FRC acolhe debate “Desafios de Ser Macaense Hoje!”

Decorre hoje, a partir das 18h30, a primeira sessão de um novo ciclo de conferências sobre a comunidade macaense. A sessão tem por nome “Desafios de Ser Macaense Hoje!” e integra-se no ciclo de palestras “Ser Macaense no Século XXI – Cultura, Tradição, Identidade, Desafios”.

A palestra de hoje conta com a presença de José Luís de Sales Marques, presidente do Conselho das Comunidades Macaenses, Elisabela Larrea, investigadora, fundadora e presidente da MACRA – Macanese Culture Research Association; António Monteiro, presidente da AJM – Associação dos Jovens Macaenses; Rachel Antonia Handley, Young Member do Club Lusitano de Hong Kong; e Miguel Silva (via Zoom), afiliado da Casa de Macau em Portugal e sobrinho-neto do último poeta de Patuá, Adé dos Santos Ferreira.

Segundo uma nota de imprensa, o evento pretende abordar “o modo de vida dos macaenses, a comunidade ou as comunidades, em Macau e na diáspora, e os seus desafios diários para manter o ser e o sentir da realidade macaense”. Assim, “o propósito da conferência, e das próximas neste ciclo, é uma discussão construtiva a olhar para o presente e o futuro, sem esquecer a tradição e os diferenciados marcos identitários, em especial a Gastronomia e o Teatro em Patuá, ambos Património Intangível da RAEM e da RPC”.

A valorização dos chineses

Ao HM, José Sales Marques referiu que este ciclo de debates que hoje se inicia é coordenado por si e procura “trazer para a mesa uma vasta gama de contributos pessoais destes mesmos e, de certa forma, renovar o debate sobre o que é ser-se e sentir-se macaense no século XXI”.

Para o responsável, “os desafios são sempre novos, porque o tempo é sempre novo, não volta para trás”, existindo uma “complexa actualidade que funciona como um acelerador, onde as coisas se transformam a velocidades inimagináveis”.

“Estamos sempre a descobrir e a aprender, sobretudo com os mais novos. O desafio da diluição identitária não se verifica só aqui em Macau através da integração e miscigenação. Acontece em toda a parte. Por isso, temos que compreender o pulsar da realidade e a mente aberta para reconhecer que o ser-se macaense também pode mudar com os tempos, mantendo alguns elementos constantes”, adiantou.

Já António Monteiro, referiu que “o maior desafio do macaense foi sempre a adaptação a vários tempos, momentos e conjunturas ao longo dos 500 anos de Macau”, sendo que hoje os desafios de pertencer a esta etnia, e preservá-la, são “diferentes, especialmente para os mais jovens”.

“Foram criadas bases no associativismo macaense, muitas de matriz portuguesa, na sociedade civil de Macau. Assistimos a uma altura de ‘passagem de testemunho’ ou do surgimento de novas caras na comunidade macaense. A diluição só existirá se a comunidade macaense não se assumir como macaense, culturalmente ou identitariamente, e não estiver ‘fisicamente’ presente em Macau”, defendeu.

O presidente da AJM lembrou que “a comunidade chinesa reconhece e valoriza os macaenses e a sua cultura, inclusivamente no património intangível”.

29 Mai 2025

Casa Garden | Exposição de Frank Lei marca reabertura do espaço

Depois de ter estado encerrada durante cinco meses para trabalhos de restauro, a Casa Garden, sede da Fundação Oriente em Macau, prepara-se para receber aquela que é a maior exposição retrospectiva do trabalho de Frank Lei, artista local. Com o apoio da Associação de Desenvolvimento Comunitário Artistry of Wind Box, apresenta-se, a partir do dia 3 de Junho, “Quando a Ilha Lança Suas Sombras: Uma Retrospectiva de Frank Lei”

 

O artista local Frank Lei ganhou, nos últimos tempos, grande destaque no panorama artístico local. Depois da inauguração da mostra “Frank Lei: Cuba 92”, no passado dia 7, na Associação Cultural da Vila da Taipa, eis que a Casa Garden acolhe agora uma nova exposição com trabalhos do artista já falecido, com o apoio da Associação de Desenvolvimento Comunitário Artistry of Wind Box.

Trata-se da maior exposição retrospectiva do trabalho de Frank Lei, intitulada “Quando a Ilha Lança Suas Sombras: Uma Retrospectiva de Frank Lei”, e que abre ao público a 3 de Junho. Segundo uma nota da organização, esta iniciativa “marca a primeira grande mostra desde o falecimento do artista Frank Lei e apresenta a mais extensa selecção das suas obras até à data”, podendo o público visualizar “mais de 60 peças fotográficas seleccionadas”.

Estes trabalhos abrangem “as fotografias de Lei desde os seus estudos em França na década de 1990 e os seus projectos artísticos subsequentes após o seu regresso a Macau”.

Segundo a mesma nota, Frank Lei é considerado um “pioneiro da fotografia contemporânea e da arte experimental em Macau”, sendo que as suas obras “exploram não apenas a estética da fotografia, mas também oferecem profundas críticas e reflexões sobre as realidades sociais”. “Através da fotografia, instalações e práticas interdisciplinares, ele desafia as fronteiras da arte, capturando as metáforas e a poesia inerentes ao desenvolvimento urbano”, destaca a organização.

Influências e olhares

A mostra dedicada a Frank Lei revela-se na Casa Garden, sede da Fundação Oriente em Macau, em três salas que exploram o estilo artístico do artista e revelam “as suas influências estéticas e culturais, experiências interdisciplinares e práticas sociais e pedagógicas”.

Destaque também para a organização de duas exposições paralelas, intituladas “Olhar Errante: À Margem”, realizada em oito locais fora do espaço expositivo, e a “Estante de Artista – Frank Lei: Através das Páginas na Dialect Photo Library”. Espera-se ainda a realização de uma série de actividades adicionais, com stands de chá em formato pop-up, visitas guiadas de fotografia de rua e workshops de fotografia experimental para famílias.

Além de ser uma retrospectiva do trabalho de Frank Lei, esta mostra aproveita também para proporcionar “uma profunda reflexão sobre o papel da arte contemporânea na sociedade”, sendo que “entusiastas da arte e o público são convidados a visitar e interagir com a paisagem urbana que Lei uma vez observou, suscitando reflexões sobre a cultura social e local”.

Segundo uma nota da Associação de Desenvolvimento Comunitário Artistry of Wind Box, Frank Lei foi um “pioneiro da fotografia contemporânea e da arte experimental em Macau”, fazendo também uma conexão com “a realidade social” de Macau. “Através da fotografia, instalação e experimentação em vários media, foi além dos limites da arte, capturando metáforas e poética do desenvolvimento urbano em Macau – uma ilha definida por contradições e transformações.”

A curadoria é de Jane Lei, Lam Sio Man e Cho Ian Leong. A mostra encerra a 29 de Junho. A cerimónia de abertura decorre uns dias mais tarde à abertura de portas para o público, a 17 de Junho, às 18h30.

29 Mai 2025

Graça Morais e Júlio Pomar na galeria AMAGAO partir de quinta-feira

Chama-se “Diálogos de Criatividade” e é o nome da nova mostra promovida pela galeria AMAGAO e que abre ao público esta quinta-feira, a partir das 18h30. Segundo uma nota da galeria, apresenta-se “uma selecção excepcional de artistas portugueses contemporâneos”, sendo que cada um traz uma “perspectiva única e inovadora sobre o panorama artístico actual”.

São, ao todo, 24 artistas, sendo que alguns deles já expuseram o seu trabalho em Macau. “Diálogos de Criatividade” integra um total de 50 trabalhos. Do rol de artistas destaque para os grandes nomes da pintura portuguesa contemporânea, como é o caso de Graça Morais e Júlio Pomar. Seguem-se nomes como Abílio Febra, escultor e artista; Alfredo Luz, Ana Cristina Dias, Ana Pimentel, André Pedro, Cunha Nery, Fernando Direito, Francisco Geraldo, João Paulo, Jorge Francisco, José́ Luís Tinoco, Lara Roseiro, Luís Jesus, Luzia Lage, Madalena Pequito, Maria Dulce Martins, Maria João Franco, Maria Leal da Costa, Númparo, Pedro Proença, Raquel Gralheiro e Susana Bravo.

Vultos da pintura

A pintora Graça Morais, com nome completo Maria da Graça Pinto de Almeida Morais, nasceu no dia 17 de Março de 1948 em Trás-os-Montes. Concluiu o Curso Superior de Pintura na Escola Superior de Belas Artes do Porto (ESBAP) em 1971. Entre os anos de 1976 a 1979 viveu em Paris, como bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian. Actualmente reside e tem o seu ateliê em Trás-os-Montes e em Lisboa.

Desde 1974 realizou e participou em mais de uma centena de exposições individuais e colectivas, em Portugal e no estrangeiro. Destaca-se a representação de Portugal na XVII Bienal de São Paulo (1983) e as exposições individuais no Museu de Arte Moderna de São Paulo (1984) e no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (1985).

Já Júlio Pomar, outro grande nome da pintura portuguesa, nasceu em Lisboa, a 10 de Janeiro de 1926, e faleceu a 22 de Maio de 2018 na mesma cidade. Instalou-se em Paris em 1963. Frequentou a Escola de Artes Decorativas António Arroio e as Escolas de Belas-Artes de Lisboa (1942-44) e do Porto (1944-46), a qual abandonou depois de uma suspensão disciplinar por actividades estudantis.

Fez parte, a partir de 1946, da Comissão Central do Movimento de Unidade Democrática Juvenil (MUD), de resistência à ditadura do Estado Novo em Portugal, tendo sido uma actividade pela qual foi detido no ano seguinte e condenado em tribunal. Em 1949, por ocasião da participação na candidatura presidencial de Norton de Matos, de quem desenhou um retrato muito divulgado, foi afastado do lugar de professor de desenho no ensino técnico.

Expôs pela primeira vez em 1942, em Lisboa, numa mostra de grupo no seu atelier, e realizou a primeira exposição individual em 1947, no Porto, na Galeria Portugália, apresentando desenhos que seriam no ano seguinte editados num álbum prefaciado por Mário Dionísio.

No início da sua carreira, foi um dos animadores do movimento neo-realista, desenvolvendo uma larga intervenção crítica em jornais e revistas: “A Tarde” (diário publicado no Porto, onde coordenou a página semanal “Arte”, em 1945), “Mundo Literário”, “Vértice”, “Seara Nova”, “Horizonte”, “Portucale”, “Comércio do Porto”, etc. Participou na organização das Exposições Independentes, em 1944-45, no Porto, e depois na da Exposição da Primavera (Porto, Ateneu Comercial, 1946), sendo um dos principais organizadores das Exposições Gerais de Artes Plásticas (Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa, 1946/1956). Em 1956, foi um dos fundadores e primeiros membros da direcção da Cooperativa “Gravura”. Pomar dedicou-se especialmente à pintura, mas realizou igualmente trabalhos de desenho, gravura, escultura e “assemblage”, ilustração, cerâmica e vidro, tapeçaria, cenografia para teatro e decoração mural em azulejo.

27 Mai 2025

ARTM | Mostra sobre os 25 anos da associação em Ka-Hó

É já este domingo que a galeria “Hold On To Hope”, um projecto da Associação de Reabilitação dos Toxicodependentes de Macau na vila de Ka-Hó, acolhe uma nova exposição. Trata-se do resultado dos projectos criativos desenvolvidos por utentes em contexto de recuperação e reabilitação. A mostra chama-se “Ageing Gracefully” e tem também o objectivo de sensibilizar a comunidade para o efeito terapêutico da arte

 

Intitula-se “Ageing Gracefully” e é a nova exposição patente na galeria Hold On To Hope, gerida pela Associação de Reabilitação dos Toxicodependentes de Macau (ARTM), com morada na vila de Ka-Hó. A inauguração decorre no dia 1 de Junho, às 16h.

“Ageing Gracefully” chega, precisamente, para celebrar os 25 anos de existência da ARTM, fundada em 1993, e que continua a prestar apoio a pessoas com problemas de toxicodependência, proporcionando também programas de reabilitação e integração social.

Segundo uma nota da ARTM, as obras de arte e artesanato integradas nesta mostra nascem destas actividades com os utentes, sendo “elementos vitais da vida quotidiana na comunidade terapêutica da ARTM”.

“Através de diversos métodos e ferramentas, os participantes podem expressar os seus sentimentos através das suas criações, desenvolvendo as suas competências práticas e criatividade, enquanto exploram as suas percepções sobre o mundo que os rodeia. Essas actividades demonstraram melhorar o funcionamento físico e produzir resultados muito positivos”, lê-se ainda.

Na mesma nota, a ARTM diz esperar que a exposição “aumente a sensibilização entre as organizações e departamentos relacionados sobre as situações actuais dos casos especiais”. Além disso, a mostra permite que os utentes da ARTM “apresentem as suas criações ao público, com o objectivo de fortalecer a sua confiança e a compreensão e aceitação da comunidade”.

A ARTM pretende também “incentivar o impacto positivo da criatividade e das artes”, “promover o engajamento e positividade dos participantes” e ainda “fortalecer a compreensão dos casos especiais entre organizações e departamentos”.

O efeito comunidade

A associação descreve, na mesma nota, que desde a sua fundação tem desenvolvido um modelo de “comunidade terapêutica”, procurando “atender às necessidades especiais de cada cliente em reabilitação” e utilizando “uma perspectiva bio-psicossocial”.

Diz a associação que “o período de tratamento dura pelo menos um ano e inclui vários componentes, como vida comunitária, desenvolvimento de competências de responsabilidade, aconselhamento entre pares, aconselhamento bio-psicossocial, grupos de terapia, seminários educativos, formação profissional, actividades comunitárias, atividades recreativas, desenvolvimento de interesses e grupos de apoio familiar”.

Com estas acções, a ARTM procura “aprofundar a compreensão dos indivíduos sobre a sua dependência e questões pessoais, promover o crescimento pessoal, reconstruir relacionamentos familiares e auxiliá-los na reintegração na sociedade com um novo estilo de vida saudável”, sendo que, “nos últimos anos, acolheram vários casos especiais”.

27 Mai 2025

Ciclo de cinema documental na Casa de Macau a 3 de Junho

A Casa de Macau em Lisboa apresenta, no dia 3 de Junho, o “CineMacau – Ciclo de cinema documental de Macau”, a partir das 16h30, em que se apresentam alguns documentários sobre realizadores locais, ou com ligações ao território.

Segundo uma nota de imprensa, pretende-se, com este evento, “alargar o nosso espaço à divulgação do ‘olhar’ de uma nova geração de cineastas que têm registado imagens e sons sobre a realidade de Macau, passado e presente, trazendo novas perspectivas e novas abordagens sobre esta terra a quem também chamam de sua”.

A coordenação do evento está a cargo de “Ruka” Borges, produtor, apoiado pelo membro da direcção da Casa, Gonçalo Magalhães. Ambos vão assegurar “o enquadramento temático dos filmes”, sendo que será apresentado o primeiro episódio da colectânea “Os Resistentes: Retratos de Macau” do realizador António Caetano de Faria.

Este “recuperou, através da sua ‘lente’, um conjunto de profissões em vias de extinção da antiga Macau”, tratando-se de um projecto cultural sem fins lucrativos apoiado pela Casa de Portugal em Macau, Fundação Macau e pelo Instituto Cultural, com música de fundo composta pela Orquestra Chinesa de Macau.

“Os Resistentes” mostra os retratos de antigas profissões ou lojas em risco de extinção, nomeadamente “sapateiros, relojoeiros, alfaiates, farmacêuticos chineses, carpinteiros”, no geral, “pessoas com décadas de experiência, cuja actividade representa uma parte importante da identidade histórica e cultural de Macau”.

A série foi desenvolvida ao longo de três temporadas — em 2015, 2017 e 2020 — e consiste em episódios curtos, filmados a preto e branco.

“António Caetano Faria começou este projecto ao perceber que muitas destas lojas estavam a desaparecer em silêncio, sem deixar rasto. Ao longo da série, ele procura captar não só os rostos e as vozes, mas também os sons, os gestos e os detalhes do dia a dia desses trabalhadores. O projecto assume um papel quase de arquivo — uma tentativa de preservar, em registo audiovisual, modos de vida e práticas profissionais que deixaram de ser passadas para a geração seguinte”, destaca a Casa de Macau.

Outro projecto

A sessão do dia 3 de Junho complementa-se com o documentário da cineasta Marisa Marinho, “The Macau Project”, onde se capta “a percepção sobre a transição de poderes na RAEM, suscitando-se interrogações e dúvidas de quem, na sua idade (muito jovem), vive as ambivalências de Macau, território que a irá marcar definitivamente como elemento integrante da sua própria identidade.”.

Com este documentário, de 1999, Marisa Martinho apresenta “um ‘olhar’ distanciado e simultaneamente actual na construção de memórias que todos vamos carregando”. Os autores dos projectos cinematográficos estarão presentes na sessão para que haja um debate em torno do cinema.

As marcações devem ser feitas junto da Casa de Macau, com um máximo de 20 pessoas por sessão. A entrada é gratuita, mas pede-se o pagamento facultativo de um “bilhete solidário” no valor de cinco euros.

26 Mai 2025

Fotografia | Somos! traz exposição ao Parisian e novos eventos

Terminado o concurso de fotografia em torno do tema “O Homem e o Divino”, da Somos! – Associação de Comunicação em Língua Portuguesa, eis que chega esta sexta-feira, no Parisian, a exposição que apresenta as imagens, com curadoria do também fotógrafo Francisco Ricarte. A associação apresenta ainda dois novos eventos em torno da imagem, o “FotoPasseio em Macau” e o encontro “FotoSíntess Somos – Imagens da Lusofonia x Halftone”

 

Abre portas esta sexta-feira a nova exposição de fotografia da Somos! – Associação de Comunicação em Língua Portuguesa (Somos – ACLP), nascida do concurso de fotografia subordinado ao tema “O Homem e o Divino”. A mostra, que pode ser vista no Parisian Macau, loja 3306, no piso 3, a partir das 18h30, revela as fotografias vencedoras do concurso lançado entre Fevereiro e Março deste ano, assim como as menções honrosas e outras imagens que o júri considerou relevantes por promoverem a comunicação em língua portuguesa e a disseminação das tradições e características lusófonas. A curadoria está a cargo de Francisco Ricarte, também fotógrafo e arquitecto de formação. A mostra está patente até ao dia 28 de Junho.

Segundo um comunicado da Somos – ACLP, o vencedor do concurso, o fotógrafo moçambicano, Marcos Júnior, estará em Macau, sendo a primeira vez que um vencedor desta iniciativa vem ao território participar na exposição. A imagem de Marcos Júnior intitula-se “Onde há fé, há luz que guia”.

O fotógrafo vai ainda participar em duas novas iniciativas da Somos – ACLP, organizadas em parceria com a associação de fotografia local Halftone, onde se pretende, através da imagem, promover “o papel de Macau como ponte para o intercâmbio cultural entre a China e os Países de Língua Portuguesa e, em particular, um diálogo intralusófono no território, com o foco a recair, este ano, sobre o multiculturalismo religioso e a relação entre o Homem e o Divino”.

Passeios e histórias

Uma das novas iniciativas realiza-se no próximo sábado, 31, e intitula-se “FotoPasseio em Macau – Locais Sagrados”, consistindo num percurso guiado por sítios religiosos de culto, que os participantes poderão admirar e fotografar com o apoio, ao nível técnico, do vencedor do concurso e de Francisco Ricarte, curador da exposição da Somos e também presidente da associação Halftone.

O roteiro, inspirado no tema do concurso, contempla as Ruínas de S. Paulo e sua cripta, o Templo de Na Tcha, o Templo de Tou Tei, o Templo de Pau Kung e o Templo de Kun Iam, “evidenciando a pluralidade religiosa e multiculturalidade da cidade”.

Com este evento, “procura-se propiciar uma descoberta coletiva de formas diversas e criativas de captação da espiritualidade local, através das lentes de máquinas fotográficas ou de telefones inteligentes”, refere a Somos. O ponto de encontro será no adro das Ruínas de S. Paulo, sendo que o passeio fotográfico tem início às 10h30 e uma duração de duas horas. No final, cada participante poderá enviar até três fotografias, acompanhadas de legendas, para serem publicadas no website e redes sociais da Somos – ACLP.

Além deste passeio fotográfico, a Somos – ACLP organiza também o evento “FotoSínteses Somos – Imagens da Lusofonia x Halftone – com Marcos Júnior” no dia 3 de Junho, às 18h30, em que o vencedor do concurso e alguns fotógrafos de Macau irão participar numa sessão de partilha de experiências sobre a captação de imagens em contextos religiosos e cerimónias sagradas no âmbito da lusofonia, nomeadamente sobre técnicas fotográficas para a captação de imagens no domínio espiritual, que permitem a intensificação de características de misticidade e transcendência.

Haverá ainda uma reflexão sobre o diálogo entre o fotógrafo e o sagrado, questionando-se se “deve o fotógrafo ser um mero espectador ou participante, e se devem as suas considerações e crenças pessoais serem factores influenciadores na fotografia”, bem como “sobre o poder das fotografias religiosas e espirituais nas sociedades actuais”. Os dois eventos são gratuitos e abertos ao público, mediante inscrição prévia.

26 Mai 2025

Museu do Grande Prémio | Ilustrações de concurso podem ser vistas até Setembro

Os trabalhos vencedores do Concurso de Ilustração do Carro Vencedor do Primeiro Grande Prémio da Ásia (Macau) estão disponíveis para visualização do público numa mostra patente no Museu do Grande Prémio de Macau (MGPM) até ao dia 1 de Setembro. Os prémios do concurso foram atribuídos na última sexta-feira, numa organização da Direcção dos Serviços de Turismo (DST) e a Macau Creations Limited.

No total, foram entregues 30 prémios. O concurso teve como tema principal o Triumph TR2, carro vencedor do primeiro Grande Prémio de Macau. No total, foram recebidos 88 trabalhos, que receberam mais de 10 mil votos online do público. Uma comissão de avaliação escolheu ainda os primeiros três classificados do grupo de candidatos do ensino secundário e do grupo aberto. A concurso estavam também as categorias de “mais populares da Internet”, “prémios de mérito” e “prémios de finalistas”.

No grupo do ensino secundário, os vencedores foram Chan Hei Wo, em primeiro lugar, seguindo-se Leong Sam U e Ma Nim Ian, como terceiro classificado. Por sua vez, no grupo aberto, ganhou Tam Iok Meng, Lam Si Cheng, em segundo lugar e Cheang Ka Ian, em terceiro lugar.

A exposição que agora fica patente na cave do Museu permite “ao público apreciar as obras artísticas criativas e temáticas premiadas”, sendo que, através da ilustração, “o público poderá também sentir a preciosa história do Grande Prémio de Macau”, lê-se numa nota oficial.

26 Mai 2025

Concerto | Bruno Pernadas em Macau e no Interior em Junho

O mês de Junho será preenchido para o multi-instrumentista e compositor português Bruno Pernadas, que em parceria com a associação NOYB (None of Your Business), protagoniza diversos concertos em Macau, Hong Kong e noutras paragens do sul da China. As sonoridades lusas podem ouvir-se em Shenzhen, no dia 12; em Macau no dia seguinte, e depois em Zhuhai e Hong Kong

 

A associação NOYB (None of Your Business) prepara-se para trazer, já no próximo mês de Junho, a digressão de Bruno Pernadas, “The Greatest Bay Area Tour 2025”, com concertos em Shenzhen, Macau, Zhuhai e Hong Kong. Assim, o público português, chinês e de outras nacionalidades pode ouvir e ver de perto as criações do multi-instrumentista e compositor português, apresentando-se uma jornada de fusões sonoras que deambulam entre o “jazz, pop futurista, folk, electrónica e rock psicadélico”.

Segundo uma nota de imprensa da NOYB, Bruno Pernadas é “mestre da alquimia sonora, criando paisagens vibrantes e imersivas que desafiam categorizações, tornando os seus concertos uma experiência inesquecível”. “A sua abordagem fluída entre géneros, combinando arranjos intricados com influências globais, levará o público numa viagem musical onde melodias retro-futuristas se encontram com ritmos hipnóticos, e onde cada nota conta uma história. Mais do que uma série de concertos, este evento é uma ponte cultural entre Portugal e a Grande Baía”, refere ainda a NOYB.

Destaque para o facto de o concerto em Macau decorrer dois dias depois do 10 de Junho – Dia de Portugal, Camões e das comunidades portuguesas, sendo que todo o mês é dedicado a celebrar a cultura e língua portuguesas.

Todas as músicas numa só

A incursão de Bruno Pernadas pelo mundo da música fez-se através dos Real Combo Lisbonense e de grupos como os “Julie & The Carjackers” ou “Minta & the Brooktrout”. O primeiro álbum intitulava-se “How Can We Be Joyful In A World Full Of Knowledge?”, e foi lançado há 11 anos. Seguiu-se “Those Who Throw Objects At The Crocodiles Will Be Asked To Retrieve Them”, em 2016, e desde aí que tem somado êxitos. Destaque para o lançamento, em 2021, do trabalho discográfico “Private Reasons”, que encerra a trilogia sonora criada em 2014 e 2016. Ainda nesse ano, Bruno Pernadas lançou “Worst Summer Ever”, tendo criado também diversas bandas sonoras para dança, teatro e cinema.

Em declarações à Agenda Cultural de Lisboa, Bruno Pernadas falou da diversidade de estilos musicais que estão presentes no trabalho que faz. “Não há um género que descreva a música que faço. Tem jazz, tem música pop, muita música exótica, algum rock, world music… Quando faço música não penso muito nisso, em que género é que se encaixa.”

O músico disse ainda, à mesma publicação, que não se considera cantor. “Não, não me sinto cantor, de todo [risos]. Nos outros discos também cantei, mas neste canto mais, é um facto. Foi difícil para mim porque não me é natural, não tenho ferramentas para isso. Canto como qualquer pessoa, a única diferença é que sei as notas que estou a cantar, mas técnica não tenho. Prefiro muito mais tocar instrumentos.”

26 Mai 2025

FRC | Debate sobre uso de tecnologia na próxima quarta-feira

Decorre na próxima quarta-feira, na Fundação Rui Cunha (FRC), a sessão “Geração dos ecrãs: navegar sem limites” [Blue wave generations: surfing without limits]. O evento pretende discutir o impacto da navegação, sem limitações, nos ecrãs digitais, principalmente nos telemóveis e das novas tecnologias.

A sessão, uma organização conjunta da Associação dos Jovens Macaenses (AJM), Universidade de São José (USJ) e a Fundação Rui Cunha, vai focar-se na forma como o tempo excessivo nos ecrãs digitais afecta a saúde e o bem-estar, em especial a geração mais jovem, e como pode afectar o sistema educativo em Macau, bem como será ainda abordado o que pode ser feito para equilibrar e gerir o tempo (com ou sem ecrãs), incluindo a introdução da Inteligência Artificial ​​no nosso futuro próximo.

Jacky Ho, director da Faculdade de Ciências da Saúde e do “Macao Observatory for Social Development” da USJ, é o orador convidado deste evento, que apresentará o tema nesta sessão, moderada por Jerusa Antunes, vice-presidente da AJM. A palestra, com início às 18h30 horas, é aberta ao público e será conduzida em inglês.

23 Mai 2025

HK / Alliance Française | Sessão sobre novo livro de Mark O’Neill

A Alliance Française de Hong Kong apresenta, na próxima quarta-feira, às 18h30, o evento dedicado a falar do mais recente livro do escritor e jornalista Mark O’Neill, intitulado “Europeans in Hong Kong” [Europeus em Hong Kong].

A sessão, com o nome “Rencontre avec Mark O’Neill: ‘Europeans in Hong Kong'”. Segundo a apresentação oficial do evento, irá falar-se de como as comunidades de nacionalidades europeias, incluindo de membros da comunidade macaense, moldaram a sociedade local e desenvolveram várias iniciativas comunitárias e de apoio social.

“Na Hong Kong do século XIX as pressões sociais conduziram ao abandono de muitas mulheres, as vulneráveis. A congregação Les Soeurs de Saint-Paul, chegada a Hong Kong em 1848, ofereceram refúgio [a pessoas pobres]”, sendo que entre 1848 e 1897 deram apoio a mais de 34.000 crianças, na sua maioria chinesas e meninas. “Este acto de compaixão representa uma das contribuições europeias mais significativas para Hong Kong”, descreve-se.

Mark O’Neill nasceu em Londres, Reino Unido, e está há muitos anos radicado em Hong Kong. Foi jornalista e desde 2006 que se dedica a escrever a tempo inteiro, tendo já lançado 12 livros sobre questões sociais e culturais da região e da China, incluindo obras biográficas.

23 Mai 2025

FAM | Teatro chinês e sons coreanos para ver e ouvir no CCM

O cartaz da 35.ª edição do Festival de Artes de Macau prossegue este fim-de-semana e traz diversidade artística para dar resposta a todos os gostos: hoje e amanhã sobe ao palco do Centro Cultural de Macau a peça “Deling e Cixi”, tida como um clássico dentro do género, seguindo-se as sonoridades mais fortes dos TAGO, em “A Batida do Xamã”, amanhã e domingo

 

O fim-de-semana está preenchido para os lados do Centro Cultural de Macau (CCM) com dois espectáculos integrados no cartaz da 35.ª edição do Festival de Artes de Macau (FAM), para os quais ainda há bilhetes disponíveis.

Desta forma, quem gosta mais de cultura tradicional chinesa pode ver, hoje e amanhã, a peça “Deling e Cixi”, que é “o regresso de um clássico” do teatro chinês, com dramaturgia e direcção de produção de He Jiping e encenação de Roy Szeto. No palco do grande auditório do CCM poderá ver-se “um elenco de estrelas, figurinos requintados e cenários luxuosos, transportando o público de volta à opulência da Cidade Proibida”.

“Espreitando a intimidade da corte durante o final da dinastia Qing, a peça conta a história de Deling, uma jovem aristocrata educada no Ocidente que é chamada ao palácio. À medida que a sua personalidade vibrante trespassa a frieza palaciana, Deling depara-se com Cixi, a autoritária Imperatriz Viúva, e o constrangido Imperador Guangxu. Aproximando-se de ambos com inteligência e sinceridade, a jovem tece uma história extraordinária, plena de risos e lágrimas. Apesar das suas diferenças, as duas mulheres desenvolvem uma ligação especial por entre o turbulento espírito da época”, revela a sinopse do espectáculo.

A primeira estreia desta peça aconteceu em 1998, no Teatro Repertório de Hong Kong, e ficou sempre em palco tendo em conta o sucesso do projecto. Agora, para o FAM, reúne-se “uma equipa criativa e um elenco de alto nível, que retrata de forma viva a majestade e a ternura oculta de Cixi, a juventude e a coragem de Deling e as frustrações de Guangxu”. Trata-se de uma “história cativante a ilustrar um momento crucial da história da China”, lê-se na mesma sinopse.

Da Coreia para o mundo

O FAM traz ainda para o pequeno auditório do CCM, amanhã e domingo, um espectáculo da Coreia do Sul. Trata-se do grupo TAGO que apresenta “A Batida do Xamã”, num espectáculo que é “uma brisa fresca e jovem de ritmos tradicionais”, num afastamento “da música pop” que tanto tem marcado a actualidade musical coreana.

O público de Macau pode, assim, assistir a uma “magistral demonstração de precisão e movimento, uma representação de rituais antigos com um apelativo toque contemporâneo”. Segundo a sinopse do espectáculo, utiliza-se “um conjunto de instrumentos de percussão, entre gigantescos e pequenos tambores, temperados com movimentos de artes marciais”, com os “músicos experientes a reinventar uma herança milenar com uma irresistível garra”.

Haverá, portanto, em palco, “impecável ritmo, uma estética suave e um estilizado sentido cénico”, sendo este um “espectáculo enérgico, polivalente e rítmico, que nos mergulha num turbilhão de emoções com salpicos de comédia física, expressos através de uma coreografia cool e apurada”.

“A Batida do Xamã” tem “feito furor em festivais e salas de espectáculos na Europa, África, América do Sul e Austrália”, apresentando-se agora em Macau com coreografia e direcção de Soo-Ho Kook. Amanhã e domingo haverá dança e ritmos explosivos durante 1h15.

23 Mai 2025

Projecto “EVERY 1”, dos alunos da USJ, para ver até final do mês

A Universidade de São José (USJ) apresenta até final do mês, na Galeria Kent Wong, o projecto artístico “EVERY 1”, uma das primeiras exposições viradas para a área da sustentabilidade dos alunos da licenciatura em Comunicação e Media da USJ.

Assim, e segundo uma nota da USJ, a mostra foi desenvolvida a pensar “na consciência ambiental”, apresentando um novo conceito ao público. Isto porque “tradicionalmente as exposições procuram ser eventos de grande impacto no que diz respeito a resíduos, utilização de energia e materiais não recicláveis”, mas o projecto “EVERY 1” veio “inverter essa narrativa”, pois foram usados “materiais promocionais descartáveis, como bandeiras, roll-ups ou cenários impressos”, com a eliminação total de placas de espuma e outros expositores à base de espuma, “normalmente omnipresentes nas exposições”.

Desta forma, “os estudantes e organizadores optaram pelo uso do papel reciclado e reciclável, reduzindo drasticamente a pegada de plástico da exposição”, sendo que a organização estima que “98 por cento dos materiais utilizados [na mostra] foram reutilizados ou recicláveis”, pelo que este projecto acaba por ser “um modelo de execução com poucos resíduos”.

Muitas compensações

Além da reutilização de materiais, os alunos e as pessoas por detrás da organização do “EVERY 1” procuraram perceber e calcular gastos de energias, pois essa questão está também inerente à ideia de sustentabilidade. Desta forma, foi calculada “a pegada de carbono da exposição”, estando em curso “planos para compensar as emissões de CO2 através de iniciativas de plantação de árvores em Macau, demonstrando uma abordagem de círculo completo à responsabilidade ambiental”, é referido.

Para a USJ, “a acção climática não é apenas um slogan, mas sim uma responsabilidade”, uma vez que esta geração de estudantes compreende profundamente a urgência da crise climática”. “Ao tornar este evento ecológico, não estamos apenas a mostrar o seu talento criativo, mas também o seu empenho em construir um futuro mais sustentável”, lê-se ainda.

A exposição “EVERY 1” criou, segundo a USJ, “um precedente poderoso, provando que as exposições ambientalmente conscientes na USJ não são apenas possíveis – são o futuro”. Deixa-se ainda uma “mensagem importante” para o público: de que “contar histórias com significado e responsabilidade climática podem – e devem – andar de mãos dadas”.

21 Mai 2025

AFA | Mostra “Chinoiserie Surrealista” chega a Antuérpia

Estreia a 7 de Junho, na cidade de Antuérpia, uma mostra da AFA – Art for All Society. Trata-se de um “projecto de arte e performance transcultural” intitulado “Surrealistic Chinoiserie: Golden City of Seres”, com curadoria de Alice Kok. Durante dois dias, apresenta-se um trabalho do artista local Leong Chi Mou complementado com uma performance musical com coreografia

 

A AFA – Art for All Society, prepara-se para exportar um projecto artístico local com curadoria de Alice Kok, também ela artista. Trata-se do “projecto de arte e performance transcultural” intitulado “Surrealistic Chinoiserie: Golden City of Seres – A Cultural and Artistic Exchange Exhibition and Performance between Macao and Antwerp” [Cidade Dourada de Seres – Uma Exposição e Performance de Intercâmbio Cultural e Artístico entre Macau e Antuérpia], patente nos dias 7 e 8 de Junho na Venusstraat 19, Antuérpia.

O público belga poderá, assim, ver uma iniciativa que combina “arte visual, dança, música e figurinos”, criando-se com todos esses elementos “uma viagem imersiva ao desejo, à tecnologia e ao simbolismo cultural”, descreve uma nota da AFA sobre o projecto. Além disso, o título da mostra, “Golden City of Seres”, remete para o antigo termo greco-romano “Sērēs”, utilizado para as regiões produtoras de seda do Oriente, enquanto “Golden City” evoca a “transformação de Macau do porto histórico para a moderna Cotai Strip”, é referido. Segundo a AFA, todo este trabalho procura “criar novos vocabulários artísticos e espaços de reflexão, fazendo a ponte entre o surrealismo inspirado em Magritte e a identidade cultural de Macau”.

Depois desta estreia internacional em Antuérpia, a mostra da AFA regressa a Macau em Dezembro, ficando patente no Parisian Macao, “simbolizando um regresso da Europa para a Ásia e dando continuidade ao diálogo cultural além-fronteiras”, descreve a mesma nota.

Música e arte

Um dos artistas locais que participa nesta iniciativa é o Leong Chi Mou, que explora a ideia de “seda de novo tipo” através da criação de trabalhos em malha de latão e aço pintados com acrílico. Apresentam-se, assim, “peças-chave” como “Serica – Diamond Hill” e “Serica – Auspicious Drone”, que “justapõem motivos paisagísticos tradicionais com drones e imagens de vigilância, criando uma paisagem que é simultaneamente familiar e estranha”.

Além disso, a performance apresentada em Antuérpia conta com a co-direcção e coreografia de Jay Zhang e Tina Kan, “integrando formas inspiradas em Dunhuang com ballet contemporâneo para ecoar a reconstrução cultural no trabalho de Leong”. A música desta performance foi composta por Faye Choi, sendo interpretada com flauta por Iris Lo. Trata-se de uma composição que “mistura tons etéreos orientais com texturas electrónicas ocidentais para completar uma experiência sensorial totalmente imersiva”.

Por sua vez, “a estilista e artista de pintura corporal Mandy Cheuk concebeu toucados futuristas inspirados em estruturas cristalinas e formas ciborgues, imaginando a interação entre corpo e tecnologia”, aponta a AFA.

O projecto conta também com a orientação do director artístico belga Dirk Decloedt, tendo o apoio de produção de Florence Fong, em Antuérpia. A iniciativa contou também com apoios do Instituto Cultural de Macau, entre outras entidades.

21 Mai 2025

Season Lao protagoniza nova mostra na Creative Macau

A Creative Macau inaugura amanhã a “Exposição de Instalações de Season Lao”, onde se “manifesta um diálogo silencioso entre o artista e o mundo natural”. A partir das 20h o público poderá conhecer de perto o trabalho deste artista local, que ficará patente na Creative Macau até ao dia 10 de Junho.

Trabalhando em torno da fotografia e instalação, Season Lao tem um trabalho bastante ligado à espiritualidade e com um certo “espírito de abertura”. Segundo um comunicado da Creative Macau sobre esta nova inauguração, o filósofo francês Romaric Jannel disse que a obra de Season Lao “nasce, em parte, do acaso”.

“O artista não controla tudo e o imprevisível ‘espaço em branco’ desempenha um papel importante na obra. Assim, não existe um significado fixo neste processo, e a mente é deixada aberta ao ‘espaço em branco’ ou ao ‘espaço de emergência’ que surge através do encontro com o espectador e a natureza, reflectindo a essência da co-emergência”, acrescenta Jannel.

Desta forma, “os visitantes são convidados a entrar neste reino de emergência tranquila e a apreciar o profundo ‘vazio’ que o trabalho de Season Lao evoca”, descreve a organização.

Artista em movimento

Nascido em Macau, Season Lao licenciou-se na Universidade Politécnica de Macau. Em 2009, o seu trabalho de fotografia e vídeo “Pátio do Mungo”, sobre a zona antiga da cidade, “atraiu grande atenção e contribuiu para a preservação da arquitectura histórica, incluindo a sua casa ancestral, experiência que marcou o início da sua carreira artística”.

Desde 2010 que Season Lao divide a sua vida entre o Japão, nomeadamente nas cidades de Hokkaido e Quioto, e Macau, concentrando-se na prática artística. As suas obras bidimensionais e instalações misturam a filosofia e a estética das culturas oriental e ocidental. Através do conceito criativo de “vazio natural”, explora a relação sujeito-objecto entre humanos, objectos e natureza, bem como as ideias de exterioridade e interioridade.

Season Lao tem exposto em todo o mundo, nomeadamente no Museu de Artes Asiáticas em Nice, França, com a mostra “Season Lao: An Empty Room Turns White for Enlightenment”, de 2023; ou ainda “A Dialogue between Art and Philosophy on Season Lao’s ’Kyoshitsu Shohaku”, presente este ano na Universidade de Tóquio.

Por sua vez, as suas obras de arte e arquivos fazem parte das colecções de numerosas instituições, incluindo o Museu de Artes Asiáticas de Nice, o Museu Guimet, o Museu Cernuschi, o Museu Metropolitano de Arte, o Museu de Arte de Macau, o Centro Nacional de Arte (Tóquio), Museu Nacional de Arte Moderna e Contemporânea (Seul), Fundação Chishima para a Criatividade de Osaka, Fundação Gulbenkian, Universidade de Princeton, Universidade de Michigan, Ritz-Carlton Fukuoka, InterContinental Hotels, Setsu Niseko, AYA Niseko, Nipponia, entre outras.

21 Mai 2025

FRC | Filme e exposição servem de mote para palestra sobre saúde mental

A Fundação Rui Cunha apresenta amanhã, a partir das 14h30, uma palestra sobre saúde mental, evento integrado com a exposição “Facing Light”, inaugurada ontem na galeria da fundação. A iniciativa foi desenvolvida em parceria com a Associação para a Promoção da Saúde Mental da População de Macau

 

Discutir a saúde mental da população depois de três anos de pandemia é aquilo a que se propõe a Fundação Rui Cunha (FRC) ao acolher, amanhã uma palestra, depois da apresentação e inauguração de um livro e exposição, com o nome “Facing Light”.

O evento, que acontece amanhã às 14h30, é organizado pela Associação para a Promoção da Saúde Mental da População de Macau e visa analisar também “as consequências do primeiro filme ‘Facing Light’ junto da população local uma década depois, o projecto de promoção e sensibilização, e o trabalho inestimável dos especialistas e voluntários” na associação.

“Após três anos de epidemia, e da subsequente crise económica, o índice de felicidade dos cidadãos de Macau diminuiu. A Associação para a Promoção da Saúde Mental da População de Macau espera mostrar aos cidadãos de Macau histórias reais de pessoas que trabalham arduamente em circunstâncias difíceis e conseguem alcançar resultados”, pode ler-se numa nota da FRC sobre o evento.

Entretanto, a FRC continua a exibir na sua galeria a mostra retrospectiva “Facing Light”, que aborda “os 10 anos de luta na promoção da saúde mental”, bem como o trabalho de bastidores em torno do filme “Facing Light”, em 2014.

Desta forma, a mostra reúne “80 fotos de vários tamanhos, incluindo destaques durante a rodagem do filme, detalhes dos serviços prestados por voluntários da comunidade nos últimos dez anos, e algumas fotos esquecidas da participação destes no importante trabalho da Associação perante as pessoas afectadas, as famílias, os amigos, e a sociedade em geral”.

Cinema para contar

O filme “Facing Light”, que voltou a ser exibido ontem na FRC, tem a duração de 48 minutos e apresenta “histórias realistas para reflectir sobre a discriminação e as dificuldades enfrentadas pelas pessoas com doenças mentais, tanto no contexto da comunidade, na vizinhança ou na escola, como no ambiente doméstico das relações entre família”.

Segundo a associação, citada na mesma nota, “o argumentista e realizador Yu Zhiyun conta a história do protagonista Ah Sen, que sofre de doença mental devido a circunstâncias adversas, mas tem um forte sentido de responsabilidade”.

Assim, no processo de recuperação, “ele trabalha arduamente para encontrar oportunidades de emprego”.
Este filme passou já por inúmeras escolas de Macau, foi também exibido em encontros com outras organizações associativas, servindo como “ponto de partida para a discussão deste problema e estigma social, com resultados muito interessantes e a capacidade de tocar e inspirar as audiências”, destaca a FRC.

21 Mai 2025

Cinemateca Paixão | Os últimos dias do “Panorama do Cinema de Macau”

Termina esta semana mais uma edição do “Panorama do Cinema de Macau”, composta por uma selecção de curtas e longas-metragens produzidas no território que ganharam prémios atribuídos pelo Instituto Cultural. O público pode ainda ver produções como “Menina com Amém”, de Teng Kun Hou; ou “Núpcias em Voo”, uma produção em tagalo de Johson Chan Chon Sin

 

O cinema de Macau está bom e recomenda-se. Este poderia ser o mote de mais uma edição da iniciativa “Panorama do Cinema de Macau”, que há vários anos premeia o que de melhor se faz no cinema local, destacando novos realizadores que se estreiam no mundo das histórias e da sua rodagem.

A edição deste ano, que termina esta semana, traz ainda a possibilidade de o público desfrutar das últimas exibições, que decorrem esta quinta e sexta-feira na Cinemateca Paixão. Nestes dias exibem-se 11 filmes que concorreram à secção “Competição de Macau” do “Panorama do Cinema de Macau”, que visa apoiar financeiramente e destacar as melhores produções com o “Grande Prémio do Júri”, “Melhor Argumento”, “Melhor Interpretação” e “Melhor Realização”.

Assim, esta quinta-feira, a partir das 19h30, exibe-se “Menina com Amém”, de Teng Kun Hou, um filme do ano passado que conta a história de Kimmy, a “menina que só queria dormir com a sua mamã, e por isso se lembrou de uma história que a mãe lhe tinha contado”. Segundo a sinopse do filme, essa história remete para a presença da religião católica em Macau, mas também para as crenças chinesas, pois caso a menina visitasse “todas as igrejas e templos de Macau”, os seus desejos poderiam tornar-se realidade.

Depois da sessão, o realizador estará presente para uma conversa sobre o filme. Teng Kun Hou fez um mestrado no grupo de realização cinematográfica do Departamento de Cinema da Universidade Nacional de Artes de Taipé, tendo sido seleccionado para a Academia de Cinema dos Golden Horse em 2021. A sua obra de realização, “One to Ten”, foi distinguida com o Prémio de Melhor Longa-Metragem na categoria Estudantil dos Golden Harvest Awards.

No mesmo dia, apresenta-se a curta-metragem “Núpcias em Voo”, filme em tagalo de Johnson Chan Chon Sin que revela a história de um “homem de dança hipnotizante que, um dia, viu os seus olhos serem consumidos por flashes erráticos de luz que se agarravam de forma impiedosa à sua visão”. “Eles continuaram a assombrar o seu olhar, mesmo enquanto o seu corpo se movia num ritmo gracioso. Na sua busca por um remédio médico, consumiu diligentemente abacaxi conforme prescrito, na esperança de expulsar esses visitantes indesejados da sua visão. No entanto, com o passar do tempo, permaneceu preso numa deriva nebulosa e sem rumo, os seus movimentos agora pesados por um sentimento de inutilidade”, lê-se na sinopse.

Destaque também para a exibição, na quinta-feira, de “Onda de Retorno”, uma curta-metragem de Ieong Chi Wai, sobre o jovem Jinshan que trabalha na peixaria dos pais e que, um dia, “avistou ao longe uma estranha figura com cabeça de peixe”, a partir do qual “foi forçado a enfrentar os medos ocultos do seu coração e a despertar as memórias adormecidas da infância”.

Há ainda espaço para a exibição das curtas “Keep Looking?”, de Anna Ieong e “A Audição” de Ao Ieong Weng Fong, um trabalho em japonês em torno do actor Yuta que foi rejeitado em inúmeros castings.

Uma espécie de fumo

Sexta-feira, o último dia do “Panorama”, começa também às 19h30 com a exibição da curta-metragem “Fumo Sagrado”, de Ho Cheok Pan, formado em realização pela Universidade de Jinan em 2021. “A jornada de mil cigarros começa com um único trago?” Uma perseguição tóxica tem início quando o fumador compulsivo Sr. Chen é apanhado em flagrante pelo segurança, seu irmão Keung. O irmão Keung empurra o Sr. Chen para um beco sem saída, resultando em uma colisão brutal. Mas, no final, tudo não passa de uma encenação por trás desse jogo de gato e rato”, descreve-se na sinopse.

Segue-se “Mão Mão”, de Jarvis Xin, com apenas 23 minutos de duração. O filme retrata a história de Jun, de sete anos, que foi enviado para estudar com um professor de piano de renome. “O professor convenceu o pai a planear uma exposição de Jun. A exposição aproximou-se, uma grande faixa ‘Concerto a solo de Jun’ foi pendurada em casa, e os familiares e amigos vieram. O colega do pai até trouxe uma câmara de vídeo profissional”, destaca-se ainda na sinopse. “Oceano de Mim”, com oito minutos de duração, da realizadora Vitty Ho Wai Tong.

Licenciada pelo Departamento de Radiodifusão, Televisão e Cinema da Universidade Nacional Chengchi (NCCU), Vitty obteve posteriormente o grau de mestre pelo Instituto Superior de Vídeo Criativo e Indústrias de Media Digitais da Universidade Nacional de Artes de Taiwan em Taipé (NTUA). Trabalha como profissional independente nas áreas do design visual para teatro e produção audiovisual, tendo igualmente exercido funções como orientadora pedagógica em diversas escolas secundárias em Macau. Em 2021, fundou a POV Production, uma entidade vocacionada para a exploração das potencialidades das artes visuais e das performances ao vivo. Entre as suas curtas-metragens destacam-se “General Parenting Test”, “Fantastic Eggs”, “Where to Find Them”, “One Last Sunrise” e “Our Store”.

“Ondas debaixo do Mar”, de Chan Si Ieong, é falado em mandarim e no dialecto Hokkien, abordando a história da personagem Chen Xi, uma jovem de 18 anos que vai estudar para o estrangeiro para continuar os estudos, mas que antes disso regressa à sua terra natal para se despedir da aldeia piscatória onde cresceu e que marcou a sua infância.

Com apenas nove minutos, “Uma Tarde”, de Chong Man Kit, foca-se na definição dos limites da relação da personagem principal com a sua meia-irmã. Natural de Macau, Chong Man Kit nasceu nos anos 90 e é licenciado pelo Departamento de Literaturas Sinófonas da Universidade Nacional Dong Hwa, frequentando actualmente o mestrado em Produção no Departamento de Rádio, Televisão e Cinema da Universidade Shih Hsin. O cartaz encerra, também esta sexta-feira, com “Chuc Chuc Chuc”, de Chao Koi Wang, mais uma curta-metragem de sete minutos.

Mentes e sonhos

O “Panorama do Cinema de Macau” é, segundo o IC, uma “plataforma para que os cineastas de Macau possam obter visibilidade e promover o diálogo através da arte cinematográfica”, contando com secções como “Realizadores Locais e os Seus Clássicos Inspiradores” e “Panorama das Escolas de Cinema”. Descreve-se ainda que “os cineastas de Macau, com os seus diversos estilos e origens, utilizam consistentemente o cinema para expressarem as suas perspectivas, retratarem Macau e construírem sonhos”.

20 Mai 2025

Troca de livros | Nova actividade no próximo fim-de-semana

O Instituto Cultural (IC) promove, no próximo fim-de-semana, concretamente sábado e domingo, mais uma actividade “Trocar um Livro por Outro”, com o objectivo de incentivar a leitura nos bairros comunitários da península de Macau e ilha da Taipa.

As rondas do próximo fim-de-semana decorrem no Parque Urbano da Areia Preta, entre as 12h e 18, sendo que a primeira iniciativa, decorreu este sábado e domingo, na Zona de Lazer da Praça das Orquídeas. A ideia é “aumentar a circulação e partilha de recursos de leitura na comunidade através da construção de uma plataforma de troca de livros, para que mais residentes possam participar e sentir a diversão e o valor da leitura”.

Os participantes precisam apenas de levar os seus livros que cumpram as regras de troca ao pessoal no local, seleccionando os livros preferidos e trocando-os por um número igual ao dos seus próprios livros. Cada um poderá trocar no máximo de 20 livros durante o evento. Não podem ser trocados revistas, panfletos, guias para entrar numa escola de grau superior, livros didácticos, catálogos de eventos, livros de pano infantis, anuários publicados não localmente, livros jurídicos, guias de exames ou livros de ciência e engenharia publicados há mais de cinco anos, entre outros critérios.

Esta actividade integra-se no “Mês de Leitura Conjunta em Toda a Cidade de Macau 2025”, que “visa aprofundar o hábito de leitura dos residentes, permitir que a leitura se enraíze na comunidade e criar um ambiente livresco por toda parte da cidade”, descreve o IC.

19 Mai 2025

Novas candidaturas de filmes a subsídios do FDC até Julho

O Instituto Cultural (IC) aceita candidaturas para atribuição de subsídios a longas-metragens no âmbito do Fundo de Desenvolvimento da Cultura (FDC) até 18 de Julho, sendo que o período de candidaturas arranca hoje. Esta nova edição de apoios diz respeito ao “6.º Plano de Apoio à Produção Cinematográfica de Longas Metragens” e visa “prestar apoio financeiro e aconselhamento profissional aos criadores cinematográficos locais, com vista a reforçar a capacidade de produção profissional da indústria cinematográfica e televisiva de Macau”.

Serão aceites projectos de filmes de residentes permanentes de Macau com 18 ou mais anos, devendo o candidato ser o realizador ou produtor do filme, sendo que o processo deve ser entregue a título individual. O candidato deve ter realizado ou produzido uma longa-metragem de ficção com duração mínima de 80 minutos ou duas curtas-metragens, também do género ficção e com duração superior a 20 minutos cada. Um dos critérios é que ambas tenham sido exibidas ao público.

Por partes

Haverá duas fases de selecção, sendo que na primeira a Comissão de Avaliação de Actividades e Projectos do FDC realiza uma avaliação documental e classificação do projecto segundo cinco critérios de avaliação, nomeadamente a “especialização, competência técnica e experiências anteriores do candidato e da equipa principal e de execução; conteúdo e a criatividade do guião; viabilidade do plano de produção cinematográfica; racionalidade do orçamento; efeito do projecto na formação da imagem de marca cinematográfica e televisiva de Macau”.

Serão admitidos dez projectos para passar à segunda selecção que também serão analisados consoante cinco critérios mais “a integridade do guião e viabilidade do plano de divulgação e promoção do filme”.

Os subsídios terão a duração de 36 meses e são atribuídos a um máximo de quatro projectos seleccionados, sendo que o valor financiado máximo é de 70 a 90 por cento das despesas orçamentais do projecto candidato, até dois milhões de patacas. Este montante, destina-se a pagar custos de produção e publicidade das longas-metragens.

No dia 23 de Maio, decorre uma sessão de esclarecimento no auditório do FDC no sétimo andar do Edifício Centro Comercial Cheng Feng, às 15h, para os interessados.

19 Mai 2025

IC | Workshops em Junho para celebrar património da China

A partir do dia 14 de Junho, o Instituto Cultural (IC) organiza uma série de workshops com vista a celebrar o Dia do Património Cultural e Natural da China. Estas celebrações incluem entradas gratuitas em vários espaços museológicos, nomeadamente na exposição de realidade virtual nas Ruínas de São Paulo ou no Farol da Guia

 

A fim de celebrar o “Dia do Património Cultural e Natural da China”, instituído para o segundo sábado do mês de Junho e que se comemora desde 2006, o Instituto Cultural (IC) lança, no próximo mês, uma série de iniciativas que visam a participação da população, nomeadamente através da realização de diversos workshops e actividades temáticas que visam mostrar a história do país. As inscrições para todas as actividades já começaram a podem ser feitas na plataforma da Conta Única de Macau.

O programa arranca a 14 de Junho e traz “actividades emocionantes inspiradas na cultura tradicional chinesa”, descreve o IC, além de estarem incluídas entradas gratuitas no Farol da Guia, nos dias 14 e 15 de Junho, e na exposição “Visitando as Ruínas de S. Paulo no Espaço e no Tempo – Exposição de Realidade Virtual nas Ruínas de S. Paulo”, com sessões gratuitas de 1 a 29 de Junho.

Assim, a partir de dia 14, diversos espaços museológicos de Macau, como a Casa da Literatura ou a Casa do Mandarim acolhem estes workshops. Mais concretamente, o “Workshop de Caligrafia em Leques Chineses” na Casa da Literatura de Macau; as sessões sobre a “Pirografia de Shandan” e a “Escultura em Ovos de Hezhou” no Museu Memorial de Zheng Guanying; o “Workshop de Pintura em Cerâmica” na Casa do Mandarim, o “Workshop de Pintura em Laca com Madrepérola” no Centro de Preservação e Transmissão do Património Cultural do Museu do Palácio de Macau e o “Workshop de Experiência de Restauro de Livros Antigos” na Biblioteca Sir Robert Ho Tung, que estão disponíveis algumas sessões para idosos.

O programa inclui também workshops mais virados para crianças e as respectivas famílias, como é o caso da sessão sobre as “Cabaças Esculpidas de Lanzhou” e “Quadro em Pintura de Palha”, que decorrem no Museu Memorial de Zheng Guanying e Museu Memorial de Xian Xinghai, respectivamente. Já o “Workshop de Suculentas na Mini Casa de Lou Kau” acontece na Casa de Lou Kau e o “Workshop de Experiência de Artesanato de Argila de Prata” está agendado para a Fortaleza da Guia.

Encontro com livros

Integrada neste cartaz está a iniciativa “Visita Guiada à Biblioteca do Senado”, cujas inscrições podem ser feitas, na mesma plataforma da Conta Única, a partir do dia 28 de Maio. O IC destaca ainda outros eventos que exibem também a cultura chinesa em Macau, como a exposição “Preciosidades de Fornos: Colecção de Cerâmica de Shiwan do Museu de Arte de Macau”, patente no Museu de Arte de Macau até 7 de Outubro. Por sua vez, a mostra “Génese e Espírito – Mostra de Património Cultural Intangível de Gansu” terá lugar entre 14 de Junho e 13 de Julho, no Museu de Macau, enquanto o evento “Génese e Espírito – Actuação de Património Cultural Intangível de Gansu” decorre nos dias 15 e 16 de Junho no Largo do Senado e no Jardim do Mercado de Iao Hon, respectivamente.

A partir de 2017, o “Dia do Património Cultural” passou a ser designado “Dia do Património Cultural e Natural”, pretendendo “reforçar a consciência social sobre a importância do património cultural e natural e da preservação do mesmo”.

19 Mai 2025

“Flashmobs” este fim-de-semana nos bairros comunitários

Decorre este fim-de-semana a iniciativa “Cultura à Sua Porta”, com a realização de 16 “flashmobs” em 12 bairros comunitários locais, um evento com organização do Instituto Cultural (IC).

Segundo uma nota do IC, as “flashmobs” têm cinco temas, nomeadamente teatro, ópera cantonense, artes marciais, cinema e leitura, pretendendo-se “levar ricos recursos culturais aos bairros comunitários, nutrindo os residentes culturalmente na sua vida quotidiana e reforçando a sua sensação de felicidade”.

Na área do teatro, com o tema “Teatro em Mais Locais”, apresenta-se “Uma Viagem Mágica aos Palcos”, em que se pretende que o público explore “diferentes espaços de actuação, como o anfiteatro grego antigo, o tradicional teatro de bambu de Macau e teatros modernos, através do formato de teatro interactivo”.

Com o tema “Ópera Cantonense em Mais Locais” pretende-se que “os residentes experimentarem esta preciosa arte do património cultural intangível”, enquanto que com “Artes Marcias em Mais Locais”, se apresenta os “movimentos clássicos de Wing Chun no local, onde os residentes poderão também experimentar os movimentos básicos sob a orientação de instrutores e compreender os conceitos da cultura das artes marciais chinesas”.

Cinema e leitura

Já com “Cinema em Mais Locais”, a “flashmob” irá “transformar a comunidade numa sala de cinema ao ar livre, onde o público poderá apreciar o documentário sobre o sector da exibição cinematográfica de Macau ‘Interpretação das Imagens’, conhecer a história centenária da indústria e o desenvolvimento do cinema”.

Por sua vez, através do tema “Ler em Mais Locais”, realiza-se a actividade “Trocar um Livro por Outro”, que também faz parte do “Mês de Leitura Conjunta em Toda a Cidade de Macau 2025”. Os residentes poderão levar livros que cumpram as regras no local, seleccionando os seus preferidos e trocando-os por um número igual ao dos seus próprios livros, realizando a circulação e a partilha dos recursos de leitura nos bairros comunitários.

A actividade “Cultura à Sua Porta” realiza-se em vários períodos da manhã e tarde amanhã e domingo, em bairros comunitários ou locais como o Centro de Actividades de S. Lourenço – Terraço Ajardinado, Parque Central da Taipa, Zona de Lazer da Rua Quatro do Bairro Iao Hon, Zona de Lazer da Praça das Orquídeas, Terraço do Edifício Ip Heng de Seac Pai Van, Jardim de Lou Lim Ioc – Corredor dos Cem Passos, Zona de Lazer da Rotunda de Carlos da Maia, Zona de Lazer da Praceta de Venceslau de Morais, Parque Urbano da Areia Preta, Zona de Lazer contígua ao Edif. Wang Hoi e Wang Kin, Zona de Lazer do Bairro Social de Tamagnini Barbosa e Zona de Lazer de Edf. Lok Yeong Fa Yuen.

16 Mai 2025

Clockenflap | Festival traz Franz Ferdinand e Beth Gibbons ex-vocalista dos Portishead

Está aí mais cartaz do Clokenflap, festival que durante três dias traz muita música a Hong Kong, ao Central Harbourfront. As primeiras presenças já são conhecidas e incluem nomes como Franz Ferdinand ou Beth Gibbons, ex-vocalista dos Portishead. A oferta musical compõe-se ainda com Rich Brian, Jacob Collier e Yoga Lin, entre muitos outros

 

Para quem quer desfrutar de uma enorme variedade musical naquele que é considerado o mês natalício por excelência, o festival Clockenflap em Hong Kong está de regresso este ano para uma nova edição entre os dias 5 e 7 de Dezembro no lugar do costume, o Central Harbourfront. Os bilhetes começaram a ser vendidos esta semana e já se conhecem alguns nomes que sobem ao palco: Rich Brian, Jacob Collier, Franz Ferdinand, Yoga Lin, Panther Chan, e Beth Gibbons, ex-vocalista dos Portishead, os escoceses que revolucionaram o mundo musical com o seu álbum homónimo de 2004 e com êxitos como “Take me Out” ou “This Fire”.

O cartaz integra ainda Rich Brian, conhecido como “a estrela do rap indonésio”, que actua no sábado, 6 de Dezembro, Yoga Lin, a grande “estrela pop mandarim”, agendada para domingo, 7, e Panther Chan, conhecido cantor e compositor local, agendado para o primeiro dia do festival, 5 de Dezembro.

Também na sexta-feira, decorrem as actuações do cantor e compositor britânico Passenger, bem como um dj set com os alemães Digitalism. Destaque ainda para a presença em Hong Kong de Soccer Mommy, “o favorito do alt-indie americano”, ou os Chilli Beans, os “indie-pops japoneses”. Ainda no reino Indie, a organização do festival traz Phum Viphurit, “o querido indie tailandês”, ou os TV Girl, considerados os “heróis indie californianos”.

Do Japão, chega também ao Clockenflap o vocalista e compositor Akasaki, que actua no dia 6, ou ainda a Dj Riria, que nasceu no Japão, mas está radicada no Reino Unido. No que diz respeito aos talentos da música local, o Clockenflap traz de novo aos palcos os Bitter Tea of General Yeng, “de regresso após um longo hiato”. Estes são considerados “lendas míticas do pós-punk de Hong Kong”.

Arte à mistura

Faltam ainda muitos meses para se fechar o cartaz do Clockenflap e muitas surpresas podem ainda aparecer. A organização destaca o espaço icónico onde o festival se realiza, “com o espectacular cenário ao ar livre entre os imponentes arranha-céus de Central e as vistas épicas do icónico porto de Hong Kong”, apresentando-se novamente este ano “a experiência completa de um festival de classe mundial que fez do evento uma ocasião imperdível para os fãs de música de toda a cidade e não só”.

Além da música, o festival inclui ainda “uma série de instalações artísticas de encher o olho, de workshops e espectáculos para toda a família e de uma selecção de estabelecimentos de comida e bebida de fazer crescer água na boca, incluindo petiscos únicos de alguns dos restaurantes mais apreciados da cidade”.

Uma das novidades artísticas que o festival traz para esta edição é o projecto “Minimax – A Mobile & Modular Theatrical Experience”, entendido pela organização como “um novo conceito para todos os amantes das artes”, actualmente na fase de recrutamento de “talentos locais”.

A venda antecipada de bilhetes decorre apenas até ao dia 23 de Maio, com descontos, sendo que a partir dessa data os ingressos passam a estar a um preço mais elevado. A compra antecipada para os três dias, para a admissão geral, fica a 1.790 dólares de Hong Kong (HKD), enquanto que os bilhetes antecipados de um dia, na admissão geral, custam 1.150 HKD.

16 Mai 2025

FRC acolhe hoje debate com Sandro Mendonça

Acontece hoje, a partir das 18h30, a sessão “Roda de Ideias – Ambientes Regulatórios Criativos”, na Fundação Rui Cunha (FRC), que conta com a presença de Sandro Mendonça, professor associado de Economia do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa e professor da Universidade Cidade de Macau. A sessão aborda, mais concretamente, o tema “Steering the ‘Evolving Sandbox Economy’ from the Greater Bay to the Portuguese-Speaking Geographies”, com o foco nas economias da Grande Baía em conexão com países de língua portuguesa.

Pretende-se, assim, “explorar o conceito de zonas de inovação experimental, as chamadas ‘caixas de areia’, tal como os espaços recreativos infantis, que permitem futuros avanços através da criação de áreas de ensaio controladas e seguras para testar, replicar, avaliar, adoptar, implementar e lançar novos produtos, dispositivos, tecnologias ou sistemas, dentro de uma estrutura condicionada e provisória”.

Com estes processos “ambientais experimentais” associados à economia podem criar-se “meios eficazes de avaliação do desenvolvimento de ideias e projectos inovadores sem que se façam rupturas no funcionamento normal das estruturas empresariais ou institucionais”. Pode-se promover “uma maior liberdade dentro destes sistemas paralelos [as caixas de areia] com uma regulamentação mais dinâmica e flexível”.

Sandro Mendonça foca-se, em concreto, na região da Grande Baía, por abranger “um conjunto de cidades que formam um centro de inovação tecno-institucional, até aos países de língua portuguesa que começam a usar estes modelos experimentais, nomeadamente nos sectores das telecomunicações e da energia”.

Longa carreira

Esta é a terceira vez que Sandro Mendonça apresenta uma sessão na FRC. A primeira foi em 2023, com a palestra “A Mudança nas Comunicações: Do 5G à IA através das Plataformas Digitais”, e depois protagonizou, em 2024, a sessão “O Futuro das BigTech”, onde descreveu o equilíbrio de forças entre os gigantes mundiais, que incluem as empresas norte-americanas Apple, Amazon, Facebook (Meta), Google (Alphabet), e Microsoft, e as chinesas Alibaba e Tencent.

Sandro Mendonça é professor catedrático em Portugal, Itália e Macau, tendo leccionado também em programas de doutoramento em Chengdu (UESTC) e Guangzhou (SMU), na China. O seu foco principal é a inovação e a dinâmica sectorial.

Recebeu vários reconhecimentos na sua carreira, incluindo o de membro do German Marshall Fund dos Estados Unidos (GMF) e de Jovem Líder Europeu pela Friends of Europe Foundation. Em 2024, coordenou o relatório “The Futures of Big Tech in Europe” para a Comissão Europeia e figurou na lista dos principais cientistas do mundo da Universidade de Stanford. Actualmente, é Conselheiro do Presidente do Instituto Europeu de Patentes (EPO).

15 Mai 2025

Lisboeta Macau acolhe fotografias de Hiroshi Sugimoto

Decorre até 30 de Junho a mostra “‘Eternal Imaging’: Exposição de Fotografia de Hiroshi Sugimoto”, patente na galeria Hwa’s, no espaço “Arte H853” no empreendimento Lisboeta Macau.

Segundo uma nota da organização, o público pode ver “publicações limitadas da conceituada editora Kyoto Shoin Co., Ltd., da Galeria Koyanagi, Tóquio, e do Mori Art Museum, também em Tóquio”, além de que são apresentadas “fotografias a cores de grande formato da série OPTICKS, lançadas pela primeira vez na exposição comemorativa de abertura do Kyoto City Kyocera Museum of Art”.

No caso da série “Seascape”, criada em 1980, o fotógrafo japonês “regista uma cena elementar, o céu e o mar”, num imaginário “antigo que liga as pessoas de hoje a tempos antigos e que, assim, reflecte a eternidade”. Por sua vez, na série de trabalhos intitulada “Teatro”, surge “um ecrã sobre-exposto que comprime um filme de duas horas num feixe de luz branca, abrangendo tanto a nossa consciência como as nossas percepções subconscientes”.

No caso da série “OPTICKS”, denotam-se “os tons vermelhos, azuis e verdes, apresentando-se pequenas partículas coloridas por baixo da lente, mostrando a natureza multifacetada da luz através do prisma”. Os organizadores da exposição pretendem “despertar as memórias colectivas que se encontram adormecidas nas imagens, relacionadas com o antigo, o efémero e a eternidade”.

O lugar da filosofia

Nascido em 1948 em Tóquio, Hiroshi Sugimoto continua a trabalhar nesta cidade, mas também em Nova Iorque. Considerado um “dos fotógrafos com maior profundidade filosófica na arte contemporânea”, com um trabalho que “explora o tempo, a memória, história e a essência da existência através de formatos minimalistas”.
Sugimoto é ainda considerado “excelente na utilização da fotografia como um ‘recipiente do tempo’, condensando conceitos abstractos em imagens eternas que evocam a contemplação da vida e do cosmos através da sua serena quietude”.

Desde 2023 que é membro da Academia Japonesa das Artes, tendo recebido a Medalha de Honra em Fotografia do National Arts Club, em Nova Iorque, em 2018. O fotógrafo japonês pertence ainda à Real Academia da Bélgica, possuindo um doutoramento honorário atribuído pela prestigiada Parsons School of Design, também situada em Nova Iorque, EUA. Tem trabalhos em colecções seleccionadas de museus como o Modern Museum of Art (MoMA), em Nova Iorque, ou ou Metropolitan Museum, na mesma cidade; bem como o Tate, em Londres, e o Getty Museum, em Los Angeles, entre outros.

15 Mai 2025

BBC | Concerto “Sete Mundos, Um Planeta” acontece em Julho

Decorre a 12 de Julho, no Teatro Broadway, um espectáculo que promete ser uma experiência imersiva sobre o meio ambiente e a crescente necessidade da sua preservação. Trata-se da estreia do Concerto ao Vivo BBC “Sete Mundos, Um Planeta”, tocado em parceria com a Orquestra de Macau

 

“Uma experiência imersiva audiovisual que revela as maravilhas do nosso planeta”. É desta forma que o Instituto Cultural (IC) apresenta o próximo concerto de cariz internacional acolhido em Macau, em parceria com a Galaxy. Trata-se do Concerto ao Vivo BBC “Sete Mundos, Um Planeta”, integrado na temporada 2024-2025 de concertos da Orquestra de Macau (OM), e que acontece a 12 de Julho, 20h, no Teatro Broadway, no empreendimento Broadway Macau.

Segundo uma nota do IC, o concerto integra “excertos impressionantes da famosa série documental homónima da BBC, acompanhados com as bandas sonoras interpretadas ao vivo pela OM e que foram compostas pelo vencedor da categoria de banda sonora nos Prémios da Academia Hans Zimmer e pelo vencedor do Emmy Jacob Shea”.

O público poderá, assim, ter acesso a uma “experiência imersiva audiovisual pelas paisagens maravilhosas dos sete continentes do planeta, projectadas num ecrã LED gigante de ultra-alta definição e com narração ao vivo”.
Sucesso televisivo

“Sete Mundos, Um Planeta” é uma das séries televisivas de história natural mais populares da BBC do Reino Unido, tendo sido produzida durante quatro anos em 41 países. A série retrata “paisagens naturais deslumbrantes dos continentes do planeta”, tendo estreado em 2019 e sido amplamente aclamada. Nessa altura, foi batido o “recorde de maior audiência para documentários na BBC One”, com a produção a ser contemplada com “múltiplos prémios”.

No dia 12 de Julho, a OM junta-se à maestrina australiana Vanessa Scammell para interpretar “obras musicais comoventes” compostas pelo maestro premiado de banda sonora Hans Zimmer e pelo vencedor do Emmy Jacob Shea. Uma das composições é “Out There”, uma co-composição do mesmo maestro premiado e da famosa cantora e compositora Sia.

Além disso, Jason Chan, artista de Hong Kong, irá assumir o papel de narrador em inglês, “conduzindo o público numa envolvente viagem sensorial que entrelaça música e imagem ao explorar as histórias das maravilhas naturais dos sete continentes”.

A parceria com a Galaxy faz-se no contexto do “Plano Piloto de Parceria de Espaços do GEG”. O concerto terá a duração de 2h15 e os bilhetes já se encontram à venda, variando o preço entre 150 e 300 patacas.

15 Mai 2025