Hoje Macau China / ÁsiaNaufrágio | Tripulação de 39 pescadores desaparecida Um barco de pesca chinês a operar no Oceano Índico afundou e todos os 39 tripulantes a bordo estão desaparecidos, avançou ontem a imprensa estatal. A cadeia televisiva CCTV noticiou que o naufrágio aconteceu por volta das 03:00 de terça-feira. A tripulação era constituída por chineses, indonésios e filipinos, segundo a mesma fonte. O Presidente chinês, Xi Jinping, e o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, ordenaram que os diplomatas chineses no exterior, assim como os ministérios da Agricultura e dos Transporte, apoiem os trabalhos de busca e resgate. A CCTV não identificou o local exacto do naufrágio, mas apenas que ocorreu no centro do vasto Oceano Índico, que se estende do sul da Ásia e da Península Arábica até ao leste da África e ao oeste da Austrália. O Centro de Comando da Guarda Costeira das Filipinas disse ontem que está a monitorar a situação e a coordenar com a embaixada da China em Manila e as equipas de busca e resgate que estão a operar perto do último local conhecido da embarcação. O barco Lupenglaiyuanyu Número 8 estava baseado na província costeira oriental de Shandong e era operado pela empresa Penglaiyingyu, de acordo com a imprensa chinesa. Também foi identificado pelos números de casco 18 e 028. Acredita-se que a China opere a maior frota pesqueira do mundo. Muitas embarcações permanecem no mar durante meses ou mesmo anos seguidos, apoiados por agências estatais de segurança marítima chinesas e uma extensa rede de embarcações de apoio. Não há informações sobre a causa do naufrágio.
Hoje Macau China / ÁsiaApple | Ex-funcionário chinês acusado de roubar tecnologia A justiça dos Estados Unidos acusou ontem um antigo funcionário da Apple de roubar tecnologia para veículos autónomos desenvolvida pelo grupo tecnológico, para vender a uma empresa chinesa. O Departamento de Justiça anunciou o indiciamento de Wang Weibao, de 35 anos, por roubo e tentativa de roubo de segredos comerciais, parte de um esquema para aceder e usurpar tecnologia da Apple utilizada em sistemas de veículos autónomos. De acordo com o documento judicial, Wang trabalhou como engenheiro informático na empresa, que tem sede na Califórnia, entre 2016 e 2018. Durante esse período, teve acesso a bancos de dados acessíveis apenas a 2.700 funcionários em toda a empresa, que tem mais de 130.000 trabalhadores. Os investigadores reviram o histórico de acessos de Wang nos arquivos da Apple um dia depois de ter deixado a empresa e descobriram que ele acedeu a “grande quantidade” de informação confidencial nos “dias anteriores à sua saída”. “Infelizmente, vai sempre haver quem engana o sistema, roubando e lucrando com o fruto do trabalho dos outros. A acusação de Wang é apenas um exemplo”, disse o procurador Ismail Ramsey, num comunicado emitido pelo Departamento de Justiça. Se for considerado culpado, Wang pode ser punido com pena máxima de 10 anos de prisão e uma multa de até 250.000 dólares, por cada acusação de roubo ou tentativa de roubo, lê-se na mesma nota.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Treinador e 11 futebolistas detidos por corrupção O treinador e 11 futebolistas de uma equipa da primeira divisão de futebol de Hong Kong estão entre os 23 detidos num caso de corrupção por manipulação de resultados, disse na terça-feira o órgão anticorrupção do território. “Esta operação é a mais importante realizada nos últimos anos pela Comissão Independente Contra a Corrupção (ICAC) no combate à manipulação de resultados. É também a que resultou no maior número de detenções”, especificou a chefe de investigação do ICAC, Kate Cheuk. Cerca de 100 agentes da polícia estiveram implicados na operação em que os suspeitos são acusados de corrupção, manipulação de resultados e de participar também em apostas ilegais. O nome do clube em causa não foi divulgado, contudo a imprensa local sugere que o visado seja o histórico Happy Valley, com vários títulos de campeão em mais de 70 anos de existência. Os corruptores pagariam a cada atleta cerca de 1.200 euros por jogo. “A questão não era se eles jogavam bem, mas se eram bons a fingir [o seu desempenho] ou se podiam ajudar a manipular os resultados”, disse Cheuk. A responsável recordou que os resultados improváveis são mais bem recompensados nas apostas, que alguns visados também faziam, através de testas-de-ferro. Os valores envolvidos na manipulação não foram revelados, até porque a investigação continua em curso.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Enviado mostra esforços da China para tornar-se potência internacional, dizem analistas O diplomata chinês Li Hui continua no seu périplo europeu, que inclui visitas a Kiev e Moscovo, além de Berlim e Paris, com vista a alcançar uma rota para a paz A chegada de um enviado chinês a Kiev esta semana sintetiza os esforços de Pequim para afirmar a sua liderança nos assuntos internacionais, visando contrariar a ordem estabelecida por Washington, que considera hostil aos seus interesses, apontam analistas. O enviado chinês Li Hui está em Kiev desde terça-feira e deverá também visitar a França, a Alemanha e a Rússia, com vista a “uma resolução política da crise ucraniana”, segundo Pequim. Li, o representante especial para os assuntos euro-asiáticos encarregado de discutir a resolução da guerra russa contra a Ucrânia, deverá ainda visitar Varsóvia na sexta-feira para discutir a situação na Ucrânia, segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros polaco. Desde Março passado, o Presidente chinês, Xi Jinping, recebeu em Pequim os líderes do Brasil, Espanha, Singapura, Malásia, França e União Europeia, enquanto altos funcionários chineses viajaram para a Europa, Ásia Central ou sudeste asiático. Durante o mesmo período, Irão e a Arábia Saudita anunciaram, em Pequim, um acordo para restabelecerem as relações diplomáticas. A China expressou ainda a disponibilidade para mediar as negociações para um acordo de paz entre Israel e Palestina. Na Ucrânia, Pequim diz querer negociar um acordo político que ponha fim à guerra, que dura há 15 meses. “A China está a entrar no oceano”, disse metaforicamente o coronel reformado chinês Zhou Bo, numa entrevista à revista Time. “Não há como voltar atrás”, apontou. Este esforço surge numa altura em que o país está a emergir de três anos de isolamento, imposto pela estratégia ‘zero covid’, para um ambiente externo mais hostil, à medida que os Estados Unidos solidificaram as suas alianças de segurança na região da Ásia Pacífico e Europa. “É óbvio: A China quer contrariar a pressão de Washington para isolar o país”, escreveu Tianyi Wu, especialista da Universidade de Oxford nas relações entre China e Estados Unidos. Em causa, estão também considerações económicas, à medida que fricções geopolíticas motivaram os principais parceiros comerciais da China a procurar alternativas para reduzir as vulnerabilidades nas cadeias de fornecimento. Wu frisou, no entanto, uma visão mais ampla por detrás dos esforços da diplomacia chinesa: promover uma ordem mundial multipolar, que afrouxe o domínio norte-americano estabelecido após a II Guerra Mundial. Caminho seguro Nos últimos anos, Pequim avançou com fóruns e organizações multilaterais próprias, incluindo a Iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”, o Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas ou a Iniciativa de Segurança Global, que visa construir uma “arquitectura global e regional de segurança equilibrada, eficaz e sustentável”, ao “abandonar as teorias de segurança geopolíticas ocidentais”. A China vai “promover uma nova forma de relações internacionais”, proclamou Xi Jinping. “Ao avançar no seu processo de modernização, a China não vai trilhar o caminho antigo da colonização e pilhagem, nem o caminho sinuoso escolhido por alguns países para alcançar a hegemonia”, assegurou o líder chinês, no mês passado, na apresentação de mais uma iniciativa, designada Civilização Global. O líder chinês advertiu ainda outros países para se “absterem de impor os seus próprios valores ou modelos aos outros”, numa referência à ordem democrática liberal liderada por Washington.
Hoje Macau China / ÁsiaPCP | Paulo Raimundo de visita à China a convite do PCC Uma delegação do PCP dirigida pelo secretário-geral Paulo Raimundo iniciou segunda-feira uma visita à China a convite do Partido Comunista Chinês no âmbito “das relações de amizade” entre os dois partidos. Em nota enviada às redações, os comunistas informam que a delegação deslocar-se-á até às cidades chinesas de Xangai, Hefei e Pequim. Questionado pela Agência Lusa sobre a duração e o propósito da visita, o partido informou apenas que a mesma decorrerá durante esta semana, não adiantando uma data de regresso e acrescentou que ocorre no “quadro de intercâmbio de informação recíproca e melhor conhecimento da realidade da República Popular da China”. Os comunistas comunicaram também que, durante esta ida, “decorrerão conversações a diverso nível com dirigentes” do Partido Comunista da China e que darão informações adicionais sobre a viagem no final da visita.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan aprova adopção de crianças por casais do mesmo sexo O parlamento de Taiwan aprovou ontem uma emenda legislativa que permite aos casais do mesmo sexo adoptarem conjuntamente crianças, uma decisão saudada como “mais um grande passo em frente” para a comunidade LGBTQ+. Taiwan está na vanguarda dos direitos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgénero) na Ásia com a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo em 2019, uma novidade nesta parte do mundo, segundo a agência francesa AFP. Mas os casais do mesmo sexo ainda enfrentavam restrições, incluindo a incapacidade de adoptar crianças não biológicas ou de um cônjuge ser o pai legal da criança adotada pelo parceiro. A alteração foi aprovada na véspera do quarto aniversário da lei sobre o casamento para todos. A emenda legislativa “não só garante a protecção dos direitos das crianças, como também vai ao encontro dos seus melhores interesses”, afirmou a deputada Fan Yun, uma das proponentes da alteração, envolta numa bandeira arco-íris. “No futuro, os cônjuges e os pais, independentemente do seu género e orientação sexual, poderão usufruir de uma protecção jurídica total”, acrescentou. Outras conquistas A alteração surge depois de, no ano passado, um tribunal de família da cidade de Kaohsiung, no sul da ilha, ter decidido a favor da adopção de um filho não biológico do marido por um homossexual casado, a primeira decisão deste tipo. “Após quatro anos de trabalho árduo, o parlamento aprovou finalmente o projecto de lei sobre a adopção por casais do mesmo sexo sem laços de sangue”, afirmou a Aliança de Taiwan para a Promoção dos Direitos da União Civil. A Aliança também se congratulou com o recente reconhecimento de Taiwan, em Janeiro, do casamento transnacional entre pessoas do mesmo sexo. Anteriormente, os estrangeiros não estavam autorizados a casar com os parceiros taiwaneses oriundos de territórios que proíbem o casamento entre pessoas do mesmo sexo, que é o que acontece na maior parte da Ásia. Desde que o casamento entre pessoas do mesmo sexo foi legalizado em 2019, pelo menos sete mil casais do mesmo sexo casaram-se em Taiwan, de acordo com dados do Ministério do Interior actualizados pela última vez em 2021. A Aliança disse ontem que continuará a pressionar por direitos mais abrangentes para casais do mesmo sexo. Na sequência da aprovação da emenda da lei, o Ministério da Saúde afirmou ontem que vai começar a permitir a adopção por casais do mesmo sexo “com base nos procedimentos normais actuais”, segundo a agência de notícias de Taiwan CNA.
Hoje Macau China / ÁsiaGNE | Produção industrial cresceu 5,6 por cento em Abril A produção industrial da China subiu 5,6 por cento em Abril, em termos homólogos, segundo dados oficiais ontem divulgados, sinalizando o acelerar do ritmo de crescimento deste indicador, após ter aumentado 3,9 por cento em Março. O aumento em Abril ficou, porém, abaixo da previsão dos analistas, que esperavam um avanço de cerca de 10 por cento, em relação ao mesmo período de 2022. As fortes taxas de crescimento devem-se ao efeito base de comparação, já que, no ano passado, a China impôs rigorosos bloqueios em várias cidades, no âmbito da política de ‘zero casos’ de covid-19, que paralisou a actividade económica. Entre os três grandes sectores em que o Gabinete Nacional de Estatísticas da China (GNE) divide a produção industrial, a mineração manteve-se estável, a indústria transformadora avançou 6,5 por cento e a produção e fornecimento de electricidade, aquecimento, gás e água subiu 4,8 por cento. A instituição divulgou também ontem outros dados estatísticos, como as vendas a retalho, um indicador fundamental para medir o estado do consumo. As vendas aumentaram 18,4 por cento, em termos homólogos, um valor superior aos 10,6 por cento alcançados em Março, mas que se mantém ligeiramente abaixo do esperado pelos analistas, que esperavam um crescimento na casa dos 20 por cento. A taxa oficial de desemprego nas zonas urbanas situou-se em 5,2 por cento no final de abril, 0,1 por cento abaixo do registado no mês anterior e dentro do limite máximo que as autoridades impuseram para este ano, de 5,5 por cento. O investimento em activos fixos aumentou 4,7 por cento, nos primeiros quatro meses do ano, depois de ter registado um aumento de 5,1 por cento entre Janeiro e Março. Neste indicador, o aumento dos gastos com infraestruturas (+8,5 por cento) e na indústria transformadora (+8,3 por cento) contrastou com a queda do investimento em sectores como a mineração (-2,2 por cento).
Hoje Macau China / ÁsiaLGBT | Centro em Pequim encerrado por motivos de “força maior” A organização Centro LGBT de Pequim anunciou ontem que vai encerrar as suas operações por motivos de “força maior”, sem avançar mais detalhes. O grupo, que se define como uma “organização pública de assistência social” que “presta serviços comunitários, apoio psicológico e educação em diversidade do género”, deu conta do encerramento numa nota publicada na sua conta oficial na rede social Wechat. O Centro LGBT de Pequim desenvolveu ainda pesquisas e estudos sobre a comunidade LGBT chinesa, em colaboração com académicos. Utilizadores da rede social Weibo, semelhante ao Twitter, que está bloqueado no país asiático, agradeceram o trabalho da organização e lamentaram a paralisação das suas operações: “Não vejo futuro”, reagiu um internauta. Nos últimos anos, a China, que legalizou a homossexualidade em 1997, aumentou a pressão sobre os grupos LGBT. Em 2020, a entidade que organizava a Marcha do Orgulho LGBT em Xangai anunciou o seu encerramento, após 11 anos de existência. Em 2021, a rede social Wechat removeu contas de estudantes chineses que defendiam os direitos da comunidade LGBT, sem dar explicações. No mesmo ano, a Administração Nacional de Rádio e Televisão da China (NRTA) promulgou uma série de directrizes destinadas a banir actores e convidados com “estética efeminada”.
Hoje Macau China / ÁsiaAngola | China mantém financiamento e trocas comerciais aumentam O embaixador chinês em Angola disse segunda-feira que a China está disponível para continuar a financiar infraestruturas e a investir no país africano, destacando igualmente o aumento homólogo de 25 por cento nas trocas comerciais entre os dois países. Gong Tao que foi recebido em audiência pelo Presidente angolano, João Lourenço, abordou com o chefe de Estado as relações bilaterais entre os dois países, sublinhando que estão “num bom período do seu desenvolvimento”, no ano em que se comemora o 40.º aniversário das relações China-Angola. O diplomata falou também sobre as infraestruturas com investimento chinês actualmente em curso em Angola, como o novo aeroporto internacional de Luanda, o aproveitamento hidroeléctrico de Caculo-Cabaça e o novo porto de Caio, em Cabinda, que “estão em boa execução”, garantindo a vontade da parte chinesa em assegurar financiamento e que as obras se realizam no prazo previsto. “São infraestruturas estratégicas para Angola e a China tem todo o apoio a dar à parte angolana, sabemos a importância destes projectos, vamos continuar com o financiamento destas obras”, declarou. Gong Tao salientou também a importância da diversificação económica a que o Governo angolano quer dar prioridade e adiantou que a China vai analisar e estudar o plano nacional de desenvolvimento do próximo quinquénio, que deverá ser apresentado em breve. O embaixador chinês afirmou que as duas partes deverão avaliar novas possibilidades de cooperação na área de financiamento, investimento e formação de quadros na segunda edição da comissão orientadora da cooperação China-Angola. “As nossas relações já deram frutos no passado e assim vai continuar a ser”, frisou. Bons parceiros Gong Tao notou igualmente que o crescimento das trocas comerciais atingiu no ano passado 27 mil milhões de dólares, um aumento homólogo de 25 por cento. Angola é o segundo maior parceiro comercial da China em toda a África, logo depois da África do Sul e a China continua a ser o maior parceiro de Angola desde a última década, continuou o embaixador, acrescentando que há interesse em diversificar os produtos comercializados. “Queremos potencializar a capacidade angolana de fazer mais exportações para a China, que tem um grande mercado e há cada vez um número maior de chineses da classe média que oferece grandes potencialidades para todos no mundo”, destacou. Por isso, está a ser negociado um novo acordo aduaneiro em que a China vai oferece tarifa zero a 98 por cento dos bens angolanos exportados para o país asiático, estando também a ser negociados acordos na área das pescas e da agricultura, sector em que “Angola tem um grande futuro”, segundo Gong Tao. Gong Tao sublinhou ainda que os dois países vão continuar a manter contactos de alto nível para consolidar ainda mais as relações políticas e impulsionar a cooperação de comércio e investimento, bem como ajudar a promover paz e estabilidade nos assuntos internacionais e regionais. “China e Angola têm objectivos comuns e sempre fizeram esforços para ajudar os parceiros internacionais a uma resolução pacífica dos conflitos”, completou.
Hoje Macau China / ÁsiaTurquia | Presidenciais a caminho da segunda volta O presidente da Comissão Eleitoral da Turquia, Ahmet Yener, disse ontem em Ancara que já foram contados 99,4 por cento dos votos nacionais e 84 por cento dos votos no estrangeiro, sendo que Erdogan tinha 49,4 por cento dos votos, e Kemal Kilicdaroglu, 45 por cento dos votos. Ainda não se trata da divulgação do número definitivo, mas as eleições presidenciais turcas encaminham-se para uma segunda volta, com o Presidente Recep Tayyip Erdogan, que governa o país há 20 anos, a liderar sobre o principal adversário, mas a ficar aquém dos votos necessários para uma vitória absoluta. O terceiro candidato, o nacionalista Sinan Ogan, obteve 5,2 por cento dos votos, até ontem. Erdogan, 69 anos, disse aos apoiantes durante a madrugada que ainda podia ganhar, mas que respeitaria a decisão caso venha a realizar-se uma segunda volta no próximo dia 28 de Maio. Kilicdaroglu, 74 anos, mostrou-se esperançado numa vitória na segunda volta. “Vamos ganhar com certeza a segunda volta e trazer a democracia”, disse Kilicdaroglu. Até ao momento, os resultados das eleições mostram que o Partido da Justiça e do Desenvolvimento, no poder, pode vir a manter a maioria no Parlamento de 600 lugares. A Assembleia perdeu grande parte do poder legislativo depois de um referendo em 2017, promovido por Erdogan e que alterou o sistema de governação do país para uma presidência reforçada.
Hoje Macau China / ÁsiaTailândia | Líder de partido reformista “pronto para ser primeiro-ministro” O líder do partido reformista Move Forward, Pita Limjaroenrat, garantiu ontem estar “pronto para ser o próximo primeiro-ministro”, após ter sido o mais votado nas eleições gerais da Tailândia no domingo. O empresário reivindicou vitória e disse pretender formar uma coligação com o outro grande partido da oposição pró-democracia, o Pheu Thai, para suceder ao actual governo apoiado pelos militares. “Sou Pita Limjaroenrat, o próximo primeiro-ministro da Tailândia”, disse o candidato de 42 anos, numa conferência de imprensa realizada na capital, Banguecoque. “Estamos prontos para formar um governo”, insistiu o reformista, que prometeu ser “um primeiro-ministro para todos”. Limjaroenrat disse já ter iniciado conversações com o Pheu Thai, de Paetongtarn Shinawatra, filha do ex-primeiro-ministro exilado Thaksin Shinawatra, para formar uma coligação de seis partidos que reuniria “309” das 500 cadeiras na câmara baixa do parlamento. O passar da tocha O Move Forward, que se autoproclamou como porta-voz das gerações mais jovens, conquistou mais de 14 milhões de votos, à frente do Pheu Thai (10,8 milhões), infligindo uma severa derrota ao partido apoiado pelos militares, o United Thai Nation. O Pheu Thai reconheceu que o vencedor da eleição tem o direito de liderar o governo, abrindo caminho para Limjaorenrat se tornar o próximo chefe de governo do país. “As vozes do povo são as mais importantes e nós respeitamos as decisões do povo. O partido que vencer terá o direito de propor o candidato a primeiro-ministro”, disse Paetongtarn Shinawatra. Durante a madrugada, o antigo general e actual primeiro-ministro Prayut Chan-O-Cha, cujo partido recebeu 4,5 milhões de votos, declarou que iria respeitar a democracia e o resultado da votação. A eleição foi marcada por uma afluência recorde, superior a 75 por cento, num contexto de fraco crescimento económico e declínio das liberdades fundamentais desde que Prayut Chan-O-Cha chegou ao poder, após um golpe de Estado em 2014, e depois legitimado em 2019 por eleições controversas. Estas eleições são as primeiras desde os grandes protestos de 2020 em que se exigia uma reforma da monarquia e que expuseram as clivagens existentes no reino, entre as gerações mais jovens que querem mudanças e as elites ligadas ao rei e aos militares. A eleição para primeiro-ministro envolve os 500 deputados da câmara baixa eleitos nas urnas e 250 senadores escolhidos pela antiga junta militar (2014-2019), o que complica a formação de um governo. O país já sofreu mais de uma dezena de golpes de Estado desde que se tornou numa monarquia constitucional, em 1932, o último dos quais em 2014, sob o comando de Prayuth Chan-ocha.
Hoje Macau China / ÁsiaAgência de ‘boys band’ japonesa enfrenta acusações de ofensas sexuais A presidente da Johnny & Associates, uma famosa agência de talentos japonesa, especializada em bandas masculinas, pediu desculpa pelos alegados abusos sexuais de jovens artistas cometidos pelo seu tio e antecessor na liderança. “Mais do que tudo, peço desculpas profundamente às vítimas”, disse Julie Keiko Fujishima, curvando-se quatro vezes, num vídeo de um minuto, divulgado no domingo, na plataforma YouTube. Fujishima pediu também desculpas pela “decepção e preocupação” causada entre os fãs dos artistas cujas carreiras são geridas pela Johnny’s, como a empresa também é conhecida. Numa declaração escrita, a executiva garantiu que não sabia de nenhum caso de abuso e disse que a agência criou equipas para estabelecer procedimentos que protejam os artistas e para dar aconselhamento às vítimas. No entanto, Fujishima não mencionou a possibilidade de pedir uma investigação externa ao comportamento da empresa. Acusações antigas Desde 1988 que vinham sendo publicadas alegações contra Johnny Kitagawa, uma figura poderosa no entretenimento japonês. No entanto, o fundador da Johnny & Associates, que morreu em 2019, nunca foi acusado de qualquer crime. O caso voltou à ribalta no mês passado, quando o músico japonês de origem brasileira Kauan Okamoto se tornou a primeira alegada vítima a vir a público e a permitir tanto a publicação do seu nome como da sua fotografia. No Clube de Correspondentes Estrangeiros em Tóquio, Okamoto, que assinou um contrato com a Johnny’s quando tinha 15 anos, disse ter sido abusado em pelo menos 20 ocasiões e ter visto colegas seus a serem também abusados. O músico disse que, durante o período em que esteve na agência, entre 2012 e 2016, Johnny Kitagawa terá abusado de entre 100 a 200 menores. Após encontrar-se com Okamoto, Julie Keiko Fujishima disse não poder ter a certeza sobre as acusações do músico, mas garantiu que alegações de abuso sexual a envolver a agência “nunca deveriam voltar a acontecer”. “Ainda mal começámos, mas ele deu-nos a oportunidade de mudar”, disse a executiva. Nas redes sociais surgiu uma campanha de boicote da Johnny’s, incluindo das empresas que assinaram contratos de publicidade e patrocínio com os artistas geridos pela agência. Entretanto, uma petição de protesto contra a agência já recolheu milhares de assinaturas. Alguns críticos disseram que o pedido de desculpas de Fujishima não era suficiente, defenderam que a executiva deveria convocar uma conferência de imprensa e assumir a responsabilidade, renunciando ao cargo. Outros criticaram a imprensa japonesa por permanecer em silêncio durante décadas face às alegações, sugerindo que temiam retaliações e perder o acesso aos artistas geridos pela Johnny’s. De acordo com as acusações, Kitagawa convidava regularmente jovens cantores e bailarinos, muitos deles ainda menores, para dormirem na sua mansão, onde eram depois pressionados a terem sexo com o magnata.
Hoje Macau China / ÁsiaNatalidade | “Promover casamento e procriação em idades apropriadas” A China anunciou, no domingo, o lançamento de uma campanha em várias cidades para “promover o casamento e a procriação em idades apropriadas”, após o país ter registado o primeiro declínio populacional em mais de meio século. A Associação de Planeamento Familiar, que está sob tutela do governo central, estipulou ainda entre as principais tarefas “incentivar os pais a partilharem as responsabilidades da educação” e acabar com “costumes obsoletos”, como o elevado preço dos dotes de casamento, uma prática que prevalece nas zonas rurais, segundo um plano divulgado pelo jornal oficial Global Times. As 20 cidades chinesas abrangidas pela campanha devem “adoptar medidas inovadoras para criar um ambiente favorável à maternidade”, disse o presidente da associação, Yao Ying, citado pelo jornal. “Com o desenvolvimento económico e social, o conceito de casamento entre as gerações mais jovens da China sofreu transformações”, disse o demógrafo He Yafu, citado pelo jornal. O responsável acrescentou que a “sociedade precisa de orientar mais os jovens no conceito de casamento e procriação e encorajar os jovens a casar e ter filhos”. Cidades como Chengdu ou Zhengzhou anunciaram que vão aceitar registos de casamento no próximo dia 20 de Maio, o dia dos namorados na China, apesar de a data calhar num sábado. Em 2022, a China perdeu cerca de 850 mil pessoas, numa contagem que exclui as regiões administrativas especiais de Macau e Hong Kong e residentes estrangeiros, segundo dados oficiais. A China encerrou assim o ano passado com 1.411,75 milhões de habitantes, tendo registado 9,56 milhões de nascimentos e 10,41 milhões de mortes.
Hoje Macau China / ÁsiaVladivostoque | Duas províncias chinesas vão ter acesso ao porto As mercadorias de Jilin e Heilongjiang, províncias do nordeste da China que não têm acesso ao mar, vão poder ser transportadas através do porto russo de Vladivostoque, a saída marítima mais próxima. A partir de 1 de Junho, o porto da cidade localizada no extremo leste da Rússia vai estar aberto para o embarque de mercadorias de Jilin e Heilongjiang com destino a um porto chinês, informou recentemente a Administração das Alfandegas do país asiático, em comunicado. As entidades das duas províncias não vão precisar de recorrer ao porto de Dalian, na província de Liaoning, que, apesar de ser o porto chinês mais próximo de Jilin e Heilongjiang, fica, em alguns casos, a mais de 1.000 quilómetros de distância. O porto de Vladivostoque fica a menos de 100 quilómetros da fronteira com a China e a cerca de 500 quilómetros das capitais de Jilin e Heilongjiang – Changchun e Harbin, respectivamente. Vladivostoque, o maior porto russo no Oceano Pacífico, foi até meados do século XIX território da China. A baía era conhecida como “Haishenwai”. A China, então governada pela dinastia Qing, perdeu o território para a Rússia no âmbito do Tratado de Aigun, um dos tratados “desiguais” assinados entre a China e potências ocidentais. Desde então, duas das três províncias do nordeste da China, Heilongjiang e Jilin, ficaram sem acesso ao mar. Apesar das disputas históricas, os líderes da China e da Rússia, Xi Jinping e Vladimir Putin, proclamaram no ano passado uma “amizade sem limites” entre as duas nações.
Hoje Macau China / ÁsiaCidadão norte-americano condenado a prisão perpétua na China por espionagem A China condenou ontem um cidadão dos Estados Unidos, de 78 anos, à prisão perpétua, por acusações de espionagem, num período de renovadas tensões entre Pequim e Washington. John Shing-Wan Leung, que possui residência permanente em Hong Kong, foi detido a 15 de Abril de 2021 pela agência de contra-espionagem da China, na cidade de Suzhou, junto a Xangai, no sudeste do país. O tribunal intermédio da cidade anunciou ontem a sentença de Leung, num breve comunicado, mas não deu detalhes sobre as acusações. O tribunal ordenou ainda o arresto dos bens pessoais de Leung, no valor de 500.000 yuan. A sentença ocorre numa altura em que o Presidente dos EUA, Joe Biden, viaja para Hiroshima, no Japão, para participar na cimeira do G7, após ter realizado uma visita a Papua Nova Guiné. A China tem procurado aumentar a sua influência militar, diplomática e económica naquela nação insular do Pacífico. O tribunal de Suzhou não indicou qualquer relação entre o veredicto e as tensões entre China e EUA e as provas que apoiam acusações de espionagem não são divulgadas. Esta é uma prática padrão entre a maioria dos países, que deseja proteger as suas redes e acesso à informação. A China alterou a sua Lei de Contraespionagem em Abril, para incluir o crime de “colaboração com agências de espionagem e os seus agentes”. A Assembleia Popular Nacional, o órgão máximo legislativo da China, explicou que a reforma “adere a uma abordagem de resolução de problemas” e que “amplia” as categorias de conteúdo cuja divulgação e acesso é classificado como “roubo de segredos de Estado”.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Enviado de Pequim em périplo que inclui visitas à Ucrânia e Rússia Após o êxito da diplomacia chinesa, alcançado em Março, com o acordo entre o Irão e a Arábia Saudita, Pequim procura obter um papel cada vez mais determinante no contexto internacional. Ontem, Li Hui, ex-embaixador em Moscovo, partiu numa viagem pela Europa que inclui uma visita a Kiev e Moscovo Um enviado do governo chinês partiu ontem num périplo que inclui visitas à Ucrânia e à Rússia, como parte dos esforços de Pequim para mediar um acordo político que ponha fim à guerra, que dura há 15 meses. Li Hui, ex-embaixador em Moscovo, também vai visitar a Polónia, França e Alemanha, de acordo com o ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, que não deu outros detalhes sobre a programação da viagem. Analistas políticos consideram que as possibilidades de haver um acordo de paz são baixas, já que nem a Ucrânia nem a Rússia estão prontas para parar de lutar. O Presidente chinês, Xi Jinping, falou por telefone com o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, no final de Abril, preparando o terreno para uma investida diplomática. O périplo do enviado de Pequim “expressa o compromisso da China em promover a paz e as negociações”, disse o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros Wang Wenbin. Wang disse que a China deseja evitar uma “escalada da situação”. Medalha de honra Vários líderes europeus, incluindo o presidente francês, Emmanuel Macron, a líder da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, visitaram Pequim, nos últimos dois meses, visando encorajar a China a usar a sua influência junto de Moscovo para pôr fim ao conflito. Xi Jinping reclama um papel maior para a China na resolução de questões internacionais, em consonância com a ascensão económica e militar do país. Em particular, o líder chinês propôs a Iniciativa de Segurança Global, que visa construir uma “arquitectura global e regional de segurança equilibrada, eficaz e sustentável”, ao “abandonar as teorias de segurança geopolíticas ocidentais”. Num triunfo para Xi, o Irão e a Arábia Saudita anunciaram, em Março passado, em Pequim, um acordo para restabelecerem as relações diplomáticas, cortadas por Riade em 2016. A China mantém boas relações com Moscovo e influência económica, sendo o maior cliente do petróleo e gás russo e considera a parceria com a Rússia fundamental para contrapor a ordem democrática liberal, numa altura em que a sua relação com os Estados Unidos atravessa também um período de grande tensão, marcada por disputas em torno do comércio e tecnologia ou diferendos em questões de Direitos Humanos, o estatuto de Hong Kong ou Taiwan e a soberania dos mares do Sul e do Leste da China. Pequim usou a sua posição como um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas para bloquear ataques diplomáticos à Rússia.
Hoje Macau China / ÁsiaAustrália | “Fase positiva” na relação comercial com a China O ministro do Comércio australiano elogiou esta sexta-feira “a fase positiva” que a Austrália regista nas relações com a China, após uma viagem a Pequim com o objectivo de encerrar anos de tensões comerciais entre os dois países. Don Farrell que manteve um encontro com o seu homólogo chinês, Wang Wentao, naquela que foi a primeira reunião a este nível desde 2019, sublinhou que os dois países “concordaram em intensificar o diálogo sobre o acordo de livre comércio e através de outros canais para resolver questões pendentes”. Os dois países “continuarão a desenvolver esta fase positiva para [as suas] relações comerciais”, durante uma futura visita à Austrália que Wentao concordou em realizar, acrescentou Farrell, em conferência de imprensa citada pela agência France-Presse (AFP). Em 2020, a China impôs tarifas significativas sobre exportações australianas cruciais, como carne bovina, vinho ou cevada, no auge de um episódio grave de tensões com o Governo conservador na altura no poder em Camberra. Pequim agiu em retaliação a uma lei australiana contra influências estrangeiras, que privou a empresa chinesa Huawei de realizar contratos na área da rede 5G. O Governo chinês também protestava contra os repetidos apelos das autoridades de Camberra para lançar uma investigação independente sobre as origens da pandemia de covid-19. A China deixou ainda de comprar matérias-primas importantes, incluindo carvão, da Austrália, privando o país de biliões de dólares em receitas. Durante a conferência de imprensa, o ministro australiano não mencionou um plano chinês para suspender estas restrições imediatamente, mas disse esperar que algumas das questões pendentes possam ser resolvidas no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Hoje Macau China / ÁsiaG7 | Pedida distribuição mais rápida e justa de vacinas Os ministros da Saúde do G7 reclamaram ontem a criação de um mecanismo que permita uma distribuição mais rápida e justa de vacinas e medicamentos, devido aos problemas que sofreram países em vias desenvolvimento durante a pandemia. As lições aprendidas com a crise sanitária do coronavírus foram um dos temas centrais da reunião de dois dias de ministros da Saúde do Grupo dos Sete realizada na cidade nipónica de Nagasaki. Face a uma eventual nova pandemia, os ministros destacaram a necessidade de melhorar o processo de distribuição global de medicamentos e vacinas, com vista a “criar um sistema em que todo o mundo possa ser vacinado e em que as vacinas possam obter-se de forma equitativa”, de acordo com uma declaração conjunta adotada no final da reunião. “Acordamos a construção de um mecanismo que promova o acesso a estes medicamentos e cada país deverá agora tomar a iniciativa para trabalhar neste sentido. Gostaríamos que fosse a base para avançar na cooperação internacional”, disse o ministro nipónico da Saúde, Katsunobu Kato, que presidiu à reunião. O texto final também visa garantir que a informação sobre novos fármacos se distribua de forma justa, rápida e ampla. Na mesma linha, os ministros do G7 apostam num “uso efectivo” do novo instrumento financeiro lançado no ano passado pelo Banco Mundial para custear a resposta a doenças contagiosas. Na declaração conjunta sublinham, no entanto, o papel fundamental desempenhado pelos sistemas de saúde nacionais durante a pandemia e estabelecem o objetivo de alcançar uma “cobertura sanitária universal” que ofereça cuidados de saúde de qualidade a todos os cidadãos até 2030. O encontro de Nagasaki serviu para preparar as discussões em matéria de saúde que os líderes do G7 vão desenvolver na cimeira prevista entre os dias 19 a 21, em Hiroshima, referiu o ministro nipónico, em conferência de imprensa.
Hoje Macau China / ÁsiaWenchuan | Lembradas as quase 70.000 vítimas do terramoto A imprensa estatal chinesa e os utilizadores das redes sociais do país lembraram na sexta-feira o 15.º aniversário do terramoto de Wenchuan, um sismo de magnitude 8 que fez mais de 69.000 mortos e deixou cerca de 18.000 desaparecidos. Na rede social Weibo, o tema #5121428, que se refere ao horário do terremoto, acumulou 178 mil partilhas e 410 milhões de visualizações nas primeiras 24 horas. A aplicação de vídeo Douyin, a versão chinesa do TikTok, montou uma capela digital para homenagear os falecidos, na qual mais de 230 mil usuários depositaram velas virtuais. “Quinze anos se passaram, mas ainda choro quando vejo as imagens. Naquele dia, alguns partiram e outros ficaram. Lembremo-nos das crianças de Beichuan [a área mais afectada] e das mães e professoras que usaram os seus corpos para protegê-los”, escreveu um internauta no Weibo. A catástrofe natural atingiu especialmente escolas e colégios rurais, alguns deles construídos com materiais defeituosos e impreparados para um terremoto daquela magnitude. Outros internautas destacaram a mobilização popular em prol de Wenchuan e da província de Sichuan, que se cristalizou na ida de milhares de voluntários às áreas afectadas para ajudar no resgate ou na massiva arrecadação de fundos, da qual participaram personalidades da cultura, cinema, política e comunidades chinesas no exterior. Os órgãos de comunicação oficiais destacaram a homenagem aos membros das forças de socorro que se deslocaram às zonas afectadas pelo sismo, o “renascimento” das zonas mais atingidas e as histórias de superação de algumas das crianças atingidas que perderam um membro. Alguns alcançaram carreiras de sucesso em áreas como o desporto ou a moda nas suas vidas adultas.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Pequim envia representante a Kiev e Moscovo A República Popular da China anunciou na passada sexta-feira o envio na segunda-feira de um representante especial à Ucrânia, Rússia e outros países europeus no sentido de analisar “regras políticas” para a guerra na Ucrânia. “A partir de 15 de Maio (hoje), o embaixador Li Hui, representante especial chinês para os assuntos euro-asiáticos vai deslocar-se à Ucrânia, Polónia, França, Alemanha e Rússia para encontros com todas as partes sobre ‘regras políticas’ para a crise ucraniana”, disse em conferência de imprensa em Pequim Wang Wenbin, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China. Este ano, Pequim apresentou uma primeira iniciativa diplomática sobre a guerra na Ucrânia, mas uma grande parte dos países ocidentais consideraram que a República Popular da China não tinha uma solução definitiva e que a proposta carecia de falta de definição.
Hoje Macau China / ÁsiaMNE | China e Europa devem rejeitar uma nova Guerra Fria O chefe da diplomacia chinesa, Qin Gang, defendeu na sexta-feira que a China e a Europa devem “rejeitar a mentalidade da Guerra Fria”, numa altura em que a União Europeia (UE) discute o reajustamento da relação com Pequim. “Hoje em dia, algumas pessoas estão a insistir na narrativa da democracia contra a autocracia e até a falar de uma nova Guerra Fria”, disse Qin numa conferência de imprensa durante uma visita a Oslo. Para Qin, uma nova Guerra Fria terá um resultado “ainda mais desastroso” do que a anterior, numa referência à divisão entre o bloco ocidental, liderado pelos Estados Unidos, e o bloco de leste, sob a liderança da União Soviética. Uma nova Guerra Fria “prejudicará seriamente as relações e a cooperação entre a China e a Europa”, avisou Qin, citado pela agência francesa AFP. Os comentários de Qin em Oslo surgiram numa altura em que os chefes da diplomacia da UE se reuniram em Estocolmo, na vizinha Suécia, para falar a uma só voz contra a China. “Temos de reajustar a nossa posição em relação à China”, disse o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, na abertura da reunião. Ucrânia, Taiwan, direitos humanos e a situação da minoria muçulmana uigur na China são algumas das questões que opõem Pequim e o Ocidente. A UE não defende especificamente uma dissociação, mas propõe uma diminuição do risco nas relações com a China para evitar tornar-se demasiado dependente do gigante asiático (ver caixa). Visita calculada Qin Gang termina em Oslo uma digressão pela Europa que incluiu Alemanha e França. “Sinto que a Europa tem um desejo urgente de aumentar a coordenação e a comunicação com a China e de desenvolver uma cooperação mutuamente benéfica”, afirmou, em jeito de balanço da visita, segundo a agência espanhola EFE. Qin acrescentou que “enquanto a Europa e a China se mantiverem empenhadas na paz para a coexistência, permanecerem independentes, se empenharem na cooperação mútua e mantiverem o diálogo e a consulta”, podem “ultrapassar as dificuldades e alcançar um crescimento sustentado”. A visita de Qin ocorre também numa altura em que a UE está a discutir um novo pacote de medidas contra a Rússia, que inclui empresas da China e de Hong Kong. Durante a visita à Alemanha, na terça-feira, Qin Gang advertiu a UE de que a China tomará medidas de retaliação se o bloco europeu sancionar empresas chinesas. Os aliados ocidentais de Kiev, incluindo a UE, têm imposto sucessivos pacotes de sanções à Rússia desde que invadiu a Ucrânia, a 24 de Fevereiro de 2022. A China tem assumido uma posição de neutralidade no conflito, apesar das relações próximas com a Rússia. Contra excessos O chefe da diplomacia europeia anunciou na sexta-feira que a maioria dos Estados-membros concordou em acabar com “dependências” excessivas da China, mas rejeitou que a União Europeia (UE) esteja a caminhar para o proteccionismo económico. “Posso anunciar que a generalidade dos ministros gostou do documento que apresentámos, com as linhas gerais da recalibração da nossa relação com a China […], de acabar com as dependências quando são grandes demais e, por isso, um risco”, disse Josep Borrell, no final de uma reunião informal dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, em Estocolmo, na Suécia. A prioridade dos 27, sustentou o alto-representante da UE para os Negócios Estrangeiros, tem de ser “equilibrar as balanças comerciais” com Pequim. Contudo, Josep Borrell assegurou que a União Europeia “não está a caminhar em direcção ao proteccionismo”.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Putin manda criar corredor de cereais para Pequim O Presidente russo, Vladimir Putin, encarregou o Governo de assinar um acordo com a China para a criação de um corredor de cereais que aumentaria as exportações para o país asiático, foi na quarta-feira divulgado. O objectivo do acordo, que deve ficar pronto até 1 de Outubro, é aumentar a produção de cereais na Sibéria e, principalmente, no Extremo Oriente, cujas regiões fazem fronteira com a China. Uma das principais ligações no novo corredor terrestre entre Rússia e China seria o terminal ferroviário já existente na região de Zabaikal, que faz fronteira com a China e a Mongólia. Este terminal ferroviário, que ficou operacional em Setembro de 2022, é considerado o primeiro do género no mundo e tem capacidade para transportar oito milhões de toneladas por ano. Além de resolver o problema da diferença de largura das vias entre os dois países, possui um sistema de vigilância do abastecimento de cereais. No âmbito deste projecto, a Rússia lançou um programa de cereais ao longo da ferrovia transiberiana com capacidade de armazenamento de 1,4 milhão de toneladas, um terminal marítimo e vários centros russos de distribuição no Cazaquistão. Moscovo ameaça retirar-se do acordo de cereais do Mar Negro, cujas partes (Rússia, Ucrânia, Turquia e ONU) estão reunidas em Istambul, porque, segundo argumenta, não pode exportar os seus fertilizantes devido às sanções ocidentais. Apesar da guerra em curso na Ucrânia, desencadeada pela Rússia em Fevereiro de 2022, as exportações russas aumentaram nos últimos meses. Face à deterioração das suas relações com o Ocidente, Moscovo procura alternativas para a exportação de cereais, principalmente no continente asiático.
Hoje Macau China / ÁsiaAviação | Prejuízo superior a 29 mil milhões de euros em 2022 A aviação civil da China perdeu 217.440 milhões de yuan, em 2022, segundo dados divulgados ontem, ilustrando o impacto da política de ‘zero casos’ de covid-19, que foi, entretanto, desmantelada. As perdas foram superiores às registadas em 2021, quando o sector perdeu 137.460 milhões de yuan, de acordo com um relatório divulgado pela Administração de Aviação Civil da China. “A profundidade e persistência do impacto da epidemia na aviação civil superou em muito as expectativas”, apontou o documento. Segundo a mesma fonte, o volume de passageiros em voos domésticos registou uma queda homóloga de 39,5 por cento em 2022, quando a altamente contagiosa variante ómicron da covid-19 lançou a China num ciclo de bloqueios que paralisaram a actividade económica. A agência observou que a indústria “está a recuperar” desde que a China abdicou da política de ‘zero casos’ de covid-19, em Dezembro de 2022. A agência noticiosa oficial Xinhua apurou que, em Março, os voos domésticos diários ascenderam a uma média de 11.657, número que representa um crescimento de 133 por cento, face ao mesmo período do ano passado. As companhias aéreas chinesas e estrangeiras estão a retomar gradualmente as rotas que ligavam a China ao resto do mundo antes da pandemia, pelo que o tráfego aéreo internacional do país asiático continuou limitado a menos de 5 por cento do existente em 2019.
Hoje Macau China / ÁsiaInflação | Reservas de ouro aumentam pelo sexto mês consecutivo A China aumentou as reservas de ouro pelo sexto mês consecutivo, em Abril, à medida que bancos centrais em todo o mundo expandem as suas reservas do metal precioso, face à inflação galopante e riscos geopolíticos. As reservas de ouro chinesas subiram 8,09 toneladas em Abril, de acordo com dados da Administração Estatal de Câmbio da China, divulgados ontem. As reservas totais do país ascenderam a 2.076 toneladas, depois de terem aumentado 120 toneladas, no período entre Novembro e Março. O debate sobre a fragmentação do mercado monetário e a diluição do domínio do dólar norte-americano foi renovado pelas sanções impostas pelo Ocidente contra a Rússia. O deteriorar das relações entre China e EUA também está a aumentar o apelo do ouro como um activo seguro. Pequim está, em simultâneo, a tentar estabelecer acordos de compensação do yuan com outros países, visando incrementar o uso da sua moeda nas trocas comerciais, em detrimento do dólar. Os bancos centrais em todo o mundo realizaram compras líquidas de 228 toneladas de ouro, no primeiro trimestre, um valor recorde para um período de três meses, de acordo com o relatório de Maio do World Gold Council. Singapura, China e Turquia estão entre os maiores compradores.