Filipa Araújo EventosDescobrir Manuel Vicente: Uma exposição arquitectónica [dropcap style=’circle’]S[/dropcap]em qualquer outra actividade na agenda, a exposição, que abre as portas no dia 10 de Setembro, no Centro de Design de Macau, talvez feche o ciclo a uma lista de actividades dedicada àquele que é considerado o “arquitecto de Macau”, Manuel Vicente. “Já tivemos várias iniciativas à volta do trabalho de Manuel Vicente, de celebração da vida e da obra do arquitecto, tais como, conferências que aconteceram ao longo do ano passado e, agora com a exposição, em principio encerramos este capítulo dedicado ao Manuel Vicente. Não quer dizer que no futuro não possam existir”, começa por explicar a organização da mostra. Ao contrário da exposição que aconteceu o ano passado, a edição deste ano, “Descobrir Manuel Vicente”, não é uma exposição documental, não é a imagem do trabalho do arquitecto tal como aconteceu, mas sim uma exposição de interpretação e reflexão do seu contributo, sobretudo à cidade de Macau. Assim, a mostra irá incluir “vários desenhos originais, um ponto de vista de um fotógrafo convidado – Nuno Assis – e tem um olhar dos colaboradores do próprio arquitecto, num total de 13 colaboradores que contribuíram com um painel original”, explica ao HM, a arquitecta Francesca Carlota Bruni, membro da Docomomo Macau, associação responsável pela mostra. Para além dos desenhos, irão estar expostos painéis gráficos, fotografias e existirá ainda uma sala com modelos de arquitectura, que fugindo aos modelos tradicionais têm a função de reinterpretação e explicação da obra de Manuel Vicente, através da forma que o próprio fazia os desenhos técnicos. “Estamos a fazer uma espécie de homenagem, transformando este desenhos técnicos em versões tridimencionalizadas”, explica a organização, sublinhando que o que “se procura nesta exposição é que não sendo tão documental como as anteriores, seja um pouco pedagógica. No sentido de para além de mostrar, explicar e dar a conhecer através dos olhos de quem com ele trabalhou directamente”. Trabalhar com o melhor É esta visão íntima que a organização pretende trazer para o público. Manuel Vicente que veio para Macau “em busca de uma liberdade criativa, de linguagem e daquele mundo português pós salazarista”, veio encontrar aqui aquilo que procurava. Os membros da Docomomo, organizadores de exposição, que trabalharam directamente com o arquitecto, explicam que o processo era sempre “muito intenso”. “Intenso a nível de tempo, consumido pelo trabalho. Não havia ninguém que trabalhasse com o Manuel Vicente que não tivesse uma profissão das 9 às 17h00. Nunca foi um emprego, foi sempre uma paixão. E essa paixão que ele tinha, conseguia ser transmitida com a enorme força, com o entusiasmo que passava a todas as pessoas que o envolviam. Portanto nós naturalmente embarcávamos nesta grande festa que era fazer arquitectura com ele [Manuel Vicente]. Prestava-se um serviço às pessoas, à cidade”, explicam. Em curso, pela mão da organização, estão ainda outros projectos, o próximo já no final de Outubro, os seminários Docomomo, em que marcará presença a presidente da associação internacional. A par com esta iniciativa está ainda prevista uma primeira exposição sobre o modernismo na zona do sudoeste asiático e ainda uma mostra subordinada ao tema “Modernismo Macaense”. “Descobrir Manuel Vicente” tem entrada livre e a duração de um mês, sendo passível de marcação para visitas guiadas com os membros da Docomomo.
Leonor Sá Machado EventosMúsica | FIIM deste ano conta com Pedro Moutinho e divas do Jazz [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Festival Internacional de Música de Macau (FIMM) celebra a seu 29ª edição com um programa “muito semelhante” ao de anos passados, mas com novos workshops e um concerto com Pedro Moutinho e os Danças Ocultas. O tema desta ano é “Somtástico”, na tentativa de reproduzir o sentimento fantástico que a música traz. Centrado na melodia de uma concertina, o espectáculo de dia 16 quer faz jus à música portuguesa folk e conta com o grupo de fado de Pedro Moutinho e os Danças Ocultas, constituído por quatro membros. O fim de semana de 30 de Outubro a 1 de Novembro será inteiramente dedicado à representação de Fausto, uma peça musical de cinco actos, por Charles Goudon. A organização refere que o autor “criou uma fusão extraordinária de melodia sublime, desafio vocal e poder dramático”, fazendo com que o grupo tenha ficado internacionalmente conhecido com origem em França. Juntos estarão a Academia de Teatro de Xangai, o Estúdio de Ópera Cénica de San Diego, a Ópera de Chicago e vários outros artistas. Os bilhetes vão das 200 às 600 patacas para os três concertos agendados para as 19h30 de sexta-feira, sábado e domingo. Além do programa geral, o FIMM oferece um vasto conjunto de workshops e conversas com artistas. Entre eles está um curso de música para deficientes auditivos e outro com Janis Siegel e Elisa Chan. O programa tem uma base sólida de ópera e música clássica, no entanto, não foge muito ao que se tem assistido em anos passados, com uma série de concertos de música clássica. Para abrir as festividades, entram no palco do Centro Cultural de Macau (CCM), a mezzo-soprano Charlotte Hellekant, que acompanha a Orquestra de Macau através da condução do maestro chinês, Lu Jia. Os bilhetes para este concerto de dia 4 de Outubro, às 20h00 custam entre 200 e 300 patacas. É com a Sinfonia nº3 de Gustav Mahler que o grupo espera encher aquele auditório. Segue-se um concerto da Orquestra Chinesa de Hong Kong, cuja existência remonta a 1977, tendo já pisado vários palcos mundiais com um grupo de 85 músicos no total. São descritos pela organização do FIMM como “líderes da música étnica chinesa” e sobem ao palco do Grande Auditório do CCM a 6 de Outubro, com bilhetes entre as 100 e as 200 patacas. A Orquestra é conduzida pelo maestro Yan Huichang e tem feito uma série de parcerias com outros músicas internacionais, no sentido de aliar a música chinesa à ocidental. Os interessados poderão assistir a um concerto baseado nos conceitos de Bem e Mal, Ying e Yang. No dia seguinte, o mesmo auditório dá lugar à orquestra de música clássica Mahler Chamber, grupo formado em 1997. Com residência permanente em Itália, conta com músicos de vários países, 28 discos lançados e uma média de 60 a 70 concertos anuais. Nos dias seguintes e até 1 de Novembro vão subir ao palco a Filarmónica BBC, o grupo acapella Chanticleer, da cidade norte-americana de São Francisco, Rimsky Karkasov, entre vários outros artistas. A esmagadora maioria dos concertos acontecem no Grande Auditório do CCM e no Teatro D. Pedro V, com actuações a terem lugar também na Igreja de S. Domingos e na Fortaleza do Monte.
Joana Freitas EventosCCM | Kayhan Kalhor e amigos com concerto marcado para Setembro É conhecido como o rei da música persa e um mestre na arte de improvisar e chega agora a Macau, para um concerto único. Kayhan Kalhor actua no Centro Cultural de Macau a 4 de Setembro e não vem sozinho [dropcap style=’circle’]K[/dropcap]ayhan Kalhor apresenta-se no próximo mês no Centro Cultural de Macau (CCM) para um concerto e o “rei da música persa” não vem sozinho. Kalhor atravessa terra e mar até Macau trazendo amigos do Irão e da Índia, para um único espectáculo no grande auditório, a 4 de Setembro pelas 20h00. Do santur à tabla e à cítara, o ensemble que Kalhor reuniu para viajar até ao território inclui o mestre Ali Bahrami Fard. Nascido em Shiraz, no sudoeste do Irão, Fard estudou santur com o mestre Ostad Faramarz Payvar. Como explica Joana C. Lee, investigadora honorária no Centro de Estudos Asiáticos de Universidade de Hong Kong, numa nota enviada ao HM, este instrumento tem mais semelhanças com os equipamentos musicais chineses do que se pode pensar. “O santur é um saltério forjado com origem na Babilónia. É um primo não muito distante do yangqin chinês, muito provavelmente trazido através da rota da seda da dinastia Tang.” Kalhor também convidou Sandeep Das, seu colaborador de longa data e companheiro do Silk Road Ensemble. Nascido na Índia, Das é mestre da tabla, um instrumento composto por dois tambores que é tocado apenas com as mãos e pontas dos dedos. “Enquanto o par de tambores é afinado para tons específicos, a parte inferior da mão exerce força na pele do tambor para mudar de tom, criando um canto melódico à medida que o som se desvanece”, explica a investigadora. A completar o ensemble, como indica a organização ao HM, estará ainda a cítara dedilhada pelo indiano Narenda Mishra. A cítara ficou célebre no mundo ocidental nos anos 60 graças ao viajante virtuoso Ravi Shankar – pai da conhecida cantora Norah Jones. Mas não só. “A cítara aparece em vários temas clássicos dos Beatles, como ‘Norwegian Wood’”, explica Joana Lee. Kayhan Kalhor e o kamancheh Nascido no seio de uma família curda, Kalhor obteve quatro nomeações para os prémios Grammy e tem sido um dos artistas com mais participações noutros projectos. Faz parte do Silk Road Ensemble de Yo-Yo Ma e também compôs música para bandas sonoras de filmes, tendo trabalhado com Osvaldo Golijov na banda sonora do filme “Uma Segunda Juventude” (2007) de Francis Ford Coppola. “Graças à sua envolvência em múltiplas frentes, Kalhor foi aplaudido nas mais prestigiadas salas de espectáculos do mundo”, indica ainda o CCM na nota enviada ao HM. Kalhor é considerado como um importante divulgador do kamancheh – uma espécie de pequeno violino persa – e da música curda e persa, sendo ainda um “mestre da improvisação”. O cantor faz frequentes digressões pelo mundo, tanto como solista como com a sua própria banda. Na nota enviada ao HM, a investigadora Joana C. Lee explica que, na cultura tradicional persa, a música funciona como uma ferramenta espiritual, sendo um meio para a mente explorar, meditar e para exaltar “a alegria de viver”. A música persa está ainda ligada à literatura pela forma como capta a atmosfera e a poesia do momento, tal como a improvisação e a composição, algo que Kalhor domina. “Como ele lidera um ensemble que abrange as tradições indiana e persa, os seus companheiros musicais vão responder às suas improvisações com os seus próprios rasgos, assim contribuindo para esta extraordinária viagem musical asiática”, explica o CCM. Mais do que guerra O Irão, país natal de Kayhan Kalhor e berço cultural de muitas das grandes tradições mundiais, tem sido fonte de destaque na imprensa internacional desde que a revolução de 1979 depôs o Xá Mohammed Reza Pahlavi. Com a vinda deste músico a Macau, o CCM quer mostrar mais de um país onde os desafios políticos e religiosos “nublaram” a percepção da cultura em si mesma. “As pessoas têm de ser elucidadas sobre tradições artísticas seculares que transcendem fronteiras nacionais e até conotações religiosas: a Pérsia (no termo mais genérico e histórico que se refere à região e à sua cultura) há muito que exerce a sua influência no mundo, tendo estabelecido trocas de bens com a China através da rota da seda desde o período da Dinastia Tang. O seu design e artes manuais desempenharam um papel crucial no desenvolvimento da arte chinesa. Refira-se ainda que, na Pérsia antiga, o Islão não era a religião dominante”, explica a investigadora. Os bilhetes para o espectáculo já estão à venda, com preços que vão desde as 150 patacas às 300 patacas.
Leonor Sá Machado EventosVenetian | Exposição New Art Wave com curadores e galeristas internacionais [dropcap style=’circle’]É[/dropcap] no Hall D do Cotai Expo que acontece a New Art Wave, uma exposição que pretende dar a conhecer e explorar “o trabalho de artistas contemporâneos, ajudando-os a estabelecer-se enquanto isso mesmo”, como explica a organização. A mostra tem lugar entre os dias 28 e 30 deste mês e destina-se à partilha de ideias e experiências entre alunos licenciados ou interessados nas Artes. Entre estes dias, vão ser entregues prémios de várias categorias, mas trata-se também de uma oportunidade que os mais jovens têm de conhecer uma série de galeristas, autores de trabalhos conhecidos e influentes, coleccionadores, críticos de arte e curadores, assim encurtando a ponte que é normalmente necessária entre artista e vendedor. De acordo com a organização, a exposição é também uma “boa ocasião para potenciais investidores encontrarem potenciais talentos artísticos, não esquecendo que se trata de uma oportunidade para a compra de novos trabalhos”. Os visitantes podem esperar ver uma série de novos trabalhos desenvolvidos recentemente por autores de várias idades, desde os recém-licenciados em cursos de Arte, até aos criadores mais maduros. Envolvidos no planeamento deste evento estão uma série de personalidades do mundo das Artes, como são a curadora e crítica de arte Sandra Walters, o director e professor do Museu de Arte da Academia Central de Belas Artes de Pequim Wang Huangsheng, ou Chan Kam-shing, parte integrante do Conselho para o Desenvolvimento das Artes de Hong Kong. Na ocasião vão ainda ser seleccionados cem finalistas que apresentaram obras e todos eles vão ter a oportunidade de ter uma cabine de nove metros para a sua própria exposição e vendas, juntamente com reconhecimento, no catálogo da exposição, das suas obras vencedoras. Os três melhores trabalhos vão receber 50 mil, 80 mil e 100 mil patacas, respectivamente. Seminários não faltam A New Art Wave vai compreender uma outra parte dedicada aos seminários e conversas colectivas. Estas acontecem a 29 e 30, todo o dia. O primeiro seminário tem Homer Lee, fundador da galeria de arte taiwanesa Lee, como orador. A sessão acontece das 11h30 às 12h30. Segue-se uma palestra sobre como as academias e organizações artísticas fomentam e cultivam os artistas, liderada por quatro professores de Pequim, Hong Kong, Taiwan e Macau. Esta tem lugar das 14h00 às 15h30 e vai ser moderada por Chan Yuk Keung, professor do departamento de Belas Artes da Universidade de Hong Kong. O dia encerra com a sessão das 16h00 às 17h30, “No berço do artista”, onde quatro membros de conceituadas instituições asiáticas relacionadas com as artes sobem a palco para falar sobre espaços alternativos e locais de inspiração. O dia seguinte começa às 11h30, com a sessão “Mercado das Artes comercializada online”, com a Associação de Indústrias das Artes Visuais de Macau a servir de moderadora para uma conversa com Deng Bin, director geral do Distrito Sudoeste da China e da Artron.net. O círculo de conversas fecha com uma conversa entre três gestores de galerias e associações e que se prolonga das 14h30 às 16h00, moderada por Chang Tsong-zung, fundador da galeria Hanart TZ. A entrada para o espaço de mais de três mil metros quadrados é livre.
Joana Freitas EventosCinema | Realizador de Macau vence prémio Kodak Student Gold Award 2015 “Trycicle Thief” soma e segue com menções positivas, desta vez tendo vencido o prémio Kodak mais importante para estudantes. O filme de Maxim Bessmertny, realizador de Macau, retrata a ganância e as necessidades do ser humano [dropcap style=’circle’]M[/dropcap]axim Bessmertny venceu o prémio Kodak Student Gold Award 2015, com o filme “Trycicle Thief”. Feito em Macau e pelo russo radicado no território, o filme retrata a vida de um condutor de riquexós e do que acontece quando o seu triciclo é furtado por um homem de negócios. A Kodak, com sede em Nova Iorque, nomeou cinco estudantes como vencedores dos prémios Kodak Scholarship Program 2015, uma competição mundial que acontece anualmente em colaboração com a Universidade de Filme e Vídeo, em Chicago. Este ano, as candidaturas atingiram “um número recorde”, como indica a organização, com mais de 55 instituições de ensino de Cinema a participar. As universidades escolheram os alunos que consideraram mais aptos a receber o prémio, que consiste em bolsas de estudo e prémios monetários. A estudar em Singapura, na New York University’s Tisch School of the Arts Asia, Max Bessmertny foi o vencedor do primeiro prémio, que lhe valeu dez mil dólares em bolsas de estudo. O realizador admitiu ao HM que nem acreditava quando soube que tinha vencido. “A minha primeira reacção foi ‘não me acredito’. Pensei que estavam a brincar comigo”, diz, sorrindo. Mas, depois, caiu em si. “Depois, senti-me honrado por muitas razões. Não é por mim, é pela natureza do prémio, a natureza dos filmes. Não necessariamente o ‘Trycicle Thief’, mas a combinação das coisas. Primeiro, porque me lembro de ver filmes como ‘Tarkovsky’s Stalker’ e ‘La Dolce Vita’, porque o meu pai e os amigos adoravam estes filmes. Lembro-me que, das primeiras vezes, nunca me senti inspirado com isto. Era um adolescente, ignorante, que não sabia muito de coisa nenhuma. Mas eu adorava já trabalhar com pessoas do mundo do teatro, da música… Aos poucos, comecei a identificar-me com os filmes que me estavam a ser mostrados”, explica Max Bessmertny ao HM. Foi depois de longas noites e diversão na sua adolescência, aos vinte, que Max se apercebeu do que realmente queria fazer. “Vi o fime ‘Citizen Kane’, que estava escondido numa misteriosa caixa de DVDs em minha casa.” E foi aí que o clique aconteceu. Ou que, pelo menos, chegou a certeza de que o Cinema era o futuro do jovem realizador. “Trycicle Thief” é a mais recente curta-metragem de Max Bessmertny, tendo passado já em diversos locais no território e na região vizinha. Em Novembro do ano passado, o realizador dizia ao HM que o destino do filme “se faria por ele próprio”, algo que acabou por acontecer este mês. Um filme sobretudo da “ganância e necessidade humanas”, que tem Macau como pano de fundo. Max Bessmertny veio para o território com cinco anos, tendo estudado em Londres, Tailândia e Singapura, mas mantendo sempre uma forte ligação à Macau que a viu crescer e onde quer, diz, desenvolver a sua carreira. Por agora, o realizador mantém-se em filmagens para a sua próxima produção, tendo realizado recentemente campanhas publicitárias para diversos empreendimentos de Macau. O segundo prémio Kodak 2015 foi entregue a Paulina Skibinska da National Film School em Lodz, na Polónia, com o filme “Object”. Matvey Fiks da School of Visual Arts em Nova Iorque venceu o terceiro prémio com “Babushka”. Estes prémios são atribuídos anualmente e a Kodak promete continuar a fazê-lo. “A Kodak é fervorosamente devotada à próxima geração de cineastas”, disse Andrew Evenski, presidente da Kodak’s Entertainment & Commercial Films, citado num comunicado da organização. “Ter uma parceria com a Universidade de Filme e Vídeo tem-nos mantido constantemente ligados às instituições que ensinam estes novos artistas.”
Joana Freitas EventosCentro UNESCO | Exposição de porcelana chinesa “Junci” abriu ontem Foi produzida num dos fornos mais famosos do mundo e chega agora a Macau. Até sexta-feira, o Centro UNESCO vai receber a exposição de porcelana chinesa “Junci” [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]briu ontem a mais recente exposição do Centro UNESCO de Macau. “Porcelana Chinesa Junci” é o tema da mostra, que apresenta porcelanas produzidas no Forno Oficial da Cidade de Yuzhou, localizado em Henan. As peças foram criadas originalmente durante a Dinastia Tang e tornaram-se muito prestigiadas durante a Dinastia Song. A qualidade da porcelana produzida levou ao topo este Forno entre os cinco mais famosos Fornos daquela época, nomeadamente os Fornos de Junyao, de Ruyao, de Guanyao, de Geyao e de Dingyao (“Yao” significa o forno). O Forno Oficial da Cidade de Yuzhou é um produto exclusivo de Yuzhou, onde existiu o Altar com o nome “Jun”, cuja criação foi concebida para a realização da Cerimónia de fundação da Dinastia Xia que remonta ao período entre o sec. XXI e o sec. XVI A.C. “Desde a fundação da China que a Arte de Junci quase tinha desaparecido, o que chamou a atenção do Governo e, por isso, decidiu-se fazê-la renascer, sobretudo sob a orientação do então Primeiro-Ministro Zhou Enlai. Foram constituídas quatro grandes fábricas de porcelana em Yuxian (Henan) e assim a Arte de Junci nasceu de novo em Shenhou, Yuzhou, isto é, no local da sua produção original”, explica a organização, em comunicado. “A exposição reunirá várias dezenas de obras de Junci seleccionadas, muito representativas das obras artísticas desta nova era. No intuito de divulgar a esplêndida cultura chinesa e desenvolver a Arte Moderna de Junci, e com a organização da Associação Internacional de Estudos de Caligrafia, Pintura e Artes da China e a Associação de Estudos da Cultura de Junci da Província de Henan, vai-se realizar esta mostra.” A primeira apresentação desta exposição aconteceu no Museu Nacional em Beijing, no ano passado. Em Macau, a mostra estará patente até 14 de Agosto, todos os dias até às 19h00, no Centro UNESCO de Macau, tendo sido organizada pela Fundação Macau. A entrada é gratuita.
Joana Freitas EventosMúsica | SJM assina acordo com MACA para proteger direitos de autores locais [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]A Sociedade de Jogos de Macau (SJM) assinou com a Associação de Compositores e Autores de Macau (MACA, na sigla inglesa) um acordo de performances ao vivo. A cerimónia decorreu no Grand Lisboa e vai permitir a salvaguarda dos direitos de autor de músicas que passem nos hotéis e casinos da operadora. A MACA tem levado a cabo acordos destes, depois de ter inscritos na Associação músicas de cantores locais e estrangeiros. Ontem, foi a vez da SJM, que assegura, contudo, ser pioneira ao passar apenas música local. “O acordo tem como objectivo proteger os direitos de autor das músicas que passem nas propriedades da SJM, como o Grand Lisboa, o Lisboa, o Oceanus e o Ponte 16”, começa por indicar um comunicado da empresa. “Mais ainda, tal como foi anunciado nesta cerimónia, o Casino Lisboa será o primeiro em Macau a comprometer-se a tocar apenas música de locais nas suas instalações.” O acordo foi assinado por Angela Leong, directora-executiva da SJM, e Ung Kuok Iang, presidente da MACA, sendo que estiveram ainda presentes na cerimónia representantes da Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ). “Como uma empresa responsável, a SJM quer apoiar as iniciativas que beneficiem a comunidade e economia de Macau e, ao apoiar a protecção dos direitos de autor iniciados pela MACA, esperamos servir de exemplo para outros”, disse Leong, que acredita que “tocar música de locais 24 horas nos casinos poderá servir como uma plataforma para os músicos profissionais de Macau mostrarem o seu talento”. Já Ung Kuoc Iang, presidente da MACA, considera que o facto de a SJM ter confirmado que vai utilizar música local demonstra que “a música local tem cada vez uma melhor marca no mercado”.
Filipa Araújo EventosIC | Lançado apoio financeiro para actividades culturais [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]briram as candidaturas para os programas de Apoio Financeiro para Actividades e/ou Projectos Culturais, Formação de Recursos Humanos na Gestão Cultural e das Artes e de Subsídios à Arte da Comunidade do Instituto Cultural (IC). Estas irão estar abertas dias 9, 11 e 14 de Setembro a todas as associações locais registadas e sem fins lucrativos que estejam interessadas em realizar todos os tipos de actividades culturais e artísticas. Numa nota à imprensa o IC explica que os programas pretendem “promover o desenvolvimento do pluralismo cultural e de fomentar talentos locais nas áreas artística e cultural”. O Programa de Apoio Financeiro para Actividades/Projectos Culturais é direccionado para as artes visuais, dança, música, ópera, património cultural, criação e estudos literários, estudos académicos, filmes e arte multimédia e indústrias culturais e criativas, entre outros. Enquanto o programa de Formação de Recursos Humanos na Gestão Cultural e das Artes pretende contribuir para o “desenvolvimento estável e sustentável dos grupos artísticos e culturais locais e do estímulo da formação de gestores profissionais nesta áreas, pretendendo-se criar uma reserva destes talentos, a fim de promover o desenvolvimento saudável e integrado no domínio artístico e cultura em Macau”, fomentando talentos nas áreas do planeamento, coordenação, gestão de eventos e gestão técnica nos domínios da arte e cultura. Por fim, o programa de Subsídios à Arte da Comunidade está focado no incentivo às associações artísticas locais para que estas entrem nas comunidades ou em determinados grupos, convidando-os à produção e à participação colectiva. O programa pretende assim evidenciar características comunitárias e revelar obras através de técnicas artísticas diversificadas, gerando mais oportunidades de comunicação ao longo do processo de produção artística, assim como criar laços entre as comunidades e aproximar as artes e a comunidade. Os interessados deverão entregar os formulários de inscrição, disponíveis no site do IC, no edifício do instituto, entre as 9h30 e as 19h30 horas, dos dias 9 a 11 e 14 de Setembro.
Leonor Sá Machado EventosCCM | Companhia espanhola em Macau para apresentar “A Floresta dos Grimm” La Maquiné é uma companhia de teatro espanhola que apresenta, a 15 e 16 de Agosto, um espectáculo de marionetas da “Floresta dos Grimm” destinada aos mais novos. O CCM apresenta três espectáculos, a 180 patacas cada [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]companhia de teatro espanhola La Maquiné vem a Macau nos dias 15 e 16 de Agosto para apresentar a peça “A Floresta dos Grimm”, uma peça inteiramente original e com recurso a histórias e contos de fadas tradicionais. Os espectáculos acontecem às 15h00 e às 19h30 de sábado e às 15h00 de domingo, com bilhetes disponíveis a 180 patacas para o pequeno auditório do Centro Cultural de Macau (CCM). De La Maquiné fazem parte o seu director artístico e visual, Joaquin Casanova, e Elisa Ramos, artista e produtora da peça. “A Floresta dos Grimm” foi primeiramente encenada em Espanha e versa sobre uma série de personagens como a Branca de Neve, o Capuchinho Vermelho ou a Princesa e o Sapo. “Descrito como uma das melhores produções de sempre dedicada às crianças, este espectáculo musical e visual é desenvolvido a partir de A Minha Mãe Ganso, obra musical de Ravel inspirada pela fantasia dos contos de fada”, explica o Centro Cultural de Macau em comunicado. Haverá direito a marionetas, objectos e projecções na parede para toda a família, mas especialmente dedicado aos mais novos. O CCM refere que se trata de uma peça que faz os mais velhos “reinventarem” um mundo “encantado de muitas paisagens e emoções”. A La Maquiné foi fundada em 2008 e tem já arrecadado uma série de prémios entre as digressões por França, Irlanda e Chile. Em 2014, receberam mesmo o galardão MAX, que premeia o Melhor Espectáculo Infantil do ano. “As suas produções contemporâneas são excelentes formas de introduzir os miúdos às artes de palco, como vamos ter oportunidade de descobrir, através deste conto de sonhos, estrelas vermelhas, sapos saltitantes e lobinhos muito maus, que nos transporta a um mundo de sensações, imagens fantásticas e poesia visual”, acrescenta a organização. A vinda da companhia de teatro espanhola está integrada na mais recente edição do InspirARTE, uma série de actividades desenvolvidas pelo CCM para entreter crianças e jovens durante as férias. Na calha estão mais de 200 eventos com marionetas, dança, teatro e outras artes performativas, que acontecem entre Junho e final deste mês. Leonor Sá Machado leonor.machado@hojemacau.com.mo
Andreia Sofia Silva EventosCriativo de Macau expõe foto-montagens em Lisboa [dropcap style=’circle’]B[/dropcap]ibito ou Margaret Tatcher? Henrique Silva ou Cavaco Silva? Todos eles numa só imagem e, no fundo, nenhum deles. Ironia e “imposturas” marcam as imagens que o designer português Henrique Silva, ou Bibito, radicado em Macau, vai expor no espaço “Passevite White Cube”, em Lisboa, intitulada “I had a dream – Eu tive um sonho mau”. As fotomontagens, que Bibito vem publicando na sua conta pessoal do Facebook, saem agora à rua e, mais do que fazer sorrir, fazem pensar e remetem-nos para episódios não só da história como da política portuguesa. Há Angela Merkel, chanceler da Alemanha, Hitler a preto e branco ou um Ricardo Salgado caído em desgraça com a queda do Banco Espírito Santo. Num comunicado do espaço “Passevite White Cube”, lê-se que o conteúdo desta exposição, a “matéria deste sonho mau”, “também se demarca de qualquer protocolo ou classificação disciplinar”. “Não estamos perante um ensaio gráfico sobre o discurso ou a imagética dos poderes e da representação, não é um exercício de crítica sociológica em volta dos mecanismos de identidade, ou hipótese de questionamento moral sobre a encenação pública do poder.” “Eu tive um sonho mau” é apenas um “passeio ingénuo das imposturas do nosso tempo”. Esta não pode ser sequer considerada uma exposição, aos olhos dos mentores do espaço criativo lisboeta. “Também não se trata de uma exposição. É exactamente a recusa disso mesmo, de jogar o jogo da codificação com que a instituição-museu ou, noutro nível, a galeria de arte pretende conformar a matéria exposta.” As fotomontagens de Bibito representam “o espelho de Alice”, numa altura em que “a ubiquidade tecnológica transmutou o que significa ser humano, as fulgurações do humano, as figurações, o desenho do pós-humano. ‘Eu tive um sonho mau’ insinua-se nessas negociações do ser”. O espaço Passevite apresenta-se como um atelier ou galeria “independente”, que nasce do trabalho desenvolvido pelos pintores Paulo Robalo e Mathieu Sodore e também dos designers Rui Lourenço e Daniel Nascimento. Die motherfucker Carlos Torrella In Facebook Concedamos na impostura. Nas várias imposturas aqui patentes, de resto. Desde logo, ce ci c´est pas une pipe do autor, e também não se trata de uma exposição. É exactamente a recusa disso mesmo, de jogar o jogo da codificação com que a instituição-museu ou, noutro nível, a galeria de arte pretende conformar a matéria exposta. A própria matéria deste sonho mau também se demarca de qualquer protocolo ou classificação disciplinar. Não estamos perante um ensaio gráfico sobre o discurso ou a imagética dos poderes e da representação, não é um exercício de crítica sociológica em volta dos mecanismos da identidade, tão pouco um edifício de contra semiótica ou hipótese de questionamento moral sobre a encenação publica do poder. “I Had a Dream – eu tive um sonho mau” é o passeio ingénuo das imposturas do nosso tempo. As coincidências da linguagem e o flirt afectivo com as práticas artísticas da contracultura do século passado são, imediatamente, reconheciveis. Porém, com variações – onde prevalecia o simbólico surge aqui o literal e, nessa superficíe, a própria face do autor projectando-se como um zelig na memória artística da cultura popular, na epurazione dos revisionismos históricos, ou na manipulação de massas dos sucessivos regimes políticos. “I Had a Dream” reflecte esse espelho de Alice – o dispositivo onde se determinam as regras da construção da verdade, os jogos de produção de sentido, a ordem do discurso (e o discurso da ordem) oficial e, em contra-espelho, a fragmentação dessa ordem, a interferência dos discursos, a versão partilhada. Um jogo hermenêutico mas que a actual possibilidade tecnológica transferiu, irremediavelmente, para o domínio do ontológico. O contexto do facebook em que este “sonho mau” se produziu reitera esse novo leviatã. A ubiquidade tecnologica trasmutou o que significa ser humano, as fulgurações do humano, as figurações do humano, o desenho do pós-humano. É aqui que estamos. “Eu tive um sonho mau” insinua-se nessas negociações do ser.He had a bad dream! I saw the future! Time to die.
Andreia Sofia Silva Eventos MancheteCreative Macau | Thomas Lim regressa para mais um workshop de cinema Entre os dias 14 e 25 de Setembro o cineasta Thomas Lim volta ao território para dar um workshop intitulado “Construir um guião de Hollywood”. Actualmente a residir em Los Angeles, Thomas Lim considera que um filme feito em Macau tem maiores possibilidades de ter sucesso e de ser difundido nos mercados asiáticos do cinema [dropcap style=’circle’]P[/dropcap]ode um mercado de pequena dimensão como o de Macau comparar-se à máquina cinematográfica de Hollywood? Não só pode como até apresenta vantagens. Quem o diz é Thomas Lim, cineasta radicado em Los Angeles que regressa a Macau para mais um workshop. Entre os dias 14 e 25 de Setembro, a Creative Macau acolhe o evento “Construir um guião de Hollywood”, dirigido a um máximo de 15 pessoas e com um preço de 1400 patacas. Ao HM, Thomas Lim garante que vem mostrar um pouco do que já aprendeu com a indústria do cinema norte-americano. “É difícil ter pessoas a investir um milhão de dólares num filme, na primeira vez. E o primeiro passo para ter esse investimento é ter um grande guião. Por isso é que acredito na produção de guiões e quero partilhar estas ferramentas que aprendi nos Estados Unidos da América em Macau, com o novo curso em Setembro”m explica. “Decidi viver em Los Angeles nesta altura da minha vida, porque quero conhecer e trabalhar naquilo que os EUA oferecem nestas áreas”, disse ainda ao HM. Ver de perto as grandes produções do cinema que chegam às salas de cinema de todo o mundo levou Thomas Lim a confirmar a genialidade dos americanos para o cinema. “Diria que os estúdios americanos, e não apenas de Hollywood, são mais fortes do que qualquer outra indústria do mundo em termos de conhecimento dos métodos de produção, abundância na distribuição dos canais e, acima de tudo, as suas incomparáveis capacidades para escrever histórias que captam a atenção das audiências em termos mundiais”, acrescentou. Estabelecendo uma comparação com a escala reduzida do cinema que se produz no território, Thomas Lim defende que produzir um filme em Macau e transmiti-lo nos cinemas locais pode até ser maior sinónimo de sucesso do que em Hollywood, onde se trabalha com maiores orçamentos e onde a penetração nas salas de cinema é mais difícil. “É muito mais fácil fazer um filme que tem a oportunidade de ser transmitido nos principais cinemas de Macau (e em outros países da Ásia). Uma produção de um milhão de dólares norte-americanos, ou menos, em Macau, teria muito boas oportunidades de ser comercializada e transmitida nos maiores cinemas de Macau ou mesmo noutras partes da Ásia. Com o mesmo orçamento, um filme americano quase que não tem possibilidade de ter um amplo lançamento no mercado comercial, mesmo que seja um filme multi-premiado em festivais”, exemplificou Thomas Lim. Para o cineasta, “isso deve-se à competição que existe entre os grandes filmes de Hollywood, que têm orçamentos acima dos cem milhões de dólares e que são filmes locais nos EUA”. Portanto, para o cineasta de Singapura, produzir películas no pequeno território, com muitas paisagens por explorar, só traz vantagens. “No final, o sucesso de um filme é analisado por dois resultados principais. O primeiro é pelas receitas de bilheteira que obteve e se teve um lançamento comercial noutros mercados fora de Hollywood. Um filme americano de um milhão de dólares tem mais possibilidades de ser ‘menos bem sucedido’ do que um filme de Macau com o mesmo orçamento”, rematou.
Andreia Sofia Silva EventosPrimeira Semana do Design arranca dia 15 Pela primeira vez Macau vai receber a Semana do Design. A edição número um do evento decorre entre os dias 15 e 22 de Agosto, onde os participantes poderão ver de perto o trabalho de 21 designers ou empresas locais e de Hong Kong, assistir a filmes ou ir ao mercado do design. Chao Sio Leong, coordenador, fala de um evento que serve de “plataforma de comunicação” [dropcap style=’circle’]E[/dropcap]xposições, peças de design, filmes, um mercado, uma festa de encerramento. Todos os ingredientes estão preparados para organizar a primeira Semana do Design de Macau, que decorre entre os dias 15 a 22 de Agosto. A organização do evento está a cabo da Associação de Design de Macau, com o apoio do Centro de Design do território. Ao todo, o público poderá contar com 21 participantes da área, estando previstos vários eventos, como duas exposições logo no arranque da Semana do Design, um seminário no dia 16, um mercado do design e a exibição de dois filmes. Para Chao Sio Leong, ligado à empresa Mo-Design e coordenador do evento, a Semana do Design de Macau vai servir de uma plataforma de comunicação para o público. “Os designers não vão apenas criar bonitos objectos para chamar a atenção das pessoas, mas vão interpretar as suas vidas, pensamentos e experiências enquanto descobrem a estética”, contou o designer ao HM. “Através da partilha dos trabalhos de design e de debates de grupo, os oito dias da Semana do Design de Macau vão levar o público a ter um contacto mais profundo com o design”, disse ainda. “Graças à intensidade dos seus trabalhos pode-se aumentar a consciência social. Como resultado, o design transforma-se numa ferramenta sustentável para o desenvolvimento económico e social, desempenhando um papel fundamental para o ser humano”, acrescentou ainda Chao Sio Leong. Vizinhos premiados Além da Mo-Design, participam ainda nomes como Bruno Design, Chiii Design, CASESTATION, Cosmic Design ou Conde Group. O coordenador da Semana do Design de Macau prefere destacar a presença de dois designers de Hong Kong, que vão promover um seminário no dia 16. Um deles é Joe Kwan, natural da região vizinha com estudos feitos no Reino Unido e Austrália. Depois de trabalhar com duas empresas do sector em Hong Kong, criou o Studiowill, que trabalha na área do design gráfico, publicidade e fotografia. Vencedor de vários prémios, Joe Kwan entrou para a lista dos “100 melhores designers chineses”, elaborada pelo Shanghai Designer Club, em 2012. Outro dos profissionais presentes que Chao Sio Leong destaca é Adonian Chan. Além de ser designer, Adonian Chan é músico e tem um restaurante. Nascido em Hong Kong em 1986 e licenciado pelo Instituto Politécnico de Hong Kong em 2009, Adonian Chan criou a empresa Trilingua Design um ano depois. Tratando-se do primeiro evento do género a decorrer no território, o coordenador da Semana do Design de Macau não tem dúvidas de que a RAEM precisa de promover mais o que se faz por cá. Para Chao Sio Leong, “o mais importante é garantir que os objectivos são atingidos e que os espectáculos e o evento em si têm efeitos positivos”. Os bilhetes estão à venda no Centro de Design de Macau, localizado na Travessa da Fábrica, na zona da Areia Preta. Para ver os três filmes, os interessados podem optar por um pacote de três bilhetes a 150 patacas, com uma bebida incluída. Não há informações quanto aos preços dos restantes eventos. Eventos da Macau Design Week Macau Design Exhibition (15 a 22 de Agosto) Exposição sobre o livro “The Northern Way Dinasty” (15 a 22 de Agosto) Filme “Fonting the City” (15 Agosto) Mercado do Design (15 a 16 Agosto) Seminário com Joe Kwan e Adonian Chan (16 Agosto) Filme “Design and Thinking” (20 Agosto) Documentário “Maker” (21 Agosto) Festa de encerramento “Electronic Music Closing Party” no espaço MoWave (22 Agosto)
Leonor Sá Machado EventosIC | Abertas inscrições para participação em Bienal de Urbanismo [dropcap style=’circle’]E[/dropcap]stão abertas as inscrições para quem queira participar na Bienal de Urbanismo e Arquitectura de Shenzhen e Hong Kong deste ano. De acordo com comunicado do Instituto Cultural (IC), a entrega de propostas de projecto acontece até 16 do próximo mês e é a segunda vez que Macau é convidada pela organização da Bienal para lá ter peças de profissionais seus. O tema deste ano é “Origens da Cidade” e todos os curadores podem participar a título individual ou colectivo. Para a presente edição, pretende-se criar “um mundo melhor” alicerçado na “remodelação do espaço urbano e residencial”, promovendo três “r”: reconsideração, reutilização e reimaginação. A ideia, de acordo com a organização, é reutilizar e inovar espaços e conceitos já existentes. A Bienal de Urbanismo e Arquitectura teve início há dez anos em Shenzhen, tendo Hong Kong sido convidada dois anos depois, em 2007. Foi nesse ano que inaugurou como mostra bi-citadina, organizada pelas duas cidades. Até ao momento, foram já realizadas cinco edições deste evento, no total contando com mais de 770 obras internacionais, 310 fóruns e actividades variadas, tudo isto tendo a presença de mais de 860 mil visitantes. Foi em 2013 que a RAEM se estreou nesta mostra, sendo esta a segunda participação do território na mesma. Este ano, as estimativas apontam para a presença de 300 mil visitantes e mais de cem expositores de 25 países. De acordo com o mesmo comunicado, o IC espera que a participação da região “promova o intercâmbio cultural entre Macau e o exterior”, além de expandir os seus horizontes ao nível artístico e cultural com as experiências e obras internacionais. “Por outro lado, o IC espera ainda que incentive a criatividade junto da geração mais jovem de Macau, potenciando o nível artístico das suas obras, a fim de aprofundar os seus conhecimentos sobre obras de nível internacional e formar recursos humanos de reserva”, escreve o IC. A presente edição conta com curadores de Shenzhen e do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique. O projecto a seleccionar será supervisionado pela Comissão Organizadora da Exposição de Macau – Bienal Bi-citadina de Urbanismo e Arquitectura de Shenzhen e Hong Kong 2015. Os interessados podem tirar dúvidas sobre a inscrição e teor do projecto por email até dia 21 deste mês, para pr@icm.gov.mo.
Leonor Sá Machado Eventos MancheteFotografia | IFT acolhe exposição de retratos antigos da cidade O IFT apresentou ontem, no restaurante da escola, uma exposição de fotografias que mostram a cidade antiga, nomeadamente zonas que hoje em dia estão irreconhecíveis. O trabalho é de cinco fotógrafos locais e pretende reforçar a memória colectiva [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Instituto de Formação Turística (IFT) inaugurou ontem uma exposição de fotografias da cidade e da população, datadas entre as décadas de 60 e 90. A mostra, dividida por duas zonas da escola, mostra uma série de fotografias que congelaram a arquitectura, vivências, objectos, quotidiano e pessoas de um tempo ao qual já não é possível assistir. O mérito concede-se a Tong Ka, Kong Iu Lam, Ao Peng, Tam Kai Hon e Carlos Dias, cinco fotógrafos locais, todos eles com ligações próximas a associações de fomento à arte de fotografar. Através da memória, o IFT pretende dar a conhecer aos seus alunos e aos visitantes da mostra que Macau nem sempre foi feita somente de luz e caos, jogo e turismo. Uma grande parte desta mostra zonas da cidade actualmente inexistentes, como são as orlas costeiras e bairros mais antigos, como o da Barra. De entre os artistas consta Tong Ka, fundador da Associação de Fotografia Digital de Macau. Aos média, Tong confessa ainda deambular pela cidade, decifrando-a visualmente com a sua máquina, que ontem carregava orgulhosamente ao pescoço. “Muitos dos prédios ou cenários [que retratei] nas fotografias já não existem, mas estas permitem que a população conheça a cidade de antigamente”, começou o fotógrafo por explicar. Questionado sobre o sentimento que tem ao olhar para as imagens sem movimento, Tong esclarece: “a vida e as pessoas daqueles tempos eram mais humildes e simples e as suas vidas eram mais duras do que hoje em dia”. Se por um lado, se discerne perfeitamente as duas realidades transformadas da cidade, por outro, compreende-se a beleza destes dois mundos, que coexistem sem grande parte estar já viva. “A maior parte do que captei simboliza o movimento da cidade e das pessoas, não tanto de lugares específicos”, acrescentou. O congelar do movimento Uma das paredes, na sala dos fundos, tem pendurada uma série de películas da Rua da Praia do Manduco e da Almirante Sérgio. Chuvadas tropicais que provocam inundações, autocarros como ninguém imaginaria passarem pelas ruas da região, pescadores, mães e filhos e manobras de ginasta em paredões são apenas alguns dos momentos congelados, agora na memória de quem por ali passar os olhos. Durante a inauguração, a directora da Escola de Hotelaria e Turismo, Diamantina Coimbra referiu que espera uma grande afluência de visitantes, uma vez que a abertura contou com a presença “de mais de cem pessoas”. Muitos certamente não se recordarão de como era desenhada a cidade nos anos 60, quando Salazar ainda governava Portugal e Macau era vista aos olhos do estrangeiro como uma mera colónia, mas tinha, precisamente por se situar na ponta oposta do mundo, uma natureza e vivências particulares. Entre os vendilhões, as quinquilharias e os tin-tins, havia crianças a brincar na rua, irmãos a beber água de fontes e as mães à coca, sem esquecer paisagens quietas e apaziguadas da região. Vistas do rio e da terra. A mostra está patente até 30 de Novembro, no Restaurante Educacional, servindo para comemorar o 20º aniversário da fundação do IFT, sem esquecer a celebração do decénio da inscrição do Centro Histórico na UNESCO e da inauguração do curso de Gestão do Património, que também teve início em 2005. Tem entrada livre.
Joana Freitas EventosRecolha de projectos de Macau para Feira de Guangdong e HK O IC e organizações de Hong Kong e Guangdong procuram filmes feitos por realizadores locais para integrarem a edição deste ano da Feira de Investimento na Produção Cinematográfica das três regiões. A ideia é dar um impulso ao cinema, com os talentos locais [dropcap style=’circle’]D[/dropcap]e hoje até 14 de Agosto, o Instituto Cultural (IC) convida os aspirantes a realizadores a enviar trabalhos para a edição deste ano da Feira de Investimento na Produção Cinematográfica entre Guangdong-Hong Kong-Macau. Organizada pelo IC, pelo Hong Kong Film Development Council e pelo Departamento Provincial de Imprensa e Publicações de Guangdong, a feira realiza-se a 23 e 24 de Setembro. A ideia é recolher projectos cinematográficos feitos por pessoas de Macau, sendo que a competição está aberta a todos os membros da indústria cinematográfica do território. Contudo, os candidatos têm de ter já alguma experiência. “Todos os candidatos de projectos cinematográficos de Macau devem ter idade igual ou superior a 18 anos e ser portadores do BIR. Cada candidato só poderá apresentar uma candidatura e deve ser o realizador dos respectivos projectos candidatos. Devem ter realizado filmes previamente exibidos ao público”, explica a organização, que indica que estas obras apresentadas ao público têm de ter sido ou uma longa metragem ou duas curtas metragens. Os projectos candidatos devem ser longas-metragens de ficção e a recolha abriu a 31 de Julho, sendo que dura até 14 de Agosto. Pontes e talentos A Feira tem como objectivo proporcionar uma plataforma “de alta qualidade e conveniente” para o intercâmbio e a cooperação entre produtores e investidores das três regiões, criar oportunidades e pontes para investimento e cooperação na área do cinema, estimular talentos neste campo e promover o desenvolvimento da indústria cinematográfica. Por isso mesmo, os candidatos dos projectos cinematográficos de Macau que vão ser apontados como recomendados vão ter a oportunidade de se reunir para conhecerem e negociarem com investidores na Feira. O painel que escolhe as obras é composto por profissionais do cinema convidados pelo IC, sendo que serão seleccionados no máximo dez projectos recomendados de acordo com os critérios de avaliação que incluem a criatividade do argumento, experiência e capacidade de execução do candidato, a experiência e capacidade de execução do produtor e da empresa produtora e a racionalidade do orçamento. Os interessados podem descarregar o formulário de candidatura na página electrónica do IC ou no site das Indústrias Culturais e Criativas de Macau.
Leonor Sá Machado Eventos MancheteDesign | Jovem local vence competição para decorar fachada do Hotel Roosevelt Kenny Leong venceu o concurso para decorar parte da fachada do futuro Hotel Roosevelt, na Taipa. Este deverá ser livre de mesas de Jogo, focando-se na temática de Hollywood. A inauguração está prevista para 2016 [dropcap style=’circle’]M[/dropcap]acau vai ter um novo hotel na Taipa, desta vez livre de mesas de Jogo e totalmente dedicado ao mundo hollywoodesco, onde reinavam estrelas como Marilyn Monroe, Marlon Brando ou James Dean. Este deverá ser inaugurado durante o primeiro semestre do próximo ano e vai, de acordo com um dos investidores, Aaron Iu, dar primazia às gastronomias asiática e ocidental. “Estamos a planear ter um hotel com um serviço especializado de alta qualidade. Vai ter restaurantes chineses e ocidentais, por isso vai apresentar um bom estilo, mas não [será] para Jogo”, disse o investidor à Agência Lusa. O Roosevelt pertence à mesma cadeia dos hotéis Roosevelt dos EUA, mas com uma componente asiática. “O conceito não é exactamente o mesmo do hotel de Hollywood, onde foi construído o primeiro. Este combina as tradições de Macau e as de Hollywood”, afirmou Iu. A possibilidade de abrir um hotel da cadeia na região foi anunciada em 2013, mas apenas recentemente se soube mais pormenores. Foi através de um concurso que o realizador local Kenny Leong venceu um prémio pecuniário de 300 mil patacas e a oportunidade de decorar parte da fachada e do terraço do empreendimento. O HM conversou com Leong e percebeu que se trata de um projecto complexo, revolucionário e “no qual poucas grandes cadeias investem”. Isto porque, explicou o artista, preferem ficar-se por elementos mais básicos e de mais fácil e barata manutenção, uma vez que se tratam de espaços frequentados por um grande volume de pessoas. Questionado sobre a natureza do projecto, Kenny Leong respondeu que demorou cerca de dois meses a completá-lo totalmente e as coisas foram surgindo aos poucos. “Demorei um mês e meio para desenvolver a ideia e acho que não vai ser assim tão caro [montar o projecto]”, disse. Visualmente, a obra de Kenny é feita de vários materiais e recorre a uma série de técnicas artísticas. Antes de mais, será colocada uma instalação de canos no terraço que ganha vida através da técnica de impressão em espuma em 3D. “Desenhei uns painéis verticais de [luz] LED com os quais os visitantes podem interagir, por meio de uma aplicação móvel por exemplo”, explica Kenny. Kenny Leong com a directora dos Serviços de Turismo, Helena de Senna Fernandes O conceito, diz, gira em torno da relação entre espaço e utilizador. Além de tudo isto, há ainda espaço para colocar painéis de fumo que criam “uma enorme parede de projecção instaladas do hotel cá para fora”, contrariando assim o conceito tradicional de uma projecção, que o faz do projector para uma parede. Para completar, Kenny escolheu imagens de celebridades da “Era Dourada” para figurar nos painéis. “The Era” é o nome da sua invenção, precisamente por aludir aos actores como Marlon Brando e Marilyn Monroe da Hollywood americana. O talento não abandona o artista A história de Kenny começa em Macau, mas rapidamente continua do outro lado do mundo, no Canadá. Desde os cinco anos de idade que lá viveu, tendo frequentado a Universidade Ryerson, em Toronto. A sua primeira escolha havia sido Design de Interiores, a segunda Rádio e Televisão, mas o destino deixou que o jovem fosse parar ao curso de Novos Média. “Na escola, desenvolvi um projecto relacionado com design, mas acabei por não entrar no curso mais tarde, quando me candidatei”, lamenta. Foi há três anos que regressou ao território e confessou-se “muito agradecido” ao Centro de Design de Macau pela oportunidade de poder ter o seu próprio estúdio de produção de vídeo neste local. “É isso que basicamente faço e onde passo quase todas as horas dos meus dias, a trabalhar, pelo que estou muito grato ao Centro”, disse. Lembrar para não esquecer Entre os premiados estiveram ainda projectos de Henrique Silva e de Rui Rasquinho, juntamente com uma equipa da Associação Art for All (AFA). O primeiro fez, de acordo com declarações do autor ao HM, uso de resíduos de estaleiros para decorar partes da fachada do prédio, de uma forma original. “A ideia foi pegar no entulho das obras e utilizá-los como elementos decorativos do próprio hotel, embutindo-os dentro de placas de epoxi [plástico semelhante a verniz]”, começa por explicar. O terceiro projecto foi primeiramente criado por Rui Rasquinho, mas posteriormente desenvolvido por uma equipa de artistas da AFA. No entanto, ao HM, o artista plástico disse que a ideia inicial foi recriar a cultura chinesa, com uma espécie de recursos aos elementos básicos. “Faz parte de uma série que estou a fazer e que se inspira directamente em elementos da pintura chinesa, mas não recria, apenas se inspira, usando elementos como a água, as rochas, as nuvens”, explicou. Apenas Kenny Leong ganhou a oportunidade de ver o seu projecto ganhar vida, mas Henrique Silva e Rui Rasquinho também receberam galardões pecuniários, no valor de 50 mil patacas, ao lado de Ng Hio Wai e Carlos e Pedro Ho.
Joana Freitas EventosIFT | Estudantes visitam Portugal para formação [dropcap style=’circle’]E[/dropcap]studantes do Instituto de Formação Turística (IFT) visitaram Portugal para uma acção de formação nas áreas da Viticultura e Enologia, a convite da ESPRODOURO. O convite da Escola Profissional de S. João da Pesqueira surgiu depois de uma parceria acertada em Macau, na MIF, entre a instituição portuguesa e o IFT. Durante uma semana de Julho, um grupo de 14 estudantes e um professor frequentaram um workshop sobre vinhos. Mas a viagem não se ficou por aqui. “A prioridade da ESPRODOURO foi a de mostrar a qualidade e os segredos do vinho do Porto, localmente conhecido por ‘vinho generoso’, e também os vinhos de mesa. Contudo, não era vontade da ESPRODOURO que esta formação se cingisse apenas à descoberta dos vinhos do Douro. Por isso, tentou-se mostrar aos estudantes o património material e imaterial desta região ímpar, tendo como base a paisagem e o Rio Douro, dar também a conhecer os monumentos arquitectónicos do concelho de S. João da Pesqueira”, pode ler-se num comunicado enviado ao HM pelo Gabinete de Comunicação e Imagem da Câmara Municipal de S. João da Pesqueira. O acordo entre a ESPRODOURO e o IFT foi celebrado em Outubro passado, quando uma delegação do município participou na Feira Internacional de Macau (MIF) e realizou reuniões com algumas instituições locais para eventuais parcerias. No encontro entre o IFT e a ESPRODOURO foi apresentada uma proposta de formação sobre a vinha e o vinho do Douro a ter lugar em S. João da Pesqueira, concelho que já foi representado em feiras de Macau por mais do que uma vez. “Este projecto teve grande aceitação por parte do IFT e um grupo de estudantes macaenses foi seleccionado para incorporar o primeiro grupo a frequentar esta acção de formação”, explica a Câmara em comunicado, acrescentando que “esta formação se revestiu de uma componente teórica em sala de aula e foi enriquecida em contexto real de trabalho com provas de vinhos, visitas a quintas, vinhas e adegas onde [os alunos] puderam verificar todo o processo produtivo”. Sendo a cortiça “um componente forte na fase final de engarrafamento dos diferentes tipos de vinho”, os estudantes foram ainda à corticeira de Castanheiro do Sul. “Puderam ainda apreciar a vida religiosa e mundana, os usos e costumes do povo duriense através das visitas a museus, nomeadamente aos museus etnográfico e de arte sacra de Trevões, e museu do vinho de S. João da Pesqueira. A gastronomia duriense esteve sempre presente e, porque em qualquer processo formativo a componente lúdica deve ser uma constante, foi ainda possível navegar nas águas do Douro. Com esse leque de saberes agora adquiridos, acreditamos que deixaram esta região, Património Mundial da Humanidade, enriquecidos culturalmente”, remata o Gabinete de Comunicação e Imagem da Câmara Municipal de S. João da Pesqueira.
Andreia Sofia Silva EventosPintura | Exposição de Crystal M. Chan no Albergue [dropcap style=’circle’]“[/dropcap]Eu sou a minha própria paisagem” é, mais do que uma exposição, o resultado de uma nova fase da vida profissional da artista local Crystal M. Chan. A inaugurar no próximo dia 5 de Agosto no Albergue SCM, a exposição parte de uma frase de um poema de Fernando Pessoa para revelar quadros mais intimistas e minimalistas, onde até a forma de pintar e os materiais utilizados são diferentes. Poucas horas depois de ter regressado a Oriente vinda de Nova Iorque, onde passou meio ano, Crystal M. Chan explicou ao HM o que pretende mostrar ao público com os seus quadros. “Nesta altura estou a trabalhar com aguarelas e é algo bastante diferente em relação ao que tenho vindo a pintar no passado. Costumava usar outros materiais em que se podia ver mais os olhos e a face. Depois, a certa altura, senti que queria fazer uma mudança, que queria ver quais seriam as outras possibilidades que tinha ao nível da pintura. Penso que muitos dos trabalhos que vi em Nova Iorque me inspiraram para fazer algo mais sobre a forma como quero representar o meu trabalho.” O uso da aguarela nos quadros não surge por acaso. “Estou à procura de algo poético no meu trabalho e tenho vindo a usar aguarela para buscar esse lado mais poético e ver as diferenças”, disse Crystal M. Chan. “Estou a pensar na melhor maneira de representar algo de forma mais poética, menos narrativa e mais sugestiva. Mais minimalista. Estes trabalhos fizeram-me pensar que estava a pintar muito à maneira chinesa na forma do corpo, que tem diferentes texturas ou padrões. Essa é a direcção que estou a tentar levar”, frisou. Não só a exposição revela uma nova fase de Crystal M. Chan como artista, como também revela uma fase em que a pintora tem estado mais virada para si mesma. “O nome da exposição é ‘Eu sou a minha própria paisagem’, é uma frase de um poema de Fernando Pessoa, um poeta português do qual gosto muito. Esse poema é sobre ‘eu tenho várias almas, não sei quem sou realmente’. Tenho vindo a pensar muito em o que sou, a minha própria existência.” Por essa razão, Crystal M. Chan decidiu pintar-se a si própria. “No passado, mesmo desenhando amigos, namorados ou familiares, a forma como os desenhava não os representava realmente. Desta vez pintei-me a mim mesma, porque percebi que os meus trabalhos têm muito a ver comigo”, explicou. Um olhar sobre os quadros de Crystal M. Chan permite perceber algumas semelhanças com o estilo expressionista do pintor austríaco Egon Schiele, para quem o corpo humano, mas sobretudo o feminino, era o ponto principal. “A primeira vez que vi os seus trabalhos tinha 18 anos, num livro de pintura, e depois vi uma exposição em Viena. Quando vejo os seus quadros sinto que são muito poderosos, nunca sabemos muito bem quem foram as suas musas, mas pela maneira como ele desenha consigo sentir o desenho e a sensação de uma mente distorcida como a de Egon Schiele. Ele é a minha maior influência”, rematou Crystal M. Chan. A exposição no Albergue SCM fica patente até ao dia 23 de Agosto e a entrada é livre. A primeira vez que Crystal M. Chan expôs em Macau foi em Julho do ano passado.
Hoje Macau EventosArranca nova edição do concurso de contos Rota das Letras [dropcap style=’circle’]E[/dropcap]stá aí a quarta edição do Concurso de Contos do Festival Literário de Macau – Rota das Letras, que visa a recolha de histórias em português, chinês e inglês até ao dia 30 de Novembro. Segundo um comunicado da organização, “o concurso de contos decorrerá em moldes semelhantes ao do ano anterior, com os vencedores a serem seleccionados por escritores que passaram pela Rota das Letras, depois de haver uma pré-selecção de um júri composto por representantes da organização e outros convidados”. A história terá de ser obrigatoriamente sobre Macau, e, para além da publicação do conto, existe um prémio de dez mil patacas para cada um dos vencedores, um para cada idioma. O próximo volume da colecção “Contos e Outros Escritos” será lançado em Março do próximo ano, quando decorrer a 5ª edição do Festival Literário de Macau. Os vencedores da 3ª edição do concurso de contos foram J.Cool, natural de Macau, que escreveu em chinês, a brasileira Regina Nadaers Marques e ainda Kevin M. Maher, norte-americano. Ao jornal Ponto Final, Kevin M. Maher considerou o prémio do concurso como um “incentivo” para escrever mais histórias. “Serviu-me de validação e deu-me a segurança de que talvez possa, na verdade, escrever algo que as pessoas queiram ler”, disse o também docente de inglês na Universidade de Macau (UM). O mesmo livro incluiu ainda os textos dos escritores que passaram por Macau no âmbito do Rota das Letras e que foram convidados a escrever sobre o território. Hu Xudong, Afonso Cruz, Andrea Del Fuego e Karla Suárez são alguns dos nomes que podem ser folheados no livro, à venda na Livraria Portuguesa. Os vencedores da 2ª edição foram Pedro Amaral, com o conto “Diário dos Últimos Dias do Coronel Vicente Nicolau de Mesquita”, Loi Chin Pan com a história “A Pequena Loja” e Sam Lee com “M”. Carlos Afonso Portela recebeu ainda uma menção honrosa com o conto “A Chegada de Cesariny a Macau”, Isolda Brasil com “Cartas de Amor de Macau” e também Lawrence Lei, com “Caça ao Homem”.
Leonor Sá Machado EventosExposição | Técnicas de marcenaria para celebrar aniversário do Centro Histórico [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]ntem teve lugar a inauguração da exposição da Carpintaria de Lu Ban, um dos mais importantes artistas carpinteiros na história da construção da China. A mostra ficou à responsabilidade do Instituto Cultural (IC) e da Associação Seong Ká Môk Ngai de Macau, agora com instalações completamente renovadas e inauguradas recentemente. O evento vem não só “promover o espírito de reflexão e inovador de Lu Ban, expor as técnicas de marcenaria tradicionais locais, revitalizar e pôr em uso edifícios de relevo e de valor cultural da cidade”, mas também celebrar o 10º aniversário do Centro Histórico da RAEM, que tem lugar este mês. O edifício renovado da Associação situa-se na Rua de Camilo Pessanha e é onde a mostra se encontra exposta. De acordo com comunicado do IC, Lu Ban é considerado “um extraordinário inventor e padroeiros dos carpinteiros da China”, tendo sido responsável pela invenção de uma série de novas técnicas de construção ao nível da carpintaria e do uso da madeira. A mostra encontra-se divida em duas partes. A primeira reúne informações sobre a recuperação e protecção do edifício original. Entre 2013 e 2014, o IC procedeu à remoção de água e sal das paredes de um dos andares do Templo de Lu Ban, igualmente situado naquela zona. Foi ainda feita a reparação dos tijolos, o reforço da estrutura e a reabertura da clarabóia. A actual exposição abarca toda esta secção, mas também uma antiga sala de actividades da Associação e um pátio exterior. A colecção de artigos expostos inclui um “enorme cadeado” de Lu Ban e mais de 80 ferramentas tradicionais para trabalhar madeira, como serrotes, berbequins e marcadores de tinta. Os visitantes podem ainda ver vídeos e ler informações acerca da vida e obra do autor retratado. A mostra conta ainda com alguns documentos e materiais emprestados pelo Instituto Politécnico de Macau. Esta encontra-se aberta ao público das 10h00 às 18h00 horas, incluindo feriados.
Joana Freitas EventosMúsica | Artistas locais apresentam livro e novos álbuns na FRC São três jovens que actuam juntos e, pela primeira vez, lançam-se em obras a solo. Josie Ho, Hyper Lo e AJ apresentam em Agosto um livro e dois álbuns na Fundação Rui Cunha [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]s três músicos de Macau Josie Ho, Hyper Lo e AJ vão lançar um livro e novos álbuns a solo já no próximo mês de Agosto. O evento acontece na Fundação Rui Cunha, onde os três vão também actuar ao vivo. Os artistas fazem parte da editora SP Entertainment. Os músicos ficaram mais recentemente conhecidos por terem dedicado um tema ao lutador KK Ng, de Macau, sendo que, agora, se estreiam a solo. Josie Ho escolheu o nome “Ho Chi Cheng” para o seu primeiro disco, sendo este aliás o seu nome em Chinês. O objectivo é mostrar-se a si própria através da música que faz. A cantora de Macau incorpora diferentes estilos, tanto ao nível do que produz sonoramente, como da sua própria imagem. “Josie tem diferentes ‘looks’, que demonstram as várias facetas da sua personalidade, ao mesmo tempo que mostra o quão versátil se tornou”, começa por apontar a editora em comunicado. “Não só os fãs vão adorar, como também os ‘fashionistas’ vão apreciar a quantidade de trabalho que a sua equipa tem colocado no seu estilo.” Não faz muito tempo que a cantora se juntou à SP Entertainment, mas a sua qualidade e reputação enquanto cantora e MC já “é evidente”, como se pode ler no documento. Juntar culturas Já AJ vai trazer a palco e dentro do seu CD a solo a fusão entre o Chinês e o Português. O músico é de origem macaense e pretende com o seu primeiro álbum aproximar mais as duas culturas. “AJ quer mostrar e promover o seu background macaense, incorporando no seu álbum ‘Macanese’ elementos de azulejos, no seu estilo e design, mas também tentando misturar a Língua Portuguesa no Canto-Pop”, indica a SP. “A fusão das diferentes culturas e as características sensoriais vão sem dúvida proporcionar uma experiência refrescante às audiências das regiões vizinhas.” AJ envolveu-se na composição musical recentemente, produzindo não só para si, mas para outros cantores. Hyper Lo não se ficará, agora, apenas por Macau. O cantor, tido como “um artista de muitos talentos”, foi convidado para falar sobre a sua jornada de Hong Kong a Londres… de carro. “Ele reconta os 45 dias da sua jornada e partilha as suas experiências no seu novo livro de viagens intitulado ‘My Driving Experience from Hong Kong to UK’”, indica a empresa de entretenimento. Hyper tem já singles lançados ao longo dos anos, sendo que, no livro, apresenta um álbum com 12 das suas músicas. Os três artistas vão estar na Fundação Rui Cunha no dia 4 de Agosto, pelas 15h00. O evento será a cerimónia oficial para o lançamento das novas obras, sendo que haverá, além da actuação ao vivo, uma sessão de autógrafos. A entrada é livre. J.F.
Andreia Sofia Silva EventosMúsica | Plácido Domingo em Macau a 29 de Agosto Com cantores escolhidos a dedo, Plácido Domingo chega à RAEM para um concerto com a Orquestra de Macau no final de Agosto. Os bilhetes estão já à venda [dropcap style=’circle’]É[/dropcap]já no próximo dia 29 de Agosto que o Centro Cultural de Macau (CCM) vai receber o espectáculo daquele que é considerado “o último dos três tenores” e o maior cantor de ópera da actualidade ainda vivo. Na linha dos mestres como Luciano Pavarotti (falecido em 2007) e José Carreras, chega a Macau Plácido Domingo. O espectáculo é da iniciativa do Instituto Cultural (IC), sendo que Plácido Domingo escolheu os músicos para o acompanhar no espectáculo, que contará com a presença da Orquestra de Macau. Plácido Domingo já interpretou mais de 144 obras clássicas dos compositores Giacomo Puccini, Richard Wagner e Giuseppe Verdi, entre outros. O tenor já gravou mais de cem álbuns, sendo que muitos deles venderam mais de um milhão de cópias, tendo Plácido Domingo recebido também doze prémios Grammy. Segundo o IC, Plácido Domingo “é famoso pela sua voz poderosa e de grande flexibilidade, com grande extensão vocal, bem como pela suavidade da mesma, que é também descrita como “de veludo””. Vários países como o Reino Unido, Estados Unidos e França atribuíram-lhe medalhas em reconhecimento de seu talento musical e pela sua contribuição e apoio durante toda a sua vida à arte da música. A revista The Economist descreve a sua actuação como “luminosa, inesquecível e perfeita”, elogiando-o ainda por ter “um lirismo musical e uma paixão de louvar, permitindo às audiências sentirem que o preço do bilhete vale a pena”. Esta não é a primeira vez que o cantor lírico pisa território chinês, tendo também actuado em diversos países da Europa e também nos Estados Unidos. Os bilhetes para o concerto “Domingo e a Orquestra de Macau” já se encontram à venda, variando entre as 680 e 1880 patacas. A organização do espectáculo também está a cargo da Direcção dos Serviços de Turismo. O concerto está marcado para as 20h00.
Filipa Araújo EventosIIM | 15ª Aniversário da RAEM em fotografia, vídeo e livro São fotografias, vídeos e um livro e pretendem levar a história dos 15 anos da RAEM até longe. Na próxima quarta-feira, dá-se a cerimónia de abertura de mais uma exposição do Instituto Internacional de Macau, que tem como objectivo perceber o crescimento e as mudanças desde o nascimento da RAEM até aos dias de hoje [dropcap style= ‘circle’]A[/dropcap]ideia surgiu do próprio Chefe do Executivo, Chui Sai On: a RAEM comemorou 15 anos desde o seu nascimento e a data merece ser celebrada. Tal como aconteceu aquando do 10º aniversário, o Instituto Internacional de Macau (IIM) abraçou o compromisso e criou aquela que se espera ser uma exposição mundial. “Lembro-me que a exposição do 10º aniversário foi algo de muito grandioso. Tínhamos uns painéis de imagens da autoria do arquitecto Carlos Marreiros, muito grandes. Este ano quisemos fazer uma exposição mais modesta, puramente gráfica, pela simples razão de nos dar a possibilidade de flexibilidade. Este ano ajustamos a exposição ao espaço existente”, explica ao HM Jorge Rangel, presidente do IIM. São Francisco, Toronto e Lisboa são algumas das cidades que abraçaram o convite por parte do IIM e já inauguraram as suas exposições. Em Macau só acontece na próxima semana, no dia 29 de Julho. Da montra fazem parte 50 fotografias, de vários tamanhos, que são o resultado de uma contribuição de várias entidades públicas e privadas, dois vídeos e um livro. “Procurámos evitar caras de pessoas e cortes de fitas, como por exemplo o Governo quando inaugura alguma coisa. O que pretendemos é mostrar Macau na sua variadas vertentes, para quem visita a exposição, seja em que país for, ficar com uma ideia de uma cidade cheia de vida, com muita actividade e naquilo em que se transformou 15 anos depois”, argumenta Jorge Rangel. Das letras Com a assinatura de Gonçalo César de Sá, será ainda apresentado o livro “Macau – Festas e Festividades”, um guião ilustrado dos múltiplos eventos culturais e religiosos no calendário anual da RAEM. “Este é um livro que foi feito de propósito para esta exposição e faz uma identificação das festas e festividades e também dos grandes acontecimentos, como o Grande Prémio ou a Maratona Internacional. Dentro das festividades estão as católicas, chinesas e outras ligadas a outros grupos culturais. Acho que está um livro muito completo”, explica o presidente, indicando que o guião foi criado para ser distribuído no dia do lançamento da exposição das várias cidades e, posteriormente, estará disponível para compra nos vários locais onde a exposição se encontrar. A parte de multimédia também marca presença com a passagem de duas curtas metragens. “Flying Over Macau” da autoria de Sérgio Basto Perez, e “15 anos da Região Administrativa Especial de Macau”, de Silvie Lai e James Jacinto, foram os vídeos escolhidos. “Os vídeos pretendem criar um impacto sobre Macau, 15 anos depois. Não são longos nem curtos, têm o tempo suficiente para criar este impacto que se pretende”, remata Jorge Rangel. Ainda em cima da mesa está a hipótese da exposição marcar presença de forma permanente em vários pontos da cidade, mas ainda nada é certo. A única certeza é que o Brasil vai recebê-la em várias cidades já no próximo mês de Outubro. No IIM, a exposição inaugura às 18h00 e tem entrada livre.
Filipa Araújo Eventos MancheteCreative | Exposição de fotografia “Cities” inaugurada hoje Trazer um olhar sobre outras cidades ao território é o objectivo máximo da exposição que começa hoje na Creative Macau. Cinco fotógrafos locais escolheram uma cidade e mostram-na em fotos muito pessoais [dropcap style=’circle’]I[/dropcap]naugura hoje às 16h30 na Creative Macau a exposição “Cidades: Fotografias a Preto e Branco”, que reúne o olhar de cinco fotógrafos locais sobre cinco cidades à sua escolha. Carmo Correia, Wilson Caldeira, Tang Kuok Ho, Marina Carvalho e Ieong Man Pan foram os fotógrafos convidados para mostrar um pouco mais “de outras cidades que não são Macau”. “Queríamos quebrar um bocadinho o ciclo das exposições sempre sobre Macau e as coisas de Macau”, disse ao HM a directora da Creative, Lúcia Lemos. A única imposição colocada ao artistas foi a de efectivamente não escolherem Macau como cidade a apresentar. “Quando se fala em exposição e fotografia pensa-se logo em Macau e ultimamente tem havido imensas exposições sobre Macau e o que envolve. Esta exposição serve para quebrar isso e oferecer ao público outras cidades”, rematou. Foto de Marina Carvalho A maioria dos fotógrafos está representado por cinco fotografias, mas no todo são cerca de 28 as imagens em grande formato que compõem a mostra. Até 20 de Agosto, os interessados podem conhecer o olhar do outro sobre estes locais, que vão da Ásia aos EUA. “Esta é uma partilha do que os fotógrafos querem mostrar, não só de tema, porque os fotógrafos foram livres de escolher o que queriam expor, respeitando o facto de ser a preto e branco”, continua Lúcia Lemos, indicando que da mostra fazem parte imagens “muito interessantes”, compostas por “retratos, detalhes, paisagens ou ruas”. Contar uma história Ao HM, o fotógrafo Wilson Caldeira explicou que escolheu a cidade de Melbourne, na Austrália, porque viveu lá nove meses. “As fotografias não contam nada de especial, eu fazia a minha rotina no subúrbio onde vivia e esse é mesmo o meu interesse: criar rotinas sem hierarquia a fotografar”, explicou. Sem disciplina, o trabalho de Wilson Caldeira é um “misto de qualquer coisa”. As cinco fotografias escolhidas fazem parte de um trabalho “com várias dezenas de imagens” que contam a narrativa da sua passagem pela cidade australiana. Foto de Carmo Correia (Nova Iorque) Carmo Correia abraçou o convite e, juntando o útil ao agradável – porque partia numa viagem para Nova Iorque e Chicago – , decidiu fotografar a pensar na exposição. “Tinha a hipótese de [escolher] estas duas cidades, mas como já conhecia Chicago e estava com vontade de fazer qualquer coisa nova, numa cidade que também para mim era nova, escolhi Nova Iorque”, contou ao HM. As cinco fotografias pretendem mostrar a cidade mais conhecida do Estados Unidos. “Escolhi cinco imagens que no seu conjunto dizem: isto é Nova Iorque, é esta cidade. Que não pudesse ser outra coisa, ou seja, acabam por não ser monumentos, como a torre A ou B. Não quis que fosse óbvio”, justifica. Para a fotógrafa é inquestionável a necessidade de Macau ver além de si próprio. “Acho que Macau devia olhar muito mais lá para fora, o território está sempre muito focado para olhar para dentro. É giro mostrar Macau para fora, mas nós devíamos olhar muito mais para o que está lá fora”, remata. A capital portuguesa, Lisboa, está representada pelo olhar de Marina Carvalho. Já Ieong Man Pan escolheu a cidade chinesa Sichuan-Meigu e Tang Kuok Ho representa Nanquim. A exposição é de entrada livre e termina a 20 de Agosto.