegada falta de patriotismo, Sonny Lo acredita que continua a haver “um grande incentivo” para a população participar na vida política de Macau. “Encontrar novas formas de melhorar a sociedade de Macau pode também ter uma espécie de efeito de demonstração para a China continental, a longo prazo”, defende o comentador. Sonny Lo acredita que a China está a mudar e irá tornar-se “mais liberal, social e politicamente nos próximos cinco a dez anos”, com uma reforma política “à sua própria maneira”.
João Luz Manchete PolíticaCAEAL | Campanha eleitoral começa apelos à votação A campanha eleitoral arrancou no sábado, logo à meia-noite com a afixação de cartazes das listas na Praça do Tap Seac. O presidente da comissão eleitoral apelou à participação dos eleitores e garantiu que o sufrágio irá decorrer “num ambiente justo, imparcial” e íntegro A campanha eleitoral para as eleições legislativas de 14 de Setembro começou oficialmente no sábado, com as actividades centradas na Praça do Tap Seac. Depois de na tarde de sexta-feira a praça no centro da península ter sido palco de concertos, eventos promocionais e discursos, quando chegou a meia-noite as listas candidatas às eleições começaram a afixar cartazes e materiais promocionais a apelar ao voto. No sábado, o presidente da Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa (CAEAL), Seng Ioi Man, afirmou estar confiante de que “todas as listas de candidatura estão empenhadas em transmitir, proactiva e plenamente, aos eleitores os respectivos programas políticos, ideias e visão de servir a Macau”. O responsável indicou que, “até ao momento, o processo eleitoral tem decorrido de forma ordenada e legal”, esperando que todos cumpram a lei eleitoral e as instruções da CAEAL, “de modo a garantir que estas eleições sejam realizadas com sucesso, num ambiente justo, imparcial e íntegro”. Seng Ioi Man lançou também um convite ao eleitorado para “participar e acompanhar as actividades de campanha eleitoral a fim de inteirar-se dos seus programas políticos, ideias e visão” e apelou ao voto. Além disso, o responsável acrescentou que “com o voto de todos”, é assegurada a implementação estável e duradoura do princípio ‘um país, dois sistemas’ e melhor implementação do princípio ‘Macau governada por patriotas’”. Queixas e programas Após a cerimónia, os representantes de todas as listas de candidatos para o sufrágio directo e indirecto, subiram sucessivamente ao palco para apresentarem os seus programas políticos. Também na Praça do Tap Seac foram instaladas bancas para propaganda eleitoral, assim como réplicas de assembleias de voto. Os responsáveis do Comissariado Contra a Corrupção (CCAC) também marcaram presença no evento que assinalou a abertura do período de campanha eleitoral. A comissária Ao Ieong Seong revelou que foram recebidas mais de 80 denúncias de alegadas infrações referentes às eleições. Deste total, as autoridades estão a investigar 22 casos, relacionados com propaganda eleitoral irregular. A comissária Contra a Corrupção indicou que o organismo que dirige irá reforçar a fiscalização durante a campanha eleitoral tanto para o sufrágio directo, como para o indirecto. A Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa colocou à disposição da população os programas políticos das candidaturas às eleições por sufrágio directo e indirecto, em 101 locais de Macau. Estes locais estão distribuídos por várias zonas da península de Macau, Taipa e Coloane, incluindo diversos serviços públicos, instalações do Governo, Centros de Saúde, bibliotecas, Estação Central e demais estações dos Correios de Macau, e algumas habitações públicas. Os programas estão também disponíveis na página electrónica das Eleições para a Assembleia Legislativa-
Andreia Sofia Silva Manchete PolíticaDesemprego | Coutinho alerta para problema premente Na sessão de balanço da última legislatura da Assembleia Legislativa, os deputados José Pereira Coutinho e Che Sai Wang alertaram para o crescente problema do desemprego em oposição à falta de habitação. Coutinho falou dos cursos superiores que não dão emprego e alertou para a situação de muitos trabalhadores dos casinos-satélite que desconhecem ainda o seu futuro O deputado José Pereira Coutinho considera que o grande problema social e político de Macau é o desemprego, sobretudo dos mais jovens, e que a falta de habitação já passou para segundo plano. “Já não há o problema da habitação, agora é o emprego”, disse na conferência de imprensa que serviu de balanço aos trabalhos do deputado e do seu parceiro, Che Sai Wang, na última legislatura da Assembleia Legislativa (AL). Sobre o encerramento dos casinos-satélite, Coutinho alertou para o facto de muitos trabalhadores a serem colocados nos casinos das operadoras de jogo não saberem ainda ao que vão. “Muitos trabalhadores não sabem ainda onde vão ser colocados nas concessionárias. E mesmo sendo alocados, pode ocorrer a situação de não poderem exercer as funções nas quais vinham trabalhando há anos, tendo de desempenhar outras. Isso significa que a médio e longo prazo podem surgir situações de pressão e, devido à idade, os trabalhadores serem obrigados a pedir a demissão, por não terem condições ou por não poderem trabalhar conforme os parâmetros exigidos pela nova empregadora”, explicou. “Continuo preocupado porque a médio e longo prazo vão surgir as consequências” do encerramento, pois “ou os trabalhadores são transferidos e conseguem dar conta do recado, ou caso contrário serão simplesmente obrigados a pedir a demissão dos cargos”, apontou. Coutinho destacou também o facto de algumas posições terem salários mais baixos nos casinos-satélite face aos novos cargos a ocupar nas concessionárias. “Este é um problema que temos de ver, não é? Quando os trabalhadores forem transferidos para exercer as mesmas funções nas mesas de jogo, será que vão receber em pé de igualdade como os colegas que já lá estão? Teremos de ver.” Cursos sem utilidade No que diz respeito ao desemprego, Coutinho alertou também para o facto de muitos jovens licenciados não conseguirem encontrar trabalho, ou ainda cursos superiores que não garantem acesso ao emprego. “Temos recebido muitos currículos de jovens que não conseguem o primeiro emprego. Isto é grave porque as empresas alegam a falta de experiência dos candidatos”, disse Coutinho. “Quem é que Macau vai contratar um licenciado em Administração Pública? Duvido, nem o Governo quer. Se forem cursos do privado, ainda pior. Há cursos, mas muitas vezes não são esses os cursos que queremos. E há um problema mais grave, que se passa por exemplo com os licenciados da Universidade de Turismo que também não conseguem emprego”, disse, tendo em conta a capacidade de absorção das operadoras de jogo e “o desaparecimento dos casinos-satélite em Macau no final do ano, que vai trazer uma nova onda de desemprego”. O deputado deu o exemplo de trabalhadores na última edição da feira “ZAPE com Sabores”. “Há dias estive na feira, na Rua de Pequim, e havia lá dezenas de jovens a trabalhar. Um vai fazer o internato em Medicina, e mais uns quatro licenciados em Turismo e Gestão de Empresas. Estavam ali a fazer biscates, porque não têm trabalho”, exemplificou. Porém, Coutinho voltou a salientar que uma das razões para o desemprego dos residentes é o facto de “os cargos serem ocupados por trabalhadores não residentes (TNR)”. O deputado congratulou o Governo pelo facto de o “número de autorizações [de TNR] ter diminuído drasticamente”, o que significa que o Executivo “está a prestar atenção” ao tema. Mil temas num ano Na legislatura agora terminada, a dupla de deputados apresentou 401 interpelações ao Governo, 371 delas escritas, bem como um total de 107 interpelações antes da ordem do dia, nas sessões parlamentares. Coutinho afirmou que “o encaminhamento dos doentes do Hospital Conde de São Januário para o Hospital das Ilhas é importante”, esperando que cresça “de forma gradual, para que as pessoas possam ser curadas em tempo útil”. O deputado falou também da intervenção em casos relacionados com bullying ou as dificuldades sentidas pelas empresas no pagamento dos empréstimos concedidos, pois “os negócios não estão bem devido ao facto de a estrutura do consumo dos habitantes de Macau estar a modificar-se”. No âmbito da Função Pública, Pereira Coutinho declarou que permanece “a questão da estagnação das carreiras e o problema da nomeação dos cargos de direcção e chefia”, sem esquecer os problemas com as fusões de carreiras, em que os nomes dos cargos e os salários são diferentes, mas as funções são semelhantes. O deputado pede também “a revisão das carreiras nos Serviços de Saúde”.
Hoje Macau PolíticaHuawei | Abrem hoje candidaturas a formação de jovens Abriu hoje o período de candidaturas ao plano de formação básica de quadros qualificados da Huawei na área digital, destinado a “jovens de Macau sem qualquer conhecimento digital”. Segundo um comunicado divulgado ontem pela Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), o plano terá uma duração de apenas quatro semanas, disponibilizando 30 vagas para o grupo restrito de jovens sem conhecimentos digitais. O Governo refere que o plano tem em vista ajudar jovens a “desenvolver uma mentalidade digital, agarrar as oportunidades criadas pela transformação digital, e permitir-lhes se tornar quadros qualificados interdisciplinares”. O objectivo é incrementar a dinâmica na valorização e reconversão de indústrias e no desenvolvimento da diversificação da economia. A formação terá início no dia 9 de Outubro e termina a 7 de Novembro e é destinada a titulares do bilhete de identidade de residente de Macau e do Salvo-conduto para Deslocação ao Interior da China, com idade inferior a 35 anos. Além disso, devem ser, pelo menos, licenciados de instituições do ensino superior de Macau ou no exterior. Durante a formação, cada formando receberá 5.000 patacas a título de subsídio de subsistência e mais 5.000 patacas para transportes e seguros. A formação irá decorrer em Hengqin, com uma deslocação à sede da Huawei, em Dongguan.
Hoje Macau PolíticaNam Kwong | Depósito de distribuição de combustíveis a operar O Depósito de Distribuição de Combustíveis de Macau, situado na entrada da ilha artificial da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, foi ontem oficialmente entregue à Petróleo Nam Kwong para começar as operações que representam “uma nova etapa na normalização e na segurança do sistema de armazenagem e gestão de combustível”, aponta um comunicado conjunto das forças de segurança e bombeiros. O novo depósito, que custou mais de 50 milhões de patacas, substitui o depósito de distribuição de combustíveis temporário na Ilha Verde. Recorde-se que no mês passado, o Chefe do Executivo concedeu à Petróleo Nam Kwong a gestão e a exploração do novo depósito de distribuição de combustíveis. As autoridades indicaram que, “actualmente o Petróleo Nam Kwong está a acompanhar a mudança de outros estabelecimentos comerciais de gás e a utilização do Depósito de Distribuição de Combustíveis de Macau. O novo depósito de distribuição de combustíveis fica no lote junto ao mar, em frente do parque de estacionamento no lado leste da ilha artificial, com uma área de terreno de cerca de 3.300 metros quadrados.
João Luz Manchete PolíticaLAG | Jovens pedem apoio no emprego e educação Sam Hou Fai reuniu com representantes de associações de jovens, e dos sectores educacional, cultural e desportivo, para recolher opiniões para as Linhas de Acção Governativa. As sugestões alinham-se com as políticas do Executivo, incluindo integração entre ensino e indústria e aprofundamento da educação patriótica O Chefe do Executivo reuniu-se na quarta-feira à tarde com representantes de 12 associações de jovens e dos sectores educacional, cultural e desportivo de Macau para auscultar as opiniões e sugestões para as próximas Linhas de Acção Governativa. De um modo geral, de acordo com o Gabinete de Comunicação Social (GCS), as sugestões apresentadas estão alinhadas com as prioridades do Governo. Assim sendo, foi pedida a integração entre indústria e educação, promoção da educação científica e tecnológica e a formação dos quadros qualificados nessas áreas, aprofundamento da educação patriótica. Foram ainda mencionados outros objectivos decalcados da lista de políticas do Governo, como a resposta à baixa natalidade, facilitação para os residentes de Macau viverem e trabalharem em Hengqin, o reforço do desenvolvimento das indústrias desportivas e culturais, a construção da “Cidade do espectáculo” e da “Cidade do desporto”. O GCS refere que alguns membros das associações solicitaram a “aposta contínua” na indústria educacional, que o Governo coloque “os trabalhos dos jovens como prioridade”, para criar “mais oportunidades de emprego e empreendedorismo através da implementação de várias medidas”. Medidas essas que não foram especificadas. Algumas destas “opiniões” foram entregues por escrito ainda antes do encontro com Sam Hou Fai. Prova em Hengqin Por sua vez, “o Chefe do Executivo afirmou que o Governo atribui grande importância aos trabalhos dos jovens de Macau, esforçando-se para criar melhores condições para o seu crescimento e desenvolvimento”. Sam Hou Fai argumentou que a construção do campus universitário internacional em Hengqin, um projecto indicado por Pequim, “demonstra a importância significativa que o Governo da RAEM dedica aos jovens e estudantes locais”. O governante prometeu também “fortificar o poder da cidade no âmbito da cultura e desporto” e “investirá um forte apoio ao desenvolvimento de quadros qualificados no âmbito das artes e de atletas de elite”. Além de Sam Hou Fai, participaram na reunião a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, O Lam, e o secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raymond Tam Vai Man, o director dos Serviços de Estudo de Políticas e Desenvolvimento Regional, Cheong Chok Man.
Hoje Macau Manchete PolíticaHengqin | Nomeados novos dirigentes após caso de corrupção O Governo de Macau anunciou ontem a nomeação de cinco dirigentes para a vizinha zona económica especial de Hengqin, três meses depois de a China anunciar um caso de corrupção ligado ao desenvolvimento da Ilha da Montanha. Nem o Governo da RAEM, nem o Comissariado contra a Corrupção, quiseram comentar o caso De acordo com um despacho do chefe do Executivo, Sam Hou Fai, publicado no Boletim Oficial, entre as novas nomeações está Ng In Cheong, que será a nova subdirectora da Comissão Executiva da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau, que faz parte da área especial de Hengqin (Ilha da Montanha). Ng era até agora chefe do departamento dos Assuntos do Direito Internacional e Direito Inter-Regional, sob a tutela da Direcção dos Serviços de Assuntos de Justiça. A dirigente vai substituir Su Kun, que pediu a demissão em 15 de Maio “por motivos pessoais”, de acordo com um comunicado, divulgado pelas autoridades de Macau, que continha apenas uma frase. Su era um dos seis coordenadores-adjuntos da Comissão Executiva da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau. Segundo o portal do Governo de Macau, esta comissão “assume as funções de promoção da divulgação a nível internacional, captação de negócios e investimentos, introdução de indústrias, exploração de terrenos, construção de projectos específicos e gestão dos assuntos respeitantes à vida da população”. Também a 15 de Maio, o gabinete do secretário para a Economia e Finanças, Anton Tai Kin Ip, disse que Su Kun ainda pediu a demissão como assessor do secretário, pedido que foi aprovado. Silêncio ensurdecedor A demissão de Su Kun surgiu um dia depois da comissão anticorrupção da vizinha província de Guangdong anunciar o início de uma investigação ao antigo presidente da empresa estatal responsável pelo desenvolvimento da zona especial de Hengqin. Num comunicado, a Comissão Provincial de Inspecção Disciplinar de Guangdong revela que o antigo presidente do grupo Zhuhai Da Hengqin, Hu Jia, “é suspeito de graves violações disciplinares”, uma frase que normalmente se refere a casos de corrupção. A nota, também com apenas uma frase, diz que Hu está a ser alvo de “revisão e investigação disciplinar” por parte da Comissão Municipal de Inspeção e Supervisão Disciplinar de Zhuhai, cidade à qual pertence Hengqin. Questionado pela Lusa sobre se a demissão de Su Kun está relacionada com a investigação por corrupção contra Hu Jia, o gabinete do secretário Anton Tai recusou mais esclarecimentos. A Lusa perguntou também à Comissão Contra a Corrupção se tinha recebido alguma queixa ou se estava a investigar algum caso a envolver Su Kun, mas a agência disse não ter qualquer comentário. O grupo Zhuhai Da Hengqin foi criado em 2009 pelo município de Zhuhai para a construção e desenvolvimento da zona económica especial de Hengqin.
Andreia Sofia Silva PolíticaCCAC | ID volta a contratar empresa que falhou na gestão de piscinas O Instituto do Desporto (ID) voltou a adjudicar contratos na área da gestão de piscinas públicas à empresa que anteriormente tinha causado problemas, e isto depois de ter promovido um novo concurso público devido a estas ocorrências. O caso foi denunciado ontem pelo Comissariado contra a Corrupção (CCAC) e noticiado pelo canal chinês da Rádio Macau. Segundo o CCAC, o ID “lançou novo concurso público devido à incapacidade da empresa adjudicatária em cumprir o contrato de gestão de piscinas e serviços de nadador-salvador”, sendo que “a mesma empresa conseguiu, em pouco tempo, voltar a obter contratos do mesmo tipo”. O CCAC entende que “esta prática é inaceitável e difícil de compreender, afectando a imparcialidade e a credibilidade da adjudicação”. Em causa, estão dois contratos ganhos pela empresa em Março do ano passado, sendo que no período contratual esta não conseguiu contratar “um número suficiente de nadadores-salvadores, o que levou à anulação da adjudicação”. Porém, em Agosto desse mesmo ano, o ID fez alterações e lançou quatro novos concursos para os mesmos serviços, tendo considerado que “a empresa não estava impedida de participar, aplicando os mesmos critérios de avaliação”, pelo que esta entidade voltou a ganhar a adjudicação. O ID diz ter “concordado com as recomendações”, afirmando que “irá melhorar os procedimentos de concursos públicos”, o que implica cortar qualificações das empresas na lista de critérios para a avaliação das propostas, analisando os históricos dos adjudicatários nos últimos 24 meses. As empresas podem, assim, ser penalizadas em caso de falhas, foi noticiado.
Andreia Sofia Silva Manchete PolíticaPonte Macau obriga a rever concessão de terreno no Pac On O Governo reviu a concessão, por arrendamento, de um terreno concessionado desde os anos 90 à Companhia de Investimento Imobiliário San Fung Hong, Limitada, e que se situa junto ao aterro do Pac On, na Taipa. O terreno em questão tem um prédio construído, nos números 114 a 130 da Rua Wo Mok, e a alteração deveu-se à obra da quarta travessia entre a península de Macau e a Taipa, a Ponte Macau. Inicialmente, esta concessão foi atribuída para ali se construir uma fábrica de tijolos, “a explorar directamente pela concessionária”, mas depois “a concessão foi revista devido à alteração da finalidade para instalação de uma fábrica de tabaco, a explorar directamente pela concessionária no edifício construído no terreno”, lê-se no despacho publicado ontem em Boletim Oficial. A partir de 3 de Março de 1998, e devido a “vicissitudes várias”, foi autorizada pelo Governo a “utilização temporária do terreno, a título excepcional, para instalação de um complexo de armazenagem de mercadorias e serviços correlativos pela sociedade Centro de Carga Sino-Macau Limitada”. Uma vez que a referida empresa “pretende manter a actividade de armazenagem logística que tem vindo a ser desenvolvida no edifício construído no terreno, em 22 de Março de 2021 veio formalizar o pedido de alteração da finalidade do terreno e a consequente revisão do contrato de concessão”. Menos metros Porém, com o projecto de construção da Ponte Macau, a empresa desistiu da concessão de duas parcelas do terreno, tendo sido calculadas as devidas contrapartidas devido às alterações de dimensão do terreno. Assim, um terreno que inicialmente tinha 9.450 metros quadrados de área, passou a ter 8.157 metros quadrados concessionados. No passado dia 12 de Junho, a Comissão de Terras deu parecer favorável ao pedido de revisão de concessão. Johnson Choi Chun Sze é referido como o representante legal da Companhia de Investimento Imobiliário San Fung Hong, Limitada. Na nova concessão mantém-se a finalidade industrial, destinando-se o terreno a “manter o edifício nele construído afecto à finalidade de armazém”.
Hoje Macau Manchete PolíticaTecnologia | Sam Hou Fai quer atrair empresas lusófonas O Chefe do Executivo quer que empresas dos sectores da tecnologia e ciência vindas dos países lusófonos se fixem em Macau e Hengqin. O desejo de intercâmbio empresarial aplica-se também no sentido inverso, com a promessa de apoio a empresas chinesas na expansão para o exterior O líder do Governo da RAEM quer atrair empresas dos sectores tecnológicos e científicos para Macau e para a Ilha da Montanha. Sam Hou Fai apontou como objectivo para o território “atrair activamente empresas científicas e tecnológicas de excelência dos países de língua portuguesa”, de acordo com um comunicado. O líder do Governo sublinhou que estas empresas podem estabelecer operações tanto em Macau como na Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau, na vizinha Hengqin (ilha da Montanha). Em sentido contrário, Sam Hou Fai prometeu “apoiar as empresas científicas e tecnológicas do Interior da China a expandirem para o exterior”, aproveitando as vantagens de Macau e os quatro laboratórios de referência do Estado situados na cidade. A aposta do Governo passa pelo aprofundar o desenvolvimento coordenado das indústrias científicas e tecnológicas entre Macau e Hengqin e servir as necessidades nacionais, contribuindo para a “construção de uma nação tecnologicamente forte” e auto-suficiente em termos de tecnologia de alto nível. Um de quatro Os caminhos apontados pelo Chefe do Executivo foram traçados durante um encontro, na terça-feira à noite, com o ministro da Ciência e Tecnologia chinês, Yin Hejun, que veio a Macau para assinalar a reestruturação dos quatro laboratórios. Sam Hou Fai realçou que a tecnologia de ponta representa uma das principais indústrias do desenvolvimento da diversificação industrial “1+4”, e que o Governo está a intensificar os esforços para optimizar, continuadamente, os sistemas e mecanismos da inovação científica e tecnológica, impulsionando a expansão ordenada da escala das indústrias relacionadas. O governante local afirmou esperar “o apoio e a orientação contínua do Ministério da Ciência e Tecnologia, procurando aprofundar e intensificar ainda mais a cooperação entre o Interior da China e Macau em matéria de investigação científica sob a base já existente”, indicou o Gabinete de Comunicação Social. Os laboratórios, com sede na Universidade de Macau e na Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau, são dedicados às áreas de medicina chinesa, ciência lunar e planetária, microelectrónica e Internet das coisas (comunicação entre objectos e aparelhos). Horas antes, Yin defendeu que os quatro laboratórios devem “aproveitar o ambiente e as vantagens de Macau”, nomeadamente a tradição de “cooperação com o exterior”, para contratar mais “talentos internacionais”. Lusa / JL
Hoje Macau PolíticaSegurança laboral | Mais de 450 estaleiros inspeccionados em dois meses Entre Junho e Julho, a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) realizou “visitas inspectivas regulares de segurança e saúde ocupacional” a “todos os estaleiros da construção civil de Macau”. Nas inspecções a 454 estaleiros e locais de obras, a DSAL aplicou medida de “multa, suspensão, sensibilização imediatas” aos estaleiros onde se verificam riscos de segurança, tendo sido emitidas um total de 38 recomendações de melhorias. Estas recomendações foram principalmente devido à falta de medidas de protecção colectiva nos trabalhos em altura. Segundo um comunicado divulgado ontem, a DSAL verificou que, “devido às temperaturas elevadas, os empreiteiros forneceram água potável, bebidas electrólitos ou frutas aos seus trabalhadores”. Além disso, instalaram ar condicionado em alguns locais, protecções contra o sol como guarda-sol ou andaime para sombreamento, é acrescentado. Além disso, a DSAL indica que na primeira metade deste ano, 116 empresas candidataram-se aos planos “promocionais dos dispositivos de segurança, incluindo dispositivos portáteis de ancoragem temporária, arnês de segurança, plataformas de trabalho portáteis, vestuário anti-calor e ventiladores portáteis de cintura. No total, foram distribuídos 655 equipamentos de segurança.
João Luz Manchete PolíticaCAEAL | Transportes gratuitos no dia das eleições No dia das eleições, os autocarros públicos e o Metro Ligeiro serão gratuitos, revelou ontem a Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa. Na noite de sexta-feira, será organizado um evento cultural na Praça do Tap Seac para marcar o início da campanha eleitoral, que começa no sábado “A Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa (CAEAL) coordenou com as duas operadoras de autocarros públicos e com a Sociedade do Metro Ligeiro para que no dia das eleições, 14 de Setembro, das 08h às 22h, todos os passageiros possam utilizar gratuitamente os autocarros públicos e o Metro Ligeiro”, indicou ontem o presidente da comissão, Seng Ioi Man. O magistrado que preside à CAEAL indicou que a medida tem como objectivo “facilitar o exercício do direito de voto por parte dos eleitores”, e teve como referência experiências passadas, como as primeiras eleições legislativas da RAEM, em 2001 e 2005, e o 25.º aniversário da implementação da RAEM no dia 20 de Dezembro do ano passado. Além disso, Seng Ioi Man revelou ontem que a CAEAL recebeu mais uma queixa de alegada infracção, a 19.ª até agora, por suspeitas de “propaganda eleitoral antes do início da campanha”, avançou o canal chinês da Rádio Macau. O presidente da CAEAL indicou que o caso revelado ontem ainda está a ser analisado, e não revelou qual a lista envolvida. De acordo com a lei, a propaganda eleitoral antes do início da campanha eleitoral é punida com multa entre 2 mil e 10 mil patacas e, independentemente da gravidade, é uma das infracções que não resulta em cumprimento de pena de prisão. Praça da alegria Na noite da próxima sexta-feira, entre as 20h30 e as 22h, a CAEAL irá organizar na Praça do Tap Seac “actividades culturais e recreativas”, incluindo “performances de palco”, para assinalar à população o início da campanha eleitoral, que irá decorrer a partir de sábado, até ao dia 12 de Setembro. No dia das eleições, entre as 08h30 e as 21h, vão estar espalhadas pela cidade postos de assistência para prestar serviços como informações sobre mesas de voto e fornecer transporte para eleitores que sofram de dificuldades motoras. O presidente da CAEAL afirmou ontem que espera que todas estas medidas aumentem a atenção da população para as eleições, incentivem a votação para “eleger patriotas e pessoas capazes de dar o seu contributo para a RAEM”.
Andreia Sofia Silva Manchete PolíticaInvestigação | Anunciada criação de dois fundos Sam Hou Fai, Chefe do Executivo, anunciou ontem a criação de dois novos fundos financeiros para alavancar as áreas da investigação científica e do empreendedorismo. “O Governo da RAEM está a preparar a criação de um fundo governamental para as indústrias e um fundo de orientação para a transformação dos resultados científicos e tecnológicos para apoiar o desenvolvimento de indústrias emergentes, como a tecnologia de ponta”, declarou na cerimónia de inauguração dos novos Laboratórios de Referência do Estado em Macau. Estes dois fundos visam “ajudar Macau a impulsionar o desenvolvimento da diversificação adequada da sua economia e aprofundar a complementaridade entre Macau e o Interior da China para o desenvolvimento comum nas áreas como a inovação científica e tecnológica”, disse ainda o governante. Os quatro laboratórios inaugurados foram alvo de uma reestruturação, tendo sido aprovados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia da China entre 2010 e 2018. Sam Hou Fau declarou que estes novos laboratórios serão uma “força central do sistema local de inovação científica e tecnológica”, devendo ser “pioneiros e empreendedores, assumir responsabilidades de forma proactiva e identificar, gerir e procurar mudanças”. Nesta fase, e a par da diversificação económica, Sam Hou Fai diz estar focado na realização de “quatro grandes projectos”, como a construção da Cidade (Universitária) de Educação Internacional de Macau e Hengqin, o Bairro Internacional Turístico e Cultural Integrado de Macau, o “Hub” (Porto) de Transporte Aéreo Internacional de Macau na Margem Oeste do Rio das Pérolas e ainda o Parque Industrial de Investigação e Desenvolvimento das Ciências e Tecnologias. Laboratórios | Ministro chinês fala em alinhamento estratégico Yin Hejun, ministro da Ciência e Tecnologia da China, defendeu ontem que os quatro Laboratórios de Referência do Estado inaugurados em Macau passam a ser “uma componente importante da estratégia científica e tecnologia do país”, tendo expressado algumas “expectativas” sobre aqueles espaços. Segundo um comunicado oficial, estas passam pela capacidade que a comunidade científica e respectivos investigadores destes laboratórios terão de “aproveitar as oportunidades do momento e fortalecer o sentido de missão”, apostando-se na criação de “campeões únicos” em matéria de investigação e “estudantes especializados” em áreas consideradas chave. O ministro espera ainda a criação de “um ambiente favorável para atrair e reunir talentos”. Aprovados por Pequim entre 2010 e 2018, estes laboratórios passaram este ano a Laboratórios Nacionais Principais, operando em áreas como a medicina tradicional chinesa, engenharia (Laboratório Nacional Principal de Circuitos Integrados Analógicos e de Sinais Mistos), sistemas digitais (Laboratório Nacional Principal de Internet das Coisas para Cidades Inteligentes) e ainda o Laboratório Nacional Principal de Ciências Lunares e Planetárias.
João Luz Manchete PolíticaPortugal | Primeira visita de Sam Hou Fai a 16 de Setembro O Chefe do Executivo vai visitar Lisboa e Madrid entre 16 e 23 de Setembro. Esta será a primeira deslocação de Sam Hou Fai ao estrangeiro, depois de ter tomado posse como líder do Governo. Em Junho, Sam Hou Fai afirmou que iria aproveitar a visita a Portugal para deslocações a Espanha e Bruxelas, mas, para já, a agenda ainda não é conhecida O Gabinete de Comunicação Social (GCS) confirmou ontem que o “Chefe do Executivo, Sam Hou Fai, efectuará, entre os dias 16 e 23 de Setembro, uma visita a Portugal à cidade de Lisboa” e à capital espanhola, Madrid. A confirmação surgiu na forma de um alerta para inscrição de “profissionais da comunicação social interessados na cobertura noticiosa” da visita do líder do Governo. Esta será a primeira deslocação ao estrangeiro de Sam Hou Fai, enquanto Chefe do Executivo da RAEM, depois de vários périplos pela Grande Baía e outras regiões do Interior da China, a última delas na semana passada às cidades de Hangzhou, Xangai e Nanjing. Aquando da apresentação das primeiras Linhas de Acção Governativa (LAG) do seu Executivo, em meados de Abril, Sam Hou Fai revelou que tinha nos seus planos uma visita a Portugal, ainda no primeiro semestre deste ano, “para demonstrar os laços de amizade de longa data entre Macau e Portugal”. A viagem ficou planeada para depois dos debates das LAG e das eleições em Portugal, porém, a agenda política lusa e questões internas forçaram ao adiamento da viagem. Além da Ibéria Durante uma visita à zona do Fai Chi Kei, Canídromo e Ilha Verde no passado mês de Junho, Sam Hou Fai acabou por revelar que a visita seria adiada para o Outono devido à transição do novo Governo português aos “vários assuntos importantes em Macau”. Na altura, o Chefe do Executivo indicou que a sua comitiva iria também a Espanha e Bruxelas. Porém, importa referir que a passagem por Bruxelas não foi confirmada oficialmente. No âmbito da visita oficial a Portugal e Espanha, como avançou na sexta-feira o HM, o Centro de Congressos de Lisboa acolhe a “Sessão de Promoção de Cooperação Económica e Comercial Macau-Portugal”, um evento integrado na “Missão Empresarial a Portugal e Espanha para Intercâmbio de Negócios”. O evento é organizado pelo Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento (IPIM) e conta com mais de duas dezenas de empresas chinesas. A última vez que um líder do Governo da RAEM visitou Portugal foi em Abril de 2023. Na altura, a viagem de Ho Iat Seng foi a primeira deslocação do Chefe do Executivo ao estrangeiro desde o início da pandemia.