Joana Freitas EventosLiteratura | Isham Cook apresenta obra na Livraria Portuguesa [dropcap style=’circle’]“[/dropcap]Não há passatempo mais esquizofrénico do que aplicar óleo na pele.” E é com esta ideia que Isham Cook apresenta, no sábado, a sua mais recente obra “Massage and The Writer” (A Massagem e o Escritor), na Livraria Portuguesa. O novelista, norte-americano mas a viver na China desde 1994, é autor de outros livros, onde a sua filosofia de escrita se debruça sobre o provocante, o discriminatório, o ultrajante, o que arrepia, o que é sórdido. Influenciado por Franz Kafka, Marquês de Sade e Herman Hesse, entre tantos outros, Cook quer mostrar o mundo das casas de massagem, algo que nos é tão familiar em Macau. “Não há passatempo mais esquizofrénico do que aplicar óleo na pele. Seja por uma questão de relaxamento ou alívio, uma forma de sedução ou uma maneira de se prostituir, faz tempo que a massagem fascina e repugna”, começa por explicar o autor, citado na nota da organização. “Mas, e se estes aspectos contraditórios desta prática – o terapêutico e o erótico – fossem vistos como inseparáveis?” Apimentado com descrições de viagens no Oriente, em busca da massagem ideal, incisivo e provocante. É assim descrito “Massage and The Writer”, que vai, como assegura o autor, apelar aos mais aficionados pelo sexo radical, enquanto “enfurece” os novos negócios de massagens que tentam a todo o custo separar massagens e sexo. Isham Cook publicou este ano “At The Teahouse Café”, um livro que fala sobre a China moderna e as suas semelhanças com o passado. No ano passado, foi a vez de “The Exact Unknown and Other Tales of Modern China” e em 2012 a de “Lust & Philosophy”. “Massage and The Writer” é apresentado às 17h00, na Livraria Portuguesa e o evento tem entrada livre.
Joana Freitas Eventos MancheteMAM | Exposição de Robert Cahen inaugura esta sexta-feira Imagens e sons que transmitem histórias. É assim a mais recente mostra de Robert Cahen, que usa a vídeo-arte para mostrar que é possível cada um compreender a arte à sua maneira [dropcap style=’circle’]I[/dropcap]naugura na sexta-feira a mais recente exposição de Robert Cahen, no Museu de Arte de Macau (MAM). Intitulada “Transversal: Instalação Vídeo de Robert Cahen”, a mostra reúne de uma dezena de trabalhos do autor. “O famoso artista de vídeo-arte irá revelar-nos um novo mundo, através das suas interpretações e justaposições de imagens e sons”, começa por dizer o comunicado da organização, conjunta entre o MAM e o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, Instituto Cultural e o Consulado Geral da França em Hong Kong e Macau. Inserida no Festival Le French May, a exposição reúne 17 dos seus trabalhos realizados entre 1978 e 2015, com destaque para duas instalações utilizando elementos visuais de Macau. Através de câmara lenta – a sua assinatura – e explorando as interacções entre sons e elementos gráficos, Cohen cria uma ambiência poética servindo-se das imagens mais corriqueiras. Com técnicas de inserir, saltar, recuar, fading out e in, entre outros processos de pós-produção e alongando os tempos, o artista apresenta aos espectadores uma nova consciência sobre a realidade, indicando novos rumos para a arte vídeo. Novos espaços “Cada peça da minha arte faz uso da câmara lenta”, diz Robert Cahen, citado em comunicado. “E tenta ampliar um novo espaço entre as coisas, invisíveis entre si. Os meus trabalhos são como uma palestra aberta, na qual os espectadores acabarão por encontrar as suas próprias projecções na câmara lenta, que eventualmente será capaz de contar as suas próprias histórias.” Robert Cahen nasceu em Paris em 1945 e formou-se pelo Conservatório Nacional Superior de Música (CNSM), sendo um pioneiro tanto da música electrónica como da video-arte a nível internacional. Iniciou as suas criações ainda na década de 1970, utilizando os seus conhecimentos profissionais e métodos criativos da música para produzir vídeos, esbatendo as fronteiras entre os dois média e tornando-se uma referência mundial no campo da arte vídeo. Foi a partir de meados do século XX, com o florescimento das tecnologias, que o vídeo se tornou uma parte integrante da vida diária e é isso que “Transversal” quer mostrar. “Transversal apresenta uma selecção de 37 anos de trabalho de Cahen, incluindo ‘O Tempo Suficiente’, a aclamada obra marcante da vídeo-arte internacional da década de 1980 e as suas duas instalações que operam sobre elementos visuais de Macau, ‘5 Olhares e Aparição’.” A exposição estará patente até 20 de Setembro, sendo que a inauguração está marcada para as 18h30 de sexta-feira. Poderá ser visitada diariamente, das 10h00 às 19h00, e a entrada é gratuita aos domingos e feriados, tendo o custo de cinco patacas nos restantes dias.
Leonor Sá Machado Eventos MancheteCasa Garden | José Drummond e Peng Yun em exposição relâmpago única José Drummond e Peng Yun juntam-se às 18h00 da próxima sexta-feira para apresentar uma exposição “pop-up”, cujo conceito é único na cidade. As artes performativas dão forma ao corpo da mulher, sem deixarem de explorar conceitos de dor, amor, prazer e atitude [dropcap stgyle =’circle’]O[/dropcap] conceito da próxima exposição conjunta do artista José Drummond e Peng Yun dá pelo nome de “pop-up show” e vai durar exactamente quatro horas, com direito a um jogo de fotografias que versam sobre o erotismo, o corpo e a figura feminina e sentimentos e sensações como a dor, o prazer e o amor. “Sonho de uma Noite de Verão” realiza-se na próxima sexta-feira e começa às 18h00, com encerramento marcado para as 22h00 desse mesmo dia. Este projecto inovador, explica Drummond, teve o seu nome baseado na conhecida peça teatral de William Shakespeare, de nome homónimo. Nesta, os protagonistas estão hipnotizados até quase à última cena, até que finalmente seguem o caminho que devem, explica. São os temas da peça original que parece terem inspirado aquela que toma forma daqui a dois dias, na Casa Garden. “[A exposição] tem um certo lado performativo precisamente por durar tão pouco tempo e acredito que vai ser interessante ver a adesão do público a um evento deste género, uma vez que não há a possibilidade de lá ir no dia seguinte”, comentou o artista ao HM. No entanto, este projecto único apenas foi possível através da colaboração entre os dois artistas, sendo Drummond português e Peng Yun chinesa. Sombras, luz, erotismo e a Mulher Este tipo de exposição conjunta tem vindo a ser debatida há já algum tempo, diz o artista ao HM, explicando no entanto que a ideia desta “pop-up” só teve pernas para andar no final de Abril deste ano. Peng irá apresentar as séries relativas ao Verão de Xiaoduo, que “entram em diálogo” com os trabalhos “The Ghost” e “The Winker”, do artista português. São as artes plásticas que aqui desempenham um papel crucial, numa mostra que promete encantar durante quatro horas de intensidade, seguidas de um cocktail. Também a ideia da dicotomia artística tem um papel crucial: serão confrontados e explorados dois pontos de vista “sobre o corpo da mulher onde o visível e o invisível, sombras e luzes, fantasia e realidade, desencanto e sedução entram em jogos e tensões”, totalmente levadas à interpretação dos presentes. Dos quatro cantos à Casa Garden Embora José Drummond tenha já os temas e o tipo de exposição mentalmente bem montados, será decerto um conceito inovador, uma vez que esta é uma das primeiras deste género em Macau. O artista vive em Macau há vários anos e já expôs nos quatro cantos do mundo, incluindo Tailândia, China, Alemanha, EUA, Austrália, Itália e Hungria. Actualmente, frequenta o doutoramento em Artes Visuais no Transart Institut, que inclui residências artísticas em cidades como Nova Iorque e Berlim. Espelhados na Casa Garden estarão sensações e sentimentos comuns e básicos do ser humano e das suas relações, sendo esse o tema que mais aproxima os autores. Além de contar com a exibição de um total de 40 fotografias, serão ainda passados quatro vídeos, dois de cada artista. Peng Yun nasceu em Sichuan, mas vive em Macau há vários anos. Licenciou-se em Pintura a óleo na sua terra-natal. Tal como as de Drummond, também as suas peças percorreram meio mundo, tendo ocupado lugar em galerias de Singapura, Taiwan, Bélgica, Roterdão, EUA, Holanda, Veneza, Pequim e Xangai. A entidade curadora da mostra é a BABEL, uma organização cultural sem fins lucrativos. A mostra é organizada pela Xiang Art, tendo como parceiros a já referida BABEL, a Fundação Oriente e a Casa de Portugal. A pouca duração da mostra tem, também ela, uma mensagem: uma noite de exibições equivale à duração de muitos amores, conquistas e dissabores, explica a BABEL em comunicado.
Filipa Araújo EventosWorkshop | Ana Jacinto Nunes orienta técnica milenar A artista portuguesa desenvolve no próximo sábado, na EPM, um workshop de Suminagashi, uma arte de desenhar japonesa que é tida como uma das técnicas mais antigas de marmorear papel [dropcap type=”circle”][/dropcap]A artista plástica Ana Jacinto Nunes vai dirigir um workshop de Suminagashi – uma técnica milenar japonesa – de pintura na água. O momento acontecerá nas instalações das Escola Portuguesa de Macau já no próximo sábado, dia 27 de Junho pelas 10 horas na sala de desenho. O suminagashi é uma técnica de pintura na água em que é utilizada tinta e adicionada terebintina, um solvente vegetal. “Esta é uma técnica muito antiga em que se coloca a tinta à superfície da água e quando se coloca o papel na água, para fazer a impressão, este bate primeiro na tinta que é absorvida imediatamente e só depois é que chega a água”, explica ao HM Ana Jacinto Nunes. O resultado é uma espécie de “marmoreado que se vê na contra capa dos livros antigos”. O suminagashi, conta-nos a artista plástica, foi um das primeira técnicas de marmorear papel e é por isso considerada uma das formas mais antigas. A artista plástica não esconde que “gostaria muito de ver continuidade na técnica”, acreditando que os professores podem depois continuar a leccionar esta vertente. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas pela Associação de Pais da Escola Portuguesa. O momento criativo é aberto à população e tem um custo de 50 patacas para os sócios e 100 para não sócios. Bichos até ao fim do mês Ana Jacinto Nunes está no território até ao final do presente mês com a exposição “Desta vez os bichos não dormem” no Albergue da Santa Casa da Misericórdia que termina também no sábado. Em exposição estão à venda desenhos em funcionam como base de um projecto que posteriormente resulta na criação de uma vida nova. A autora portuguesa, vive actualmente na Alemanha, mas da sua história já fez parte Macau, em 1996, local que permitiu a Ana Jacinto Nunes desenvolver o gosto pelos pincéis, técnicas, papéis e tintas chinesas. Arte que fundiu com o registo português criando azulejos de tecido, agora expostos no território. Ana Jacinto Nunes deu os primeiro passos no ballet, arte que considera ser uma mais valia para o desenho, devido à linguagem corporal, e formou-se em várias áreas técnicas, desde animação, pintura, serigrafia e ilustração. Com algum prémios angariados, a artistas plástica já expôs em Portugal, Macau, EUA e Alemanha.
Leonor Sá Machado Eventos MancheteExposição | “Saudade” inaugurou ontem com organização da AFA e do MGM Com o artista José Drummond na linha da frente, o MGM inaugurou ontem a primeira mostra totalmente portuguesa, sob o tema do sentimento mais luso do mundo: a saudade. Esta é a primeira vez que uma operadora de Jogo investe numa exibição colectiva de expressão totalmente portuguesa [dropcap type=”2″]“S[/dropcap]audade” é o nome da exposição que inaugurou ontem no MGM, com a particularidade de ser uma das primeiras mostras colectivas de expressão totalmente portuguesa. O intuito, explicou o curador José Drummond, é tentar transmitir o significado deste sentimento para cada um dos 12 artistas convidados. Nela participam os fotógrafos Carmo Correia e António Mil-homens, o pintor Victor Marreiros, a artista plástica Sofia Arez, Adalberto Tenreiro, Rui Calçada Bastos, Marta Ferreira e a dupla fundadora do Lines Lab, Clara Brito e Manuel Correia da Silva. Ao HM, Drummond explicou que a ideia passa por transmitir o amor e sentimento de pertença com que os portugueses que por aqui passam, ficam. Quase como uma espécie de dicotomia saudosista que se sente por Macau quando se está em Portugal e vice-versa. “O tema da saudade surgiu porque os portugueses que cá estão há muito tempo têm saudades de Portugal e o contrário também acontece, não esquecendo que é também o mais português dos sentimentos, difícil de explicar, mesmo na Língua Portuguesa”, começou por dizer ao HM o curador da mostra. Uma dúzia em um São 12 os artistas que se unem sob o tema da saudade, sentimento único que vai além do que é “sentir falta de uma pessoa ou de alguma coisa”, diz Drummond. No MGM estarão expostas mais de 40 obras, algumas delas já parte de exposições ou obras lançadas. É o caso das fotografias seleccionadas de Carmo Correia, que estão também presentes na sua mais recente obra sobre a presença portuguesa no Oriente. Fazem parte de “Saudade” dez fotografias da sua mais recente mostra individual, que teve lugar na Casa Garden. Para Carmo Correia, a aceitação do convite passa não só pela identificação com o tema, mas também pela diferenciação de público, comparando com aquele que visitou a mostra anterior. “Normalmente não gosto de repetir um trabalho dentro de Macau, mas esta foi uma excepção, porque o público-alvo do MGM não é, de forma alguma, aquele que tinha na Casa Garden, porque são dois espaços completamente diferentes”, avança a fotógrafa. Outro dos artistas convidados é António Mil-Homens, também fotógrafo de profissão. As suas peças do MGM têm, no entanto, uma particularidade: trata-se de uma sobreposição de planos de imagem que tentam reflectir o passado e presente, expor a dicotomia entre a memória e o distanciamento. “O meu tema pessoal é a Metamorfosis e tem três trabalhos que têm que ver com transformações – concretamente de três pontos da cidade – que também são saudade do antigo Macau”, começa por explicar. Uma das imagens problematiza o desaparecimento de uma conhecida barbearia do território, aliada à eternização do presente. “São duas fotografias impressas separadamente em tela para dar o efeito tridimensional do antes e depois, onde apliquei uma distorção para dar o aspecto de queda”, continuou Mil-Homens. Se Victor Marreiros opta pela apresentação de pinturas que reflectem figuras e sentimentos humanos, a artista plástica Sofia Arez preferiu concentrar-se em fenómenos mais naturais, através de uma espécie de ensaio de luz. “[Os meus trabalhos] são fragmentos de copas de árvores vistos de baixo ao longo do dia, desde o amanhecer até ao anoitecer”, esclarece. Trata-se, no fundo, de um trabalho que discursa sobre a luz e a passagem do tempo. “Captado o momento, fica ali eternizado”, continua. Saudade é, para a artista, a palavra que “nos une a todos”, sejam artistas ou simplesmente portugueses que estão num país estrangeiro que, ainda que tenha um pedaço da terra de Camões, não o é verdadeiramente. “É uma aposta [do MGM] na arte que espero que continue e seja só a primeira de muitas”, acrescentou. Saudade é quando um artista quiser Aqui, a saudade assume diferentes formas, inspirações, histórias, passados e memórias para cada um dos autores, apresentando uma série de trabalhos variada, mas que se une através de um mesmo tema. É o “objecto” que mais importa, mas são vários os meios artísticos empregues, nomeadamente instalações, pintura, fotografia e trabalhos de outra natureza, que estão, directa ou indirectamente relacionados com o verter da saudade na arte. O próprio curador tem também quatro fotografias em exposição. Todas elas são de grande dimensão e tentam espelhar um pouco mais do que apenas a saudade. “O meu trabalho tem uma ligação muito forte com temas bastante existenciais, como a solidão, o amor, o sonho e, em virtude disso, também a memória”, conta. Para “Saudade” especificamente, o artista vai apresentar trabalhos que mostram a “tensão do que é visível e invisível, do que é e não é perceptível e de reportar um lado de sonho e de memórias que se começam a desvanecer”. Do público ao apoio das artes Também Drummond diz rever-se “completamente” na questão da saudade dicotómica que existe em quem vive entre dois mundos: Portugal dos portugueses e Portugal de Macau. A exposição, frisa, não se destina apenas à comunidade portuguesa, mas sim a todo o público em geral, pretendendo-se com ela dar a conhecer um pouco de Portugal em Macau. Para Carmo Correia, a iniciativa é “bastante interessante e bem escolhida para Macau”, não esquecendo que “se adapta perfeitamente” aos trabalhos da fotógrafa. “Quem deixa Macau ou por cá passa fica sempre com saudade”, confessa ao HM. Já António Mil-Homens concorda com Carmo Correia e mostra-se satisfeito com a iniciativa do MGM, deixando a sugestão de que os seus pares sigam as pegadas da operadora. “Acho que isto tem que ver com a predisposição do MGM em apoiar a arte, algo que me agrada sobremaneira”, diz. A mostra tem entrada gratuita e estará em exibição até 30 de Setembro.
Leonor Sá Machado EventosCiência | UM acolhe palestras com Prémios Nobel de Química [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]s professores e vencedores do Prémio Nobel de Química, Ada Yonath e Aaron Ciechanover, estarão em Macau nos dias 10 e 11 de Julho para falar sobre a sua área de especialização. No total, estão organizadas duas palestras distintas a acontecer às 9h00 e às 9h30 de sexta-feira e de sábado, na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Macau. Ada Yonath vai discursar sobre a resistência aos antibióticos e a preservação dos micróbios, enquanto Ciechanover se debruça sobre a problemática da cura de todas as doenças do mundo, colocando a questão do que tal vai poderá custar. Ada Yonath Yonath foca-se em Cristalografia, ou seja, a ciência que estuda átomos e sua transformação em cristais. Em 2013, a académica israelita foi apontada directora do Centro de Estrutura Biomolecular Helen & Milton Kimmelman e da Assembleia do Instituto de Ciência Weizmann. Foi juntamente com outros dois cientistas que Yonath venceu o Nobel em Química, sendo reconhecida como a primeira mulher do Médio Oriente a receber este galardão de ciências e a primeira, em 45 anos, a ganhar este especificamente. Aaron Ciechanover tem no seu portefólio o estudo da degradação das células e reciclagem de proteínas, tendo recebido o Prémio Nobel de Química em 2004. Aaron Ciechanover Também de Israel, o académico é professor da Faculdade de Medicina Ruth & Bruce Rappaport e no Instituto de Investigação de Technion. Ciechanover é também membro da Academia de Ciências e Humanidades de Israel, da Academia Pontífice de Ciências e da associação estrangeira Academia Nacional Norte-Americana de Ciências. A entrada nas palestra é livre e o website oficial da Universidade dispõe de um formulário de registo de participação nos eventos.
Joana Freitas EventosAnimais |Equipa de ciclistas de Macau vai pedalar mil quilómetros para ajudar a MASDAW A RECOIL, uma equipa de ciclismo de Macau, vai estar no Japão de sexta-feira a domingo para ajudar, através da paixão pelas bicicletas, os animais abandonados de Macau. Os ciclistas deverão percorrer até mil quilómetros para passar a mensagem de que há muitos animais para adoptar [dropcap style=circle]A[/dropcap] RECOIL, uma equipa de ciclismo de Macau, vai ajudar a angariar fundos para a Associação para os Cães de Rua e o Bem-Estar Animal em Macau (MASDAW, na sigla inglesa). A equipa promove actividades destinadas a recolher fundos para apoiar eventos de beneficência e agora é a vez da MASDAW. Mark Arcadia De acordo com um comunicado, este ano a equipa propõe-se percorrer até mil quilómetros sem parar no Japão e completar a volta em 48 horas, num tour que decorrerá entre 19 e 21 de Junho. O tema do evento é “NÃO COMPRE! ADOPTE!” “É uma tour de ciclismo solidário, denominado RESGATE RECOIL para recolher fundos destinados ao auxílio dos animais carenciados de Macau”, começa por explicar a associação. “Os fundos ajudarão a MASDAW a resgatar e esterilizar cães abandonados ou errantes, bem como outros animais, para tornar Macau uma cidade amiga dos animais.” Miguel Nos últimos quatro anos, a RECOIL concretizou anualmente várias actividades de apoio e recolha de fundos para instituições como a Cruz Vermelha de Macau e a Hong Kong Community Chest. Por exemplo, para ajudar a primeira, os ciclistas fizeram uma digressão de 300 quilómetros a Hainão. errisNos limites Nos limites O evento deste ano será levado a cabo exclusivamente pela equipa e “vai testar os limites da resistência humana, na expectativa de que as dificuldades a enfrentar possam inspirar as pessoas a sentir a sua paixão pela causa da protecção animal”. Os ciclistas vão, então, para o Japão, onde cada um dos seis membros da equipa estabeleceu para si próprio um desafio. “Mark, um assumido viciado em endurance, pretende percorrer mil quilómetros em 48 horas, Miguel, conhecido como o Rei da Montanha em Macau, tem como desafio um mínimo de 500 quilómetros em 48 horas, Herris tem como objectivo 500 quilómetros em 48 horas, tal como Ivan, Arcadia, uma sprinter furiosa, e Diana.” Diana A digressão será gravada através de aparelhos que conseguem verificar a velocidade média e a distância percorrida por cada ciclista. Durante o evento a RECOIL vai disponibilizar fotos e vídeos à MASDAW para que estes sejam colocados nas redes sociais, a fim de actualizar os apoios ao evento e ajudar a recolher mais fundos e donativos. O patrocínio será feito quer através de doação para a totalidade do desafio, quer por quilómetro completado por um ciclista escolhido. Para ajudar a MASDAW – que se tem dedicado a esterilizar e alimentar animais abandonados no território – está ainda disponível para venda uma edição limitada de t-shirts com os logótipos da RECOIL e da MASDAW com a mensagem “ADOPT! DON’T SHOP!”. Estas poderão ser autografadas. Ivan Todos os lucros revertam para a MASDAW e todos os donativos podem ser feitos para as contas BOC MOP – 13-01-20-024733, BOC HKD – 13-11-28-414400, BNU MOP – 9012686823 ou BNU HKD – 9012686891. Uma actualização diária estará disponível no site oficial (www.masdaw.org) e no Facebook da MASDAW.
Andreia Sofia Silva EventosFestival de Gastronomia de Moçambique arranca amanhã [dropcap style=’circle’]E[/dropcap]ntre amanhã e o dia 28 deste mês decorre no hotel Grand Lapa, em Macau, mais uma edição do Festival de Gastronomia de Macau. Este ano o evento conta com a presença do chef Carlos Khan da Graça, que promete trazer novidades ao nível da doçaria e alguns pratos, conforme disse ao HM Carlos Barreto, vice-presidente da Associação dos Amigos de Moçambique (AAM). “O chef Graça, ao longo da sua actividade profissional em Moçambique, desenvolve sempre qualquer coisa nova. Negociamos com ele a questão dos menus. Ele traz umas cervejas de Moçambique para fazer uns petiscos e uma das coisas que se faz muito é matapa com caranguejo, então pedimos-lhe para não fazer assim, porque dá trabalho a comer, por isso vamos fazer com camarão. Há algumas variantes, sobretudo ao nível da doçaria.” Este ano o festival coincide com a celebração dos 40 anos da independência de Moçambique, que se comemoram a 25 de Junho. “Já tivemos salas com 200 pessoas e este ano vamos ter uma sala só com 120. Foi o espaço que nos determinaram, mas estamos satisfeitos. O que interessa é que as pessoas venham nos outros dias”, apontou. Sempre a crescer Carlos Barreto diz que o festival tem tido cada vez mais adesão desde o primeiro ano em que se realizou, em 2007, sendo que este ano a AAM pretende atrair mais a comunidade chinesa. “As pessoas gostam de comer qualquer coisa que seja diferente. A nossa aposta neste hotel é para alargarmos a gastronomia moçambicana à comunidade chinesa. Sabemos que há muitos clientes chineses que são habituais e também queremos que eles conheçam a nossa comida. Tivemos essa experiência sempre em eventos anteriores, sempre com um crescimento”, disse. O festival vai ter buffet de almoço a 220 patacas para adulto, jantares a 310 patacas e jantares de fim-de-semana a 368 patacas para adulto. As crianças até aos 11 anos têm direito a descontos. Por restrições orçamentais, a AAM aposta apenas, para já, na vinda do chef Carlos Khan da Graça. Para Novembro, está marcada uma exposição na Torre de Macau sobre o Parque Nacional da Gorongosa. “É fauna selvagem, mas não só. É um caso de sucesso na revitalização de um parque, já foi um dos melhores parques de África e voltará a sê-lo. Queremos mostrar não só os animais como todo o trabalho de recuperação que foi feito”, concluiu Carlos Barreto.
Leonor Sá Machado EventosO decénio do século [dropcap style=’circle’]O[/dropcap] Instituto Cultural (IC) escolheu o Departamento de Cultura da Província de Henan para co-participar nas actividades de comemoração dos dez anos de inscrição do Centro Histórico do território na lista do Património Mundial. Parte disto fazem espectáculos de dança, música, teatro e palestras relativas às duas regiões. O cartaz de eventos inclui cinco exposições, publicação de novos documentos sobre o Centro Histórico e sua preservação, realização de palestras até final do ano e actuações de espectáculos culturais de música clássica e de teatro. A primeira mostra conjunta estará em exibição no Casino Galaxy e tem entrada gratuita, realizando-se entre os dias 13 a 28 deste mês. “Génese e Espírito” pretende mostrar aos residentes da RAEM o que Henan tem para oferecer e divide-se em várias actividades relacionadas com arte, workshops, música e uma palestra. A última tem lugar das 14h30 às 15h30 do próximo domingo, na Casa do Mandarim. As Ruínas de S. Paulo vão ser palco para um espectáculo artístico no próximo fim-de-semana, às 17h00 de sábado e 11h00 de domingo. Já na Casa de Lou Kau ocupa-se de uma mostra de artesanato de Henan, de 14 a 28 deste mês, com entrada gratuita das 10h30 às 13h30 e das 14h30 às 17h30. Outros palcos De 12 de Julho a 15 de Agosto estará exposta nas Ruínas de S. Paulo uma mostra que “foca os feitos alcançados, ao longo dos anos, na salvaguarda do património” local. E porque a cultura estará espalhada por toda a cidade, é nos Lagos Nam Van que estreia uma outra exposição, desta vez com fotografias de edifícios e outros marcos de Macau. Esta realiza-se de 13 a 20 de Junho, coincidindo com a Regata de Barcos-Dragão. O dia 12 de Julho fica assim reservado para a realização de um seminário sobre a preservação do Centro Histórico, a partir das 11h00. O IC deverá convidar especialistas e académicos para discutirem esta matéria, na sala de convenções e entretenimento da Torre de Macau. Dar música Além de tudo isto, o IC guardou ainda espaço para a realização de concertos por orquestras. Estes acontecem de 4 a 26 de Julho, em locais emblemáticos como são o Teatro D. Pedro V e a Casa do Mandarim. Entre os artistas estão a Orquestra de Macau, a Companhia Juvenil de Teatro de Repertório de Macau e a Orquestra Chinesa de Macau, com espectáculos cujas entradas podem ser livres ou variar entre as 30 e as cem patacas. O programa das comemorações inclui ainda outras duas exposições: a primeira acontece em Novembro e vai integrar uma série de reproduções de mapas antigos da cidade que se encontram espalhados por vários centros de documentação e bibliotecas mundiais. A mostra pretende explicar aos visitantes as mudanças sofridas. Por último, o IC, juntamente com o Instituto do Desporto, pretende organizar, em Dezembro e por ocasião da Maratona Internacional de Macau, uma exposição sobre o Centro Histórico na Nave Desportiva, no Cotai.
Joana Freitas EventosBon Jovi pela primeira vez em Macau em Setembro [dropcap style=’circle’]E[/dropcap]les estão de regresso aos palcos e estreiam-se em Macau. Os Bon Jovi actuam em Setembro na Arena do Cotai, no Venetian. A banda tem dois espectáculos marcados e os bilhetes estarão à venda no dia 16 de Junho. Os Bon Jovi são uma das bandas de rock norte-americanas consideradas como um ícone deste género e estão, neste momento, numa tour à volta do mundo. “Já actuamos mais de 2900 vezes em mais de 50 países e agora é com muita satisfação que anunciamos que estaremos pela primeira vez em Macau”, escreveu Jon Bon Jovi, líder da banda, citado num comunicado do Venetian. A banda tem mais de 30 anos e uma carreira considerada de sucesso, sendo responsável por ‘hits’ como ‘Livin’ On A Prayer’, ‘You Give Love A Bad Name’, ‘Who Says You Can’t Go Home’, ‘It’s My Life’ e outros tantos, que vão “ser tocados em Macau”. Com mais de 130 milhões de discos vendidos, a banda conta com Job Bon Jovi como cantor principal, sendo este considerado “um dos melhores cantores de música popular” deste género. A banda foi nomeada como o melhor espectáculo em tour quatro vezes nos últimos cinco anos, sendo que mais de 37 milhões de fãs já viram o concerto ao vivo. “Estamos muito satisfeitos em trazer Bon Jovi a Macau pela primeira vez”, disse Dave Horton, responsável pelo Marketing da Las Vegas Sands Corp e da Sands China Ltd. “Os Bon Jovi são um fenómeno global e este anúncio só mostra o nosso compromisso para com Macau, já que a banda se vai juntar à lista de eventos internacionais que actuaram [no território]”, lê-se no comunicado. Os espectáculos acontecem a 25 e 26 de Setembro e os bilhetes custam entre as 580 e as 3580 patacas. Ambos os eventos têm início marcado para as 20h00.
Leonor Sá Machado EventosCinema, Carpintaria e Sinologia O Instituto Cultural inaugura cinco novos espaços culturais na região, incluindo um cinema munido de um centro de documentação, uma exposição sobre a história da Carpintaria e uma outra sobre o sinólogo Jao Tsung-I. Assim se festejam os dez anos do Centro Histórico na lista do Património Mundial da UNESCO [dropcap style=’circle’]O[/dropcap] Instituto Cultural (IC) promove, a partir do próximo dia 30 e até final do ano, uma série de estreias em termos de instalações histórico-culturais e que de algum modo explicam a história e passado locais. A primeira, que inaugura no final de Junho, é o Centro de Informações da Fortaleza da Guia. O local, que serve actualmente como estrutura de apoio àquele monumento, vai ser transformado num sítio mais completo, com uma série de informações interactivas, como são a exibição de maquetas e uma retrospectiva dos trabalhos de restauro da Capela de Nossa Senhora da Guia. O espaço vai ainda dispor de um café e loja de recordações. O dia 28 de Julho é reservado à abertura da Exposição de Carpintaria de Lu Ban, na Associação Seong Ká Môk. Lu foi, de acordo com o IC, o “patrono dos carpinteiros na China” e o espaço pretende contar a história desta classe trabalhadora e mostrar aos visitantes aquilo que se tem feito nesta área em Macau. “Serão expostas numerosas ferramentas tradicionais de marcenaria e componentes de casas, para além de uma apresentação multimédia sobre a Associação”, explica o IC. Em nome do passado Além da mostra sobre a história da carpintaria em Macau, o IC prepara-se para abrir, a título permanente, a Academia Jao Tsung-I, conhecido sinólogo chinês. “Pinturas e Caligrafias Doadas por Jao Tsung-I” ficará no número 95 da Avenida Conselheiro Ferreira de Almeida e compreende uma sala de exposições com trabalhos do autor e uma colecção do seu espólio de livros e outros documentos históricos. Há ainda um auditório, construído a pensar na promoção da cultura chinesa e do intercâmbio sobre estudos sinólogos. A par disto será ainda inaugurada a Cinemateca Paixão, que integra salas de cinema e um espaço de documentação cinematográfica. “É um espaço polivalente destinado a promover a indústria cinematográfica e criar uma atmosfera criativa e cinematográfica”, explicou o IC. Contudo, não há ainda um prazo definitivo para a abertura deste espaço, mas o IC assegurou que o anúncio será feito no seu website oficial. Para já, estabeleceu-se Setembro como data para a “abertura experimental”. Vai também ser inaugurado uma espécie de museu sobre a profissão de guarda-nocturno, muito comum na história do território. O Posto de Guarda Nocturno, situado na Rua da Palmeira, foi restaurado e vai abrir ao público para visitas durante a segunda metade deste ano, desconhecendo-se ainda o dia. “Ao preservar-se este Posto de Guarda Nocturno, mantém-se um testemunho único da existência desta profissão em Macau (…). Após obras de restauro o espaço será revitalizado para alojar uma exposição sobre o trabalho dos antigos guardas-nocturnos de Macau”, lê-se no folheto informativo.