Hoje Macau China / ÁsiaONU | China e Rússia acusam EUA de violar direito internacional Os ataques norte-americanos a barcos venezuelanos foram fortemente condenados pelos representantes da Rússia e da China na reunião do Conselho de Segurança da ONU convocada por Caracas A Rússia e a China acusaram sexta-feira Washington de violar o direito internacional e os direitos humanos ao atacar embarcações venezuelanas e matar os suspeitos a bordo sem qualquer detenção ou acusação formal. Numa reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU pedida por Caracas para abordar o destacamento militar sem precedentes dos Estados Unidos nas Caraíbas, o embaixador russo, Vasily Nebenzya, avaliou que a postura norte-americana ameaça directamente a paz e a segurança regional e internacional. Nebenzya contestou as alegações de Washington, que tem justificado os ataques a embarcações venezuelanas com o combate ao tráfico de drogas, e indicou tratar-se de “propaganda” e de um “enredo perfeito para um filme de sucesso de Hollywood, no qual os americanos mais uma vez salvam o mundo”. “Essas alegações são completamente desprovidas de fundamento. O Escritório da ONU sobre Drogas e Crime nem sequer considera a Venezuela um centro de tráfico de drogas, visto que 87 por cento da cocaína chega aos Estados Unidos através do Oceano Pacífico, ao qual a Venezuela não tem acesso”, afirmou o diplomata russo. As tensões entre Washington e Caracas aumentaram ainda mais quando, em 02 de Setembro, o Governo de Donald Trump anunciou ter atingido uma embarcação suspeita de transportar drogas em águas internacionais no Mar das Caraíbas Meridional. Segundo as autoridades norte-americanas, 11 pessoas foram mortas nesse ataque. Outros ataques Com base em informações divulgadas pelas autoridades norte-americanas, foram realizados ataques aéreos adicionais contra embarcações que alegadamente transportavam droga nos dias 15, 16 e 19 de Setembro, e novamente a 03 de Outubro, indicou sexta-feira a ONU na reunião. No total, essas operações terão resultado em 21 mortes. “Washington recentemente (…) alegou ter provas irrefutáveis de que as embarcações pertenciam a cartéis de drogas. No entanto, a comunidade internacional não tem como verificar isso, pois os suspeitos nunca foram detidos ou acusados, e a carga que supostamente transportavam foi destruída”, afirmou Nebenzya. “Por outras palavras, as embarcações que transportavam pessoas foram simplesmente abatidas em alto mar sem julgamento, seguindo o princípio do ‘disparar primeiro’, e agora pedem-nos que acreditemos retroactivamente que havia criminosos a bordo”, acrescentou, acusando Washington de uma flagrante violação do direito internacional e dos direitos humanos. O diplomata russo denunciou ainda uma “campanha descarada de pressão política, militar e psicológica” dos EUA sobre “o Governo de um Estado independente, com o único propósito de mudar um regime desfavorável” a Washington. Parte chinesa Também o embaixador chinês junto da ONU afirmou que as “operações de execução unilaterais e excessivas dos EUA” violam o direito à vida e outros direitos humanos básicos e representam uma ameaça à liberdade e à segurança da navegação. “Opomo-nos ao uso ou ameaça de força nas relações internacionais e à interferência de forças externas nos assuntos internos da Venezuela, sob qualquer pretexto”, frisou Fu Cong. O embaixador chinês instou os EUA a cessarem imediatamente essas acções para evitar uma maior escalada e “a não usarem a desculpa do combate ao narcotráfico para pôr em risco a segurança da navegação dos países”. Por sua vez, o diplomata norte-americano John Kelley insistiu que Donald Trump usará todo o poderio dos EUA para enfrentar e erradicar os cartéis de drogas, independentemente de onde operem. Os EUA acusam o Presidente venezuelano de liderar o Cartel dos Sois e recentemente aumentaram a recompensa por informações que levem à captura de Nicolás Maduro para 50 milhões de dólares. Kelley acrescentou que as acções e políticas do “regime ilegítimo de Maduro” representam uma ameaça extraordinária tanto para a região quanto para a segurança nacional dos EUA. Já o embaixador venezuelano, afirmou que este é um conflito fabricado exclusivamente pelos EUA e que avança para uma escalada perigosa. Nesse sentido, Samuel Moncada antecipou que, “a muito curto prazo”, será perpetrado um ataque armado dos EUA contra a Venezuela e apelou ao Conselho de Segurança para que use dos meios necessários para evitar um agravamento ainda maior da situação. Moncada alegou ainda que os Estados Unidos estão desesperados para controlar as fontes de petróleo venezuelano. “Se a Venezuela não tivesse petróleo, a ameaça militar iminente não existiria”, defendeu.
Hoje Macau China / ÁsiaLíderes mundiais aplaudem acordo de paz entre Israel e Hamas Vários líderes mundiais saudaram o acordo de paz entre Israel e o Hamas anunciado pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, elogiando o fim iminente da guerra em Gaza e a libertação de reféns após dois anos de conflito. Trump anunciou na quarta-feira que Israel e o movimento islamita aceitaram a “primeira fase” do seu plano de paz, que prevê a retirada parcial das tropas israelitas da Faixa de Gaza e a libertação de 20 reféns ainda vivos em troca de prisioneiros palestinianos. “Todos os reféns serão libertados muito em breve e Israel retirará as suas tropas para uma linha acordada como primeiros passos para uma paz forte, duradoura e eterna”, escreveu Trump na rede Truth Social. A notícia foi recebida com entusiasmo por líderes de vários países. O primeiro-ministro canadiano, Mark Carney, felicitou Trump pela “liderança essencial” e expressou alívio pela iminente libertação dos reféns. “A paz finalmente parece possível. Instamos todas as partes a aplicarem rapidamente os termos do acordo”, afirmou. Também o Japão saudou o entendimento, que o porta-voz governamental Yoshimasa Hayashi classificou como “um passo importante para acalmar a situação”, agradecendo aos Estados Unidos, ao Egipto e ao Qatar pelos esforços de mediação. De Camberra, o primeiro-ministro, Anthony Albanese, e a ministra dos Negócios Estrangeiros, Penny Wong, destacaram tratar-se de “um passo muito necessário para a paz” e defenderam uma solução de dois Estados, sublinhando que o plano exclui o Hamas de qualquer papel na administração futura de Gaza. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, descreveu o acordo como “um avanço desesperadamente necessário” e apelou para a sua plena implementação, sublinhando que “é uma oportunidade para reconhecer o direito à autodeterminação do povo palestiniano e avançar para uma solução de dois Estados”. O Hamas confirmou o entendimento, garantindo que “assegura o fim da guerra, a retirada do exército israelita e a entrada de ajuda humanitária”, e apelou para que Israel cumpra os compromissos “sem atrasos ou alterações”. O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, classificou o acordo como uma “realização histórica” e agradeceu a Trump pela “liderança determinada e pelos esforços globais”, afirmando: “Com a ajuda de Deus, traremos todos para casa”. Euforia e alívio Segundo fontes oficiais, a libertação dos reféns deverá começar na segunda-feira, após a aprovação do acordo pelo Governo israelita, e a retirada militar cobrirá cerca de 70 por cento do território de Gaza. “Isto é mais do que Gaza, é o início da paz no Médio Oriente”, afirmou Trump numa entrevista à Fox News, assegurando que os Estados Unidos e países vizinhos vão apoiar a reconstrução do enclave. E acrescentou: “Outros países da região ajudarão porque têm imensa riqueza. Nós estaremos envolvidos para garantir que Gaza seja bem-sucedida e pacífica.” Em Telavive, famílias dos reféns reuniram-se em euforia na praça dos Reféns, entre lágrimas e cânticos de “Nobel para Trump”. “Quero cheirar o meu filho”, disse, emocionada, Einav Zangauker, mãe de um dos reféns. Em Gaza, onde o cessar-fogo foi recebido com uma mistura de alívio e desconfiança, deslocados e habitantes manifestaram a esperança de poder regressar às suas casas. “Queremos voltar, mesmo que não haja mais casas”, afirmou Alaa Abd Rabbo, deslocado do norte da Faixa. O acordo mediado pelos Estados Unidos, Qatar, Egipto e Turquia marca a tentativa mais significativa de pôr fim à guerra desde o início do conflito, em Outubro de 2023.
Hoje Macau China / ÁsiaNBA | China e Alibaba Cloud assinam parceria A NBA China, a liga desportiva profissional com maior popularidade nas redes sociais chinesas, com 425 milhões de seguidores, acaba de assinar uma parceria com a Alibaba Cloud, outro grupo chinês fundado por Jack Ma, para melhorar a interactividade dos fãs de basquetebol com os jogos transmitidos, nomeadamente o “NBA All-Star”, os playoffs da NBA e as finais, isto com recurso à inteligência artificial e ao sistema de computação em nuvem. O anúncio foi feito por Joe Tsai, co-fundador e vice-presidente executivo do grupo Alibaba e dono da equipa Brooklyn Nets, de Nova Iorque; e por Mark Tatum, vice-comissário e director de operações da NBA [National Basketball Association], principal liga desportiva de basquetebol nos EUA e uma das mais importantes a nível mundial. Em termos concretos, a NBA China “irá utilizar os serviços de IA e computação em nuvem da Alibaba Cloud para apoiar uma ampla gama de iniciativas digitais de envolvimento dos fãs”, tendo sido desenvolvido “um modelo de IA proprietários para a NBA China com base na série de modelos ‘Qwen’ da Alibaba”. Assim, “o modelo de IA proprietário, ajustado à gama de activos digitais da liga, fornecerá aos utilizadores da aplicação NBA China conteúdos envolventes, incluindo destaques dos jogos em tempo real, dados históricos do basquetebol, informações sobre os jogadores e discussões interactivas sobre temas actuais do basquetebol”. Destaque ainda para o facto de decorrerem hoje e domingo jogos de pré-temporada entre as equipas Nets e Phoenix Suns da NBA China 2025. A apresentação cabe à “Taobao 88VIP”, sendo que os jogos decorrem hoje às 20h na Venetian Arena, e depois no domingo às 19h, no mesmo local.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Softbank compra negócio da ABB por 4.610 ME A revolução tecnológica conhece mais um capítulo com a passagem da multinacional suíça para mãos nipónicas O grupo japonês Softbank anunciou ontem ter chegado a acordo com a multinacional suíça de tecnologia ABB para adquirir o seu negócio de robótica por 5.375 milhões de dólares, informou em comunicado. A aquisição conta com a aprovação do Conselho de Administração do conglomerado japonês e está pendente de aprovações regulatórias na União Europeia, China e Estados Unidos, com previsão de conclusão no segundo semestre de 2026. A Softbank espera que a aquisição da ABB “fortaleça significativamente” o seu negócio de robótica ligado à inteligência artificial (IA), um campo no qual tem investido. “Após a aquisição, a plataforma robótica, a experiência e a presença local existente serão complementadas com as bases tecnológicas dos investimentos existentes do grupo Softbank relacionados com a robótica (…) para acelerar a inovação em robótica de IA e impulsionar o progresso e o crescimento rumo à realização da super-inteligência artificial (SIA)», afirmou a Softbank. Esses investimentos referem-se à SoftBank Robotics, Berkshire Grey, AutoStore Holdings2, Agile Robots e Skild AI. O acordo significa que a ABB abandonou o seu plano original de abrir o capital separadamente do seu negócio de automação industrial, que concorre com outras empresas como as japonesas Fanuc, Yaskawa e a alemã Kuka no fabrico de robôs industriais. Revolução à vista De acordo com os detalhes revelados pela Softbank, a ABB seguirá em frente com a cisão do seu negócio de robótica numa ‘holding’ recém-criada para que o grupo japonês, através de uma subsidiária, adquira a totalidade das ações da nova empresa. “A próxima fronteira da Softbank é a IA física, juntamente com a ABB Robotics, reuniremos tecnologia e talento de primeira linha sob a nossa visão comum de fundir a super-inteligência artificial e a robótica, impulsionando uma evolução revolucionária”, afirmou o presidente executivo da Softbank, Masayoshi Son, em comunicado. O presidente executivo da ABB, Morten Wierod, disse, por sua vez, que a operação “permitirá ao negócio fortalecer e expandir a sua posição como líder tecnológico no sector”.
Hoje Macau China / ÁsiaNissan | Em clima de restruturação lançado novo eléctrico Leaf A Nissan, em processo de restruturação e a lidar com dificuldades financeiras, lançará na próxima semana no Japão uma nova versão do veículo elétrico Leaf para o mercado nacional japonês. Será o primeiro lançamento da empresa desde a elaboração do seu plano de reestruturação. A Nissan diz que o carro terá uma bateria maior do que a instalada em Leaf anteriores e autonomia de 702 quilómetros com uma única recarga. Destaca ainda que o ruído e a vibração do motor foram reduzidos para tornar mais silencioso o seu desempenho. Sugimoto Akira, executivo de marketing e vendas da Nissan no Japão, diz saudar o que chama de revigoramento do mercado de veículos eléctricos no país e prevê que, deste modo, a fabricante voltará a ter destaque. O responsável afirma que a empresa quer que as pessoas digam: “A Nissan está de volta com este carro.” Anunciado em Maio, o plano de reestruturação global da fabricante prevê o encerramento de sete fábricas e a eliminação de 20 mil postos de trabalho. Foi anunciado depois que, no exercício encerrado em Março, a Nissan registrou prejuízo líquido superior a 670 mil milhões de ienes — quase 4,4 mil milhões de dólares.
Hoje Macau China / ÁsiaTerras raras | Novas regras sobre exportação de tecnologias A China anunciou ontem a imposição imediata de controlos sobre as exportações de tecnologias ligadas às terras raras, reforçando a regulação num sector central nas tensões comerciais com os Estados Unidos. O país asiático é o maior produtor mundial destes minerais essenciais para as indústrias digital, automóvel, energética e de defesa. As terras raras têm sido um ponto de fricção nas recentes negociações comerciais sino-americanas, com Washington a acusar Pequim de atrasar deliberadamente a aprovação de licenças de exportação. Segundo um comunicado do Ministério do Comércio chinês, os novos controlos exigem autorização prévia para exportar tecnologias usadas na extração e fundição de terras raras, incluindo processos de montagem, afinação, manutenção, reparação e modernização de linhas de produção. Em nota separada, o ministério indicou que vão ser também impostas restrições adicionais a entidades estrangeiras que exportem produtos fabricados com terras raras ou tecnologias relacionadas provenientes da China. “Algumas organizações e indivíduos estrangeiros têm transferido ou fornecido produtos controlados com origem em terras raras chinesas, directa ou indirectamente, para uso em sectores sensíveis como o militar”, justificou um porta-voz. Essa prática, acrescentou, “prejudica gravemente ou representa uma potencial ameaça à segurança nacional da China” e teve “um impacto negativo na paz e estabilidade internacionais”. O domínio chinês na extração e refinação destes minerais confere a Pequim uma vantagem estratégica num contexto de crescente rivalidade comercial com os EUA.
Hoje Macau China / ÁsiaSemana Dourada | Atingido recorde de mais de 2.430 milhões de viagens A China registou mais de 2.430 milhões de viagens domésticas durante os oito dias de férias da recente “Semana Dourada”, um novo recorde para este período festivo, segundo dados oficiais divulgados ontem. Entre 01 e 08 de Outubro, foram contabilizadas em média 304 milhões de deslocações diárias, um aumento de 6,3 por cento face ao mesmo período do ano anterior, de acordo com o Ministério dos Transportes, citado pela agência noticiosa oficial Xinhua. Durante as férias, o país somou cerca de 888 milhões de viagens turísticas, mais 123 milhões do que nos sete dias de folga da “Semana Dourada” de 2024, segundo o Ministério da Cultura e Turismo. O gasto turístico interno atingiu 809 mil milhões de yuan, o que representa um crescimento homólogo de 15,4 por cento. A Administração Nacional de Imigração informou que foram realizados 16,34 milhões de viagens transfronteiriças durante o feriado, mais 11,5 por cento do que no ano passado. As viagens internacionais de estrangeiros aumentaram 21,6 por cento, para 1,43 milhões, e dos 751 mil estrangeiros que entraram na China, 535 mil beneficiaram da política de isenção de visto – subidas de 19,8 por cento e 46,8 por cento, respectivamente, em termos homólogos. As férias começaram em 1 de Outubro, data que assinala o aniversário da fundação da República Popular da China, e prolongaram-se até quarta-feira, um dia mais do que o habitual, devido à coincidência com o Festival do Meio Outono, celebrado este ano a 6 de Outubro. A “Semana Dourada” é um dos principais períodos de férias na China e constitui um importante motor para o turismo e o consumo interno.
Hoje Macau China / ÁsiaComércio | 14 organizações estrangeiras declaradas entidades não confiáveis A maioria das novas empresas incluídas na lista de não confiáveis têm sede nos Estados Unidos e estão ligadas a actividades militares A China incluiu ontem catorze organizações estrangeiras, a maioria com sede nos Estados Unidos e ligadas ao sector da defesa, na sua “lista de entidades não confiáveis”, num novo episódio das crescentes fricções comerciais e tecnológicas com Washington. Num comunicado, o Ministério do Comércio justificou a decisão com a necessidade de “salvaguardar a soberania, a segurança e os interesses de desenvolvimento nacional” do país. Entre as empresas visadas estão Dedrone by Axon, AeroVironment, BAE Systems, TechInsights e as suas filiais, bem como o Fórum Internacional de Segurança de Halifax (Canadá), no qual participou no final do ano passado a ex-líder de Taiwan Tsai Ing-wen (2016-2024). A lista inclui ainda a subsidiária norte-americana da israelita Elbit, além das companhias DZYNE Technologies, Epirus, Exelis e VSE Corporation, entre outras. De acordo com o ministério, as entidades sancionadas ficam proibidas de realizar actividades de importação e exportação relacionadas com a China, bem como de efectuar novos investimentos no país. O comunicado acrescenta que organizações e pessoas dentro da China não poderão manter transacções, cooperação ou qualquer tipo de relação comercial com essas empresas, especialmente no que se refere à “transmissão de dados ou fornecimento de informação sensível”. Malícia e segurança Em nota separada, o ministério afirmou que várias das empresas agora incluídas “mantiveram cooperação tecnológica militar com Taiwan, divulgaram declarações maliciosas sobre a China e ajudaram governos estrangeiros a reprimir empresas chinesas”. “Tais acções prejudicaram gravemente a soberania nacional, a segurança e os interesses de desenvolvimento da China”, acrescentou o Ministério do Comércio, sublinhando que Pequim apenas adicionou “um número muito reduzido de entidades estrangeiras” que “colocam em risco” a segurança nacional. “As empresas estrangeiras que actuam com integridade e cumprem a lei não têm motivo de preocupação. O Governo chinês, como sempre, dá as boas-vindas às empresas de todo o mundo para investirem e desenvolverem actividades no país, comprometendo-se a oferecer um ambiente de negócios estável, justo e previsível”, conclui o comunicado. A decisão surge poucas horas depois de Pequim ter anunciado um novo pacote de restrições à exportação de terras raras, num contexto de crescente disputa tecnológica e comercial entre a China e os Estados Unidos
Hoje Macau China / ÁsiaTimor-Leste | UE apoia sociedade civil com mais de dois milhões de euros A União Europeia (UE), em parceria com várias organizações não-governamentais timorenses, lançou ontem três projectos para reforçar a capacidade da sociedade civil para apoiar comunidades vulneráveis e monitorizar a implementação de políticas públicas. “A UE e Timor-Leste partilham o compromisso de garantir um espaço cívico livre, porque a monitorização e a advocacia feitas pelas organizações da sociedade civil são essenciais para uma sociedade livre como a nossa. Estamos satisfeitos por fazer parcerias com esta coligação para melhorar o desempenho do desenvolvimento e da responsabilização”, afirmou o embaixador da União Europeia em Timor-Leste, Thorsten Bargfrede. As organizações da sociedade civil parceiras da União Europeia incluem a CARE, Oxfam, PLAN International, A-HAK, Caucus, Fórum de Comunicação para as Mulheres de Timor-Leste (FOKUPERS), Fórum das Organizações Não Governamentais de Timor-Leste (FONGTIL), Instituto Kdadalak Sulimutu (KSI) e Instituto Mata Dalan (MDI). O apoio da União Europeia, no valor de 2,2 milhões de euros, será distribuído por três projectos. :“Reforçar as Organizações da Sociedade Civil Locais para uma Governação Responsiva e Responsável nos Direitos Humanos e Igualdade de Género”, “Reforçar a Sociedade Civil para Promover uma Boa Governação” e “Fortalecer a Sociedade Civil para a Diversidade: Reforçar a Liderança da Sociedade Civil para Melhorar a Governação e o Desenvolvimento Sustentável”.
Hoje Macau China / ÁsiaPelo menos dez mortos no Vietname devido a cheias provocadas pelo tufão Matmo Pelo menos dez pessoas morreram e várias continuam desaparecidas no norte do Vietname em consequência das cheias provocadas pelo tufão Matmo, que atingiu o sul da China na segunda-feira antes de enfraquecer, declarou ontem o Governo vietnamita. O primeiro-ministro vietnamita, Pham Minh Chinh, visitou ontem a cidade de Thai Nguyen, capital da província com o mesmo nome e a região com o maior número de mortos, com quatro vítimas mortais e cerca de 200 mil casas afectadas. Com água até aos joelhos, o político vietnamita inspeccionou a zona e ajudou a distribuir ajuda humanitária, de acordo com informações publicadas no portal do governo. As autoridades mobilizaram mais de 7.600 soldados e voluntários para esforços de ajuda de emergência, depois de o país ter sido atingido por sete tempestades severas desde o final de Agosto. De acordo com o balanço provisório, três pessoas morreram também na província de Bac Ninh — a 30 quilómetros a noroeste de Hanói —, outras duas na província de Thanh Hoa e uma na província de Cao Bang, na fronteira com a China. As equipas de emergência estão à procura de, pelo menos, duas pessoas em Thai Nguyen e outra em Thanh Hoa. As cheias causaram também perdas significativas à agricultura e danos consideráveis nas infraestruturas, enquanto as autoridades alertam a população para a possibilidade de deslizamentos de terra e transbordamentos de rios nas regiões afectadas pelas chuvas. Outros desastres Na Tailândia, as chuvas provocadas pelo Matmo causaram pelo menos 22 mortes, tendo sido registadas inundações em cerca de vinte províncias do centro, norte e nordeste do país na terça-feira, afectando quase 370 mil pessoas, informaram as autoridades. Os tufões são fenómenos recorrentes no sudeste asiático, quando as águas quentes do Oceano Pacífico favorecem a formação de ciclones. No final de Setembro, o tufão Bualoi fez pelo menos 58 mortos ou desaparecidos no Vietname e, no final de Agosto, o tufão Kajiki matou sete pessoas. Em Setembro de 2024, o país foi fortemente atingido pelo tufão Yagi, que fez mais de 300 mortos devido às fortes chuvas e deslizamentos de terra.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Wang Yi de visita a Itália e Suíça O ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, está de visita a Itália onde realiza a 12ª Reunião Conjunta do Comité Governamental China-Itália e, de seguida, viajará para a Suíça onde decorrerá a 4ª ronda do Diálogo Estratégico dos Ministros dos Negócios Estrangeiros China-Suíça, até 12 de Outubro, anunciou um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China no domingo. Wang, também membro do Bureau Político do Comité Central do Partido Comunista da China, está a realizar a viagem a convite do vice-primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação Internacional da Itália, Antonio Tajani, e do conselheiro federal e ministro dos Negócios Estrangeiros da Suíça, Ignazio Cassis, disse o porta-voz, indica o diário do Povo.
Hoje Macau China / ÁsiaFeriados| Consumo durante feriados mostra vitalidade económica Com a convergência dos feriados do Dia Nacional da China e do Festival do Meio Outono, as actividades culturais, as redes de transporte movimentadas e as cenas de consumo inovadoras do país pintaram um quadro vívido da resiliência económica e do potencial de crescimento do país. O feriado de oito dias, que começou a 1 de Outubro, registou fluxos de pessoas e consumo sem precedentes em todo o país. Desde cerimónias de hasteamento da bandeira na Praça Tiananmen, em Pequim, até exibições assistidas por drones no topo do Monte Emei, o fervor patriótico misturou-se perfeitamente com a atividade económica, escreve a Xinhua. Às 04h da manhã de 1 de Outubro, enquanto o céu ainda estava escuro, a Praça Tiananmen já estava lotada de pessoas. Neste Dia Nacional, 121 mil pessoas contemplavam o mastro da bandeira, aguardando ansiosamente o momento em que a bandeira nacional da China seria hasteada ao nascer do sol. “Sempre esperei ansiosamente por este momento, em que poderia fazer uma confissão sincera ao meu amado país”, disse Tao Bufan, 27 anos. Os eventos culturais tornaram-se uma força motriz para o turismo regional. Em Tangshan, Província de Hebei, no norte da China, uma série de concertos do Dia Nacional atraiu grandes multidões, com apresentações gratuitas para o público, acrescenta a agência estatal. Wen Chao, presidente de uma empresa local de apresentações culturais, observou que o evento tem como objectivo “oferecer festas culturais de alta qualidade para residentes e turistas durante o feriado”. Estimativas indicam que mais de 12 mil eventos culturais foram realizados em todo o país durante o feriado. Os sistemas de transporte desempenharam um papel fundamental na facilitação da mobilidade. Na primeira metade dos feriados, as viagens inter-regionais de passageiros atingiram um recorde de aproximadamente 1,25 mil milhões. Rodovias, ferrovias, hidrovias e aviação registaram crescimento ano a ano, reflectindo a vitalidade de uma China hiperconectada, indica a Xinhua. Outros destinos As áreas cénicas em cidades menores também ganharam popularidade, com dados da agência de viagens online Qunar.com a mostrar que destinos como Jiuzhaigou e Pingtan se tornaram pontos turísticos de destaque no Outono. Um turista da cidade de Nanjing, no leste da China, de sobrenome Zhan, que dirigiu até a província vizinha de Zhejiang para assistir a um jogo de basquetebol, disse à Xinhua: “Reunir-se com parentes e amigos aqui para assistir a jogos e saborear petiscos adiciona uma atmosfera única ao feriado.” Novas formas de consumo dinamizaram o mercado. Em 1 de outubro, a base de “autocarros de baixa altitude” no Lago Qingshan, na cidade de Hangzhou, iniciou oficialmente as suas operações. A base lançou dois serviços principais – “passeios aéreos” e “transfers interurbanos”, permitindo aos visitantes embarcar em helicópteros e subir a uma altitude de 500 metros para desfrutar de vistas aéreas deslumbrantes da paisagem outonal. Um visitante da Província de Guangdong, no sul da China, disse: “É tão especial poder apanhar um helicóptero e desfrutar de uma vista aérea da paisagem.” Medidas políticas também estimularam os gastos. Antes do feriado, o governo central alocou 69 mil milhões de yuans em títulos especiais para apoiar a troca de bens de consumo, elevando o total anual para 300 mil milhões de yuans. De Janeiro a Agosto, os programas de subsídios para trocas atraíram 330 milhões de inscrições, impulsionando vendas de mais de 2 biliões de yuans. Mais inovação Os governos locais também introduziram iniciativas inovadoras. A província oriental de Anhui lançou um programa de viagens baseado em crédito que permite aos visitantes reservar bilhetes e hotéis sem fazer um pagamento adiantado, enquanto o Município de Tianjin, no Norte, promoveu actividades de consumo financeiro para impulsionar os gastos com férias. Um porta-voz do Ministério do Comércio enfatizou que os esforços para aumentar a oferta, inovar as formas de consumo e fortalecer a integração intersectorial irão promover ainda mais o potencial de consumo diversificado, remata a Xinhua.
Hoje Macau China / ÁsiaUNESCO | Egípcio Khaled el-Enany eleito para próximo director-geral O museólogo egípcio Khaled el-Enany foi eleito esta segunda-feira director-geral da UNESCO, pelo conselho executivo da Organização das Nações Unidas para a Educação Ciência e Cultura, sucedendo à francesa Audrey Azoulay, no próximo mandato de quatro anos. Os resultados da votação, anunciados pela presidente do conselho executivo, Vera El Khoury Lacoeuilhe, mostram que Khaled el-Enany recebeu 55 dos 57 votos possíveis, batendo o segundo candidato, o diplomata congolês Firmin Edouard Matoko. O resultado da votação deverá ser ratificado no próximo dia 6 de novembro, na Conferência Geral da UNESCO, em Samarcanda, no Uzbequistão. Khaled el-Enany, que deverá tomar posse como 12.º director-geral da UNESCO em 14 de Novembro, tornar-se-á assim o primeiro cidadão de um país árabe a desempenhar o cargo e o segundo africano, depois do senegalês Amadou Mahtar Mbow (1974-1987). Antigo ministro das Antiguidades e do Turismo (2016-2022) do Governo egípcio, egiptólogo de formação, Khaled el-Enany, de 54 anos, é professor de Egiptologia na Universidade de Helwan, no Cairo, a que está ligado há mais de 30 anos, como indica a biografia no seu ‘site’. No seu percurso académico, que inclui ainda o ensino da língua egípcia antiga, estão também outras instituições de ensino superior como a Universidade de Palermo, em Itália, a Universidade Paul-Valéry-Montpellier, em França, e a Universidade de Tecnologia de Brandeburgo, na Alemanha. O próximo director-geral da UNESCO, que dirigiu o Museu Nacional da Civilização Egípcia, em Fustat, Cairo, é também académico correspondente do Instituto Arqueológico Alemão, em Berlim, investigador associado e membro do conselho de administração do Instituto Francês de Arqueologia Oriental. Audrey Azoulay, antiga ministra francesa da Cultura, e a segunda mulher à frente da UNESCO depois da búlgara Irina Bokova (2009-2017), completa, em Novembro, dois mandatos consecutivos desde 2017.
Hoje Macau China / ÁsiaIsrael | Sánchez condena Hamas e pede fim do genocídio O primeiro-ministro espanhol lembrou ontem os “terríveis atentados” do grupo islamita radical Hamas em Israel há dois anos, condenou “o terrorismo em todas as suas formas” e exigiu a Telavive que “pare o genocídio do povo palestiniano”. “Hoje (ontem) passam dois anos dos terríveis atentados perpetrados pelo Hamas. É um dia para reiterar a nossa rotunda condenação do terrorismo em todas as suas formas. Para pedir a libertação dos reféns israelitas. E para exigir a Netanyahu que pare o genocídio do povo palestiniano e abra um corredor humanitário”, disse Pedro Sánchez, que se referia ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. “O diálogo e a consolidação dos dois Estados [Israel e Palestina] são a única solução possível para pôr fim ao conflito e conseguir um futuro de paz”, acrescentou o líder do Governo de Espanha, numa mensagem publicada na rede social X. Em 07 de outubro de 2023, milícias lideradas pelo Hamas, grupo terrorista que controla o território palestiniano da Faixa de Gaza, realizaram ataques sem precedentes no sul de Israel há dois anos, durante os quais assassinaram cerca de 1.200 pessoas e raptaram 251 que levaram como reféns para Gaza. O exército israelita respondeu com uma ofensiva contra o Hamas no enclave controlado pelo grupo extremista desde 2007, que provocou mais de 67.100 mortos em dois anos e originou a acusação de genocídio contra Israel. Representantes do Hamas e de Israel iniciaram na segunda-feira, no Egipto, negociações indirectas sobre um plano proposto pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para acabar com o conflito. O plano, de 20 pontos, prevê a libertação dos reféns ainda em Gaza, um cessar-fogo, o desarmamento do Hamas, a retirada das tropas israelitas e uma administração internacional transitória da Faixa de Gaza. Nestes dois anos, o governo espanhol, liderado pelo socialista Pedro Sánchez, foi dos primeiros e dos mais contundentes a criticar a ofensiva de Israel em Gaza, que o próprio primeiro-ministro qualifica como um genocídio. Espanha foi também um dos primeiros países a reconhecer o Estado da Palestina neste período, em maio de 2024. Apelos do Qatar O Qatar defendeu ontem que Israel já deveria ter cessado as operações militares na Faixa de Gaza, em conformidade com o plano do Presidente norte-americano, Donald Trump. “Esperamos pelos resultados das negociações nos próximos dias relativamente ao cessar-fogo”, declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar, Majed al-Ansari, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP). “Esta questão deve, antes de mais, ser colocada a Israel. Deveria já ter posto termo às operações militares se as declarações do primeiro-ministro israelita sobre a adesão ao plano de Trump fossem verdadeiras”, acrescentou.
Hoje Macau China / ÁsiaUniversidade timorense investiga professor suspeito de assédio sexual A universidade pública timorense está a investigar um docente suspeito de ter cometido crimes de assédio sexual contra estudantes do sexo feminino desde 2008. “O Conselho Disciplinar da Universidade Nacional Timor Lorosa’e (UNTL) é quem está a conduzir a investigação, porque não podemos tomar uma decisão sem uma investigação. O Conselho vai estabelecer uma comissão executiva para investigar o caso, ouvir as vítimas e também o professor acusado”, afirmou o reitor da UNTL, João Soares Martins. O reitor falava aos jornalistas após uma palestra pública do ministro da Cultura da Indonésia dirigida aos estudantes da universidade, no auditório da Faculdade de Ciências Sociais, em Díli. Um grupo de estudantes do Departamento de Política Pública exigiu na segunda-feira ao reitor da UNTL a demissão do docente, por estar alegadamente envolvido em casos de assédio sexual a estudantes desde 2008. João Soares Martins afirmou que, se se provar que o docente cometeu o crime, terá de enfrentar as consequências. “Quando houver resultados que confirmem os factos, tomaremos medidas, seja impedindo o professor de continuar a dar aulas, seja aplicando uma suspensão”, salientou o reitor. O responsável da UNTL sublinhou também que, se as suspeitas forem confirmadas, o caso será encaminhado à Comissão da Função Pública para que sejam tomadas medidas disciplinares, uma vez que o docente é também um funcionário público permanente. Tolerância zero João Soares Martins recordou que a UNTL tem promovido acções de sensibilização dirigidas a professores e estudantes sobre assédio sexual e outras condutas impróprias. “Temos uma pró-reitoria para aconselhamento que encoraja todos os estudantes ou qualquer pessoa que seja vítima de assédio sexual ou de outras condutas imorais a apresentar queixa”, referiu o reitor. O dirigente reconheceu também que a UNTL procura criar um ambiente seguro para todos, com vista à liberdade no processo de aprendizagem, e reiterou o compromisso da universidade com uma política de tolerância zero ao assédio sexual. Francelino Alves Correia, porta-voz dos estudantes do Departamento de Política Pública da Faculdade de Ciências Sociais e Políticas da UNTL, afirmou que, após uma conferência de imprensa, o departamento emitiu uma carta solicitando a suspensão do horário letivo do referido docente. “O departamento colaborou com a faculdade, que por sua vez elaborou uma circular para avançar com a investigação ao alegado predador sexual, suspeito de ter cometido crimes desde 2008”, explicou o porta-voz.
Hoje Macau China / ÁsiaEvereste | Centenas de alpinistas presos devido a tempestade de neve As equipas de resgate estão a ajudar centenas de alpinistas presos pela neve em acampamentos turísticos numa encosta do monte Evereste, no Tibete, revelou a imprensa estatal chinesa. Cerca de 350 alpinistas chegaram a um ponto de encontro na região de Tingri e os socorristas estavam em contacto com outros 200, referiu a emissora estatal CCTV no domingo à noite. Os alpinistas ficaram presos a uma altitude de mais de 4.900 metros, de acordo com uma notícia anterior do Jimu News, um ‘site’ chinês. O monte Evereste tem cerca de 8.850 metros de altura. Um alpinista que se apressou a descer antes que a neve bloqueasse o caminho contou ao Jimu News que outros ainda na montanha lhe disseram que a neve tinha um metro de profundidade e tinha destruído tendas. Centenas de equipas de resgate subiram a montanha no domingo para abrir caminhos para que as pessoas presas pudessem descer, informou a reportagem do Jimu. Um vídeo gravado por um morador mostrou uma longa fila de pessoas com cavalos e bois a subir um trilho sinuoso na neve. A tempestade de neve ocorreu durante um feriado nacional de uma semana na China, quando muitas pessoas viajam para o país e para o estrangeiro. Noutra região montanhosa no oeste da China, um alpinista morreu de hipotermia e de doença de altitude e outros 137 foram retirados na parte norte da província de Qinghai, noticiou segunda-feira a CCTV. A busca numa área no condado de Menyuan, com uma altitude média de mais de 4.000 metros, foi complicada pelo terreno, clima imprevisível e nevões contínuos, pode ler-se ainda numa reportagem ‘online’ da CCTV. O monte Evereste, conhecido como monte Qomolangma em chinês, fica na fronteira entre a China e o Nepal, onde as fortes chuvas recentes fizeram mais de 40 mortos. Os alpinistas tentam escalar o pico mais alto do mundo a partir de acampamentos-base em ambos os países.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte | Li Qiang no aniversário do Partido dos Trabalhadores O primeiro-ministro chinês vai visitar esta semana a Coreia do Norte para participar nas celebrações do 80.º aniversário da fundação do Partido dos Trabalhadores, que decorrem na sexta-feira em Pyongyang, anunciou ontem a diplomacia chinesa. O Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês indicou, em comunicado, que Pequim vai aproveitar a visita de Li Qiang para “reforçar a comunicação estratégica, fortalecer os intercâmbios e a cooperação e promover o desenvolvimento contínuo das tradicionais relações de amizade e cooperação entre a China e a Coreia do Norte”. “A China e a Coreia do Norte são vizinhos tradicionais e amigáveis. Manter, consolidar e desenvolver bem as relações sino-norte-coreanas tem sido sempre uma política estratégica firme e inabalável do Partido e do Governo chineses”, lê-se na nota. Na semana passada, o primeiro-ministro chinês reuniu-se em Pequim com a ministra dos Negócios Estrangeiros norte-coreana, Choe Son-hui, a quem garantiu que a China está disposta a “reforçar os intercâmbios e as interações” com a Coreia do Norte “a todos os níveis”. Durante o encontro, Li assegurou que o a China valoriza o “apoio consistente e firme” da Coreia do Norte em questões que afetam os “interesses centrais e as principais preocupações” chinesas. Choe, por seu lado, declarou que “consolidar e desenvolver as relações com a China” é uma “posição inabalável” de Pyongyang. A presença de Li na Coreia do Norte ocorre um mês depois de o líder norte-coreano, Kim Jong-un, se ter deslocado à capital chinesa para assistir a uma parada militar para assinalar o 80.º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial no Pacífico. Pequim continua a ser o principal aliado político e parceiro económico de Pyongyang, num cenário marcado pelas sanções internacionais contra a Coreia do Norte e pela crescente cooperação militar deste país com a Rússia.
Hoje Macau China / ÁsiaHK | Apreendido anestésico ligado a droga sintética que matou três pessoas A polícia de Hong Kong anunciou a apreensão de 850 gramas de um anestésico usado para produzir uma nova droga sintética, conhecida como ‘petróleo espacial’, que terá causado pelo menos três mortes no território. Num comunicado divulgado no domingo, a Alfândega da região semiautónoma chinesa disse que o anestésico etomidato foi apreendida na Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, a maior travessia marítima do mundo. A substância, em forma de pó, foi encontrada escondida dentro de duas latas de leite em pó para crianças, no interior de um veículo privado que tinha atravessado a ponte para entrar em Hong Kong, no sábado. O condutor, de 41 anos, e o passageiro, de 49, foram ambos detidos. Mais tarde, a polícia encontrou, entre os pertences do passageiro, uma cápsula de etomidato, que pode consumido em dispositivos de cigarros eletrónicos. A quantidade de etomidato apreendida tinha um valor de mercado de 2,3 milhões de dólares de Hong Kong. Made in Malásia O etomidato, um anestésico de curta ação, administrado por via intravenosa, é utilizado principalmente em serviços de urgência, unidades de anestesia, salas de cirurgia e unidades de cuidados intensivos. De acordo com os media de Hong Kong, a polícia disse numa conferência de imprensa que a substância apreendida terá sido originalmente enviada da Malásia para a região vizinha de Macau. Em Fevereiro, as forças de segurança de Hong Kong anunciaram a apreensão de três quilos de etomidato no aeroporto, dentro de uma bagagem não reclamada, vinda da Malásia. No início de Novembro, as autoridades de Hong Kong confirmaram terem suspeitas de que pelo menos três mortes estão relacionadas com o ‘petróleo espacial’. Em Fevereiro, o território implementou novos protocolos que envolvem um controlo mais rigoroso não só sobre o armazenamento da droga, mas também sobre os requisitos de documentação e manuseamento nos hospitais locais. O etomidato foi incluída numa lista de produtos perigosos alvo de restrições, elevando a pena máxima por posse de ‘petróleo espacial” para sete anos de prisão e uma multa de um milhão de dólares de Hong Kong. Já o tráfico ou importação ilegal desta substância passou a ser passível de uma pena máxima de prisão perpétua e de uma multa de cinco milhões de dólares de Hong Kong. Também Macau revelou em Dezembro que a polícia já detectou quatro casos ligados a este narcótico desde o primeiro caso de ‘petróleo espacial’ encontrado numa escola local, em Outubro de 2023. Esta droga é conhecida em Hong Kong como ‘droga zombie’ porque pode causar graves danos físicos e mentais, incluindo dependência, perda de memória, convulsões, perda de consciência e até morte.
Hoje Macau China / ÁsiaÁfrica | Importação de painéis da China ajuda a bater recorde na energia solar A consultora Oxford Economics disse segunda-feira que o aumento da compra de painéis solares dos países africanos à China ajudou a que a capacidade solar até Julho batesse o recorde, com 9.516 megawatts (MW). “África, com o seu vasto potencial solar, está a passar por um aumento nas importações de painéis solares provenientes da China; esse influxo está a impulsionar a capacidade de geração do continente, com as importações deste ano até Julho a atingirem um recorde de 9.516 MW”, lê-se numa análise do departamento africano desta consultora britânica. Num comentário à evolução da produção de energia solar no continente africano, enviado aos clientes e a que a Lusa teve acesso, os analistas escrevem que a diminuição dos custos das instalações solares tem feito com que a capacidade solar de África continue a aumentar. “O custo ao longo da vida útil da energia solar caiu drasticamente na última década, e é agora considerada a forma mais barata de energia elcétrica da história. Esses custos mais baixos estão a impulsionar o aumento dos investimentos e da geração em todo o mundo, com a capacidade global de energia solar a mais do que duplicar nos últimos três anos”. Para África, isto significa um benefício importante, apontam os analistas: “A África subsaariana tem o menor acesso à electricidade do mundo, com apenas 53,3 por cento da população electrificada em 2023, bem abaixo da média global de 91,6 por cento, e muitos países africanos também enfrentam um abastecimento pouco fiável e custos elevados de eletricidade, o que dificulta o desenvolvimento económico”. A quantidade de importações de painéis solares por capacidade atingiu um valor recorde de 1.702 MW em Julho de 2025, mas olhando para o conjunto dos primeiros sete meses do ano, as importações solares por capacidade aumentaram para 9.516 MW, em comparação com 6.625 MW no mesmo período do ano passado, o que representa um aumento de 43 por cento. Por partes Por país, os maiores aumentos nas importações de capacidade de produção de energia solar ao longo destes sete meses foram da África do Sul (+1.790 MW), Argélia (+1.073 MW), Nigéria (+1.064 MW) e Egito (+798 MW), lê-se ainda no relatório da Oxford Economics. Expandir o abastecimento de electricidade de forma significativa “poderia ser transformador, pois reduziria o custo de vida e apoiaria as indústrias necessárias para a criação de empregos e o aumento da produtividade”, acrescenta a Oxford Economics, notando, ainda assim, que os riscos ao aumento da produção de energia solar em África continuam a ser significativos. “A intermitência da energia solar significa que África ainda precisa de investir nas infraestruturas de base para garantir um abastecimento fiável, e muitas empresas estatais de serviços públicos encaram a energia solar privada como uma ameaça, criando barreiras para os produtores independentes”, o que dificulta a disponibilização de energia nas zonas mais remotas do continente, concluem os analistas.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Ex-ministra deve tornar-se a primeira mulher a liderar o país Sanae Takaichi, uma nacionalista de direita, foi eleita sábado líder do Partido Liberal Democrático (PLD) e deverá tornar-se em breve a primeira mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra do Japão. O PLD – partido que lidera o Governo – pode ter perdido a maioria absoluta em ambas as câmaras do Parlamento neste ano, mas a oposição parece demasiado fragmentada para impedir Takaichi de ser eleita primeira-ministra nos próximos dias, na semana de 13 de Outubro, segundo os meios de comunicação locais. Sanae Takaichi, de 64 anos, vai suceder a Shigeru Ishiba, que foi eleito chefe do Governo em outubro de 2024 e se demitiu no mês passado. No segundo escrutínio, que aconteceu sábado e no qual votaram apenas os representantes eleitos e os membros do PLD, Sanae Takaichi superou o ministro da Agricultura, Shinjiro Koizumi, de 44 anos. Takaichi terá de garantir que o PLD – um partido nacionalista de direita no poder quase ininterruptamente desde 1955, mas agora cada vez mais rejeitado pelos eleitores -, recupere parte da sua antiga glória. “Com todos vós, inaugurámos uma nova era para o PLD”, disse a nova líder aos seus pares alguns minutos após a sua eleição.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte afirma ter mobilizado “meios especiais” contra Coreia do Sul A Coreia do Norte mobilizou “meios especiais” contra a Coreia do Sul, onde estão destacados aproximadamente 28.500 soldados dos Estados Unidos, disse o líder norte-coreano Kim Jong-un, citado ontem pela imprensa estatal. De acordo com a agência noticiosa oficial da Coreia do Norte, a KCNA, a revelação aconteceu no sábado, num discurso proferido na abertura de uma exposição de armas em Pyongyang, mas Kim não divulgou detalhes sobre os “meios especiais”. “A aliança nuclear entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul está a progredir rapidamente, e estão a conduzir vários tipos de exercícios para testar cenários perigosos”, disse o líder norte-coreano. “À medida que os militares norte-americanos reforçam o seu arsenal na região da Coreia do Sul, as nossas preocupações estratégicas com esta região também se intensificam e, por conseguinte, alocamos os nossos recursos especiais a alvos-chave”, disse Kim. O líder da Coreia do Norte garantiu que estava a “acompanhar de perto” os desenvolvimentos militares do outro lado da fronteira. “O inimigo (…) terá de se preocupar com as mudanças no seu ambiente de segurança”, afirmou. Fotos divulgadas pela KCNA mostram Kim a caminhar em frente a armas, incluindo um míssil, rodeado por generais norte-coreanos num centro de exposições. Promessas por cumprir Em 22 de Setembro, o líder norte-coreano declarou-se disposto a retomar o diálogo com os Estados Unidos se estes deixarem de exigir que Pyongyang abandone o programa de armas nucleares. “Se os Estados Unidos abandonarem a sua obsessão delirante pela desnuclearização e, reconhecendo a realidade, desejarem verdadeiramente coexistir pacificamente connosco, então não há razão para que não possamos sentar-nos à mesa com eles”, afirmou Kim. “Tenho boas recordações do actual Presidente norte-americano, Donald Trump”, acrescentou. A Coreia do Norte realizou seis testes nucleares entre 2006 e 2017 e, desde então, continuou a desenvolver o seu arsenal, apesar das pesadas sanções internacionais. Pyongyang justifica o seu programa nuclear militar com as ameaças de que afirma ser alvo por parte dos Estados Unidos e dos seus aliados, entre os quais a Coreia do Sul.
Hoje Macau China / ÁsiaOMC | Pequim pede ao México que proteja interesses de empresas chinesas A China pediu ao México que cumpra as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) nas suas investigações antidumping e salvaguarde os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas, indicou o Ministério do Comércio na sexta-feira. Um porta-voz do ministério fez as observações em resposta a uma pergunta da imprensa sobre as recentes quatro investigações antidumping do México sobre produtos chineses, incluindo vidro flutuante e lonas de PVC, aponta a Xinhua. A China opõe-se firmemente a medidas proteccionistas que prejudicam os seus direitos e interesses legítimos e monitorará de perto o desenvolvimento das investigações, disse o porta-voz. Observou-se que, este ano, o México abriu 11 investigações antidumping sobre produtos chineses até ao momento — quase o dobro do total do ano passado — enquanto a China continuou a exercer moderação no lançamento de investigações de defesa comercial. No contexto do uso excessivo de tarifas pelos Estados Unidos, a China advoga que todos os países devem trabalhar juntos para se opor ao unilateralismo, conter a disseminação do proteccionismo e abster-se de impor restrições à China sob vários pretextos devido à coerção externa, de acordo com o porta-voz. Em resposta aos aumentos tarifários e outras restrições propostos pelo México, o ministério lançou uma investigação sobre as barreiras comerciais e de investimento de acordo com as leis e regulamentos relevantes. “Com base nas nossas descobertas e circunstâncias reais, a China tomará todas as medidas necessárias para salvaguardar resolutamente os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas, incluindo medidas no comércio e investimento”, disse o porta-voz.
Hoje Macau China / ÁsiaMatmo | Cancelados voos e encerradas lojas As autoridades chinesas cancelaram voos e encerraram lojas sábado, em antecipação à passagem do tufão Matmo, que se aproximava das províncias de Hainan e Guangdong, no sul da China. As autoridades chinesas aumentaram sábado o nível de alerta para laranja, o segundo mais elevado, obrigando à supressão de comboios, voos e aulas como medida preventiva. O NMC informou que o Matmo, o 21.º tufão da temporada no Pacífico, se intensificou durante a madrugada de sábado, passando de tempestade tropical severa a tufão. O aeroporto de Haikou deveria inicialmente receber mais de 632.000 passageiros entre 01 e 08 de outubro para as férias combinadas do feriado nacional e do feriado do Meio do Outono, de acordo com o grupo Hainan Airport, que opera o aeroporto. As autoridades também cancelaram vários serviços ferroviários e ordenaram que os barcos de pesca regressassem aos portos. O tufão Matmo deverá trazer ventos que podem atingir 160 km/hora antes de a intensidade diminuir gradualmente depois de chegar a terra, afirmou o NMC no sábado.
Hoje Macau China / ÁsiaBrasil | Investimentos chineses impulsionam sector tecnológico As relações entre o Brasil e a China atravessam um dos melhores períodos da sua história. Pequim continua a investir em força no desenvolvimento tecnológico do país lusófono O crescente investimento da China no Brasil deve impulsionar a inovação e a tecnologia locais, beneficiando a economia e gerando novas oportunidades de crescimento, segundo um artigo no jornal China Daily. Dados publicados este mês pelo Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC) revelaram que o investimento chinês no Brasil totalizou 4,8 mil milhões de dólares no ano passado, mais do dobro do valor registado em 2023, indica o Diário do Povo. Uallace Moreira, secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, disse que o Brasil pretende canalizar capital para tornar o país um produtor de tecnologia e um investidor em economias parceiras. O país considera esse crescimento como muito positivo, numa parceria que se vem expandindo há mais de uma década, de acordo com Moreira, acrescentando que as fontes desses investimentos estão a diversificar-se e que o Brasil é agora o quinto maior destino de investimentos estrangeiros em todo o mundo, o que gera empregos e rendimentos. Os investimentos chineses em toda a economia brasileira podem estimular ganhos em inovação e tecnologia para a indústria local, afirmou o responsável. Segundo Moreira, o Brasil pretende expandir os seus investimentos no exterior e em vários sectores já presentes na China, incluindo café, proteínas e alimentos, celulose e equipamentos eléctricos. Com essas duas vertentes – receber e fazer investimentos, o Brasil está a construir sinergia para um ecossistema inovador, criando centros de pesquisa, enviando brasileiros para a China, ampliando a sua curva de aprendizagem e agregando valor à cadeia produtiva do país, observou. Outros investimentos Entretanto, os investidores privados também acolheram o crescimento dos investimentos chineses. Ricardo Martins, economista-chefe da Planner Investimentos, da agência de corretagem da Bolsa de Valores de São Paulo, disse que os saltos nas duas direcções foram significativos. A China, como principal parceiro comercial do Brasil nos últimos anos, vem abrindo portas para maiores fluxos comerciais, destacou. Isso permite a diversificação de mercados, assinalou Martins, acrescentando que as oportunidades nos projectos de agricultura, energia renovável, infraestrutura e aeroespaço estão a surgir desse relacionamento cada vez mais próximo. Da soja, minério de ferro, carne aos carros, foram abertas portas para 183 empresas brasileiras que exportam para a China, indicou Martins. Para durar Além disso, uma grande quantidade de investimentos chineses também foi para o sector energético, observou o responsável. Só a State Grid, da China, investiu cerca de 5 mil milhões desde que entrou no Brasil. Ramon Haddad, vice-presidente da State Grid Brazil Holding, disse que o Brasil faz parte da estratégia de longo prazo da empresa. A State Grid opera em 14 dos 27 estados do Brasil, além do Distrito Federal. A sua infraestrutura fornece cerca de 10 por cento da electricidade do país. Haddad informou que mais projectos – principalmente para sistemas de transmissão de ultra-alta tensão – estão por vir, com um investimento total estimado de 3,5 mil milhões planeado para os próximos quatro anos.