“Conversas a Giz” sobe ao palco do CCM este fim-de-semana

[dropcap style=’circle’]”[/dropcap]Divertida, emocional e imprevisível.” É assim descrita a peça de dança e teatro “Conversas a Giz”, que sobe este fim-de-semana ao palco do Centro Cultural de Macau (CCM). Especialmente dedicada aos mais pequenos, a peça trazida pela companhia escocesa Curious Seed quer fazer os mais pequenos perceber da vida.
“Numa mescla de dança e conversas traçadas a giz, os performers pedem ao público que revele as suas preferências, abordando tópicos que vão de Harry Potter e Beyoncé a dinossauros e zombies, sem abordá-los verdadeiramente. Em vez disso, ‘Conversas a Giz’ permite um momento descontraído e uma oportunidade para uma reflexão mais complexa sobre identidade pessoal”, começa por descrever a organização. “Através de diálogos sinceros, por vezes emocionais, em combinação com uma série de momentos coreografados, os dois artistas descrevem-se a si próprios de forma pouco habitual, frequentemente ao som de música atmosférica e intensa, cativando as mentes de grandes e pequenos.”
A ideia é simples: permitir que a dupla de bailarinos que sobe ao palco consiga interagir com os mais pequenos de uma forma que os leve a descontrair e a perceber a vida, “tocando em temas universais, do amor à felicidade” e sem esquecer coisas boas, “como a pizza”. “Equilibrando humor e descontracção com intensos movimentos corporais, a dupla vai interagir com uma plateia de miúdos a partir dos oito anos”, frisa o CCM.
Levando pais e crianças numa viagem de retorno às coisas simples da vida, Chook e Gek, os personagens de “Conversas a Giz”, misturam técnicas de teatro para recontar a história original do russo Arkadi Gaidar, escrita em 1939.
A Curious Seed foi fundada em 2005 pela coreógrafa e performer escocesa Chsritiane Devaney. A visão da companhia “é criar espectáculos envolventes, estimulantes e descomprometidos tendo como base a expressão física”.
A peça está em exibição amanhã, pelas 15h00 e 19h30 e domingo às 19h00.

26 Ago 2016

Rota da Seda inspira dança clássica no CCM

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]bailado “Noite de Luar de Haojiang – Rota da Seda” vai subir ao palco do Centro Cultural de Macau (CCM), nos dias 16 e 17 de Setembro, pelas 20h00. Os bilhetes estão já à venda na Bilheteira Online de Macau.
“Noite de Luar” é uma criação do dramaturgo Yang Wei e vai ser interpretado pelo Grupo de Artes de Shaanxi e pela Companhia de Canto e Dança de Shaanxi.
O espectáculo inclui personagens que representam exploradores, guias, enviados, comerciantes, pacificadores e vagabundos, entre outros, “numa metáfora abstracta aos feitos históricos de Xuan Zhuang, Kumarajiva, Zhang Qian, Ban Chao, Gan Ying, Marco Polo, Meng Tian, Wei Qing, Huo Qubing, General Voador, a Princesa Jie You, Wang Zhaojun e ciganos”, refere informação do CCM.
Este bailado dá ênfase a vários estilos de danças: a solo, a dois, danças em grupo, populares e tradicionais. Uma história que fala sobre a rota da seda, tentando revelar o sentido deste histórico percurso e “transmitindo, através da estrutura das personagens, uma busca espiritual, espontânea e romântica”, refere a organização.
As emoções são transmitidas ao público através da utilização de artefactos e de um ambiente cénico especialmente criado para enriquecer as emoções e torná-las mais vivenciais.
“No palco, concebido como um deserto, as personagens caminham solitária e penosamente, permitindo ao público sentir profundamente as emoções de felicidade, ira, tristeza e alegria bem como o amor e ódio.”
Os bilhetes para o bailado Noite de Luar de Haojiang – Rota da Seda encontram-se à venda e os preços variam entre as cem e as 200 patacas.

26 Ago 2016

Seminário sobre Moda este sábado

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]contece este sábado o seminário “A Moda e as Indústrias Culturais”, organizado conjuntamente pelo Fundo das Indústrias Culturais e Centro de Incubação de Marcas de Moda de Macau. O evento tem lugar às 15h30 no auditório do Museu de Arte de Macau e conta com convidados do sector de moda, como Xander Zhou, designer de renome no interior da China, Trunk Xu, fotógrafo de moda “no topo de ranking no interior da China”, e Nic Lei, mestre de maquilhagem de Macau.
Os três vão contar as suas histórias da carreira no design de vestuário, nas indústrias de moda e na arte de fotografia, partilhando a experiência que tiveram no funcionamento das marcas de produtos.
Xander Zhou é o primeiro designer de moda da etnia chinesa que entrou no programa oficial da semana de moda masculina de Londres e uma das personalidades chinesas mais influentes do mundo, no ranking da revista Forbes 2010. Trunk Xu é fotógrafo no topo de ranking no continente, com 41 coberturas nas revistas mais reconhecidas no continente e nos outros países e fotógrafo especial indicado pelos artistas da China. Já Nic Lei é mestre de maquilhagem colaborador com a Semana Internacional de Moda realizadas em Pequim e Xangai, mestre de maquilhagem colaborador do Sindicato de Moda da Grã-Bretanha.
O seminário será conduzido em Chinês mas com tradução para Português e dura cerca de duas horas. Os lugares são limitados para cem pessoas e a entrada livre. As inscrições devem ser feitas pelo telefone 89850890, ou através do email lilycheong@fic.gov.mo.

26 Ago 2016

Blue Man Group: “A melhor noite de teatro da sua vida”

Andam nisto há mais de 20 anos, mas a idade não pesa. Os Blue Man Group estão em Macau até dia 28 de Agosto, prontos para lhe dar “a melhor noite” da sua vida. Teatro, comédia e música sobem ao palco do Venetian, naquela que é a digressão mundial dos homens azuis. Mas não sem antes Meridian, capitão do grupo, e Tony Aguirre, director musical, nos darem a conhecer um pouco mais do espectáculo. Os bilhetes ainda estão à venda e, sim, pode trazer as crianças e a alegria de viver

Nasceram em 1987, começaram com espectáculos em 1991. Como é que conseguem manter a vitalidade ao longo de todos estes anos, de forma que não seja sempre a mesma performance?
Acho que muita da energia e contínua inspiração para o espectáculo vem da própria audiência, porque o nosso espectáculo é tão interactivo que mesmo nós, ao fazê-lo, sentimos que é sempre diferente. Sentimos que estamos sempre a interagir com um quarto elemento, que será o público. E ao longo dos anos, essa contínua inspiração mantém-nos enérgicos. Também há as mudanças no mundo, que estão constantemente a acontecer. Somos muito curiosos e tiramos sempre ideias da cultura e das pessoas à nossa volta e incorporamos isso no nosso espectáculo, na evolução por que ele passa.

Então o espectáculo é alvo de mudanças? Engloba a coreografia, a música, a própria performance?
Pensamos nisso como uma evolução do espectáculo. Há certas coisas que se mantêm constantes, como a curiosidade que referi, o personagem Blue Man, que tentamos que se mantenha de uma certa forma, na forma como interage com as pessoas, no seu carácter… É difícil de descrever, tentamos tirar algumas das nossas características pessoais para nos podermos abrir a algumas características mais profundas, que todos temos, para podermos celebrar a vida com a audiência. Essas são as constantes do espectáculo. Mas há novas tecnologias, os visuais, o design do palco… estamos sempre a inventar novas músicas e instrumentos. E claro, o personagem está sempre à procura de novas formas de interagir, de responder ao que se passa. CREDITOS_BMD

Disse que absorvem o tipo de lugares onde estão, as pessoas e a cultura. Estão em Macau desde o início de Agosto… já vos inspirou de alguma forma para os vossos próximos espectáculos?
(Risos) Vamos ver. Às vezes demora algum tempo para essas coisas acontecerem e ainda estamos no início da nossa digressão mundial, que começou [em Março] em Singapura. Só estamos nisto há uns meses e vamos continuar por algum tempo mais, por isso todos os locais onde vamos pensamos “o que se passa aqui?”. Temos de recolher a informação e ver o que acontece da próxima vez.

Já estiveram na Ásia anteriormente?
Alguns membros do espectáculo já cá estiveram, mas é a primeira vez que este espectáculo específico, que é o mais actual, cá está. Nunca foi visto em sítio algum. E para todos nós nesta performance, incluindo eu, esta é a primeira vez.

Não têm problemas com a barreira da língua, presumo, porque não comunicam por palavras. Mas é fácil agradar ao público asiático?
Exacto. As audiências asiáticas tendem a ser, ainda que nem sempre, mais tímidas à primeira impressão. Mas é óptimo ver, no final do espectáculo, que eles se põem de pé, a dançar e a divertirem-se como todos os outros espectadores. (Risos)

Sabemos que o Blue Man é o personagem, o ícone, por trás do espectáculo, mas como é que vocês o descrevem?
O Blue Man é a personificação das melhores características do ser humano. A curiosidade, o desejo de conectar com os outros, o nosso lado criativo, a alegria e apreciação pela vida, está lá tudo. O Blue Man é um personagem que tenta perceber quem são as pessoas na audiência, para que servem os objectos à sua volta… é curioso e aberto a ideias. E, através dessa interacção com o público, a ideia é fazer com que também as pessoas fiquem nesse estado de alma. Estamos todos em contacto, tal como em crianças, que somos naturalmente curiosos. Tentamos trazer às pessoas a lembrança dessa forma de ser.

Tiveram algum tipo de treino para ser exactamente como o Blue Man criado por Matt Goldman, Phil Stanton e Chris Wink, fundadores do grupo?
Sim. É interessante dizer “exactamente como esse personagem”, porque cada um de nós é um diferente Blue Man. Quando um dos outros no show interpreta o Blue Man, vai ser diferente de mim. Todos temos de encontrar a nossa forma de estar aliados à tal abertura de mente e ligação às pessoas de que falámos, de ser curiosos, de experimentar. Mas isso vai sempre ser diferente em cada um, por isso não podemos chamar “exacto”. Há muita variação.

Ainda têm relação com os fundadores? Estão presentes diariamente?
Sim, eles são os responsáveis pela empresa e estão envolvidos na criação das novas ideias que chegam ao espectáculo. Phil [Stanton] veio à abertura do show em Singapura e vemo-los diversas vezes. Não quero falar por eles, mas acho que concordam que este trabalho é fruto do amor deles e mantém [os princípios de] como o criaram.

Vocês são três Blue Man em palco. Mas quantos existem nesta digressão?
Somos quatro, na verdade, mas apenas três sobem ao palco. Durante a semana vamos mudando, o que permite uma folga a cada um e também ter um substituto se houver uma lesão ou se alguém ficar doente. Depois temos a banda, que são quatro em palco mas têm dois substitutos. Ao todo, com a crew, somos 26.

Mas há outros grupos a actuar como Blue Man noutras partes do mundo ao mesmo tempo?
Sim, temos espectáculos em Nova Iorque, Boston, Chicago, Las Vegas (que já conta com dez mil espectáculos, o que é incrível), Orlando e Berlim. Mas nós somos os únicos na digressão mundial.

O Meridian é um Blue Man há mais de uma década. Porquê a escolha?
Achei que era algo que se adaptava a mim, em termos da diversidade artística que tem: música, sou formado em piano, representação, sou formado nisso também. E depois adoro a interacção, as pessoas doidas com quem consigo trabalhar. É espectacular. Não esperava estar a fazer isto, depois de tanto tempo, mas estou muito satisfeito que seja parte da minha vida e quero que continue.

Há quanto tempo é Capitão? E como é o trabalho?
Seis anos. Boston, Las Vegas e na digressão norte-americana. E agora nesta digressão mundial. O meu trabalho é ajudar-me a mim e ao resto da equipa a continuar a explorar o que é ser o Blue Man. Não é algo que se faz e já está: temos de continuar a encontrar formas, ao longo do tempo, de ser essa personagem em cada show, como se fosse a primeira vez que o fazemos. Isso exige concentração, mas também que estejamos a divertir-nos.

O espectáculo tem um guião ou é diferente?
Sim e não. Há uma linha orientadora, uma série de eventos que acontecem. Mas é muito dependente da audiência e de como ela interage. Fazemos quase as mesmas coisas, mas há respostas diferentes sempre, pelo que comunicamos – mesmo sem ser por palavras. E depois há sempre uma pessoa do público que trazemos ao palco e, essa, não está definitivamente em nenhum guião, temos de nos adaptar ao que possa vir daí.

Há uma combinação de música, representação, comédia. Ajuda o facto dos Blue Man terem um ‘background’ artístico?

Sim, temos um outro que é actor também, mas fez mais teatro musical, temos outro que é dançarino e um músico. Mas não interessa se há esse background ou não, é mais se é possível à pessoa adaptar-se. Eles ensinam-nos, desde que estejamos prontos a desenvolver essas capacidades.

Tony Aguirre, director musical. Como é que os ajuda a ser o Blue Man?
De diversas formas. Fazemos muitos sons para acompanhar os movimentos deles e muitas das cosias são feitas ao vivo: se um Blue Man atira com algo, ou apanha algo com a boca, salta de uma cadeira, há sons que vão com isso, que alguém faz num instrumento real em tempo real. O que é complicado porque não sabemos o que estes gajos vão fazer ou, ainda pior, o que a audiência vai fazer. Se um membro do público está em palco, temos de estar atentos do nosso “posto”, onde vivemos, para ajudar com os efeitos sonoros. E também temos música, que tocamos às vezes com os nossos fatos cheios de luzes… (risos)

Como é que integrou o Blue Man Group?
Toda a gente integra o grupo vindo de áreas muito diferentes. Temos o exemplo do Meridian, que é um excelente pianista – não sei se ele mencionou isso – (risos). Eu venho de um background de Rock and Roll, durante toda a minha vida toquei esse estilo e integrei o show há uns cinco anos, numa audição em Orlando.

Vocês criam a vossa própria música? É tudo original?
Sim e não. Aquilo que é muito, muito fixe em ser um músico neste grupo é que a nossa música não é de pauta, um livro com notas. Aliás nem sei ler música. O que é espectacular é que toda a gente aprende a forma de tocar um bocado recorrendo à tradição oral: somos contratados e aprendemos as partes vendo, o que implica que haja mudanças e nunca seja igual. Porque cada um adapta. Depois, muita da música que a banda toca é baseada no movimento físico dos actores. Se um Blue Man salta de uma parte para a outra, deixando pelo meio o que era suposto fazer, então temos rapidamente de criar algo para preencher essa acção. Às vezes criamos 16 barras de música num espaço onde não havia nada. E fazemos isso todas as noites. Podemos improvisar, mas dentro do estilo do Blue Man, dentro do universo.

O que é que o Tony toca na banda, além de a liderar?
Cordas: guitarras e alguns outros únicos instrumentos. Um deles é a Zether eléctrica (instrumento comummente utilizado para o estilo Folk no século XIX) e outro é o Chapman Stick (instrumento da família da guitarra criado nos anos 1970). Todos os instrumentos são baterias ou instrumentos de corda. Usamos muitos efeitos para criar sons interessantes necessariamente não vão ser os sons a que estamos habituados a ouvir destes instrumentos específicos.

Meridian, tanto tempo no Blue Man Group, tem de haver uma história engraçada que o tenha marcado.
Há tantas coisas engraçadas, como pessoas que deixam o palco a correr, o que é mau dizer porque não quero que tenham medo de ir lá acima (risos). Mas tenho uma, de uma senhora de idade que estava sorridente e atenta e eu escolhi-a para ir ao palco. Passei dez pessoas para lá ir ter mas não me apercebi até chegar ao pé dela que era muito frágil. Arrisquei e, devagarinho, levantei-a. Uma senhora que estava com ela levantou–se também para a ajudar e, muito devagar, caminhamos em direcção ao palco. Mas foi tão devagar numa parte que era para ser rápida, que estava tudo em suspense. A nossa equipa maravilhosa, sempre a pensar à frente, preparou mais um lugar na mesa, algo que não é comum, para a acompanhante da senhora. Foi a primeira e única vez que tivemos duas pessoas no palco. Foi maravilhoso, a audiência estava em suspense a ver o que ia acontecer e foi fantástico. Apesar do espectáculo ser mais longo que o costume (riso).

Para as pessoas que ainda não viram o vosso espectáculo, o que lhes podemos dizer?
Meridian: Uma das coisas que tem de fazer se vive aqui ou se está cá de férias é vir ver o nosso espectáculo, não perca a oportunidade. Prometemos muitas gargalhadas e um tempo bem passado. Asseguro que vão estar de pé no final, com os braços no ar a divertirem-se imenso. Não percam.

Tony: Pessoas boas de Macau, venham por favor ver o espectáculo. Vai ser, prometo, a melhor noite que alguma vez passaram num teatro. De sempre.

Em busca do sentido da vida

Matt Goldman, Phil Stanton e Chris Wink decidiram há 25 anos que iriam fazer da sua vida “uma com sentido”. Resolveram seguir os seus impulsos criativos, que acabaram por dar origem à criação de uma personagem azul. Tinha nascido a companhia que actualmente é conhecida por Blue Man Group e que veio a desenvolver-se num pequeno teatro de Nova Iorque. Hoje, são uma companhia à escala global e premiada com os mais prestigiados galardões do entretenimento. A vida e obra do grupo do homem azul corre os palcos do mundo e os seus espectáculos já foram vistos por mais de 35 milhões de pessoas em cerca de 15 países.

25 Ago 2016

Arte | Competição criativa da Sands desafia a olhar passado e presente

Chama-se Concurso de Arte Criativa e é uma iniciativa do grupo Sands que pretende levar os cidadãos a pensar e a expressar Macau através de qualquer forma de arte. As inscrições abrem hoje e vão até dia 23 de Outubro

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]grupo Sands arranca hoje com um concurso para avaliar as várias expressões de arte locais. A iniciativa conta com a participação de associações locais ligadas às artes e com o apoio do Instituto Cultural (IC) e da Direcção dos Serviços de Turismo (DST).
O “Concurso de Arte Criativa” tem por objectivo contribuir para o desenvolvimento de várias expressões artísticas e dar continuidade à iniciativa governamental de diversificar e promover o desenvolvimento industrial. Todos os residentes podem participar com vários trabalhos e as candidaturas podem ser entregues até 23 de Outubro.
O tema deste concurso é “O passado e o presente de Macau” e os trabalhos podem ser apresentados em qualquer suporte. Fotografias, pinturas, esculturas e trabalhos em 3D: não há limites para a apresentação de trabalhos criativos e podem ser feitos em nome individual ou em grupo.
Os formulários de candidatura podem ser descarregados no site da Sands, bem como nos dos hotéis do grupo. Todos os residentes podem participar e há prémios para todos os participantes, sendo que o primeiro classificado, com o Trophy plus, recebe 20 mil patacas. O valor total entregue em prémios é de 150 mil patacas.

Pompa e circunstância

Os trabalhos serão expostos entre 25 de Novembro e 26 de Dezembro. Haverá também uma gala para entrega de prémios. O grupo decidiu criar um prémio específico em todas as categorias, para os trabalhos cujo tema seja o Parisian Macao, o novo resort da operadora no Cotai com inauguração prevista para 13 de Setembro.
O painel de jurados será composto por nomes de vários quadrantes do mundo das artes de Macau e do exterior.
Durante a conferência de imprensa no Venetian, ontem, foram convidados vários representantes das entidades envolvidas nesta organização que se juntaram pela primeira vez na realização deste concurso. “Olhar Macau e perceber o que mudou nos últimos tempos, valorizar a arquitectura e o espaço é o desafio que lançamos”, refere o comunicado da operadora. Durante a conferência, o presidente do grupo, Wilfred Wong, foi mais longe dizendo que “espera que Macau inspire os artistas do concurso, de tal forma que as peças possam vir a ser vendidas nos resorts do grupo”.

24 Ago 2016

Doze milhões para receber medalhados olímpicos

[dropcap style=’circle’]N[/dropcap]ão se sabe ainda quem são, mas a comitiva que trará os medalhados olímpicos a Macau para uma visita de quatro dias incluirá, com certeza, os atletas chineses condecorados com o ouro nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e abre ainda portas para outros medalhados “dependendo da preferência da população e das autorizações dadas pela delegação da China”, afirma Pun Weng Kun, presidente do Instituto do Desporto (ID).
A visita, que decorre entre 29 de Agosto e 1 de Setembro, tem o custo de cerca de 12 milhões de patacas pagos pelo Governo local e pretende promover o gosto pelo desporto no território. Depois da recepção dos atletas no próximo dia 29, o dia seguinte começa às 10h00 com um encontro com cerca de 1500 estudantes no Pavilhão do Fórum, seguido de uma visita aos locais que integram o “património mundial de Macau”, como afirma José Tavares, presidente do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais.
Para acabar o dia em grande terá lugar uma exibição na Nave Desportiva dos Jogos da Ásia Oriental. A plateia será de seis mil lugares e os bilhetes disponíveis para os residentes são quatro mil, sendo os restantes atribuídos a convidados. A distribuição de bilhetes para este serão tem lugar amanhã no Pavilhão Desportivo do Tap Seac a partir das 19h00.
A manhã de dia 31 é dedicada à comunidade e a delegação olímpica será dividida em três grupos que andarão em contacto directo com as gentes da terra. O objectivo é proporcionar a todos o exemplo, nomeadamente às classe mais desfavorecidas.
A tarde do mesmo dia é passada com os jovens locais. O acontecimento tem lugar no Pavilhão Desportivo do Tap Seac e visa promover a interacção entre os jovens do território e os exemplos do desporto. Para o efeito serão levadas a cabo competições através de jogos de equipa entre os profissionais e admiradores.
Os bilhetes para esta actividade estão disponíveis no Tap Seac a partir de 26 de Agosto às 10h00 e Leong Lai, directora dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ), espera a presença massiva dos mais novos da terra. Os alunos que estão a estudar fora não foram esquecidos e a DSEJ coloca em prática um serviço de comunicação online para que “todos possam participar”, afirma Leong Lai.
Cada residente pode levantar um máximo de dois bilhetes sob apresentação do BIR. A nadadora Fu Yuanhui, que conquistou o bronze no Rio de Janeiro, poderá integrar a equipa que visita a RAEM.

24 Ago 2016

Clube de Ténis comemora aniversário com campeonato

O Clube Civil de Ténis de Macau comemora 90 anos de existência e planeia a organização de um campeonato com duplas mistas e masculinas, cuja soma de idades seja de 90 anos, tal como a idade do clube. As inscrições para participar neste campeonato começam dia 29 de Agosto e fecham dia 18 de Setembro. A competição terá início no dia 26 de Setembro e vai estender-se durante duas semanas.
Durante a semana os jogos começam às 19h00 e aos fins-de-semana arrancam às 9h00. Todos os interessados devem dirigir-se ao clube e preencher o formulário disponibilizado para o efeito e sem o qual não podem ter acesso ao campeonato de ténis por equipas.
Com características portuguesas e chinesas, este clube abriu as portas a 10 de Agosto de 1926 e “desde a sua inauguração tem contribuído de forma significativa para a divulgação e prática da modalidade”, de acordo com informação divulgada. É com este espírito de iniciativa sempre presente que o clube vai agora chamar a jogar todos os amantes deste desporto. Tendo como patrocinador a Sociedade de Jogos de Macau, os prémios serão concedidos aos campeões e aos segundos e terceiros lugares de ambas as categorias com o montante total do prémio a ser de 20 mil patacas.

24 Ago 2016

Exposição de artesanato pelos alunos e professores do IFT

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Instituto de Formação Turística (IFT) organiza até 30 de Outubro uma exposição de artesanato de peças feitas a partir de couro. Professores e alunos são os responsáveis pelas criações, que estão à venda nas instalações da instituição.
Tratar e trabalhar a pele dos animais é uma tradição que, segundo registos, remonta a 1450 DC. Existem mesmo gravuras encontradas em cavernas no Egipto, que “contam” esta prática. A China não é excepção e durante o período do Imperador Amarelo, considerado o fundador da nação chinesa, as pessoas faziam vários utensílios em pele, nomeadamente sapatos.
Com a introdução das máquinas, o artesanato passou para segundo plano e esta arte quase desapareceu. Mas a moda e as vontades são cíclicas e actualmente as pessoas valorizam este género de trabalhos. Se, por parte do público há grande aceitação destes produtos manufacturados, por parte de quem os faz também há vontade de criar e inovar. Para dar resposta a esta “necessidade”, o IFT começou a dar formação através da organização de cursos, que começaram em 2013.
Artistas conceituados desta área vieram ensinar novas técnicas e designs na tentativa de dinamizar o artesanato. Em 2015, Sin Mei Cheong e Sin Mei I, que tiveram formação em Hong Kong, Taiwan e no Japão juntaram-se à equipa do IFT no âmbito de um curso de Design e produção de artesanato em couro.
Agora, de malas a capas de telemóvel, são diversos os trabalhos demonstrados pelos alunos e professores. Esta exposição pretende mostrar que a nova geração de artesões “domina a arte” e que estes “são verdadeiros herdeiros” de uma tradição que estava no esquecimento, mas que está a ser reintroduzida no quotidiano.

24 Ago 2016

Tuzki festeja aniversário no Galaxy com desporto para miúdos

[dropcap style=’circle]“[/dropcap]The World of Tuzki”, a Gala dos Jogos de Verão, começou no dia 13 e vai estender-se até 23 de Outubro, no Galaxy. Um evento dedicado às crianças onde é promovido o convívio a par da actividade desportiva, com o coelho Tuzki que vem festejar dez anos de existência.
A personagem que agrada a miúdos e graúdos foi criada por Wang Momo, em 2006, e rapidamente conquistou uma legião de fãs. O coelho é apreciado por todas as faixas etárias e é frequente “vê-lo” nas plataformas sociais, onde é usado como moji, para expressar emoções em mensagens escritas. A sua característica é a linguagem corporal.
Nesta gala de desporto, a função do coelho é a de captar a atenção dos miúdos e motivá-los para a prática de desportos enquanto se divertem. Kevin Clayton, responsável do gabinete de Maketing do Galaxy, descreve esta como “uma gala que pretende gerar motivação para as crianças participarem de forma activa na prática desportiva”.
Durante este período, uma das praças do empreendimento transforma-se num estádio com 600 metros quadrados, para incentivar o espírito desportivo. Os atletas estarão vestidos com fatos completos de ginástica e vão competir nas modalidades de corrida, arco, boxe, salto em comprimento e lançamento de martelo. O objectivo é ganhar medalhas que poderão depois trocar por leite e cenouras, a comida preferida do coelho mascote desta gala.
Para animar o recinto, haverá ainda uma parada diária que ocorre de hora a hora, entre as 12h30 e as 19h30 com as “cheerleaders” do Tuzki. As crianças poderão interagir com o grupo ou até encontrar a mascote num qualquer corredor do resort. A entrada é gratuita.
 

23 Ago 2016

Autora chinesa recebe prémio “Hugo” por história que escreveu em três dias

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]autora chinesa Hao Jingfan recebeu o prémio “Hugo” na categoria de história curta com o conto “Folding Beijing”. A cerimónia decorreu no sábado, em Kansas, nos EUA, na gala anual da Science Fiction Convention.
Hao Jingfang vence a categoria deste ano dos prémios Hugo com “Folding Beijing”, que demorou apenas três dias a ser escrita. A categoria onde a autora chinesa ganhou é dedicada a pequenas histórias entre os 7500 e os 17.500 caracteres.
A narrativa descreve a cidade de Pequim como um local onde pessoas de diferentes extractos sociais não se misturam umas com as outras, onde existe como que uma barreira que as separa e onde os trabalhadores não especializados são substituídos por máquinas. Uma cidade fria, despida de características humanas que a autora espera que não passe de ficção.
“Apesar de, no meu livro, apresentar uma solução para esta realidade, espero que ela nunca venha a acontecer”, frisa, admitindo que a realidade também é dura. “Há pessoas que morrem de fome e há jovens enviados para frentes de batalha.”
A ideia de escrever esta história nasce num dia que podia ser igual a todos os outros, mas quis o destino que não fosse. “Passei por um mercado de rua onde havia muitas pessoas a regatear preços, muito barulho e muita confusão. Entretanto numa conversa com um taxista, ele conta-me um pouco da sua vida e explica-me o quão difícil foi pagar para conseguir ter os filhos num infantário. De alguma maneira isto fez-me ver que as pessoas, embora partilhem o mesmo espaço, muitas vezes não conversam, nem se vêem umas às outras.”
Hao Jingfang é a segunda autora chinesa a ganhar este prémio. O ano passado o vencedor foi Liu Cixin com uma história da trilogia “The Three body-problem”. Este ano o autor não foi sequer nomeado.
A autora de 32 anos revelou que não foi uma total surpresa ficar em primeiro lugar, “mas também estava preparada para que isso não acontecesse”.
O Prémio Hugo é entregue anualmente para os melhores trabalhos escritos e realizações na área da Fantasia ou Ficção Científica, referentes ao ano anterior. O nome “Hugo” é uma homenagem ao fundador da revista de ficção científica “Amazing Stories”, Hugo Gernsbach. Este concurso é organizado pela World Science Fiction Society e os galardões são entregues na gala anual World Science Fiction Convention. A primeira vez que foram atribuídos foi em 1953, mas desde 1955 que são atribuídos anualmente. São considerados um dos prémios mais importantes na área da fantasia e ficção.

23 Ago 2016

Cinema | Arranca hoje mostra de filmes do Festival da América Latina

Começa hoje e estende-se até 15 de Setembro: em três locais diferentes, sempre às 19h00, vai poder ver mais de uma dezena de filmes da América Latina gratuitamente. O ciclo de cinema arranca com “Valentín” e “Abril Despedaçado”, o filme que levou Rodrigo Santoro ao cinema internacional

[dropcap style=’circle’]C[/dropcap]omeça hoje a mostra de filmes integrados no Festival da América Latina 2016, da Association for the Promotion of Exchange Between Asia-Pacific and Latin America (MAPEAL). A estreia dá-se com “Valentín”, na Fundação Rui Cunha, sendo que até dia 15 de Setembro poderá assistir a mais de uma dezena de películas gratuitamente, em diversos locais de Macau.
A mostra arranca com “Valentín”, um filme da Argentina, de 2002. Dirigida por Alejandro Agresti e em colaboração com França, Espanha, Itália e Holanda, a longa-metragem é um drama que se foca num rapaz de oito anos que quer ser astronauta. Valentín (interpretado por Rodrigo Noya) mora com a avó e é fruto de uma família disfuncional: a mãe, judia, foi expulsa de casa pelo pai, tido como um “playboy”, e a criança sabe mais da vida do que a sua idade permitiria.
Uma mulher que entra na vida do pai, a história da mãe que Valentín mal vê e tantos outros problemas são o mundo que gira em torno do rapaz de oito anos e que só ele poderá resolver.

"Valentín"
“Valentín”

Já amanhã, também na Fundação Rui Cunha, é a vez de “Abril Despedaçado”. Um filme brasileiro com colaboração suíça e francesa, realizado por Walter Salles e que é uma adaptação do romance “Prilli i Thyer”, de Ismael Kadare. O ano é 1910 e, no sertão brasileiro, vive um jovem de 20 anos que é constantemente instigado pelo pai para vingar a morte de seu irmão mais velho, assassinado por uma família rival. Tonho, interpretado pelo conhecido actor Rodrigo Santoro, é de uma família pobre que luta com os vizinhos pelos pedaços de terra onde a agricultura, fonte de sustento da família, cresce. Sob a pressão do pai, Tonho mata um dos filhos da família rival, levando a que o jovem fique marcado como a próxima vítima das rixas entre famílias. Tonho começa a pôr em causa este tipo de tradição e a reviravolta pode fazê-lo a desonra da sua própria família.
Foi com “Abril Despedaçado”, de 2001, que Rodrigo Santoro saltou para o estrelato do cinema e começou a receber convites para filmar fora do Brasil.

Vidas cruzadas

Para dia 29, segunda-feira, está reservada a mostra da película peruana “Magallanes”. Agendada para as 19h00, mas na Universidade de Macau – edifício da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas – o filme debruça-se na história de um ex-soldado do Exército, que ganha dinheiro como motorista de táxi. Passa depois a ser motorista de um Coronel reformado, que esteve à frente de um pelotão do qual fazia parte Magallanes. Mas há algo mais que torna os homens próximos: um segredo com uma mulher que se cruza, literalmente, com Magallanes. Diridigo por Salvador del Solar, o filme é de Agosto de 2015.
A este, segue-se “Luna de Avellaneda”, feito na Argentina em 2004 por Juan José Campanella. A película esmiúça a história de um clube desportivo e social em Buenos Aires, que pode vir a ser fechado. O local é a base de Román, que não só vê os sócios do seu clube diminuírem, como descobre que a sua esposa o trai. O filme narra os altos e baixos de uma luta contra o encerramento do espaço e de um ciclo. Pode ser visto na Fundação Rui Cunha.

"Magallanes"
“Magallanes”

Todos os filmes estão marcados para as 19h00 e têm entrada gratuita. O ciclo de cinema latino da MAPEAL estende-se até 15 de Setembro, com filmes do Brasil, Venezuela, Chile, Equador e Colômbia, entre outros.

23 Ago 2016

América Latina | Festival cultural acontece até 15 de Setembro

“O festival Cultural da América Latina 2016” estende-se até 15 de Setembro. Nele vai poder ver exposições de fotografia, demonstrações de culinária, cinema e seminários de literatura. O evento decorre em vários lugares em simultâneo

[dropcap style≠’circle’]J[/dropcap]á está aí o “O Festival Cultural da América Latina 2016”, orgnanizado pela Association for the Promotion of Exchange between Asia-Pacif and Latin America (MAPEAL). Nele vai poder assistir a uma série de eventos, organizados em diversos locais, que vão desde a cultura à cozinha, fotografia e cinema. A troca de experiências culturais também será um dos objectivos desta iniciativa, que conta com oradores dos países aqui representados.
Integrado neste certame, temos o “American Latin Festival Gourmet”, que arrancou dia 19 e se estende até dia 8 de Setembro. Durante três semanas, chefs oriundos da Venezuela, Cuba e Colômbia vão dar a conhecer diversas iguarias dos seus países. Pode assistir e provar tudo no Grand Lapa.
De 25 de Agosto a 15 de Setembro haverá também demonstrações de culinária de Cuba, Venezuela e Colômbia. O espaço será dividido entre o Instituto de Formação Turística e a Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau. Os pratos tradicionais estarão aqui em grande destaque e, se gosta de experimentar coisas novas, esta é uma oportunidade que não pode desperdiçar.
A chef Alejandra Bermudéz vem da Colômbia para dar a conhecer a cozinha do país, mas apenas até 25 de Agosto. A representar a cozinha venezuelana está Inocencio Benito Pacheco Vilória, que ocupa o lugar de Bermudez para uma demonstração de 26 de Agosto a 1 de Setembro, dia em que entra em acção Yoiry Rodrigues Hernandez, que veste a camisola de Cuba até o dia 8 de Setembro.

Fotos e seminários

Uma série de fotografias sobre culinária e bebidas que arrancou a 19 de Agosto, na Torre de Macau, vai estar patente até ao final desta semana. Segue para o Instituto de Formação Turística, onde fica de 29 de Agosto a 2 de Setembro acabando no edifício da Universidade de Ciência e Tecnologia, onde vai estar de 5 a 7 de Setembro.
Ao todo são ainda oito os seminários a que vai poder assistir para ficar a conhecer um pouco melhor países como Chile, Cuba, Equador, Peru, entre outros. Os oradores são diplomatas e os encontros vão decorrer de 25 de Agosto a 15 de Setembro. Terão lugar na Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau e no IFT. O primeiro orador é Edmundo Bustos Azócar, da embaixada do Chile na China.
Para os amantes do cinema também há boas notícias. De amanhã a 15 de Setembro, tem uma longa lista de nomes para escolher já que tem lugar uma exibição de películas na Fundação Rui Cunha e na Universidade de Macau. “Valentin” da Argentina, “Abril Despedaçado”, do Brasil, “Nostalgia de la luz” do Chile, “Luna de Avellaneda” da Argentina e “Los Hongos” da Colômbia são alguns exemplos do que pode ver gratuitamente.

22 Ago 2016

“City Notes”, de Yves Etienne a 30 de Agosto na AFA

[dropcap style=circle’]Y[/dropcap]ves Etienne inaugura no dia 30 de Agosto a exposição “City Notes”, na Art For All Society (AFA). A exposição do artista francês é aberta ao público e concentra-se em diversas artes, que vão da pintura à fotografia e ao vídeo e música, “numa simbiose perfeita com a cidade”.
“City notes” não é apenas o que ouvimos no dia-a-dia da cidade. Não é o som dos peões, dos carros ou dos mercados. Nem sequer dos pássaros, dos aviões e da natureza. “É o som emitido pelas fileiras e fileiras de prédios ao longo das ruas. Aos olhos do artista, as camadas de edifícios são como a estrutura de uma pauta”, descreve a organização.
Yves Etienne cria pautas musicais a partir de elementos que encontra na cidade. E foi o que fez em “City Notes”: imprimiu uma imagem panorâmica da cidade e fez furos de acordo com os elementos que encontrou nos prédios representados na imagem, por exemplo aparelhos de ar condicionado.
“Esses pequenos furos são posicionados como as notas musicais na pauta. Depois passa a imagem para uma pequena máquina de música onde o som é criado de acordo com os elementos existentes na fotografia ou na pintura. E é assim que nasce uma música para cada paisagem, edifício ou rua”, indica a AFA.
Yves Etienne tem um mestrado em Belas Artes pelo Instituto Superior de Artes de Toulouse e vive na Ásia há já alguns anos. A mostra será diversificada uma vez que Yves Etienne trabalha com fotografia, pintura, música e vídeo.
A exposição inaugura pelas 18h30 de dia 30 deste mês e pode ser visitada entre as 12h00 e as 19h00 até 18 de Setembro. A entrada é livre.

19 Ago 2016

IC | Actividades para promover a comunicação entre a comunidade

Integrar artistas, agentes sociais e comunidade é o objectivo da iniciativa do IC “Ligar as peças da comunidade”. São quatro dias de trocas de conhecimentos e experiências que pretendem criar um mundo mais fácil e mais capaz de comunicar através da utilização da arte

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]comunidade é um todo dinâmico e com necessidade de comunicar entre si e a arte pode ser um veículo ao serviço de todos. “Ligar as peças da comunidade” é o tema de um ciclo de actividades que teve início ontem e se prolonga até ao próximo domingo, dias em que vão ser debatidos e experimentados estes e outros temas. A iniciativa promovida pelo Instituto Cultural (IC) quer, através de um conjunto de palestras, seminários e workshops debater a forma como a comunidade no seu todo pode expressar as suas preocupações tendo em conta a via da criatividade e da arte.
As actividades que têm lugar durante quatro dias vão dar a oportunidade a diferentes pessoas e entidades de partilharem as suas experiências de forma a que seja construída uma “plataforma de criação conjunta que ligue as pessoas”, informa o site do IC que anuncia o evento.

Comunicar melhor

Depois de ontem ter tido lugar o “Contador de histórias da cidade”, um espectáculo acompanhado de palestra acerca dos traços de memória locais, tem lugar hoje – das 10h00 às 17h00 – o workshop de formação de instrutores de arte para pessoas com deficiência. A iniciativa conta com a participação de professores experientes da “Associação de Arte com pessoas com deficiência de Hong Kong” e pretende que os cuidadores que prestam serviços nesta área possam aprofundar conhecimentos acerca dos diferentes tipos e formas artísticas e, ao mesmo tempo, estudar técnicas de comunicação mais eficazes no ultrapassar dos desafios que a área representa. O evento tem lugar na Escola de Música do Conservatório de Macau e é limitado a 15 participantes.
Para o serão está agendada a palestra “A viabilidade das artes intervirem na sociedade”, a partir das 20h00. O evento a ter lugar no edifício do IC tem como oradores Yeung Sau Churk, também vindo da vizinha RAEHK. A intenção da palestra é fomentar o debate acerca da participação da arte contemporânea que para muitos ainda é um “lugar vedado” à participação social. É objectivo ainda mostrar que é necessário pôr a arte ao serviços das causas sociais e serão abordadas algumas das possíveis formas de o fazer.

Não escolhe idades

Amanhã tem lugar “A visita ao museu com velhos amigos”. A actividade que decorre no Museu de Macau é dirigida aos mais velhos com idade igual ou superior a 65 anos. Os 15 participantes serão orientados por monitores da “Arte no Hospital” de Hong Kong de modo a juntar “um grupo de velhos amigos” na visita a uma exposição. No final são todos convidados a partilhar as suas reflexões pessoais acerca do que viram numa demonstração de que a arte é para todos.
A tarde será preenchida com a temática do teatro participativo. O evento tem lugar na Escola de Música do Conservatório de Macau com a realização de um seminário que demonstra a experiência já vivida em Taiwan entre a comunidade de Gouziwei e a iniciativa ShanDongYe. O objectivo é ilustrar como é que o teatro pode reunir a comunidade incluindo os moradores como actores e público, de modo a que possam sentir as dinâmicas de cada um dos lados. Os exemplos serão dados com o que já aconteceu com a peça “Passeios nocturnos” e conta com a participação de uma das actrizes do espectáculo, Shu-chin Lai, e Li-hua Chang, uma residente da comunidade.

Encontros criativos

A iniciativa termina no domingo com uma edição de “Speed dating”. A actividade tem lugar das 15h00 às 18h00 no Conservatório de Macau. A intenção é colocar em contacto artistas e elementos da comunidade para trocar experiências e responder a questões que possam surgir de parte a parte.

19 Ago 2016

Cinema | Filme japonês em Macau para ajudar animais abandonados

Um documentário filmado no Japão após o sismo de 2011 pretende mostrar a importância de ajudar os animais. Todas as receitas arrecadadas em Macau, onde o filme se estreia no Cinema Alegria, vão ser doadas à ANIMA e à Pet Pet

[dropcap style=’circle’]C[/dropcap]hama-se “Dogs without names” e vai estrear em Macau a 25 de Agosto, na próxima quinta-feira. O documentário faz parte de uma actividade de caridade organizada pela Associação Star Rise Cultural and Creative, para “apoiar” a entrada em vigor da Lei de Protecção de Animais já no início de Setembro e para ajudar os cães e gatos abandonados.
O filme conta a vida de cães e gatos abandonados no Japão após o sismo de Tohoku, em 2011. Muitos habitantes foram obrigados a evacuar as suas casas, enquanto muitos animais foram abandonados na área afectada pela radiação. A protagonista do filme é uma produtora de televisão que viu cães e gatos a serem levados para abrigos onde o único destino que os esperava era a eutanásia. A mulher ficou “chocada” e decidiu implementar qualquer tipo de ajuda possível. cinema2_SEM CREDITOS
Ainda assim, a produtora conheceu também pessoas que tentaram salvar os animais, fazendo com que estes pudessem, por exemplo, servir de companhia a idosos sozinhos em lares, de forma a que pudesse renascer uma nova vida para ambos.
 

Promessa de vida

Em Macau, segundo os números do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, mais de 300 cães e 24 gatos foram abatidos no ano passado. Portanto, valorizar a vida dos animais também é intenção desta apresentação.
“Não abandonar os seus animais de estimação, não só brincar com eles mas sim cuidar deles, deixar de comprar e vender animais e, quando adoptar animais, pensar que é uma promessa de toda a vida [é o objectivo]”, disse Esther Lim, presidente da Associação Star Rise Cultural and Creative, ao HM.  
A actividade vai ter lugar no Cinema Alegria, às 19h00 e conta com a presença de representantes de várias associações de protecção de animais de Macau, com os seus amigos animais, bem como vários artistas de Hong Kong e Macau, como Filipe King e Carlos Koo. Os bilhetes estão à venda, com o preço de 250 patacas. Todas as receitas, descontando os custos, vão ser doados à Sociedade Protectora dos Animais de Macau – Anima e à loja de animais Pet Pet, para oferecerem comida a gatos e cães abandonados.

18 Ago 2016

Estudantes de Macau entre melhores do mundo em concurso da Microsoft

[dropcap style=’circle’]D[/dropcap]ois estudantes de Macau estão entre os seis vencedores do concurso anual promovido pela Microsoft que os torna “masters” na utilização em ferramentas Office. Os jovens foram escolhidos entre mais de sete mil candidatos que prestaram uma prova de conhecimentos. Receberam um certificado e um prémio em dinheiro na final que se realizou em Orlando, nos EUA.
Lei Kuan Hou tem 16 anos e estuda no Instituto Salesiano. Ganhou o concurso da Microsoft na vertente Excel 2010, numa série onde a versão de 2013 também esteve em avaliação. Este jovem, que diz gostar de correr, revelou-se um “craque na prova de demonstração de conhecimentos que se realizou na Florida”, como indica um comunicado enviado aos jornais.
Quem também participou foi Chao Ka Hei, que ganhou na versão Power Point 2010. Estudante no colégio Yuet Wah, diz que os principais hobbies são a programação e a informática em geral. Este é o segundo ano consecutivo que este estudante de 17 anos ganha o prémio. Os dois estudantes são assim nomeados oficialmente Campeões Mundiais do Campeonato Mundial da Microsoft Office.
De entre os seis finalistas, dois são de Macau, dois de Hong Kong, um da Bulgária e um dos EUA, o que confere à Ásia o primeiro lugar no pódio da competição mundial. Este ano a Microsoft recebeu 700 mil candidaturas, que vieram de todo o mundo. Como explica o porta-voz da Microsoft, Bob Whelan, “primeiro são feitos concurso regionais e daí é que são escolhidos os melhores para participarem a nível mundial. Os jovens divertem-se durante a competição, mas aprendem muito e no final recebem um diploma a certificar a sua mestria a lidar com a ferramentas Office”.
Estes jovens génios, que têm capacidades fora do comum dentro da informática, continuam a surpreender até os próprios representantes da Microsoft. “Estes estudantes são masters a lidar com o Word, Excel e o Power Point”, diz a Microsoft, acrescentando que “alcançaram um grau elevado a trabalhar com as aplicações e isso irá ajudá-los a obter sucesso nos estudos, a entrar no mercado de trabalho e a serem reconhecidos e valorizados”.
A Microsoft vai continuar a patrocinar este encontro anual que oferece aos seis finalistas um montante em dinheiro que varia entre os cinco mil e os 7500 dólares americanos.

18 Ago 2016

Fundação Macau abre concurso para apoio a espectáculos locais

[dropcap style]V[/dropcap]ão abrir as candidaturas para os “Espectáculos da Fundação Macau para os Cidadãos 2017” sob o título “Produções em Macau, Paixão por Macau”. A quinta edição apoia criações artísticas de associações locais, num total de 16 vagas a ser preenchidas. As candidaturas devem ser entregues pessoalmente na Fundação Macau, entre os dias 22 e 29 de Agosto.
Desde que foi lançada, no ano de 2013, a iniciativa dos “Espectáculos da Fundação Macau para os Cidadãos” tem por objectivo “incentivar e apoiar as criações artísticas das associações locais do sector das artes e representação, com vista a melhorar o nível profissional dos artistas locais, aumentar o grau de participação das associações de artes e representação de acções culturais e artísticas e elevar a competitividade dos seus programas, de modo a contribuir para fomentar a oferta de programas de representação com participantes locais para que entrem nos bairros comunitários e enriqueçam a vida dos cidadãos”, de acordo com informação da Fundação Macau.
Para protagonizar estes objectivos, o organismo decidiu proceder a uma recolha pública de candidaturas para a realização dos espectáculos. Serão atribuídos apoios financeiros a 16 espectáculos seleccionados que serão levados ao público em 2017. As categorias variam entre dança, teatro, música, ópera ou programas de variedades.
Os candidatos devem dirigir-se pessoalmente aos serviços da Fundação Macau e entregar as candidaturas de 22 a 29 de Agosto. No final do mês de Outubro serão publicados na página da Fundação os resultados do concurso e os espectáculos apurados para receber apoio.

17 Ago 2016

Cinema | Feira de Guangdong, Macau e Hong Kong arranca com sete projectos locais

Começou ontem a Feira de Investimento na Produção Cinematográfica entre Guangdong, Hong Kong e Macau. Este ano foram 25 os filmes escolhidos para captarem investimento, onde realizadores das três áreas geográficas tentam realizar o sonho de passar do papel ao ecrã. Sete são de Macau

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Feira de Investimento na Produção Cinematográfica entre Guangdong, Hong Kong e Macau abriu ontem. Nesta edição, participam 25 projectos cinematográficos de vários produtores das três regiões e cerca de meia centena de investidores. Para o presidente do Instituto Cultural (IC), Guilherme Ung Vai Meng, a feira é mais um passo para a expansão do sector em Macau.
“Esperamos do futuro uma plataforma onde surjam mais oportunidades e mais investimento, para que possamos ter mais recursos para apoiar e dar oportunidades de sucesso [aos realizadores]”, frisou o responsável. A cooperação entre as três partes envolvidas, na tentativa de se fazer mais e melhor cinema, foi partilhada também pelo vice-director da Administração de Imprensa e Publicação, Rádio, Cinema e Televisão da província de Guangdong, Liu Xiaoyi, que defendeu que os apoios são necessários para apostar e desenvolver este sector.
Esta edição da Feira de Investimento conta com a participação de 25 projectos cinematográficos de vários produtores, sendo sete locais. Conta ainda com a presença de mais de 50 investidores convidados para estarem presentes e votarem nos filmes com mais potencial, o dobro dos que compareceram o ano passado.
A apresentação dos projectos que vão a votos foi feita pelos produtores e realizadores dos filmes que buscam investimento, sendo que cada um dispunha de um limite de tempo para “vender” o melhor possível o seu projecto. Além desta apresentação pública, existem ainda reuniões bilaterais onde são discutidos mais a detalhe as questões de investimento e o valor necessário.
Este ano foram criados três novos prémios, que visam distinguir os projectos com mais potencial. “O Prémio de Melhor Projecto Cinematográfico”, “Prémio de Excelência para Projecto Cinematográfico” e o “Prémio de Mérito de Projecto Cinematográfico” serão atribuídos aos três filmes que obtiverem o maior número de votos por parte dos investidores.
No último dia de feira, hoje, há ainda um seminário subordinado ao tema “Financiamento Cinematográfico” onde o público pode também participar. Existem 30 lugares disponíveis e o evento conta com convidados de renome do ramo do cinema. De Hong Kong vieram os cineastas Patrick Tong e Mathew Tang e, como investidor da China, veio Liu Xiaofeng. Todos irão partilhar as novas tendências de financiamento no cinema. A palestra realiza-se às 14h30.

“China Beat”

Entre os participantes de Macau estão dois portugueses, entre eles Fernando Eloy que apresenta “China Beat”. Um drama que fala sobre uma jovem executiva que retorna à China após três anos no Brasil. Em Macau, participa numa festa de amigos e recebe uma chamada do irmão a pedir ajuda. “O patrão [dele] é corrupto e ele decide fazer justiça, mas agora está em apuros”, resume o realizador.

“Macau Boys”

Do realizador Maxim Bessmertny, esta é uma comédia contada em 90 minutos. “Um estudo de personagem de quatro jovens desperdiçando o seu tempo brincando com mulheres, vinho e jogos na cidade de Macau”, explica. O financiamento previsto para pôr em prática este projecto é de 291 mil dólares americanos.

“Days of Being Trapped”

Fantasia e drama contados pela mão do director Vincent Hoi, de Macau. Imagine que devido a um vírus mortal fica fechado com outras pessoas, durante dias, num espaço onde os bens essenciais começam a escassear. Para sobreviver é preciso tomar medidas drásticas e decisões amorais: sacrificar uma pessoa para alimentar as restantes. Em que ficamos?

“Phone Ghost”

Wong Kong Po conta a história de como a tecnologia melhora a nossa vida ao mesmo tempo que escraviza a nossa mente. Uma jornalista recebe mensagens de um assassino. Mas, se no início isso a perturba, esta acaba por se envolver na história e torna-se dependente. Seiscentos mil dólares é o financiamento pedido por este realizador de Macau para concretizar o filme.

“Singing Girl”

É o filme do realizador Lou Ka Hou, de Macau, que conta a história de uma rapariga que sonha ser cantora. Um dia participa num concurso com uma canção contendo linguagem imprópria. Esse episódio sai-lhe caro e ela acaba por ser expulsa da escola e repudiada pela família. Por outro lado, a música que entretanto foi parar à internet permitiu-lhe conquistar uma legião de fãs. Esta dualidade divide a rapariga, que se questiona: abandona o sonho e recupera a vida que tinha, ou deixa para trás o passado e segue rumo ao palco?

“Barbosa and Grantham”

Drama e suspense contados pela mão do realizador de Macau, Ho Fei. É a história de dois homens, Barbosa e Granthman, que lutam desesperadamente para fazer face a uma situação de extrema pobreza e colapso económico no território. Um filme que o realizador promete ser emocionante, com uma morte pelo meio.

“Um jogo bonito”

Do realizador António José Caetano de Faria, esta película fala sobre um menino, Zhu, que sonha ser jogador de futebol. Um dia tem a oportunidade de mostrar as suas qualidades num jogo em Macau, ao qual assiste um olheiro de um grande clube da China. No mesmo dia, o irmão de Zhu é atropelado e a oportunidade foge-lhe por entre os dedos. Anos mais tarde, o irmão mais novo de Zhu tenta a sua sorte para mudar o destino da família.

Vizinhos do lado

Entre os 25 projectos, destacam-se ainda alguns da região vizinha, como é o caso de “Taste of Orange”, de Wong Yuk-wa. O realizador pede 800 mil dólares americanos para concretizar um filme de 90 minutos, classificado na categoria de drama e que fala sobre a vida e a forma como esta pode ser encarada. “As laranjas podem ser doces ou amargas. Não sabemos o gosto até a prova.” A vida é igual.
“Today” é a história contada por Candy Ng e Yeung Chiu Hoi, ambos de Hong Kong. Um relato sobre juventude e amor. “Um fotógrafo de casamentos conhece a mulher da sua vida durante um trabalho. Há um flashback onde as personagens reflectem sobre os vários aspectos da sua vida, amor, carreira e amizade”, indica o resumo do filme.

17 Ago 2016

CCM | Mais uma sessão de InspirARTE no final do mês

[dropcap style=’circle’]C[/dropcap]rianças e pais estão convidados para participarem em mais uma sessão do InspirARTE, um evento organizado pelo Centro Cultural de Macau (CCM) onde não vão faltar workshops criativos, música, passagem de modelos e muitas actividades. Depois de sessões de teatro, que ocuparam os meses de Junho e Julho, a festa acontece agora no dia 28 de Agosto, a partir das 15h30.
Os festejos arrancam com workshops em diversas actuações, incluindo o “Musical GoGoGo!”, que vai levar os miúdos em palco a vestir a pele de leões, macacos e outras personagens inspiradas pelos clássicos musicais “O Feiticeiro de Oz” e “O Rei Leão”. Chega a vez de entrar na “Hora das Palhaçadas” e na d’ “Os Feiticeiros de Marionetas”, onde os participantes vão actuar em conjunto com os seus instrutores, exibindo truques e técnicas que aprenderam. Juntando-se à festa, o Coro Infantil do CCM dá um mini-concerto em que interpretará uma mescla de música e elementos de teatro físico.
“Para além do desfile de talento pelos pequenos participantes, artistas locais prepararam uma série de actividades e brincadeiras criativas. Os mais pequenos vão divertir-se com imaginativas sessões que vão dos contos de histórias e de uma visita secreta aos bastidores, a uma mini-sessão de cinema de animação local e jogos interactivos. Os pais também estão convidados a brincar em diversos workshops relacionados com a temática dos animais nas artes”, pode ler-ser no comunicado do CCM, que diz ainda haver outra novidade: uma mini-passagem de modelos que convida os mais pequeninos, maiores de três anos, a vestirem a pele dos seus animais favoritos.
Esta é já a quarta edição da InspirARTE, que assinala o fim da temporada de Verão. A festa cheia de iniciativas um pouco para todos os gostos convida a uma tarde didáctica em família onde a diversão vai estar presente. A entrada é gratuita.

16 Ago 2016

Português vence maior concurso mundial para estudantes de língua chinesa

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]paixonado por teatro e seduzido pela cultura Oriental, o português Samuel Gomes foi este mês distinguido com o prémio “Melhor Performance Artística”, no maior concurso do mundo para alunos de língua chinesa, o Chinese Bridge. “Foi uma surpresa. Entre mais de cem países, com tanta gente boa, a última coisa que se espera é receber um prémio”, conta à agência Lusa o jovem de 25 anos, natural do Porto.
Licenciado em Línguas e Culturas Orientais, pela Universidade do Minho, Samuel Gomes completou no ano passado um mestrado em Estudos de Teatro, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
A edição deste ano do Chinese Bridge, que decorre em Hunan, província no centro do país, conta com a participação de 146 estudantes de Mandarim, oriundos de 108 países. Samuel, que estuda actualmente no Instituto Confúcio (IC) da Universidade do Minho, é o único concorrente de Portugal.
A declamação do poema Qiang Jinjiu (“Trazei o Vinho”, em Chinês), de Li Bai (701-762 D.C.), um dos maiores poetas da China antiga, valeu-lhe a distinção.
O interesse de Samuel pelo Oriente vem “desde muito pequeno”, quando “adorava ouvir música tradicional chinesa” e se deliciava “com fotos de templos chineses”, que chegava a desenhar no infantário.
Em 2009, optou por estudar Chinês, ainda a China não era “moda” em Portugal e “os estereótipos sobre o país entre os portugueses eram bastante acentuados”. “Existia uma espécie de complexo em aprender Mandarim”, recorda. “Hoje, todos os portugueses falam da China”, diz Samuel.
Em 2011, o Instituto Politécnico de Leiria criou, em colaboração com o Instituto Politécnico de Macau (IPM), a primeira licenciatura em Portugal de Tradução e Interpretação Português/Chinês – Chinês/Português. Desde o ano passado, o ensino de Mandarim foi também introduzido em algumas escolas portuguesas, ao nível do secundário e do terceiro ciclo, como alternativa de língua estrangeira.
O Mandarim é a língua mais falada do mundo. Para Samuel, trata-se de “uma língua justa, que expõe nitidamente o grau de esforço de quem a estuda”. “Quem a quiser estudar seriamente não pode apenas reter a consciência da dimensão da sua diferença. Tem, sobretudo, de a aceitar e sentir”, realça. Mais do que o seu sistema de escrita, é a existência de tons que torna o chinês numa “língua especial”, defende.
Assimilar estes processos exige anos de dedicação: “Actualmente, estudo cerca de 12 horas por dia. Estudo vocabulário, pratico dicção, vejo televisão chinesa ou faço traduções”, descreve Samuel. Ainda assim, “tudo isto não chega para se atingirem resultados mais elevados”, admite.
Segundo Samuel, para obter um bom domínio da língua chinesa é indispensável imergir na sociedade onde esta é falada. “Preciso da China à minha volta 24 horas por dia”, conclui.

16 Ago 2016

Le Syndicate Du Chrome anima noite com sons Afro e Funk

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]banda francesa Le Syndicat Du Chrome está de regresso a Macau para um concerto já amanhã. Depois de, em Outubro, terem não só pisado palcos com a ajuda da Alliance Française como actuado nas ruas do território, a banda de Afro e Funk chega agora para tocar na Live Music Association (LMA) e no Padre Café e Cuccina.
Axel Bagréau, encarregue do saxofone, Maxime Briard, na bateria, e Benoit Campens, no sousafone, juntaram-se a Lionel Espagne (trompete), Bastien Langlois (trombone) e Clément Serre (guitarra) para formar a Le Syndicat Do Chrome, um grupo que promete “conquistar o mundo” como o bando de “mafiosos” que é. Inspirados nos sons de Nova Orleães e nos que vêm da Etiópia e Nigéria, o Le Syndicate Du Chrome promete “pôr todos a dançar”, como assegura Clément Serre ao HM.
A música, uma mistura contagiante de sons Afro e Funk, é “também profundamente influenciada” pelos locais por os seis membros passam e pelas pessoas que os ouvem e que com eles interagem. Quem o diz é Serre, que já sabe o que esperar do território.
“Viemos cá em Outubro e tivemos uma recepção incrível por parte do público”, frisa. Talvez tenha sido essa uma das razões que os levou a querer voltar e a mostrar tanto entusiasmo. “O público daqui é muito disponível para novos sons e mostrou grande abertura ao nosso género musical.”
A banda que gosta de tocar na rua e interagir com as pessoas, confessa que já tocou em vários espaços públicos, nomeadamente “jardins” até de Macau, onde não se pode fazê-lo. Mas, pelo que parece, todos ficam agradados com a música do Syndicate.
“Todos têm sido muito simpáticos connosco, inclusivamente a polícia”, diz Serre. O entusiasmo da banda é tal que fizeram uma música dedicada a Macau. “Provavelmente vai chamar-se A-Má Temple Groove”, dedicada à deusa que deu origem ao nome desta península.
Com a promessa de muita diversão, os Syndicate esperam por si: amanhã na LMA, pelas 22h00, e domingo no Padre Café e Cuccina, ao início da noite. Os bilhetes para o concerto na Live Music Association custam cem patacas se comprados anteriormente, na Livraria Portuguesa ou Macau Design Center, e 120 patacas se comprados à porta.

12 Ago 2016

Casas-Museu | Sábado de Jazz com Vincent Herring, Eric Alexander e prodígios asiáticos

São nomes sonantes na cena musical e vão estar em Macau para um concerto com entrada livre. Vincent Herring, Eric Alexander, Yoichi Kobayashi, Yuichi Inoue e Peng Ji actuam este sábado, num concerto onde não vai faltar talento local

[dropcap style=’circle’]V[/dropcap]incent Herring e Eric Alexander vão tomar o espaço do anfiteatro das Casas-Museu da Taipa. As duas estrelas do Jazz sobem ao palco para mais uma edição do “Concerto ao Anoitecer” e onde partilham o final de tarde com Yoichi Kobayashi, Yuichi Inoue, Peng Ji e o saxofonista de Macau Chak Seng Lam.
O espectáculo “O Poder do Saxofone” está marcado para este sábado, das 17h30 às 19h00. Organizado pelo Instituto Cultural e pelo Jazz Club de Macau, o concerto conta com os norte-americanos Eric Alexander e Vincent Herring: o primeiro é vencedor de um Grammy e um músico e educador reconhecido internacionalmente, sendo mesmo considerado um dos saxofonistas líderes da sua geração. 267ed684b3391352a42d30e2c47c9
“Eric Alexander é um saxofonista, produtor e compositor contemporâneo, cuja carreira inclui a gravação de inúmeros álbuns de cariz singular, perfazendo um total de quase 70 álbuns. Em 1991, participou no Concurso Internacional de Jazz Thelonious Monk, a mais famosa competição de saxofone jazz do mundo, competindo no mesmo palco com saxofonistas proeminentes como Joshua Redman e Chris Potter e vencendo o segundo lugar, assegurando assim o lançamento da sua carreira como músico jazz profissional”, pode ler-se no comunicado da organização. “Os seus vários álbuns têm recebido grande aclamação, sendo muito apreciados nos círculos do bebop tradicional, e as suas interpretações destacam-se pela sua criatividade e ritmo subversivo, levando o público numa viagem pelo mundo da música jazz tradicional e contemporânea.”

Outros impactos

Já Herring é tido como capaz de produzir uma sonoridade de grande impacto. No início da década de 80 iniciou uma colaboração com o saxofonista de jazz Nat Adderley, que se viria a prolongar ao longo de nove anos. Colaborou ainda durante três décadas “com inúmeros mestres do jazz”.
Nas suas interpretações, Vincent Herring inspira-se em diferentes géneros musicais, tendo lançado 19 álbuns a solo e participado na gravação de mais de 240 álbuns.
Mas os dois “mestres do Jazz” não estão sozinhos: o concerto contará ainda com a colaboração de “músicos de topo” do Japão, incluindo o pianista jazz Yuichi Inoue e o baterista vencedor de um disco de ouro Yoichi Kobayashi, bem como de Peng Ji, um baixista de Pequim cujo percurso musical se baseia em sons tanto orientais, como ocidentais.
Foi convidado a actuar no concerto o jovem músico local Chak Seng Lam, “uma nova estrela da música jazz de Macau”, que estuda música desde a infância, tendo passado por escolas em Singapura e na Holanda.
O concerto, que conta também com sessão de improviso, tem entrada livre, fazendo parte de uma longa lista de concertos que acontecem até Outubro, ao segundo sábado de cada mês.

12 Ago 2016

FRC | Exposição de banda desenhada local na próxima semana

Uma mostra de banda desenhada e encontros com os criadores vão preencher o cardápio da exposição que inaugura no próximo dia 18, na Fundação Rui Cunha. A iniciativa pretende incentivar o gosto pelas aventuras lidas e desenhadas das tiras aos quadradinhos

[dropcap style=’circle’]H[/dropcap]istórias aos quadradinhos são coisas para todos. Da banda desenhada (BD) temática à infantil, à característica de determinada zona geográfica, passando pela mais séria e sofisticada, muitas são as pranchas que deleitam os mais diversos fãs.
Macau não foge à regra e 18 de Agosto é a data agendada para a abertura de uma exposição de BD de Macau e Hong Kong. A iniciativa tem lugar na Fundação Rui Cunha (FRC) numa organização conjunta com a Associação de Banda Desenhada, Quadradinho e Brinquedos de Macau (MACT, na sigla inglesa). O objectivo é a promoção desta forma de arte junto da população juvenil e adulta, bem como o incentivo ao desenvolvimento criativo. Para o efeito, e paralelamente, o evento integra ainda um encontro com cartoonistas convidados.
Edward Loi é o fundador da MACT e fala ao HM da origem da associação e dos seus fins. A ideia surgiu porque era “super fã de BD”. Com o gosto vieram os contactos e o responsável começou a conhecer artistas de Hong Kong criadores de pranchas. A curiosidade foi crescendo e Edward Loi, ao analisar o que se passava em Macau, verificou que não havia escassez de amantes da leitura em balões, mas reparou também que o alvo era essencialmente a BD japonesa e com poucas referências para o que se fazia por cá.
Juntou-se a alguns amigos e começaram a “organizar actividades com ilustradores locais e de Hong Kong porque curiosamente”, como afirma Edward Loy, “a BD mais vendida em Macau era as revistas semanais da região vizinha que estavam em exibição entre as molas de todos os quiosques”.
“À parte de compra de livros aos quadradinhos, não existiam actividades que envolvessem a criação e os que dela gostam”, afirma Loi. E foi isso que o fez por mãos à obra. “Achava que era uma pena não existirem encontros e outros actividades que impulsionassem e desenvolvessem a BD local.”
Nasce a Associação e as actividades que promove, onde está incluída a mostra que terá lugar na FRC. Y.E.A.C.H
Edward Loy convidou três escritores de HK e três locais. São todos profissionais na criação de BD, o que “é algo muito raro por aqui”. O evento resulta ainda da cooperação com uma revista de BD fundada em Macau, mas que encontra a sua publicação em Hong Kong.
De entre os convidados está o artista que conta já com dez anos de carreira J-Head, (Cheung Dun Yoi) que, apesar das dificuldades, consegue ver os seus desenhos publicados. Mas a exposição conta ainda com as presenças de Tam Yok Meng, conhecido por UMAN, e Lei Ka Chun, de Macau. De Hong Kong estão as presenças e trabalhos de Sam Tse , Tung Tung e Lei Long Kwan.
É no encontro com os artistas que a organização pretende “partilhar a imaginação e a experiência obtida durante a produção até o produto final das obras”.

Bonecos em risco

Para Edward Loi, a sobrevivência desta arte poderá “estar em risco, dadas as dificuldades dos artistas em se afirmarem no sector”. É com tristeza que afirma que a BD tem vindo a perder terreno na popularidade, salvaguardando que na região vizinha ainda existe um forte grupo de amantes desta arte.
Os dinheiros que financiam a Associação, além das cotas dos membros que a integram, baseiam-se no apoio do Governo e fundações. Apesar da entidade pretender trazer artistas de outras zonas do globo “não consegue” porque os apoio que tem só financia o local, mesmo que “por vezes não seja da melhor qualidade”. Não é o caso dos convidados para este encontro, mas também esta mostra “poderia ser enriquecida com a vinda de gente de outras paragens e a troca de conhecimentos entre todos”. 李家進(筆名:安東尼)
 A Associação quer combater a tendência e tem na agenda a continuidade de trabalhos através da organização de “exposições, seminários e competições” de modo a receber mais “aceitação por parte da população”. Para isso anseia mais apoio, nomeadamente do Governo, para que esta arte não fique exposta nas criações mais “vulgares” afirma.
Para o responsável, a preferência dos consumidores de BD da região é “definitivamente a BD japonesa”, sendo que “ultimamente se regista um crescendo de adeptos de tiras curtas publicadas online”. Para Edward Loi, a razão por detrás do sucesso da “fast BD” é o facto de poder ser facilmente divulgada nas redes sociais e ser leitura fácil e rápida. A mostra, que inaugura pelas 15h30, termina a 2 de Setembro e conta com entrada livre.

11 Ago 2016

Exposição de arte contemporânea estreia hoje no MAM

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Museu de Arte de Macau (MAM) estreia hoje a mostra “Geometria do Universo: 3D e Trabalho de Multimédia por Akin Vong”. A exposição encaixa-se na “Macau Arts Window”, organizada desde 2012, que visa encorajar a criatividade e promover o desenvolvimento da arte contemporânea em Macau.
Akin Vong nasceu em Macau. É ilustrador e, como tal, o seu trabalho desenvolve-se em várias áreas: média tradicional, imagens digitais e animação, design de iluminação e design para exposições temáticas. É também um dos vencedores do primeiro prémio nas categorias de Pintura e Escultura da Charriol Foundation Annual Art Competition e ganhou inúmeras bolsas, que lhe permitiram prosseguir os estudos em diversas partes da Europa e dos Estados Unidos. Em 2011 foi um dos vencedores do Hong Kong Ten Outstandig Designers Awards.
Segundo o MAM, o artista combina vários elementos da geometria básica com o tempo, ritmo, padrões, tamanhos, criando um sem número de imagens nestes trabalhos. No mundo da geometria, Akin Vong vê um universo infinito, que evoluiu a partir de um ponto para uma linha, de um plano para um cubo. “Ele pensa que o universo é infinito. Numa simples gota de suor existem múltiplas criaturas microscópicas. Um homem tem a particularidade de poder ser muito grande ou muito pequeno, dependendo da perspectiva”, pode ler-se no comunicado.
A inauguração da mostra, que apresenta os trabalhos, acontece pelas 18h30 , no terceiro andar do edifício do MAM e está patente até dia 25 de Setembro. O valor da entrada é de cinco patacas, mas aos domingos e feriados as visitas são gratuitas.

11 Ago 2016