Literatura | Médico local apresenta obra sobre cultura chinesa

[dropcap style=’circle’]S[/dropcap]hee Vá nasceu em Moçambique e é português, mas tem, desde cedo, uma relação íntima com Macau e a China. Foi nessa perspectiva que decidiu escrever a obra “Uma ponte para a China”, com lançamento marcado para as 18h30 de hoje, na Fundação Rui Cunha. A obra fala sobre a comunidade chinesa e o seu conteúdo foi beber à experiência pessoal do autor, em tempos de aprendizagem do Mandarim, em Lisboa.
“O primeiro capítulo fala sobre a aprendizagem do Mandarim, com a descrição dos caracteres e outras coisas, mas também passa pela cultura chinesa e por elementos como o nascimento, a morte e a vida para além da morte”, começa Shee Vá por explicar ao HM. Escrita em jeito de romance, a obra é conduzida por um só narrador e é de natureza ficcional, embora baseada em factos verídicos. Isto porque, segundo o médico gastrenterologista, podem ferir-se susceptibilidades ao falar de casos reais.
Pode dizer-se que este romance começou numa sala de aulas. “A obra tem uma narradora inventada por mim que vai tomando conhecimento destas coisas à medida que contacta com os outros alunos que também estão a aprender Mandarim”, continua. “A ponte faz-se através de um casal [de estudantes] em que ele é chinês e trabalha em Portugal e ela é portuguesa”, destaca Shee Vá.

Espalhar conhecimento pelo mundo

A ideia principal não é a de somente cingir o gosto por “Uma Ponte para a China” a Macau, mas sim aos quatro cantos do mundo ou, pelo menos, a todas as comunidades por aí espalhadas que falam Português e que contactam com a comunidade chinesa.
“A ponte que se quer criar é com a comunidade lusa, nomeadamente o Brasil e os países africanos que estão neste momento em profundos contactos com a China”, informa. É que, de acordo com o autor, o conhecimento destas pessoas em relação ao tema é superficial, paralelo até.
“A comunidade local que cá está tem, provavelmente, algum contacto com a cultura chinesa, mas este não é muito profundo. O livro explica várias coisas, como a origem dos nomes chineses, algo que à comunidade portuguesa não diz nada”, argumenta o médico especialista. “Mesmo durante a Administração portuguesa, as pessoas tinham conhecimentos das coisas, mas de forma paralela e esta é a tal ponte para perceber como é que os chineses são, como é que gostam de ser tratados e quais são as hierarquias chinesas”, acrescentou, em conversa com o HM.
A obra é inteiramente escrita em Língua Portuguesa, mas compreende uma série de caracteres e frases em Chinês, como são provérbios. Shee Vá aterrou em Macau pela primeira vez em 1982, onde trabalhou até 85. Um interregno de seis anos em Portugal valeu-lhe a especialidade em Gastrenterologia e alguma experiência, para em 1991 voltar ao território. No entanto, o médico esteve outro par de anos fora para voltar recentemente, com a bagagem da experiência na área da Medicina e pronto para lançar um novo livro, que orgulhosamente apelida de romance.

9 Set 2015

Toastmasters | Criado grupo em Português com sessões na FRC

[dropcap style=’circle’]N[/dropcap]ão seria surpresa falar no clube Toastmasters em Macau. Novidade é falar num grupo deste tipo dedicado exclusivamente à Língua Portuguesa no território.
“A ideia surgiu para divulgar a Língua Portuguesa em Macau”, começa por contar Pamela Ieong, membro da organização do Toastmasters Português de Macau.
As 30 vagas disponíveis para pertencer ao grupo – cada grupo só poderá ter este número de membros – ainda não estão totalmente preenchidas, mas a organização pensa que em pouco tempo isso deixará de acontecer. Em caso de não existirem mais vagas, no futuro, será sempre possível iniciar-se outro grupo.
Respeitando os moldes que o Toastmasters Internacional indica, este grupo tem como principal objectivo formar líderes desenvolvendo e estimulando as capacidades das pessoas na comunicação – falar, ouvir e pensar. Presente em mais de 113 países, este novo clube organiza-se em duas sessões mensais, todas as primeiras e terceiras terças-feiras de cada mês, às 19h15 nas instalações da Fundação Rui Cunha.
No programa existem várias modalidades: discursos preparados seguindo um tema, discursos de improviso e a avaliação entre os próprios membros. Existem ainda dois manuais que servem de guia.
“Temos dois manuais, um é para comunicação, e os membros seguem as directrizes para atingirem os objectivos de cada nível”, continua Pamela Ieong. “Os membros aprendem técnicas da comunicação, tais como saber controlar o tempo quando estão a fazer um discurso e [saber] o vocabulário, os pormenores e elementos a que devem dar atenção”, explica.
Neste momento, o grupo ainda espera a oficialização e está a dar os primeiros passos. Algumas sessões contam com mais ou menos participantes, mas um grupo do Toastmasters Português criado no WeChat conta já com 30 pessoas. Existe também um grupo criado no Facebook, que poderá ser a forma de contacto com a organização pelos interessados. A quota anual é de 600 patacas e os manuais custam 250 patacas cada, sendo necessária a sua compra.

8 Set 2015

CRED-DM | Curso de Português Jurídico em quarta edição

[dropcap style=’circle’]C[/dropcap]omeçou em 2011 e tem sido um sucesso. A formação de Português Jurídico, da organização do CRED-DM – Centro de Reflexão, Estudo e Difusão do Direito de Macau da Fundação Rui Cunha, é totalmente dirigida a alunos ou formandos chineses que dominem o Português e arranca agora para a quarta edição.
“O que se pretende é transmitir-lhes conceitos e princípios básicos do Direito de Macau, desmistificando uma série de figuras jurídicas que no Direito Português têm significados diferentes que, ao fazer-se a tradução para Inglês, vão ter a uma só figura jurídica”, explica Filipa Guadalupe, coordenadora da formação. Filipa Guadalupe
O curso começa já no próximo dia 15 de Setembro e conta com 30 vagas, sendo que mais de metade já está ocupada. Recorrendo a uma parte muito prática, a jurista, juntamente com o advogado Óscar Madureira, vai uma vez mais “desmistificar de uma forma simples o Direito, usando uma técnica muito visual, com muitas imagens e exemplos práticos”.
Da experiência de anos anteriores, a coordenadora explica que este é um curso para todos, mas é muito procurado por tradutores, juristas da Função Pública, advogados estagiários e estudantes de mestrado.
“É um curso muito prático, com muitas interacção entre coordenadores e alunos”, afirma, adiantando que o curso que agora começa estará dividido em duas partes. “Nesta primeira parte, até final de Novembro, serão dados conceitos de Direito Civil e Processo Civil e as noções básicas da Lei Básica e da organização administrativa e judiciária”, enumera. Em Janeiro, começará a segunda parte da formação que se irá debruçar sobre o Direito Penal e Processo Penal e Direito Comercial.
As inscrições podem ser feitas junto do CRED-DM, sendo que o curso tem a duração de 18 horas, acontecendo às segundas e quartas-feiras, e é gratuito.

8 Set 2015

Cinema | Realizador português aclamado em Veneza

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]jovem realizador português João Salaviza continua a marcar pontos junto da crítica internacional, com o novo filme – “Montanha” – a valer-lhe calorosas críticas na cidade italiana dos canais e do amor, Veneza. A seguir ao Festival de Cannes, a Semana da Crítica do Festival de Veneza é, para o Diário de Notícias, o evento de Cinema mais completo e interessante. Foi aí mesmo que o talento de Salaviza voltou a ter atenções redobradas, depois do lançamento, em 2009 e 2012, de “Arena” e “Rafa”. O novo filme do cineasta é também a sua primeira longa-metragem e a estreia teve lugar ontem, no referido festival italiano. A obra deve chegar às salas de cinema portuguesas a 12 de Novembro. joão salaviza
A nova longa-metragem de João Salaviza foi rodada entre prédios do bairro dos Olivais, ruas alfacinhas sem nomes definidos e uma adolescência em fim de vida. Embora uma pesquisa rápida pela internet não permita encontrar um trailer de qualidade desta obra, a história enternece qualquer coração, mais que não seja pela reflexão de temas como o amor, a traição e a dor própria de todo o ser humano que simplesmente deixa de ser criança. Com recurso a uma câmara de 33mm que se passeia por entre ruas e becos lisboetas, “Montanha” é protagonizado por David Mourato, referido pelo DN como um dos próximos “grandes actores” portugueses. De 14 anos, conta a história de um rapaz de nome homónimo e as relações que mantém com uma mãe ausente e um avô adoentado. Para lá disso, está um triângulo amoroso com o seu melhor amigo, Rafa – protagonista da curta “Rafa”, do mesmo autor – e Paulinha, que coincidência ou não, é vizinha de David. “David está naquela última etapa da adolescência. E dispara para todos os lados, ninguém o controla”, escreve o DN.

O que é de todos os dias

Para quem já viu a obra, o cineasta parece estar mais preocupado com a descrição quotidiana do que é crescer do que com a premissa clássica do cinema de que toda a história obriga a um princípio, meio e fim.
“Há mil e uma ideias de cinema que dão planos milagrosos, quase na ordem do transe – ninguém filma concertos daquela maneira, ninguém filma a tensão sexual daquela maneira”, destaca o diário português DN.
Numa entrevista de Janeiro passado, Salaviza conta que não há grandes referências a elementos digitais da presente era, mas sim de tempos antigos, explica. Um dos exemplos é a cena, já tornada pública, em que o trio de amigos está no sofá à conversa e com a televisão ligada: de acordo com o realizador, esta não transmite qualquer programa específico, mas sim uma mistura de sons pensada à priori. A origem da inspiração é muitas vezes desconhecida, caso esse que aqui se verifica. No entanto, há em “Montanha” uma subtil referência – ainda que inconsciente – a “Fúria de Viver”, filme de 1955 protagonizado por James Dean, lenda do cinema norte-americano. “[A personagem principal] não é inspirada no James Dean, mas há semelhanças físicas, é um tipo bonito a quem corre tudo mal, um tipo que, mais do que interagir com o mundo, deambula por ele, pelos seus tempos e lugares”, responde Salaviza.

8 Set 2015

Casa Garden | World Press Photo 2015 acontece em Outubro

Este ano, as problemáticas contemporâneas estão no centro do World Press Photo, o maior concurso de fotojornalismo do mundo. A 58.ª edição conta com transsexualidade, relações amorosas e trabalho fabril no pódio. A mostra vai estar em Macau entre 10 de Outubro e 1 de Novembro na Casa Garden

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Casa Garden é novamente palco da exposição itinerante do World Press Photo 2015, mostra de fotografia a nível mundial. O vencedor desta 58.ª edição é o dinamarquês Mads Nissen, um jornalista do jornal diário Politiken, representado pela Panos Pictures.
A exposição, organizada pela Fundação Oriente, acontece entre 10 de Outubro e 1 de Novembro. Este “concurso anual de fotografia jornalística” conta com o apoio da Casa de Portugal. Este ano, participaram na competição quase 5700 fotógrafos profissionais de 131 países, incluindo Austrália, Bangladesh, Dinamarca, China, Bélgica, Eritreia, França, Irlanda, Polónia, EUA, Reino Unido, Turquia e Suécia. world press photo
A fotografia vencedora mostra Jon e Alex, um casal homossexual, num momento íntimo em São Petersburgo, na Rússia. “As minorias sexuais enfrentam discriminações de ordem social e legal, assédio e mesmo ataques violentos de ódio por parte de grupos conservadores nacionais e religiosos”, explica a Fundação em comunicado. A fotografia seleccionada está integrada num projecto pessoal de Nissen, destinado à Scanpix. O dinamarquês ganhou ainda o primeiro lugar no prémio Contemporary Issues.
As películas premiadas são apresentadas em exposições numa centena de cidades por mais de 45 países. As pessoas têm ainda direito a fazer download de uma aplicação móvel gratuita, através da qual é possível aceder às fotografias em nove línguas, conhecer a história de cada uma delas, ter acesso a testemunho dos fotógrafos e outros trabalhos dos autores.

Mundo contemporâneo

As três obras principais inserem-se na temática da presente edição – “Problemáticas Contemporâneas”. Na exposição são assim abordados conceitos relacionados com a orientação sexual ou a fuga de países em guerra.
O segundo prémio foi atribuído ao fotógrafo chinês Ronghui Chen, por ter captado um trabalhador fabril em Yiwu, munido de um chapéu de Pai Natal. A cor encarnada do adereço funciona como acessório à própria fotografia, que coloca o jovem trabalhador numa luz também ela vermelha, junto ao material que utiliza.
O terceiro galardão foi parar às mãos do italiano Fulvio Bugani, fotógrafo há mais de 15 anos e com uma série de trabalhos feitos em associação com organizações não governamentais e de ajuda aos desfavorecidos, incluindo a Amnistia Internacional. A fotografia que valeu o prémio a Bugani faz parte de uma série que versa sobre a problemática da transsexualidade na Indonésia, onde este grupo é apelidado de “waria”, nome que aglutina “homem” e “mulher” na mesma frase. A película em questão não tem cor e mostra várias mulheres originárias daquele país à porta da Pesantren Waria Al Fatah, uma escola inteiramente dedicada aos transsexuais, em Java.

8 Set 2015

Documentário | Jornalista português retrata origens da “Última Religião”

Hugo Pinto, jornalista português radicado em Macau, esteve no Brasil para documentar a doutrina de Auguste Comte, que trabalha o conhecimento como uma religião

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]jornalista português Hugo Pinto retratou em documentário as origens, o culto e a minoria seguidora da “Última Religião” – a da Humanidade –, com marca em símbolos nacionais do Brasil onde figura, aliás, um último reduto. O documentário de estreia do jornalista radicado em Macau, de 35 anos, versa sobre Religião da Humanidade, sem Deus e dos Homens, concebida pelo filósofo francês Auguste Comte, no século XIX, que tem o único “templo” de portas abertas na cidade brasileira de Porto Alegre.
“O tema congrega quase todas as minhas áreas de interesse: a Filosofia, a Religião, a Ciência e a História. Depois, sempre me fascinou o interesse que Auguste Comte tinha em criar uma ciência da organização da sociedade e a forma como pensou todos os seus elementos estruturantes”, explicou Hugo Pinto à agência Lusa. hugo pinto
O documentário foi filmado no Brasil, onde Hugo Pinto esteve aproximadamente um mês para conhecer a influência de uma religião, em cujos princípios Hugo Pinto vê actualidade: “Há ideias que fazem sentido, que se mantêm muito oportunas, como o altruísmo, um termo que o próprio cunhou”.
A doutrina positivista de Comte influenciou inclusive a própria História do Brasil, onde tem hoje o último bastião. “Estiveram na Proclamação da República e até desenharam a bandeira nacional, no entanto, poucos conhecem a importância histórica dos positivistas”, ignorando, por exemplo, que “a ‘Ordem e Progresso’ é um lema do positivismo”.
“A doutrina, em voga na ala militar, cujo movimento levou à proclamação da República, teve em Miguel Lemos e em Raimundo Teixeira Mendes, dois intelectuais que foram estudar para Paris, então centro do mundo, os grandes promotores das ideias positivistas”, importadas, portanto, pelas elites para um Brasil carente de reformas e ávido de mudança.
“Quando regressaram, primeiro criaram o apostolado positivista, mais tarde, a igreja positivista do Brasil, e esse foi o grande centro difusor. Imprimiram centenas de panfletos, explicando as ideias e abordando diversos temas, como a importância da laicidade, do respeito pelas populações indígenas, (…), das leis trabalhistas. Todas estas são conquistas que reclamam como grandes legados deixados pelos positivistas”, observa.

Impressões e fascínios

Um dos aspectos que surpreendeu o jornalista de Macau foi o facto de ideais como a laicidade terem penetrado num país maioritariamente católico que tem, aliás, o Cristo Redentor como um dos principais símbolos. “Foi outro dos motivos pelos quais esta história me fascinou, porque é, de facto, um terreno imensamente fértil para as religiões, até para a da Humanidade”.
Comte “acreditava que o mundo só poderia ser explicado pela ciência e que a Fé seria substituída pela Razão”, rejeitava um Deus sobrenatural, mas reconhecia na religião “um papel importante de união em torno de uma ideia comum e uma ordem moral contra a anarquia do egoísmo”.

[quote_box_left]“O tema congrega quase todas as minhas áreas de interesse: a Filosofia, a Religião, a Ciência e a História”[/quote_box_left]

Contudo, ressalva Hugo Pinto, o filósofo francês imaginou que pelo mundo fora seriam erigidos Templos da Humanidade, mas isso só aconteceu no Brasil e em duas cidades: Rio de Janeiro e Porto Alegre. Hoje, apenas os pilares de um se encontram de pé, frequentado por poucas dezenas de “fiéis”.
“A Última Religião” dá a conhecer “as ideias e as pessoas que, hoje, ainda defendem e acreditam num mundo mais dominado pelo conhecimento e pelo altruísmo como formas de combater dois dos maiores problemas à escala global: o fundamentalismo religioso e os horizontes fechados do capitalismo”, disse.
Hugo Pinto prepara-se agora para lançar a produção independente, que contou com a realizadora portuguesa Luísa Sequeira, no circuito dos festivais, sem esconder a natural preferência por salas do Brasil, Europa e Ásia.
Questionado se acabou por se render à doutrina, o jornalista responde: “Comte diz que todos somos positivistas, mas em graus diferentes”.

7 Set 2015

Lloyd Cole cancela concertos em Portugal

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] músico britânico Lloyd Cole cancelou os concertos que tinha agendado este mês em Braga e em Lisboa com músicos portugueses, alegando que não conseguiu preparar o espetáculo planeado, revelou o Teatro Maria Matos.
Lloyd Cole iria interpretar temas eletrónicos, feitos com sintetizadores modulares, em Berlim, com Hans-Joachim Roedelius, e em Portugal, com músicos portugueses. No dia 16 estaria no GNRation, em Braga, com Miguel Pedro e António Rafael, e no dia 22 no Maria Matos, em Lisboa, com André Gonçalves, Nuno Moita e Luís Desirat.
“Têm existido problemas técnicos, muitos, mas a raiz do problema é interna e de processo mental”, afirma Lloyd Cole num comunicado enviado pelo teatro municipal, explicando que a preparação do espetáculo estava a demorar mais tempo do que o previsto.
“No final, fui incapaz de traduzir este processo num espetáculo ao vivo que pudesse levar em digressão, com múltiplas peças consecutivas de sintetizadores, como tinha originalmente planeado”, explicou.
Lloyd Cole tem 54 anos e é um dos nomes do indie pop britânico, que ficou conhecido sobretudo nos anos 1980 com os The Commotions. Depois do fim da banda, em 1989, o músico seguiu uma carreira a solo, entre canções elétricas e acústicas, sem esquecer a discografia antiga.
Agora, apresentaria uma faceta menos conhecida, a da composição de música eletrónica, que mantém também desde a década de 1980, quando comprou o primeiro de vários sintetizadores.
Em entrevista esta semana ao jornal britânico Guardian, Lloyd Cole lamentava-se de ter vendido todos os sintetizadores quando os computadores se impuseram no trabalho de estúdio, e que por isso estava a construir um sintetizador modular, a pensar nos concertos em Berlim e em Portugal.
Atualmente a viver nos Estados Unidos, Lloyd Cole editou o último álbum, “Standards”, em 2013.
Este ano foi também feita uma edição completa do trabalho com The Commotions, intitulada “Commotions Collected Recordings 1983-1989”.

4 Set 2015

Ópera | Concerto gratuito para festejar retorno à Pátria

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] Cinema Alegria acolhe um concerto da Ópera de Pequim às 20h00 deste sábado, com o aniversário do Retorno de Macau à Pátria como mote. O espectáculo é gratuito e organizado pela Fundação Artística de Ópera Chinesa da China e pela Fundação Macau, pelo que os interessados podem adquirir bilhetes até às 18h00 de hoje. Este ano celebra-se o 16º aniversário de criação da RAEM, em Dezembro de 1999. A Fundação Artística de Ópera Chinesa da China existe com o objectivo de promover o gosto e conhecimento da população por este estilo musical, que faz já parte da cultura deste país. Em 2009, o colectivo foi convidado pela Fundação Macau para trazer a Macau o Grupo Juvenil da Ópera de Pequim da China e o Grupo de Arte da Ópera de Pequim da China para espectáculos deste género musical. O concerto deste ano conta com a participação do grupo referido, proveniente da província de Hubei. Em palco serão apresentadas as peças clássicas ‘Cobra Branca’ e ‘Rei Macaco’. Cada residente pode adquirir um máximo de quatro bilhetes, contactando o Centro UNESCO.

4 Set 2015

Concerto | Saxofonistas invadem Fundação Rui Cunha

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] Fundação Rui Cunha apresenta amanhã um concerto de jazz que dá primazia ao saxofone, instrumento de sopro vastamente usado neste estilo musical. Chakseng Lam foi o protagonista do mais recente concerto no local, sendo este um jovem local a prosseguir estudos no Conservatório de Haia. Ao lado de Chakseng tocam outros dois saxofonistas, Seng Fat Lao e Alex Cheng. Para completar o quinteto, estão Derrick Huang e Fu Chan. O concerto acontece às 21h00 e tem entrada livre.

4 Set 2015

IPOR | Encontro sobre Português na próxima semana

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] Instituto Português do Oriente (IPOR) é palco, este mês, do Encontro de Pontos de Rede de Ensino de Língua Portuguesa na Ásia, “uma acção estratégica” na promoção do Português na região, defendeu o director do IPOR, João Neves.
“O IPOR volta a conferir, por recomendação dos seus associados, uma dimensão regional à sua acção, na coordenação de projectos de promoção da Língua Portuguesa e vamos, nesse sentido, reunir em Macau representantes da rede de Ensino de Português no Estrangeiro da Coreia do Sul, Índia, Indonésia, China, Tailândia e Vietname”, explicou João Neves.

Definir estratégias

Para o director do IPOR, este encontro, que decorre entre 10 e 12 de Setembro, é, desde logo, “extremamente importante para uma partilha de experiências e de abordagens ao ensino da língua e da cultura” e, por outro lado, uma “forma de conhecimento das realidades de cada contexto que é fundamental para a definição de uma estratégia colaborativa em torno da formação em Língua Portuguesa”.
O encontro de Macau tem, assim, como principais objectivos “partilhar reflexões e experiências de ensino de Português como língua estrangeira nos diferentes contextos e, sobretudo, promover a criação de uma rede que coloque em interacção agentes de promoção do Português nestes países, focada no desenvolvimento de projectos e actividades colaborativas”, disse.
João Neves acrescentou também que esta intervenção do IPOR, que conta com a colaboração do Instituto Camões, se insere no “compromisso assumido pela instituição e os seus associados de procurar fornecer contributos ao reforço do papel de Macau como plataforma para o ensino do Português na região Ásia-Pacífico e âncora para redes de colaboração envolvendo diferentes actores regionais”.

4 Set 2015

Concerto | Iraniano Kayhan Kalhor sexta-feira CCM

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] músico iraniano Kayhan Kalhor, conhecido como “o compositor e mestre iraniano de Kamancheh”, actua com a sua banda no Grande Auditório do Centro Cultural de Macau (CCM) às 20h00 da próxima sexta-feira. O Kamancheh é um instrumento de cordas semelhante a uma viola que junta as culturas persa e indiana e a sua sonoridade encontra-se presente nos estilos musicais curdo, turco, arménio e do Azerbaijão. Kalhor foi nomeado quatro vezes para os prémios Grammy e, de acordo com a organização, é “hoje uma força criativa na cena musical” por ter democratizado o conhecimento da música persa no mundo ocidental. sandeep das
O músico, que tem estudos sobre música de várias zonas do Irão, fez parte de digressões mundiais enquanto solista de colectivos como a Filarmónica de Nova Iorque ou a Orquestra Nacional de Lyon. O artista é também co-fundador dos conhecidos grupos Dastan, Ghazal: Improvisações Persas e Indianas e Mestres da Música Persa. De acordo com o CCM, Kalhor compôs peças para conhecidos artistas iranianos e para televisão e cinema, incluindo a banda sonora do filme de Francis Ford Copolla, Youth Without Youth. A sua mais recente actuação no território teve lugar em 2010, quando tocou no projecto Silk Road, de Yo Yo Ma.

Outras cordas

O autor vai tocar com Narendra Mishra, famoso pela sua interpretação de sitar, um instrumento de cordas da família do alaúde. Mishra começou, segundo comunicado do CCM, a dar concerto com apenas dez anos de idade, concluindo os seus estudos com o mestre deste instrumento, Ustad Vilayat Hussain Khan. “O seu talento reflectiu-se no seu trabalho dedicado e na sua devoção à sitar clássica”, escreve o CCM. Pandit_Narendra_Mishra_2Narendra Mishra tocou também no Jubileu de Ouro da Rainha de Inglaterra em 2002 e foi convidado actuar no Festival de Música de Leeds, no Reino Unido. Aos dois juntam-se Ali Bahrami Fard, ao comando de um santour, e Sandeep Das, com uma tabla. Um santour é originalmente persa e é também um instrumento de cordas. Já a tabla é de percussão e assemelha-se a um tambor, sendo particularmente famoso da Índia.

Alimento espiritual

De acordo com o CCM, “na cultura tradicional persa, a música funciona como uma ferramenta espiritual”. É, assim, um meio para a mente “explorar, meditar e para exaltar a alegria” da vida. “Adicione-se uma dose de misticismo e somos transportados para um plano de existência muito mais elevado”, acrescenta a organização. “A improvisação e a composição são ambas importantes quando se faz música e, como anteriormente mencionado, Kalhor é um mestre da improvisação, capaz de passagens contemplativas bem como de demonstrações de virtuosismo. Como ele lidera um ensemble que abrange as tradições indiana e persa, os seus companheiros musicais vão responder às suas improvisações com os seus próprios rasgos, assim contribuindo para esta extraordinária viagem musical asiática”, destaca.

Destaque

1 Set 2015

Animação | Dez produções internacionais no CCM

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] festival anual de animação AniMacau acontece este ano entre 16 e 25 de Outubro e vai, pelas mãos do Centro Cultural de Macau (CCM), dar a conhecer 10 novas produções, duas delas dedicadas aos mais novos. “Para além do além” e “O 7º anão” são histórias para crianças, a primeira versando sobre o coelho Johan, que parte numa aventura em busca da sua mãe. O filme foi nomeado para um Urso de Cristal no Festival Internacional de Cinema de Berlim, no ano passado.
“O 7º Anão” dá a conhecer “uma mescla hilariante de personagens” dos contos de fadas, incluindo a Cinderela, o Capuchinho Vermelho e a Branca de Neve. Todos num só filme. Para todas as idades, o CCM disponibiliza “Os Moomins na Riviera”, com personagens clássicas de banda desenhada criadas pelos finlandeses Tove e Lars Jansson. PosEso
Já o realizador argentino, Juan José Campanella traz a Macau “Matrecos”, uma história que faz uso da imaginação para criar um mundo onde os jogadores de matraquilhos ganham vida e são heróis em salvação de uma cidade. Campanella é o realizador da famosa obra de 2009, “O Segredo dos seus Olhos”. Da região francesa de Annecy chega “O Menino e o Mundo”, vencedor do Festival Internacional de Cinema Animado daquela localidade. O filme utiliza desenhos que parece pintados a lápis-de-cor, transportando o público para “um mundo mágico”, informa o CCM. Finalmente, voa da Coreia do Sul a película intitulada “Mais claro do que parece”, produção que alia quatro histórias “descontraídas e refrescantes”.

Ser criança para sempre

Para um público mais amadurecido, o AniMacau apresenta “O Congresso”, do realizador Ari Folman. O filme caracteriza-se como um “híbrido de animação e imagem real” produzido em França e interpretado pelos grandes nomes do cinema norte-americano, Robin Wright, Harvey Keitel e Danny Huston. A obra estreou-se em 2013 em Cannes e ali realidade à ficção. É Wright quem protagoniza a película na pele de si própria. A história torna-se ficção no momento em que um estudo de cinema de Hollywood pede à actriz que venda a sua identidade do cinema para mais tarde ser digitalizada e usada de forma ilimitada. O contrato entre as duas entidades tem uma particularidade: Wright nunca envelhecerá no holograma, mas 20 anos depois de ter sido assinado, a actriz e o mundo já não são a mesma coisa. A película gira em volta dos conceitos de velhice e era digital, criando o debate sobre até quando dura a beleza. phpThumb
Do Japão surge “Patema Invertida”, uma “uma aventura de ficção científica que utiliza um conceito semelhante a ‘Upside Down’, filme que explora o amor entre duas pessoas que vivem em mundos gravitacionais opostos.
O AniMacau guarda ainda lugar para a comédia de terror “Pos Eso”. Filmada em stop-motion e produzida em Espanha, fala de doenças mentais e possessões do espírito. Finalmente, surge da Letónia “Pedras nos Bolsos”, um retrato que fala de “mentes muito peculiares”.

1 Set 2015

OM inaugura temporada com pianista Zhang Haochen

[dropcap style=’circle’]É[/dropcap] com o pianista jovem em ascensão, Zhang Haochen, que a Orquestra de Macau dá início à temporada de concertos 2015-2016. O espectáculo acontece às 20h00 da próxima sexta-feira, na Torre de Macau. O IC considera que o pianista é o “mais brilhante da sua geração”, preparando-se para interpretar Concerto para Piano e Orquestra nº1 em Mi bemol Maior, de Franz Liszt, sem esquecer uma sinfonia de Anton Bruckner.
“Ambas as obras-primas irão mostrar plenamente o estilo da cultura musical europeia de meados e finais do século XIX”, assegura a organização. Zhang tem apenas 23 anos, mas já arrecadou o Ouro no 13º Concurso Internacional de Piano Van Cliburn, em 2009. “[Zhang] tem cativado públicos nos EUA, Europa e Ásia devido à sua combinação única de sensibilidade musical profunda, imaginação destemida e espectacular virtuosismo”, informa o IC. Haochen Zhang
Há três anos, o pianista chinês estreou-se no Festival de Piano La Roque D’Antheron e a sua performance foi positivamente criticada. Em Abril de 2013, fez a sua estreia com a Filarmónica de Munique sob a direcção do Maestro Lorin Maazel, seguida por uma digressão esgotada em quatro cidade chinesas. A actuação de Zhang Haochen foi aclamada pelo Dallas Morning News como “o tipo de programa que seria de esperar de um mestre experiente, servido com virtuosismo deslumbrante onde desejado e sofisticação surpreendente” e aclamado entre as dez actuações de topo de 2010 tanto pelo Dallas Morning News como pelo Fort Worth Star-Telegram. Os bilhetes para o concerto custam entre 100 e 350 patacas e já estão à venda, havendo espaço para descontos.

31 Ago 2015

Festival Internacional de Jazz de Macau no Lion’s

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] 15ª Edição do Festival Internacional de Jazz acontece já nos próximos dias 18 e 19 de Setembro, sexta-feira e sábado, e será o palco do bar The Lion’s, no casino MGM, que irá receber uma lista bem recheada de músicos internacionais deste género musical.
Para os amantes, ou só apreciadores, de Jazz, poderão contar com a actuação do famoso pianista Dave Kikoski (fazendo-se acompanhar com a banda), artista premiado com um Grammy. O pianista irá actuar na sexta-feira depois da banda de jazz local, The Bridge, e a banda do Conservatório de Jazz de Macau, fazerem as honras da casa.
A noite de sábado abre com a banda da Associação de Promoção de Jazz de Macau que homenageia o músico Lee Ritenour – também ele acompanhado por músicos convidados. Lee Ritenour, guitarrista, começou a sua carreira musical ainda muito jovem , conquistando uma legião de fãs e criando um percurso invejável, tornando-se um ícone do Jazz. Com mais de 40 álbuns no seu repertório, em participações ou de originais, o músico foi nomeado para os prémios Grammy 19 vezes.
De Portugal surge Zé Eduardo, fundador do Lisbon’s Hot Club, como convidado especial. O festival é organizado pelo Club de Jazz de Macau, associação que celebra 30 anos, e é apoiado pela Fundação Oriente. Os concertos estão agendados para as 21horas e existem diferentes preços para os bilhetes, sendo que na sexta-feira têm um custo de 280 patacas e no sábado de 380 patacas, havendo ainda a possibilidade de comprar o pacote dos dois dias por 580 patacas no total. Para reservas é possível contactar a organização através do contacto: +853 8802 2376.

31 Ago 2015

Jovens premiados em Olimpíadas de técnicas profissionais no Brasil

[dropcap style=+circle’]F[/dropcap]oram dez, os residentes locais que venceram medalhas de excelência na 43ª Competição Mundial de Aptidão Profissional na cidade brasileira de São Paulo. A delegação local foi liderada pelos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) e integrava 45 pessoas, das quais 17 eram concorrentes inscritos em 15 modalidades diferentes. O concurso assemelha-se às Olimpíadas, mas avalia talento na área das técnicas profissionais mundiais e que vão da Gastronomia à Moda, passando pela Engenharia Eléctrica e Informática.
“[O objectivo é] permitir aos jovens peritos de diferentes partes do mundo competir nas suas técnicas e, ao mesmo tempo, fornecer uma plataforma de intercâmbio às instituições de formação de diferentes partes do mundo, adquirindo assim novas experiências na formação”, explica a DSAL em comunicado. A presente edição integrou 50 diferentes modalidades e 1189 concorrentes, com mais de 200 mil espectadores durante os quatro dias de provas. As medalhas de desempenho excelente foram obtidas por Lo Wai Hou na modalidade de ‘instalação do sistema eléctrico’, Kou Cheng Man em ‘vestuário de moda’, Ku Weng Tong em ‘arranjos florais’, Chou Hoi Fu em ‘gestão do sistema de rede do computador’, Lo Kin Ian em ‘aplicação de programas informáticos na área comercial’, Kuok Chi Fong e Law Man Kit em ‘mecatrónica’, Leong Un Pek em ‘fabrico de doce/pastelaria’ e Ho Ka Chon em ‘design de página electrónica’. A concorrente Kou Cheng Man da modalidade de “vestuário de moda” também obteve a medalha com melhor resultado de Macau”, informa o mesmo comunicado.
Técnica e logisticamente, os concorrentes foram apoiados pela Universidade de Macau, pelo Instituto de Formação Turística, pelo Centro de Produtividade e Transferência de Tecnologia de Macau, entre outras entidades. Os concorrentes tiveram ainda oportunidade de aperfeiçoar os seus conhecimentos com um grupo de peritos da DSAL, especialmente destacado para os preparar para as provas.
Leonor Sá Machado

31 Ago 2015

Exposição | Vitória contra o Japão celebrada com documentação da época

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] Museu das Ofertas sobre a Transferência de Soberania de Macau inaugura, às 10h00 da próxima terça-feira, uma exposição de comemoração do 70º aniversário da Vitória da Guerra de Resistência do Povo Chinês contra o Japão. A mostra vai estar patente até 28 de Setembro e foca-se no retrato da vida de então em Macau. Prova disso são as 80 peças e 210 fotografias em exposição, “as quais apresentam a vida árdua da população de Macau naquele período e como as pessoas apoiaram a resistência durante a guerra”. O projecto documental pretende dar a conhecer a cidade há 70 anos, principalmente aos mais novos.
De acordo com Victor Chan, porta-voz do Governo, a mostra estará dividida numa série de partes integradas em duas grandes temáticas: a resistência ao Japão e “os esforços das diversas camadas da sociedade na resistência” à guerra. No entanto, o presidente do Instituto Cultural, Guilherme Ung Vai Meng, vai mais longe, informando que o referido evento conta com objectos emblemáticos como são um antigo relógio de bolso, propriedade de um residente que o levava sempre para o combate.

A sapiência da escassez

Da documentação em exposição fazem parte testemunhos actuais recolhidos pelo IC junto de pessoas idosas residentes. O Instituto acredita que, tendo vivido durante este período, têm histórias valiosas para contar. Estará ainda exposta a colecção de um outro residente, que foi recolhendo, em vida, uma série de documentação e objectos dessa altura, posteriormente doando-os ao IC. Ung Vai Meng explicou que parte da mostra ilustra períodos de sofrimento dos residentes locais, como a fome. A entrada e aceitação de centenas de refugiados chineses em Macau fez com que a proporção de bens existentes não cobrisse a percentagem de pessoas.
A Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) promete mesmo guardar algumas destas peças, para depois do encerramento no Museu, ser possível criar uma exposição itinerante no circuito das escolas locais. De acordo com a directora substituta da DSEJ, Kuok Sio Lai, foram já escolhidos “mais de 200 alunos” para participar na parada de comemoração. “Pretendemos escolher algumas das fotografias da exposição para criar uma itinerante”, assegurou a responsável.
O orçamento para a mostra naquele museu fica-se pelos 1,3 milhões de patacas, mas é desconhecido o orçamento total do festejo, que inclui outras actividades como são uma parada no Tap Seac. O local vai ainda contar com a transmissão, em directo, da marcha comemorativa em Pequim. Foi durante a mesma conferência que Ung Vai Meng anunciou a abertura oficial ao público da Biblioteca Central da Taipa, às 15h00 da próxima terça. Actualmente, o espaço encontra-se aberto, mas apenas a título experimental (ver peça ao lado).

31 Ago 2015

I had a dream | Exposição positivamente vandalizada

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] exposição do publicitário Henrique Silva, mais conhecido por Bibito, de fotomontagens de figuras públicas da história do mundo, tais como o Presidente da República Cavaco Silva, o ditador Hitler, ou Mao Tsé Tung, foi “positivamente” vandalizada. Não é um erro. A reacção dos vândalos é vista pelo próprio artista como algo positivo, apesar do mesmo assumir que nunca pensou que alguém tivesse a coragem de reagir.
Partindo do princípio que a mostra é “um trabalho que se baseia na provocação”, a exposição “I had a Dream – Eu tive um sonho mau” brinca, por um lado, com a expressão de Luther King “I have a dream” em contraponto com os sonhos destas pessoas que o artista representa ou interpreta. “Elas também tiveram um sonho, uma visão, só que era mau”, explica. Bibito
“Estou contente que alguém se tenha insurgido e vandalizado a galeria, não que queira fazer o incitamento a tais actos, mas gostei de ver que alguém actuou contra algo que o revoltava. Seja estupidez e ignorância – como muita gente o acusou no meu Facebook – ou seja porque for, actuou. Para um país tão orgulhoso dos seus brandos costumes, achei o máximo”, argumentou o artista.
O objectivo da exposição era claro: agarrar em imagens e estereótipos que representam o lado menos bom de cada um de nós e “de algum modo recontextualizar de uma forma humorística e ligeira”.
A intenção do publicitário era a de criar uma reacção, seja ela qual fosse, nas pessoas. Para Bibito é preciso que a sociedade consiga libertar-se do tabu e de um passado de peso. É preciso viver “melhor com o passado, sem ressentimentos, sem ressabiamentos”. Viver agarrado a esse lado negro, diz, traz sempre complexos e outras coisas como a intolerância ou vinganças.

Erros de avaliação

Os vidros da galeria Passevite, na freguesia de Arroios, encheram-se de rabiscos em cor laranja com insultos, mas nada que preocupe os proprietários do espaço. “Isto foi um acto isolado, acreditamos que tenha sido feito entre as cinco ou seis horas da madrugada. Quem o fez só olhou para a montra, não percebeu que a imagem do Hitler tinha a cara do Bibito, que foi manipulada. Foi alguém que não veio com certeza conhecer a exposição na sua íntegra. Passou, olhou, viu o Hitler achou que seria uma espécie de culto ao chefe e fez isto”, contou ao HM, Rui Lourenço, um dos quatro sócios da Passevite.
Exposta desde o início do mês, I had a dream termina já no próximo fim-de-semana e foi recebida de forma muito positiva por quem a visitou. “Do ponto de vista das pessoas que iam passando a reacção nunca foi negativa, antes pelo contrário, as pessoas olhavam, espreitavam e riam-se, isto pelo seu carácter provocatório e o humor característico do Bibito”, acrescentou. VANDALISMO
Questionado sobre a possibilidade de expor em Macau, e criar novas figuras deste mundo oriental, Bibito não fecha a porta. “Não sei. Talvez se houvesse um convite. No entanto, por um lado, e estando grande parte do trabalho baseado na minha realidade, acho que o impacto que tem no nosso ‘ocidente’ seria completamente diferente do que teria em Macau, por outro, não sei até que ponto me sentiria confortável para ironizar líderes ou personagens locais, não que não seja permitido, mas as reacções seriam diferentes”, explica. Ainda assim é algo a pensar “na altura e conforme o contexto”.

28 Ago 2015

Plácido Domingo este sábado no Centro Cultural

“A ópera é a nossa vida”

Esteve para vir a Macau em 1999, mas tinha a agenda cheia. Sábado o território volta a traçar o destino daquele que é considerado “um dos três tenores”. Plácido Domingo anseia conhecer o Teatro D.Pedro V, falou do crescimento da ópera na China e não deixou de comentar a recente crise na bolsa de Xangai

[dropcap style=’circle’]P[/dropcap]lácido Domingo chega com roupas de cores cinzentas, que contrastam com a sua pose descontraída, e canta um pouco enquanto os jornalistas tiram a fotografia da praxe. Perguntam quantos falam português, mas diz que o Fado não vai, desta vez, fazer parte do repertório. Fala daquilo que faz há anos como se fosse a primeira vez que pisasse um palco. Já pisou muitos, desta vez vai pisar o palco do Centro Cultural de Macau (CCM), ao lado das cantoras Virgínia Tola e Micaela Oeste.
Considerado um dos “três tenores”, juntamente com José Carreras e o falecido Luciano Pavarotti, Plácido Domingo promete trazer ao público de Macau um espectáculo que todos possam ouvir e admirar.
“Certamente que a ópera é a nossa vida, e em todos os sítios onde vou adoro fazer o concerto e temos um programa muito interessante, porque é feito para todos os que vierem assistir. É muito importante para nós que o público esteja contente”, disse. placido
“Para um artista a coisa mais importante é estar em boa forma. Depois de cantar por tantos e tantos anos, ainda acho excitante e desafiante cantar num lugar pela primeira vez. Penso que o público tem o direito de descobrir isso. A coisa mais importante de facto é estar em boa forma e sentir essa ligação. O CCM tem apenas capacidade para mil lugares, o concerto que demos em Tóquio foi para cerca de cinco mil, e já actuámos para dez, doze mil pessoas…mas em todos eles queremos que o público sinta a música e tu tentas dar tudo o que podes. Estamos em boa forma e cantamos tudo o que temos na alma, porque cantamos com a alma”, disse ontem, num encontro com a imprensa.
Plácido Domingo esteve quase para estar em Macau em 1999, mas a agenda apertada trocou-lhe as voltas. “Tenho de dizer que é muito especial estar em Macau. Fui convidado para vir a Macau na transferência do território para a China, e não pude vir porque na altura não estava disponível. Há muitas ocasiões especiais e essa era uma delas, para o público daqui, um dia tão especial. Mas hoje estamos aqui, é um grande prazer. Esta cidade é fenomenal, as luzes…tenho a dizer que isto é muito mais do que Las Vegas, e eu estive a cantar durante três semanas em Las Vegas.”

A ópera na China

Ao lado dele, Virgínia Tola e Micaela Oeste mostram-se orgulhosas de cantar com aquele que consideram o mestre da ópera. São bem mais novas do que ele, mas Plácido Domingo diz estar numa fase em que gosta de ensinar a sua arte aos mais jovens.
“Quando comecei a cantar, muito jovem, as sopranos podiam ser minhas avós. Depois comecei a cantar com cantoras como Monserrat Caballet, depois com cantoras que poderiam ser minhas irmãs, depois cantei com as minhas irmãs mais jovens, e agora canto com as minhas filhas, e às vezes com as minhas netas. É óptimo para mim cantar com pessoas mais jovens, porque se conseguir transmitir algo de geração em geração, será bom.”
Plácido Domingo já cantou na China há muitos anos, mas só agora o país se abre para este género musical. placido
“Quando a ópera de Xangai foi construída eu cantei lá, em Pequim, num teatro extraordinário, fizeram 52 produções, 42 óperas internacionais, como Wagner, Puccini. Dez óperas foram compostas em chinês. Então esse trabalho é um fenómeno extraordinário. Não interessa a língua. Lembro-me que há 27 anos quando me estreei na China, estava a cantar um programa completo em música espanhola. O público estava tão entusiasmado que cada vez que eu cantava eles começavam a aplaudir. Era a primeira vez que estavam a ouvir aquilo, e estavam fascinados”, recordou o tenor.
“Nos últimos anos tem sido extraordinária a quantidade de cantores chineses que têm surgido e que estão em teatros internacionais em todo o mundo. Sem dúvida que há um talento extraordinário”, acrescentou.
Mas nem só de música se fez esta conversa. Ao falar da imensidão da China, Plácido Domingo lembrou a recente crise na bolsa de valores de Xangai, mas defende que tudo vai acabar por ficar bem.
“A China é um país enorme e bem sucedido em termos económicos, apesar de nas últimas duas semanas ter tido alguns problemas, mas isso acontece em todo o lado. O mundo estava um pouco preocupado, mas penso que já não estão. Tudo indica que as coisas vão ficar bem.”
De Macau Plácido Domingo fala apenas do brilho dos casinos e deposita esperanças no desenvolvimento da ópera local. Para ele, o Teatro D.Pedro V passará obrigatoriamente pela agenda.

28 Ago 2015

Broadway organiza festa “Back to School” e premeia mascarados

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] Broadway vai organizar uma festa dedicada aos tempos antigos, sob o mote “Back to School”. O certame realiza-se às 21h30 do próximo sábado, no novo complexo de entretenimento do Galaxy. De acordo com a organização, será oferecido um prémio de 1000 patacas aos mascarados com conjuntos mais originais e, claro, terão que estar relacionados com jovens estudantes. A actuar estarão DJ locais, com direito a um desfile no local, concertos ao vivo e entrega de prémios. A festa prolonga-se até às 00h00. “Esta festa de rua divertida e fashion promete trazer o espírito do começo das aulas de forma fresca”, disse. A decisão dos melhores fatos vai ter como base a criatividade, o tema, a atenção ao detalhe e o estilo geral. Os primeiros 500 a chegar terão, assegura a organização, um set de festa gratuito, sem esquecer uma selecção de bebidas especiais entre as 18h00 e as 20h00.

27 Ago 2015

MCD homenageia Gian Luca Loddo com dança e teatro

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] Centro de Design de Macau apresenta Loddo, um espectáculo de dança, teatro e música desenvolvido por artistas estrangeiros em regime voluntário, maioritariamente integrados no House of Dancing Water, no City Of Dreams (COD). O evento tem lugar às 21h00 de 2 de Setembro e serve para homenagear Gian Luca Loddo, artista do espectáculo do COD que faleceu. “Um grupo de artistas talentosos junta-se para celebrar a sua vida da melhor forma que conhecem: dando um espectáculo intimista e de alta qualidade solidário”, descreve a organização. O evento tem entrada gratuita, mas também uma componente de recolha de donativos aos Samaritanos, entidade não governamental que fornece apoio emocional aos mais necessitados.

27 Ago 2015

Yogaloft | António Conceição Júnior é novo instrutor

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]ntónio Conceição Júnior vai ser o novo instrutor de Defesa Pessoal do espaço Yoga Loft, fundado por Rita Gonçalves. “Aprender a cair, conhecer as zonas fortes e frágeis do corpo, e explorar os movimentos básicos dos braços, bacia, pernas e pés são algumas das técnicas que vão ser adquiridas pelos participantes”, explica a organização em comunicado. A reabertura do espaço de aulas vai ser apresentada já este domingo e conta com a presença dos novos professores, incluindo Fátima Hung, instrutora de Pilates formada em motricidade humana. Ao Yoga Loft traz aulas de Pilates com Roller. “Excelente para melhorar a postura e estrutura muscular das costas, nestas aulas os participantes deitam-se sobre um rolo de espuma e põem à prova a coordenação e força num equilíbrio desafiante”, esclarece a organização. O dia aberto tem início às 15h00 e inclui a projecção do documentário Kumare, às 18h00.

27 Ago 2015

New Art Wave Expo este fim-de-semana no Venetian

[dropcap style=’circle’]I[/dropcap]naugura amanhã no Venetian a primeira New Art Wave Expo, a qual decorre até domingo, 30 de Agosto. O evento não só traz uma centena de artistas de 44 institutos de 14 países diferentes, como também vão decorrer cinco seminários. Na feira vão estar presentes trabalhos “com diferentes estilos, géneros e técnicas”. Ung Vai Meng, presidente do Instituto Cultural, vai estar presente na cerimónia de inauguração.

27 Ago 2015

Macau celebra 66º aniversário da RPC com acrobacias de Dalian

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] 66º aniversário do estabelecimento da República Popular da China vai ser celebrado com um espectáculo que reinterpreta a peça “O Quebra-Nozes”, da autoria do Clube Acrobático de Dalian, uma cidade do continente. O grupo tem já o seu valor reconhecido mundialmente, tendo já executado mais de 500 sessões desde 2008. O colectivo foi formado em 1951 e tem actuado numa série de locais, ocupando o palco do Fórum Macau nos dias 30 de Setembro e 1 de Outubro. No espaço cabem 3000 pessoas em cada uma das sessões, custando os bilhetes 200 patacas. No entanto, o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, que aponta sábado para a abertura da bilheteira, tem entradas a 50 patacas para portadores de deficiências e seniores. Acrobatas de Dalian
“O Quebra-Nozes” ficou mundial conhecido com a peça de ballet do russo Tchaikovsky. Entre adaptações teatrais, cinematográficas e musicais, o grupo de Dalian, que conta com seis centenas de artistas, vem dar a conhecer uma nova reinterpretação da história. Contudo, o próprio Tchaikovsky readaptou a sua peça do conto original de Ernst Hoffman, “O Quebra-Nozes e o Rei dos Camundongos”, escrita no século XVIII. Desta feita, é entre saltos, cambalhotas e outros malabarismos que os membros da companhia trazem a Macau a história de uma menina que quer, como presente de Natal, um quebra-nozes com aparência humana e vestido de soldado. As aventuras são infinitas nesta peça e quem já conhece o trabalho de Tchaikovsky poderá esperar uma banda sonora de excelência ao nível da música clássica e do suspense.

Arte em movimento

Numa entrevista à Rádio Internacional da China, a responsável pelo colectivo, Xu Juan refere que os shows de acrobacia têm tido uma grande expansão recentemente, devido à falta de espectáculos ao vivo. “Diversos espectadores não assistiam pessoalmente shows de acrobacia há muitos anos, vendo apenas apresentações pela TV. Estas pessoas não sabiam bem a tendência de desenvolvimento desta arte”, começou por dizer. “Os programas actuais de acrobacia são bem diferentes dos programas tradicionais, com formas de apresentação mais modernas e elaboradas”, continuou. Já Deng Baojin, vice-presidente da Associação de Acrobatas da China referiu que esta é uma arte que precisa de ser divulgada. “Agora, a acrobacia chinesa já reconheceu a importância da publicidade, mas ainda não investiu muito na área. Eles costumam fazer a divulgação após o espectáculo, ao passo que os grupos estrangeiros são divulgados logo na montagem do show”, justificou Deng. A diferença entre dar um espectáculo antes de o divulgar e de fazer a publicidade é, esclarece, ter, ou não, casa cheia.

27 Ago 2015

“Rich Life” comemora os 12 anos da Creative Macau

Mais de 20 arquitectos, pintores ou designers juntaram os seus trabalhos para a exposição que este fim-de-semana comemora os 12 anos de existência do espaço Creative Macau. “Rich Life” mostra as várias expressões em que Macau se tornou, com riqueza, mas também com sufoco

[dropcap style=’circle’]H[/dropcap]á pouco mais de uma década os turistas eram poucos e as ruas não se preenchiam de rostos com sacos de compras. Há 12 anos, os casinos eram menos e toda a economia era diferente. O crescimento exponencial que Macau tem vindo a registar nos últimos anos é o mote da exposição “Rich Life”, que inaugura amanhã na Creative Macau.
“Temos participantes de diferentes áreas, alguns são arquitectos, pintores e designers. Pensámos na situação actual de Macau, com vidas faustosas, em que a qualidade de vida melhorou para as pessoas locais e para aqueles que chegam com o objectivo de trabalhar e melhorar a própria vida, e com muita gente à volta dos casinos. Queremos entrar no ponto de vista de quem é residente, que são estes membros (da Creative Macau), para que mostrem o que pensam sobre o assunto”, explicou Lúcia Lemos, coordenadora da Creative Macau, ao HM.
No total serão 23 os participantes que irão revelar a sua visão de um território em constante crescimento. “Há algumas propostas figurativas, com pinturas, escultura, instalação. Há representações com o amarelo e o ouro, outros representam o estrangulamento da cidade, das pessoas. Há outros que mostram o ambiente dos casinos e das mudanças a nível urbanístico”, explicou Lúcia Lemos.
Um dos participantes é o arquitecto Adalberto Tenreiro, que parte da Colina da Penha para estabelecer um ponto de comparação com o património de Itália. Ao HM, o arquitecto disse tentar reproduzir as diferentes noções de preservação do património através de desenhos que já foram publicados num jornal.
“Tratam-se de desenhos feitos em Itália, para comparar o património dito de Itália e que é visitado por muitos turistas da Europa e o de Macau, que começou a ser mais visitado nos finais do século XX, e que tem muitas expressões. Itália já está habituada a estas expressões e já toma conta do património desde o século XVIII.”
Lúcia Lemos, ela própria fotógrafa, decidiu não participar na exposição que celebra o aniversário da entidade que coordena desde 2003. “Ainda fiz um trabalho, mas não atingiu a qualidade que queria e achei que não devia participar. Não queria participar por participar.”

Duas velocidades

Mais do que mostrar aquilo em que Macau se tornou, a “Rich Life” simboliza também o crescimento de uma entidade fortemente ligada às indústrias culturais e criativas. Tal como Macau, a Creative Macau tem crescido, mas não tão rápido.
“A cidade cresce a grande velocidade, mas nós não. Tentamos sempre desenvolver-nos de forma suave, porque não há outra maneira. Não há capacidade financeira ou disponibilidade, e as pessoas também têm pouco tempo para criar. Queremos passar a imagem que estamos aqui para promover os locais e que somos um vínculo dessa comunicação. E tem corrido tudo bem”, explicou Lúcia Lemos.
Em doze anos, foram muitas as tentativas de fazer diferente e inovar. Como tal, a coordenadora fala do concurso de vídeo criado em 2010, o “Sound and Image Challenge Festival”.
“Também nos desafiamos a nós próprios e queremos sempre fazer coisas novas, para atrair mais pessoas. Temos de ter uma certa dinâmica se não fica tudo muito aborrecido. Quando estabilizamos, depois de um determinado projecto, queremos outro e às vezes mudamos de direcção”, rematou Lúcia Lemos.
A cerimónia de abertura da mostra terá lugar esta sexta-feira, pelas 18;00 horas na Creative Macau e contará com a actuação ao vivo da banda Concrete Lotus.

27 Ago 2015