Hoje Macau China / ÁsiaPelo menos 25 mortos nas inundações de Natal nas Filipinas – novo balanço Pelo menos 25 pessoas morreram nas inundações ocorridas no dia de Natal, nas Filipinas, indicaram hoje, num novo balanço, as autoridades. Dezenas de milhares de pessoas foram forçadas a fugir de casa, depois de a chuva torrencial ter deixado submersas várias localidades e autoestradas, cortando as festividades natalícias, neste país de maioria católica. Mais de 81 mil pessoas procuraram refúgio nos centros de acolhimento, indicou a agência de gestão de catástrofes filipina, numa altura em que prosseguem os esforços para ajudar as populações mais atingidas. Além das vítimas mortais, 13 das quais registadas na província de Misamis Ocidental, na ilha de Mindanau, no sul do arquipélago, a agência disse que 26 pessoas continuam desaparecidas e nove ficaram feridas. As previsões meteorológicas apontaram para uma continuação da chuva, moderada a forte, durante o dia e na quinta-feira, nas regiões central e sul, devido à presença de uma zona de baixa pressão proveniente da costa, com a possibilidade de evoluir para depressão tropical. “Inundações e aluimentos de terra desencadeados pela chuva são possíveis”, explicou o instituto de meteorologia filipino. Por outro lado, as autoridades disseram que estão a decorrer operações de reconhecimento aéreo na zona de Misamis Ocidental para avaliar a extensão dos danos. As condições meteorológicas começaram a agravar-se no final da semana passada nas Filipinas, um dos países do mundo mais vulneráveis às catástrofes naturais e quando grande parte dos 110 milhões de habitantes se preparavam para festejar o Natal.
Hoje Macau China / ÁsiaLíder da Coreia do Norte quer reforçar capacidade de autodefesa do país O líder da Coreia do Norte apresentou novos objetivos militares aos funcionários do Partido dos Trabalhadores, no poder, noticiou hoje a agência oficial estatal KCNA, sugerindo que os testes de armas vão continuar no próximo ano. Kim Jong-un “estabeleceu novos objetivos essenciais para reforçar a capacidade de autodefesa, que serão implementados em 2023”, avançou a KCNA, sem dar pormenores. O líder norte-coreano preside atualmente a uma reunião anual do partido, em Pyongyang, onde também outros líderes do partidários apresentam objetivos políticos para 2023 em áreas essenciais como diplomacia, segurança e economia. No seu relatório, Kim “analisou e avaliou a nova situação difícil que surgiu na península coreana”, em que sublinhou “a direção da luta contra o inimigo” à qual o “deve aderir”, disse a KCNA, numa aparente referência à recente escalada de tensões entre as duas Coreias. A Coreia do Norte, com armas nucleares, conduziu este ano uma série recorde de testes de armas, incluindo lançamentos de mísseis balísticos intercontinentais (ICBM), continuando a desafiar as sanções da ONU. Na segunda-feira, os militares sul-coreanos anunciaram também que tinham destacado caças e helicópteros de combate depois de cinco ‘drones’ [aparelhos aéreos não tripulados] norte-coreanos terem entrado em território do Sul, um dos quais atingiu o espaço aéreo perto de Seul. Geralmente, as reuniões plenárias de fim de ano da Coreia do Norte permitem conhecer as prioridades do regime, a nível interno e externo. Analistas disseram esperar pormenores sobre a reunião no final desta semana.
Hoje Macau China / ÁsiaÍndia testa hospitais para possível nova onda de covid-19 A Índia realizou ontem simulacros nos hospitais relacionados com a covid-19 para testar a sua capacidade de resposta no caso de surgir uma nova onda de infecções, quando as autoridades de saúde alertam para um possível aumento de contaminações pelo SARS-CoV-2 nos próximos dias. “Estamos a realizar simulacros em hospitais de todo o país que trataram pacientes com a covid-19, para que todas as instituições de saúde estejam preparadas caso os casos aumentem”, disse ontem o ministro da Saúde indiano, Manshukh Mandaviya, aos jornalistas à entrada do Hospital Safdarjung, em Nova Deli. “É crítico porque os casos de covid-19 devem aumentar nos próximos dias”, acrescentou. Durante o teste, as autoridades de saúde avaliaram de perto os recursos dos hospitais, como a disponibilidade de ventiladores ou oxigénio medicinal, ou ainda a existência de um número suficiente de camas para atender os doentes no caso de ocorrer um aumento de casos da doença. Com isso, pretendem evitar que se repitam as dramáticas imagens de hospitais e crematórios saturados que se verificaram durante a segunda vaga da covid-19 que afectou o país em 2021 e que atingiu o seu pico em meados de Maio, quando se registaram mais de 400 mil infecções e 4.000 mortes por dia como resultado de um sistema de saúde saturado. Apesar do facto de as infecções pelo SARS-CoV-2 no país serem agora muito menores, à volta de 200 infecções diárias nas últimas semanas, o aumento alarmante de casos experimentados por outros países, incluindo a vizinha China, levou o Governo indiano a tomar medidas extremas de precaução para evitar a entrada e propagação do vírus no seu território. “Visto o surto da covid-19 [em todo o mundo], o primeiro-ministro [indiano, Narendra Modi] pediu que continuássemos vigilantes e preparados para que a doença não se espalhasse na Índia ou os casos aumentassem”, explicou Mandaviya. Nesse sentido, as autoridades do estado de Karnataka, no sul, impuseram esta semana o uso de máscaras em espaços fechados, como teatros e cinemas, e proibiram que todas as festas para comemorar o fim de ano durem além da 01:00. Lição estudada A nível nacional, a Índia reintroduziu na semana passada verificações aleatórias nos aeroportos a 2 por cento dos viajantes internacionais que entram no país, anunciando que realizariam um PCR obrigatório em todos os passageiros provenientes da China, Japão, Coreia do Sul, Hong Kong e Tailândia, todos territórios com maior incidência do vírus, à chegada. Além disso, o Governo pediu em carta dirigida a todos os estados que enviem “amostras de todos os casos positivos” aos laboratórios de sequenciação do genoma para rastrear as mutações do vírus e impedir a entrada de novas variantes. A Índia foi um dos países mais afectados durante a pandemia, contabilizando mais de 44 milhões de casos desde o início da emergência sanitária e mais de 530.000 mortes oficiais, apesar de a Organização Mundial da Saúde (OMS) estimar que o número de mortes neste país pode chegar a 4,7 milhões de pessoas.
Hoje Macau China / ÁsiaPIB | Número de 2021 corrigido em alta para mais 0,3% O Produto Interno Bruto (PIB) da China em 2021 foi de 114,9 biliões de yuans, segundo um ajuste anunciado ontem pelo Escritório Nacional de Estatísticas do país. O organismo aumentou 556,700 milhões de yuans os dados preliminares publicados em Janeiro deste ano. Após o ajuste, o crescimento homólogo da economia chinesa em 2021 situou-se em 8,4 por cento, valor superior em 0,3 pontos percentuais ao publicado originalmente. Pequim tinha como meta que a economia nacional crescesse “mais de 6 por cento” ao longo de 2021, uma meta conservadora tendo em conta a reduzida base comparativa do ano anterior (+2,3 por cento). No primeiro semestre de 2022, a economia chinesa cresceu 2,5 por cento em termos homólogos, valor que representa um abrandamento face aos 12,7 por cento alcançados no primeiro semestre de 2021, embora nessa altura as estatísticas beneficiassem da base comparativa do primeiro semestre de 2020, período em que se iniciou a pandemia. A China estabeleceu uma meta de crescimento de cerca de 5,5 por cento para o seu PIB em 2022, ano marcado por rígidas restrições contra a pandemia de covid-19 no país e pelo 20.º Congresso do Partido Comunista da China realizado em Novembro passado e no qual o secretário-geral e líder do país, Xi Jinping, alcançou um terceiro mandato sem precedentes entre os seus antecessores nas últimas décadas.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Xi Jinping defende medidas para proteger vidas O Presidente chinês, Xi Jinping, defendeu na segunda-feira que têm de ser adoptadas medidas para “proteger efectivamente a vida das pessoas”, já que o país está a enfrentar um grande surto de infecções de Covid-19. As declarações, avançadas pela televisão estatal chinesa, constituem os primeiros comentários públicos do líder chinês desde o súbito abandono, no início de Dezembro, das rígidas medidas anti-covid que estavam em vigor desde 2020. Três anos após o aparecimento dos primeiros casos do coronavírus que provoca a doença covid-19, em Wuhan (centro da China), o país enfrenta uma explosão de casos. Muitos hospitais estão sobrecarregados, as farmácias referem ter grande escassez de medicamentos para a febre, enquanto muitos crematórios adiantam estar a ter um fluxo invulgarmente alto de corpos para serem cremados. “A China enfrenta uma nova situação novos desafios em termos de prevenção e controlo da covid-19”, disse Xi Jinping, citado pela televisão estatal CCTV. “Temos de realizar uma campanha de saúde patriótica mais direccionada […] e construir uma muralha sólida contra a epidemia”, acrescentou. Alguns cientistas temem que possa estar a ocorrer na China uma nova mutação do coronavírus, à semelhança do que sucedeu com a variante Omicron, e admitem que pode ser uma combinação de variantes ou algo completamente diferente.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Chineses festejam nas redes sociais fim das restrições A abolição da política de zero covid é aplaudida das mais variadas formas pela população. Pesquisas de viagens aumentaram cerca de 850 por cento em alguns sites Os chineses reagiram ontem, nas redes sociais, com entusiasmo ao fim das restrições que mantiveram o país isolado do mundo exterior desde Março de 2020, noticiou a agência France-Presse (AFP). As autoridades puseram termo à maioria das medidas contra a covid-19 sem aviso prévio a 7 de Dezembro, face à crescente exasperação pública e ao enorme impacto na economia. O último vestígio da política “zero covid”, a quarentena obrigatória para quem chega ao país oriundo do estrangeiro, vai ser abolido a partir de 8 de Janeiro, anunciou Pequim na segunda-feira à noite. “Acabou… a Primavera está a chegar”, reagiu um utilizador entusiasmado, num dos comentários mais aplaudidos no Weibo, o equivalente chinês da rede social Twitter. “Estou a preparar-me para a minha viagem ao estrangeiro”, escreveu outro utilizador, enquanto um terceiro comentou: “espero que o preço do bilhete de regresso não volte a subir”. As buscas ‘on-line’ de voos para o estrangeiro dispararam assim que o anúncio foi conhecido, de acordo com os meios de comunicação social estatais. O ‘site’ de viagens Tongcheng registou um salto de 850 por cento nas pesquisas e um aumento de dez vezes nos pedidos de visto. Por seu lado, a agência Trip.com relatou que, meia hora depois do anúncio, o volume de pesquisas de destinos fora da China continental aumentou dez vezes em relação ao ano anterior. Macau, Hong Kong, Japão, Tailândia e Coreia do Sul encontravam-se entre os destinos mais procurados. A decisão de abolir as quarentenas à chegada significa o fim da rígida política “zero covid” que durante quase três anos impôs testes generalizados, confinamentos sem aviso prévio e longas quarentenas obrigatórias nos centros que abalaram a segunda maior economia do mundo. “É um alívio”, disse o director-geral da Câmara de Comércio sino-britânica da China Tom Simpson. A medida “termina três anos de perturbação muito significativa”. No entanto, Simpson anteviu uma “recuperação gradual”, à medida que as companhias aéreas aumentam lentamente os voos e as companhias afinam as estratégias na China para 2023. O anúncio é “muito, muito bem-vindo”, disse Simpson à AFP. Surto de Inverno A partir do próximo mês, apenas um teste negativo com menos de 48 horas será necessário para entrar na China, anunciou a Comissão de Saúde do país, na segunda-feira à noite. No entanto, algumas restrições permanecem em vigor, como a manutenção da suspensão, em grande parte, da emissão de vistos turísticos e de estudantes estrangeiros. Contudo, com a maior parte das restrições sanitárias levantadas, a China está a registar um surto de covid-19. A vaga de Inverno está a acontecer a alguns dias do Ano Novo e a algumas semanas do Ano Novo Lunar, no final de Janeiro, quando milhões de pessoas vão viajar para visitar familiares, naquela que é conhecida como a maior migração humana mundial. Pequim insistiu que o país está pronto para resistir à vaga e que a população deve assumir o comando. “Precisamos que a população se proteja devidamente e continue a cooperar com medidas adequadas de prevenção e controlo” da covid, disse o epidemiologista Liang Wannian, que aconselha as autoridades sanitárias, citado pela agência de notícias oficial chinesa Xinhua.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | China quer agora pessoas com poucos sintomas a trabalhar Vários governos regionais na China encorajaram ontem as pessoas com casos ligeiros de covid-19 a deslocarem-se para os locais de trabalho, numa mudança radical em relação à política de “zero casos” seguida até recentemente. A cidade de Guiyang (sudoeste) anunciou que pessoas infectadas com poucos ou nenhuns sintomas devem ir trabalhar numa série de setores, incluindo serviços governamentais, empresas estatais, saúde, serviços de emergência médica, serviços de entregas e supermercados, noticiou a agência norte-americana AP. O anúncio seguiu-se a outros semelhantes das cidades de Wuhu e Chongqing, no início desta semana, numa aparente resposta à escassez de trabalhadores que afetou os cuidados médicos e as entregas de alimentos. As novas medidas refletem também a dificuldade em reanimar uma economia que foi estrangulada por restrições pandémicas e que, agora que foram levantadas, está a ser abrandada por trabalhadores que adoecem. As autoridades sanitárias anunciaram hoje a morte de cinco pessoas nas últimas 24 horas, alimentando a preocupação de que o número de mortos poderá aumentar acentuadamente após ter sido decidido levantar a maioria das restrições da política “covid zero”. Os números oficiais poderão não corresponder à realidade, até porque vários crematórios contactados ontem pela agência francesa AFP disseram que se registou um número acentuado de mortes no país. A China sempre defendeu que a sua política restritiva de “covid zero”, com confinamentos em massa, quarentenas e testes obrigatórios, permitiu manter um número relativamente baixo de casos e mortes. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a China comunicou mais de 10 milhões de casos de infeção e 31.309 mortes entre 02 de janeiro de 2020 e 19 de dezembro (segunda-feira). A nível global, a doença respiratória provocou mais de 6,6 milhões de mortos em quase 650 milhões de casos de infeção, segundo números da OMS. A política adoptada pela China para conter a pandemia colocou a sociedade chinesa e a economia nacional sob enorme pressão e suscitou raros protestos anti-governamentais. Aparentemente, o estado da economia e os protestos convenceram o Governo a alterar a sua estratégia. Agora, relatórios não oficiais sugerem uma onda generalizada de novos casos, e familiares de vítimas e pessoas que trabalham no negócio funerário têm dito que as mortes ligadas à covid-19 estão a aumentar. Wang Guangfa, médico do Departamento Respiratório do Primeiro Hospital da Universidade de Pequim, alertou as autoridades para um pico de casos graves nas próximas uma ou duas semanas, segundo a AP. “A atual onda de infeções assemelha-se a um tsunami epidémico”, disse Wang num artigo de perguntas e respostas publicado ‘online’ esta semana. Wang disse também que o norte da China terá uma taxa de casos graves mais elevada do que a parte sul devido ao clima frio. Os casos de doença grave e morte atingirão em grande parte os idosos ou aqueles que não receberam doses de reforço de vacinas, disse o virologista Gagandeep Kang, do Christian Medical College, em Vellore, Índia. A China vacinou 90,3% da sua população, mas apenas deu uma dose de reforço a 60,5%. As autoridades precisam de dar prioridade aos mais velhos, especialmente àqueles com mais de 60 anos, para evitar um grande número de mortes, disse Kang. Com as pessoas a testar e a recuperar em casa, a China disse que já não era possível manter uma contagem precisa dos novos casos, tornando substancialmente mais difícil avaliar o estado da atual onda de infeção e a sua direção. Além do reforço da vacinação de idosos, a outra grande preocupação é o reforço dos recursos de saúde nas cidades mais pequenas e no vasto interior rural antes das festividades do Ano Novo Lunar de janeiro, que verá os trabalhadores migrantes regressarem às cidades de origem.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Teste ou código de saúde abolidos para viajar As restrições de viagem vão sendo aliviadas à medida que o Novo Ano Lunar chinês se aproxima As autoridades de transporte da China orientaram todos os prestadores de serviços de transporte doméstico a retomar as operações regulares em resposta às medidas optimizadas de contenção da Covid-19 e aumentar o fluxo de mercadorias e passageiros, além de facilitar a retoma do trabalho e da produção. Pessoas que viajam para outras regiões por estrada já não precisam de apresentar resultado negativo do teste de ácido nucleico ou código de saúde, e não são obrigadas a fazer o teste na chegada ou registar as suas informações de saúde, de acordo com um comunicado divulgado pelo Ministério dos Transportes da China, citado pelo Diário do Povo. O ministério pediu categoricamente a todas as áreas que suspenderam os serviços de transporte devido às medidas de controlo da epidemia que restabelecessem prontamente as operações regulares. O apoio deverá ser estendido aos operadores de transporte para incentivá-los a fornecer vários serviços, incluindo opções de transporte personalizadas e bilhetes electrónicos, segundo o aviso. O China State Railway Group, operador ferroviário nacional, confirmou que a regra do teste de ácido nucleico de 48 horas, obrigatória para passageiros de comboio até recentemente, foi suspensa juntamente com a necessidade de mostrar o código de saúde. Cabines de teste de ácido nucleico já foram removidas em muitas estações de comboios, como a Estação Ferroviária Fengtai de Pequim. O operador ferroviário nacional informou que mais serviços ferroviários serão organizados para responder às necessidades de viagem dos passageiros. As verificações de temperatura deixaram de ser necessárias para entrar nos aeroportos e os passageiros estão satisfeitos com as regras optimizadas, indica a publicação estatal. O próximo desafio Também a Administração de Aviação Civil da China elaborou um novo plano de trabalho para orientar as transportadoras domésticas na retoma dos voos. De acordo com o plano de trabalho, as companhias aéreas não podem operar mais de 9.280 voos domésticos por dia até 6 de Janeiro, a meta é retomar 70 por cento do volume diário de voos de 2019, garantindo que as companhias aéreas tenham tempo suficiente para voltar a treinar os seus funcionários. “O limite para viagens entre regiões foi removido. Se (a decisão de optimizar as regras) for efectivamente implementada, pode aumentar as viagens durante os próximos feriados do Festival da Primavera”, disse Zou Jianjun, professor do Instituto de Gerenciamento de Aviação Civil da China. No entanto, um crescimento significativo, como o aumento que se seguiu ao surto de SARS em 2003, é improvável porque as preocupações com a saúde relacionadas às viagens ainda permanecem, acrescentou. A corrida anual do Festival da Primavera, o Novo Ano Lunar chinês, começará a 7 de Janeiro e continuará até 15 de Fevereiro.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Resposta ao vírus ajuda China em recuperação “curva J” Um alto funcionário económico disse que a resposta optimizada adoptada pela China para lidar com a covid-19 deve ter um “efeito curva J” na economia, que a ajudará a ganhar forte impulso de crescimento em 2023. “Ela pode causar perturbações na economia no curto prazo, mas do ponto de vista de um ano inteiro, é uma benção”, disse Han Wenxiu, vice-director executivo do escritório do Comité Central de Assuntos Financeiros e Económicos, citado pelo Diário do Povo. Han disse que o retorno à normalidade na vida e no trabalho será acelerado no primeiro semestre de 2023 e especialmente no segundo trimestre, com o aumento da vitalidade económica desencadeada. “Temos confiança, condições e capacidade para melhorar a economia da China como um todo”, disse Han num fórum realizado após a Conferência Central de Trabalho Económico da semana passada, na qual os líderes chineses decidiram as prioridades para o trabalho do país em 2023. Segundo os observadores, com o fluxo de pessoas e a troca de bens a serem ainda mais facilitados, as novas políticas estão definidas para revitalizar gradualmente as actividades comerciais num diverso número de sectores, o que libertará um enorme potencial mercado e permitirá a expansão da produção económica. “A economia chinesa tem forte resiliência, grande potencial e vitalidade, e os fundamentos permanecem sólidos no longo prazo”, avaliou Han, acrescentando que a resposta optimizada à epidemia, juntamente com as medidas políticas existentes e novas, exercerá um grande impacto positivo na recuperação econômica. Resiste e insiste Reflectindo sobre a estratégia de resposta anterior, Han e seus colegas do escritório do Comité Central de Assuntos Financeiros e Económicos disseram à Xinhua que essas medidas rígidas de controlo eram necessárias no passado, quando a taxa de mortalidade e a proporção de casos graves permaneciam altas. Nos últimos três anos, a China resistiu às ondas da pandemia e lidou com sucesso com mais de 100 surtos em massa, protegendo efectivamente a vida e a saúde de sua população de 1,4 mil milhões de pessoas. O país conseguiu manter seus casos graves de covid-19 e as taxas de mortalidade entre as mais baixas do mundo. Mas a China nunca considerou os esforços antiepidémicos e o crescimento económico como uma questão de escolha de uma ou de outra. Em vez disso, deu ênfase à importância de coordenar as duas matérias de maneira altamente eficiente. E o objectivo foi amplamente alcançado, indica o jornal estatal. Em 2020, a China foi a primeira grande economia do mundo a registar crescimento. Nos últimos três anos, o país registou um crescimento económico médio anual de 4,5 por cento, significativamente superior à média mundial. As autoridades disseram que a transição suave não era apenas um requisito para a saúde pública, mas também para a operação económica. Face ao aumento repentino de casos de infecção, a China deve garantir que as necessidades de tratamento médico e medicamentos do público sejam atendidas, as cadeias industriais não sejam interrompidas e os preços dos medicamentos e das necessidades diárias permaneçam estáveis. A luz ao fundo do túnel pode ser vista desde que o período de transição seja bem administrado.
Hoje Macau China / ÁsiaNavio da marinha tailandesa naufraga, salvamento de marinheiros em curso Um navio da marinha tailandesa naufragou no domingo no Golfo da Tailândia e equipas de salvamento estão no local para os trabalhos de resgate de cerca de três dezenas de marinheiros que se encontram ainda na água. A meio da manhã de hoje, 75 marinheiros tinham sido resgatados e 31 ainda estavam na água, disse fonte da marinha citada pela agência Associated Press. No domingo à noite, ventos fortes atiraram água do mar para a corveta HTMS Sukhothai e derrubaram o sistema elétrico. A Marinha Real tailandesa enviou três fragatas e dois helicópteros para tentar ajudar o navio e remover a água do mar, mas não possível fazê-lo devido aos ventos fortes. A perda de potência permitiu que mais água do mar entrasse no navio, fazendo com que este se afundasse. O acidente ocorreu quando o navio de guerra estava em patrulha no mar a 32 quilómetros do cais no distrito de Bangsaphan, na província de Prachuap Khiri Khan. Enquanto o norte e o centro da Tailândia vivem as temperaturas mais frias do ano, o sul da Tailândia tem vindo a sofrer tempestades e inundações nos últimos dias. Os navios foram avisados para permanecerem ancorados nos portos.
Hoje Macau China / ÁsiaFilipinas | Morreu líder comunista José Maria Sison aos 83 anos José Maria Sison, que desencadeou uma das rebeliões maoístas mais antigas do mundo, morreu aos 83 anos, anunciou no sábado o Partido Comunista das Filipinas. O antigo professor universitário morreu na Holanda, onde vivia exilado desde a suspensão das conversações de paz em 1987, quando a rebelião, que deixou dezenas de milhares de mortos, estava no auge. Sison morreu “depois de duas semanas de convalescença num hospital em Utrecht”, disse o Partido Comunista das Filipinas, em comunicado, sem especificar a causa de morte. “O proletariado e os trabalhadores filipinos lamentam a morte do seu professor e (líder)”, acrescentou. Joé Maria Sison tentou derrubar o governo filipino para estabelecer um regime comunista ao estilo maoista, com o qual pretendia acabar com “o imperialismo americano” na antiga colónia norte-americana. A luta armada, em curso desde 1969, cresceu a partir do movimento comunista global e encontrou terreno fértil nas Filipinas e nas desigualdades gritantes entre ricos e pobres. O movimento rebelde cresceu sob a ditadura de Ferdinand Marcos (1972-1986), durante a qual milhares de opositores foram torturados ou mortos. No auge, nos anos de 1980, a organização tinha cerca de 26 mil combatentes. Actualmente, ronda alguns milhares, de acordo com o exército filipino.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Crematórios cheios e alerta que vaga de covid-19 pode atingir zonas rurais Trabalhadores de crematórios na China expuseram ontem uma situação de sobrelotação, que os obriga a trabalhar sem descanso e mesmo doentes, devido a uma vaga sem precedentes de casos de covid-19, que deverá atingir áreas rurais em breve. O novo surto está a espalhar-se rapidamente pela China, uma semana depois de a maioria das restrições sanitárias em vigor durante quase três anos terem sido levantadas. As autoridades admitiram que era agora “impossível” contar o número de casos de contágio, e os números oficiais não mencionam quaisquer mortes relacionadas com covid desde 4 de Dezembro, mas os crematórios estão cheios. “Cremamos vinte corpos por dia, a maioria idosos. Muitas pessoas ficaram doentes recentemente”, disse à France-Presse um funcionário de um crematório em Pequim. O coronavírus não poupa o pessoal: “somos obrigados a trabalhar muito! Em 60 funcionários, mais de 10 estão positivos (para a covid), mas não temos escolha, há muito trabalho ultimamente”, acrescentou. Funcionários de duas funerárias de Pequim contactadas pela agência de notícias francesa disseram que os seus estabelecimentos estão agora a trabalhar 24 horas por dia, oferecendo serviços de cremação no mesmo dia para satisfazer a elevada procura. Outro crematório revelou que actualmente tem uma lista de espera de uma semana. Janeiro assusta O organismo chinês responsável pela luta contra a pandemia apelou ontem aos governos locais para aumentarem a vigilância e a atenção médica para as pessoas que estão já a começar a viajar para visitar as famílias nas zonas rurais, devido ao Ano Novo Chinês, em Janeiro. O evento causa a maior migração populacional do mundo todos os anos e espera-se que este ano a deslocação de pessoas seja particularmente intensa depois de as restrições às viagens interprovinciais terem sido levantadas. As indicações são para essas pessoas usarem máscara e evitarem o contacto com idosos e que as autoridades locais devem monitorizar os seus movimentos, mas não mencionam a possibilidade de isolamento ou quarentena.
Hoje Macau China / ÁsiaEconomia chinesa | Estabilidade é principal objectivo a atingir As autoridades chinesas, reunidas na Conferência anual do Trabalho Económico Central, traçaram como objectivos prioritários para 2023 estimular a procura interna de modo a alcançar a estabilidade económica e um desenvolvimento de qualidade O Governo chinês estabeleceu como “prioridade máxima” alcançar a “estabilidade económica” no próximo ano e, entre outros objectivos, “estimular a procura interna” através da recuperação e expansão do consumo. Os líderes chineses discutiram na Conferência anual do Trabalho Económico Central, que terminou na noite de sexta-feira, as prioridades económicas em 2023, noticiou a agência estatal Xinhua. Não foram anunciadas quaisquer medidas específicas, mas o Governo defendeu “esforços para intensificar a macroeconomia e coordenar várias políticas para promover um desenvolvimento de alta qualidade”. “Manteremos uma política fiscal proactiva e uma política monetária prudente”, indicou a Xinhua, sublinhando que “a sustentabilidade fiscal deve ser assegurada e os riscos da dívida do governo local devem ser geridos”. Além disso, os líderes chineses também procuram impulsionar a procura interna, actualmente com dificuldades, “dando prioridade à recuperação e expansão do consumo, aumentando o rendimento pessoal urbano e rural através de múltiplos canais, e encorajando mais capital privado a participar na construção de projectos nacionais chave”. A manutenção da taxa de câmbio da moeda chinesa, o yuan, “basicamente estável a um nível adequado e equilibrado”, e o “reforço dos sistemas destinados a salvaguardar a estabilidade financeira”, foram outros dos objectivos estabelecidos. Na reunião também se salientou que as políticas industriais devem ser “optimizadas para facilitar a transformação e actualização das indústrias tradicionais e o desenvolvimento de indústrias estratégicas emergentes”. Apelou-se ainda à “promoção do emprego dos jovens, especialmente dos estudantes universitários, e ao esforço de mitigar atempada e eficazmente os impactos dos aumentos estruturais dos preços em alguns dos que se encontram em dificuldades”. Mais pontos a atingir A China vai procurar também “optimizar as políticas de apoio à natalidade” e tentar “adiar gradualmente a idade legal da reforma na altura certa e assumir a liderança na abordagem do envelhecimento da população e da baixa taxa de fertilidade”. Os líderes também discutiram “a aceleração do planeamento e construção de um novo sistema energético, o reforço da competitividade global das indústrias tradicionais, a aceleração da investigação e aplicação de tecnologias inovadoras, e o desenvolvimento vigoroso da economia digital”. Outro ponto abordado na reunião, foi a necessidade de fazer “maiores esforços para atrair e utilizar capital estrangeiro, expandir o acesso ao mercado, promover a abertura das modernas indústrias de serviços, e conceder tratamento nacional às empresas financiadas pelo estrangeiro”. Finalmente, ficou também destacado o objectivo de “melhorar o rácio dívida/activos do sector imobiliário” e alcançar “uma transição suave do sector imobiliário para novos modelos de desenvolvimento”. Pequim tinha estabelecido um objectivo oficial de crescimento de cerca de 5,5 por cento para este ano, mas a crise imobiliária e as duras restrições e confinamentos impostos no quadro da política de “zero covid” pesaram fortemente sobre a actividade económica, levando os analistas a excluir um crescimento do produto interno bruto (PIB) ao ritmo esperado pelas autoridades chinesas.
Hoje Macau China / ÁsiaWeibo | Indignação face a morte de interno de medicina A morte repentina de um jovem interno de medicina na China provocou ontem a indignação na internet, onde também há o temor de que a morte do estudante esteja ligada a uma possível rotura do sistema de saúde diante do fluxo de casos de covid-19. A epidemia está a espalhar-se muito rapidamente na China após o levantamento da maioria das restrições de saúde na semana passada e as autoridades admitirem que agora é “impossível” contabilizar todos os casos. A nova onda da doença representa o maior desafio para o sistema de saúde chinês – que sofre de subfinanciamento crónico – desde o início de 2020, quando muitos hospitais ficaram sobrecarregados e muitos profissionais de saúde adoeceram. O estudante de 23 anos teria morrido com uma crise cardíaca na quarta-feira, anunciou ontem a Faculdade de Medicina de Chengdu, no sudoeste do país. O jovem disse que se sentia mal depois de um dia de trabalho no hospital. A faculdade de medicina não vinculou sua morte à covid-19 ou a qualquer condição de saúde pré-existente. Entretanto, na rede social Weibo, equivalente ao Twitter na China, o caso já alcançou mais de 390 milhões de visualizações e as pessoas estão a exigir saber a causa da morte do jovem estudante de medicina.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Intensificada protecção a grupos mais vulneráveis A nova abordagem na luta contra o coronavírus aponta agora para o reforço das medidas de protecção dos mais vulneráveis e da vacinação dos idosos A China continua a optimizar as medidas de prevenção e controlo da epidemia da Covid-19, à medida que muda o foco da sua estratégia de resposta de conter novas infecções para prevenir e tratar casos graves. indica o Diário do Povo. Por enquanto, o país está a trabalhar para proteger os mais susceptíveis das infecções e atender às necessidades médicas das pessoas, informa o Diário do Povo. Na terça-feira, durante uma visita de investigação em Pequim, a vice-primeira-ministra chinesa Sun Chunlan pediu uma melhor protecção dos idosos, crianças, pacientes com doenças subjacentes, mulheres grávidas, pacientes em hemodiálise e outros grupos vulneráveis. A vice-primeira-ministra afirmou também que a tarefa urgente no momento é garantir o acesso dos cidadãos a serviços médicos e medicamentos, acrescentando que as instituições médicas devem tratar pacientes, sejam eles pacientes com covid-19 ou não. Estas directrizes estão em consonância com um novo conjunto de medidas anunciadas a 7 de Dezembro. As medidas de 10 pontos incluem propor quarentena domiciliar para casos leves e assintomáticos e reduzir os requisitos de testes de ácido nucleico para facilitar as pessoas a viajar e entrar em locais públicos. Importante vacinar Actualmente, as novas infecções em Pequim estão a crescer rapidamente, embora a grande maioria dos casos sejam assintomáticos e de baixo risco. Existem 50 casos graves e críticos em hospitais, a maioria dos quais tem condições de saúde subjacentes, de acordo com fontes oficiais. É mais provável o vírus causar doenças graves quando infecta idosos, disse Li Yanming, especialista em respiração do Hospital de Pequim, acrescentando que ser totalmente vacinado e receber doses de reforço pode reduzir significativamente a incidência de condições graves. Enquanto isso, os idosos são encorajados à vacinação. Wang Huaqing, um imunologista chinês líder, apontou que poucas pessoas com 60 anos ou mais tiveram reacções adversas à vacinação contra a Covid-19. Até terça-feira, 91 por cento das pessoas com 60 anos ou mais foram vacinadas, e 86,6 por cento foram totalmente vacinadas, e a taxa actual de inoculação completa entre as pessoas com 80 anos ou acima é de 66,4 por cento. Na quarta-feira, o governo anunciou que oferecerá uma segunda dose de reforço da vacina Covid-19 a grupos vulneráveis que receberam a sua primeira dose de reforço há mais de seis meses. Apenas semanas antes, o país lançou um plano de trabalho para melhorar a taxa de vacinação entre os idosos. Para idosos incapazes ou não dispostos a tomar uma injecção de uma seringa, vacinas inaláveis contra Covid-19 estão a ser lançadas em cidades, incluindo Pequim e Xangai, proporcionando-lhes uma opção livre de agulhas para se defender do vírus, indica o diário estatal. A China foca-se neste momento também em fornecer serviços médicos e de saúde para mulheres grávidas e crianças, destacando a importância da medicina tradicional chinesa no tratamento e prevenção.
Hoje Macau China / ÁsiaPCC | Pedido avanço inabalável da reunificação nacional Um alto funcionário do Partido Comunista da China (PCC) pediu o avanço inabalável da causa da reunificação nacional. Wang Huning, membro do Comité Permanente do Bureau Político do Comitee Central do PCC, proferiu estas observações no 11.º Congresso Nacional de compatriotas de Taiwan, iniciado em Pequim na terça-feira, indica o diário do Povo. Wang disse que durante a última década – a primeira década da nova era – o PCC apresentou uma estrutura política geral para resolver a questão de Taiwan na nova era, promoveu o intercâmbio e a cooperação através do Estreito de Taiwan, e se opôs resolutamente às actividades separatistas destinadas à “independência de Taiwan” e à interferência estrangeira, mantendo assim a iniciativa e a capacidade de conduzir as relações através do Estreito. Wang acrescentou que nos últimos cinco anos as federações de compatriotas de Taiwan em vários níveis têm desempenhado um papel importante no avanço do desenvolvimento pacífico das relações através do Estreito e no aprofundamento do desenvolvimento integrado de vários sectores em todo o Estreito de Taiwan
Hoje Macau China / ÁsiaEsquadras | China admite existência de postos no estrangeiro, mas “sem actividade policial” A China reconheceu ontem que mantém “esquadras de polícia de serviço” no estrangeiro, mas negou que tenha exercido “actividade policial”, como denunciaram organizações de defesa dos Direitos Humanos incluindo em Portugal, acusando Pequim de perseguir dissidentes além-fronteiras. Um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês admitiu que Pequim “mantém uma rede de esquadras de polícia de serviço” no estrangeiro, mas sublinhou que não existem “esquadras de polícia clandestinas”, como denunciaram também países terceiros, como a Alemanha. Estas esquadras foram criadas “por grupos de chineses apaixonados no exterior” e são dirigidas por “voluntários comprometidos com a diáspora chinesa e não por agentes da polícia chineses”, segundo o porta-voz. Informações obtidas pela agência alemã DPA indicam que pelo menos “cinco altos funcionários” que trabalham nestas esquadras prestam assessoria jurídica a cidadãos chineses e alemães para solicitarem documentos ou realizarem processos burocráticos. As forças de segurança alemãs alertaram para a existência de duas esquadras chinesas clandestinas no país e indicaram que estas são alegadamente utilizadas para influenciar a diáspora chinesa no país, concluiu uma comissão parlamentar. Organizações de defesa dos Direitos Humanos estimam que existam cem esquadras deste tipo em pelo menos 50 países, incluindo em Portugal. Sem interferência O ministério dos Negócios Estrangeiros de Pequim insiste, no entanto, que o objectivo é “ajudar os cidadãos chineses que não puderam deslocar-se ao país durante a pandemia do novo coronavírus para que possam fazer exames médicos e renovar as cartas de condução”. As autoridades também afirmaram que esses centros “não violam a lei porque não realizam actividades policiais” e destacaram que a China “não interfere nos assuntos internos de outros países ou na sua soberania”.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | País deixa de publicar dados sobre casos assintomáticos As autoridades de saúde dão continuidade ao fim da política de zero casos e anunciam o fim da publicação dos números de assintomáticos, alegando ser impossível precisar o número real de pessoas infectadas sem sintomas A Comissão de Saúde da China informou ontem que vai deixar de publicar dados sobre casos assintomáticos de covid-19, face à redução acentuada da frequência de testes PCR, que deixaram de ser obrigatórios. A agência governamental disse que parou de publicar o número diário de casos em que nenhum sintoma é detectado por ser “impossível compreender com precisão o número real de pessoas infectadas assintomáticas”, geralmente a grande maioria dos casos, de acordo com um comunicado. Os únicos números relatados são casos diagnosticados em instalações de teste públicas. Isto representa um desafio para a China, à medida que põe fim a quase três anos da estratégia ‘zero covid’. Como os testes de PCR em massa deixaram de ser obrigatórios e os pacientes com sintomas leves podem recuperar em casa, em vez de serem isolados em instalações designadas, tornou-se mais difícil avaliar o número real de casos. As ruas de Pequim permanecem silenciosas, com filas a formarem-se junto a clínicas de febre – cujo número aumentou de 94 para 303 – e às farmácias, onde clientes tentam obter anti-piréticos ou anti-inflamatórios. Apesar dos esforços para aumentar a vacinação entre os idosos, dois centros montados em Pequim para administrar vacinas permaneciam vazios na terça-feira. As chamadas para as linhas directas de saúde aumentaram seis vezes, de acordo com a imprensa estatal. Sem contar os casos assintomáticos, a China registou apenas 2.249 infecções “confirmadas”, entre segunda e terça-feira, elevando o total de casos no país para 369.918. O país registou 5.235 mortes pela doença, desde o início da pandemia, de acordo com dados oficiais. Procura-se funcionários Apesar do relaxamento das restrições, os restaurantes permanecem quase todos fechados ou vazios na capital chinesa. Muitas empresas estão a ter dificuldades em encontrar funcionários suficientes que não estejam doentes. Sanlitun, um dos distritos comerciais mais populares de Pequim, estava ontem deserto. Os hospitais também estão a ter dificuldades em manter o pessoal, enquanto os pacotes de entregas se acumulam nos pontos de distribuição, devido à escassez de funcionários. Algumas universidades chinesas anunciaram que vão permitir que os alunos terminem o semestre em casa, na esperança de reduzir o potencial de um surto maior do novo coronavírus, durante o Ano Novo Lunar, que se celebra no final de Janeiro. A China também parou de rastrear algumas viagens, reduzindo a probabilidade de as pessoas serem forçadas a cumprir quarentena por terem estado em zonas de médio e alto risco. Apesar disso, as fronteiras do país permanecem praticamente fechadas e não há informações sobre quando as restrições vão ser relaxadas para viajantes que chegam do exterior.
Hoje Macau China / ÁsiaÍndia | China diz que situação na fronteira é “estável” após confrontos A China garantiu ontem que a situação na fronteira com a Índia é “estável”, depois de Nova Deli ter revelado a ocorrência de confrontos entre tropas dos dois países, que resultou em vários soldados feridos. “O nosso entendimento é que a situação na fronteira entre China e Índia é, geralmente, estável”, disse o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros Wang Wenbin, em conferência de imprensa. “Ambos os lados tiveram conversas muito serenas sobre esta questão, através de canais diplomáticos e militares. Esperamos que a Índia possa comprometer-se, juntamente com a China, a implementar conscientemente o consenso alcançado anteriormente pelos líderes de ambos os países”, acrescentou. Segundo o porta-voz chinês, é a Índia que tem que “aderir ao espírito dos acordos assinados” pelas duas partes e “salvaguardar a relação bilateral”. O incidente, sobre o qual o porta-voz não se quis pronunciar directamente, ocorreu no dia 9 de Dezembro, quando, segundo fontes oficiais do Exército indiano, soldados chineses cruzaram a fronteira disputada que divide os dois países. Após confrontos, que resultaram apenas em ferimentos leves, ambas as partes “retiraram-se imediatamente da zona” e realizaram uma reunião para “discutir o ocorrido, de acordo com os mecanismos de restabelecimento da paz e tranquilidade”, acrescentou a fonte indiana. Os dois países mantêm uma disputa histórica por várias regiões dos Himalaias, com Pequim a reivindicar Arunachal Pradesh, controlada por Nova Deli, que por sua vez reivindica Aksai Chin, que é administrada pelo país vizinho.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Pequim expande clínicas para tratar pacientes face a aumento de casos A grande explosão de casos prevista após o alívio da política de zero casos preocupa autoridades e pessoal de saúde A China continua a preparar-se para uma ‘avalanche’ de casos de covid-19, que ainda não se reflecte nas estatísticas oficiais, através do alargamento dos espaços nos centros de saúde, para tratar doentes com febre, e do armazenamento de medicamentos. Os quase 350 centros comunitários de serviços de saúde de Pequim criaram já áreas para tratar pacientes com febre, numa altura em que a “explosão de casos está a pressionar muito os serviços médicos”, de acordo com as autoridades locais. A China pôs, na semana passada, fim a quase três anos da política de ‘zero casos’ de covid-19. “O rápido desenvolvimento da epidemia está a exercer grande pressão sobre os serviços médicos”, reconheceu o vice-director da Comissão Municipal de Saúde de Pequim, Li Ang, citado pela imprensa local. Li exortou os moradores da capital a irem aos centros apenas se não melhorarem após receberem tratamento em casa. O funcionário observou que as chamadas de emergência aumentaram, nos últimos dias, e atingiram o pico a 9 de Dezembro, quando foram atendidas 31 mil ligações, seis vezes mais do que o normal. Para lidar com o crescente número de pacientes, Li disse que a capital vai alargar o número de clínicas de febre, de 94 para 303, e expandir a equipa de coordenação para chamadas de emergência. Os residentes continuam a comprar testes de antígeno e medicamentos para se tratarem em casa, levando as autoridades a pedir ao público que compre “somente quando necessário”, visando evitar o açambarcamento. Inverno mortífero Nos últimos dias, muitas cidades fecharam várias cabines para a realização de testes PCR e reduziram a frequência com que testam a população. A imprensa oficial começou também a minimizar o risco da variante Ómicron através de artigos e entrevistas com especialistas, numa súbita mudança de narrativa que acompanha o relaxamento de algumas das medidas mais rígidas da política de ‘zero casos’ de covid-19, que vigorou no país ao longo de quase três anos. O país aboliu, na semana passada, testes em massa, quarentena em instalações designadas, para casos positivos e contactos directos, e a utilização de aplicações de rastreamento de contactos. Embora tenha sido recebido com alívio, o fim da estratégia ‘zero covid’ suscita também preocupações. Com 1.400 milhões de habitantes, a China é o país mais populoso do mundo. A estratégia de ‘zero casos’ significa que a esmagadora maioria da população chinesa carece de imunidade natural. Pequim recusou também importar vacinas de RNA mensageiro, consideradas mais eficazes do que as inoculações desenvolvidas pelas farmacêuticas locais Sinopharm e Sinovac. A remoção das restrições poderá desencadear uma ‘onda’ de casos sem paralelo este Inverno, sobrecarregando rapidamente o sistema de saúde do país, de acordo com as projecções elaboradas pela consultora Wigram Capital Advisors, que forneceu modelos de projecção a vários governos da região, durante a pandemia. Um milhão de chineses poderá morrer com covid-19 durante os próximos meses de Inverno, de acordo com a mesma projecção.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Justiça volta a adiar julgamento de Jimmy Lai O julgamento do magnata da imprensa de Hong Kong Jimmy Lai, por violação da lei de segurança nacional, só terá início em Setembro de 2023, disse ontem um tribunal. O fundador de 75 anos do jornal Apple Daily devia ir a julgamento este mês por “conluio com forças estrangeiras”, uma violação da drástica lei de segurança nacional imposta por Pequim, na sequência dos protestos de 2019. Lai incorre numa sentença de prisão perpétua. O julgamento, que já tinha sido adiado no início deste mês, voltou a ser adiado devido a disputas legais sobre a defesa de Lai, que quer ser defendido pelo advogado britânico Tim Owen. Owen, um proeminente advogado britânico, já trabalhou anteriormente em Hong Kong em casos de grande visibilidade. O governo da região tinha argumentado em tribunal que deixar advogados estrangeiros litigar em casos de segurança nacional era arriscado por não existir forma de garantir a confidencialidade dos segredos de Estado. No entanto, os juízes concordaram com a escolha de Owen e decidiram repetidamente contra o governo. As autoridades de Hong Kong apelaram a Pequim para intervir e decidir, mas ainda não receberam uma resposta, disse o procurador de segurança nacional Anthony Chau ao Tribunal Superior da região. Enquanto se aguarda uma resposta de Pequim, os juízes decidiram adiar o início do julgamento para 25 de Setembro de 2023.
Hoje Macau China / ÁsiaChina pode repor normalidade pré-pandemia a partir de Março, diz especialista O epidemiologista chinês Zhong Nanshan prevê que a China possa repor a normalidade do quotidiano pré-pandemia por volta do segundo trimestre de 2023, de acordo com declarações à imprensa. Face à crescente propagação do novo coronavírus, após as autoridades terem posto fim à estratégia ‘zero covid’, Zhong usou como exemplo o atual surto em Cantão, no sudeste do país, adiantando que o pico no número de casos diários na cidade vai ser atingido entre o final de janeiro e meados de fevereiro. Aquele período coincide com o Ano Novo Lunar. A principal festa das famílias chinesas, equivalente ao natal nos países ocidentais, regista, tradicionalmente, a maior migração interna do planeta, com centenas de milhões de chineses a regressarem à terra natal. O epidemiologista recomendou aos cidadãos que recebam doses de reforço das vacinas contra a covid-19, para aumentar o nível de proteção antes daquele período. Zhong também pediu às pessoas que continuem a usar máscaras e que não comprem quantidades excessivas de remédios para combater a febre, como ocorreu recentemente em várias cidades do país, resultando numa escassez de suprimentos nas farmácias e hospitais. Nos últimos dias, a imprensa oficial começou a minimizar o risco da variante Ómicron através de artigos e entrevistas com especialistas, numa súbita mudança de narrativa que acompanha o relaxamento de algumas das medidas mais rígidas da política de ‘zero casos’ de covid-19, que vigorou no país ao longo de quase três anos. As autoridades afirmaram que estão reunidas as “condições” para que o país “ajuste” as suas medidas nesta “nova situação”, em que o vírus causa menos mortes, e anunciaram um plano para acelerar a vacinação entre os idosos, um dos grupos mais vulneráveis, mas ao mesmo tempo mais relutante em ser inoculado. O país aboliu, na semana passada, testes em massa, quarentena em instalações designadas, para casos positivos e contactos diretos, e a utilização de aplicações de rastreamento de contactos. Isto ocorreu depois de protestos em várias cidades da China contra a estratégia de ‘zero casos’ de covid-19. Alguns dos manifestantes proclamaram palavras de ordem contra o líder chinês, Xi Jinping, e o Partido Comunista, algo inédito no país em várias décadas. Embora tenha sido recebido com alívio, o fim da estratégia ‘zero covid’ suscita também preocupações. Com 1.400 milhões de habitantes, a China é o país mais populoso do mundo. A estratégia de ‘zero casos’ significa que a esmagadora maioria da população chinesa carece de imunidade natural. Pequim recusou também importar vacinas de RNA mensageiro, consideradas mais eficazes do que as inoculações desenvolvidas pelas farmacêuticas locais Sinopharm e Sinovac. A remoção das restrições poderá desencadear uma ‘onda’ de casos sem paralelo este inverno, sobrecarregando rapidamente o sistema de saúde do país, de acordo com as projeções elaboradas pela consultora Wigram Capital Advisors, que forneceu modelos de projeção a vários governos da região, durante a pandemia. Um milhão de chineses poderá morrer com covid-19 durante os próximos meses de inverno, de acordo com a mesma projeção. Especialistas advertiram, no entanto, que ainda há possibilidades de o Partido Comunista reverter o curso e reimpor restrições, caso ocorra um surto em grande escala.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 está a propagar-se na China depois de alívio de restrições, diz epidemiologista A vaga de covid-19 está a “propagar-se rapidamente” na China, alertou hoje um epidemiologista conselheiro do Governo, na sequência da decisão da tutela de abandonar a estratégia de “covid zero”. Na quarta-feira, as autoridades chinesas anunciaram o abrandamento geral das restrições sanitárias, depois dos protestos da população, e na esperança de revitalizar a segunda maior economia do mundo, que tem sido asfixiada pelas restrições. As lojas e restaurantes de Pequim estavam hoje desertos, enquanto o país aguarda um pico de infeções com o fim dos testes PCR de rotina em grande escala, a possibilidade de isolamento em casos ligeiros e assintomáticos, e o recurso mais limitado de confinamentos. “Atualmente, a epidemia na China (…) está a alastrar rapidamente e, nestas circunstâncias, por mais forte que sejam a prevenção e o controlo, será difícil cortar completamente a cadeia de transmissão”, afirmou, em entrevista aos meios de comunicação estatais chineses, um dos principais conselheiros do Governo desde o inicio da pandemia. “As atuais sub variantes da Omicron … são altamente contagiosas … uma pessoa pode transmitir a 22 pessoas”, acrescentou Zhong. O país enfrenta uma onda de casos que está mal preparado para gerar, com milhões de idosos ainda não totalmente vacinados e hospitais sem capacidade para acomodar um elevado número de pacientes. A China tem uma cama em unidades de cuidados intensivos para cada 10.000 habitantes, alertou, na sexta-feira, o diretor do departamento de assuntos médicos da comissão nacional de saúde. Jiao Yahui anunciou que 106 mil médicos e 177.700 enfermeiros seriam redirecionados para unidades de cuidados intensivos para lidar com a nova vaga de casos, não adiantando, no entanto, como é que outros setores hospitalares se iam organizar. Hoje, longas filas de pessoas formaram-se à porta das farmácias de Pequim, enquanto os residentes se apressavam a abastecer de medicamentos para a febre e de ‘kits’ de testes contra a covid-19. Em declarações à AFP, algumas pessoas disseram que estavam a encomendar medicamentos em farmácias de cidades próximas. “Tenho medo de sair”, afirmou Liu Cheng, residente no centro de Pequim, acrescentando que “muitos” dos seus amigos com sintomas ou que deram positivo no teste contra a covid-19 não tinham reportado.
Hoje Macau China / ÁsiaTrês organizações e dois cidadãos recebem Prémio Sérgio Vieira de Mello em Timor-Leste Três organizações não-governamentais e dois cidadãos são hoje agraciados na edição de 2022 do Prémio de Direitos Humanos Sérgio Vieira de Mello, atribuído pela Presidência de Timor-Leste. Na 15.ª edição, os prémios, no valor de 10 mil dólares cada, reconhecem cidadãos timorenses e estrangeiros, organizações governamentais e não-governamentais que se destaquem na promoção, na defesa e na divulgação dos direitos humanos no país. Entre os agraciados este ano, contam-se o timorense Gil Horácio Boavida, fundador da organização HASATIL, que reúne organizações envolvidas nos setores do turismo e da agricultura e responsável por vários projetos, de acordo com o decreto assinado pelo Presidente, José Ramos-Horta. A outra agraciada é a brasileira Simone Assis, diretora executiva do projeto Pro-Ema, criado em 2018 para apoiar jovens mulheres sobreviventes de abusos sexuais. A edição deste ano reconhece ainda a associação ATKOMA, da ilha de Ataúro, a trabalhar desde 2005 para desenvolver o turismo sustentável na região. Serão ainda agraciados o Leeuwin Care Centro Santa Bakhita, em Díli, e a organização Masine Neo, do enclave de Oecusse-Ambeno. Criados a 18 de março de 2009, por José Ramos-Horta, durante o primeiro mandato como chefe de Estado timorense, os prémios visam igualmente assinalar, anualmente, o Dia dos Direitos Humanos. A iniciativa tem ainda como objetivo reconhecer o trabalho realizado pelo brasileiro Sérgio Vieira de Mello enquanto chefe da Missão da ONU de Administração Transitória de Timor-Leste, entre novembro de 1999 e maio de 2002. O diplomata brasileiro morreu em 19 de agosto de 2003, vítima de um atentado no Iraque. Normalmente os prémios são atribuídos em duas categorias, Direitos Civis e Políticos e Direitos Económicos, Sociais e Culturais, sendo que na edição deste ano apenas serão entregues galardões correspondentes à segunda categoria. A cerimónia de entrega do prémio vai decorrer no Palácio Presidencial, em Díli, pelo Presidente interino e presidente do Parlamento timorense, Aniceto Guterres Lopes, na ausência de José Ramos-Horta, que se encontra em visitas no estrangeiro.