“Grid girls” continuarão a ser vistas no Grande Prémio

Em plena altura do defeso, o Campeonato do Mundo de Fórmula 1 saltou para as capas dos jornais quando há duas semanas anunciou o fim das “grid girls” nos Grande Prémios, seguindo o exemplo de outros campeonatos sancionados pela FIA e até de outros desportos. Todavia, por cá, no Grande Prémio de Macau, tudo ficará como antes

[dropcap style≠’circle’]H[/dropcap]á décadas os pilotos encontrarem o seu lugar na grelha de partida através de uma placa com o seu nome ou número sustentada por uma modelo remunerada para o efeito. Contudo, esta tradição do “Grande Circo” chegou ao fim, numa decisão que não foi nada consensual, mas que para os novos donos da categoria principal do desporto automóvel é uma tentativa de melhorar a sua imagem perante uma sociedade que cada vez menos perdulária a qualquer manifestação menos politicamente correcta.

O grupo americano Liberty Media, que tem os direitos comerciais da Fórmula 1 desde 2017, tenta reinventar a categoria e torná-la mais atrativa para o público jovem. Se muitos concordaram com a medida, outros mostraram-se efusivamente o seu desagrado, entre eles figuras proeminentes do paddock, como Niki Lauda, o ex-responsável máximo Bernie Ecclestone, os pilotos Max Verstappen e Sebastien Vettel e até algumas modelos.

Para apaziguar os ânimos, os responsáveis pelos aspectos comerciais da Fórmula 1 revelaram uma solução para identificar o lugar de cada um dos pilotos na grelha de partida. Assim, crianças com uma carreira no automobilismo escolhidas por mérito ou por sorteio permanecerão na grelha de partida com o nome de cada um dos pilotos em todos os Grandes Prémios.

Contudo, esta decisão, que trazia dinheiro aos cofres da Fórmula 1 e que também atingirá as categorias de suporte – Fórmula 2 e GP3 Series – acabará por afectar as centrais de modelos exclusivamente dedicadas às necessidades do desporto automóvel, que agora vão sentir um decréscimo progressivo de actividade, uma vez que as restantes categorias tendem seguir a Fórmula 1.

O Campeonato do Mundo FIA de Endurance (WEC) já tinha banido as “grid girls” e, depois da decisão da Fórmula 1, é de esperar que as restantes competições sob a égide da federação internacional sigam o exemplo a curto prazo. Contudo, e por agora, o Grande Prémio de Macau não vai seguir esse caminho.

Imunes por cá

A presença de modelos no paddock do Grande Prémio, representando as cores de patrocinadores e marcas associadas ao evento, sempre foi uma imagem forte do evento, recaindo nelas, e às vezes neles, muita da atenção de fotógrafos e curiosos.

Esta tradição do evento do território irá continuar, pelo menos na próxima edição. Questionado pelo HM, o Instituto do Desporto disse que “a Comissão Organizadora do Grande Prémio está atenta às mudanças em termos da disposição de alguns dos maiores eventos de automobilismo no mundo”.

No entanto, a entidade responsável pela organização da maior manifestação desportiva de carácter anual da RAEM esclarece que “de momento não tem planos para cancelar ou substituir o uso de “grid girls” e está concentrada nos preparativos gerais e organização do evento deste ano.”

O Grande Prémio de Macau não é caso único a não seguir esta via restritiva. Os responsáveis do campeonato MotoGP, a competição mundial mais importante de motociclismo, deixaram bem claro que a tradição das “grid girls” é para manter e está totalmente fora de questão tocar nesse tópico, o mesmo acontecendo com o campeonato de carros eléctricos Fórmula E que também não abdicará do ritual.

WTCR irá dialogar

A Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR) é uma das três competições FIA no programa do Grande Prémio. A competição de carros de Turismo, que este ano vai sofrer várias alterações em termos desportivos, também deixará de adoptar as “grid girls” na maioria dos seus eventos. Porém, a organização do WTCR deixa a última palavra para os promotores locais.

“Como promotores do WTCR, o Eurosport Events não organizará qualquer “grid girls”, nem “grid boys”. Em vez disso vamos aumentar os nossos esforços em trazer sons e músicas às pré-grelhas, DJs e entretenimento para os nossos fãs e convidados”, explicou ao HM François Ribeiro, o CEO do Eurosport Events, salientando, no entanto, que o WTCR irá manter o hábito “de ter modelos na cerimónia do pódio para ajudar no protocolo”.

Ciente que existe uma certa oposição a esta medida drástica, Ribeiro deixa, porém, a porta aberta ao diálogo. “Nós entendemos o facto que alguns promotores de eventos queiram continuar a tradição das ‘grid girls’ e iremos sentar-nos com eles para avaliarmos a situação e tomar as decisões adequadas”, elucida o dirigente francês.

Com mais de sessenta anos de história, o carnaval do Grande Prémio deverá passar a curto prazo incólume às pressões da sociedade moderna, sendo a questão que se coloca – até quando?

13 Fev 2018

Futsal | Portugal sagra-se campeão europeu

[dropcap style≠’circle’]P[/dropcap]ortugal conquistou pela primeira vez o título de campeão europeu de futsal, em Ljubljana, capital da Eslovénia, ao vencer a Espanha por 3-2. O golo de Bruno Coelho, de livre directo, no prolongamento fez toda a diferença num encontro que ficou igualmente marcado pela lesão do capitão da selecção, Ricardinho.

Foi o próprio Ricardinho, logo no primeiro minuto, que deu vantagem à equipa das ‘quinas’, reforçando o estatuto de melhor marcador em fases finais, com o seu 22.º golo. Tolrá, aos 19 minutos, e Lin, aos 32, assinaram os tentos que permitiram a reviravolta à selecção espanhola.

Foi a um minuto do fim do jogo, quando Portugal tinha um jogador de campo como guarda-redes, que Bruno Coelho empatou de forma dramática o encontro. Um resultado que deu um novo alento aos comandados de Jorge Braz.

No prolongamento, Bruno Coelho ‘bisou’, na conversão de um livre directo, no último minuto, assegurando o primeiro título de Portugal, que tinha como melhor desempenho na prova o segundo lugar, em 2010, quando perdeu o jogo decisivo frente à Espanha, por 4-2. Na altura o encontro foi disputado na Hungria.

Reconhecimento da valia

No final, Jorge Braz considerou a vitória como o reconhecimento do valor da equipa: “O caminho é este e sabíamos que, mais tarde ou mais cedo, iríamos conseguir uma vitória. Tinha de cair para nós. Caiu agora e estamos muito felizes”, disse Jorge Braz, em Ljubljana, em declarações à RTP.

“Toda a gente estava com a convicção de que iríamos conseguir ganhar. Sabíamos muito bem o que queríamos e íamos lutar por isso. Estávamos a sentir isso e, ao intervalo, sentimos que isto ia cair para nós, apesar das dificuldades que estávamos a sentir”, frisou.

Já Bruno Coelho, o herói da final, valorizou o resultado colectivo: “Aleijei-me na primeira parte e fiquei a sofrer porque pensei que não conseguiria voltar ao jogo. Consegui voltar e fiz o golo do empate. Esta conquista só mostra a união desta equipa. Todos juntos conseguimos demonstrar que temos uma excelente selecção e não é por acaso que este título surge”, apontou.

 

12 Fev 2018

Liga de Elite | Benfica e Sporting ultrapassam adversários com vitórias gordas

As águias são cada vez mais líderes, após terem goleado o recém-promovido Hang Sai por 5-1 e o Chao Pak Kei ter empatado com o Ching Fung. Nos leões os três reforços nigerianos estrearam-se com golos na vitória diante da Polícia por 5-0

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Benfica de Macau somou ontem a quarta vitória em quatro jogos, após ter goleado por 5-1 o Hang Sai, e deixou o Chao Pak Kei mais longe, que se deixou empatar aos 90 minutos diante do Ching Fung 1-1. Num encontro entre duas equipas com dimensões muito diferentes, o Hang Sai mostrou-se uma formação muito esforçada e lutadora, no entanto, não chegou para evitar a goleada.

As coisas não começaram propriamente bem para o encarnados, que aos 19 minutos viram Lei Kam Hong lesionar-se num lance com o guarda-redes adversário. Por essa razão, Bernardo Tavares foi obrigado a utilizar a primeira substituição, com a entrada de Nicholas Torrão.

Apesar da contrariedade, o Benfica conseguiu chegar ao golo cinco minutos depois, com um lance de bola parada a revelar-se decisivo. Após um canto marcado na direita do ataque das águias, Gilchrist surgiu ao segundo poste sozinho, sem qualquer pressão, e desviou para o 1-0.

Apesar da entrada forçada, a aposta em Torrão mostrou-se acertada e aos 38 minutos o atacante apontou o 2-0. O lance nasceu da insistência da frente benfiquista, que soube pressionar o adversário e causar o erro que isolou Torrão. Na frente do guarda-redes o internacional por Macau fez o chapéu para o golo.

A segunda parte começou como terminou a primeira, com a pressão alta do Benfica a não dar grandes oportunidades ao Hang Sai, principalmente na altura da equipa recém-promovida sair para o ataque.

A estratégia voltou a pagar dividendos e Reis fez o marcador para 3-0, aos 50 minutos. Menos de um minuto depois, Tony Lopes fez o resultado subir para 3-0 e 4-0, aos 51 e 64 minutos.

Ainda antes do fim, aos 80 minutos, Samuel Ramosoeu apontou o tento de honra do Hang Sai, após uma perda de bola do Benfica em zona proibida.

Reforços fizeram a diferença

Chegados a Macau no fim-de-semana passado, os três reforços nigerianos do Sporting destruíram por completo a defesa da Polícia, na vitória leonina por 5-0. Na partida de ontem, o central Chidi Bright, que jogou durante a primeira parte no meio-campo, precisou apenas de dois minutos para se estrear a marcar. Após um pontapé de canto a favor do Sporting, o defesa aproveitou os ressaltos e emendou para o 1-0, à frente do guarda-redes.

Foi só depois do intervalo que a vantagem disparou para os 5-0, ao mesmo tempo que a defensiva da Polícia se mostrava incapaz de parar os atletas nigerianos.

Indicava o relógio do Estádio da Taipa 47 minutos, quando Malachy Elu, também ele reforço, apontou o 2-0. Em resposta a um ataque dos agentes da PSP, Prince Aggreh arrancou na direita da defesa leonina e foi ganhando metros até chegar à área contrária, deixando a defensa para trás. Já na área tirou outro defesa da frente e assistiu Elu, que só teve de encostar para os 2-0.

Aos 60 minutos, novo golo na sequência de canto. Após o cruzamento a bola sofre dois desvios de cabeça de atletas leoninos, até que surge Prince Aggreh Prince a emendar para o 3-0.

A diferença entre os reforços do Sporting e os restantes atletas ficou novamente patente aos 86 minutos. Após uma falta à entrada da área da Polícia, Aggreh arranca para cima da defensiva contrária, passa três adversários em velocidade e cruza para a área. O cruzamento acaba nos pés do defesa da Polícia, que quando tentava aliviar rematou contra Cissé, que fez desta forma o 4-0.

O último golo ficou a cargo de Elu, após mais uma excelente arrancada e uma combinação com Aggreh, que deixou os agentes da PSP completamente perdidos.

Nos restantes jogos o Ka I bateu o Monte Carlo por 2-0 e o Lai Chi perdeu por 3-0 com a Alfândega.

12 Fev 2018

Esqui | Atleta nascido no território defende cores Portugal na Coreia do Sul

As Olimpíadas de Pyongchang arrancam hoje e o porta-estandarte português nasceu em Macau, tem o apelido Lam e fala fluentemente cantonense. Após ter saído do território com três meses, o atleta nunca mais regressou, mas admite o desejo de voltar para visitar a cidade

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s Jogos Olímpicos de Inverno começam hoje em PyeongChang e entre os competidores vai estar Kequyen Lam, esquiador nascido em Macau, de 38 anos, que representa as cores de Portugal. Filho de pais chineses que viviam no Vietname, Lam nasceu após pais terem procurado refúgio em Macau, como consequência da Guerra Sino-Vietnamita. Desde então não regressou, mas fala cantonense e não esquece o território onde nasceu, apesar da passagem só ter durado três meses.

“Os meus pais viveram em Macau durante um ano, no campo de refugiados. Depois de eu ter nascido ainda ficaram aí durante três meses, até terem conseguido emigrar para Abbotsford, no Canadá”, contou Kequyen Lam, em entrevista ao HM.

“Como só estive três meses em Macau e era bebé não tenho memórias. Também não voltei a Macau desde que nasci, mas espero ter a oportunidade de visitar o território brevemente”, explicou.

Mesmo não guardando memórias físicas, o facto do território e das pessoas terem acolhido a sua família não foi esquecido pelo esquiador, como atesta o livro electrónico que lançou em inglês e está à venda na Internet com o título: “Na mente de um atleta olímpico”.

“Com braços abertos, Macau, as pessoas de Macau, os portugueses e muitas pessoas envolvidas nos movimentos de ajuda internacional receberem aos meus pais. Ofereceram-lhes abriga e ajudaram-nos a recuperar a sua saúde no campo de refugiados”, recorda no livro. “Foi desta forma que os meus pais sobrevieram durante um ano. E durante esse ano, nasci, nasci numa colónia Portuguesa”, acrescenta.

Apesar de a língua com que está mais à vontade ser o inglês, Kequyen, que só conseguiu a nacionalidade em 2006, consegue falar fluentemente cantonense e um bocado de português, embora de uma forma limitada.

Estreia em Jogo Olímpicos

Orgulhoso por representar as cores de Portugal, apesar de viver no Canadá, Kequyen vai realiza a estreia nos Jogos Olímpicos. A oportunidade chegou depois do atleta profissional ter tomada uma decisão radical e mudado de modalidade, há cerca de dois anos e meio, após uma lesão que o impossibilitou de tentar apurar-se para as Olimpíadas de de Sochi, em 2014.

Até essa altura, o atleta competia na modalidade Snowboard Cross, em que quatro atletas deslizam em pranchas individuais ao longo de uma descida para ver quem é o primeiro a cortar a meta. A lesão fê-lo apostar em algo completamente diferente: “Depois da lesão, tirei algum tempo para me afastar do desporto, mas a chama ainda estava acesa. Eu sentia o desejo de ser atleta e de competir. Por isso, há dois anos e meio tive a ideia de me desafiar, defini novos objectivos: qualificar-me para os Jogos Olímpicos de 2018 na modalidade de Cross Country”, contou.

“Foi uma ideia maluca porque sempre fui um atleta de provas de pouca duração, as minhas corridas duravam um minuto e meio. Fazer uma adaptação tão grande para provas com uma duração com mais de 30 minutos parecia-me uma coisa quase impossível. Mas consegui e estou muito entusiasmado”, frisou.

Sobre a participação em PyeongChang, Kequyen está à espera de uma prova tranquila que inspire Portugal a apostar mais nos desportos de inverno. O atleta já está na Coreia do Sul e entra em acção a 16 de Fevereiro, às 16h00, hora de Macau na prova de Cross Country 15 km livres.

9 Fev 2018

Liga de Elite | Reforços leoninos já treinam com a equipa

[dropcap style≠’circle’]P[/dropcap]rince Aggreh, Malachy Elu e Chidi Bright são os nomes dos três reforços que o agente de futebol Graham Heydorn colocou no Sporting de Macau para esta época. Os atletas, de origem nigeriana, estão a treinar sob a orientação de Nuno Capela desde o início da semana e assistiram, logo no Domingo passado, à vitória do Benfica diante do Chao Pak Kei por 4-1.

“O meu objectivo é fazer uma boa época pelo Sporting de Macau e acredito que o clube tem condições para isso. Estou a ter uma boa impressão do clube e posso dizer que fui muito bem recebido e orientado nos primeiros dias”, disse Aggreh, ontem, ao HM.

O jogador é ponta-de-lança, tem 21 anos e conta com seis internacionalizações e três golos pela selecção da Nigéria. No Sporting tem pela frente a primeira experiência a jogar no estrangeiro e espera poder dar o salto para outros voos com esta oportunidade.

“Até agora joguei sempre na Nigéria, mas acredito que tomei a decisão certa ao vir jogar para o Sporting de Macau, onde posso criar outras oportunidades. Espero poder ajudar o clube nos seus objectivos”, apontou.

“Com esta aposta em Macau quero poder conseguir dar um primeiro passo para depois poder actuar em outras ligas asiáticas mais competitivas”, revelou.

Aggreh não é o único reforço para o ataque e vem acompanhado por Malachy Elu, atleta de 22 anos, que também está a fazer a estreia fora de portas.

“Estou a sentir-me muito bem. Esta mudança está a correr bem até agora e acredito que é o clube certo. O primeiro jogo a que assistimos já deu para ver algum do nível local e vou tentar ajudar o clube”, apontou Elu.

Defesa com passagem por Angola

Entre os jogadores que agora chegam ao Sporting de Macau o mais experiente é Chidi Bright, de 25 anos. O atleta actuou na época passada no Santa Rita de Cássia de Angola e muda-se para Macau, onde também espera criar oportunidades para outros mercados. Antes, actuou na Nigéria e na Jordânia.

“Em Angola aprendi algum português muito básico, só algumas palavras. Mas acredito que me está a facilitar a nível da adaptação à realidade de Macau. Sinto-me bem por poder conviver novamente com pessoas que falam português”, afirmou.

No Sporting de Macau Chidi Bright vai reforçar a defesa, actuando no centro do terreno. Os atletas já estão disponíveis para jogar no próximo encontro, no Domingo, diante da Polícia.

Os leões ocupam actualmente o 6.º lugar da Liga de Elite com quatro pontos, em nove possíveis.

8 Fev 2018

Fórmula 3 ex-Michael Schumacher vai ser cabeça de cartaz

[dropcap style≠‘circle’]M[/dropcap]acau irá contribuir para aquela que será a maior exposição de monolugares – carros de competição também conhecidos como Fórmulas – a realizar em Portugal.

O Reynard 903 – Volkswagen, gentilmente cedido pela Fundação Casa de Macau, que Michael Schumacher conduziu à vitória no Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 de 1990, será o “cabeça de cartaz” da exposição “Monolugares em Portugal – Passado e Presente” que estará patente ao público, de 10 de Fevereiro a 14 de Março, no Museu do Automóvel de Vila Nova de Famalicão.

A mostra reunirá alguns dos fórmulas que ajudaram a escrever capítulos da história do automobilismo em território português, desde Fórmula BMW, Fórmula Ford, Fórmula V ou Fórmula Renault, até monolugares de construção lusitana, como o APIS.

“É com enorme orgulho que vamos reunir aqui, em Vila Nova de Famalicão, um espólio tão vasto de monolugares de competição. Em nome do Museu, gostaria de agradecer à Fundação Casa de Macau, pela cedência de um carro que faz parte dos livros de história do automobilismo mundial, assim como a todos os proprietários privados, cuja preciosa colaboração foi indispensável para tornar esta exposição possível”, disse o director do Museu, Amadeu Melo e Silva.

Este Reynard ex-Michael Schumacher é um dos monolugares de Fórmula 3 mais marcantes do automobilismo mundial, pois foi com ele que o alemão triunfou no Circuito da Guia, levando de vencida o seu eterno rival Mika Häkkinen com uma manobra bastante polémica. Os dois pilotos iriam replicar esta batalha anos mais tarde na Fórmula 1. Dada à sua importância histórica, ao longo dos anos este monolugar tem sido utilizado para promover o Grande Prémio.

Num espaço de 3 mil metros quadrados, em Ribeirão, o Museu do Automóvel de Vila Nova de Famalicão, que em 2017 passou a integrar a Associação Internacional de Museus de Transportes e Comunicações, guarda um valioso espólio de mais de uma centena de viaturas, retratando a evolução do design e da técnica do automóvel ao longo do século XX. O alcance da instituição não se esgota nas colecções expostas, estendendo-se às áreas da formação e educação através da Escola de Restauro Automóvel e da Escola de Educação Rodoviária.

6 Fev 2018

MotoGP estuda provas em circuitos citadinos

[dropcap]O[/dropcap] pequeno mundo do MotoGP, a categoria rainha do motociclismo mundial, recebeu com surpresa a possibilidade do campeonato ter provas em circuitos citadinos num futuro próximo. Todavia, a possibilidade que certamente deixaria muitos fãs locais em estado de êxtase, de Valentino Rossi, Marc Márquez ou Jorge Lorenzo visitarem o Circuito da Guia, é, no mínimo, muito pequena.

Numa entrevista ao diário espanhol Expansión, o CEO da Dorna Sports, Carmelo Ezpeleta, revelou que existem planos para uma primeira prova “numa cidade quente”, sendo este, segundo o promotor do campeonato, “um projecto sólido”.

No sábado passado, à margem da conferência de imprensa de apresentação da equipa oficial da Yamaha, o promotor do MotoGP revelou ao site oficial do campeonato mais informações sobre o projecto. “É uma ideia que começámos a falar. Estamos a trabalhar com um governo asiático para tentar fazer um circuito semi-permanente com todas as medidas de segurança de um traçado permanente mas com características interessantes. Não penso que o projecto esteja pronto, no mínimo, até dentro de dois anos.”

Ezpeleta explicou que este traçado citadino “tem como característica principal, além de ser um circuito com toda a segurança dentro de uma cidade, um paddock que ficará totalmente coberto, integrado num centro de exposições. Assim, durante o Grande Prémio utiliza-se para apoio à corrida, e durante o resto do ano pode ser usado para muitas outras coisas. Isso permitiria ter um paddock climatizado numa zona de muito calor.”

Apesar das provas de estrada de motociclismo utilizarem estradas públicas, a única prova de motociclismo a nível mundial num circuito citadino continua a ser o Grande Prémio de Motos de Macau que este ano vai para a sua 52ª edição.

Probabilidades baixas

Apesar das insistências do HM, a Dorna Sport não respondeu às questões colocadas pelo HM sobre e eventualidade do Circuito da Guia acolher um evento do MotoGP no futuro. Contudo, várias fontes ligadas ao campeonato consultadas pelo HM acham pouco possível, a começar “pela dimensão reduzida do paddock, passando pelo facto do fim-de-semana Grande Prémio acolher actualmente três competições da Federação Internacional do Automóvel”.

O circuito citadino da RAEM tem as suas particularidades, por ser “talvez o único evento nos tempos que correm que conjuga automóveis e motociclos no mesmo programa, sendo este basicamente um circuito montado para automóveis”, explicou ao HM, no passado mês de Novembro, Carlos Barreto, o Director de Corrida do Grande Prémio de Motos.

Embora o circuito respeite todas as medidas de segurança impostas pela Federação Internacional de Motociclismo (FIM), nos últimos anos as alterações feitas ao circuito a pensar na segurança dos concorrentes têm sido na sua maioria pensadas para os automóveis. Há também uma série de medidas suplementares que anualmente são implementadas pela Comissão Organizadora para manter uma articulação saudável com a rotina diária da cidade. Tornar isto tudo possível não é tarefa fácil, visto que a prova de motos de Macau, ao contrário das principais corridas de “Road Racing”, como a Ilha de Man TT ou a NW200, obriga a um entendimento com as entidades responsáveis pelas corridas de automóveis.

“É necessário muito diálogo interno para se procurar conciliar as propostas da FIA e, por vezes, esse compromisso pode demorar um nadinha mais”, acentuou na altura Carlos Barreto, que deu como exemplo “a passadeira para peões no início da Estrada de São Francisco que foi recolocada uns metros adiante e essa alteração, efectuada a título permanente em 2016, contribuiu para melhorar em termos de segurança esta zona do circuito para os pilotos de motociclos.”

Mesmo cumprindo todas as rigorosas normas de segurança, fatalidades, como aquela que manchou a edição de 2017, são impossíveis de evitar e estão intrinsecamente apegadas à natureza da competição.

Outras paragens

Na mesma entrevista Ezpeleta admitiu que muitos países têm mostrado interesse em receber provas do MotoGP, admitindo que mais de 20 provas por ano é neste momento difícil, apesar de 22 eventos ser o número ideal do ponto de vista do empresário espanhol.

No que respeita ao continente asiático, este ano a popular competição das duas rodas passará pela Tailândia, que se estreia no calendário, pela Malásia, que abdicou do Grande Prémio de Fórmula 1, mas não da sua prova de motociclismo, e pelo Japão, um país que é paragem obrigatória dada a fortíssima presença dos construtores nipónicos.

Por muito incrível que pareça, a China continua fora do calendário. O MotoGP visitou o circuito de Xangai de 2005 e 2008, mas para além do evento nunca ter sido financeiramente viável para o promotor local, vários problemas com as alfandegas chinesas saturaram a Dorna.

Indonésia deverá ser a próxima paragem asiática do MotoGP já em 2019, caso o novo circuito de Palembang, no sul da ilha de Sumatra, esteja pronto atempadamente. A acontecer, este será um regresso do campeonato à Indonésia que até 1997 organizava o seu Grande Prémio de Motociclismo no Circuito de Sentul.

2 Fev 2018

Futebol | Consulado apresentou equipa com 22 atletas mas a porta está aberta para reforços

A formação do Consulado de Portugal fez ontem a apresentação para este ano. O embaixador e capitão Vítor Sereno garante que mesmo que tenha de sair a meio da temporada, que as bases para terminar a época estão estabelecidas

 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Consulado de Portugal em Macau e Hong Kong apresentou ontem a formação com que vai atacar a nova temporada do futebol de Macau. Neste momento, o plantel ainda está em aberto, mas conta com 22 atletas, 19 portugueses e 3 brasileiros.

Entre as principais novidades em termos do plantel, destacam-se as saídas de Alex Irimbeira, atacante que foi um dos atletas mais influentes na temporada passada, e do guarda-redes Juninho, que se mudou para o Ching Fung, da primeira divisão. Por outro lado, regressa para orientar a equipa José Rocha Diniz. O treinador veterano regressa a um lugar que já tinha ocupado em 2016, na época em que o Consulado subiu da 3.ª para a 2.ª Divisão, em que se encontra actualmente.

A apresentação foi feita pelo próprio embaixador e capitão de equipa, Vítor Sereno, que garantiu que mesmo que ele abandone Macau a meio da época, que estão reunidas as condições para que a equipa técnica e os atletas terminem a temporada.

“Este projecto está assegurado até ao final da época, não fazia sentido se não fosse assim. Mesmo sem mim, tenho 23 fervorosos irmãos que vão dar tudo para defender estas cores”, disse Vítor Sereno, embaixador, quando confrontado com a questão.

Vítor Sereno deixou ainda elogios a todos os que constituem o plantel esta temporada, e sublinhou o fair-play da equipa. “Aos nossos colegas desta família desportiva, um grupo coeso, uma família unida constituída por 19 portugueses e 3 brasileiros. Têm um espírito competitivo e um fair play é inigualável”, frisou.

Vítor Sereno fez igualmente questão de apontar os méritos deste projecto, que diz contar com a autorização e apoio do Ministério dos Negócios Estrangeiros, e mostrou-se orgulhoso dos convites recebidos pela equipa para disputar competições em outras jurisdições.

“Os convites das autoridades de Hengqin, Cantão, Hainan, Filipinas, Camboja, entre outras, mostram a dimensão que este projecto diplomático alcançou”, disse.

A equipa volta a contar com os patrocinadores do ano passado, nomeadamente a SuperBock, EDP e CESL Asia.

Fazer o melhor

Por sua vez, o treinador José Rocha Diniz recusou estabelecer qualquer objectivo para a época, justificando esta posição com o facto do futebol ser “imprevisível”. No entanto, garantiu que nem a pinhões gosta de perder.

Ao mesmo tempo, aproveitou a conferência de imprensa para deixar explicar a razão de ter aceitado o convite e deixou um primeiro aviso aos atletas: “Não se pode dizer que não a uma pessoa que tem dado tanto à comunidade portuguesa. Isto é também um alerta para os jogadores. Não se pode dizer que não a este homem [Vítor Sereno]”, disse.

O novo treinador do Consulado elogiou também a qualidade dos atletas: “Esta equipa ainda está em aberto, mas tem jogadores com muito talento. Resta saber se eu, como treinador, vou conseguir tirar de cada um o talento que eles têm. Há jogadores muito interessantes”, apontou.

José Rocha Diniz afirmou também que apesar das diferenças de idades todos os atletas começam do mesmo ponto de partida, e que para ele “são todos iguais”.

Ainda não há data prevista para o arranque da 2.ª Divisão, mas deverá acontecer depois do Ano Novo Chinês.

30 Jan 2018

Liga de Elite | Chao Pak Kei goleou Hang Sai por 14-0

[dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]mbalada por Danilo a equipa do C.P.K. está a ter um início de temporada arrasador e à segunda jornada soma duas vitórias e 26 golos marcados. Só o goleador brasileiro já conta com 12 golos na conta pessoal

O Chao Pak Kei está a ter um arranque de campeonato fulgurante e na sexta-feira bateu o recém-promovido Hang Sai por 14-0, no Estádio de Macau. No encontro para a segunda jornada, o ataque Danilo voltou a estar em destaque apontado sete golos, depois de já ter apontado outros cinco, na primeira jornada, diante do Lai Chi.

Apesar do Hang Sai ter entrado na partida com a motivação extra de uma surpreendente vitória na primeira jornada, por 1-0, diante do Monte Carlo, as aspirações de repetirem um resultado que se pudessem considerar positivo terminaram rapidamente.
O primeiro golo surgiu logo aos 4 minutos, num canto, batido por Diego Patriota. Após a marcação da bola parada, o brasileiro conseguiu tirar um segundo cruzamento, após o ressalto, sendo que a bola sofreu dois desvios de atacantes do C.P.K. antes de seguir em direcção à baliza do Hang Sai. Lok Ka On ainda conseguiu defender à primeira, mas Danilo chegou mais rápido do que a defesa contrária ao ressalto e encostou para o 1-0.

Novamente aos 9 minutos chegou outro golo. O lateral Choi Chan In cruzou longo para a área, onde surgiu Ronald Cabrera que desviou para a baliza e fez o 2-0. O C.P.K. contou com a ajuda de Lok Ka On, que saiu fora do tempo e abriu o caminho para o golo.

Antes do intervalo, o C.P.K. ainda marcou mais cinco tentos, desta feita por Danilo, que marcou mais três, aos 11’, 28’ e 33’, e Ho Ka Seng, que bisou com golos aos 38’ e 40’.

Com 7-0, o encontro chegou ao intervalo resolvido, com o segundo tempo a servir para cumprir o calendário. Mesmo assim o C.P.K. não deixou de procurar dilatar a vantagem.

Na segunda parte, os restantes 7 golos foram apontados por Bruno Nogueira, 47’, Diego Patriota, 63’ e 79’ e Adilson, 78’. Danilo também fez o gosto ao pé com nada menos do que três golos, aos 71’, 80’ e 82’.

C.P.K. e águias na frente

Com este resultado, águias e C.P.K. lideram a Liga de Elite com 6 pontos, cada, depois dos encarnados terem ganho ao Lai Chi por 5-0, com cinco golos de Nicholas Torrão.

No terceiro lugar está o Ching Fung que empatou 0-0, no Sábado, no Canídromo, com o Ka I. A equipa de João Rosas soma quatro pontos. Já o Ka I, orientado por Josecler, tem um ponto em duas jornadas, após a derrotas com o Benfica.

No restantes jogos, o Sporting goleou os Serviços de Alfândega por 5-0 e o Monte Carlo bateu a Polícia por 2-1.

Na luta pelos dois lugares de descida estão o Lai Chi e os Serviços de Alfândega, com 0 pontos, cada.

 

29 Jan 2018

Sporting de Macau | Sócio vai propor encerramento de contas no BNU

Um associado do Sporting de Macau vai sugerir o encerramento de todas as contas do clube no BNU, após a instituição bancária ter rejeitado, pelo segundo ano consecutivo, apoiar os leões locais

 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Sporting Clube de Macau tem uma Assembleia Geral Extraordinária agendada para 31 de Janeiro, às 18h30, no Consulado Geral de Portugal em Macau, e um dos sócios vai propor o encerramento das contas do clube no BNU. A sugestão vai ser apresentada por José Reis, que apesar de estar envolvido nas operações do clube, faz a proposta a título pessoal. Em causa está o facto do banco ter rejeitado, pelo segundo ano consecutivo, prestar qualquer apoio financeiro ao clube.

“Após dois anos sucessivos de evidente desinvestimento na responsabilidade social por parte do BNU, nesta conjuntura de envio para Portugal de remessas de dinheiro e com os cortes já assumidos em marketing, publicidade, entre outros, como sócio entendo que já não há motivos para manter o BNU na nossa lista de parceiros privilegiados”, afirmou José Reis, ontem, ao HM.

“Simbolicamente, na minha perspectiva, como repúdio perante esta atitude do BNU vou propor que o Sporting Clube de Macau retire as suas contas bancárias do banco. É uma medida simbólica na medida em que os nossos saltos não têm dimensão para criar qualquer mossa”, acrescentou.

Da parte de José Reis existe algum incompreensão face à atitude do BNU, no sentido em que houve uma recusa total na prestação de qualquer tipo de apoio, sem ter havido um esforço para negociar os montantes.

“Não houve qualquer abertura para apoiar o clube. Houve uma resposta basicamente a dizer que não têm dinheiro e portanto que não nos vão apoiar, apesar de reconhecerem a importância da responsabilidade social”, revelou.

Gesto de boa-fé

O associado mostrou-se igualmente desiludido uma vez que o clube, num gesto de boa-fé, actuou ao longo da época passada com o logótipo do banco nas camisolas, apesar de não ter havido um acordo de patrocínio.

“Houve uma demonstração de boa-fé quando, no ano passado, nos foi recusado o patrocínio e nos foi dito que falaríamos novamente em 2018. Pessoalmente considerei a atitude do Sporting correcta, em continuar a dar exposição a uma instituição que era um parceiro privilegiado. Mas o BNU não ficou minimamente sensibilizado com essa atitude”, contou José Reis.

“Compreendo que tenham instruções superiores da Caixa Geral de Depósitos, e todos sabemos que provavelmente não é uma decisão autónoma do BNU, de cortar radicalmente neste género de despesas, mas o relacionamento tem sido com eles e não com a CGD”, frisou sobre o destinatário da medida.

Contudo, José Reis admite que a maioria dos sócios possa ter uma opinião contrária à proposta apresentada: “Se a proposta não contar com o apoio dos sócios, tudo bem. É um cenário que está em aberto e não tenho problemas com isso”, frisou.

Além deste tópico, que deverá ser um dos últimos pontos da agenda da Assembleia Geral, os associados vão ainda discutir o relatório de gestão e contas, avaliar a situação da Comissão de Gestão e discutir soluções de gestão a curto e médio prazo.

 

Liga de Elite: Nicholas Torrão 5, Lai Chi 0

O Benfica de Macau goleou ontem o Lai Chi por 5-0, em jogo referente à 2.ª Jornada da Liga de Elite. O encontro teve lugar no Estádio de Macau e o avançado das águias Nicholas Torrão teve em destaque ao apontar cinco golos. O primeiro chegou ainda na primeira parte, logo aos 5 minutos. Os restantes foram apontados no tempo complementar, aos 49, 52, 68 e 72 minutos. Com este resultado, o Benfica lidera a Liga de Elite com 6 pontos, mas com mais um jogo. Por sua vez, o Lai Chi está no último lugar, com 0 pontos, depois de também ter sido goleado na primeira jornada, desta feita pelo C.P.K., por 12-0.

26 Jan 2018

Álvaro Mourato prossegue carreira no exterior

[dropcap style≠’circle’]Á[/dropcap]lvaro Mourato tem sido na última década e meia um dos principais intervenientes das corridas de carros de Turismo de Macau. No entanto, o piloto macaense abandonou o ano passado o campeonato local – MTCS – e não tem planos em regressar este ano.

A actual regulamentação técnica do MTCS afastou Mourato, como afastou outros pilotos locais. O piloto da RAEM vai continuar a apostar em corridas de carros de Turismo soltas e fora de portas, mantendo a forma, para, quiçá, regressar um dia à competição bandeira da Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC).

“Para este ano tenho um plano com uma equipa japonesa para correr nas 10 Horas de Buriram, na Tailândia”, explicou o piloto ao HM, recordando que “ano passado fiz a corrida de resistência no circuito citadino de Bangsaen da Toyota Vios Cup e terminei no quinto lugar.”

Mourato não perdeu a vontade de competir entre nós, mas reconhece que a subida em flecha dos custos de participação não ajudam a um eventual regresso ao campeonato que em 2018 terá novamente duas jornadas duplas no Circuito Internacional de Zhuhai.

“É difícil de continuar no MTCS, o custo está cada vez mais elevado. Fica caro tanto competir no MTCS, como no Grande Prémio de Macau. Seja na Taça CTM, como na Taça da Corrida Chinesa”, deixa claro o vencedor da corrida Troféu Hotel Fortuna/Interport Hong Kong-Macau da edição de 2010 do Grande Prémio de Macau.

 

Custos que assustam

A opinião não é única, nem sequer é novidade para quem segue de perto o desporto automóvel local. O actual regulamento das provas de apuramento dos pilotos de carros de Turismo do território para o Grande Prémio de Macau, único no mundo, é demasiado pesado para as carteiras da maioria dos participantes, até porque os patrocinadores não abundam nesta cidade.

Apesar de nenhum piloto gostar de falar abertamente dos custos envolvidos nas provas locais, até porque estes variam muito de piloto para piloto, a verdade é que um carro competitivo na classe 1600cc Turbo pode ser superior a um milhão de Patacas e há quem diga que na classe acima de 1950cc há viaturas a custar o dobro.

“Não vale a pena a AAMC andar a inventar regulamentos, como este que estamos a usar – 1600cc Turbo e Superior 1950cc – pois não existem em mais lado nenhum do mundo e são muito perigosos para os pilotos e sócios, no sentido que acabam por ficar pendurados”, salienta, referindo que “sem existir um controlo das ECU dos carros, ou uma única marca de ECU, e não houver controlo do limite das RPM, muitos mecânicos de Macau, mas também de Hong Kong, vão puxar os carros até ao limite, ou para lá dos limites. No fim, é uma corrida para queimar dinheiro.”

Como solução para este problema, Mourato sugere que “a AAMC deveria contratar alguém para trabalhar nesta área. Eu próprio não me importaria de pagar um pouco mais de inscrição para que existisse um engenheiro ou um técnico capaz de controlar esta área”.

 

Futuro deveria ser TCR

Em 2020 a AAMC prepara-se para introduzir um novo regulamento técnico nas corridas locais, o que quer dizer que teremos um parque automóvel totalmente novo dentro de dois anos. Isto também significa que os pilotos vão ter novamente que abrir os cordões à bolsa.

Para Mourato, o mais importante é que a “AAMC tem que encontrar uma solução para que não fiquemos outra vez pendurados”, aconselhando que o futuro do MTCS, a exemplo de vários outros campeonatos nacionais de carros de Turismo, incluindo o português, adopte os regulamentos da categoria TCR.

“Na minha opinião deveríamos optar pelos carros TCR, mas tudo dependerá dos preços”, salientando que a melhor solução poderá passar “por antigos carros de TCR, pois em 2020 esses já serão baratos. É como agora, se quiseres comprar um carro do WTCC de 2010, vais conseguir preços bons. Optando por carros TCR das primeiras gerações, podemos vir a ter um campeonato de alto nível e custo baixo”, conclui o piloto da terra.

Para além de ser um conceito com provas dadas por todo o mundo e cortar pela raiz os custos derivados do desenvolvimento local dos carros, a categoria TCR tem a vantagem abrir aos pilotos locais e investidores a um vasto mercado em segunda mão e à possibilidade de usar as viaturas noutras competições.

Quer isto dizer que, o investimento feito num carro não ficará apenas confinado a três provas por ano, podendo este ser usado em diversos outros campeonatos e corridas do sudeste asiático. Ao mesmo tempo, esta opção permitirá aos pilotos que queiram ou necessitem de vender as suas viaturas para recuperar parte do investimento inicial entrarem num mercado verdadeiramente global.

25 Jan 2018

Agente promete estar atento a atletas de Macau

O canadiano Graham Heydorn é o responsável pela empresa de intermediação de jogadores 10 Management, que assinou uma parceria com o Sporting de Macau para colocar três jogadores no território. Ao HM, reconheceu esperar com o acordo catapultar atletas para ligas mais desenvolvidas, como a chinesa, coreana, japonesa e mesmo tailandesa

 

 

[dropcap style≠‘circle’]P[/dropcap]orque decidiu fazer esta parceria com o Sporting de Macau, numa liga que está longe de ser das mais desenvolvidas?

GH: É o facto da liga não estar totalmente desenvolvida que a torna interessante. Macau é um local cheio de oportunidades para os jogadores e o Sporting de Macau é o clube ideal, é muito organizado e, ao longo do processo das negociações, foi sempre muito profissional.

 

Não está Macau longe de ser o local ideal para promover os atletas?

Não considero isso. Aqui, os jogadores podem ser reconhecidos e facilmente despertar a atenção de ligas mais profissionais, como no Interior da China, Japão, Coreia do Sul ou mesmo de clubes da Tailândia. Também não há nada que impeça os jogadores que se destaquem em Macau de se mudarem para os escalões inferiores da Europa. Macau é um bom local de adaptação para os atletas que querem fazer uma carreira na Ásia.

 

Mas existe mesmo essa visibilidade nesta liga?

O que eu aprendi nesta área é que tudo é possível, desde que o jogadores tenham qualidade. É possível darem o salto para a China, Coreia do Sul e Japão. No entanto, temos pensar passo a passo, não é fácil para um atleta que está a começar alcançar tudo de um dia para o outro. O salto pode acontecer para as ligas secundarias desses países.

 

Qual é a duração da parceria com o Sporting de Macau?

No mínimo dois anos, mas vai ser tudo feito passo a passo. Dois anos é um prazo que nos parece razoável para no final fazer um balanço rigoroso. Antes disso não faz sentido porque estes acordos precisam de tempo para crescer e desenvolver-se. Vamos começar por colocar três jogadores, mas no futuro queremos colocar mais.

 

A parceria é uma forma da 10 Management entrar no mercado asiático?

Não, até porque já temos uma parceria na China, que nos permite acompanhar os jogadores na Ásia. Representamos jogadores no Interior da China, mas por vezes as regras limitam aquilo que queremos fazer porque há um limite no número de estrangeiros que podem ser inscritos. Nesse sentido, colocar jogadores em Macau é um bom início para se adaptarem à cultura, linguagem e comida. São aspectos essenciais para jogadores que querem fazer carreira na Ásia.

 

Faltam agentes de jogadores em Macau que possam promover o jogador local em mercados mais profissionais?

Sim e por isso vamos estar atentos aos jogadores locais. Há exemplos em todo o mundo de jogadores de ligas mais pequenas ou clubes de menor dimensão que conseguem dar o salto, contra todas expectativas, e acabar nas grandes ligas. Não há razões para que um jogador talentoso que passe por Macau não chegue a uma grande liga. Contudo reconheço que quanto mais alto é o nível da liga, maior é a probabilidade disso acontecer.

 

Quantos jogadores representa?

Nesta altura entre 40 e 50 jogadores. São atletas que estão a jogar em Portugal, França, Inglaterra, Espanha, República Checa, entre outros. Em todos estes países temos jogadores nas principais ligas.

 

Entre os jogadores que representa está Jean Michael Seri do Nice, que tem sido associado a grandes clubes como Manchester United ou Chelsea. Em que situação está uma futura transferência?

Ainda durante o mercado de Inverno ou no próximo Verão acredito que vai ser transferido. No último Verão o Barcelona apresentou uma proposta de 40 milhões de euros por ele, mas o Nice rejeitou.

 

 

Aposta em África

O recrutamento de atletas em África é uma das principais apostas da 10 Management, que nos últimos anos tem feito esses atletas entrarem na Europa principalmente através das ligas portuguesa e espanhola. O FC Porto tem sido um dos clubes mais utilizados por Graham Heydorn que já fez passar pela cidade invicta Christian Atsu, agora no Newcastle, Jean Michael Seri, que está no Nice, e Chidozie Awaziem. O último jogador representa o Nantes de França, por empréstimo do FC Porto.

23 Jan 2018

Liga de Elite | Águias vencem Ka I por 1-0 e estreiam-se com vitória

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Chao Pak Kei e Benfica de Macau entraram da melhor maneira no principal escalão do futebol de Macau derrotaram o Lai Chi e Ka I, respectivamente. O Monte Carlo acabou surpreendido pelo recém-promovido Hang Sai e perdeu por 1-0.

Os favoritos à conquista do título da Liga de Elite, Benfica e Chao Pak Kei, entraram no campeonato a ganhar. As águias bateram o Ka I por 2-1, naquele que foi o jogo grande da jornada, e o Chao Pak Kei esmagou o Lai Chi por 12-0.

No regresso da Liga de Elite, o Benfica de Macau teve pela frente a tarefa mais complicada e teve de suar para garantir os três pontos. Com os reforços Vítor Almeida, Bruce Tetteh, Tito Okello e Gilchrist Nguema a alinharem de início, as águias assumiram o controlo da partida desde o início e mostraram ser mais fortes. No entanto, a vitória só foi garantida pela capacidade de aproveitar os erros do adversário.

Contra a maré do jogo, foi o Ka I que chegou primeiro ao golo, aos 16 minutos. Após uma perda de bola das águias, no meio-campo, Cheong Kin Chong rematou a cerca de 35 metros da baliza, em zona central, e fez um chapéu monumental ao guarda-redes Batista, inaugurando o marcador para o Ka I, com 1-0.

O golo não afectou os encarnados, que retomaram o encontro com o domínio que tinham demonstrado até então. No entanto, a equipa mostrava incapacidade para criar oportunidades claríssimas de perigo.

Sentido esta incapacidade, Bernardo Tavares, que se estreou no comando das águias, ordenou a substituição de Iuri Capelo, por Amâncio. Foi nessa altura que o improvável aconteceu. Após uma jogada na direita do ataque encarnado, surge um cruzamento rasteiro para a área do Ka I. Apesar da bola estar aparentemente controlada, Lao Pak Kin acabou por fazer o corte para o autogolo.

Apesar do empate, o técnico do Benfica avançou com a substituição. Uma aposta que deu frutos, visto que, aos 31 minutos, Iuri Capelo foi o responsável pelo cruzamento que resultou no erro defensivo, permitindo a bola sobrar para Titto Okello. Com o golo nos pés, o avançado não desperdiçou.

No segundo tempo, o Ka I conseguiu responder melhor ao domínio encarnado, equilibrando os acontecimentos. Porém, a formação de Josecler nunca conseguiu criar verdadeiras ocasiões de golo.

Goleada monumental

Por sua vez, o Chao Pak Kei não deu qualquer hipóteses no desafio diante do Lai Chi, que venceu por 12-0. Num jogo sem história, os favoritos colocaram-se a ganhar logo aos 16 minutos, por intermédio de Danilo, e limitaram-se a ir dilatando a vantagem. Quando o intervalo chegou, a vantagem era de 3-0, após os golos de Alexandre Raposo e Diego Patriota.

Na segunda parte, com os jogadores do Lai Chi a quebrarem fisicamente, o C.P.K. apontou mais nove golos, com quatro a serem da autoridade de Danilo, dois de Diego Patriota, um Bruno Nogueira e outro de Ronald Cabrera.

Nos restantes encontros, o Monte Carlo foi surpreendido pelo Hang Sai por 1-0. Os canarinhos que apostam numa equipa formada só com jogadores locais foram surpreendidos pela equipa recém-promovida. No entanto, o Monte Carlo acabou a partida com um golo anulado, quando estava 0-0, por alegado fora-de-jogo, que motivou muitas queixas.

Já o Sporting de Macau perdeu diante do Ching Fung, por 1-0, e no jogo das autoridades, a PSP impôs-se aos Serviços de Alfândega por 4-0.

Após a primeira jornada, Chao Pak Kei, PSP, Benfica, Ching Fung e Hang Sai. lideram com três pontos. Seguem-se Monte Carlo, Sporting, Ka I, Serviços de Alfândega e Lai Chi, todos com zero pontos.

Sporting de Macau faz acordo com empresário

O Sporting de Macau chegou a acordo com o empresário Graham Heydorn para a cedência de três atletas, que só deverão actuar na próxima jornada. O contrato foi celebrado, ontem, e deverá ter a duração de pelo menos dois anos. Graham Heydorn representa vários atletas, nomeadamente Jean Michaël Seri, costa-marfinense do Nice, que tem sido associado a transferências para Manchester City, Manchester United e Chelsea, ou Musa Yahaya que actua no FC Porto B. Graham Heydorn foi igualmente o responsável pela ida de Christian Atsu para o FC Porto, em 2011, atleta que actualmente representa o Newcastle.

22 Jan 2018

Piloto de Macau foi ao pódio no Dubai

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]o alinhar nas 24 Horas do Dubai, como vem sido um hábito nos últimos anos, Kevin Tse Wing Kin tornou-se o primeiro piloto de Macau a realizar uma corrida de automobilismo na temporada de 2018.

O piloto que corre com a bandeira da RAEM subiu ao pódio na categoria GT4 aos comandos de um Mercedes-AMG GT da equipa alemã Black Flacon, fazendo equipa com os pilotos de Hong Kong Frank Yu, Jonathan Hui e Antares Au. Este quarteto esteve na luta pelo triunfo na categoria GT4 com os dois Audi R8 LMS da Phoenix Racing, mas um problema de travões na 22ª hora não permitiu que sonhassem mais que uma posição no pódio à classe e o 31º lugar à geral.

“Esta foi a minha terceira participação nas 24 Horas do Dubai. Eu adoro a atmosfera do Dubai, com uma grelha de partida de 90 carros a competir durante vinte e quatro horas. O ano passado tivemos o Robert Kubica, o Brendon Hartlety e o Jean Eric Vergne a correr na mesma corrida, portanto, este é um verdadeiro evento internacional de alto nível”, explicou Tse ao HM.

Para um piloto mais habituado às corridas de Turismo de curta duração, a prova árabe de resistência é um desafio completamente diferente.

“As corridas de endurance não são apenas de velocidade pura, mas mais de conservação de pneus e resistência e jogadas de estratégia. É perfeito para uma equipa de quatro pilotos amadores, pois nós ainda tivemos a hipótese de lutar por um bom resultado, apesar de o nosso andamento, numa volta só, não ser o ideal”, realça.

O Mercedes AMG GT3, também da Black Falcon, pilotado por Abdulaziz Al Faisal, Hubert Haupt, Yelmer Buurman e Gabriele Piana foi o vencedor da prova de Dubai à geral, ao passo que o português Rui Águas terminou muito atrasado depois de um contacto com um outro concorrente o ter obrigado a uma paragem de três horas e meia nas boxes para reparações.

Aposta certa

A exemplo da categoria de carros de Turismo TCR, a categoria GT4 também está em voga por todo o mundo. Rodolfo Ávila testou a semana passada o Audi R8 LMS na Malásia e teceu rasgados elogios à máquina construída em Ingolstadt. Tse também concorda que estes pequenos grandes carros de Grande Turismo são interessantíssimos de pilotar.

“O AMG é um grande carro de corridas. Basicamente é um mini GT3, pois o GT4 carrega partes do GT3 da AMG”, salienta Tse, que na edição passada da prova alinhou ao volante de um Porsche Cayman da mesma categoria.

Ainda sobre o bólide germânico, que na sua versão de competição custa cerca de dois milhões de patacas, o piloto-empresário explicou que se trata de “um carro fácil de conduzir e mecanicamente foi perfeito durante 24 horas. Parece que o Audi R8 GT4 também é um pacote muito competitivo, já que os tempos por volta são muito parecidos entre os dois carros. Com o orçamento dos GT3 cada vez mais caro, acho que a classe GT4 ficará mais popular nos próximos anos, especialmente para os pilotos amadores.”

GP é a prioridade

O piloto de Macau, que reside em Hong Kong, não esconde que o seu objectivo principal para a temporada de 2018 passa novamente por repetir a presença no Grande Prémio de Macau no mês de Novembro.

“O Grande Prémio é definitivamente o momento alto do ano e nada supera, em termos de corridas, o Circuito da Guia”, afirma Tse que em 2017, Tse tripulou um Volkswagen Golf TCR na Taça CTM de Carros de Turismo de Macau, mas acabou por abandonar devido a um acidente.

Contudo, o experiente piloto que compete com a licença desportiva do território ainda não traçou um plano exacto para a temporada que aí vem. Confirmada está a sua presença no Campeonato de Macau de Carros de Turismo (MTCS, na sigla inglesa).

“Ainda não sei ao certo em que corrida irei tomar parte nos fins-de-semana de provas da AAMC em Zhuhai, mas espero tomar uma decisão em breve”, concluiu o piloto que tem no seu currículo passagens pelos campeonatos TCR Asia Series, Asian Le Mans Series e Taça Porsche Carrera Ásia.

19 Jan 2018

Liga de Elite | Benfica, Monte Carlo e Sporting apresentaram-se

Ontem foi dia de apresentações para a nova época do futebol local, com Monte Carlo, Benfica e Sporting a darem a conhecer as novas caras. As águias têm ambição de ganhar tudo internamente e honrar o território na Taça de AFC, os leões estão à procura de melhorar sétimo lugar do ano passado e os canarinhos apostam em desenvolver jogadores locais

 

[dropcap style≠’circle’]C[/dropcap]om a Liga de Elite a começar na sexta-feira, Benfica, Sporting e Monte Carlo realizaram as tradicionais conferências de imprensa de lançamento da nova época futebolística. A principal novidade passa pelas águias e a forma como vão lidar no ataque ao ‘penta’ com o facto de estarem a disputar simultaneamente a Taça AFC, competição continental.

“É a primeira vez que uma equipa de Macau está a competir oficialmente em tantas frentes e estamos cientes das dificuldades que vamos enfrentar”, disse Duarte Alves, director técnico do Benfica de Macau, ao HM. “

“Vamos ter uma carga extra de jogos e quando formos jogar lá fora vamos enfrentar um nível muito mais competitivo do que o interno. Vai ser um ano difícil e um desafio, que estamos prontos para aceitar”, acrescentou.

O desafio vai ter como homem-do-leme Bernardo Tavares, que entrou para o lugar de Henrique Nunes: “É a pessoa ideal para atacarmos esta época. É jovem, ambicioso e o que pesa mais é que tem experiência da Taça AFC e no futebol asiático”, justificou Duarte Alves.

Por outro lado, a participação na competição continental exige uma gestão diferente do número de jogadores estrangeiros. Tito Okello, do Gana, e David Tetteh, do Quirguistão, vão ser os reforços, o que é uma tendência diferente dos anos recentes, visto que os encarnados estão acostumados a contratar portugueses: “O jogador português está a ficar mais caro”, explicou Duarte Alves.

Em relação aos reforços locais, o Benfica vai contar com o regresso de Iuri Capelo, no que Duarte Alves definiu como “um regresso a casa” e com Vítor Almeida.

“Estamos a ter uma abordagem diferentes ao nível de reforços porque temos de encontrar um equilíbrio entre as necessidades para a Liga de Elite e Taça AFC. Mas estamos a seguir as directrizes da equipa técnica”, contou o director técnico das águias.

Sporting quer melhorar

Também o Sporting de Macau apresentou ontem o plano para a nova época, com o objectivo de melhorar o 7.º lugar alcançado na temporada transacta. Segundo o director técnico leonino, José Reis, o plantel é mais equilibrado do que no ano anterior.

“Consideramos que temos um plantel mais equilibrado do que no ano passado e a expectativa passa por melhorar a prestação do ano passado. Pessoalmente gostava que fosse possível terminar entre os cinco primeiros”, afirmou José Reis, ao HM.

“Na Taça de Macau alinharemos com a mesma equipa com que vamos apostar no campeonato. Não se vai dar o caso de rodarmos jogadores, a não se que sejamos obrigados por lesões,” acrescentou.

Contudo, as expectativas para a Taça, reconheceu José Reis, vão estar dependentes do sorteio dos adversários ditados pelo sorteio.

Em relação aos reforços, destaque para as contratações de Taylor Gomes (ex-Kei Lun), o Jean Peres (ex-Atlético de Macau) e o João Antonelli (jogador livre).

Quanto ao Monte Carlo, a formação vai continuar a ser orientada pelo brasileiro Cláudio Roberto. Na apresentação o presidente do clube Firmino Mendoça definiu como objectivo para a época a aposta nos atletas locais.

 

Suncity patrocina experiência na Taça AFC

A participação do Benfica de Macau na Taça AFC conta com um reforço de peso ao nível dos patrocínios, o grupo promotor de jogo Suncity. Nos encontros para a competição continental o principal patrocinador vai ser a empresa liderada por Alvin Chao. “Temos uma parceria nova com o Grupo Suncity, que vai ser o nosso principal parceiro na participação na Taça AFC. As cores dos equipamentos vão ser as mesmas, mas depois o patrocinador vai variar consoante a competição. Na AFC o patrocinador principal vai ser a Suncity”, disse Duarte Alves, ao HM.

18 Jan 2018

Vencedor da Taça CTM não sabe se volta ao GP

[dropcap style≠‘circle’]N[/dropcap]o passado mês de Novembro, Jerónimo Badaraco voltou a subir ao degrau mais alto do pódio no Grande Prémio de Macau. “Nóni”, como é conhecido no meio automobilístico do território, venceu a Taça CTM de Carros de Turismo de Macau na categoria até 1600cc Turbo, naquele que foi o seu segundo triunfo no Circuito da Guia, depois de em 1999 ter triunfado na Taça ACP.

Depois deste sucesso, o piloto macaense, que suplantou a favorita concorrência de Hong Kong numa corrida disputada em condições adversas, não pensa em pendurar já o capacete, mas não sabe se voltará a competir no final do ano no Circuito da Guia.

“Acho que esta temporada irei fazer algumas provas lá fora”, explicou o piloto da RAEM ao HM, que no passado chegou a realizar provas soltas do Campeonato do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCC), deixando claro que “quanto ao Grande Prémio de Macau de 2018, ainda não tomei qualquer decisão.”

A razão para optar por corridas fora da região deve-se a uma razão muito simples: “são corridas muito mais divertidas! Da forma como estão a fazer o Grande Prémio de Macau, com duas classes, não é tão divertido, nem justo, para os pilotos carros até 1600cc Turbo.”

Badaraco já tem alguns campeonatos em vista, mas uma decisão definitiva sobre onde marcará presença na época que aí se avizinha só acontecerá nas próximas semanas. Para optimizar os custos, o piloto do território deverá continuar a utilizar o seu Chevrolet Cruze 1.6T, podendo alugar uma outra viatura caso venha a realizar provas de resistência.

 

Combinação perigosa

Apesar de ter vencido a primeira edição da Taça CTM de Carros de Turismo de Macau que juntou duas diferentes categorias de viaturas – até 1600cc Turbo e superior a 1950cc – Badaraco, a exemplo de outros concorrentes, não vê com bons olhos esta fusão de carros com performances tão discrepantes.

“Não creio que a forma como agora são combinadas duas classes na mesma corrida esteja correcta e seja justa! Especialmente para a classe 1.6 Turbo”, explica o piloto do Chevrolet preparado pela Song Veng Racing Team.

“Nóni” é da opinião que a Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC) e a Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau não estão a seguir o caminho correcto, principalmente porque o andamento entre os carros das duas classes “são muito diferentes. Especialmente no molhado. Como piloto com vários anos de experiência posso dizer que é perigoso combinar as duas classes numa mesma corrida. Basta fazer uma pesquisa sobre os tempos por volta do carro mais rápido da classe superior a 1950cc e do mais lento da classe até 1600cc Turbo…”

 

Qualificação também não convence

Badaraco também não concorda com o sistema de qualificação adoptado para o Grande Prémio de Macau que obriga os pilotos da RAEM a disputar, em conjunto com pilotos originários de outros países e territórios, duas jornadas duplas no Circuito de Zhuhai. “Está muito mal arranjada”, afirma.

O facto dos pilotos locais de carros de Turismo terem que realizar duas fases de apuramento até tomarem parte da grelha de partida para a corrida do Grande Prémio, é algo que não convence o condutor de Macau.

“Primeiro temos que fazer as qualificações na China, no Circuito Internacional de Zhuhai, em que apenas vinte e cinco concorrentes se apuram para o Grande Prémio de Macau. Depois, no fim-de-semana do Grande Prémio de Macau, temos que fazer outra qualificação em que se qualificam os dezoito melhores de cada classe, porque a grelha tem apenas trinta e seis lugares. Isto significa que em Macau temos que tirar sete carros de cada categoria. Penso que deveríamos apenas autorizar dezoito carros a virem a Macau depois das qualificações na China, em vez de termos outra qualificação no Grande Prémio”.

Apesar da AAMC não ter ainda divulgado publicamente o calendário de provas para 2018, o Circuito Internacional de Zhuhai já publicou o seu calendário de eventos para o próximo ano, onde constam dois fins-de-semana de corridas para o apuramento para o Grande Prémio de Macau, tal como aconteceu nas épocas anteriores. O primeiro evento no circuito permanente da cidade chinesa adjacente a Macau será realizado de 25 a 27 de Maio, ao passo que a segunda prova está agendada para o fim-de-semana de 30 de Junho e 1 de Julho.

17 Jan 2018

Taça da Corrida Chinesa voltará ao que era no GP

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Taça da Corrida Chinesa deverá apresentar novos moldes na 65ª edição do Grande Prémio de Macau. A competição monomarca apoiada pelo construtor automóvel chinês BAIC deverá regressar pelo quinto ano consecutivo ao Circuito da Guia e voltará apostar aos moldes vistos antes de 2017. Isto é, a habitual primeira corrida do programa de festas do evento anual da RAEM passará novamente a ser disputada por um tipo único de viaturas, neste caso os novos BAIC Senova D50 TCR.

O ano passado os BAIC Senova D50 dividiram pela primeira vez o asfalto da cidade de Macau com algumas viaturas da categoria TCR, provenientes do campeonato TCR China Series. O HM apurou que este foi um episódio excepcional e não se repetirá este ano. Segundo fonte da competição chinesa, “desta vez não haverá carros TCR, porque a Taça da Corrida Chinesa terá mais de trinta inscritos este ano.”

Por se tratar de uma competição que apela ao patriotismo chinês, no que respeita à nacionalidade dos pilotos, a mesma fonte esclareceu que “pilotos estrangeiros não poderão correr. Como nos anos anteriores, só será permitida a participação de pilotos chineses”.

Organizada pela Shanghai Lisheng Racing Co. Ltd, a Taça da Corrida Chinesa é um campeonato composto usualmente por quatro eventos, mas em 2018 o número de eventos poderá ascender aos cinco ou seis eventos. O calendário para a temporada que aí vem deverá ser “apresentado em breve”, sendo a tradicional corrida no território o ponto alto da temporada para pilotos e equipas.

A 65ª edição do Grande Prémio de Macau será realizada de 15 a 18 de Novembro e a presença da prova da Taça da Corrida Chinesa no programa de corridas está ainda pendente de confirmação da Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau.

2017 foi um ano especial

A edição do ano passado da Taça da Corrida Chinesa será recordada, acima de tudo, pelo triunfo de Hélder Assunção. O piloto macaense teve um fim-de-semana isento de erros e soube como capitalizar as falhas dos pilotos mais rápidos e experientes para colocar a bandeira da RAEM no mastro principal da cerimónia do pódio.

A prova ficou igualmente marcada pela ausência de grande parte do pelotão do campeonato TCR China Series. Os contentores provenientes de Ningbo, carregados com os carros e material, daqueles que eram os favoritos à vitória à geral nesta corrida, não chegaram a Macau devido a problemas alfandegários. Sendo assim, apenas três SEAT Leon TCR, que estavam estacionados em Zhuhai antes da prova, um deles do piloto do território Alex Liu Lic Ka, se imiscuíram sem grande sucesso na luta dos carros “made in China”.

15 Jan 2018

Automobilismo | André Couto voltou a sentar-se num carro em Zhuhai

Após uma paragem de seis meses, o piloto local está a testar desde ontem com o construtor NIO, num dos carros eléctricos mais rápidos do mundo. O regresso acontece na pista onde teve o acidente que o deixou fora da competição

 

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]ndré Couto voltou ontem às pistas, no Circuito Internacional de Zhuhai, para participar em sessões de testes e numa actividade promocional do construtor chinês NIO. Após seis meses, o local já se sentou ao volante do carro EP9, um dos modelo eléctrico mais rápido do mundo.

Ao HM, o piloto de 41 anos revelou que apesar de algum receio inicial, assim que se sentou no carro e saiu para a pista sentiu-se totalmente confortável.

“Antes do teste estava um pouco apreensivo porque não sabia o que ia encontrar ao nível de sensações do corpo, quando, por exemplo, passasse numa lomba, numa travagem ou num corrector. Ter um período tão longo de recuperação torna as coisas muito complicadas, uma pessoa começa a ter muitas dúvidas na cabeça sobre as suas capacidades”, confessou.

“Por isso, cheguei à pista cheio de paranóias. Mas este é o mundo em que estou habituado a viver e assim que vesti o fato, meti o capacete, sentei-me no carro e saí para a pista esqueci logo tudo o que tinha acontecido. O meu sentimento foi: ‘Ah afinal ainda sei guiar, sou o André Couto, tenho é que estar numa pista a competir, não é em casa’”, revelou.

Por coincidência, o local regressou às pistas no mesmo circuito em que teve o acidente a 10 de Julho do ano passado e que resultou em fracturas múltiplas na vértebra L1.

“Psicologicamente não é o regresso mais fácil por se na pista que é. Só que também há aquele pensamento: ‘Ah foi nesta curva que bati? Vou fazê-la a fundo’. Agora já passo naquela zona a fundo sem problemas”, comentou sobre o regresso.

O carro que André Couto está a conduzir é um protótipo, do construtor chinês NIO. No entanto, não é um carro puro de competição. Mesmo assim, a viatura eléctrica acelera dos 0 aos 100 em 2,7 segundos e atinge uma velocidade máxima de 313 km/h.

Recuperação em andamento

O regresso às pistas de André Couto foi autorizado após uma consulta em Hong Kong, com o médico responsável pela recuperação.

“Sou um dos pilotos de testes da NIO e já era antes do acidente. Na altura, eles disseram-me que quando estivesse pronto podia regressar. Quando soube deste evento promocional falei com eles e disseram-me que estavam à minha espera. Depois fui ao médico, que também disse para ir testar”, contou.

“Ainda não estou recuperado totalmente e tenho algum trabalho pela frente. Na próxima semana vou fazer uma ressonância magnética para ver como está a ser a recuperação. Já penso em competir, mas antes disso é preciso que o médico me diga que o meu corpo está pronto para ter outra batida forte”, explicou.

Por outro lado, Couto confessou que às vezes é questionado pelas pessoas a razão de desejar voltar a competir, após um acidente com estas consequências: “É o que gosto de fazer. Se for a ver tive 20 anos a correr e nunca me tinha acontecido nada deste género. E os azares da vida podem acontecer em qualquer lado”, respondeu.

12 Jan 2018

Fórmula 3 | Ralf Aron reforça Prema Theodore Racing

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] estónio Ralf Aron foi ontem anunciado como reforço da Prema Theodore Racing para a temporada do Campeonato Europeu de Fórmula 3, que se inicia em Maio. O piloto de 19 anos está de regresso à formação ligada a Teddy Yip – filho do antigo parceiro de Stanley Ho, Theodore Yip – após ter passado uma temporada na Hitech. Na última temporada, o estónio terminou o campeonato no 9.º lugar.

No passado, Aaron já tinha defendido as cores da Prema Theodore Racing, tendo em 2015 conquistado o Campeonato Italiano de Fórmula 4 com a equipa, naquele que foi o seu ponto alto da carreira até agora. Depois, em 2016, estreou-se com a Prema no Europeu de Fórmula 3, conseguindo um 7.º lugar à geral e uma vitória.

“Estou muito entusiasmado por estar de regresso à Prema Powerteam para a temporada de 2018. No passado ganhámos um campeonato de F4 juntos, mas posso dizer que agora sou um piloto mais experiente”, disse Ralf Aron, em comunicado.

“Juntando a minha experiência e determinação com as qualidades da equipa, vamos formar uma combinação mais forte do que nunca e conquistar o pódio logo na primeira corrida. Estou muito feliz por estar de regresso”, acrescentou.

Aron é um piloto conhecido dos aficionados dos Grande Prémio de Macau, tendo terminado a edição do ano passado, que marcou a sua estreia na Guia, no terceiro lugar, ao volante de um monolugar da Van Amersfoort Racing.

“Piloto inteligente”

“Para nós é muito bom poder voltar a contar com o Ralf [Aron]. É um piloto inteligente, rápido e consistente. É também uma pessoa que cria muito bom ambiente junto dos membros da nossa formação”, destacou René Rosin, director desportivo da Prema Theodore Racing, em comunicado.

“Quando fez a sua estreia connosco na Fórmula 3 foi logo capaz de conseguir uma vitória, por isso tenha a certeza que tem as capacidades necessárias para se tornar num candidato ao título. Não podia estar mais satisfeito com a forma como estamos a constituir a nossa equipa ao nível de pilotos para a temporada, e tenho a certeza que vamos ter bons resultados”, sublinhou.

Na Prema Theodore, Aron vai ter como colegas de equipa o russo Robert Sheartzman e o australiano Marcus Armstrong, pilotos que estão integrados no programa de formação de talentos da equipa de Fórmula 1 Ferrari.

Também a formação Motopark confirmou esta semana a renovação do contrato com Marino Sato, que vai disputar o Campeonato Europeu de Fórmula 3 pelo segundo ano consecutivo. O piloto japonês de 18 anos vai ter como colega de equipa o britânico Dan Ticktum, que venceu no ano passado o Grande Prémio de Macau.

 

10 Jan 2018

Segunda Divisão | Casa de Portugal e Consulado defrontam-se à quinta jornada

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Casa de Portugal e o Consulado de Portugal vão começar a participação na presente época da Segunda Divisão diante de Chong Wa e Cheac Lun, respectivamente, de acordo com o sorteio de Domingo. O primeiro encontro entre as duas formações de matriz portuguesa está agendado para a quinta jornada.

Porém, até ontem à noite, a Associação de Futebol de Macau ainda não tinha revelado os dias e as horas dos encontros da jornada inaugural.

Esta temporada, a Casa de Portugal vai ter como objectivo a manutenção na Segunda Divisão e o treinador Pelé está à espera de uma estreia difícil diante do Chong Wa.

“Se mantiverem a mesma equipa da temporada passada vão ser um forte candidato aos três primeiros lugares da liga porque jogam muito bem”, disse Pelé, ao HM, sobre a estreia na competição.

No pólo oposto, a Casa de Portugal, que chegou a estar na luta pela promoção na temporada passada, parte para a competição com objectivos muito mais modestos. O primeiro passa mesmo pela manutenção devido às várias alterações na constituição do plantel.

15 caras novas

“Temos 15 jogadores novos, dos quais três são regressos ao clube, como são os casos de Jean Peres e Gonçalo Coteriano, que na temporada passada estiveram no Atlético de Macau”, explicou o técnico da Casa de Portugal.

“Depois temos sete jogadores sub-16 e cinco jogadores que são estudantes vindos de Cabo Verde. Ao contrário do ano passado, também não contamos com os jogadores estrangeiros que vinham do Interior da China para os jogos na época passada”, acrescentou sobre o plantel.

O treinador explicou igualmente que a época foi prepara a pensar no futuro e médio prazo do projecto. Pelé sublinhou também a qualidade dos jovens que vão defender as cores da Casa de Portugal.

“São jovens com grande qualidade que tiveram convites de alguns clubes da Liga de Elite, mas que preferiram acreditar no nosso projecto, também muito pela garantia que aqui têm mais oportunidades para jogar”, frisou.

Em relação aos outros encontros da Segunda Divisão, os Sub-23 vão ter pela frente os Artilheiros, o Hong Lok defronta o Hong Ngai e o Tim Iec joga com o Lun Lok.

9 Jan 2018

Liga de Elite | Sorteio ditou jogo grande logo à primeira jornada

Benfica de Macau começa a defesa do título com um desafio complicado diante do Ka I, que esta temporada volta a ser orientado pelo brasileiro Josecler. Liga arranca a 19 de Janeiro, com o encontro entre Monte Carlos e H.S.

 

[dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]itou o sorteio da Liga de Elite que Benfica de Macau e Ka I se encontrem no sábado, 20 de Janeiro, às 20h30, naquele que é o principal encontro da primeira jornada do campeonato de futebol 11. No entanto, a jornada inaugural da competição começa na sexta-feira, às 21h00, no Estádio de Macau, com a partida entre o Monte Carlo, um dos candidatos ao título, e o H.S., que foi promovido na época passada.

A jornada promete mesmo assim emoções fortes, com o novo técnico das águias, Bernardo Tavares, a ter uma estreia de fogo, diante de um dos treinadores mais experientes do campeonato, Josecler, que está de regresso ao Ka I, depois de um época à frente do Kei Lun.

Ao HM, Duarte Alves, administrador do Benfica, lembrou a importância de uma entrada vitoriosa.

“Vamos começar a Liga de Elite com o Ka I, depois segue-se o Lai Chi e na terceira jornada temos pela frente o C.P.K.. É um início de campeonato contra equipas muito fortes, principalmente o Ka I e o C.P.K. são equipas que estão a investir mais do que na época passada”, disse Duarte Alves, ao HM.

“As equipas que podem roubar pontos umas às outras não são muitas na Liga de Elite, por isso temos de entrar com uma intensidade elevada e forte. É importante não perder pontos, até porque à excepção de 2016, o campeão não tem terminado a mais de dois ou três pontos do segundo lugar”, explicou.

Plantel experiente

Sobre a estreia de Bernardo Tavares, Duarte Alves considerou que a tarefa é em parte facilitada devido à experiência do plantel das águias, que se sagrou campeão na época passada.

“É um plantel que já joga junto há muitos anos. Este ano, ao contrário da época passada, não há grande diferenças, é praticamente o mesmo plantel que foi campeão em 2017. Isso vai fazer com que o desafio [estreia do técnico] não seja tão complicado, como seria de esperar se houvesse alterações significativas”, considerou.

O objectivo das águias para a temporada volta a passar pela a conquista do título, que seria o quinto consecutivo. Porém, o administrador do Benfica de Macau lamentou o facto de nesta altura ainda não haver campos relvados com as dimensões do futebol onze para as equipas de Macau treinarem. “É um problema que afecta todas as equipas e é igual para todos. Também compreendemos que ainda estamos a falar de consequências da passagem do tufão Hato. Mas também para promover o futebol local e o espectáculo, era importante que já estivéssemos a treinar nos campos indicados”, justificou.

Nos restantes encontros da primeira jornada, o Chao Pak Kei vai ter pela frente o Lai Chi, no Sábado, dia 20, às 18h30. No domingo, dia 21 de Janeiro, Cheng Fung e Sporting de Macau defrontam-se às 14h00, terminando a jornada com partida entre as formações dos Serviços de Alfândega e da P.S.P.

9 Jan 2018

Audi quer continuação da Taça GT em Macau

Responsável pela preparação dos carros do construtor defende que Taça Mundial de FT deve continuar em Macau, apesar de sugestão para mudança para Abu Dhabi.

 

 

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap]pesar dos espectaculares acidentes que têm marcado as edições da Taça Mundial FIA GT no circuito da Guia, o responsável pela preparação dos Audi para clientes privados, Chris Reinke, defende que a prova deve continuar a ser disputada no território. As afirmações surgem numa altura em que existe a possibilidade desta competição ser mudada por outro circuito, como o Yas Marina no Abu Dhabi. Essa foi pelo menos a sugestão de um construtor, segundo o portal Sportscar375, que não identificou o construtor em causa.

“Para nós é tudo muito claro. Em Macau há uma forma muita própria de recebermos esta prova, que por não fazer parte de qualquer campeonato se torna num evento radical ao nível da provas de GT3”, disse Chris Reinke, responsável da Audi, ao portal Sportscar365. “Nós consideramos que Macau tem o circuito indicado para esta prova. É um evento extraordinário”, acrescentou.

A questão sobre uma possível realocação da prova que desde a criação foi realizada em Macau, prende-se com os vários acidentes. Em 2016, Laurens Vanthoor conquistou o troféu, apesar de ter capotado o carro e obrigado á interrupção da corrida. Depois de uma sessão de 90 minutos em que os carros só realizam 5 voltas em ritmo competitivo. No ano passado, a corrida de qualificação teve um acidente que envolveu quase metade dos concorrentes e que condicionou o resultado final.

Chris Reinke considerou estes episódios uma falsa questão, no sentido em que, diz o responsável, as pessoas que se deslocam ao Território sabem o que têm pela frente. “Se falássemos em incluir esta prova num campeonato poderíamos falar numa aposta com um risco elevado. Mas quando as pessoas vão a Macau sabem o que têm pela frente e se querem arriscou ou não. Para nós não há nenhum problema se a prova continuar a ser realizada em Macau”, explicou.

“Quando vamos a Macau temos consciência do tipo de circuito e a natureza das provas. É um conhecimento que já existe antes da prova e que sai reforçado quando regressamos a casa”, frisou.

Questionada sobre o facto de poder haver uma mudança de pista para a Taça Mundial FIA GT, Reike admitiu que esse cenário está a ser equacionado: ““Há um grande risco de isso acontecer, e nós estávamos cientes desse aspecto quando nos inscrevemos na prova. Acho que todos os que se vão inscrever têm de compreender que isso pode acontecer”, admitiu.

“Os riscos fazem parte desta prova, que também se tornou conhecida por esse risco”, concluiu.

A Taça Mundial FIA GT começou a ser realizada em 2015, a partir da competição para GT do Grande Prémio. Apesar de no início o evento ser aberto a pilotos amadores, nos últimos anos tornou-se exclusivo para pilotos profissionais. No ano passado, um total de 20 carros participação na prova, com sete construtores diferentes, o que foi um recorde.

5 Jan 2018

Bernardo Tavares é o novo treinador do Benfica de Macau

[dropcap style≠’circle’]B[/dropcap]ernardo Tavares, treinador com larga experiência internacional, é o novo técnico principal da equipa sénior do Benfica de Macau, anunciou ontem o clube. Com vasta experiência em Portugal e fora de portas, tanto na Europa como na Ásia, com jovens e com séniores, Bernardo Tavares chega ao Benfica de Macau para liderar a equipa na sua campanha para a conquista do pentacampeonato e ser o homem do leme na primeira participação de sempre de uma equipa da RAEM na fase de grupos da AFC CUP, a segunda mais importante competição de clubes a nível asiático.

Bernardo Tavares chega ao Benfica de Macau “ciente de que é um clube com enorme historial no Futebol da RAEM nos últimos anos e que ano após ano tem feito história com as suas conquistas.”O objectivo para 2018 passa por lutar pela renovação do título de campeão, o que a acontecer seria o quinto campeonato seguido, mas Bernardo Tavares está consciente de que “a nossa dificuldade aumentará”. A vontade do Benfica de Macau em renovar o título e consolidar a sua presença nas competições em que está envolvido, na opinião do técnico, “ajudará certamente a tornar a Liga de Macau ainda mais competitiva, o que permitirá uma maior evolução de todos os jogadores, treinadores e todos os outros agentes envolvidos.”

Quanto a objetivos concretos, o treinador é claro: “Pretendo ajudar a nossa equipa a evoluir ainda mais, tentando conquistar a Liga de Macau e a Taça de Macau”. A presente época, porém, traz uma novidade que levanta consideravelmente a fasquia da exigência para todos os elementos do emblema. “Sem dúvida que a grande novidade deste ano de 2018 é o acesso do Benfica de Macau à fase de Grupos da AFC CUP. É uma oportunidade única para Macau tentar somar mais uns pontos no ranking da AFC e o nosso Benfica de Macau poder ganhar mais algum prestígio internacional. Vamos, dentro das nossas limitações, tentar fazer o nosso melhor junto de equipas mais experientes na prova, procurando sempre tentar surpreender os adversários independentemente do seu maior poderio e experiência internacional”, explica Bernardo Tavares.

As metas a atingir na AFC CUP estão já delineadas entre a direcção do clube e a equipa técnica, e passam sobretudo por “dignificar o nosso clube e dar uma imagem de competência e competitividade do futebol que se pratica em Macau além fronteiras.” O treinador tem ainda uma vontade muito especial: “Esperamos poder contar com o apoio dos nossos adeptos e com toda a população de Macau nos jogos da AFC CUP”.

Bernardo Tavares possui a UEFA Pro License, a qualificação internacional mais alta de treinador de futebol, desde Junho de 2013. Iniciou a sua carreira de treinador em 1997, nos sub-18 do ADC Proença-a-Nova, tendo depois passado por outros clubes regionais até 2000, alternando entre treinador das camadas jovens e das respectivas equipas séniores.

Em 2001, mudou-se para Lisboa, onde foi nomeado treinador adjunto da equipa de sub-12 do Sport Lisboa e Benfica. Em finais do mesmo ano, mudou-se para o Alcobaça, tendo treinado várias equipas jovens do clube e ascendido ao cargo de treinador principal em 2005. Durante seu período como treinador principal do clube, venceu a Taça da AFL em 2005/6 e 2006/7.

Em 2008 iniciou funções de “olheiro” no Futebol Clube do Porto, mas rapidamente viajou para sul, Lisboa, para integrar os quadros do Sporting Clube de Portugal com importantes funções de treinador na Academia, onde alcançou alguns êxitos com os jovens.

Já em Lisboa, passou as duas épocas seguintes n’Os Belenenses, onde desempenhou funções de treinador de guarda redes e de adjunto na equipa principal, a sua primeira experiência na Primeira Liga Portuguesa.

Em 2013 teve a sua primeira experiência internacional, mais concretamente no Bahrein, onde foi adjunto de Khalifa Al-Zayani aos comandos do Al-Hidd SCC, na Primeira Liga do país. Foi no Al-Hidd SCC que participou pela primeira vez numa competição AFC, desta feita na Champions League de 2014, onde o seu clube entrou na fase 1 do PlayOff , eliminando os campeões da Jordânia, Shabab Al-Ordon, por 3-1. Cairia na ronda seguinte frente ao campeão do Qatar, não se qualificando para a fase de grupos mas garantindo um lugar na AFC CUP, na mesma fase que agora disputará à frente do Benfica de Macau. Ajudou o Al-Hidd SCC a uma campanha inédita na AFC, alcançando os quartos-de-final da AFC CUP, a mais alta posição alguma vez atingida pelo clube.

Em 2014, voltou para uma breve passagem por Portugal, integrando a equipa técnica do Tirsense, então na segunda liga. Foi mesmo breve, a passagem, pois em 2015 rumou novamente ao Médio Oriente, desta feita a Omã, onde foi nomeado treinador principal dos vencedores da Oman Professional League na época 2013-14, o Al-Nahda. Ao serviço deste clube, participou em duas edições da AFC Champions League e AFC CUP.

2016 envolveu uma passagem por África, concretamente no African Lyon da Tanzânia, experiência que não correu da melhor forma apesar de resultados desportivos satisfatórios. Não cumprimento de compromissos por parte do clube ditaram o afastamento precoce entre ambas as partes e uma saída um pouco mais para nordeste, concretamente as Maldivas, para treinar o New Radiant S.C., do primeiro escalão.

Bernardo Tavares integrou também equipas técnicas de alguns dos mais conceituados treinadores portugueses da actualidade, nomeadamente como analista e autor de relatórios de treino para José Mourinho, em 2001 no União de Leiria, com Carlos Queiroz no Real Madrid em 2004, com Paulo Bento no Sporting de Portugal em 2008 e com Paulo Fonseca, no Paços de Ferreira em 2014.

3 Jan 2018

Corridas de carros de Turismo vão continuar por Zhuhai

[dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] Campeonato de Carros de Turismo de Macau (MTCS na sigla inglesa) vai manter o mesmo formato na próxima temporada, tanto no que respeita ao calendário de provas, como ao regulamento técnico que rege as competições de automóveis do território.

Apesar da Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC) não ter ainda divulgado publicamente o calendário de provas para 2018, o Circuito Internacional de Zhuhai já publicou o seu calendário de eventos para o próximo ano, onde constam dois fins-de-semana de corridas para o MTCS, tal como aconteceu nas épocas anteriores.

O primeiro evento no circuito permanente da cidade chinesa adjacente a Macau será realizado de 25 a 27 de Maio, ao passo que a segunda prova está agendada para o fim-de-semana de 30 de Junho e 1 de Julho.

Como é habitual, a AAMC deverá divulgar os critérios de selecção e apuramento para o 65º Grande Prémio de Macau mais tarde.

Pela primeira vez este ano, a participação nas provas do MTCS foi obrigatória a todos os pilotos, não são apenas aos portadores de licença desportiva do território, que quiseram qualificar-se para a Taça CTM de Carros de Turismo de Macau do Grande Prémio, colocando frente-a-frente nas decisivas corridas de apuramento os pilotos de Macau, Hong Kong, Taipé Chinês e outras nacionalidades. Ao todo estiveram envolvidos no MTCS de 2017 setenta e sete pilotos.

 

Regulamentos são para manter

 

Quanto à regulamentação técnica do campeonato, os pilotos da RAEM foram informados durante o briefing de pilotos que antecedeu a edição deste ano do Grande Prémio de Macau que não haverá alterações de vulto, tanto em 2018, como em 2019. Uma nova regulamentação será apenas introduzida em 2020, o que irá permitir aos pilotos manter os carros que utilizaram este ano por mais duas temporadas, o que permitirá a vários pilotos rentabilizar os altos investimentos feitos este ano e em anos precedentes.

Continuarão a existir duas classes, uma para viaturas com motores 1.600cc Turbo e outra para viaturas de motorização 1.950cc ou Superior.

Em 2017, Paul Poon, piloto de Hong Kong, em Peugeot RCZ, venceu a categoria para viaturas com motores 1.600cc Turbo, seguido dos pilotos de Macau Leong Chi Kin e Célio Alves Dias. Entre os concorrentes da categoria para viaturas de motorização 1.950cc ou Superior triunfou Billy Lo, da RAEM, em Mitsubishi, que superou Yam Chi Yuen e Leong Ian Veng.

19 Dez 2017