João Luz DesportoMundial 2018 | Rocky 4 [dropcap style≠’circle’]É[/dropcap] sempre assim. Raras as vezes tenho o privilégio de ver um jogo de futebol em que joga uma das minhas equipas (Benfica e selecção) com tranquilidade. Todas as partidas se revestem de uma carga dramática que suplanta a normal intensidade que o desporto deveria ter. Sofro sempre até ao fim ao torcer por equipas que têm o inevitável fado de atravessar a via dolorosa da incerteza. O jogo de ontem foi mais um desses exemplos. Com um golo madrugador, tínhamos tudo para fechar o jogo com contra-ataques venenosos. Mas não. Fechamo-nos e voltámos a abraçar o sofrimento, com fé na virgem e em todos os santinhos, que não o Fernando, e negámos batimentos cardíacos dentro do que é clinicamente aceitável. Não me levem a mal, não cuspo no prato onde comi e ainda hoje me emociono a pensar na final do Europeu, mas o nosso seleccionador é tudo menos audacioso, apesar da inegável estrelinha. Mas é isto. Somos o Rocky Balboa que, depois de ser afiambrado sem misericórdia pelo monstro Ivan Drago, vai buscar forças, sabe-se lá onde, para num golpe milagroso e romântico que derruba a montanha de músculos russa. Apesar de termos o melhor jogador do mundo, apequenamo-nos para num ápice caprichoso nos agigantarmos. É um fenómeno curioso, uma erecção emocional, um golpe de teatro que provoca taquicardias. Não conseguimos ganhar serenamente, como a Alemanha, esse não é o nosso estilo. Vivemos com o credo na boca, a garganta seca que pede cerveja e uma vontade indizível de repetir o grito depois do golo do Éder.
Hoje Macau Desporto MancheteMundial 2018 | Cristiano Ronaldo volta a ser determinante em vitória contra Marrocos [dropcap style≠’circle’]P[/dropcap]ortugal venceu, esta quarta-feira, a selecção de Marrocos por 1-0, em jogo da segunda jornada do Grupo B, disputado no Estádio Luzhniki, em Moscovo, que esteve lotado (79 mil adeptos). Cristiano Ronaldo marcou único golo da partida e já lá vão quatro golos para o capitão da selecção portuguesa neste Mundial2018, que soma agora quatro pontos. O único golo foi marcado aos quatro minutos, com João Moutinho a cruzar para o coração da área, após canto curto, onde apareceu Cristiano Ronaldo a cabecear certeiro para a baliza marroquina. Com um olhar mais atento à repetição nos monitores disponíveis no estádio para a imprensa, o lance foi antecedido de uma falta de Pepe sobre dois adversários na grande área. O segundo golo de Portugal esteve à vista cinco minutos depois, com Ronaldo perto de bisar graças à boa acção ofensiva de Guerreiro. Estando em desvantagem, a selecção africana ficou ainda mais agressiva com o passar dos minutos do relógio, movidos ainda pelo apoio vindo das bancadas, e até ao final do primeiro tempo, estiveram mais ofensivos do que Portugal. O árbitro foi obrigado a interromper a partida para conferenciar com o seu assistente. O norte-americano chamou a atenção do treinador marroquino, Herve Renard, que pedia a intervenção do vídeo-árbitro no lance entre Guerreiro e Amrabat aos 26 minutos. O segundo tempo começou da mesma forma que terminou o primeiro, com Marrocos mais ofensivo. Aos 57 minutos, Rui Patrício fez a defesa do jogo, ao negar o empate a Belhanda, num cabeceamento tenso do marroquino na sequência de um livre. Bernardo Silva esteve ‘perdido’ o tempo todo que esteve em campo e Fernando Santos substituiu o jogador do City por Gelson Martins. O mesmo se passou a João Mário, única novidade no onze português, que viu o seu lugar ser tomado por Bruno Fernandes, um dos melhores em campo na última partida com a Espanha. Já muito perto do apito final, Adrien Silva entrou em acção, substituindo João Moutinho. Destaque para a excelente exibição de Pepe, aliás, é devido à acção defensiva do central que Portugal não deixou Moscovo com um resultado negativo. Portugal maso O quarto golo de Cristiano Ronaldo valeu assim um muito sofrido triunfo sobre Marrocos, num desafio em que o campeão da Europa foi dominado, mas deu um passo importantíssimo rumo aos ‘oitavos’. Depois do ‘hat-trick’ no empate 3-3 com a Espanha, Cristiano Ronaldo voltou a facturar, logo aos quatro minutos, e foi decisivo numa exibição muito descolorida do conjunto das ‘quinas’, que bem pode celebrar o desacerto contrário na finalização, sobretudo na segunda parte, num jogo em que chegou a ser ‘asfixiado’. O estatuto antecipava um claro favorito, porém, no relvado, foi a capacidade de sofrimento que ajudou a conquistar os três pontos, lisonjeiros, perante um adversário superior em praticamente todos os dados estatísticos, menos na eficácia. A má circulação de bola, com muitos passes errados, fez Portugal correr quase sempre atrás da bola, numa solidariedade desgastante que ditou perda de discernimento frente ao 41.º do ranking da FIFA, que foi ‘senhor’ da bola. O conjunto norte-africano ficou a reclamar dois penáltis – e ausência da consulta do videoárbitro -, o primeiro com agarrões mútuos entre o irrequieto Amrabat e Raphael Guerreiro e depois Boutaib a queixar-se de falta pelas costas de José Fonte. Rui Patrício (57 minutos) garantiu a manutenção da vantagem com uma defesa ‘impossível’, em desvio de cabeça de Belhanda, mas, depois, valeu aos pupilos de Fernando Santos um conjunto de remates desacertados, que ditaram a má sorte dos ‘leões do Atlas’. A vitória (muito suada) diante de Marrocos permite os portugueses somarem agora quatro pontos. Já a selecção africana está mais perto do adeus, uma vez que ainda não pontuaram. A última partida da selecção nacional está agendada para segunda-feira, contra o Irão, em Saransk. Fernando Santos: “Parece que falta confiança” “Era importante ganhar. A equipa entrou bem, mas a seguir perdeu o controlo do jogo. Fizemos muitos passes falhados, tivemos uma má circulação de bola e perdemos o controlo do jogo. Isso é inexplicável. Parece que nos faltou na confiança na altura de ter a bola. Vamos que rectificar isso seguramente. Alguma coisa temos de ver. Temos de falar. Entrámos bem no jogo, mas depois perdemos o controlo. Começámos a não ligar passes, a falhar passes. Tínhamos de ter mais circulação e quando não temos bola vamos ter de correr e cansar-nos mais. É uma bola de neve. É inexplicável. Tentei dizer isso aos jogadores ao intervalo, mas parece que falta confiança. Perdemos um passe, dois, três, começamos a recuar… E nós, uma equipa de estatura média/baixa, contra adversários muito fortes, se não temos bola… Vamos ter de rectificar isto seguramente” José Fonte | “Soubemos sofrer” José Fonte referiu após a vitória de Portugal sobre Marrocos que a equipa soube sofrer e reconheceu que a equipa lusa teve alguma “felicidade” na conquista dos três pontos. “Nenhum jogo do Mundial é fácil e isso foi comprovado com jogos de outras equipas. Hoje foi outra vez a mesma situação: uma equipa que à partida é favorita, como nós, mas teve muitas dificuldades”, referiu o defesa central à SIC. “O mais importante foi ter ganho. Soubemos sofrer, há que melhorar, continuar a trabalhar”, acrescentou. Rússia praticamente nos ‘oitavos’ O Mundial continua pródigo em surpresas, depois das vitórias de das selecções de Japão e Senegal sobre as favoritas Colômbia e Polónia, respectivamente, no Grupo H, enquanto a anfitriã Rússia revela-se uma ‘máquina goleadora’. Com oito golos já marcados, a selecção russa somou a segunda vitória, desta vez por 3-1 sobre o Egipto, que estreou Salah, depois da goleada no jogo inaugural por 5-0 à Arábia Saudita, e tem praticamente garantida uma vaga nos oitavos de final. Uma entrada pujante na segunda parte assegurou o triunfo à Rússia, que marcou três golos no espaço de um quarto de hora, aos 47, 59 e 62 minutos, graças a um autogolo de Fathy e aos tentos de Cheryshev, que igualou Cristiano Ronaldo do topo dos melhores marcadores com três golos, e Dzyuba, respetivamente. A selecção senegalesa tornou-se, por seu lado, a primeira equipa africana a pontuar, ao vencer a Polónia, por 2-1. Um autogolo de Thiago Cionek colocou o Senegal, com muita sorte à mistura, em vantagem, a partir dos 37 minutos, visto que o remate do médio senegalês Gana não levava a direcção da baliza polaca e embateu no defesa polaco, desviando a sua trajectória para o fundo das redes, ‘traindo’ o guarda-redes Szczesny. Com uma hora de jogo, após um alívio da defesa senegalesa, Krychowiak atrasou para Bednarek, surpreendido por Niang, que estava fora do campo e recebeu autorização do árbitro para entrar na sequência da jogada, intrometendo-se entre o defesa e o guarda-redes polacos para apontar o segundo tento dos africanos, que valeu os três pontos, apesar do ‘tento de honra’ polaco aos 86 minutos, por Grzegorz Krychowiak. Apesar de estar no oitavo lugar do ‘ranking’ mundial, a Polónia não justificou esse estatuto, dando uma imagem pálida frente a um Senegal, 27.º do mundo, muito físico. Antes deste jogo, já o Japão protagonizara a primeira surpresa do dia, ao bater em Saransk, no arranque do Grupo H, a favorita Colômbia, recheada de futebolistas credenciados a nível internacional como James Rodriguez, Cuadrado, Carlos Bacca e Falcão, fazendo história por ser a primeira vez que a selecção nipónica bateu uma selecção sul-americana. No entanto, houve um lance, logo aos três minutos, que teve influência decisiva no desfecho do jogo, quando Carlos Sanchez cometeu penálti, cobrado com êxito por Kagawa, e viu o cartão vermelho directo e a consequente expulsão, a segunda mais rápida da história do campeonato do mundo. Sanchez substituiu Ospina na baliza, na recarga a um remate de Kagawa defendido pelo guarda-redes colombiano. O portista Juan Quintero, jogador ligado do FC Porto, ainda refez a igualdade, aos 39 minutos, na execução de um livre direto, mas Osako garantiu o triunfo do Japão, aos 73. Na segunda parte, os colombianos acabaram por pagar o preço do desgaste físico extra decorrente da desvantagem numérica e o Japão acabou por vencer e abrir as portas da qualificação no Grupo H.
João Santos Filipe DesportoÀ mesa com Ronaldo [dropcap style=’circle’]A[/dropcap] o contrário dos verdadeiros mágicos do futebol, como Maradona ou Ronaldinho, Cristiano Ronaldo não nasceu com este tipo de talento puro. Os feitos que foi alcançando ao longo da carreira, que entra agora na recta final, não se devem apenas à aptidão natural. São o resultado de um trabalho intenso, dentro e fora de campo. Anteriormente já era conhecido o “mito” do madeirense que era o primeiro e o último a sair dos campos de treinos, mas ontem o ex-colega de equipa de CR7, Patrice Evra, revelou mais alguns detalhes da dedicação do craque de Portugal. Segundo o francês, quando ambos jogavam no Manchester United, houve um convite por parte da CR para almoçarem juntos, em casa do português. Para mal dos seus pecados, Evra aceitou. Quando chegaram à mesa, a refeição limitou-se a salada e frango assado, sem qualquer espécie de molho. Como bebida, água. Nem sumo havia. Para o cúmulo, Evra, que revelou ter ficado cheio de fome, mesmo após o almoço ligeiro, ainda foi convidado por CR para uns toques na bola e uma sessão de natação, para apurar a forma física. Se, por um lado, Ronaldo na maior parte das vezes não nos brinda com a magia do futebol, como os grandes tecnicistas, por outro, trabalha todos os dias para ser uma verdadeira máquina, com os golos a surgirem à velocidade de um linha de produção. Que a máquina não falhe até ao final do Mundial e que Portugal e Cristiano Ronaldo conquistem uma competição que bem merecem.
Hoje Macau Desporto MancheteMundial | Engenheiro afina a táctica para vencer Marrocos em Moscovo [dropcap style=’circle’]P[/dropcap]ortugal realizou ontem em Kratovo o último apronto antes de defrontar hoje, quarta-feira, Marrocos em Moscovo, com os 23 futebolistas eleitos por Fernando Santos a trabalhar em pleno para o segundo jogo no Mundial2018. Ao contrário do tradicional, em que as selecções realizam a derradeira afinação no estádio do jogo, Portugal apenas fará no Luzhniki a habitual conferência de imprensa, uma vez que prescindiu de treinar no mesmo, prosseguindo no seu quartel-general, 50 quilómetros sudeste de Moscovo. O grupo ‘religiosamente’ madrugador, composto por André Silva, Beto, Bruno Alves, Bernardo Silva e Pepe foi o primeiro a apresentar-se no relvado do complexo de treinos do FC Saturn, recreando-se com bola até ao início da sessão, pontualmente às 10:30. Mal iniciou o trabalho, os guarda-redes Rui Patrício, Beto e Anthony Lopes afastaram-se dos companheiros, evoluindo em exercícios específicos com Fernando Justino. Os 20 restantes foram divididos em dois grupos, que disputaram o habitual ‘meínho’, com dois elementos no meio da roda a tentar roubar a bola, que circulava ao primeiro toque. Cristiano Ronaldo, Quaresma, Rúben Dias, João Moutinho, Pepe, Cédric, Bernardo Silva, André Silva, Bruno Alves e José Fonte eram seguidos mais atentamente pelo adjunto João Costa, sendo que no outro conjunto alinharam Bruno Fernandes, William, Ricardo Pereira, Gelson, Mário rui, João Mário, Manuel Fernandes, Adrien, Gonçalo Guedes e Raphael Guerreiro. No fim dos 15 minutos abertos à comunicação social os atletas terminaram este exercício, antes da tradicional ‘peladinha’, disputada em meio campo, conforme a disposição das balizas. Já sem a imprensa a acompanhar os trabalhos, a sessão da selecção nacional foi ‘brindada’ com um forte aguaceiro, com a chuva a cair forte e de forma contínua, durante alguns minutos, e quando a equipa cumpria quase uma hora de treino. André Silva | Entendimento perfeito com Cristiano André Silva deverá ser titular quarta-feira frente a Marrocos, substituindo Gonçalo Guedes ao lado de Cristiano Ronaldo. Uma dupla que já funcionou várias vezes e que vai agora tentar furar a defesa dos africanos. Optando pela modéstia, o jogador deixou para Fernando Santos a decisão de quem joga, claro: «Se jogo? Não sei responder, esse é o trabalho do mister, ele é que sabe quem joga. O que sei é que tenho dado o meu máximo, todos querem entrar no onze, mas todos concordamos com as escolhas do mister.» Depois tempo, então, para o que todos querem saber: a dupla com Ronaldo. «Já tinha dito, jogar ao lado dele é um sonho. Posso dizer que torna as coisas mais fáceis, é o melhor do mundo. As coisas saem mais naturais, às vezes passes que poderiam ser mais difíceis ele facilita. Entendemo-nos muito bem, é bom jogar ao lado dele. Quando precisa que faça alguma coisa, estou sempre lá, quando eu preciso ele também. Ocupo espaços, nas movimentações abrimos espaços um para o outro, espero que tudo volte a correr assim», explicou. Benatia não assusta André Silva acredita que Portugal vai defrontar um Marrocos mais empenhado do que nunca para triunfar, pois está sem margem de erro. “Visto que no primeiro jogo perderam, irão dar tudo. Não têm outra solução, vão ter der jogar o máximo para vencer”, justificou. O avançado ao AC Milan, que entrou aos 80 minutos no embate com a Espanha, assume que não vai ser fácil e não é só pelo facto de 17 futebolistas terem nascido na Europa e estarem habituados à competitividade dos campeonatos do Velho Continente. “Na fase de qualificação não sofreram nenhum golo e neste encontro com o Irão o resultado podia ter sido diferente. Acredito que o encontro poderá ser de máxima dificuldade, no entanto esperamos que Portugal saia do desafio a sorrir”, completou. Mehdi Benatia é um dos esteios da defesa de Marrocos, um rival “forte”, contudo, para o ponta-de-lança, que já o defrontou, não é intransponível. “Não é por acaso que joga na Juventus. Se fizermos o nosso jogo, concentrados, e mostrarmos a nossa qualidade toda, colectiva e individual, vamos conseguir passar pelos defesas, pela equipa de Marrocos”, confia. Hassan | “Marrocos têm que estar no topo” O antigo futebolista Hassan Nader considera que Marrocos terá de estar na plenitude das capacidades para poder vencer Portugal e anular Cristiano Ronaldo. O ex-jogador, agora com 52 anos, que fez grande parte da carreira em Portugal ao serviço Farense e Benfica, lamentou o mau começo da selecção marroquina mas, ainda assim, deixou elogios a outro português, ao seleccionador iraniano, Carlos Queiroz. “Vamos jogar contra uma grande equipa, contra excelentes jogadores. O Cristiano Ronaldo pode, a qualquer momento, resolver o jogo e temos que estar bem concentrados, trabalhar muito e com um grande sacrifício”, começou por alertar, acrescentando: “Os jogadores têm que estar no topo para bater a seleção portuguesa e parar o senhor do outro planeta, o Cristino Ronaldo”. Sepp Blatter assiste ao jogo O antigo presidente da FIFA Sepp Blatter vai assistir na quarta-feira ao Portugal-Marrocos, anunciou o porta-voz do suíço. O antigo dirigente, de 82 anos, vai reunir-se com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, no mesmo dia, assistindo ao encontro no Luzhniki, revelou Thomas Renggli. Blatter está suspenso desde Fevereiro de 2016 pelo tribunal da FIFA de todas as actividades relacionadas com futebol durante seis anos, devido a corrupção, depois de ter sido forçado a abdicar da presidência, actualmente ocupada por Gianni Infantino. Além do jogo de Portugal, da segunda jornada do grupo B, após o empate a três bolas com a Espanha, o suíço vai ainda assistir ao jogo entre a Costa Rica e o Brasil, do grupo E, na sexta-feira, em São Petersburgo, antes de regressar à Suíça. Japão é excepção no regresso à normalidade O Japão venceu ontem a Colômbia, por 2-1, na primeira jornada do Grupo H do Mundial2018 de futebol, que está a decorrer na Rússia. O Japão entrou esta terça-feira a vencer no Mundial 2018, ao bater a Colombia, por 2-1, em jogo da 1.ª ronda do grupo H. A seleção sul-americana ficou reduzida a dez jogadores ainda tinham decorridos cinco minutos de jogo: Carlos Sánchez foi expulso e Kagawa abriu o marcador de penálti. Já na segunda parte, Osako, na sequência de um canto, fez o 2-1. Entretanto, a ‘lei do mais forte’ regressou ao Mundial, depois de três dias de ‘prognósticos baralhados’, com os favoritos dos jogos disputados a fazerem valer esse estatuto, com maior ou menos dificuldade. Muito claro o 3-0 da Bélgica ao estreante Panamá, no Grupo G, que também assistiu à vitória ‘in extremis’ da Inglaterra sobre a Tunísia. No fecho do grupo F, a Alemanha, que perdeu domingo com o México, fica mais sobre pressão, depois de agora a Suécia se impor à Coreia do Sul, por 1-0. Enquanto Portugal vai preparando o seu novo embate, na quarta-feira contra Marrocos, Cristiano Ronaldo continua mais um dia no topo da lista dos marcadores, com três golos, mas agora já com dois perseguidores de ‘respeito’, vindos da Premier League – é que o belga Romelu Lukaku e o inglês Harry Kane bisaram. A Bélgica, terceira mais cotada selecção no ‘ranking’ da FIFA, apadrinhou a presença do Panamá em Mundiais e, após uma primeira parte em que o marcador não avançou, ‘ofereceu’ três golos construídos pelas suas vedetas. Primeiro, um grande remate de meia distância do ‘napolitano’ Dries Merten (47), um dos poucos trintões da equipa. Depois foi a vez de Lukaku, a beneficiar do óptimo trabalho de construção das jogadas de Eden Hazard (69) e de Kevin de Bruyne (75). Há muito tempo que não se via uma selecção dos ‘diabos vermelhos’ tão forte a nível ofensivo, mas de facto o adversário de Sochi não é ainda um barómetro de fiar, de tão fraco é. Mais revelador do potencial dos belgas será por certo a Inglaterra, que não ‘deslumbrou’ contra a Tunísia, em Volgogrado, mas ganhou. Harry Kane, o goleador do Tottenham, abriu o marcador, aos 11, e fechou aos 90+1, de cabeça, quando já se sentia que não ia ser ‘desatado’ o empate. Nada impressiva na primeira parte e francamente melhor na segunda, a Tunísia chegou ao golo de grande penalidade, aos 35 minutos, contra a tendência do jogo, de grande penalidade, por Ferjani Sassi. A Inglaterra dá ‘um passo de leão’ para os oitavos de final, já que deverá chegar à vitória sobre o Panamá, enquanto Bélgica e Tunísia são os candidatos plausíveis para a outra vaga. Também se jogou em Nijni Novgorod, para o grupo F, o da Alemanha e do México. Foi a vitória, esperada, da Suécia sobre a Coreia do Sul, ainda que pela margem mínima, 1-0. Andreas Granqvist, um jogador que está ‘em casa’, pois alinha no Krasnodar, fez o golo solitário, de grande penalidade, aos 65 minutos. Suécia e México comandam o grupo, com três pontos, e a campeã em título Alemanha, depois da ‘entrada em falso’ no domingo, fica ‘obrigada’ a ganhar aos suecos, no sábado. Nova derrota elimina a ‘mannschaft’ e o empate quase de certeza também – a ‘margem de erro’ já foi preenchida.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Jo Merszei alerta para o esquecimento de Barry Bland Vai fazer um ano que uma figura proeminente da história do Grande Prémio de Macau nos deixou, mas, para além do seu legado, pouco mais se tem feito em sua memória, alerta o eclético piloto de Macau Jo Merszei [dropcap style≠’circle’]C[/dropcap]om qualidades pessoais e conhecimento do meio altamente reconhecidas, o inglês Barry Bland, aquele que será sempre recordado como o pai do Grande Prémio de Macau de Fórmula 3, esteve mais de trinta anos ao serviço do maior evento desportivo do território, tendo saído abruptamente em 2016, meses depois do evento passar para a alçada do Instituto do Desporto. “De 1983 a 2016, o Barry trouxe as mega estrelas do amanhã a Macau para correr. A maior parte dos actuais e ex-pilotos de Fórmula 1 devem ao Barry, de uma forma ou de outra, pela sua ajuda e orientação”, realçou Jo Merszei ao HM. “O Barry ajudou muitos pilotos sem fundos a entrar em contacto com os patrocinadores certos, colocando esses pilotos a correr. Ele era um bom amigo, um cavalheiro e ganhou respeito que ombreava os grandes nomes do automobilismo mundial”. Em 1983 Bland convenceu Rogério Santos, na altura o presidente do Leal Senado, e Phil Taylor, do clube automóvel de Hong Kong, que a Fórmula 3 era o caminho a seguir no Grande Prémio. Na altura a Fórmula Atlantic estava em plena decadência. À época, a então Fórmula 2 parecia ser o caminho a seguir, mas dois meses antes da prova o plano foi abortado porque a largura da Curva da Estátua (onde estava a estátua equestre de Ferreira do Amaral), agora Curva do Lisboa, não ser suficiente para os carros passarem. Pelo mérito de persuadir as entidades responsáveis na hora H e o empenho colocado na prova ao longo dos anos, o piloto macaense não quer ver o nome de Barry Bland esquecido. “Com a experiência e profissionalismo das pessoas de Macau, sob a orientação do então Coordenador, o Engº Costa Antunes, o evento ganhou estatura no automobilismo global”, destaca Jo Merszei, que crê que “sem uma boa parceria, sem o Barry, o Grande Prémio de Macau nunca teria chegado ao patamar em que está hoje.” Final atribulado O fim da ligação ao Grande Prémio do ex-presidente da Comissão de Monolugares da FIA e organizador do Masters de Zandvoort, a prova europeia mais relevante do calendário de Fórmula 3, fez correr muitas linhas na imprensa especializada internacional, principalmente de língua inglesa. Jo Merszei recapitula esses momentos, em que as equipas europeias de Fórmula 3 temeram pela continuidade da emblemática corrida de encerramento de temporada. “Nos últimos dias de Outubro de 2016, engenheiros e chefes de equipa da Fórmula 3 começaram a contactar-nos relativamente à questão de quem ficaria a responsabilidade pela gestão do Grande Prémio de Macau. Esta era certamente uma questão desconcertante porque todos estavam ocupados a preparar o Grande Prémio. Com o passar dos dias, foi posto a circular nos bastidores a informação que a regulamentação e a logística não estavam disponíveis e as equipas começaram a ficar desesperadas para saber o que se estava a passar”, recorda Jo Merszei. “No fim, o Barry foi obrigado a demitir-se do seu serviço, por respeito à sua reputação, responsabilidade e pela integridade à sua empresa, a MRC.” Jo Merszei, ele próprio um piloto que ascendeu à Fórmula 3 com a preciosa ajuda do britânico, relembra que “todos os mecânicos, engenheiros e chefes de equipa estavam a falar como desonroso e desleal o Grande Prémio de Macau e o Instituto do Desporto tinham sido ao praticar um acto de traição ao Sr Grande Prémio de Macau, o próprio, Barry Bland. Um reputado e amplamente jornal local noticiou que o Barry e a comissão do Grande Prémio tinham chegado a um impasse. Essa foi uma grande subavaliação. A verdade e os detalhes criaram ainda mais desapontamento”, assevera. In memoriam Aquelas semanas de incerteza no início do Outono de 2016 acabaram por não beliscar a reputação do evento da RAEM, mas não deixaram de passar uma imagem menos abonatória de ingratidão que hoje poderia ser compensada com um reconhecimento à altura, acredita o actual piloto do Campeonato de Carros de Turismo de Macau (MTCS). “No caso do Barry Bland, a reputação e imagem limpa de Macau ficaram manchada pelos poderes”, afirma convictamente o piloto macaense. “Os departamentos e as pessoas responsáveis pelo Grande Prémio de Macau têm muito que fazer para redimir a nossa imagem no desporto internacional.” Jo Merszei sugere que se preste uma devida homenagem a este amigo da terra. “Talvez uma placa ou uma fotografia emoldurada do ‘Sr Macau GP’ no nosso Museu do Grande Prémio em memória do seu imenso trabalho pela prova e pelas pessoas de Macau. É o mínimo que podemos fazer”, diz. “Até o nosso honorável Chefe do Executivo, o Dr. Fernando Chui Sai On, reconheceu o contributo que o Barry deu a Macau, ao presenteá-lo com o Certificado de Prestígio em 2012.” Com a saída de cena de Bland em 2016 e a ascensão a Taça do Mundo FIA, a corrida Fórmula 3 em Macau é agora administrada pela própria federação internacional em cooperação com Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau.
João Santos Filipe DesportoLiga de Elite | Benfica venceu diante de Monte Carlo e celebra penta [dropcap style=’circle’] O [/dropcap] s encarnados escreveram mais uma página da História do futebol de Macau. O golo solitário de Nikki Torrão foi o suficiente para tornar as águias na primeira equipa a conquistar cinco campeonatos consecutivos. Pentacampeões. É este o novo título do Benfica de Macau desde domingo, após a vitória por 1-0 diante do Monte Carlo. No Estádio de Macau, as águias dominaram a seu bel-prazer, mas o desperdício fez com que apenas acabassem por marcar um golo, aos 30 minutos, por intermédio de Nicholas Torrão. Em relação ao encontro em si pouco há para escrever. Os encarnados entraram muito pressionastes e o Monte Carlo, assumindo as suas limitações, concentrou-se essencialmente em defender e fazer o tempo passar com perdas de tempo. Finalmente, aos 30 minutos, David Tetteh serve na área Carlos Leonel, o atacante remata de primeira, a meia altura, e a bola embate na barra com estrondo. O ressalto acaba por sobrar para Nikki Torrão que de cabeça, e com o guarda-redes adversário no chão após se ter feito ao lance anterior, apontou o golo da vitória. No final os encarnados conseguiram mais um título da Liga de Elite, o quinto consecutivo, depois de já terem somado um participação meritória na Taça AFC, com quatro vitórias em seis jogos. “Apesar da época ainda não ter acabado, foi uma temporada positiva. É o quinto título consecutivo, um feito que vai ser difícil repetir e que é o esforço da equipa e destes jogadores que são uns guerreiros”, disse Bernardo Tavares, treinador das águias, ao HM. “Mas tenho de dar o maior ênfase ao Duarte [Alves, director técnico]. É ele o grande obreiro deste projecto, é ele o responsável pelas pessoas que têm passado pelo clube e pelas metas traçadas. Com ele o Benfica de Macau tem crescido todos os anos e este título é o ponto alto, a nível interno, de uma época muito positiva”, acrescentou o técnico. Também o goleador da equipa, Carlos Leonel, se mostrou muito satisfeito com o feito alcançado: “É um sentimento muito bom. Não é qualquer equipa que consegue ser pentacampeã. Estamos todos muito orgulhosos e queremos dar continuidade a este crescimento do clube”, disse Carlos Leonel, ao HM. O jogador considerou ainda que o Benfica de Macau está num patamar muito superior ao das outras equipas e que a participação na Taça AFC permite às águias adquirir uma maturação que não se encontra dentro de portas. “Foi na Taça AFC que atingimos o topo e adquirimos uma maturidade como equipa que conseguimos transpor para dentro de campo. Na Liga Elite o Benfica de Macau tem outros argumentos, é uma equipa muito mais madura, que conhece os momentos do jogo e que sabe geri-los. A AFC deu-nos esta identidade”, defendeu. Olhos na Taça Numa altura em que ainda faltam dois jogos para o final da Liga de Elite, as águias vão querer somar mais seis pontos. Contudo, o grande objectivo passa por conquistar a Taça de Macau, que esta época se realiza em moldes diferentes da temporada anterior. A Associação de Futebol de Macau vai realizar duas taças, uma só com equipas da Liga de Elite e outra com formações da 2.ª e 3.ª divisões. “Ainda faltam dois jogos, mas claro que agora apontamos à Taça. O nosso objectivo só pode ser a dobradinha”, vincou Leonel Alves. O avançado admitiu também que esta vai ser a sua última, por enquanto, no Benfica de Macau. “Estou a estudar mandarim e essa tem sido uma das minhas prioridades, a par do futebol. Em Setembro vou começar o ano lectivo em Pequim. Por isso, ainda não sei como vai ser o meu futuro, mas não vou estar em Macau”, revelou, ao HM. Também Bernardo Tavares definiu a taça como a próxima meta, mas recorda que antes disso há dois jogos, diante da Polícia e Sporting, para serem ganhos. “Ainda há dois jogos para fazer na Liga de Elite. Gostamos de valorizar as competições, mas vamos optar por rodar com jogadores, para dar minutos a quem tem menos. Depois é que nos vamos focar na dobradinha e na Taça”, explicou.
Carlos Morais José DesportoMundial 2018 | Um bicho complicado [dropcap style=’circle’] P [/dropcap] elos vistos, a preparação liberal da selecção mexicana resultou em cheio, ao contrário da sua congénere alemã que, submetida à austeridade de Joachim Low, surgiu em campo triste e cabisbaixa. Ora isto leva-nos a pensar que não existem fórmulas rígidas para preparar os guerreiros para a luta A questão é, como se sabe, principalmente mental e quando dizemos “mental” estamos a falar de algo tão complexo que muitas vezes o inesperado produz melhores resultados do que o estudado, verificado e comprovado. Assim, bem pode a mulher de Hector Herrera perdoar ao seu marido o “treino intensivo” a que ele se dedicou mal tinha acabado de aterrar em terras mexicanas. Aliás, ao que sabemos, decorreram já manifestações em várias cidades mexicanas nesse sentido, nas quais homens e mulheres rogaram à compreensão da senhora Herrera e imploraram o perdão necessário à tranquilidade mental do seu jogador. Pelos vistos, ou seja, pelo modo como ele jogou, parece que o perdão terá sido conseguido. Mas o que definitivamente fica em causa são os métodos de treino e concentração. Face ao modo como as duas equipas se apresentaram, é bom de ver qual o mais eficaz: de facto, a tristonha Germânia não foi capaz de suster o ímpeto dos energéticos Astecas. Mas mais curioso ainda é facto de uma perda valente de energia poder traduzir-se em mais energia e mais forte, enquanto que uma retenção, uma contenção energética, pode afinal resultar num abaixamento dos níveis e da motivação. Não tenhamos dúvidas: o ser humano é um bicho muito complicado.
Hoje Macau DesportoMundial 2018 | Favoritos aos tropeções [dropcap style=’circle’] O [/dropcap] México venceu no domingo a Alemanha, por 1-0, e impôs aos campeões em título uma entrada em falso na defesa do troféu, e o candidato Brasil ‘derrapou’ ao empatar a 1-1 com a Suíça. O empate entre Brasil e Suíça deixa a Sérvia, após o triunfo sobre a Costa Rica, por 1-0, na liderança isolada do Grupo E, graças a um golo do capitão Aleksandar Kolarov, em encontro disputado em Samara. O lateral esquerdo da Roma decidiu o encontro aos 56 minutos, na transformação perfeita de um livre direto, em que colocou a bola junto ao poste esquerdo da baliza defendida por Keylor Navas, guarda-redes do Real Madrid. Hirving Lozano, aos 35 minutos, marcou o golo da vitória mexicana. O México actuou com algum perfume português em Moscovo, com os ‘dragões’ Hector Herrera e Miguel Layún (emprestado ao Sevilha) no ‘onze’ e o benfiquista Raúl Jiménez a partir dos 66 minutos. Com Guillermo Ochoa imperial na baliza, mas sem precisar de fazer ‘milagres, o México teve em Herrera um dos seus gigantes, bem como em Miguel Layún que, já na parte final, esteve perto de acabar com o jogo. A Alemanha averbou o primeiro desaire na estreia em campeonatos do mundo desde 1982, quando perdeu por 2-1 com a Argélia. O Brasil chegou à vantagem através de um golaço de Philippe Coutinho, aos 20 minutos, e chegou a pairar a hipótese de um triunfo folgado. Tal não aconteceu, e foi a Suíça – que tem uma derrota nos últimos 23 jogos, frente a Portugal – que empatou por Zuber, aos 50 minutos, com um cabeceamento na pequena área, após a marcação de um pontapé de canto. A Croácia venceu por 2-0 a Nigéria, com um autogolo de Etebo e uma grande penalidade ‘oferecida’ e convertida por Modric, em Kaliningrado, e ascendeu à liderança isolada do grupo D do Mundial2018. A vitória da Croácia não sofre contestação, mas foi bafejada com alguma sorte no lance do primeiro golo, dado o desvio para a própria baliza por Etebo, e na infantilidade cometida por Ekong, num ‘abraço’ a Mandzukic na área, que ofereceu a grande penalidade a Modric. A Dinamarca estreou-se com uma vitória sobre o Peru, por 1-0, e vai terminar a primeira jornada no topo do Grupo C, em igualdade pontual com a França. Em Saransk, o avançado Poulsen fez o único golo da partida, aos 59 minutos, enquanto o Peru pode lamentar uma grande penalidade falhada por Cueva, aos 45+1. Com este triunfo, a Dinamarca igualou a França no topo do Grupo C. Os gauleses bateram a Austrália, por 2-1, em Kazan. Um golo a meias entre Paul Pogba e Aziz Behich, que a FIFA atribuiu ao médio gaulês, decidiu o encontro, aos 81 minutos, depois de dois penáltis, concretizados pelo gaulês Antoine Griezmann, aos 58, e o australiano Mile Jedinak, aos 62. O primeiro tento fica para a história dos Mundiais como o primeiro nascido depois de o árbitro reverter uma decisão, após ser alertado pelo videoárbitro (VAR). Depois de ver as imagens do lance, optou por marcar grande penalidade. A Argentina e a Islândia empataram 1-1, num encontro da primeira jornada do Grupo D do Mundial de futebol de 2018, disputado em Moscovo, em que Lionel Messi falhou uma grande penalidade para os sul-americanos. Os campeões mundiais de 1978 e 1986 marcaram primeiro, aos 19 minutos, por Sergio ‘Kun’ Agüero, mas os nórdicos, estreantes em campeonatos do mundo, restabeleceram a igualdade pouco depois, aos 23, por intermédio de Alfred Finnbogason. Na segunda parte, os argentinos beneficiaram de uma grande penalidade, aos 64 minutos, mas Messi permitiu a defesa do guarda-redes Hannes Halldorsson.
Hoje Macau DesportoMundial 2018 | Portugal na máxima força para jogo com Marrocos [dropcap style=’circle’] A [/dropcap] selecção portuguesa prosseguiu ontem animada e na máxima força a preparação para o embate de quarta-feira com Marrocos, em Moscovo, da segunda jornada do grupo B do Mundial2018. A descontracção continua a ser uma imagem de marca da equipa das ‘quinas’ e que teve como exemplo o facto de, a determinada altura do treino, Cristiano Ronaldo e Quaresma terem realizado o exercício de passes ao primeiro toque com Jorge Rosário, um dos colaboradores mais velhos do grupo que assiste o seleccionador Fernando Santos. Nos 15 minutos abertos à comunicação social, novamente ‘reforçada’ com muitos órgãos internacionais, foi possível perceber que a intensidade e competitividade, até nos treinos, persiste no ADN luso. “Bola rápida! Bom! Bom! Bom!”, ouvia-se, uma e outra vez, o adjunto João Costa, com a missão de articular os exercícios no tapete do centro de estágio do FC Saturn, em Kratovo, 50 quilómetros sudeste de Moscovo, onde se trabalhou os passes em progressão e ao primeiro toque. Os guarda-redes Rui Patrício, Beto e Anthony Lopes evoluíram à parte com Fernando Justino, sendo presumivelmente reintegrados mais tarde para a provável ‘peladinha’, já que estavam ‘montadas’ duas balizas, separadas por apenas um quarto do terreno. O avançado André Silva admitiu ao jornalistas que considera Portugal “mais forte do que Marrocos”, mas avisou para a imprevisibilidade que são os desafios num Mundial de futebol. “Considero Portugal mais forte do que Marrocos e várias outras selecções, mas não quero estar a dizer que vamos vencer que vai ser fácil. Temos todo o respeito por todas as selecções. Todos os jogos são difíceis, ainda por cima num mundial. Mentiria se não dissesse que não éramos mais fortes”, assumiu. André Silva foi suplente na estreia de Portugal no Mundial2018, com empate 3-3 com a Espanha em Sochi, com um ‘hat-trick’ de Cristiano Ronaldo, porém deve recuperar um lugar no eixo do ataque ao lado do ‘capitão’, com quem jogou toda a fase de qualificação. A equipa das ‘quinas’ é quarta do ranking FIFA, enquanto Marrocos está em 41.º lugar. Péssimas recordações Contudo, a selecção portuguesa tem as piores recordações da sua congénere de Marrocos, já que o único confronto com os africanos acabou em derrota, por 3-1, que custou o adeus ao Mundial de 1986, no México. A 11 de junho de 1986, em Guadalajara, a formação das ‘quinas’ chegou ao terceiro encontro da fase de grupos com um triunfo por 1-0 sobre a Inglaterra, e um desaire, pelo menos resultado, frente à Polónia e com o apuramento para os ‘oitavos’ em aberto. O ambiente estava, no entanto, degradado, bem como as condições de treino da selecção lusa, que chegou a fazer um jogo de treino contra empregados do hotel onde a equipa estava instalada. A formação das ‘quinas’ acabou, no entanto, por ser surpreendida pelos marroquinos, que, com espaço para jogar, conseguiram dois golos na primeira meia hora, ambos apontados por Abdelrazzak Khairi, aos 19 e 27 minutos. Na segunda parte, Diamantino Miranda ainda reduziu, mas já era tarde de mais para Portugal, que saiu da pior forma do Mundial de 1986, num grupo que apurou as restantes três selecções para os ‘oitavos’. Trinta a dois anos depois, Portugal e Marrocos voltam a encontrar-se, depois de uma primeira ronda do Grupo B do Mundial de 2018 em que a equipa lusa empatou 3-3 com a Espanha, graças a três golos de Cristiano Ronaldo, e os africanos perderam por 1-0 com o Irão, por culpa de um autogolo nos descontos.
Hoje Macau DesportoMundial 2018 | Os jogos do dia [dropcap style=’circle’] Q [/dropcap] uiseram as bolas do sorteio para o Mundial que Colômbia e Japão se voltassem a encontrar na fase de grupos de um Campeonato do Mundo de Futebol. Há quatro anos, no Brasil 2014, a 24 de Junho, a selecção sul-americana entrou ávida de bola e uma máquina muito bem oleada que não deu quaisquer hipóteses aos asiáticos. Los Cafeteros impuseram a primeira goleada do mundial: bateram os Samureais Azuis por 4-1. Assim, sem apelo nem agravo. Como será esta noite, quatro anos volvidos? No Brasil 2014, a Colômbia entrava com fome de bola, e uma reputação em dívida fazia então 16 anos. A Colômbia tinha estado ausente dos três mundiais. Liderados pela estrela James Rodriguez (antigo jogador do FC Porto) os colombianos encantaram o Mundo numa viagem, num sonho, só travado pela caseira selecção do Brasil, para a qual perderam por 2-1, numa muito disputada partida dos quartos-de-final da prova. No Rússia 2018, Los Cafeteros tentarão, pelo menos, emular essa marcha. E têm razões para sonhar e voar ainda mais alto. A equipe tem qualidade mais que suficiente para repetir a história e está particularmente motivada pela presença do maior artilheiro de todos os tempos, Radamel Falcao, que fará sua estreia num Campeonato do Mundo, uma vez que uma lesão o afastou da edição anterior. Apesar de só ter feito a sua estreia em mundiais na Copa de 1998, esta é a sexta participação consecutiva dos Samurais Azuis, que se estabeleceram como uma presença regular nas fases finais da competição. A equipa quer chegar mais longe, pelo menos aos quartos-de-final, depois de duas eliminações nos oitavos-de-final (em 2002 e 2010). Os Samurais Azuis esperam que as mudanças operadas no banco de suplentes, com o treinador local Akira Nishino nomeado na sequência de uma difícil campanha asiática de qualificação, possam trazer maiores fortunas. Sabia que ? O Japão nunca bateu a Colômbia nas três partidas entre as duas selecções. O primeiro encontro foi na Taça das Confederações da FIFA França 2003, que os sul-americanos venceram por 1 a 0. O segundo, um amigável em 2007, foi empate em 0 x 0, enquanto o terceiro foi o encontro no Brasil 2014, no qual os Cafeteros bateram confortavelmente o Japão por 4-1. Equipas prováveis: Colômbia: David Ospina; Santiago Arias, Mina Yerry, Davinson Sanchez, Johan Mojica; Abel Aguilar, Carlos Sánchez, Juan Cuadrado, James Rodriguez; Luis Muriel, Radamel Falcao Japão: Eiji Kawashima; Hiroki Sakai, Maya Yoshida, Tomoaki Makino, Yuto Nagatomo; Makoto Hasebe, Gaku Shibasaki, Genki Haraguchi, Honda de Keisuke, Takashi Inui; Yuya Osaka Colômbia vs Japão Primeira Jornada da Fase de Grupos – Group H, Mordovia Arena Saransk 19 Jun 2018 – 20:00, horário de Macau Em pólos opostos A Rússia e o Egipto chegam ao jogo de São Petersburgo com estados de alma perfeitamente antagónicos, fruto dos resultados antagónicos nas partidas da jornada de abertura do Grupo A. O jogo corre de feição, mas a Rússia muito fez por isso. Os anfitriões sacudiram a pressão do capote de jogar em casa com uma postura de objectividade a que juntaram um rolo de pressão que rodava apenas numa mesmo direcção ( – mais – uma maravilha da física, portanto!). O Egipto, com Salah no banco, chegam ao palco desta noite: amargurados, cabisbaixos, tendo deixado fugir o empate para o Uruguai nuns angustiantes minutos finais da partida frente ao Uruguai. Mesmo os torcedores mais apaixonados da Rússia teriam ridicularizado quaisquer previsões de uma vitória por 5 a 0 sobre a Arábia Saudita. Uma exibição pontuada por dois belos golos de Denis Cheryshev, fez explodir as expectativas russas. Ironicamente, três pontos podem ser suficientes para selar um lugar nos 16 avos-de-final. O Egipto, por outro lado, não tem tempo a perder. Felizmente para os africanos, Mohamed Salah parece pronto regressar aos revaldos. Além da óbvia ameaça de ataque que proporcionará, tendo sido uma presença dominante em Inglaterra nesta temporada, o retorno de sua estatura talismã com os faraós, sem dúvida, levantará os ânimos depois das angústias infligidas pelo golo tardio sofrido contra o Uruguai. A Rússia está no Sétimo Céu. Mas os jogadores não descansaram sobre os louros. Todos no campo russo colocaram nas gavetas do passado o resultado contra a Arábia Saudita e estão cientes e conscientes de o jogo com o Egipto é uma história totalmente diferente. Com ou sem Mohamed Salah em campo, os anfitriões estão determinados a lutar muito e conseguir mais uma vitória para colocar pelo menos um pé na próxima ronda, se não dois. O resultado do Uruguai impôs uma clara mensagem à equipa egípcia: vencer a Rússia é a única opção. Hector Cuper avançou para a preparação para a partida, contando já com Mohamed Salah e algumas brilhantes actuações na sua última sessão de treinos antes de partir para São Petersburgo. Não será fácil, Cuper sabe isso muito bem. Após o resultado da abertura dos anfitriões, e com o apoio do público russo, a pressão estará sobre os faraós. Mas eles podem superá-la. Sabia que? Dois jogadores da equipa da casa tornaram-se os primeiros de uma mesma selecção a marcar o seu primeiro golo internacional numa partida de abertura de um Campeonato do Mundo. Yury Gazinsky marcou primeiro. Denis Cheryshev fez ainda melhor. Depois de marcar um golo, marcou um segundo. Foi também a primeira vez que dois jogadores saíram do banco para marcar numa partida de abertura da competição. Equipas prováveis: Rússia: Igor Akinfeev; Mario Fernandes, Ilya Kut epov, Sergei Ignashevich, Yuri Zhirkov; Roman Zobnin, Yury Gazinsky, Daler Kuziaev; Aleksandr Golovin, Denis Cheryshev; Fedor Smolov Egipto: Mohammed El Shenawy, Ali Gabr, Ahmed Hegazy, Ahmed Fathi, Mohammed Abdelshafy; Tarek Hamed, Mohammed El Neny, Mahmoud Trezeguet, Abdullah Al Said; Mohammed Salah, Marwan Mohsen Rússia vs Egipto Segunda Jornada da Fase de Grupos Group A, Estádio de São Petersburgo 20 Jun 2018 – 02:00 horário de Macau.
João Santos Filipe DesportoLiga de Elite | Benfica de Macau ataca ‘penta’ frente ao Monte Carlo [dropcap style=’circle’] U [/dropcap] m, dois, três, quatro e cinco… Pode ser este o registo do Benfica de Macau ao nível de títulos da Liga de Elite, caso vença o Monte Carlo no Domingo, ou veja o Monte Carlo empatar ou perder frente à Polícia. O Benfica de Macau defronta o Monte Carlo no domingo às 20h30, no Estádio de Macau, e em caso de vitória confirma a conquista do título da Liga de Elite, o quinto consecutivo. Em declarações ao HM, Bernardo Tavares, treinador das águias, destacou a evolução dos Canarinhos, desde o início da temporada, e admite que os encarnados poderão enfrentar mais dificuldades do que as esperadas. “O nosso objectivo em qualquer jogo é entrar para ganhar. Mas estamos a falar de uma equipa que evoluiu bastante e tem jogadores locais com bastante qualidade. Nota-se que houve uma grande evolução desde o início do campeonato”, disse o treinador. “Vi o jogo deles frente ao Chao Pak Kei e confesso que esperava um pouco mais, mas no encontro anterior a esse, diante do Ka I apostaram em transições rápidas e criaram lances de perigo, é este tipo de jogo que espero contra nós”, acrescentou. No entanto, o treinador considera que este encontro se trata de um dérbi e que mesmo que um dos adversários atravesse um período mais complicado, a mentalidade acaba sempre por ser diferente: “É um dérbi de Macau, é um Benfica contra o Monte Carlo e as duas equipas acabam sempre por ter uma mentalidade diferente nestes encontros, mesmo que não esteja ao nível anterior”, justificou. À entrada desta 16.ª jornada, os encarnados têm sete pontos de vantagem para o C.P.K., que entra em acção no mesmo dia, às 18h30, diante da Polícia. Caso o Chao Pak Kei não ganhe, o Benfica é automaticamente campeão, mesmo antes de defrontar o Monte Carlo. Contudo, Bernardo Tavares prefere focar-se na tarefa da equipa e garantir que os encarnados fazem o seu trabalho: “Se conseguirmos apontar um golo cedo, a ânsia de sermos campeões desaparece rapidamente e a tarefa torna-se mais fácil. Se o Monte Carlo for adiando o nosso golo, vamos ter uma tarefa mais difícil, porque com o desenrolar da partida a ansiedade vai crescer e é mais difícil tomar as melhores decisões”, constatou. Sempre no controlo Para o ataque ao título o Benfica de Macau tem como baixas garantidas Amâncio, por lesão, Titto, por castigo. Alguns jogadores poderão também ter de falhar o encontro devido a compromissos profissionais. Todavia as alterações forçadas não vão alterar a estratégia da equipa: “Vamos entrar para manter o controlo do jogo. Vai ser essa a nossa postura até porque nesta edição da Liga de Elite não houve uma única equipa que não nos tivesse dado o controlo da posse da bola. Apenas o C.P.K. não o fez, mas só quando já estava a perder no encontro em que empatámos”, considerou. Sobre uma eventual conquista do título, Bernardo Tavares aponta como principal responsável a equipa e Duarte Alves: “De ano para ano tem tentado sempre valorizar o clube. É o grande responsável, caso o campeonato se confirme”, apontou.
Hoje Macau DesportoAnfitriã Rússia e Arábia Saudita dão pontapé de saída no Mundial 2018 [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] anfitriã Rússia e a Arábia Saudita dão hoje o pontapé de saída no 21.º campeonato do mundo de futebol, num embate marcado para o Estádio Luzhniki, em Moscovo, o palco da final, em 15 de julho. O árbitro argentino Nestor Pitana vai ‘apitar’ para o início do primeiro dos 64 encontros da competição, na qual Portugal participa pela sétima vez, quinta consecutiva, após 2002, 2006, 2010 e 2014. Depois de dois anos a jogar apenas particulares, com exceção para a participação na Taça das Confederações, a Rússia vai jogar o seu Mundial como 70.ª do ‘ranking’ da FIFA, enquanto a Arábia Saudita segue apenas três lugares acima. Tendo em conta que se trata de um embate entre as duas equipas com pior ‘ranking’ presentes na prova, as expectativas para o primeiro jogo, do Grupo A, quanto à qualidade futebolística, não podem ser, obviamente, muito elevadas. Desde o fim da União Soviética, a Rússia tombou sempre na primeira fase (1992, 2002 e 2014), enquanto a Arábia Saudita chegou aos ‘oitavos’ na estreia (1998), mas também caiu na fase de grupos nas últimas três participações (1998, 2002 e 2006). Ainda assim, a Rússia é agora o anfitrião, que só uma vez não seguiu em frente, em 2010, ano em que a África do Sul, única organizadora africana, ficou pela fase de grupos. No Grupo A, terminou à frente da França, mas atrás de Uruguai e México. Desta vez, a Rússia, que deixou ‘infinitas’ interrogações na preparação, deverá discutir o apuramento com o Uruguai, de Cavani, Suárez, do portista Maxi Pereira e do ‘leão’ Coates, e o Egito, mais forte se puder contar com Mohamed Salah. Uruguaios e russos apenas jogam na sexta-feira, dia também marcado para a estreia de Portugal, perante a Espanha, que, a dois dias da competição, trocou o selecionador Julen Lopetegui – depois de este ter assinado ‘às escondidas’ pelo Real Madrid – por Fernando Hierro. O segundo dia da competição inclui ainda o embate entre o Irão, de Carlos Queiroz, e Marrocos.
Hoje Macau DesportoMundial 2018 | Hierro promete enfrentar Portugal este sábado como se “nada tivesse acontecido” [dropcap style≠’circle’]F[/dropcap]ernando Hierro afirmou, na apresentação como novo selecionador espanhol de futebol, estar convencido de que os jogadores que agora comanda vão defrontar Portugal como se “nada tivesse acontecido”, sexta-feira, na estreia do Mundial2018. “É um desafio bonito e apaixonante. As circunstâncias são as que são, e aceito esta responsabilidade, com valentia e pensando que temos um grupo que está a trabalhar há anos pelo Mundial. Fui o diretor desportivo nos últimos sete/oito meses e entendo que a vontade de todos é muito grande”, disse Hierro. O sucessor de Julen Lopetegui, pelo qual disse ter a “máxima consideração, por todo o trabalho que fez em dois anos”, afirmou que o jogo com a formação lusa continua a ser trabalhado como antes, até porque “uma grande parte do ‘staff’ continua”. “Já estivemos a ver vídeos. Sabemos que o jogo está muito perto e, nesse sentido, sabemos que temos de ser inteligentes e coerentes. Sabemos que não temos muita capacidade para mudar. Não podemos mudar absolutamente nada em dois dias”, frisou o ex-diretor desportivo. Hierro frisou que vai orientar “um grupo absolutamente fantástico”, que fez “uma qualificação fantástica (nove vitórias e um empate), a um nível extraordinário”. “O que pedimos é que sejam eles mesmos, que tenham a sua personalidade. Temos um desafio bonito no dia 15”, frisou, acrescentando: “Posso olhar nos olhos a toda a gente. Atuei como se tem de atuar nestes momentos. Estou de consciência tranquila”. De acordo com o ex-jogador do Real Madrid, o que sucedeu não pode mudar nada: “Isto não é justificação para não lutarmos pelo objetivo que trouxemos, lutar pelo mundial”. “Sabemos que temos uma grande oportunidade. O que aconteceu nestes dias não nos pode servir de desculpa, a mim, pessoalmente, e aos jogadores. Temos que lutar pelo Mundial”, reafirmou Fernando Hierro. O novo selecionador não está, para já, a pensar no futuro, mas apenas no campeonato do mundo: “O meu cargo é Portugal e depois o seguinte e o seguinte e o seguinte. Não pensamos em outra coisa que não seja fazer um grande mundial”. “Viemos para competir. Temos de nos concentrar no desportivo. O Mundial só volta daqui a quatro anos”, lembrou Hierro, garantindo que a seleção não será prejudicada por estes acontecimentos: “Se não tivesse convencido disso, não estava aqui. Acho que, frente a Portugal, tudo vai acontecer como se nada tivesse acontecido. Temos a obrigação de mudar o ‘chip’”. Por seu lado, o presidente da federação espanhola (RFEF), Luis Rubiales, o responsável pelo despedimento de Lopetegui e a aposta em Hierro, fez questão de “agradecer” ao novo selecionador por ter “aceitado, num momento difícil, este enorme desafio”. “Pusemos a seleção nas suas mãos. Sempre dissemos que queríamos mudar o menos possível, escolher alguém que conhecesse bem a equipa. Os jogadores receberam-no de braços abertos e transmitiram-nos o compromisso de estar com ele e ajudá-lo em tudo”, afirmou o líder da RFEF. Rubiales foi claro: “O que aconteceu não é bom, mas atuámos com responsabilidade. Falámos com os futebolistas e todo o ‘staff’ e todos cerraram fileiras em redor de Fernando, que já falou com todos”. No que respeita a Julen Lopetegui, o assessor de imprensa da seleção espanhola afirmou, no início da conferência de imprensa, que o ex-técnico do FC Porto falará na chegada a Madrid, onde estará nos próximos três anos, ao comando do Real Madrid.
Hoje Macau DesportoFélix da Costa estreia-se nas 24h de Le Mans e admite “grande desafio na carreira” [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] piloto português António Félix da Costa vai estrear-se nas 24 Horas de Le Mans ao volante de um BMW, na terceira categoria da prova (LMGTE Pro), e admitiu que este é “um grande desafio na carreira”. “Mais um enorme desafio na minha carreira. As 24 Horas de Le Mans são uma grande corrida em que todos querem participar, e eu não sou exceção, é um grande momento para mim”, disse o piloto, em declarações à sua assessoria de imprensa. Ao lado do brasileiro Augusto Farfus e do britânico Alexander Sims, Félix da Costa vai entrar na emblemática prova de resistência francesa, que este ano organiza a sua 86.ª edição, ao volante de um BMW M8 de fábrica, arrancando hoje para os treinos livres antes da corrida, que começa no sábado, pelas 14:00. Ainda hoje, Félix da Costa testa o carro em contexto competitivo, depois de “18 meses de testes de desenvolvimento”, na sessão de qualificação noturna, naquela que é uma estreia do português em Le Mans, que este ano será a segunda corrida da ‘supertemporada’ do Mundial de resistência 2018/19. “Sabemos bem que a consistência, não cometer erros e a fiabilidade do carro serão as nossas maiores armas, e é com esse pensamento que encaramos esta mítica prova”, considerou Félix da Costa. O português mostrou ainda vontade de “lutar pelo pódio” da categoria, “não apenas para participar” ao lado dos restantes 59 carros, que incluem ainda o português Pedro Lamy, na quarta categoria, e Filipe Albuquerque, na segunda. Em Silverstone, primeira prova do Mundial, a equipa do piloto luso foi quinta classificada entre a GTE Pro, atrás de carros Ford, Ferrari e Porsche, naquele que é o regresso da BMW ao circuito de resistência.
Hoje Macau DesportoMundial 2018: Portugal realiza hoje o terceiro treino em solo russo [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] selecção portuguesa de futebol realiza hoje o terceiro treino em solo russo, preparando na máxima força a estreia no Mundial2018, sexta-feira, em Sochi frente à Espanha. Com o teste inaugural no Grupo B a aproximar-se, Fernando Santos contará com os 23 convocados a partir das 10:30 (08:30 em Lisboa), num apronto que voltará a ser aberto à comunicação social somente durante os 15 minutos iniciais. A sessão de trabalho segue-se à conferência de imprensa de um futebolista, que começa alguns minutos mais cedo do que o habitual, às 09:50. Este ensaio será o primeiro após William Carvalho, Bruno Fernandes e Gelson Martins terem enviado ao Sporting uma carta de rescisão unilateral, seguindo os passos do colega de seleção Rui Patrício, bem como de Podence. A ‘equipa das quinas’ trabalha no centro de treinos do CF Saturn, em Kratovo, 50 quilómetros a sudeste de Moscovo. Depois do duelo ibérico, Portugal defronta Marrocos a 20 de junho em Moscovo e o Irão de Carlos Queiroz a 25 em Saransk. Mundial 2018: Trio ‘sportinguista’ sereno e finalmente sol no treino da selecção O treino realizou-se hoje com William, Bruno Fernandes e Gelson aparentando serenidade após rescindirem com o Sporting. O acto do trio, que se juntou ao também internacional português Rui Patrício, além de Podence e do holandês Bas Dost, dominou o início da conferência de imprensa com João Mário e mereceu a principal curiosidade de todos os órgãos de comunicação social portugueses. William foi o primeiro dos três a chegar ao relvado, enquanto Bruno Fernandes e Gelson, sempre juntos, foram dos últimos. Foi notório ainda a proximidade dos futebolistas que já atuaram nos ‘leões’ nesta sessão de trabalho, casos de Adrien, Cedric e João Moutinho, que se lhes juntaram em boa parte dos exercícios – realizados do lado oposto à bancada dos profissionais da comunicação social. Além do sol, que surgiu pela primeira vez, ao terceiro dia, o segundo apronto à porta fechada, apenas 15 minutos abertos para os jornalistas, a novidade foram dois madeirenses que pedalaram de Inglaterra até Kratovo, 2.400 quilómetros em pouco mais de duas semanas para ‘inspirar’ os seus ídolos. Depois de despenderem os primeiros momentos em roda de toques com bola com os seus companheiros, os guarda-redes Rui Patrício, Beto e Anthony Lopes trabalharam novamente à parte, apostando no jogo com os pés. No período aberto foi possível ainda ver combinações com bola, bem como o aprimorar de passes curtos e longos.
Hoje Macau DesportoFrancisco Neto diz esperar empenho, apesar de afastamento do Mundial 2019 feminino [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] selecionador português de futebol feminino, Francisco Neto, disse hoje esperar “qualidade, empenho e máxima dedicação” da equipa nacional nos próximos jogos de qualificação para o Mundial de 2019, o primeiro dos quais com a Roménia, na terça-feira. Apesar de a seleção portuguesa de futebol feminina estar já matematicamente afastada do próximo Campeonato do Mundo, que se realiza em França, Francisco Neto assegurou que o compromisso das jogadoras nacionais “é sempre muito grande e a motivação está sempre presente”. “Estamos tristes por não estarmos mais na luta pelo Mundial, que era um objetivo muito desejado. Mas estamos cientes de que há nove pontos em disputa e temos uma imagem para valorizar (…). Por isso, só espero qualidade, empenho e máxima dedicação da parte das nossas jogadoras. Vamos entrar com grande vontade de vencer”, afirmou, citado pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF). Antes do treino de adaptação ao Estádio Municipal de Botosani, onde Portugal defronta na terça-feira a congénere da Roménia, Francisco Neto antecipou que a Roménia é “uma equipa forte que criará grandes dificuldades”. A seleção portuguesa de futebol feminino ficou definitivamente afastada na sexta-feira da fase final do Mundial2019, ao perder frente à Itália, por 3-0, em jogo do Grupo 6 da fase qualificação. Portugal necessitava de vencer as líderes do grupo para manter a possibilidade de chegar pela primeira vez a um campeonato do mundo, depois da histórica presença no Europeu de 2017, na Holanda, enquanto as italianas apenas precisavam de um ponto para confirmar o acesso à fase final da competição, em França. A seleção de Milena Bartolini assegurou o primeiro lugar, com 21 pontos em sete jogos, mais 11 do que a Bélgica, segunda com 10, enquanto Portugal permanece no terceiro posto, com os mesmos quatro da Roménia – a Moldávia ocupa o quinto lugar, com um ponto.
Hoje Macau DesportoMundial 2018: Bélgica impressiona ante Costa Rica [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Bélgica impressionou ontem no seu último jogo de preparação para o Mundial de futebol que se inicia na quinta-feira na Rússia, ao golear em Bruxelas a Costa Rica, por 4-1. Outras duas seleções que ‘afinaram’ o seu estilo de jogo, a três dias do arranque do Mundial, foram Senegal e Coreia do Sul, com os africanos a chegarem à vitória por 2-0, em Grodig, Áustria. No estádio Rei Balduíno, em Bruxelas, até foi a Costa Rica a marcar primeiro, através do sportinguista Bryan Ruiz, antes de os belgas tomarem conta do jogo, com uma exibição que os reforça como favoritos para o Mundial. Mas nem tudo foram coisas positivas para a equipa belga, já que aos 70 minutos Eden Hazard teve de sair, por lesão, ligeiramente ‘tocado’ no tornozelo direito. O golo de Bryan Ruiz, aos 24 minutos, teve o condão de ‘espicaçar’ o adversário, que aos 31 já empatava, por Dries Mertens. Ainda antes do intervalo chegava o 2-1, marcado por Romelu Lulaku, aos 42. O goleador do Manchester United bisaria, aos 50 minutos. Finalmente, o 4-1 foi obra de Michy Batshuayi, aos 64 minutos. No Mundial, a Bélgica jogará no grupo G, com Panamá, Tunísia e Inglaterra. A Costa Rica integra o grupo E, com Brasil, Suíça e Sérvia. Em Grodig, na região de Salzburgo, o Senegal, de Sadio Mané, não deslumbrou e só venceu através de um autogolo coreano e de um golo de Konaté de grande penalidade, já para lá dos 90 minutos. O jogo, que decorreu à porta fechada, só teve golos no segundo tempo: primeiro, foi Kim Young-Gwon a enviar a bola para as suas próprias redes, aos 67 minutos, e depois o penálti cobrado por Konaté, aos 90+1. O Senegal integra o grupo H, juntamente com Polónia, Colômbia e Japão. Quanto à Coreia do Sul, está no grupo F, com Alemanha, México e Suécia.
Hoje Macau DesportoMundial 2018: Seleccionador sabe que portugueses estão com a seleção mesmo longe de Kratovo [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] selecionador português de futebol, Fernando Santos, assumiu a convicção no apoio nacional à equipa das ‘quinas’ no Mundial2018, à distância, ao contrário do que ocorreu no Euro2016. “Não vai fazer falta, mas gostávamos muito de ter o apoio que tivemos no Europeu. Temos o apoio do povo português, que sabe que não viemos aqui para participar no campeonato do mundo, mas para ganhar cada jogo. Certamente teremos nas praças em Portugal corações a vibrar intensamente, acreditando que esta equipa vai cumprir os objetivos”, vincou o técnico. Em Kratovo, a cerca de 50 quilómetros sudeste de Moscovo, a seleção lusa, que retomou hoje os treinos, dificilmente vai contar com a onda de entusiasmo ocorrida no Euro2016, com o centro de estágio de Marcoussis, em França, repleto de emigrantes. “Claro que preferíamos ter o apoio como em Marcoussis. Nos momentos menos fortes é muito importante quando o sentimos. Quando não estamos a ganhar, o apoio é muito importante, mas os meus jogadores estão preparados para isso. Temos de ser nós a fazer isso”, afirmou. Fernando Santos realçou a convicção de que o país está com a seleção, recordando o último desafio de preparação, com a Argélia, na quinta-feira, no Estádio da Luz, em Lisboa, onde a chuva não impediu 50.000 adeptos de apoiarem a seleção. “Obviamente que preferia ter aqui na Rússia mais de 20.000 ou 30.000, mas sentir que o povo português está connosco é motivo mais do que suficiente”, frisou. A serenidade de Fernando Santos estende-se aos 23 futebolistas que dirige, afiançando que confia plenamente na capacidade de todos para jogarem e cumprirem, com sucesso, a missão que lhes for confiada. “Vou dormir tranquilo, coloque em campo quem colocar. Dor de cabeça é quando vou para a cama e não sei o que fazer. É bom sinal dormir tranquilo. Estão a aptos, sabem o que fazer em campo. Espero que ainda possam melhorar”, justificou. O selecionador refutou as observações feitas por alguns jornalistas estrangeiros de que a equipa das ‘quinas’ se faz menos favorita do que realmente é. “Portugal nunca é humilde de mais. Afirma-se como candidato à vitória”, sublinhou, garantindo que os seus 23 ‘peões’ estão “ótimos” e prontos a entrar em competição. Quanto aos desafios da primeira fase, descartou a possibilidade de gerir o grupo mediante os adversários, justificando que há demasiadas condicionantes e realidades para pensar em desafios além do próximo. “[Se é] Impossível. Depende dos resultados, o que acontecer, de como reagem aos jogos. Não sou treinador para levar intenções para o jogo. Podem até jogar os mesmo todos os jogos”, admitiu. Fernando Santos entende que esse tipo de planeamento seria pernicioso: “Seria mau para os atletas. Eles sabem o quanto são importantes. Jogam porque entendo que devem jogar, não pelo ‘ranking’ do adversário. Os jogadores ficariam muito incomodados. Seria falta de confiança do treinador”. O técnico disse ainda que o quartel-general instalado em Kratovo está a ser do agrado da seleção. “Quando vim aqui a primeira vez fiquei um pouco assustado, não pelo espaço em si, porque à partida era bom, mas pelas condições globais. O campo está bom e os jogadores estão satisfeitos”, concluiu. A equipa das ‘quinas’ vai estrear-se no Mundial2018 frente à Espanha, na sexta-feira, em Sochi, no primeiro jogo do Grupo B, seguindo-se desafios com Marrocos, a 20 de junho, em Moscovo, e Irão, de Carlos Queiroz, a 25, em Saransk.
João Santos Filipe DesportoShenzhen venceu torneio da Academia do Sporting [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] formação da Escola Primária Meiyuan de Shenzhen conquistou o torneio de sub-13, organizado pela Academia do Sporting de Macau no Campo D. Bosco, no Sábado. No segundo lugar ficou a equipa AET ARKsports de Hong Kong, seguida pela Academia do Sporting de Macau, Escola Portuguesa de Macau, FYFC de Zhuhai e, no último lugar, a equipa titulada pelo Instituto do Desporto, Futebol de Macau. “Foi um dia em grande para o futebol de Macau, com equipas bem organizadas, com um bom nível, a proporcionarem bons jogos”, considerou Nuno Capela, técnicos dos leões.
João Santos Filipe DesportoLiga de Elite | Benfica está a uma vitória de assegurar o penta As águias poderiam ter chegado ao título já este fim-de-semana, mas a vitória do Chao Pak Kei diante do Monte Carlo, por 5-0, adia a questão para Domingo. Mesmo assim, nesta jornada, os encarnados cumpriram a sua função e venceram os Serviços de Alfândega por 5-0 [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Benfica derrotou na sexta-feira os Serviços de Alfândega por 5-0 e está a uma vitória do pentacampeonato. A vitória na Liga de Elite poderia mesmo ter ficado selada no Sábado, caso o Chao Pak Kei tivesse cedido pontos diante do Monte Carlo, mas a equipa que ocupa o segundo lugar venceu os Canarinhos por 5-0 e adiou a decisão para a próxima jornada. No Estádio de Macau, as águias não facilitaram e colocaram-se na frente do marcador, logo aos dois minutos de jogo. Iuri Capelo foi servido na direita do ataque das águias, arrancou para o interior da área adversária e tirou um cruzamento rasteiro. Nesse momento surgiu o goleador da equipa Carlos Leonel a emendar para o 1-0. Mais nove minutos de jogo e os encarnados marcaram o 2-0. Um golo que mostra a razão da Alfândega ocupar o último lugar da Liga de Elite. Após um cruzamento na direito do ataque do Benfica, a bola sobra para Nikki Torrão. O internacional por Macau consegue ganhar espaço, de costas para a baliza, e tirar mais um cruzamento, desta vez na esquerda. O guardião Ieong ainda tentou sair à bola, mas falha o soco e serve Carlos Leonel. Com muita calma o avançado das águias dominou a bola, tirou Ieong da jogada e rematou para o 2-0. Finalmente aos 22 minutos, o encontro ficou sentenciado com o terceiro golo do encontro, que acabou com as esperanças de uma recuperação dos Serviços de Alfândega. Mais uma vez a defesa dos serviços ficou a dormir, permitiu um primeiro remate de Lei Chin Kin, que Ieong afastou com todo o mérito, mas a bola sobrou novamente para Carlos Leonel. À frente da baliza o encarnado limitou-se a fazer o que sabe melhor, marcar, e apontou o 3-0. Na segunda parte o sentido único do jogo não se alterou. Nikki Torrão aos 47 minutos, após um cruzamento para a área de Lei Chin Kin, apontou o 4-0. O mesmo jogador voltou a bisar já em cima do minuto 90. Confusão entre jogadores Antes do final do jogo houve ainda tempo para confusão dentro de campo. Lam Man Keong desarmou em falta Titto, e o jogador do Benfica perdeu o controlo, saindo disparado atrás do atleta da Alfândega. Valeu a calma de alguns jogadores, que evitaram que os empurrões e insultos escalassem para algo mais. Como consequência, Lam, que assumiu uma postura mais passiva no caso, viu o segundo amarelo e foi expulso. Titto viu o vermelho directo. No outro jogo que interessava para as contas do título, o C.P.K. goleou o Monte Carlo, também por 5-0, com golos de Alexandre Matos, Lam Ka Seng, Diego Patriota, Danilo e César Felipe. Num altura em que estão nove pontos em disputa, o Benfica de Macau tem sete de vantagem para o Ka I. Por isso, em caso de uma vitória nos três jogos que falta disputar, as águias asseguram matematicamente o título. O próximo encontro dos encarnados está agendado para o próximo Domingo, às 20h30, no Estádio de Macau, diante do Monte Carlo. Por sua vez, o C.P.K. joga no mesmo dia, com a Polícia, às 18h30. Um deslize do Chao Pak Kei também pode assegurar o título das águias.
João Santos Filipe DesportoKarting | João Afonso foi quinto no Asiático [dropcap style≠’circle’]J[/dropcap]oão Afonso alcançou o quinto lugar no Campeonato Asiático de Karting, na prova realizada ontem no kartódromo de Coloane. Apesar de ter como objectivo chegar ao top três, o karting não permitiu ao piloto macaense ir mais longe. “Antes do Asiático encomendei um carro para este campeonato, mas não chegou a tempo. Por isso tive de utilizar o karting com que corro há dois anos, que está desactualizado face à concorrência. Realmente não houve mesmo ritmo para me chegar mais à frente”, disse João Afonso, piloto ao HM. A próxima ronda do Asiático está agendada para o próximo mês nas Filipinas e o piloto já deverá ter o carro novo. No que diz respeito ao Campeonato da China de Karting, o piloto conseguiu o segundo lugar, na corrida final. Contudo, a prova ficou marcada por um acidente do piloto, na segunda corrida de qualificação. “Na primeira corrida de qualificação fiquei em primeiro. Na segunda tive um acidente, quando estava a passar de sétimo para sexto e tive de recuperar tudo de novo. Ainda consegui chegar ao 11.º lugar”, explicou João Afonso. “Como a qualificação é o somatório das duas mangas, ainda arranquei de terceiro e consegui estar na frente durante 15 voltas. Contudo o segundo classificado ultrapassou-me e eu não consegui voltar a ultrapassá-lo”, contou.
João Santos Filipe DesportoKarting | João Afonso corre a pensar no top três [dropcap style=’circle’] E [/dropcap] ste fim-de-semana inicia-se a versão deste ano do Campeonato Asiático de Karting. O piloto local João Afonso arranca com ambições de conseguir um lugar entre os três primeiros. O Kartódromo de Coloane foi o local escolhido para o arranque do Campeonato Asiático da modalidade e Macau vai estar representado por João Afonso. Durante os três dias da primeira prova no território, o piloto vai ainda participar na corrida do Campeonato da China. “São as primeiras provas em que participo este ano, mas tenho a experiência acumulada dos anos anteriores. A nível físico tive uma preparação bem exigente e sinto-me apto para competir a nível físico e mental. Estou preparado a 100 por cento”, disse João Afonso, ao HM. Em relação aos objectivos para o Asiático, o piloto de Macau quer terminar o campeonato, assim como a prova local, entre os três primeiros. Um objectivo que acredita poder concretizar, se não tiver problemas. “Com a experiência e o meu andamento, tenho como objectivo terminar entre os três primeiros. É um campeonato que conheço muito bem e acredito que é um objectivo realista”, acrescentou. Ao nível do Asiático, João Afonso vai participar na classe F125 SR Open/X30 SR, que tem a corrida principal agendada para as 12h26. Os pilotos terão de cumprir 25 voltas ao circuito. Choi Kin Wa é o outro representante de Macau na prova. Esta é a primeira ronda do Asiático, que nesta edição conta apenas com quatro provas: duas em Macau, uma agora e outra em Dezembro, e outras duas rondas nas Filipinas, em Julho e Novembro. Top 3 na prova chinesa Contudo, a actividade para João Afonso não se fica por aqui, e também no Domingo, o piloto a entra em acção, desta feita às 14h41, com a participação na corrida principal do Campeonato da China. No total, o piloto vai ter de cumprir 15 voltas, na última prova do fim-de-semana. “Também no Campeonato da China espero andar entre os pilotos da frente, porque tenho muita experiência. É um campeonato onde corri muitas vezes, conheço bem os adversários e normalmente fico nos lugares da frente. O objectivo também tem de ser esse”, afirmou. No que diz respeito ao Campeonato da China de Karting, a cidade de Macau também só vai estar representada com dois pilotos. Wong Man Chong, colega de equipa de João Afonso na equipa Team 1 Racing, é o outro piloto a correr com a bandeira da RAEM. Esta prova marca igualmente o regresso à competição de João Afonso, depois de ser ter lesionado no ano passado, também no Kartódromo de Colaone. Na altura, o piloto foi atingido por trás por um karting, partindo uma costela. Contudo, terminou as duas provas em que participou, tendo sido 7.º numa das provas e 11.º na corrida do Asiático, depois de ter arrancado na posição 22 da grelha de partida.
João Santos Filipe DesportoFutebol | Bessa Almeida distinguido pelo consulado [dropcap style≠’circle’]C[/dropcap]onhecido como um apaixonado do futebol local e figura presente nos jogos do território com a sua máquina de fotografar, Bessa Almeida foi distinguido ontem pelo Consulado de Portugal e pela Casa de Portugal, ao receber duas camisolas assinadas pelos representantes das instituições. “Foi uma surpresa, porque me tinham pedido para passar no Consulado para receber uma camisola. Mas depois acabei por receber duas, uma para colocar dentro de moldura que está assinada pelo Cônsul [Vítor Sereno] e pela Dr.ª Amélia António [presidente da Casa de Portugal] e outra para vestir nos estádio”, relatou, ao HM, Bessa Almeida, também responsável pela página Macau Bolinha Bolão. “É normal trocarem-se e darem-se camisolas, mas chamarem-me assim e depois receber uma camisola assinada, deixou-me muito contente. É um presente muito especial até porque estamos no mês de Portugal!”, acrescentou. Depois de ter vivido vários anos em Macau, Bessa Almeida voltou a Portugal, ainda antes da transição, regressando definitivamente ao território em 2012. Desde então, tem sido uma presença constante nos estádios, também com o intuito, confessa, de promover o desporto-rei em Macau. Foi também por esse motivo que já anteriormente tinha recebido uma camisola do Sporting de Macau, assinada pelos responsáveis e jogadores.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Jovem piloto de Macau assina com equipa inglesa Depois de meses de impasse, o jovem piloto de Macau, Leong Hon Chio, mais conhecido no meio por Charles Leong, confirmou que vai participar no renovado Campeonato Asiático de Fórmula 3 na temporada de 2018 [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] piloto de 16 anos conseguiu encontrar as condições necessárias para assinar pela Hitech Dragon GP, o braço asiático da experiente equipa inglesa Hitech GP. Na temporada passada, Leong conquistou o feito de ter vencido, de uma assentada, o Campeonato da China de Fórmula 4 e o Campeonato Asiático de Fórmula Renault 2.0. Para Oliver Oakes, o responsável máximo da Hitech GP, o piloto que deu os primeiros passos no automobilismo no Kartódromo de Coloane é uma forte contratação. “O seu sucesso nos últimos anos provam que ele é um piloto extremamente capaz e nós estamos confiantes que ele vai brilhar durante esta época”, afirma o inglês. Depois de analisar as propostas que tinha de várias equipas, Leong escolheu aquela apresentada pela formação baseada nos arredores do circuito de Silverstone. “Estou bastante entusiasmado por me juntar a uma equipa tão experiente que opera em múltiplos campeonatos. Estou plenamente confiante de que seremos competitivos na F3 Ásia este ano”, assevera o piloto. A Hitech Dragon GP irá inscrever três carros no campeonato certificado pela FIA, sendo que para além de Leong, também o sul-africano Raoul Hyman, um piloto que já conduziu de Fórmula 3 nos circuitos europeus, assinou para guiar um dos monolugares construídos pela Tatuus e igual para todos os concorrentes. O Campeonato Asiático de Fórmula 3 tem início marcado para o fim-de-semana de 13 e 14 de Julho na Malásia e na sua temporada de estreia é composta por cinco eventos, cada um com três corridas, passando pelos circuitos de Sepang, Ningbo e Xangai. Missão GP Ao assinar pela Hitech GP, Leong dá mais um passo rumo ao sonho de correr no Grande Prémio de Macau de Fórmula 3. A equipa britânica está presente no Campeonato da Europa FIA de Fórmula 3 e conta estar entre nós no mês de Novembro para participar na corrida rainha da categoria. Os monolugares do europeu da especialidade são os utilizados na prova do Circuito da Guia, mais potentes e mais rápidos que aqueles que vão dar corpo à competição no continente asiático. O HM sabe que Leong não tem ainda nenhum acordo com a Hitech GP para a prova, mas este assunto deverá ser discutido mais tarde no ano. Desde 2015 que Macau não conta com nenhum representante na prova de Fórmula 3 do Grande Prémio. Caso o jovem piloto do território consiga alinhar na corrida, então estará finalmente habilitado a receber o subsídio para os pilotos de Macau que correm além fronteiras, o que será um apoio vital para que possa continuar a subir degraus na pirâmide do automobilismo mundial.