Joana Freitas EventosAlbergue SCM | Festival do Meio Outono acontece no domingo [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Albergue SCM volta este ano a realizar um evento de celebração da lua, naquele que é o Festival do Meio Outono. O espaço, no Bairro de São Lázaro, acolhe no domingo uma festa, na qual serão servidas comidas e bebidas festivas alusivas à época. Entre as 19h00 e as 21h30 haverá ainda lugar para a música, com um concerto de música chinesa, uma banda Jazz e Fado no encerramento da festa. Prometida está ainda uma demonstração de caligrafia chinesa e a distribuição de lanternas do coelhinho às crianças. O público é convidado igualmente a resolver jogos de enigmas. “De acordo com a mitologia chinesa, o Festival de Meio-Outono teve origem como um festival das colheitas, num tempo em que esta celebração se realizava com a veneração dos Deuses da Montanha após a conclusão das colheitas. Durante as dinastias Ming e Qing, o Festival de Meio-Outono ganhou popularidade tornando-se num dos mais importantes festivais tradicionais. De forma a despertar o interesse do público para este festival tradicional chinês, o Albergue SCM vem realizando eventos de celebração todos os anos, sendo este um momento propício para as reuniões familiares e para a celebração da lua cheia num ambiente romântico e histórico”, explica a organização em comunicado. A entrada é gratuita.
Joana Freitas EventosCCM | Ballet “Anna Karenina” chega a Macau para espectáculos em Novembro A lendária história de Anna Karenina chega a Macau pela companhia de bailado russa Boris Eifman, numa adaptação que promete ser “glamorosa” [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Centro Cultural de Macau (CCM) abre a temporada de Inverno deste ano com dois espectáculos do bailado “Anna Karenina”, de Léon Tolstoi, numa adaptação do coreógrafo russo Boris Eifman. Eifman traz uma das mulheres mais carismáticas da literatura, encenada ao som de uma mescla de trabalhos de Tchaikovsky. “Este ballet representa uma história centrada num triângulo amoroso composto por Anna, o marido e o amante. Impelida pela paixão, Anna é a destemida protagonista que desafia as normas sociais ao abandonar a segurança do lar para viver um romance tórrido com um funcionário aristocrata”, começa por explicar a organização. “A coreografia descreve os trejeitos psicológicos da obra-prima de Tolstoi, explorando tópicos controversos através de um ballet muito físico e glamoroso, retratando Anna Karenina como alguém que não tem medo de amar e se mantém fiel aos seus sentimentos.” Fundado em São Petersburgo, desde 1997 que o Ballet Eifman se tem afirmado como uma das companhias de dança de topo na Rússia e regressa agora a Macau, depois de em 2004 aqui ter estreado o bailado Giselle Vermelha. Além do espectáculo, alguns elementos da companhia Eifman vão orientar um workshop onde farão uma demonstração dos seus métodos de treino a bailarinos locais. Os espectáculos – marcados para os dias 28 e 29 de Novembro – estão marcados para as 20h00 e os bilhetes podem ser adquiridos desde as 150 às 300 patacas. Estarão à venda no domingo. Reinvenção de uma lenda chinesa Mas nem só de génios russos se fazem os espectáculos do CCM. A 25, 26 e 27 de Dezembro Edward Lam celebra o Natal em Macau com o Musical Escola de Artes, uma peça baseada num conto clássico chinês. O encenador e dramaturgo de Hong Kong reinventa a lenda dos Amantes Borboletas, uma história chinesa frequentemente adaptada para uma diversidade de artes performativas. “A visão de Lam é vibrante e humorística na abordagem a uma série de assuntos, das questões de género à essência da genialidade. A estrela de Macau em ascensão Jordan Cheng faz parte do elenco de 18 artistas, oriundos sobretudo de Taiwan e Hong Kong, numa versão que transporta o conto clássico para um cenário contemporâneo de uma escola de artes”, explica o CCM, que acrescenta que haverá ainda tempo para uma conversa conduzida por Edward Lam e Pan Lei antes do show, a 20 de Novembro. O encenador e o crítico cultural juntam-se para partilhar com o público o espírito e o processo criativo da produção. Um mês depois, numa sessão aberta ao público imediatamente antes do espectáculo, a 27 de Dezembro, o CCM realiza uma introdução ao musical. Os bilhetes custam entre as 150 e as 300 patacas e estarão à venda domingo.
Leonor Sá Machado Eventos MancheteXing Danwen, artista contemporânea, chama a atenção para inversão de valores na China Xing Dawen nasceu na província de Xi’an durante a Revolução Cultural e os seus trabalhos roçam o estilo pós-modernista e comportam uma forte crítica às mudanças sociais que a China tem vindo a sofrer. Exemplo disso são as colecções Duplication ou Urban Fictions. A culpa é não só da globalização, mas também do crescimento acelerado do país, diz Um dos seus trabalhos mais recentes é “Urban Fictions”, uma série composta de fotografias alteradas em computador e que têm como principal elemento maquetes de arquitectura. Como é que a ideia para esta obra surgiu? Antes de mais, é importante perceber as minhas origens. Vim de uma cidade muito antiga na China, em Xi’an. Ao crescer, acabei por me afastar da minha terra natal e mudei-me para Pequim e fora da China, para a Europa. Para mim, assistir à modernização das cidades foi uma experiência única, falo da minha experiência enquanto emigrante de uma província chinesa para uma grande cidade e, mais tarde, para a Europa. Depois da viagem, quando voltei para Pequim, apercebi-me de que a cidade já não era aquilo que eu tinha deixado: uma cidade pequena. Transformou-se num local contemporâneo e foi assim que comecei a ficar muito interessada acerca da mudança e desenvolvimento urbano. Essas mudanças tiveram um grande impacto na minha geração. A ideia em si surgiu a partir da observação do indivíduo e a parte da maquete tem como base a prática das agências imobiliárias chinesas terem o hábito de mostrar, a possíveis clientes, as maquetes dos apartamentos à venda. Às vezes até um andar modelo, de como aquela casa poderia ficar decorada. Tudo isto transmite às pessoas o ideal de vida que ali podia nascer. Mas de que forma representam a sociedade actual? Além das maquetes serem réplicas das construções, têm nomes ocidentais como Upper East Side, SoHo, MoMa, que em Nova Iorque é um museu, mas em Pequim significa ‘riqueza’. Basicamente é desta forma que entram e atraem o mercado. Tem temas específicos que digam respeito não só à vivência em cada um dos apartamentos, mas à própria mudança urbana? À mudança urbana em si, penso que não. É mais acerca da alteração do estilo de vida e da inversão do conceito de valor e daquilo que tem valor na sociedade. A casa no apartamento do SoHo, por exemplo, retrata uma família tipicamente yuppie. O meu objectivo é expor a solidão nesta enorme cidade. Nas fotografias, estão várias figuras pequeninas e várias delas sozinhas. Mesmo as que estão acompanhadas, não têm ligação entre si, mesmo naqueles pequenos apartamentos. Grande parte dos seus trabalhos acontece em suporte fotográfico. Como é que o interesse começou? Enquanto adolescente, estudei Pintura na Academia de Belas Artes de Xi’an, mas não fotografia. Sempre me dediquei à pintura e a fotografia veio depois. Nos seus trabalhos, parece imperar a lógica do ready-made, dos elementos do mundo globalizado. Um dos exemplos é Duplication, uma série com partes do corpo de bonecos. Como é que a ideia surgiu? Essa série começou depois da Disconnection, uma série onde junto peças de computador e questões relacionadas com formas de reciclagem muito primitivas. Este trabalho começou com uma série fotográfica em Cantão. Fui lá várias vezes e percebi que se tratava de um negócio muito grande de reciclagem, com muito lixo diferente. Um dia por acaso descobri a parte dos brinquedos, mas acho que a vontade de criar este projecto já existia antes. De que forma? Tenho-me vindo a aperceber de uma tendência crescente da sociedade actual, que tem a possibilidade de ser tudo o que quiser, de se moldar e transformar. A ideia de nos querermos transformar em algo que não somos tem origem na vontade de ser parte do standard. Tudo isto está relacionado com o conceito de estética que, por sua vez, tem origem no mundo ocidental, no padrão do mundo ocidental. Este tem vindo a influenciar cada vez mais o mercado de consumo oriental, principalmente na China. Tudo tem que ter um nome ocidentalizado, as revistas têm sempre celebridades europeias na capa. As pessoas começam a acreditar que serão mais bem sucedidas se seguirem estes conceitos. Para Duplication, pus-me a pensar na forma como a sociedade está actualmente categorizada, a noção de indivíduo está a desaparecer. Isso quer dizer que a rota conceptual do estilo de vida e de consumo começa no Ocidente e acaba aqui? Sim, exactamente. Uma das coisas que mais me surpreendeu foi o facto de não haver Barbies chinesas: 99% delas são caucasianas e têm olhos azuis, as restantes são africanas, mas não há nenhuma chinesa. Cheguei a ir a uma feira de bonecos, onde é possível ver que todas as encomendas de grandes lojas são de Barbies brancas. Porquê? Parti desta premissa. Sente que as tradições estão a ser postas de lado na China? As pessoas continuam a usar a Medicina Chinesa e a não querer apanhar sol para permanecer com a pele branca… Penso que, ao nível da Medicina, a tradição continua forte. Mas isto é porque reavivar o antigo é a nova tendência. Antigamente, os tecidos sintéticos eram os mais caros, usados só por quem tinha dinheiro e o algodão significava que se era pobre. O mesmo acontece com a alimentação. Quando era criança, era tão caro comer pão branco e o escuro era muito mais barato e posto de lado. Hoje em dia é ao contrário. As prioridades inverteram-se. É muito interessante perceber isto. Os valores foram-se invertendo devido à influência do exterior e outro dos exemplos é o da lã e da seda. Na altura, eram produtos muito baratos, mas hoje em dia encareceram bastante devido à popularidade que ganharam no Ocidente. Existe então um retorno às origens no Ocidente e uma cópia desta tendência na China. Sim, de certa forma. A sociedade chinesa é interessante na fusão que faz do tradicional com o moderno. O Google está banido da China e o único motor de busca que temos é o Baidu. Esta estratégia não faz sentido, porque as pessoas acabam por só ter conhecimento das coisas através de uma fonte altamente filtrada. Os meus tios e primos estariam dispostos a pagar 2000 yuan por uma caxemira e eu pago 300 pela mesma porque sei onde comprar mais barato. A questão está no valor: dá lugar a uma distorção num ambiente realmente controlado. Ou seja, as pessoas conhecem uma realidade que não é a real. Hoje em dia, a sociedade chinesa dá valor ao que custa mais. Em Macau, os supermercados colocam grandes avisos a mostrar quais as embalagens de carne que vêm do estrangeiro e aquelas que vêm da China e as de fora são sempre mais caras. Acho que a China padece de falta de credibilidade. As pessoas estão a começar a perder a confiança e a credibilidade umas nas outras. Perdem-se tradições, cultura e até a alma. Perde-se a alma e deixa de se ter ideologia. E esta tendência deve-se a quê? Julgo que se deve ao crescimento acelerado e deficiente da sociedade. Se todos nós sentirmos mais segurança dada pelo país, acredito que as pessoas podem estabelecer melhores relações pessoais. Mas acredito que é uma fase transitória. Nasceu durante a Revolução Cultural e fez parte da primeira vaga da sub-cultura de artistas de Pequim. Havia, no entanto, uma barreira a todas as pessoas do exterior… E eu era parte da própria cultura como artista. Na década de 90, tinha acabado de me formar na Academia e a cena cultural em Pequim era muito reduzida, com umas cem pessoas. Também me formei numa das melhores academias de arte chinesas e lidava com uma série de artistas que hoje são conhecidos. No final, claro que as minhas ligações e os meus amigos eram todos da mesma origem. Como era viver um pouco à margem de tudo isso e ser parte do início? Éramos um grupo problemático, estávamos sempre metidos em confusões com a polícia. Não éramos bem aceites pela sociedade devido à forma como pensávamos, vivíamos muito à margem, sim. Foram tempos muito difíceis, porque não tínhamos dinheiro e o futuro era incerto, havia ainda muita censura. Tínhamos, contudo, um forte sentimento de paixão e a vontade de ser famosos. Não acha que é, de certa forma, irónico que actualmente Pequim tenha dedicado um único distrito à arte e cultura? A arte contemporânea noutros locais tem, frequentemente, uma forte componente de crítica social ou política, algo que na China é ainda impensável. Antigamente, a comunidade artística era diminuta, éramos uma sub-cultura escondida. Mas hoje em dia democratizou-se. Quando mostro as fotografias da altura aos meus amigos, eles não acreditam, porque não conseguem imaginar aquelas coisas a terem lugar na Pequim de antigamente. Acho positivo que agora haja uma plataforma aberta à cultura, à venda no mercado cultural. Isto desempenha um papel fundamental para a cultura de massas, porque este é o tipo de pessoas que não paga para ir a museus ou galerias. Curiosamente, o Distrito 798 parece um zoo, sempre cheio. E o que quer isto dizer? Que a cultura se democratizou? Sim, como se as pessoas assumissem o nome do MoMa a tudo o que tivesse ‘riqueza’ implícita e não ao museu nova-iorquino. Tudo o que é especial e fashion, é aceite. O 798 está sempre cheio de gente jovem e tem vários turistas, como se fossem fazer compras em grupo num distrito cultural. Tornou-se num ponto turístico essencial. Mas isto é positivo? Julgo que sim, porque é uma forma fácil de dar a conhecer a arte aos mais jovens, só assim é que eles se tornam parte do mundo da arte contemporânea. Esta democratização é inegável. Terá também trazido mais abertura ou ainda há censura? Continua a haver censura, mas ela existe em todo o lado. Mas sente-se livre para fazer os seus trabalhos na mesma? Sim, até porque a censura só se foca em duas coisas: política e pornografia ou sexo. Se os artistas não trouxerem o seu trabalho a público – a maioria prefere ser discreto a esse nível – e se o fizerem na sua privacidade, está tudo bem. Se quiserem expor algo, terão, naturalmente, que ir ao encontro das directrizes governamentais. Prefere expor na Europa ou na China? Deixou de ser importante para mim. O que interessa é que em todos os meus trabalhos consigo detectar as minhas próprias experiências. Estas, por sua vez, tiveram origem no conflito social e cultural no meu país, entre o tradicional e o contemporâneo. De quando voltou da Europa para Pequim… Sim, acredito que todos estes elementos desempenham um papel fundamental em todos os meus trabalhos. E no que toca a Macau. Já cá tinha estado? Sim, no ano passado, através de José Drummond. Faz parte do projecto Influxus, da Babel, como? Através de convite, mas estava nervosa porque não sabia bem que trabalho devia desenvolver no âmbito deste projecto. Devo dizer que me sinto agradecida por fazer parte do Influxus. É um programa que nos permite viajar pelas raízes da cultura portuguesa e foi nesse âmbito que fui ao Porto pela primeira vez. Talvez seja da minha má memória, mas recordo-me da primeira vez que fui a Itália. Em Roma, fiquei com a impressão de que tudo era muito velho e saí de lá com uma impressão negativa do conceito de cidade antiga. Desta vez, no Porto, senti-me bem por estar numa cidade do género. Talvez pelo facto de Roma estar pouco cuidada… Não sei porque não fiquei com vontade de lá voltar. Agora no Porto, as pessoas parecem viver contemporaneamente dentro da cidade antiga. Aí gostava de voltar.
Joana Freitas EventosFIIM | Concertos clássicos a abrir Outubro O FIMM abre as hostes com concertos liderados por maestros locais, de Hong Kong e da China, contando ainda com a presença de nomes internacionais. O clássico é o estilo mais forte no FIIM, que arranca a 4 de Outubro [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]O XXIX Festival Internacional de Música de Macau (FIMM) tem início no próximo dia 4 de Outubro e abre com concertos de música clássica por maestros locais e da região. Pelas 20h00 do primeiro dia de FIMM, a Orquestra de Macau e o Coro Juvenil apresentam Gustav Mahler – Sinfonia No 3, uma das obras mais extensas da história da música. “Nesta magnum opus, Mahler expressa com mestria o seu profundo afecto pela natureza, pela humanidade e por Deus, celebrando, no final da obra, o estado supremo para o qual Deus e o homem confluem”, explica a organização em comunicado. Esta é a mais longa de todas as sinfonias de Mahler e requer, diz o CCM, uma orquestra de grandes dimensões com mais de cem músicos e quase uma centena de cantoras e um coro infantil. O concerto de abertura conta com a participação da meio-soprano de renome mundial Charlotte Hellekant, que dá voz aos solos da sinfonia, sendo que a Orquestra de Macau é liderada pelo maestro Lü Jia. Integrados no Festival estão ainda dois concertos liderados por maestros da China e de Hong Kong. O primeiro acontece às 20h00 de 6 de Outubro e trata-se de uma performance da Orquestra Chinesa de Hong Kong. O segundo, que pretende ser em jeito de comemoração da vitória na Guerra de Resistência Contra a Agressão Japonesa, terá lugar às 20h00 de dia 15, sendo conduzido por Xian Xinghai e Liu Tianhua. “Apresentando uma série de maestros e solistas de renome, estes são dois concertos que os entusiastas da música tradicional não vão querer perder”, adverte a organização. O concerto da orquestra da RAEHK, intitulado Jing • Qi • Shen, vai contar com música folclórica tradicional, mas também com obras contemporâneas. O maestro principal do colectivo “foi agraciado com o título de Maestro Nacional de 1ª Classe na Primeira Avaliação Profissional da China em 1987”, destaca o Instituto Cultural, entidade responsável pela organização do FIMM. O segundo espectáculo é fruto de uma colaboração musical entre a Orquestra Chinesa de Macau, a Orquestra Chinesa do Grupo de Artes Performativas da Província de Jiangsu, a Orquestra Chinesa Zhonghua de Taiwan e o Ensemble de Música Chinesa de Sopros de Hong Kong. Sob a batuta dos maestros Pang Ka Pang, Wang Aikang, Huang Kuang-Yu e Ho Man-Chuen, as orquestras irão interpretar clássicos como “O Rio Amarelo”, “Noite Bela”, “Cavalos de Guerra Galopantes” e “Canto de Uma Vida de Lazer”. A 30 de Outubro às 20h00 segue-se a ópera Fausto, com a Orquestra de Macau, sob a direcção de Lü Jia, a juntar-se ao Coro Lirico Siciliano e à Lyric Opera of Chicago. “Charles Gounod criou uma fusão extraordinária de melodia sublime, desafio vocal e poder dramático. O drama centra-se num académico desiludido que vende a sua alma ao diabo em troca da juventude e do amor de uma bela rapariga”, explica o CCM. A entrada para cada um dos espectáculos vai das cem às 200 patacas.
Filipa Araújo EventosOktoberfest | Sétima edição arranca a 15 de Outubro [dropcap style=’circle’]S[/dropcap]ão 11 dias de festa. Uma vez mais o MGM, juntamente com o Consulado-Geral da Alemanha em Hong Kong, a Associação Alemã de Negócios em Macau e a Direcção de Turismo, organiza aquela que é a sétima edição do festival alemão de cerveja, o Oktoberfest. A começar no dia 15 de Outubro, terminando a 25 do mesmo mês, o festival irá trazer a Macau uma réplica daquele que é um tão característico momento festivaleiro alemão. Cerveja, animação e comida típica: a organização promete que não irá faltar nada. O ambiente será de festa, garante, e o convite para se juntar às danças típicas está feito. Tal como nos outras edições, o MGM tem mostrado o sucesso da organização do Oktoberfest, tendo recebido mais de 77 mil visitantes e servido mais de 74 mil litros de cerveja e 32 mil quilos de comida. “Este ano o Oktoberfest promete ser ainda maior, melhor e festivo do que alguma vez”, garante a organização em comunicado à imprensa. Os bilhetes já estão à venda, assim como os cupões de comida e cerveja. Cada entrada tem um custo de 130 patacas, com oferta de uma bebida.
Hoje Macau EventosFundação Macau promove música, teatro e dança [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]té ao final do ano há uma agenda bem preenchida com muita música, teatro e arte em Macau. Da organização da Fundação Macau, o festival “Produções em Macau, Paixão por Macau” conta com vários momentos lúdicos para a população. Este mês é marcado por três concertos, sendo eles “As Melhores músicas de Filmes”, o “MACA Festival de Música 2015 – Guitarra: A Alma da Música” e “Os Três Músicos Chineses e Coreanos – Concerto de Flautas de Dragão e Fénix”. A abrir Outubro está a peça em teatro silencioso “Fuga do Mimo de Macau” e também o concerto “Na Rua – A Cappella”. Novembro e Dezembro, os meses mais frios, os interessados podem dançar enquanto assistem ao Teatro de Dança “Viajante”, ou ao concerto “Tentação de Vozes”. Como sorrir é o melhor do mundo, em Dezembro está ainda marcada a exibição da peça de comédia de música clássica “Hanky-Panky Rhapsody” III. Feitas as contas, até ao final do ano os amantes da música terão ao seu dispor cinco concertos. No dia 20 de Setembro, subirão ao palco “Os Três Músicos Chineses e Coreanos – Concerto de Flautas de Dragão e Fénix”. Caberá ainda à Associação dos Compositores, Autores e Editores de Macau apresentar o Concerto “MACA Festival de Música 2015 – Guitarra: A Alma da Música”. No dia 1 de Outubro, o grupo coral da Associação A Cappella de Macau cantará, sem acompanhamento de instrumento musical, várias canções populares, algumas produzidas localmente, mostrando a complexidade e a flexibilidade das vozes. Em meados de Novembro, “Dream Theater Association” apresentará o Concerto “Tentação de Vozes”, cuja ideia é contar, a vozes, a viagem de uma rapariga, fazendo com que a “música possa ser vista e a imagem possa ser ouvida”. O último concerto deste ano será“Hanky-Panky Rhapsody-Comédia de Música Clássica 2015”, apresentado pela Associação de Piano de Macau, que volta a tocar um concerto que combina a música clássica com a música popular, no sentido de juntar a harmonia entre os dois tipos de músicas, transmitindo a sintonia que existe hoje em dia entre “comunicação”, “convívio” e “respeito”. Nos dias 20 e 29 de Setembro, a Rota Artes Associação irá organizar uma “Fuga para os Mimos de Macau”. Nos dias 28 e 29 de Novembro, a Associação de Dança Ieng Chi apresentará um teatro de dança com o título “Viajante”. Os bailarinos irão dançar com objectos e movimentos corporais de modo a explorar a existência e a perplexidade de todos os sentidos que acompanham uma viagem. Para os interessados os bilhetes estão à venda na Fundação Macau.
Joana Freitas EventosCCM | Actores locais sobem ao palco em Novembro [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]O Centro Cultural de Macau (CCM) apresenta em Novembro a peça “Abraços”, uma produção que leva três jovens actores locais e um profissional de Hong Kong ao palco do pequeno auditório. Numa série de cinco espectáculos que sobem ao palco de 6 a 8 de Novembro, os artistas exploram em conjunto com a audiência vivências íntimas, numa produção que traz monólogos que contam quatro “invulgares” histórias. “Com humor, Maggie Im relata como cresceu sendo a ‘miúda gorda’, enquanto Simon Lou desvenda as peripécias que vive por ser parecido com um conhecido comediante de Hong Kong. Num terceiro monólogo Caroline Lam descreve a paixão pelas artes performativas e revela a sua vontade de mudar o mundo, enquanto Mak Pui Tong sobe ao palco para fazer uma comparação entre a sua profissão de actor e um emprego paralelo de criador de camarões”, explica a organização em comunicado. O espectáculo encerra os “Diários em Monólogo”, um intercâmbio cultural que levou Maggie Im, Simon Lou e Caroline Lam a frequentar uma residência artística no Teatro Chung Ying, uma das companhias mais prestigiadas de Hong Kong. Depois de ter completado um intenso programa de quatro semanas dedicado a ensaios e representação, o trio regressa a Macau para apresentar o espectáculo final. Interpretado em cantonense e encenado por Edmond Lo, director artístico assistente do teatro CY, “Abraços” convida o público a olhar para si próprio através da exploração dos pensamentos íntimos dos intérpretes. Edmon Lou estará ainda à conversa numa tertúlia pré-espectáculo durante a qual vai partilhar as suas perspectivas sobre este projecto de intercâmbio, apresentando também noções básicas do monólogo teatral. “Abraços” é apresentado pelo de 6 a 8 de Novembro e os bilhetes para os cinco espectáculos custam 120 patacas, estando já à venda.
Leonor Sá Machado EventosMAM | Exposição de cartazes de Guan Huinong até Novembro São cartazes históricos que mostram uma das formas mais comuns de publicidade da China. Estão, agora, em exposição no MAM [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Museu de Arte de Macau (MAM) inaugurou na passada sexta-feira uma mostra de ilustrações de calendários antigos da autoria de Guan Huinong. A galeria está aberta das 10h00 às 19h00 de terça-feira a domingo e a entrada custa cinco patacas. As 40 peças em exposição foram doadas pela família deste artista chinês, que dominava, de acordo com comunicado do MAM, “a mestria da pincelada, traço e palete”, estando os originais com estas características mais vivas do que as suas versões impressas. “Alguns dos originais são mostrados ao lado do correspondente cartaz impresso, para o público poder apreciar as diferenças e a relação entre as fases de pré e pós-produção deste tipo de ilustrações”, informa a organização. O chamado “calendário-cartaz” foi, durante o século XX na China, uma das formas mais comuns de publicidade, divulgando produtos de consumo e que comummente mostravam mulheres jovens da classe alta em ambientes urbanos modernos. Os exemplares agora nas mãos e ao cuidado do MAM servem para datar uma época histórica em que o país assistiu a uma forte evolução, com grande influência do mundo ocidental. “[As obras providenciam] informação essencial para compreendermos hoje o panorama social, estilos de vida, tendências e produtos de consumo dominantes no início do século XX”, acrescenta o MAM no comunicado. Publicidade desenhada O artista Guan Huinong nasceu em 1878 e morreu em 1956, em Xiqiao, cidade na província de Guangdong e ficou conhecido pelas sua mestria na área da ilustração. No entanto, o talento parece ser hereditário, uma vez que já o seu bisavô, Guan Zuolin, ficou igualmente famoso em Cantão, no século XIX. “Huinong nasceu no seio de uma família conhecedora de pintura ocidental e por isso cedo se familiarizou com a utilização da perspectiva e da luz e sombra como elementos de composição”, explica a organização. O autor estudou Pintura com o mestre Ju Lian, da escola de Lingnan. Foi com base na fusão das culturas ocidental e oriental que Huinong começou a aperfeiçoar a sua técnica de pintura nas ilustrações de calendários. As personagens neles integrados são maioritariamente mulheres jovens e femininas, com aspecto sofisticado e moderno. Reconhecidas ficaram algumas das suas obras, como é o caso de “Duas Jovens”, usado para publicitar a marca de cosméticos chinesa, Kwong Sang Hong Limitada. A mostra sai de cena a 8 de Novembro.
Leonor Sá Machado EventosMGM promove gastronomia chinesa com menu Huaiyang [dropcap style=’circle’]O[/dropcap] MGM vai, em parceria com o restaurante de Yangzhou Yechun Teahouse, criar um menu de degustação Huaiyang, um dos estilos tradicionais de gastronomia chinesa. O complexo hoteleiro vai ainda disponibilizar o Banquete da Mansão Vermelha, cujo nome alude precisamente a um romance tradicional chinês do século XVIIII, conhecido como “um dos quatro grandes romances”. Tudo isto, garante a organização, será criado por uma equipa de chefs nacionalmente reconhecidos. A gastronomia Huaiyang desempenha um papel “fulcral” na organização de banquetes de grandes eventos, à luz daquele que foi o jantar da cerimónia da fundação da República Popular da China, em 1949. Serão dois os restaurantes do MGM que partem nesta aventura de oferecer localmente uma gastronomia nacional. O certame tem ainda em conta o aniversário dos 2500 anos de criação da cidade de Yangzhou. A culinária de Huaiyang é uma das Quatro Grandes Tradições, complementadas com a de Shangdong, de Cantão e de Sichuan, conhecida por ser particularmente picante. A de Huaiyang, contudo, baseia-se no uso de marisco fresco e ingredientes próprios desta estação, geralmente acompanhados de dumplings, sopa ou caldos quentes. As iguarias de Huaiyang estão disponíveis de 7 a 31 de Outubro, no restaurante Imperial Court. Já o banquete Red Mansion existe no Grand Imperial Court, de 7 a 16 do mesmo mês, com o custo de 13,8 mil patacas por uma mesa de dez pessoas. Os interessados deverão ligar para o MGM para reservar mesa.
Hoje Macau EventosCinema | Filme de Miguel Gomes proposto para os Goya “[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] desolado”, o segundo filme de “As mil e uma noites”, de Miguel Gomes, foi proposto pela Academia Portuguesa de Cinema para o prémio de melhor filme ibero-americano dos Goya, os prémios de cinema de Espanha. Depois de uma candidatura aos Óscares, a Academia Portuguesa de Cinema anunciou ontem que propõe o mesmo filme de Miguel Gomes para os Goya, que serão entregues em Espanha em Fevereiro de 2016. “O desolado”, que se estreia nos cinemas portugueses no dia 24, é o segundo de três filmes que Miguel Gomes rodou sob o título “As mil e uma noites” e que retratam Portugal à luz da intervenção da troika, com ficções inspiradas em factos e relatos verídicos, sobre desemprego, austeridade, casos de justiça ou luta sindical. Nos filmes, as histórias são narradas por Xerazade, remetendo para a estrutura dos contos de “As mil e uma noites”. Em “O desolado”, Miguel Gomes ficciona a história do suicídio de um casal em Santo António dos Cavaleiros, nos arredores de Lisboa, e o caso de Manuel Baltazar, o homem que andou a monte vários dias depois de ter assassinado duas mulheres e ferido outras duas em Valongo dos Azeites. É ainda encenado um julgamento de vários casos judiciais em simultâneo, numa espécie de resumo do estado da justiça portuguesa. “As mil e uma noites”, exibido em Cannes, premiado na Austrália e na Polónia, e com estreia garantida em trinta países, integra os volumes “O inquieto” – já estreado em Portugal -, “O Desolado” e “O Encantado”, com estreia marcada para 8 de Outubro.
Hoje Macau EventosRolling Stones vão gravar novo álbum [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]s Rolling Stones decidiram gravar um novo álbum, o primeiro nos últimos dez anos, anunciou na quarta-feira o guitarrista da banda de ‘rock’, Keith Richards. O artista britânico fez o anúncio em Nova Iorque, onde se encontrava a fazer a promoção do seu último álbum a solo. Os Rolling Stones decidiram gravar um novo álbum, o primeiro nos últimos dez anos, anunciou na quarta-feira o guitarrista da banda de ‘rock’, Keith Richards. O artista britânico fez o anúncio em Nova Iorque, onde se encontrava a fazer a promoção do seu último álbum a solo. Keith Richards precisou que o grupo de ‘rock’ dos septuagenários irá regressar aos estúdios após uma digressão na América do Sul no início de 2016, cujas datas não são ainda conhecidas. “De facto, estava em Londres na semana passada e estive com os rapazes, e sim, nós temos planos concretos para gravar”, declarou o guitarrista no decorrer de um fórum organizado pela iHeartRadio, uma rádio na Internet. Sem parar O grupo formado em 1962 lançou o seu último álbum de originais – A Bigger Bang – em 2005, oito anos depois de Bridges to Babylon. Os Stones continuam, no entanto, a realizar concertos, tendo mesmo feito uma digressão pela América do Norte este Verão. Representados de forma sistemática pela imagem dos grossos lábios pintados de vermelho, os Rolling Stones são muitas vezes classificados como os velhos rivais dos The Beatles na história do rock’n’roll dos últimos 50 anos. Este ano reeditaram o álbum Sticky Fingers. A banda é formada por Mick Jagger (vocalista), Keith Richards (guitarra), Ron Wood (guitarra), Bill Wyman (baixo) e Charlie Watts (bateria), além do falecido Brian Jones. Keith Richards, de 71 anos, lança na sexta-feira o seu primeiro álbum a solo em 23 anos, Crosseyed Heart, no qual canta e divide o microfone com vários artistas, como a cantora de jazz Narah Jones.
Leonor Sá Machado Eventos MancheteMacau Sailing organiza festa em barco [dropcap style=’circle]A[/dropcap] viagem de barco “Bye Bye Summer”, organizada pela empresa local Macau Sailing, acontece já no próximo domingo e pretende ser um adeus ao Verão. Também conhecida como “junk boat party”, vai começar num cais portuário da cidade, continuando para a zona este de Qingzhou Shuidao e passando por, como afirma a organização, “cenários bonitos e limpos de ilhas e águas que tanto caracterizam aquela área”. O evento foi criado por Henrique Silva, ou Bibito, e pretende juntar pessoas com um mesmo propósito: o de apreciar as vistas circundantes, com comes e bebes e mergulhos à mistura. “Não se esqueça da máquina fotográfica”, adverte. Com sorte, será possível avistar uns quantos golfinhos cor-de-rosa, espécie rara e só existente por estes lados do globo. O pacote – que inclui a viagem de barco, com direito a comes e bebes, música e paragens em locais cénicos – custa 700 patacas por pessoa. Até Qingzhou A experiência deverá durar das 13h00 às 18h00 horas, com uma travessia até à ilha de Qingzhou, uma paragem de duas horas para mergulhos, banhos de sol e descanso, com regresso a Macau marcado para as 16h30, viagem durante a qual deverá ser possível ver o pôr-do-sol. E porque os mais novos também são bem-vindos, a organização oferece um desconto de 50% nos bilhetes para crianças, ficando estes por 350 patacas. Os interessados deverão inscrever-se até às 12h00 deste sábado, enviando um email para info@macausailing.com. No entanto, a página do evento no Facebook pede que os interessados não se demorem na reserva devido à existência de lugares marcados.
Leonor Sá Machado EventosMúsica | “Rainha da Pop” integra Macau em digressão de 2016 [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]cantora Madonna, conhecida mundialmente como a “Rainha da Pop”, já tem palco reservado no ainda por inaugurar Studio City para os dias 20 e 21 de Fevereiro do próximo ano. Os concertos estão integrados na digressão mundial para levar ao mundo o seu 13º álbum, “Rebel Heart”. É a primeira vez que Madonna dá um concerto no território, incluindo o destino na tour que começou este mês na cidade canadiana de Montreal. A artista norte-americana ficou conhecida pela sua audácia em palco, com arrojadas coreografias nas quais ainda participa, mesmo tendo já mais de 50 anos. “Like a Virgin”, “Material Girl”, “Papa Don’t Preach” ou “Isla Bonita” são apenas alguns dos seus mais aclamados hits. O mais recente disco da artista inclui “Bitch, I’m Madonna” e músicas que contam com a participação de Nicki Minaj, Kayne West, Beyoncé, Miley Cyrus e Katy Perry. “Rebel Heart, tal como a sua criadora, ultrapassa o sofrimento e, mais frequentemente do que se pode pensar, aterra solidamente de pé e cheio de graça”, refere uma crítica do LA Times. Madonna é uma das mais influentes artistas do mundo e vendeu mais de 300 milhões de álbuns, sendo, desde a década de 80, um ícone para milhões de fãs. O presidente do Studio City, JD Clayton disse estar “extremamente orgulhoso” com a vinda de Madonna e com o facto do empreendimento vir representar Macau enquanto destino que vai acolher a artista. O Centro de Eventos do complexo hoteleiro e de entretenimento foi desenhado para albergar 5000 pessoas sentadas.
Joana Freitas EventosMGM | Festival Internacional de Jazz sexta e sábado Jazz no Outono parece ser o lema do Clube de Jazz de Macau, que traz este fim-de-semana ao MGM grandes nomes do Jazz internacional [dropcap style=’circle’]D[/dropcap]avid Kikoski, Lee Ritenour e Zé Eduardo são alguns dos nomes que sobem esta sexta-feira e sábado ao palco do Lion’s Bar no MGM. As estrelas do Jazz chegam para o Festival Internacional de Jazz de Macau, que acontece no ano em que o Clube de Jazz de Macau celebra o seu 30º aniversário. O Festival abre portas no dia 18, pelas 21h00, com “o creme de la creme” do Jazz que se faz por cá. The Bridge e a Big Band da Escola de Jazz do Conservatório da RAEM apresentam-se com um convidado especial: Zé Eduardo, português que vai comandar os talentos. Zé Eduardo é um baixista, pianista e líder de banda que fundou o Hot Club de Lisboa, um local especificamente dedicado a este estilo musical. Músico de renome, Zé Eduardo ensina a arte de fazer Jazz e tem visitado Macau “inúmeras vezes desde que o Festival Internacional de Música foi inaugurado nos anos 80”. O músico vai liderar os The Bridge, a primeira banda de Jazz do território – e que conta já com 26 anos – e os jovens artistas do Conservatório de Música. Estrelas no palco Os grupos tocam para preparar o público para o espectáculo da estrela da noite: é na sexta-feira que Dave Kikoski e os BeatleJazz animam a noite, dando ao público a oportunidade de ver o vencedor de um Grammy pelo Melhor Álbum de Live Jazz Ensemble (com “Live at the Jazz Standard”, em 2011) e do grupo que integra para este espectáculo. “O trio chega a Macau armado com músicas dos seus quatro álbuns, que chegaram aos top 10 das rádios norte-americanas”, explica a organização. Dos BeatleJazz fazem parte Rickard Malmsten e Brian Melvin. Sábado, a noite abre com a Macau Jazz Promotion Band, um grupo de jovens músicos formado em 2010, que conta já com algumas performances locais e nas regiões vizinhas. Conhecidos por “darem corpo ao renascimento do Jazz local”, os membros da banda tocam antes do famoso Lee Ritenour, membro do grupo Mamas and Papas. Lee integrou aquele que foi um dos colectivos mais famosos dos anos 1960 quando tinha 16 anos e foi nomeado duas vezes o Melhor Guitarrista pela revista Guitar Player. Gravou mais de 40 álbuns e foi vencedor de um Grammy em 1986, entre mais de uma dúzia de nomeações. “Lee Riteneour chega a Macau com os seus colaboradores de longa data Jesse Millinier (piano), Melvin Davis (baixo) e Sonny Emory (bateria). Os bilhetes custam 280 patacas para sexta-feira e 380 patacas para sábado, sendo que há ainda a hipótese de comprar bilhete para os dois dias por 580 patacas.
Flora Fong EventosCinema | Associação local realiza filme com actores invisuais [dropcap style=’circle’]A[/dropcap] Associação de Promoção de Direitos dos Portadores de Deficiência Visuais vai rodar um filme que conta com a participação de invisuais. O objectivo é o de corresponder à promoção da Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e dar oportunidade de integração a estas pessoas. A película chama-se “Antes do amanhecer” e Albert Cheong, presidente da Associação, disse num comunicado que o filme conta a história de um homem sonhador e cheio de ambição que acaba por contrair uma doença que lhe afecta a visão. O protagonista entra em estado depressivo, mas o seu percurso fá-lo encontrar pessoas e questões que o fazem ter uma nova orientação na vida. Cheong fala mesmo de um protagonista que ganha frutos de forma imprevista. Albert Cheong disse que o filme vai ser criado partindo da perspectiva de deficientes visuais, podendo estes e as suas famílias participar na rodagem da película, promovendo assim a sensibilização para esta doença no território. Deverá ainda servir para obrigar as pessoas a repensarem a vida e os problemas sociais adjacentes. “A primeira impressão do sector profissional sobre este tipo de filmes é que parece que estamos noutro mundo, o dos portadores de deficiência. No entanto, acreditamos que na arte todas as pessoas são iguais, todas têm sonhos. Acreditamos firmemente que os deficientes não só devem ter direito de usufruir dos filmes, mas também de criar um”, explicou. Durante o ano passado, o presidente disse que a Associação já quebrou o preconceito de que os “deficientes não podem ver filmes” através da descrição áudio destes. Albert Cheong afirmou ainda que a Associação pode não ser capaz de rodar o filme através de técnicas muito avançadas, mas usa, certamente, experiência, para mostrar à sociedade que os invisuais também têm um espaço na área das artes e da cultura. “Quando a obra estiver concluída, espero que seja exibida em escolas e locais comunitários”, disse, confiante. “Espero também que sejam contratados mais recursos humanos para a criação de legendas em língua inglesa, de forma a que a obra chegue a mais pessoas”, continuou. O presidente da Associação quer ainda que o filme seja publicado nas redes sociais com a ajuda da União Mundial de Cegos e da Federação Internacional de Desporto de Cegos.
Joana Freitas EventosExposição de Júlio Pomar e amigos em dose dupla [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]bre hoje na Galeria do Tap Seac a exposição “A Jornada de Um Mestre: Júlio Pomar e Amigos”. A mostra divide-se em duas partes, estreando ainda na sexta-feira no Albergue SCM, pelas 18h30. Ambos os espaços vão receber as obras do pintor e artista, que ficam patentes até 15 de Janeiro de 2016 no Albergue e até 29 de Outubro na Tap Seac. “A exposição inclui uma amostra abrangente da sua obra gráfica para além de diversos originais. Entre as mais de 40 obras apresentadas na Galeria A2 do Albergue destaque para a obra ‘Bal chez le Duc’, da fase erótica que é exposta ao público pela primeira vez e das oito litografias de todas as ilustrações que o artista realizou para a edição portuguesa da Obra de Lewis Carroll, ‘A caça ao Snark’”, começa por dizer o Albergue em comunicado. “A exposição apresenta ainda obras de alguns artistas que partilharam com o Mestre momentos da sua vida e que ajudaram a melhor definir o panorama artístico português, além fronteiras. Originais de Graça Morais, Paula Rêgo, André Shan Lima, Rogério Ribeiro e Júlio Resende completam o acervo exposto nas duas galerias.” Entre Paris e Lisboa Júlio Pomar nasceu em Lisboa, em 1926, e instalou-se em Paris, em 1963. Actualmente vive e trabalha em Paris e Lisboa. Começou a expor, em 1942, numa mostra promovida com os seus colegas de atelier e apresentou a sua primeira exposição individual, em 1947, no Porto. A primeira retrospectiva da sua obra foi organizada pela Fundação Gulbenkian, em 1978, e apresentada depois na Bélgica e no Brasil. Desde então, realizou diversas antologias temáticas em Portugal e no estrangeiro. Em 2004, tiveram lugar duas extensas mostras do seu trabalho: “Autobiografia, no Museu de Arte Moderna, em Sintra e “A Comédia Humana, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. Júlio Pomar tem-se dedicado especialmente à pintura, mas o seu itinerário criativo inclui também trabalhos de desenho, gravura, escultura, ilustração, cerâmica, tapeçaria e cenografia para teatro. Realizou ainda obras de decoração mural em azulejo, nomeadamente para as estações de metropolitano Alto dos Moinhos, em Lisboa e Botanique, em Bruxelas. É autor de dois volumes de ensaios sobre pintura e de dois livros de poesia. Em 2004, foi instituída a Fundação Júlio Pomar, em Lisboa. A entrada nas exposições é livre.
Leonor Sá Machado EventosCinema | Festival Sundance chega a Hong Kong e fica até final do mês Chegou, finalmente, aquela altura do ano em que o Festival de Cinema Sundance se alastra por Hong Kong. Este ano são exibidos, no Metroplex, 11 filmes sobre a revista Rolling Stone, a vida singular de seis irmãos em Manhattan e uma curiosa experiência em prisões [dropcap style=’circle’]C[/dropcap]hegou o aguardado momento em que o Festival de Cinema Sundance se apresenta nas salas de cinema do complexo Metroplex, em Kowloon. É a partir desta quinta-feira e até ao próximo dia 27 que os cinéfilos poderão assistir a vários filmes que ora retratam a vida e obra de artistas musicais, ora exploram problemáticas pouco discutidas. No certame deste ano são apresentados 11 filmes que brilharam no estado norte-americano do Utah, onde o Sundance teve origem. Este é já conhecido como um dos mais importantes festivais de cinema independente dos EUA, criado pelo Instituto Sundance, e acontece, geralmente, em Janeiro em três diferentes locais. Os filmes nele estreados vão sendo exibidos em iniciativas um pouco por todo o mundo e a edição deste ano contou com 14 diferentes categorias, incluindo documentários e ficção dos EUA, filmes estrangeiros, Novas Fronteiras, curtas-metragens, colecção especial Sundance e estreias mundiais. O que cá vem A série começa com “The Wolfpack”, a primeira longa-metragem documental da nova- iorquina Crystal Moselle, que explora a vida do clã Angulo. É entre máscaras feitas de tecido, papel, corte e costura, que seis irmãos se dão conta do mundo exterior, para além das quatro paredes do seu apartamento em Manhattan. A mestria deste documentário está no volver da vida deste colectivo, cuja educação, infância e adolescência foram inteiramente passadas em casa, raras vezes saindo à rua. A trama intensifica-se através do relato de quando um dos irmãos decide fugir de casa, fazendo crescer nos restantes o desejo por uma aventura semelhante. Moselle levou para casa o prémio de Melhor Documentário. “Dope” também surge em jeito de comemoração de tempos passados, contando a história de Malcolm, um jovem “obcecado com o hip hop dos anos 90 e que sonha em ingressar em Harvard”. A vida do protagonista sofre uma reviravolta quando o seu melhor amigo decide ir à festa de aniversário de um dos mais influentes traficantes de droga do seu bairro, o que o leva numa viagem não tão feliz pelo mundo dos estupefacientes. “Pelo caminho, Malcolm aprende mais sobre si próprio, a vida e finanças do que em qualquer escola Ivy League”, explica a organização do festival. O estrangeiro aqui tão perto “The End of the Tour” é outro dos filmes em exibição e conta a história de uma entrevista de cinco dias de um jornalista da revista Rolling Stone aos romancistas David Lipsky (interpretado por Jesse Eisenberg) e David Foster Wallace. Esta situação teve mesmo lugar em 1996, após publicação do conhecido romance de Wallace “Infinite Jest”. O filme pode trazer uma lufada de ar fresco na capacidade do actor Jason Segel em criar outras personagens que não sejam unicamente cómicas. O realizador James Ponsoldt licenciou-se num programa de Cinema de Yale e estreou-se com “Off The Black”, em 2006. “The Stanford Prison Experiment” parece ser das longas metragens que mais promete: baseado em factos reais, é um filme que explora a vida nas prisões norte-americanas e tem como alicerce um estudo feito na Universidade de Stanford em 1971, sobre a escolha de se ser um guarda prisional ou um recluso. Os resultados desta pesquisa podem surpreender os espectadores, mas é certamente um filme a não perder, mais que não seja por Kyle Patrick Alvarez ter levado para casa dois prémios no Sundance. Na calha estão ainda “Advantageous”, “Cartel Land”, “Me and Earl and the Dying Girl”, “People Places and Things”, “Songs My Brothers Taught Me”, “The Witch”, “James White”, entre outros. À parte da exibição dos filmes – cuja calendarização está inteiramente disponível no website oficial do festival –, há ainda tempo e espaço para sessões de perguntas e respostas e que juntam críticos desta indústria, cinéfilos ou meros interessados. Cada sessão de cinema custa 90 dólares de Hong Kong, mas há descontos para pessoas com deficiências, crianças e seniores. As sessões têm lugar a partir da próxima sexta-feira, às 18h00, continuando fim-de-semana fora, com uma programação que agrada a gregos e troianos. O festival de Hong Kong é interrompido durante a próxima semana, para recomeçar a 24 e encerrar a 27, com sessões de exibição das 13h40 às 21h45. A calendarização, informação completas sobre os filmes e realizadores, localização e transporte podem ser consultados em https://hk.sundance.org/eng/index.htm.
Leonor Sá Machado EventosMúsica | Orquestra de Macau em digressão mundial até 24 deste mês [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Orquestra de Macau (OM) partiu na passada quinta-feira numa digressão mundial que dura até ao próximo dia 24, série que inclui a participação no festival mundial de música Brucknerfest Linz. A OM tem ainda concertos marcados na Áustria, Suíça, Hungria e outros países, “divulgando assim a cultura e artes de Macau perante o público europeu”, explica o IC em comunicado. O mesmo organismo afirma que a “OM tem assumido o papel de embaixadora cultural de Macau” desde a sua criação. Até 2014, realizou, de acordo com o IC, concertos em mais de 40 cidades da China, sendo o primeiro colectivo musical a percorrer todo o país. Já nesta digressão pela Europa, a Orquestra sobe a palcos internacionais, participa em múltiplos espectáculos significativos e leva ao exterior quatro programas diferentes especialmente criados para a ocasião”, avança a organização, constituída pelo IC e pelos Serviços de Turismo. Este fim-de-semana foi passado na Áustria, enquanto no próximo dia 17 ocupam um palco na cidade austríaca de Erl, passando para Zurique no dia seguinte. A 20 de Setembro marcam presença na Liszt Ferenc Zeneművészeti Egyetem, em Budapeste, e a 21 realizam o seu último concerto da digressão, de volta à Àustria. O colectivo será conduzido pelo maestro principal da OM, Lu Jia, mas conta também com a presença de Leong Hio Ming, vice-presidente do IC. O convite para a actuação da OM veio directamente da direcção do festival Brucknerfest Linz, que ficou com este nome devido ao seu criador, um compositor do século XIX natural desta cidade, Anton Bruckner. Presente estará também uma orquestra do continente, pelo que a OM surge na qualidade de agrupamento representante do país na série de actividade “Foco na China”. O grupo local apresenta-se em palco com o pianista Zhang Haochen e Wu Wei, “dando a conhecer os êxitos a nível musical da China contemporânea”. A OM convidou ainda Sophia Feinga Su para actuar na digressão. Sophia é uma violinista local com apenas 15 anos de idade.
Joana Freitas EventosViolinista Gidon Kremer traz “Piazzolla” a Macau [dropcap style=’circle’]C[/dropcap]hamam-se “Máscaras e Rostos” e “Novas Estações” e são os dois concertos que Gidon Kremer apresenta em Macau, juntamente com a Kremerata Baltica. Conhecido como um dos mestres do violino, Kremer foi convidado pelo Instituto Cultural (IC) para estar presente no XXIX Festival Internacional de Música de Macau (FIMM). Nos dias 12 e 13 de Outubro, pelas 20h00 horas, no Centro Cultural de Macau, o vencedor dos Concursos internacionais Queen Elisabeth, Paganini e Tchaikovsky actua em dois espectáculos únicos. “Gidon Kremer ficou conhecido como o ‘Violinista do Diabo’, em 2001, sendo considerado que ninguém consegue explorar os sentimentos mais profundos da música de Piazzolla como ele, que obteve ainda um prémio UNESCO do Conselho Internacional de Música”, refere a organização. O programa do concerto “Máscaras e Rostos” inclui Frates, a obra mundialmente célebre de Arvo Pärt, o Concertino para Violino e Cordas de Mieczyslaw Weinberg e excertos de A Arte da Instrumentação. Contudo, a sua atracção principal é um projecto de vídeo conjunto intitulado “Rússia: Máscaras e Rostos”. No XXIX FIMM, Gidon Kremer faz-se acompanhar pela Kremerata Baltica, uma orquestra que já percorreu meia centena de países. Este conjunto conta com colaborações com alguns dos mais ilustres solistas e maestros, incluindo Sir Simon Rattle, Vladimir Ashkenazy, Vadim Repin e Yo-Yo Ma, entre outros, “tornando-se numa das melhores orquestras de câmara a nível internacional”, como indica a organização. Os bilhetes estão à venda por preços que vão das 200 às 300 patacas.
Leonor Sá Machado EventosCinema | Programa experimental na Cinemateca Paixão É sob o mote do 10º aniversário do Centro Histórico que o IC cria um programa piloto para dar vida nova à Cinemateca Paixão. A experiência arranca hoje, com a exibição de “Guia in Love” e a indústria cinematográfica tem porta aberta para reservar salas no local até Dezembro [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Instituto Cultural (IC) arranca hoje com um programa piloto na Cinemateca Paixão, na Travessa da Paixão, junto às Ruínas de S. Paulo. O programa dura até 31 de Dezembro e oferece à indústria cinematográfica e associações locais a oportunidade de colocarem em acção os seus projectos, reservando o espaço para esse efeito. O programa experimental prevê a exibição, hoje, de um filme realizado por um artista local. “Guia in Love” é o nome do filme que estreia o projecto, marcado ainda por uma série de actividades abertas ao público até final do ano. O cinema localiza-se num edifício com três andares e tem diferentes funções como armazenamento de documentos ligados à indústria de filmes, empréstimos de livros e apreciação crítica de cinema. O rés-do-chão reserva-se à bilheteira e às salas de cinema, incluindo ainda uma sala de controlo, inicialmente utilizada para a exibição de filmes sobre arte e cultura. O primeiro andar disponibiliza material sobre filmes locais, como são periódicos e revistas e o escritório fica no segundo piso. “O estabelecimento da Cinemateca pretende promover a cultura cinematográfica em Macau, cultivando a crítica e fornecer uma escolha diversificada de películas”, informa o IC. Um filme para lembrar “Guia in Love” é uma obra realizada no território por Sam Leong, com actores de Macau e Hong Kong, incluindo Vivian Chan e Terence Chui. Também a banda sonora conta com o tema “Goodbye My Love”, do produtor local Joe Lei. Trata-se de uma película dentro do género de comédia romântica com passagens em locais históricos da cidade. O filme arranca com um triângulo amoroso entre uma jovem e dois rapazes que são amigos desde pequenos, até que a paixão assola dois deles. Entrelaçadas estão várias outras histórias de amor, a não perder, mais que não seja pelo background cultural que oferecerem. A sua realização é organizada pela Associação Cultural de Filmes e Produções Televisivas de Macau, sendo que a estreia deverá contar com uma série de representantes desta indústria. O IC assegura ainda que a população pode contar com a organização de workshops e outras actividades aberto ao público entre Outubro e Dezembro, que são anunciadas mais perto da data de realização. A partir de hoje e até Dezembro a bilheteira estará aberta para que os interessados possam reservar espaços com o objectivo de lá realizarem actividades.
Filipa Araújo EventosLivro | “Direito do Jogo em Macau” apresentado na próxima semana Com a assinatura de dois profissionais da área do Direito, o livro “Direito do Jogo em Macau” nasce com o intuito de facilitar e de ser uma ferramenta de trabalho útil para aqueles que se dedicam à área, mas não só. A apresentação é já terça-feira, na Fundação Rui Cunha [dropcap style=’circle’]P[/dropcap]ara já só existe em Português, mas Óscar Alberto Madureira, advogado e co-autor do livro “Direito do Jogo em Macau”, garante que num futuro próximo a publicação estará disponível em Chinês e Inglês. O lançamento do livro – assinado também pelo jurista Fernando Vitória -acontece já na próxima terça-feira, dia 15 de Setembro, na Fundação Rui Cunha, pelas 18h30. A obra junta todas as leis, regulamentos, instruções e uma série de outros tipos de diplomas sobre o Direito do Jogo no território. “O que nós fizemos foi uma compilação de todas essas leis, regulamentos de jogos, despachos do Chefe do Executivo e compilámo-las num documento, num livro”, começa por explicar Óscar Alberto Madureira ao HM. Além disso, foi ainda introduzido um comentário à Lei do Jogo [16/2001], aquela que é considerada a lei principal. “Fizemos uma nota, não a todos os artigos porque há artigos que não têm grande relevância comentar, mas aqueles que achamos serem os mais importantes e sobre os quais achámos que valia a pena dizer alguma coisa. Claro, é a nossa opinião, é subjectiva, é um comentário”, anota. No livro, que pretende ser um instrumento de trabalho para os profissionais da área do Jogo, mas também um fácil meio de acesso às leis do sector, está ainda um apanhado dos contratos de concessão e cláusulas que envolvem todos os esses contratos e os de subconcessão. “Foi feita uma espécie de minuta onde também se fez algumas anotações”, refere Óscar Madureira. Facilitar é ordem Outro documento presente no livro é um glossário de termos jurídicos. A experiência profissional dos autores fez com que os mesmos considerassem necessária a criação de uma lista de conceitos, principalmente os mais recentes, em língua inglesa, ou até os termos mais antigos que estão em Francês. “Muitas vezes uma só palavra representa uma ideia e, portanto, na gíria do dia-a-dia dos casinos utilizam-se muitos estes conceitos que têm um significado próprio, aos quais também é atribuída uma determinada importância e que, sendo desconhecidos da maior parte da população, ou da população que não está habituada a lidar com as questões do Jogo, entendemos [serem] importantes definir”, explica. Por último, existe ainda um glossário de termos chineses. “Muitas vezes é utilizado pelos croupiers ou pelas pessoas que trabalham nos casinos para definir determinados momentos do jogo, ou determinadas circunstâncias relacionadas com o jogo”, acrescenta. Questionado sobre a virtude deste trabalho, Óscar Alberto Madureira reforça a conotação de ferramenta de trabalho que o livro poderá ter. “Aqui coligimos a informação e pretendemos sistematizar de acordo com aquilo que, para nós, fazia sentido. É um documento que as pessoas podem procurar no sentido de se orientarem mais facilmente”, frisa. “Além deste papel de reunião de leis, o que se acrescentou poderá ser útil, porque primeiro há uma exposição sobre a leitura de determinados artigos e, depois, são explicados conceitos, essencialmente na parte do glossário e da gíria, que poderão ser úteis a qualquer pessoa, não só a funcionários da área”, remata. O prefácio conta com a assinatura de Manuel Joaquim das Neves, Director da Inspecção e Coordenação de Jogos de Macau a convite da Fundação Rui Cunha. “[O livro] (…) constitui uma preciosa ferramenta de trabalho, não apenas para todos os que dia a dia lidam com estas matérias, como também para todos os que se dedicam ao estudo da mesma. Que este trabalho sirva de estímulo e inspiração para o surgimento de muitos outros, não apenas em Português mas sobretudo em língua chinesa (…)”, escreve o director.
Hoje Macau Eventos“O Desolado” candidato de Portugal a uma nomeação para Óscares [dropcap style=’circle’]O[/dropcap] filme As Mil e Uma Noites, Volume 2: O Desolado, do realizador Miguel Gomes, é o candidato de Portugal a uma nomeação para o Óscar de melhor filme estrangeiro, anunciou esta segunda-feira a Academia Portuguesa de Cinema. De acordo com um comunicado da Academia Portuguesa das Artes e Ciências Cinematográficas, aquele filme da trilogia de Miguel Gomes foi escolhido para representar Portugal na categoria de Melhor Filme Estrangeiro nos Óscares da Academia Americana de Cinema. O Volume 2 conta com as interpretações dos actores Joana de Verona, Teresa Madruga, Gonçalo Waddington, Crista Alfaiate, João Pedro Bénard, Xico Xapas e Luísa Cruz nos papéis principais. Este filme integra uma trilogia baseada no conto persa As Mil e Uma Noites, no qual a rainha Xerazade entretém o rei com histórias fantásticas para preservar a própria vida. “As histórias contadas são sobre um país socialmente desesperado onde predomina o descontentamento. Esse país é Portugal”, sublinha o comunicado da Academia sobre o filme. O júri da Academia que seleccionou o filme foi composto por Paulo Trancoso (produtor), Lauro António (realizador), André Szankowski (director de fotografia), Pedro Melo (director de som) e Miguel Monteiro (actor). A estreia da longa-metragem de Miguel Gomes As Mil e Uma Noites, Volume 2: O Desolado, está marcada em Portugal para o dia 24 de Setembro.
Leonor Sá Machado EventosFestival do Bolo Lunar | Broadway celebra com “enigma da lanterna” [dropcap style=’circle]A[/dropcap] Broadway Macau comemora o Festival do Bolo Lunar com festas semanais que incluem o jogo “enigma da lanterna”, com direito a vários prémios. É a partir de 12 de Setembro que as hostes abrem. Todos aqueles que gastarem um mínimo de cem patacas na Broadway ficam elegíveis para participar neste passatempo. Todos os sábados, a organização vai criar workshops de construção de lanternas, com direito a concursos para três grupos: crianças até aos dez anos, jovens entre os 11 e os 18 anos de idade e, finalmente, adultos. O último desafio e oficialização dos premiados será feito no sábado de 26 deste mês. “Não perca a oportunidade para mostrar o seu talento no Festival do Bolo Lunar e ganhar prémios até às mil patacas no concurso de lanternas”, urge a Broadway. Artistas coloridos Não vai faltar, como a tradição bem manda, um desfile “colorido”, a ter lugar todos os fins-de-semana de 12 a 26 deste mês, dias oficiais da celebração. O desfile vai compreender trabalhos feitos por artistas da própria Broadway e encerra com um concerto ao vivo. “A Broadway é já famosa pelos seus vistosos perfis e esta em especial – com 800 lanternas para oferecer aos visitantes – vai ser um luminoso acrescento às festividades deste mês do Outono”, escreve a organização em comunicado. Finalmente, terá lugar no próximo dia 25 a Full Moon Party, parte do Carnaval do Meio-Outono. O evento tem início marcado para as 21h15 horas, com direito a concertos e performance de DJs pela noite fora. Os primeiros 300 visitantes a fazer o registo online para a festa e os primeiros 300 a visitar a Broadway Macau nessa noite terão direito a sorteio de prémios no valor de cinco mil patacas. Calendarização das actividades Enigma das Lanternas: das 18h00 às 22h00 nos dias 12, 13, 19, 20, 25 e 27 de Setembro Workshops de decoração de lanternas DIY: das 16h00 às 19h00 horas nos dias 12, 13, 19, 20, 25 e 27 de Setembro Desfile de Lanternas: das 21h15 às 21h30 horas nos dias 12, 19, 25 e 27 de Setembro Full Moon Party: das 21h30 até tarde, dia 25 de Setembro
Leonor Sá Machado EventosNina Dipla em Macau para workshops sobre Pina Bausch [dropcap style=’cirle’]A[/dropcap] grega Nina Dipla vai estar em Macau a partir de hoje para workshops de dança que vão até à próxima sexta-feira. Na Fundação Rui Cunha (FRC) terá lugar a aula de dança “Seguindo Pina Bausch: Como dançamos?”, às 19h00 de sexta-feira, numa sessão gratuita e aberta ao público, que conta com a participação de Candy Kuok e Stella Ho. A Stella & Artists e o Teatro Aether também integram a organização. Nina Dipla nasceu em Salónica, na Grécia, tendo sido membro, na década de 80, da Equipa Nacional de Ginástica Rítmica da Grécia, onde aprendeu ballet clássico. Foi aos 17 anos que assinou o seu primeiro contrato de performance com o Teatro Nacional de Salónica para mais tarde seguir para a Alemanha para estudar. Aí, frequentou a Universidade de Artes Folkwang, onde conheceu Pina Bausch, aclamada bailarina de origem alemã. Após conclusão do curso, em 1993, a artista participou no seu primeiro espectáculo de Bausch, o “The Rite of Spring”. Caminho solitário “Os contactos frequentes com reputados bailarinos alemães, sobretudo com Pina Bausch, de quem foi assistente em 1999, inspiraram Nina Dipla a criar o seu próprio sistema educativo e seguir o caminho de ‘solo-dança’”, explica a FRC. Dipla tem feito uma série de digressões pela Ásia e pela Europa. “Apresentou-se em vários programas de dança e assumiu a direcção de performances, tendo cooperado com muitos directores notáveis, entre os quais o famoso Tadashi Suzuki”, continua a organização. Pina Bausch foi uma dançarina alemã nascida nos anos 40 e que faleceu em 2009, deixando presente um legado em teoria e história da dança. Entre as sequências mais marcantes está uma das mais recentes, na qual o realizador Pedro Almodôvar se inspirou para uma das sequências do seu filme ‘Habla con ella’. Pina Bausch tem uma biografia extensa, com uma série de peças de dança originais, actualmente desenvolvidas e que ganham vida em palcos por todo o mundo.