Sobe para oito o número de mortos em desabamento na China

O balanço de vítimas mortais do desabamento de um hotel na cidade chinesa de Suzhou, leste do país, subiu hoje para oito, continuando desaparecidas ainda nove pessoas, segundo revelaram as autoridades.

O colapso ocorreu às 15:30 de segunda-feira, informou a televisão estatal CCTV. Seis pessoas foram resgatadas com vida dos escombros do Siji Kaiyuan Hotel, mas três estão em estado grave, de acordo com a mesma fonte.

A propriedade foi inaugurada em 2018 e era composta por 54 quartos, além de um salão de banquetes, de acordo com a sua descrição na plataforma de reservas de hotéis e viagens Ctrip. A maioria dentro do hotel na altura do incidente eram hóspedes.

Imagens transmitidas pela CCTV mostram dezenas de membros das equipas de resgate, em uniformes cor de laranja, a escavar os escombros.

O colapso de edifícios é uma ocorrência regular na China. A maioria das investigações revela incumprimento das normas de construção.

13 Jul 2021

Myanmar | Mais de 900 mortos desde golpe de Estado, diz ONG

Pelo menos 902 pessoas perderam a vida em Myanmar (antiga Birmânia) em resultado da repressão exercida pelas forças de segurança após o golpe militar de 01 fevereiro, segundo a Associação para a Assistência aos Presos Políticos (AAPP).

A organização não-governamental (ONG) AAPP avançou hoje com três novas mortes ocorridas nos últimos dias, na sequência de disparos efetuados por soldados ou quando estavam sob detenção das autoridades.

“Este é o número verificado pela AAPP, é muito possível que o número de mortes [reais] seja muito mais elevado”, admitiu em comunicado.

A ONG adiantou que 6.640 pessoas foram detidas desde o golpe de Estado. Destas, mais de 5.200 permanecem detidas, incluindo a líder deposta Aung San Suu Kyi. E mais de 1.960 mandados de captura foram emitidos.

Apesar da violência e assédio por parte das forças de segurança contra movimentos dissidentes contra a junta militar, os protestos continuam por todo o país, e apesar dos confinamentos localizados decretados pelo atual regime para impedir a propagação da covid-19.

A líder da junta militar, o general Min Aung Hlaing, comprometeu-se a 24 de abril a pôr fim à violência contra civis durante um encontro na Indonésia com líderes políticos do Sudeste Asiático, entre outras promessas para resolver a crise política birmanesa desencadeada pela tomada do poder.

Contudo, o líder do golpe militar não cumpriu a sua palavra e dias após a reunião disse que dará prioridade à “manutenção da lei e da ordem”.

Desde essa data e até esta terça-feira, mais de 150 pessoas morreram às mãos das forças de segurança, que dispararam para matar em numerosas ocasiões contra manifestantes pacíficos.

Alguns dos opositores decidiram pegar em armas contra os militares, cansados dos poucos avanços dos protestos pacíficos e os confrontos entre as Forças Armadas e os grupos rebeldes intensificaram-se.

O exército birmanês justificou o golpe com uma alegada fraude eleitoral nas eleições de novembro passado, que o partido liderado por Suu Kyi venceu, tal como em 2015, e que foram consideradas legítimas pelos observadores internacionais.

De acordo com a nova Comissão Eleitoral, nomeada pelos militares após o golpe, quase um terço dos mais de 30 milhões de votos expressos nas eleições são fraudulentos. A comissão exigiu que a Liga Nacional para a Democracia, a formação de Suu Kyi, fosse declarada ilegal e os seus representantes julgados por traição.

13 Jul 2021

Exército chinês diz ter expulsado navio de guerra dos EUA no Mar do Sul da China

O exército da China disse ontem que expulsou um navio de guerra dos Estados Unidos de uma área disputada no Mar do Sul da China, depois de Washington ter alertado que um ataque às Filipinas motivaria uma retaliação.

O Exército de Libertação Popular disse que enviou navios e aviões após o navio Benfold dos EUA entrar em águas reivindicadas por Pequim, em torno das Ilhas Paracel. As forças chinesas “avisaram e expulsaram” o navio de guerra, disseram os militares, em comunicado.

Pequim reivindica quase todo o Mar do Sul da China, apesar dos protestos dos países vizinhos, incluindo as Filipinas, Malásia e Vietname. A China rejeitou a declaração de apoio do governo norte-americano, no domingo, à decisão de um tribunal internacional a favor das Filipinas nas suas disputas territoriais com Pequim.

“Reafirmamos que um ataque armado às forças armadas filipinas, embarcações públicas ou aeronaves no Mar do Sul da China invocaria compromissos de defesa mútua dos EUA”, afirmou o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, em comunicado.

O Artigo IV do Tratado de Defesa Mútua entre os Estados Unidos e as Filipinas obriga os dois países a ajudarem-se mutuamente, em caso de um ataque. As ilhas são “território inerente à China”, apontou o exército chinês, no comunicado difundido ontem, sublinhando que “as ações dos militares dos EUA violaram gravemente a soberania e a segurança da China”.

A Marinha dos EUA, numa declaração do escritório de Relações Públicas da 7ª Frota, rejeitou a declaração chinesa como falsa, mas não deu detalhes de um possível encontro com o exército da China.

O Benfold efetuou a operação “de acordo com o direito internacional e depois continuou a operar normalmente nas águas internacionais”, referiu o comunicado.

A declaração chinesa foi a “mais recente de uma longa série de ações da [República Popular da China] para deturpar as operações marítimas dos EUA legais e afirmar as suas reivindicações marítimas excessivas e ilegítimas”, lê-se no comunicado da Marinha.

No domingo, a administração Biden afirmou o seu apoio à decisão do tribunal de 2016, que rejeitou as reivindicações da China fora das suas águas territoriais reconhecidas internacionalmente.

“Em nenhum lugar, a ordem marítima baseada em regras está mais ameaçada do que no Mar do Sul da China”, disse Blinken. Ele acusou a China de continuar a “coagir e intimidar os Estados costeiros do Sudeste Asiático, ameaçando a liberdade de navegação numa via comercial global crítica”.

A decisão do painel foi uma “farsa política”, disse um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Zhao Lijian. Ele disse que as reivindicações territoriais da China têm “base histórica e jurídica suficiente”. “A China deplora e rejeita firmemente os erros dos Estados Unidos”, apontou.

13 Jul 2021

Um morto e dez desaparecidos em colapso de hotel na China

Um hotel desabou ontem na cidade chinesa de Suzhou, leste do país, deixando pelo menos um morto e 10 desaparecidos, informou a imprensa local. “As operações de socorro continuam e uma investigação está em andamento para determinar as causas da tragédia”, que ocorreu às 15:33 locais, informou a televisão estatal CCTV.

Sete pessoas foram resgatadas com vida dos escombros do Siji Kaiyuan Hotel, mas três estão em estado grave, de acordo com a mesma fonte. A propriedade foi inaugurada em 2018 e era composta por 54 quartos, além de um salão de banquetes, de acordo com a sua descrição na plataforma de reservas de turismo chinês Ctrip.

Imagens transmitidas pela CCTV mostram dezenas de membros das equipas de resgate, em uniformes cor de laranja, a escavar os escombros. O colapso de edifícios é uma ocorrência regular na China. A maioria das investigações revela incumprimento das normas de construção.

13 Jul 2021

Hong Kong | Detidos suspeitos de ligações a grupo acusado de planear ataques terroristas

A polícia de Hong Kong deteve hoje cinco suspeitos de estarem associados às nove pessoas detidas na passada semana acusadas der “fazerem bombas num hotel” e “planearem ataques terroristas em espaços públicos”, segundo as forças de segurança.

Os detidos, quatro homens e uma mulher, ainda não foram formalmente acusados e estão detidos em diferentes esquadras de polícia, avançou o jornal local South China Morning Post (SCMP), que cita fontes policiais. As detenções foram efetuadas pela Divisão de Segurança Nacional.

Na segunda-feira da semana passada, a polícia deteve nove pessoas, incluindo seis estudantes do ensino secundário, que formaram um “grupo organizado” e tinham reservado um quarto de hotel como “laboratório para fazer explosivos”, segundo o superintendente da Divisão de Segurança Nacional, Li Guihua.

Os detidos tinham planeado atacar no início deste mês na cidade e fugir do território depois disso, disse Li. As detenções foram efetuadas ao abrigo da Lei de Segurança Nacional, que prevê penas de prisão perpétua para casos de secessão, subversão, terrorismo ou conluio com forças estrangeiras.

12 Jul 2021

Tailândia | Restrições reforçadas incluindo recolher obrigatório em Banguecoque

A Tailândia vai impor novas restrições face a um pico epidémico sem precedentes desde o aparecimento da covid-19, incluindo um recolher obrigatório noturno em Banguecoque, anunciaram sexta-feira as autoridades.

A partir de segunda-feira, “as deslocações desnecessárias estão proibidas. As pessoas não poderão sair de casa entre as 21:00 e as 04:00, excepto em caso de necessidade”, declarou Apisamai Srirangson, porta-voz adjunto do grupo de trabalho da covid-19.

Estas medidas dizem respeito aos 10 milhões de habitantes da capital tailandesa, mas também aos de nove outras províncias. A Tailândia registou um recorde de 72 mortes e 9.276 casos de infecção nas últimas 24 horas.

“Pedimos desculpa pelas dificuldades enfrentadas pelas pessoas que vivem em áreas com as maiores restrições, mas isso permitirá combater efectivamente a doença. A Tailândia sairá vitoriosa”, acrescentou o porta-voz.

O teletrabalho é encorajado e estão proibidas as concentrações de mais de cinco pessoas. Os transportes públicos não funcionam a partir das 21:00 e os centros comerciais encerram às 20:00.

Devido às restrições impostas pela pandemia do novo coronavírus, a Tailândia registou em 2020 os seus piores resultados económicos desde a crise asiática de 1997.

Abertura em causa

Há vários meses que o número de casos tem vindo a aumentar e o governo tailandês é criticado pela lentidão do seu plano de vacinação, pela fraca capacidade de testagem e pela má gestão da economia.

As novas medidas surgem numa altura em que o país tenta reabrir as suas portas aos viajantes internacionais. O turismo representa quase um quinto da economia do reino e antes do encerramento das fronteiras, em Março de 2020, cerca de 40 milhões de pessoas viajavam para a Tailândia anualmente.

No mês passado, o governo tailandês anunciou a intenção de reabrir o país aos visitantes completamente vacinados em Outubro.

12 Jul 2021

Vendas de automóveis na China sobem 27 por cento

As vendas de automóveis na China aumentaram 27 por cento no primeiro semestre de 2021, face ao homólogo, mas continuam abaixo dos níveis pré-pandemia, e a produção e as vendas caíram em Junho, devido à escassez global de ‘chips’ para processadores.

Segundo a Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis, as vendas de veículos utilitários desportivos, `minivans` e `sedans` no maior mercado automóvel do mundo subiram para 10 milhões de unidades, no período entre Janeiro e Junho.

As vendas totais de veículos, incluindo camiões e autocarros, aumentaram 25,6 por cento, em relação ao ano anterior, para 12,9 milhões de unidades.

Em comparação com os níveis pré-pandemia, referentes a 2019, as vendas de veículos de passageiros caíram 1,4 por cento, no primeiro semestre, segundo a mesma fonte. As vendas totais de veículos caíram 4,4 por cento.

A produção de veículos de passageiros caiu 13,7 por cento, em Junho passado, em relação ao ano anterior, enquanto as vendas caíram 11,1 por cento para 1,6 milhão de unidades. As vendas revelaram uma “queda óbvia depois de Maio”, disse a Associação, em comunicado. “Os veículos de passageiros foram principalmente afectados por um fornecimento insuficiente de ‘chips'”, justificou.

Alta voltagem

A procura por automóveis da China já estava a enfraquecer devido à insegurança dos consumidores sobre a desaceleração do crescimento económico e a guerra comercial com os Estados Unidos, antes de as concessionárias encerrarem, no primeiro trimestre do ano passado, para combater o surto do novo coronavírus.

A actividade económica da China recuperou relativamente cedo, depois de o Partido Comunista ter declarado vitória sobre o vírus, em Março de 2020.

Mas as vendas de veículos caíram 22,4 por cento, no primeiro semestre de 2020, estabelecendo uma base baixa de comparação homóloga. As vendas anuais caíram em 2020 pelo terceiro ano consecutivo.

A queda nas vendas é um golpe para as fabricantes globais, cujo aumento das receitas depende do mercado chinês, face a crescimentos anémicos nos Estados Unidos e na Europa. Fabricantes globais e chinesas estão a gastar milhares de milhões de dólares no desenvolvimento de veículos eléctricos para cumprir as quotas de vendas estipuladas por Pequim.

A procura este ano foi impulsionada pelas vendas de veículos híbridos, embora ainda representem uma fracção do total. As vendas de eléctricos, no primeiro semestre de 2020, aumentaram 200 por cento para 1,2 milhão de unidades, mas a procura também está a cair, de acordo com a Associação. O crescimento das vendas em Junho desacelerou para 140 por cento, fixando-se em 256.000 veículos.

As vendas de automóveis de passageiros por marcas chinesas no primeiro semestre de 2020 aumentaram 46,8 por cento, em relação ao ano anterior, para 4,2 milhões de unidades. A sua participação de mercado aumentou 5,7 por cento, para 42 por cento.

12 Jul 2021

Covid-19 | Estudo chinês apura que anticorpos podem subsistir até 12 meses de infecção

Os anticorpos contra o coronavírus SARS-CoV-2 podem durar até 12 meses, em mais de 70% dos pacientes que superaram a doença, segundo um estudo publicado por pesquisadores chineses.

A pesquisa também conclui que a vacinação pode “restringir efetivamente a propagação” do novo coronavírus, promovendo uma resposta imunológica semelhante à forma como o corpo gera anticorpos contra vírus vivos.

O estudo foi realizado por uma subsidiária da farmacêutica estatal Sinopharm – que produz duas das vacinas aprovadas pelo Governo chinês – e pelo Centro Nacional de Pesquisa para Medicina Translacional da Universidade Jiaotong, em Xangai, a “capital” económica da China.

Cerca de 1.800 amostras de plasma foram colectadas, entre 869 pessoas que superaram a covid-19, em Wuhan, a cidade no centro da China onde o primeiro surto global do coronavírus foi registado, em dezembro de 2019.

Os pesquisadores verificaram a presença e a quantidade nessas amostras de RBDIgG, um tipo de anticorpo que indica a força da imunidade contra o vírus, informou o jornal oficial em língua inglesa China Daily.

De acordo com os resultados, em nove meses os níveis de anticorpos caíram para 64,3%, em relação ao nível atingido após os pacientes contraírem o vírus e, a partir desse período, estabilizaram até ao décimo segundo mês.

A resposta imunológica foi mais forte nos homens do que nas mulheres durante os estágios iniciais da infeção, mas a diferença diminui com o tempo, tornando-se praticamente igual após 12 meses.

Pessoas na faixa etária entre os 18 e 55 anos desenvolveram níveis mais elevados de anticorpos, segundo o estudo.

De acordo com o Grupo Nacional de Biotecnologia da China, a subsidiária da Sinopharm, este estudo é o mais extenso dos que verificaram a continuidade da resposta imunológica em pacientes recuperados.

8 Jul 2021

China confisca 2,2 toneladas de escamas de pangolim na fronteira com o Vietname

As autoridades alfandegárias do sul da China desmantelaram uma organização contrabandista envolvida no tráfico de espécies protegidas e apreenderam 2,2 toneladas de escamas de pangolim, informou hoje a agência noticiosa oficial Xinhua.

Na sequência daquela operação, na Região Autónoma de Guangxi, foram presos dois suspeitos, que teriam aproveitado a localização da região, que faz fronteira com o Vietname, para comprar escamas no país vizinho e contrabandear para a China, informou a Xinhua, acrescentando que o caso ainda está sob investigação.

As autoridades chinesas redobraram os seus esforços, desde o ano passado, para erradicar o comércio e o consumo de animais selvagens, ambos proibidos por Pequim após o novo coronavírus surgir em Wuhan.

Alguns especialistas sugerem que as quintas que criam animais selvagens podem ser a origem do coronavírus.

Peter Daszak, membro da delegação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que investigou a origem da pandemia na China, no início deste ano, declarou em março que a rota mais provável de transmissão do vírus seria a partir de morcegos para algum animal selvagem, criado em cativeiro no sul da China, e finalmente para o ser humano.

No ano passado, a China listou os pangolins entre os animais protegidos de primeira categoria. O pangolim é consumido pelas suas supostas propriedades curativas, destacadas pela medicina tradicional chinesa.

7 Jul 2021

Coreia do Sul regista maior número diário de casos de covid-19 em 2021

A Coreia do Sul registou 1.212 casos em 24 horas, maior número diário deste ano, e as autoridades disseram hoje que vão manter as actuais restrições durante pelo menos mais uma semana.

Do número total de casos nas últimas 24 horas, 44 foram importados e 1.168 foram infeções locais, das quais quase 85% estavam localizadas na região da capital, onde reside mais de metade da população do país, de acordo com dados divulgados pela Agência de Controlo e Prevenção de Doenças da Coreia (KDCA).

O primeiro-ministro sul-coreano, Kim Boo-kyum, disse que as restrições em vigor no país vão continuar na área metropolitana de Seul, onde não são permitidas reuniões de mais de quatro pessoas e a restauração deve fechar às 22:00, pelo menos durante mais uma semana.

O Governo vai considerar a possibilidade de apertar as restrições, caso o nível de infeção persistir ou se agravar durante os próximos dois ou três dias.

A Coreia do Sul, um dos países que melhor geriram a pandemia, com apenas cerca de 150 mil casos e duas mil mortes, tinha planeado flexibilizar as atuais restrições para a região da capital a 01 de julho, mas recuou com o agravamento da situação.

Além de estar concentrado em Seul e arredores, o aumento das infeções parece dever-se a um aumento da circulação da variante Delta mais contagiosa do vírus, que está a afetar principalmente as pessoas entre os 20 e 39 anos, um grupo ainda sem acesso à vacina.

Como muitos outros territórios, a Coreia do Sul enfrenta o problema do fornecimento global de vacinas. Até agora apenas 15,4 milhões de pessoas (30,1% da população) receberam pelo menos uma dose e 5,46 milhões (10,6% da população) as duas necessárias para completar o processo de vacinação contra a covid-19.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 3.987.613 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 184,1 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente feito pela agência France-Presse.

7 Jul 2021

ONU diz que Coreia do Norte corre risco de nova penúria alimentar

A Coreia do Norte corre o risco de enfrentar uma nova penúria alimentar e as dificuldades podem materializar-se já em Agosto, indicou a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).

O regime norte-coreano, sob várias sanções internacionais devido ao programa nuclear, há muito que luta para alimentar a população e sofre regularmente de escassez de alimentos. A pressão sobre a economia norte-coreana foi agravada pelo encerramento das fronteiras ordenado para combater a pandemia da covid-19, mas também devido a uma série de tempestades e inundações ocorridas no ano passado.

No mês passado, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, reconheceu que o país estava a enfrentar uma “situação de tensão alimentar”.

Num relatório de segunda-feira, a FAO estimou que a Coreia do Norte deverá produzir 5,6 milhões de toneladas de cereais este ano, menos 1,1 milhões de toneladas do que seria necessário para alimentar a população.

“As importações comerciais oficialmente planeadas são de 205 mil toneladas”, de acordo com o relatório, o que significa um défice alimentar de cerca de 860 mil toneladas.

“Se este défice não for adequadamente coberto por importações comerciais ou ajuda alimentar, as famílias correm o risco de um período de escassez difícil entre agosto e outubro”, salientou o relatório.

O encerramento das fronteiras com a China levou a uma redução das trocas comerciais com o principal aliado económico e diplomático da Coreia do Norte.

Vários tufões no verão passado causaram inundações que destruíram casas e devastaram produções agrícolas.

A Coreia do Norte sofreu uma grave crise alimentar nos anos 90 que causou centenas de milhares de mortos, na sequência da redução da ajuda de Moscovo após a queda da União Soviética.

7 Jul 2021

Guarda costeira chinesa resgata nove baleias no leste do país

A guarda costeira chinesa resgatou nove baleias que ficaram presas nas águas da costa da província de Zhejiang, leste da China, mas não puderam evitar a morte de outras três, informou hoje a imprensa local.

Equipas de resgate deslocaram-se para uma praia na cidade de Linhai, na manhã de terça-feira, após serem notificadas que 12 baleias encalhadas foram avistadas na área, segundo a agência noticiosa oficial Xinhua.

No entanto, o calor, o peso e a localização complicaram a tarefa de devolvê-las à água, e três dos cetáceos morreram antes da chegada das equipas de resgate.

Segundo a agência, trata-se de 12 baleias com cabeça de melão (Peponocephala electra), uma espécie com cerca de três metros de comprimento e 200 quilos de peso, que costuma habitar oceanos tropicais e subtropicais.

Cerca de 150 pessoas participaram do resgate, durante o qual foram cavados buracos ao redor dos mamíferos marinhos e despejada água sobre os seus corpos para evitar que se afogassem na lama.

As equipas de resgate também usaram toalhas molhadas para manter os animais húmidos e ergueram proteções contra o sol, disse um oficial local à emissora estatal CCTV.

Após quase 10 horas, as equipas conseguiram salvar as nove baleias restantes e transportá-las para um local seguro.

As autoridades enviaram duas das baleias resgatadas para um aquário, outras duas para um parque costeiro e as cinco restantes para uma empresa local de criação de animais marinhos, disse a Xinhua.

7 Jul 2021

Hong Kong | Detidos nove suspeitos por conspiração terrorista

A polícia de Hong Kong informou ontem que deteve nove pessoas suspeitas de envolvimento em actividades terroristas, afirmando que estariam a tentar fabricar explosivos para colocar bombas em toda a cidade. Dos nove detidos, seis são estudantes do ensino secundário, informou a polícia.

Segundo as autoridades, o grupo estava a tentar fabricar o explosivo triperóxido de triacetona (TATP) num laboratório caseiro, num ‘hostel’. A polícia disse que planeavam utilizar o material para bombardear tribunais, túneis, caminhos-de-ferro e fazer explodir caixotes do lixo na rua, “para maximizar os danos causados à sociedade”.

Os nove detidos, cinco homens e quatro mulheres, têm entre 15 e 39 anos de idade, segundo o superintendente sénior Li Kwai-wah, do Departamento de Segurança Nacional da Polícia de Hong Kong, citado pela agência de notícias Associated Press (AP).

As autoridades apreenderam aparelhos e matérias-primas utilizados para fazer o explosivo, além de manuais de instruções e cerca de 80.000 dólares de Hong Kong. A polícia disse que o grupo planeava deixar Hong Kong e sabotar a cidade antes da partida.

Desde 2019, a polícia de Hong Kong prendeu várias pessoas pelo fabrico de bombas, incluindo de TATP. Em Dezembro de 2019, as autoridades desativaram duas bombas numa escola católica local.

7 Jul 2021

Cooperação | Pequim apela a consenso com a Europa

O Presidente chinês, Xi Jinping, pediu uma “expansão do consenso e cooperação” com os países europeus, para “enfrentar desafios globais em conjunto”, noticiou ontem a televisão estatal chinesa. Xi Jinping fez o apelo durante uma videoconferência, realizada na segunda-feira com a chanceler alemã, Angela Merkel, e o Presidente francês, Emmanuel Macron, na qual foram abordadas as relações bilaterais entre a China e a União Europeia (UE).

Citado ontem pela televisão estatal CCTV, o líder chinês apelou ao “respeito mútuo” e “busca por interesses comuns”, e a uma “gestão adequada” das diferenças, visando desenvolver os laços entre a China e a Europa.

“Esperamos que a Europa desempenhe um papel mais activo nos assuntos internacionais, reflectindo verdadeiramente a sua autonomia estratégica”, exortou Xi.

O apelo surge após uma visita do Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, à Europa, que visou formar uma frente comum para desafiar a China em questões económicas e de Direitos Humanos.

A cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) apontou também, pela primeira vez, a China como um adversário.

Xi ressaltou o seu compromisso com um “verdadeiro multilateralismo”, que permita resolver os problemas internacionais “através de consultas”.

Outras matérias

Apesar de a União Europeia reclamar há vários anos reciprocidade no acesso ao mercado, apontando que as suas empresas enfrentam regulamentos discriminatórios no país asiático, Xi pediu aos países europeus que “proporcionem um ambiente de negócios transparente e não discriminatório para as empresas chinesas”.

O Presidente chinês pediu também às nações europeias para apoiarem a celebração dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, em 2022, numa altura em que existe a possibilidade de alguns países boicotarem o evento.

A conferência entre os três líderes, que não foi anunciada antecipadamente, serviu também para abordar o comércio internacional, o combate às mudanças climáticas, a protecção da biodiversidade e a cooperação internacional no contexto da pandemia da covid-19.

Merkel e Macron apoiam investimento

A chanceler alemã, Angela Merkel, e o Presidente francês, Emmanuel Macron, apoiaram a ratificação do acordo para a protecção de investimentos entre a China e a União Europeia, numa videoconferência com o homólogo chinês, Xi Jinping. O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China garantiu que Macron expressou o seu “apoio à conclusão do acordo de investimentos China-UE” e que Merkel mostrou esperança de que “seja aprovado o mais brevemente possível”. “A Alemanha apoia que a cimeira entre a UE e a China seja antecipada e espera que o acordo de investimento seja aprovado o mais brevemente possível”, disse a chanceler alemã, de acordo com a agência noticiosa oficial Xinhua.

7 Jul 2021

China | Sector dos serviços cresce ao menor ritmo em quatro meses

O sector dos serviços na China cresceu, em Junho, ao ritmo mais lento desde Abril de 2020, após ter desacelerado significativamente, em comparação com o mês anterior, segundo o jornal de informação económica Caixin. De acordo com a Caixin, que reúne as estatísticas em colaboração com a consultora britânica IHS Markit, o índice de gestores de compras (PMI) do setor dos serviços fixou-se em 50,3 pontos, em Junho, face aos 55,1 registados em Maio. Neste indicador, uma marca acima dos 50 pontos implica expansão e, abaixo, uma contracção.

O PMI do sector dos serviços elaborado pela Caixin ficou pelo décimo quarto mês consecutivo em território positivo.
Segundo o economista da Caixin, Wang Zhe, a desaceleração foi impulsionada principalmente pelos subíndices que medem a actividade das empresas do sector e pelas novas encomendas, que foram afectados pelos recentes surtos de covid-19 na província de Guangdong, sudeste da China.

“O emprego no sector dos serviços ficou sob pressão. Os surtos, combinados com a fraca oferta e procura, prejudicaram o mercado de trabalho”, explicou Wang sobre o subíndice do trabalho, que entrou na zona de contracção pela primeira vez em quatro meses.

Sentimento positivo

Os preços no sector dos serviços mantiveram-se “estáveis”, em Junho, devido ao abrandamento da pressão inflacionária, embora os custos para as empresas tenham subido, devido ao aumento das matérias-primas e da mão de obra.

“O sentimento do mercado permanece optimista, mas o indicador de expectativas de negócios caiu para o nível mais baixo em nove meses, em Junho. Algumas das empresas pesquisadas ainda estão preocupadas com o estado da pandemia no país e a nível internacional num futuro próximo”, disse Wang.

Muitas das empresas estão também confiantes de que a pandemia será controlada e que as condições de mercado e a procura global vão “renascer” no próximo ano.

A desaceleração do crescimento no sector dos serviços fez com que o PMI composto, que reúne medições com as empresas do sector manufactureiro, caísse de 53,8, em Maio, para 50,6 em Junho.

6 Jul 2021

Várias pessoas resgatadas de avião militar que se despenhou nas Filipinas

Um avião militar com pelo menos 85 pessoas a bordo despenhou-se hoje no sul das Filipinas, anunciou o chefe das Forças Armadas do país.

Até ao momento, 15 pessoas foram resgatadas do aparelho em chamas, um C-130 que se despenhou quando tentava aterrar na ilha de Jolo, na província de Sulu, disse à agência de notícias France-Presse, o general Cirilito Sobejana.

“As equipas de socorro estão no local, rezamos para que seja possível salvar outras vidas”, acrescentou o chefe do Estado-Maior filipino.

De acordo com a agência de notícias Associated Press (AP), que também citou Sobejana, pelo menos 40 pessoas foram já resgatadas do aparelho em chamas.

“O avião falhou a pista e estava a tentar ganhar altura, mas não conseguiu e despenhou-se”, indicou Sobejana.

O C-130 transportava vários militares destacados para uma força operacional conjunta de luta contra o terrorismo na ilha, de maioria muçulmana.

O exército filipino mantém uma forte presença no sul do país, onde atuam os fundamentalistas islâmicos da rede Abu Sayyaf, considerada uma organização terrorista por Manila e Washington.

Vários atentados terroristas e raptos de turistas estrangeiros e missionários cristãos foram atribuídos e reivindicados pelos militantes da Abu Sayyaf.

4 Jul 2021

Global Times: Ocidente não pode impedir a China de se tornar um grande país socialista moderno

Um jornal do Partido Comunista Chinês (PCC) afirmou na sexta-feira que o Ocidente “não pode impedir” a China de atingir o objectivo de se tornar um “grande país socialista moderno”, numa altura de crescentes tensões.

“Os chineses sentem-se agora muito confiantes em (…) construir um grande país socialista moderno”, aponta o Global Times, jornal em língua inglesa do grupo do Diário do Povo, o órgão central do PCC.

O único partido do poder na China celebrou na quinta-feira, 1 de Julho, cem anos desde a sua fundação, com uma cerimónia na Praça Tiananmen, em Pequim, e avisos de que a China não se deixará intimidar.

Quem tentar parar o país vai acabar com a “cabeça partida e o sangue derramado perante a Grande Muralha de ferro constituída por 1,4 mil milhões de chineses”, avisou o Presidente chinês, Xi Jinping.

A data coincide com um período de crescentes tensões com o Ocidente, em torno do comércio, tecnologia, a soberania do Mar do Sul da China ou o estatuto de Taiwan e Hong Kong.

Em editorial, o Global Times escreve que as “conquistas do povo chinês sob a liderança do Partido e a bela visão do desenvolvimento futuro da China estão a aumentar o sentido de crise entre algumas elites ocidentais”.

“Enquanto falam mal da China, eles estão preocupados porque sentem que o desenvolvimento da China continuará a ser imparável”, realça.

Placas e actividades comemorativas vincaram o papel do Partido na ascensão da China, desde a fundação da República Popular, em 1949, até às reformas económicas que permitiram ao país converter-se na segunda maior economia mundial.

As políticas desastrosas que marcaram o maoismo, como o “Grande Salto em Frente”, a campanha de coletivização e industrialização lançada em 1958 que causou milhões de mortos, ou a Revolução Cultural, que mergulhou o país numa década de caos e isolamento, foram omitidas, assim como outros episódios suscetíveis de abalar a legitimidade do PCC.

Até ao centenário da fundação da República Popular, em 1949, o PCC estipulou como meta a ascensão do país a nível militar, tecnológico e na influência na governação das questões internacionais.

Para o Global Times, no entanto, o “sucesso” da governação comunista é um sinal de que a “abordagem ocidental não é universal”.

“Percebemos que podemos estar a criar uma nova forma de civilização. Agora, é o Ocidente que mostra a sua falta de confiança no seu caminho, enquanto a China está gradualmente começar a ganhar vantagem na batalha pela confiança”, sublinha.

O jornal considera que com “muitos factores favoráveis sob o [seu] controlo, a China pode prever o futuro com segurança”. “A China será a vencedora final”, conclui.

4 Jul 2021

Chinesa Didi Global sobe 16% na sua estreia na bolsa dos EUA

A chinesa Didi Global, plataforma de mobilidade concorrente da Uber, subiu quarta-feira 16% na sua estreia na bolsa norte-americana, arrecadando 4,4 mil milhões de dólares na oferta pública inicial (IPO).

Do valor arrecadado, 30% destina-se a desenvolvimento de tecnologia e outros 30% para expandir o negócio fora da China e os restantes 20% em novos produtos. Este é o segundo maior IPO de uma empresa chinesa nos Estados Unidos, depois do grupo Alibaba, que fez a sua estreia em 2014, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.

A entrada da Didi no mercado bolsista norte-americano acontece um dia depois da tecnológica ter anunciado perdas de 5,5 mil milhões de dólares nos últimos três anos, embora tenha sublinhado o seu alcance global e os investimentos no desenvolvimento de veículos eléctricos e autónomos.

A tecnológica chinesa opera em 16 países, embora 90% dos seus 493 milhões de clientes que usaram o seu serviço pelo menos uma vez no ano passado estejam na China.

Fundada em 2012 por Will Wei Cheng, um veterano de gigante de comércio eletrónico Alibaba, a Didi pretende tornar-se a “maior plataforma de transporte do mundo” e operadora de redes de veículos.

“Aspiramos em tornar verdadeiramente numa empresa de tecnologia global”, disse Cheng e a presidente Jean Qing Liu no prospecto. Liu é antiga diretora-geral da Goldman Sachs e filha de Liu Chuanzhi, fundador da fabricante de computadores Lenovo.

A tecnológica Didi comprou a sua rival Kuaidi em 2016 e a operação na China da Uber Technologies no ano sentido, terminando uma batalha em que a empresa norte-americana disse que estava a perder mil milhões de dólares por ano.

1 Jul 2021

100 anos PCC | Xi Jinping diz que povo chinês nunca permitirá opressão ou domínio de forças estrangeiras

O Presidente da China afirmou hoje que “o povo chinês nunca permitirá que qualquer força estrangeira abuse, oprima ou subjugue” o país, que “nunca o fez e nunca o fará”.

“Vamos trabalhar para salvaguardar a paz mundial, contribuir para o desenvolvimento global e preservar a ordem internacional”, declarou Xi Jinping, ao discursar na icónica praça Tiananmen, no centro de Pequim, para comemorar os 100 anos da fundação do Partido Comunista da China (PCC).

O também secretário-geral do partido acrescentou, perante cerca de 70 mil pessoas reunidas em Tiananmen, que “ninguém deve subestimar a determinação, forte vontade e extraordinária capacidade do povo chinês para defender a soberania”.

“Quem tentar, vai esbarrar numa grande parede de aço forjada por mais de 1,4 mil milhões de chineses”, disse Xi, levando a praça a uma ovação.

Num discurso que durou mais de uma hora, precedido por uma salva de cem tiros, Xi referiu-se também a Taiwan, uma ilha que é governada de forma autónoma, mas sobre a qual Pequim reclama soberania: “Resolver a questão de Taiwan e conseguir a reunificação completa da China é uma missão histórica e um compromisso inabalável do PCC”.

“Devemos tomar medidas resolutas para derrotar completamente qualquer tentativa de ‘independência de Taiwan’ e trabalhar em conjunto para criar um futuro brilhante para o rejuvenescimento nacional”, disse o Presidente chinês.

Xi adiantou que “a China vai fornecer às suas forças armadas uma maior capacidade e meios mais fiáveis”.

“Temos de acelerar a modernização da defesa nacional. Um país forte deve ter um exército forte”, disse o também presidente da Comissão Militar Central chinesa, que domina as três forças do regime comunista (Estado, Partido e Exército).

Xi salientou a causa do “rejuvenescimento da China”, com a qual os líderes do país justificam o exercício do poder: “Trata-se de um processo histórico irreversível. O PCC e o povo chinês mostraram ao mundo que a nação chinesa saúda o advento de um grande salto: de pé para uma prosperidade modesta e uma força nascente”.

O PCC festeja o 100.º aniversário da fundação com grandes comemorações e medidas de segurança apertadas, alargadas a todo o país.

A capital foi decorada com grandes instalações florais, bandeiras nacionais em frente às portas das casas e cartazes vermelhos a lembrar o evento. Outras cidades vão assistir a espetáculos de luzes, ao vivo e fogo-de-artifício a marcar o aniversário.

1 Jul 2021

Covid-19 | Ilha tailandesa de Phuket reabre ao turismo

Cerca de 250 turistas devem chegar hoje a Phuket, no sul da Tailândia, para o primeiro dia da reabertura, depois do encerramento das fronteiras em março de 2020. O primeiro avião aterrou pouco depois das 11:00 no aeroporto da ilha turística, proveniente de Abu Dhabi.

Numa tentativa de reavivar uma indústria turística, que representa quase um quinto da economia do reino e a definhar desde março do ano passado, o Governo está a apostar num modelo que permite aos viajantes totalmente vacinados permanecer no local, sem passar por uma quarentena.

Devido às restrições impostas pela pandemia da covid-19, a Tailândia registou o pior desempenho económico em 2020 desde a crise asiática de 1997. O país recebia cerca de 40 milhões de viajantes todos os anos.

Este plano arrancou quando o país está a tentar conter uma terceira vaga da covid-19, com restrições na e à volta da capital, Banguecoque, que viu as variantes Alfa e Delta do novo coronavírus espalharem-se.

A situação em Phuket tem permanecido relativamente calma, uma vez que as autoridades tailandesas lançaram uma campanha de vacinação em massa e 70% dos residentes receberam pelo menos uma dose.

Um centro de comando que acompanha os movimentos dos visitantes estrangeiros através de uma aplicação móvel que os turistas devem instalar à chegada tem a tarefa de prevenir qualquer risco de agrupamento.

Há requisitos rigorosos para quem escolhe Phuket para férias. Além de serem vacinados, só são elegíveis os viajantes de 66 países, considerados de baixo ou médio risco.

Terão de passar 14 dias na ilha antes de poderem viajar para outro lugar na Tailândia e terão de se submeter a três testes PCR durante esse tempo, uma despesa de várias centenas de dólares para uma família.

“É demasiado pesado”, disse o presidente da secção sul da Associação de Hotéis da Tailândia, Kongsak Khoopongsakorn.

O responsável afirmou esperar que algumas das restrições sejam levantadas até 01 de outubro, início da época turística na Tailândia. Caso contrário, o risco é “perder outra época”, o que “pode ser desastroso e condenar muitos estabelecimentos a nunca reabrirem”, avisou.

Kongsak acrescentou que as autoridades tinham reduzido a previsão inicial de 129 mil visitantes para Phuket no terceiro trimestre para cem mil.

Depois de Phuket, onde quase 90% dos hotéis tiveram de fechar, Koh Samui deverá reabrir ainda este mês e o resto do país em outubro.

Na Indonésia, Bali também tinha considerado a reabertura neste mês, mas as autoridades indonésias parecem ter recuado à medida que os casos da covid-19 atingem níveis recorde no país do Sudeste asiático.

Embora Jacarta não tenha anunciado um cancelamento oficial, as autoridades apontaram que o regresso dos turistas será adiado até a uma diminuição das infeções.

1 Jul 2021

Myanmar | Junta anuncia libertação de mais de 700 detidos, incluindo presos políticos

Mais de 700 detidos em Myanmar (antiga Birmânia) vão ser hoje libertados, incluindo vários presos políticos, disse um dos responsáveis da prisão Insein em Rangum, citado pela BBC.

De acordo com a página na rede social Facebook da representação local da cadeia de televisão britânica BBC, alguns dos detidos tinham sido acusados de “incitar à desordem pública”.

O canal de televisão, Myawaddy, detido pelo exército, noticiou que as autoridades também retiraram na terça-feira as acusações contra 24 celebridades e atletas que tinham rejeitado a junta militar no poder, desde o golpe de 01 de fevereiro.

Dados da Associação de Assistência aos Presos Políticos (AAPP) indicaram que, desde o golpe de fevereiro, as forças de segurança colocaram sob custódia 6.421 pessoas, das quais 5.554 ainda estão detidas, e emitiram mandados de captura para 1.988.

Pelo menos 883 pessoas morreram na repressão do movimento de oposição pelas forças de segurança birmanesas, indicou a AAPP.

Cinco meses depois de o golpe militar que pôs fim à jovem democracia em Myanmar, o exército ainda não controla totalmente o país, com protestos em várias regiões.

Alguns dos manifestantes, cansados dos poucos avanços obtidos com protestos pacíficos, pegaram em armas contra os militares, ao mesmo tempo que confrontos entre as Forças Armadas e os grupos rebeldes eclodiram ou intensificaram-se em todo o país.

O exército birmanês justificou o golpe com uma alegada fraude eleitoral nas eleições de novembro, em que o partido liderado pela Prémio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi obteve uma vitória esmagadora, tal como em 2015, e que foram consideradas legítimas pelos observadores internacionais.

Suu Kyi e outros líderes do Governo deposto continuam detidos e acusados de vários crimes.

30 Jun 2021

OMS diz que China conseguiu erradicar malária 70 anos depois

A China conseguiu erradicar a malária, depois de 70 anos a tentar suprimir a doença, transmitida por mosquitos e que mata centenas de milhares de pessoas todos os anos, anunciou hoje a Organização Mundial da Saúde (OMS). O país, que tinha 30 milhões de casos anuais na década de 40 do século passado, não registou um único caso local, nos últimos quatro anos.

Esta doença, transmitida pelo mosquito Anopheles, matou mais de 400 mil pessoas, em 2019, sobretudo em África. “Felicitamos o povo chinês por ter livrado o país da malária”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

“A China junta-se ao número crescente de países que mostram que um futuro sem malária é possível”, apontou o responsável, que atribuiu o êxito chinês a “décadas de ação focada e sustentada”.

Os países que registaram três anos consecutivos sem transmissão local podem inscrever-se para obter a certificação da OMS que valida o seu estatuto de nação livre da malária.

O pedido de certificação deve ser acompanhado com provas dos resultados, e demonstrar a capacidade de prevenir qualquer transmissão posterior.

A China é o 40.º território a obter esta validação da agência da ONU.

Os últimos foram El Salvador (2021), Argélia e Argentina (2019) e Paraguai e Uzbequistão (2018).

A China é o primeiro país da região do Pacífico Ocidental, na nomenclatura da OMS, a receber esta certificação em mais de 30 anos.

Apenas três países daquela região receberam a certificação até agora: Austrália (1981), Singapura (1982) e Brunei (1987).

No relatório de 2020 sobre a malária, a OMS constatou que os avanços na luta contra a doença estagnaram, sobretudo nos países africanos, que apresentam as maiores taxas de contaminação e morte.

Após um declínio constante, desde 2000, quando a doença causou 736 mil mortes, o número de mortos subiu a 411 mil em 2018, e 409 mil em 2019.

Mais de 90% das mortes ocorreram em África e foram sobretudo crianças (265 mil).

Em 2019, houve 229 milhões de casos de malária, patamar que se mantém há quatro anos.

Pequim começou na década de 1950 a identificar os locais onde havia casos de malária e a combatê-la com tratamentos antimaláricos preventivos, observou a OMS.

O país também eliminou áreas favoráveis à criação de mosquitos e aumentou o uso de inseticidas nas residências.

Em 1967, a China lançou um programa científico para encontrar novos tratamentos e que levou à descoberta, na década de 1970, da artemisinina, o principal medicamento contra a doença, extraído de uma planta.

O número de casos caiu para 117 mil, no final de 1990, e as mortes foram reduzidas em 95%. Esforços adicionais, realizados em 2003, permitiram reduzir para cerca de 5.000 contaminações por ano, em dez anos.

“A capacidade da China de se aventurar fora do caminho tradicional foi bem-sucedida na sua luta contra a malária e também teve um importante efeito dominó a nível global”, disse o diretor do programa global de malária da OMS, Pedro Alonso.

Depois de quatro anos sem contaminação local, Pequim candidatou-se à certificação, em 2020.

O risco de casos importados, especialmente dos vizinhos Laos, Myanmar (antiga Birmânia) e Vietname, continua a ser uma fonte de preocupação.

Uma vacina, anunciada no final de abril pela Universidade de Oxford, demonstrou uma eficácia de 77% em testes em África. Esta inoculação poderá ser aprovada nos próximos dois anos.

30 Jun 2021

China pede aos membros do G20 para não restringirem vacinas

O ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, pediu ontem aos produtores de vacinas contra a covid-19 que evitem “restrições à exportação” ou que as monopolizem “excessivamente”, para eliminar diferenças entre países ricos e pobres.

“Os membros do G20 devem perseverar na cooperação e liderar a luta global contra a pandemia. A China apela aos países capazes de fornecer vacinas para evitar restrições à sua exportação ou acumulação excessiva”, disse Wang, durante a sua intervenção por vídeo na reunião de ministros de Negócios Estrangeiros do G20, que se realiza presencialmente em Matera (Itália). “Até agora, a China forneceu mais de 450 milhões de doses de vacinas para quase 100 países”, enfatizou Wang, acrescentando que “todas as partes devem responder à pandemia e fornecer mais apoio aos países em desenvolvimento”.

Wang Yi defendeu o multilateralismo – tema ao qual o fórum é dedicado – como um “elemento estabilizador” da ordem internacional, mas destacou que “o G20 deve dar o exemplo e realmente colocá-lo em prática”.

“O multilateralismo não é um ‘slogan’ bombástico ou uma embalagem para o unilateralismo. Consiste em proteger o sistema internacional, com as Nações Unidas no centro, ou em aderir à abertura e tolerância perante políticas exclusivas”, disse o chefe da diplomacia chinesa. Da mesma forma, Wang defendeu “a construção de uma economia mundial aberta” na qual “a estabilidade das cadeias globais de abastecimento” seja mantida e “evitada a fragmentação do mercado internacional ou a politização dos mecanismos de cooperação”.

Todos juntos

A Itália, que detém a presidência rotativa do G20, dedicou este fórum às questões do multilateralismo e, pela primeira vez, organizou um encontro conjunto entre os ministros dos Negócios Estrangeiros e os do Desenvolvimento.

O ministro dos Negócios Estrangeiros anfitrião, Luigi Di Maio, abriu a sessão de hoje afirmando que “a Itália apoia o multilateralismo efectivo”, enquanto o seu homólogo norte-americano, Antony Blinken, também defendeu o multilateralismo como “a melhor ferramenta para enfrentar os desafios” que o mundo enfrenta, desde a pandemia de covid-19 até à crise climática e à recuperação económica.

30 Jun 2021

PCC 100 anos | Xi Jinping apela à adesão ao marxismo

O Presidente chinês, Xi Jinping, distribuiu ontem medalhas pelos membros leais do Partido Comunista (PCC), que celebra o centésimo aniversário, e apelou à adesão ao marxismo e ao movimento pelo “rejuvenescimento da nação chinesa”. Xi, que na segunda-feira presidiu a uma celebração no Estádio Olímpico de Pequim, enfatizou a ascensão da China à segunda maior economia do mundo, após as reformas promulgadas há mais de 40 anos.

“Todos os camaradas do Partido devem ter fé no marxismo e no socialismo com características chinesas”, afirmou Xi, no seu discurso. O líder chinês disse que os membros do Partido devem liderar o movimento pelo “grande rejuvenescimento” da China, uma referência à sua agenda que visa retomar o papel secular da China como potência regional e internacional a nível cultural, económico e militar. “Na nova marcha para uma nação socialista moderna, totalmente estabelecida, continuaremos a avançar em direção às metas do segundo século”, disse Xi.

As celebrações terminam com uma comemoração, na quinta-feira, na Praça Tiananmen, em Pequim. O Partido Comunista da China possui quase 92 milhões de membros, pouco mais de 6% da população chinesa, de 1,4 mil milhões de pessoas.

A grande maioria dos funcionários do Governo e líderes da indústria estatal são membros do partido, fornecendo o que a liderança considera uma fonte de coesão social, em contraste com as divisões partidárias nos EUA e em outros países.

O desenvolvimento económico ou o sucesso na luta contra a pandemia de covid-19 aumentaram a confiança dos líderes e funcionários chineses, que passaram a promover abertamente o seu modelo de governação como alternativa viável à democracia ao estilo ocidental.

Crescer, crescer, crescer sempre

Entretanto, o Banco Mundial elevou ontem a previsão de crescimento da economia chinesa este ano, de 8,1% para 8,5% e disse que uma recuperação total requer progresso na vacinação contra o novo coronavírus.

O relatório constitui outro sinal positivo para a segunda maior economia do mundo e a primeira grande economia a recuperar da pandemia da covid-19.

A actividade nas fábricas e o consumo interno voltaram a fixar-se acima dos níveis anteriores à pandemia da covid-19, embora as autoridades chinesas tenham voltado a restringir viagens em algumas áreas, para conter pequenos surtos de novas variantes do vírus.

O crescimento económico deve cair para 5,4%, no próximo ano, à medida que a recuperação da histórica recessão global do ano passado abranda e a atividade económica regressa ao normal, disse o Banco Mundial.

Em Abril, o Banco Mundial referiu que a China e o Vietname foram as únicas economias do Leste Asiático a alcançar uma recuperação “em forma de V”, em 2020, com resultados acima dos níveis pré-pandemia.

A China está a caminho de vacinar 40% da população, até ao início do verão, mas “uma recuperação completa também exigirá progresso contínuo para alcançar uma imunização generalizada”, disse o Banco Mundial.

O doce cheiro do sucesso

A New China Research (NCR), think tank da Agência de Notícias Xinhua, divulgou nesta segunda-feira um relatório de pesquisa sobre o compromisso político do Partido Comunista da China (PCC) antes do centenário do Partido. Intitulado “Povo em Primeiro Lugar: Compromisso Político do Centenário Partido Comunista da China”, o relatório examina o desenvolvimento do PCC de um partido de mais de 50 membros para o maior partido político do mundo, com mais de 91 milhões de membros.

Segundo o NCR, “quando as teorias académicas ocidentais não podem explicar o sucesso do PCC, novos paradigmas de pesquisa devem ser estabelecidos para procurar respostas das próprias teorias e práticas do Partido”.

Assim, ao longo de três capítulos, o relatório explica que “o PCC desfruta do apoio sincero da maioria mais ampla possível do povo, o que não mudou com o passar do tempo”, “deixou claro o seu compromisso com a sua missão fundadora”, “construiu uma relação de confiança entre o Partido e o povo” e “formou um sistema de supervisão eficaz”.

O relatório afirma que o segredo para o sucesso do PCC em tornar a China cada vez mais próspera e forte “pode fornecer a outros países uma referência útil para a construção partidária e a governação do Estado”, isto apesar de salientar que o PCC não procura exportar o modelo da China nem pede a outros países que sigam os seus passos”.

30 Jun 2021