Hoje Macau China / ÁsiaMar do Sul | China e Vietname chegam a “consenso” [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] China e o Vietname chegaram ontem a um “consenso” sobre a gestão das suas tensões no mar do sul da China, uma zona disputada reivindicada por Pequim, informou a agência oficial Nova China. O acordo foi conseguido num encontro entre o Presidente chinês, Xi Jinping, e o chefe do partido comunista do Vietname, Nguyen Phu Trong, que está em visita de Estado a Hanói. As duas partes “chegaram a um importante consenso (…) para gerir as questões marítimas de modo apropriado” e “esforçarem-se conjuntamente para manter a paz e a estabilidade no mar do sul da China”, indica a Nova China sem dar mais pormenores. Pequim reivindica como sua a maioria do mar do sul da China, que também conta com reivindicações do Vietname, Filipinas, Malásia e Brunei. Desde a sua chegada ao poder no final de 2012, Xi Jinping reforçou os recifes controlados pela China para construir instalações, incluindo militares. Este mar estratégico, por onde transitam anualmente cerca de 5.000 mil milhões de dólares de mercadorias, terá vastas reservas de gás e petróleo. As tensões recorrentes entre países com fronteiras com o mar do sul da China são consideradas como uma fonte potencial de conflito na Ásia.
Hoje Macau China / ÁsiaASEAN | Li Keqiang em Manila para discutir cooperação [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, chegou no domingo a Manila, capital das Filipinas, para dar início a uma visita oficial ao país e a um conjunto de reuniões para a cooperação do Leste Asiático. Durante a sua estadia de cinco dias, Li irá assistir ao 20º encontro de líderes China-ASEAN, ao 20º encontro de líderes ASEAN-China, Japão e Coreia do Sul e à 12ª Cimeira do Leste Asiático, informa o Diário do Povo. “Com a recuperação titubeante da economia mundial, o Leste Asiático manteve uma tendência de cooperação e desenvolvimento regional, tendo-se tornado uma força estabilizadora, face à complexidade global em constante mudança”, disse Li na chegada à capital filipina. A China e a ASEAN marcarão o 15º aniversário da sua parceria estratégica em 2018. Esta é a primeira visita de Li a um país estrangeiro desde o 19º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCCh), ocorrido em Outubro. A visita deverá aprofundar a cooperação amistosa entre a China e as Filipinas, promover laços China-ASEAN e reforçar a cooperação regional no Leste Asiático, segundo avançaram as autoridades chinesas antes da visita ter início. Recados do congresso Em Manila, Li irá apresentar aos restantes líderes o espírito do 19º Congresso Nacional do PCC bem como a posição e a política da China face à cooperação no Leste Asiático, segundo informações avançadas pelo assistente do chanceler chinês, Chen Xiaodong, em conferência de imprensa realizada na semana passada. O primeiro-ministro apresentará cerca de 30 novas iniciativas para aprofundar a cooperação pragmática em domínios como: interconectividade, segurança alimentar, redução da pobreza, turismo e combate à corrupção, acrescentou Chen. Além disto, Li assistirá à reunião de líderes sobre a Parceria Económica Regional Abrangente, um acordo de livre comércio que envolve os dez membros da ASEAN e seis outros países – China, Índia, Japão, Coreia do Sul, Austrália e Nova Zelândia. Durante sua visita, o primeiro-ministro chinês conversará ainda com o presidente filipino, Rodrigo Duterte, sobre os laços bilaterais e assuntos de interesse comum. Trata-se da primeira visita de um primeiro-ministro chinês às Filipinas nos últimos dez anos. Li reafirmou o seu objectivo de partilhar pontos de vista com os líderes filipinos em torno do reforço da amizade entre as duas nações e da cooperação em áreas que vão de encontro às necessidades de desenvolvimento das duas partes. “Espero que a visita contribua para melhorar a amizade entre os dois povos, aprofundar a cooperação bilateral e abrir novas perspectivas para as relações sino-filipinas”, escreveu Li num artigo publicado pelos principais jornais filipinos na antecipação da visita.
Hoje Macau China / ÁsiaMar do Sul da China | Trump oferece-se para arbitrar disputas [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ofereceu-se para ser mediador nas disputas territoriais no Mar do Sul da China, num encontro com o Presidente do Vietname. Trump disse a Tran Dai Quang que tinha conhecimento da disputa do Vietname com a China sobre as águas estratégicas, e sublinhou ser “um muito bom mediador e muito bom árbitro”, disposto a ajudar. O Presidente norte-americano falava com o homólogo vietnamita no início dos seus encontros em Hanoi. Trump disse que a Coreia do Norte “continua a ser um problema” e espera que o Presidente chinês Xi Jinping seja “uma tremenda ajuda”, bem como a Rússia. O Governo chinês reivindica a quase totalidade do Mar do Sul da China, incluindo zonas perto das costas do Vietname, Filipinas, Malásia, Brunei, Tailândia, Camboja, Birmânia, Laos, Indonésia e Singapura. Nos últimos anos, Pequim reforçou a presença neste mar estratégico através da construção de ilhas artificiais que podem ser usadas como bases militares, apesar de o tribunal internacional de Haia ter considerado as reivindicações marítimas chinesas ilegítimas. Trump e Quang falaram brevemente aos jornalistas após a chegada do chefe de Estado norte-americano ao palácio presidencial em Hanoi, com Trump a prometer “uma tremenda quantidade de comércio” com o Vietname, envolvendo “milhares de milhões” de dólares. O Presidente norte-americano está no Vietname no âmbito de uma viagem asiática. No final do dia de ontem deslocou-se às Filipinas, o último destino do périplo. Questão coreana Donald Trump, afirmou também que o seu homólogo chinês, Xi Jinping, aceitou endurecer as sanções contra a Coreia do Norte em resposta ao programa nuclear de Pyongyang. “O Presidente chinês Xi declarou que reforçou as sanções contra [a Coreia do Norte], escreveu Trump na rede social Twitter, a partir de Hanoi. Durante a sua passagem, na quinta-feira, por Pequim, o Presidente norte-americano instou Xi Jinping a aumentar a pressão sobre o regime norte-coreano que realizou em Setembro um novo teste nuclear. “A China pode resolver este problema facilmente e rapidamente”, afirmou. Noutra publicação no Twitter, o Presidente norte-americano evocou directamente o dirigente norte-coreano: “Porque é que Kim Jong-un me insulta chamando-me ‘velho’, quando eu NUNCA o chamei de ‘pequeno e gordo?’ Bom, eu tento tento ser amigo dele – e talvez um dia isso vá acontecer!”. Trump abordou também na rede social a questão da Rússia, criticando os “‘haters’ e os imbecis”, após uma troca de palavras com Putin. “Quando é todos os ‘haters’ e imbecis vão perceber que ter uma boa relação com a Rússia é uma coisa boa, não é uma coisa má? Estão sempre a fazer jogo político – mau para o nosso país. Quero resolver a Coreia do Norte, Síria, Ucrânia, terrorismo, e a Rússia pode ajudar muito!”, escreveu. No sábado, Donald Trump garantiu que Vladimir Putin negou as acusações de interferência russa na campanha eleitoral norte-americana, depois de os dois se terem encontrado no Vietname. Horas depois destas declarações, a CIA reafirmou as acusações contra a Rússia, explicando que a conclusão a que tinham chegado sobre essa interferência não tinha mudado.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim e Taipé colaboram num satélite para prever sismos [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] China e Taiwan fecharam um acordo para cooperarem num satélite de detecção de ondas electromagnéticas que possa prever sismos. O satélite será lançado no próximo ano, no âmbito de um projecto conjunto ontem revelado pelo jornal South China Morning Post. Alguns sismos geram anomalias electromagnéticas antes de ocorrerem, e este projecto pretende detectar esses fenómenos para tentar prever os sismos, que afectam com regularidade tanto a China como Taiwan. Esta cooperação entre Pequim e Taipé representa um marco, principalmente tendo em conta a actual relação política entre as duas partes, desde a subida ao poder, no ano passado, da actual Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, de um partido independentista. “Esta é a primeira vez. Nunca ouvi falar de cooperação com Taiwan de qualquer tipo neste campo. Este tipo de dados é normalmente secreto”, disse ao jornal de Hong Kong Li Zaoshe, investigador da Academia de Ciências da China, em Pequim. O secretismo prende-se com o facto de estes satélites poderem também ter um importante uso militar, como a localização de estações de radar ou de centros de lançamento de mísseis. Dois mortos em derrocada num supermercado [dropcap style≠’circle’]P[/dropcap]elo menos duas pessoas morreram sábado e seis ficaram feridas na derrocada do segundo piso de um supermercado na cidade chinesa de Xangai, provavelmente por excesso de peso de mercadoria, segundo os meios de comunicação social locais. O desastre aconteceu sábado de manhã num supermercado em Zhuqiao, no distrito de Pudong, que pertence à cidade de Xangai. Inicialmente, uma pessoa morreu e sete foram resgatadas vivas entre a pilha de mercadorias e escombros, mas um dos feridos acabou por morrer pouco depois no hospital. Segundo as autoridades locais, o supermercado em causa é pequeno e parte do segundo piso era usada para armazenar produtos. Terá sido o excesso do peso de mercadorias que fez derrubar o piso. As autoridades chinesas estão agora a avaliar supermercados e centros comerciais da mesma região para avaliar os riscos para a segurança.
Hoje Macau China / Ásia‘Dia dos Solteiros’ | O maior evento de comércio ‘online’ do mundo [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Dia dos Solteiros na China, uma data nascida na década de 1990 entre estudantes universitários, é hoje o maior evento de comércio electrónico do mundo, com os chineses a gastarem milhares de milhões de yuan em compras ‘online’. O gigante de comércio electrónico Alibaba disse este sábado que as vendas dos milhares de retalhistas que constam da sua plataforma excederam os 130 mil milhões de yuan entre a meia-noite de sexta-feira e o início da noite de sábado. Já o maior rival do Alibaba, o revendedor ‘online’ JD.com, divulgou que as vendas atingiram os 16,7 mil milhões de dólares. Contudo, os números não são comparáveis, uma vez que as transacções da JD vão desde 1 de Novembro até sábado. Por comparação, os norte-americanos gastaram o ano passado cinco mil milhões de dólares em compras ‘online’ no Dia da Acção de Graças e na ‘Black Friday’ (a sexta-feira seguinte à Acção de Graças, que os comerciantes transformaram num evento comercial). A época da Acção de Graças assinala-se no final de Novembro e marca, nos Estados Unidos da América, o início das compras de Natal. Já na ‘Cyber Monday’ (a segunda-feira a seguir ao Dia de Acção de Graças, em que empresas promovem compras ‘online’), os americanos gastaram 3,39 mil milhões de dólares o ano passado, ainda de acordo com a Adobe, que faz esta monitorização. Sempre a crescer A China é, actualmente, o maior mercado de comércio electrónico do mundo e a as compras ‘on-line’ representam uma proporção cada vez maior das despesas de consumo dos chineses. A consultora Boston Consulting Group prevê que os gastos ‘online’ aumentarão 20% ao ano, atingindo 1,6 biliões de dólares em 2020, em comparação com o crescimento de 6% previsto para as compras presenciais. O Dia dos Solteiros foi iniciado por estudantes universitários chineses na década de 1990 como uma versão do Dia dos Namorados para pessoas sem parceiros românticos, tendo sido transformado num evento de comércio ‘on-line’, com os retalhistas a anunciaram promoções, com o objectivo de atrair jovens consumidores. A despesa deste dia na China dá um impulso aos esforços do Partido Comunista chinês para estimular o crescimento económico baseado no consumo interno. A China tem 731 milhões de utilizadores de Internet, um aumento de 6% face a 2016, segundo as estatísticas do Governo.
Hoje Macau China / ÁsiaRússia | Putin denuncia intenção dos EUA em influenciar eleições [dropcap style≠’circle’]V[/dropcap]ladimir Putin denunciou ontem as intenções dos EUA em influenciar as eleições presidenciais na Rússia, marcadas para Março de 2018, que relacionou com o que diz ser “imaginária ingerência” russa no acto eleitoral que elegeu Donald Trump, em 2016. “Em resposta à nossa imaginária ingerência nas eleições [norte-americanas], querem criar problemas nas eleições presidenciais”, afirmou Putin, Presidente da Rússia, numa reunião com trabalhadores de uma fábrica em Cheliabinsk, nos Urais. Putin fez escala naquela cidade do nordeste russo a caminho do Vietname, onde participará na cimeira de líderes dos países do Fórum de Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), com início esta sexta-feira, em Danang. Durante a cimeira, está previsto que Putin mantenha um encontro com Donald Trump, num périplo pelo Oriente, mas não há ainda confirmação de que os dois líderes se encontrem. A agência russa RIA Novosti citou ontem o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Ribakov, com a garantia de que a reunião entre Putin e Trump ocorra na sexta-feira, de manhã. Porém, mais tarde, o secretário de Estado norte-americano Rex Tillerson garantiu que o encontro não está marcado. Questão olímpica Putin afirmou também que existem denúncias contra a Rússia de apoio à dopagem de desportistas e estabeleceu uma relação com a realização das eleições presidenciais, em 18 de Março do próximo ano. “Há algo que me preocupa: as Olimpíadas devem começar em Fevereiro e quando são as eleições presidenciais? Em Março. São grandes as suspeitas de que isso é feito para criar descontentamento entre fãs e desportistas, partindo do pressuposto de que o Estado é responsável pelas irregularidades”, disse. O Presidente russo observou que as organizações desportivas internacionais, incluído o Comité Olímpico Internacional, são altamente dependentes, em particular dos patrocinadores, dos proprietários de direitos de televisão e de publicidade. Putin notou que os Estados Unidos têm “as principais empresas que pagam pelos direitos de televisão, os principais patrocinadores e os principais compradores de espaços publicitários”. Em Novembro de 2015, a Agência Mundial Antidoping revelou um estudo a denunciar que atletas russos ingeriram substâncias dopantes e a revelar a existência de um programa estatal russo de doping, que foi negado pelo Kremlin.
Hoje Macau China / ÁsiaTufão Damrey faz quase 100 mortos no Vietname [dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]e acordo com os dados das autoridades vietnamitas, disponibilizados ontem, 91 pessoas morreram em inundações e deslizamentos de terras provocados pelo tufão que atingiu o centro e sul do país. Outras 23 pessoas continuam desaparecidas desde a tempestade, uma das mais mortíferas das últimas décadas. A cidade de Danang, que acolhe a cimeira da APEC, foi atingida por fortes chuvas, mas a água não atingiu níveis muito elevados. Mais de 120 mil casas e 250 mil hectares de terras agrícolas foram danificadas pela tempestade em todo o país, segundo a autoridade de gestão das catástrofes do país. A vila de Hoi An, classificada como património mundial pela UNESCO, foi muito afectada. “A nossa família passou alguns dias no segundo piso da casa, a comer massa instantânea seca porque a electricidade estava cortada”, explicou à agência AFP Nguyen Thi Dung, um residente. Agora que o nível das águas desceu, a vila tem estado ocupada a limpar as suas antes da visita dos dirigentes da APEC.
Hoje Macau China / ÁsiaTrump | Pequim pode resolver “fácil e rapidamente” crise norte-coreana [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse ontem que a China pode “solucionar fácil e rapidamente” a crise nuclear e de mísseis balísticos da Coreia do Norte, durante uma visita de Estado a Pequim. Trump apelou ao seu homólogo chinês, Xi Jinping, que estava sentado ao seu lado, que trabalhe “muito intensamente” nesta questão. “Uma coisa sei sobre o vosso Presidente: se trabalha em algo intensamente, consegue o que quer, não tenho dúvidas”, afirmou Trump, perante os executivos das maiores empresas da China. O líder dos EUA agradeceu a Xi pelas medidas já adoptadas por Pequim, nos últimos meses. Para além de apoiar as sanções impostas pelas Nações Unidas a Pyongyang, a China adoptou ainda sanções unilaterais. Trump apelou ainda à Rússia “para que ajude a controlar esta situação, que pode ser potencialmente muito trágica”. “Todos os países” se devem unir para evitar que o regime “assassino” da Coreia do Norte “ameace o mundo com as suas armas nucleares”, insistiu Trump numa conferência de imprensa posterior. O Presidente norte-americano disse que acordou com Xi “não replicar métodos que falharam no passado”, nos esforços pela desnuclearização da península coreana. E revelou que ele e Xi Jinping se comprometeram a “aumentar a pressão económica até que a Coreia do Norte abandone o seu caminho imprudente e perigoso”. Xi Jinping assegurou que Pequim e Washington estão “comprometidos com a desnuclearização” da península coreana e procurarão uma solução através do “diálogo pacífico”, visando alcançar a “estabilidade a longo prazo” na região.
Hoje Macau China / ÁsiaChina / EUA | Assinados acordos no valor de 253,4 mil milhões de dólares [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] China assinou ontem acordos de negócios com empresas norte-americanas no valor total de 253,4 mil milhões de dólares, durante a visita do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a Pequim. Os acordos foram assinados durante uma cerimónia que contou com a presença de Trump e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, e incluem a compra de chips, aviões, componentes para automóveis e soja dos EUA. Ambos os lados concordaram em cooperar num projecto de gás no Alasca avaliado em 43.000 milhões de dólares e num projecto de gás de xisto avaliado em 83,7 mil milhões de dólares. O ministro chinês do Comércio, Zhong Shan, avançou à imprensa que os acordos ontem assinados valem, no total, 253,4 mil milhões dólares. A este valor somam-se outros acordos, avaliados em 9 mil milhões de dólares, e assinados na quarta-feira. Donald Trump definiu como prioridade reduzir o défice dos EUA na balança comercial com a China – 347 mil milhões de dólares, em 2016. Ross revelou que esse foi o “enfoque principal” nas suas reuniões com Xi. Bom ambiente Após a assinatura dos acordos, Xi prometeu um ambiente de negócios mais aberto para as empresas estrangeiras na China, depois de Trump ter apelado a uma mudança nas relações comerciais “injustas”. “A China não fechará as suas portas e irá abrir-se ainda mais”, afirmou o líder chinês, prometendo que as empresas estrangeiras terão um mercado chinês “mais aberto, mais transparente e mais ordenado”. Os contratos ontem assinados incluem a aquisição de jactos da construtora norte-americana Boeing, no valor de 37 mil milhões de dólares, chips para telemóveis da Qualcomm, por 12 mil milhões de dólares, e veículos e componentes para automóveis da General Motors e da Ford, por um total de 11,7 mil milhões de dólares. Os contratos assinados na quarta-feira incluem o compromisso de uma das maiores plataformas de vendas ´online’ chinesas, o JD.com, de comprar 1,2 mil milhões de dólares de bife e carne de porco dos Estados Unidos. O excedente comercial da China com os EUA, em Outubro, aumentou 12,2%, face ao mesmo mês do ano passado, para 26,6 mil milhões de dólares. No conjunto, entre Janeiro e Outubro, Washington registou um défice de 223 mil milhões de dólares no comércio com Pequim. A China é o terceiro maior mercado para os produtos norte-americanos, depois do Canadá e do México. Durante a sua campanha eleitoral, Trump acusou várias vezes a China de concorrência desleal e, antes de partir para a visita à Ásia em curso, o líder norte-americano afirmou que o défice norte-americano na balança comercial com Pequim “é tão mau que dá vergonha”. Cuidar da imagem O Presidente dos Estados Unidos rejeitou ontem responder a qualquer questão, durante uma conferência de imprensa conjunta com o homólogo chinês, Xi Jinping, cooperando com os esforços de Pequim para controlar a imagem da sua visita à China. Durante a conferência de imprensa, os jornalistas não puderam fazer perguntas, uma redução na já mínima interacção com a imprensa habitual em visitas de Estado de líderes estrangeiros a Pequim. Trump, que já chamou à imprensa “inimigos do povo americano”, não aceitou ontem questões.
Hoje Macau China / ÁsiaImportações sobem 15,9% e exportações 6,1% em Outubro [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s importações chinesas aumentaram 15,9%, em Outubro, face ao mesmo mês de 2016, um crescimento superior ao das exportações, que aumentaram 6,1%, segundo dados oficiais ontem divulgados pelas alfândegas chinesas. As importações da China alcançaram, em Outubro, 994.000 milhões de yuan, enquanto as exportações se fixaram em 1,25 mil milhões de yuan. A China registou assim, no mês passado, um superavit comercial de 254.470 milhões de yuan, uma queda homóloga de 20,3%. No conjunto dos dez primeiros meses do ano, as exportações aumentaram 11,7%, enquanto as importações subiram 21,5%. Entre Janeiro e Outubro, a China exportou um total de 12,41 biliões de yuan e importou 10,11 biliões de yuan. Os dados deste mês estão ligeiramente abaixo das expectativas dos analistas. Em Setembro, as exportações chinesas registaram uma subida homóloga de 9%, enquanto as importações cresceram 19,5%. “Pensamos que isto reflecte um ligeiro abrandamento do crescimento em outros mercados emergentes, em conjunto com uma procura interna mais débil, resultado de um gasto menor em infra-estruturas”, comentou num relatório o analista da consultora Capital Economics, Julian Evans-Pritchard.
Hoje Macau China / ÁsiaVisita | Crianças e guarda de honra dão boas-vindas a Trump [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, foi ontem recebido no aeroporto em Pequim com uma cerimónia que incluiu guarda de honra, banda de marcha e crianças a entoar bem-vindo. Chefes de Estado em visita a Pequim têm geralmente uma recepção discreta no aeroporto, reservando-se a pompa e circunstância para o Grande Palácio do Povo, no centro da capital chinesa. Ao sair do avião, o líder norte-americano e a sua mulher, Melania Trump, foram recebidos por dignitários chineses e dos EUA, guarda de honra, música marcial e crianças que agitaram as bandeiras dos dois países enquanto entoavam bem-vindo. As cerimónias de boas-vindas na China têm-se tornado cada vez mais elaboradas, desde a ascensão ao poder do Presidente chinês, Xi Jinping, cuja política externa se tem revelado mais assertiva do que a dos seus antecessores. Mais tarde, Donald Trump e Xi Jinping tomaram chá juntos, acompanhados pelas suas mulheres. A Cidade Proibida, um antigo complexo imperial situado no coração de Pequim, está normalmente repleto de turistas, mas ontem encontrava-se vazio para receber Trump. Os líderes das duas maiores economias do planeta terão entre várias reuniões, centradas em questões comerciais e no programa nuclear da Coreia do Norte. Pressões habituais Trump aterrou em Pequim horas após ter feito um discurso na Assembleia Nacional da Coreia do Sul, onde voltou a pressionar a China a parar de apoiar a Coreia do Norte. Pequim é o principal aliado diplomático e parceiro comercial de Pyongyang. A visita ocorre também numa altura de crescente tensão entre Washington e Pequim em torno de questões como o acesso ao mercado e transferência de tecnologia. Durante a sua campanha eleitoral, Trump acusou várias vezes a China de concorrência desleal. Antes de partir para a visita à Ásia em curso, o líder norte-americano afirmou que o défice norte-americano na balança comercial com Pequim – 347 mil milhões de dólares em 2016 – “é tão mau que dá vergonha”. Um óptimo momento” O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse ontem que está a ter um “óptimo momento” na China, horas após ter aterrado em Pequim para aa visita oficial de dois dias. O comentário de Trump aos jornalistas foi feito após o chefe de Estado e a mulher, Melania Trump, terem assistido a uma ‘performance’ com música e dança na Cidade Proibida, antigo complexo imperial situado no coração de Pequim, por jovens estudantes de ópera vestidos com trajes tradicionais chineses. Trump e Melania foram acompanhados pelo Presidente chinês, Xi Jinping, e a mulher, Peng Liyuan. Acordos assinados Empresas chinesas e norte-americanas assinaram acordos de negócios no valor de 9 mil milhões de dólares (7,7 mil milhões de euros), anunciaram os dois países, no arranque da visita do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a Pequim. Até ao momento, não foram avançados detalhes sobre os 19 acordos assinados ontem, durante uma cerimónia que contou com a presença do Secretário do Comércio norte-americano, Wilbur Ross.
Andreia Sofia Silva China / Ásia MancheteParadise Papers | Cunhado de Xi Jinping envolvido no escândalo Deng Jiagui, cunhado do presidente chinês Xi Jinping. Li Xiaolin, filha do ex-primeiro-ministro chinês Li Peng. Jasmine Li, jovem chinesa que fez a sua formação superior nos Estados Unidos e neta de Jia Qinglin, nome forte do Politburo do Partido Comunista Chinês até 2012. Estas são as individualidades da China com empresas offshore, reveladas pelos Paradise Papers [dropcap style≠’circle’]H[/dropcap]á dois anos o mundo ficava a saber as individualidades que detêm empresas offshore em paraísos fiscais, através da divulgação dos Panama Papers. Desta vez, uma nova investigação do Consórcio Internacional de Jornalistas (ICIJ, na sigla inglesa) divulgou novos dados sobre offshores inseridos nos Paradise Papers. A origem dos documentos partiu de uma fuga de informação da Appleby, um escritório de advogados com sede nas Bermudas, e da Asiaciti, uma empresa que gere offshores e que está sediada em Singapura. Há cerca de um ano que o ICIJ anda a investigar as inúmeras informações recebidas. O nome da rainha Isabel II de Inglaterra veio à tona, tal como o de outras figuras do panorama político mundial, mas a lista dos Paradise Papers contém três nomes de personalidades chinesas com ligações indirectas ao poder. O primeiro é o Deng Jiagui, cunhado do actual presidente chinês, Xi Jinping, e que está casado, desde 1996, com Qi Qiaoqiao, irmã mais velha de Xi e filha de Xi Zhongxun, “um dos heróis revolucionários da China e um antigo dirigente de topo”. O ICIJ revela que Deng Jiagui “fez fortuna com o desenvolvimento do mercado imobiliário” e não é de agora que os milhões da sua conta bancária são notícia. “Uma reportagem de investigação feita pela agência Bloomberg em 2012 revelou que Deng Jiagui e a sua mulher detinham centenas de milhões de dólares investidos em imobiliário, acções de empresas e outro tipo de investimentos.” Foi em 2004 que o cunhado de Xi Jinping adquiriu a empresa Supreme Victory Enterprises Ltd, registada nas Ilhas Virgens Britânicas. Deng Jiagui era o único director e accionista de uma empresa cujo registo acabaria por ser cancelado em 2007. Contudo, a experiência de Deng Jiagui no mundo das offshores não se ficaria por aqui. Em Setembro de 2009, este empresário criou mais duas empresas, também nas Ilhas Virgens Britânicas, consideradas, segundo o ICIJ, “empresas na prateleira”, e que constavam no inventário dos escritórios da Mossack Fonseca, a firma de advogados de onde veio a documentação que deu origem aos Panama Papers. As duas empresas tinham como nome Best Effect Enterprises Ltd e Wealth Ming International Limited, mas Deng Jiagui não usou a sua assinatura para registar a Best Effect Enterprises Ltd. Ao invés disso, os advogados da Mossack Fonseca ajudaram Deng Jiagui a obter uma peça “usada por empresários chineses para validar documentos ao invés de assinaturas”. “Não é claro para que eram usadas as duas empresas”, afirmam os jornalistas do ICIJ responsáveis pela investigação. A filha do primeiro-ministro É considerada na China a “rainha da energia”, por ser vice-presidente da empresa estatal China Power Investment Corporation. Fez, aliás, a sua formação em engenharia num dos estabelecimentos de ensino superior mais conceituados do país e do mundo: a Universidade Tsinghua. Ela é Li Xiaoling, filha de Li Peng, primeiro-ministro chinês entre 1987 e 1998. Na política desempenha funções como delegada da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês. O seu nome também consta nos Paradise Papers, por deter offshores que traçaram um estranho rumo entre o Estado do Lichestein, na Europa, e as Ilhas Virgens Britânicas. Segundo a investigação do ICIJ, Li Xiaoling e o seu marido, Liu Zhiyuan, criaram a “Fondation Silo”, uma fundação constituída no Lichenstein e que era a única accionista da empresa “Cofic Investments Ltd.”, sediada nas Ilhas Virgens Britânicas. Esta acção “decorreu no período em que Li Peng era primeiro-ministro chinês”, apontam os jornalistas. Li Xiaolin tentou ocultar a sua ligação familiar ao primeiro-ministro chinês com a ajuda do seu advogado suíço, Charles-Andre Junod. Este disse aos advogados da Mossack Fonseca que “os fundos da Cofic Investments tinham origem nos lucros obtidos com a ajuda dada a outros clientes da sua firma para que estes exportassem maquinaria pesada da Europa para a China”. Além disso, Charles-Andre Junod “submeteu o passaporte [de Li Xiaolin] atribuído por Hong Kong e uma carta que fala dela como tendo o nome de ‘Xiaolin Liu-li’, para que a ligação a Li Peng fosse mais difícil de estabelecer”. O consórcio de jornalistas afirma que a Mossack Fonseca “pareceu não ter a percepção de que Li Xiaolin era a filha do antigo primeiro-ministro chinês”. Charles-Andre Junod não fez grandes comentários ao ICIJ, mas frisou que “sempre respeitou a lei” neste processo. Li Xiaolin não respondeu às perguntas dos jornalistas. A estudante investidora Jasmine Li faz parte da geração de jovens chineses milionários que tiveram a oportunidade de estudar fora da China, mas ela fez mais do que isso. Quando ainda era estudante da Universidade de Stanford, na Califórnia, já investia no mundo das offshores. Jasmine Li é neta de Jia Qinglin, que deteve a quarta posição do Politburo do Partido Comunista Chinês até à sua saída, em 2012. O ICIJ recorda que a jovem começou a sua ascensão social “depois de ser fotografada num baile em Paris, em 2009, ao lado de jovens amigas ligadas a meios políticos e de riqueza”. A carreira de Jasmine Li começou pelo mundo da arte, tendo começado a trabalhar como assistente do artista chinês Cai Guoqiang, sedeado em Nova Iorque. A jovem “trabalhou depois como uma espécie de relações públicas de uma galeria para a Artsy, um retalhista de arte online em Nova Iorque e Hong Kong”, aponta o ICIJ. Ainda no período em que era estudante universitária, Jasmine Li “tornou-se a única accionista da Harvest Sun Trading Limited, uma empresa registada nas Ilhas Virgens Britânicas em 2009”. A empresa transferiu um dólar para Jasmine Li através de Zhang Yuping, o fundador da distribuidora chinesa de joalharia de luxo Hengdeli Holdings Limited, em Dezembro de 2010. Jasmine Li era também a única accionista de uma outra empresa registada nas Ilhas Virgens Britânicas, intitulada Xin Sheng Investments. Os documentos divulgados nos Paradise Papers revelam que estas duas empresas offshore tinham ligações a duas outras consultoras com registo em Pequim. “Como Jasmine Li detinha estas duas consultoras através das entidades offshore, o seu nome não aparece publicamente nos documentos de registo, permitindo-lhe deter a propriedade secreta dessas empresas”, explica o ICIJ. Nomeados nos documentos rejeitam qualquer irregularidade O secretário do Comércio norte-americano e porta-vozes da rainha de Inglaterra e dos ministros brasileiros e russos defenderam a legalidade dos respectivos investimentos em offshores expostos nos Paradise Papers. A União Europeia considerou as revelações chocantes e exigiu “sanções dissuasivas”. Referido nos documentos, Wilbur Ross, o secretário do Comércio da administração de Donald Trump, considerou que não há “absolutamente nada de repreensível” no facto de deter 31% da Navigator Holdings, uma empresa de transporte marítimo que tem como um dos principais clientes a empresa russa de gás e produtos petroquímicos Sibur. Ora, entre os proprietários da Sibur estão Guennadi Timtchenko, próximo do Presidente russo, sancionado pelo Tesouro norte-americano após a anexação da Crimeia, e um genro de Vladimir Putin, segundo o diário The New York Times. “Não existem ligações ao nível dos conselhos de administração, nem ao nível dos accionistas, não tenho nada que ver com a negociação desse acordo” comercial entre a Navigator e a Sibur, defendeu-se Wilbur Ross na televisão pública britânica BBC. Sublinhou igualmente que o contrato tinha sido negociado antes de integrar o conselho de administração da Navigator e que a empresa Sibur, em si mesma, “não foi sancionada”. O governante norte-americano indicou, todavia, à Bloomberg TV que vai “provavelmente” ceder o resto das acções que detém na Navigator. “Eu estava prestes a vendê-las, de qualquer maneira, mas não por causa de tudo isto”, observou. Contactado pela agência noticiosa francesa AFP, o Departamento do Comércio dos Estados Unidos disse considerar que o secretário respeita as normas do Governo. Um antigo responsável do gabinete de ética durante a presidência de George W. Bush, Richard W. Painter, sustentou contudo que o caso de Wilbur Ross poderá levantar questões éticas. O esquema de Isabel II O ICIJ pôs igualmente a nu estratégias de “optimização fiscal” de outros altos dirigentes políticos. A rainha de Inglaterra, Isabel II, dispõe, assim, através do Ducado de Lancaster, propriedade privada da soberana e fonte de receitas, de uma dezena de milhões de libras esterlinas em fundações nas Ilhas Caimão e nas Bermudas, segundo a BBC e o jornal The Guardian. As verbas colocadas nesses paraísos fiscais estão investidas em numerosas empresas, entre as quais a Brighthouse, uma empresa de aluguer com opção de compra de móveis e material informático acusada de lucrar com a miséria alheia, ou ainda uma cadeia de lojas de bebidas alcoólicas actualmente em processo de falência. “Todos os nossos investimentos estão a ser alvo de uma auditoria completa e são legítimos”, disse à AFP uma porta-voz do Ducado de Lancaster. “Efectuamos um certo número de investimentos, alguns dos quais em fundações no estrangeiro”, disse a porta-voz, acrescentando que estes representam apenas 0,3% do valor total do Ducado. O líder da oposição britânica, o trabalhista Jeremy Corbyn, classificou, no entanto, a situação como “escandalosa” e exigiu que sejam “fortemente punidas” pessoas com fortuna pessoal ou multinacionais que lucram com as falhas do sistema para pagar o mínimo de impostos possível. Do Brasil ao Canadá No Brasil, os ministros da Economia e da Agricultura, Henrique Meirelles e Blairo Maggi, negaram, por sua vez, qualquer irregularidade, depois de os seus nomes terem sido ligados a sociedades ‘offshore’ em paraísos fiscais. No Canadá, o multimilionário Stephen Bronfman, à frente da antiga empresa de vinhos e bebidas espirituosas Seagram, colocou, com o seu padrinho Leo Kolber, 60 milhões de dólares norte-americanos (52 milhões de euros) numa sociedade ‘offshore’ nas Ilhas Caimão, revelou o jornal Toronto Star. Este amigo de Justin Trudeau, responsável pela angariação de fundos para o Partido Liberal canadiano na campanha eleitoral de 2015, poderá tornar-se uma pedra no sapato do primeiro-ministro, eleito após prometer reduzir as desigualdades e promover a justiça fiscal. Os responsáveis políticos russos desvalorizaram também diversas fugas de informação dos ‘Paradise Papers’ sobre duas empresas públicas, a VTB, o segundo maior banco russo, sujeito a sanções dos Estados Unidos e que terá investido na rede social Twitter, e a Gazprom, a gigante petrolífera russa, que terá financiado indirectamente um veículo de investimento que tem acções da rede social Facebook. “[Estas fugas de informação tentam] inflamar os ânimos com formulações confusas”, acusou um responsável do Senado russo, Constantin Kosachev, citado pela agência oficial RIA Novosti.
Hoje Macau China / ÁsiaLivro | Publicado segundo volume de “Xi Jinping: a governança da China” [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] segunda parte do livro do Presidente chinês, “Xi Jinping: a governança da China”, foi ontem publicada em chinês e inglês, informou a agência oficial Xinhua, depois de o primeiro volume ter vendido 6,42 milhões de cópias. O livro compila dezenas de fotos do líder chinês, 99 discursos, conversas, instruções e cartas, que “reflectem o desenvolvimento e os princípios do pensamento” de Xi, explica um comunicado da editora da Foreign Languages Press. A obra descreve ainda as orientações do Comité Central do Partido Comunista Chinês (PCC), com Xi no seu núcleo, “para unir e guiar os chineses na manutenção e desenvolvimento do socialismo com características chinesas numa nova era”, acrescenta a mesma nota. Durante o XIX Congresso do PCC, que se celebrou em Outubro passado, a teoria de Xi foi incluída na Constituição do partido, o que eleva o estatuto do Presidente chinês ao nível dos líderes históricos comunistas Mao Zedong e Deng Xiaoping. “Também se espera que o novo volume ajude a comunidade internacional a compreender melhor a trajectória, o conceito e o modelo de desenvolvimento da China”, aponta a editora. Publicada em Setembro de 2014, a primeira parte do livro vendeu 6,42 milhões de cópias, em mais de 160 países, e foi traduzida para 21 idiomas.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Líderes do Occupy autorizados a recorrer de penas de prisão [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] mais alto tribunal de Hong Kong deu ontem luz verde aos líderes estudantis pró-democracia Joshua Wong, Nathan Law e Alex Chow para recorrerem das sentenças de prisão pelo protesto que desencadeou a ocupação das ruas em 2014. O Tribunal de Última Instância (TUI) aprovou ontem os pedidos de recurso numa sessão que demorou cerca de meia hora. A audiência do recurso foi ontem agendada para 16 de Janeiro de 2018, segundo os media de Hong Kong. Em Agosto, Joshua Wong (21 anos) foi condenado a seis meses de prisão, Nathan Law (24 anos) a oito meses de prisão, e Alex Chow (27 anos) a sete meses, na sequência de um recurso do secretário para a Justiça. Wong e Law foram libertados sob fiança no mês passado, depois de terem cumprido dois meses de prisão. Na sessão de ontem, o tribunal estendeu a liberdade sob fiança Wong e Law e concedeu fiança a Chow, que não tinha ainda feito o pedido. Esta é a última oportunidade dos três jovens activistas de recorrerem das penas de prisão a que foram condenados em Agosto, na sequência do pedido pelo governo da revisão das sentenças concedidas em 2015, que não incluíam então termos de prisão efectiva. Para a História O caso dos três activistas remonta a uma assembleia considerada ilegal em 26 de Setembro de 2014, quando os manifestantes escalaram barreiras metálicas e entraram na Praça Cívica, nas imediações da sede do Governo e Conselho Legislativo. Esse protesto em prol da democracia e do sufrágio universal esteve na origem da ocupação de várias zonas de Hong Hong durante 79 dias até meados de Dezembro de 2014. Os advogados dos três líderes estudantis vão apresentar os argumentos pelos quais consideram que as sentenças de prisão são inapropriadas. Caso percam os recursos, os jovens activistas terão de cumprir o restante tempo das penas de prisão a que foram condenados em Agosto. Rosto da fé Joshua Wong disse numa entrevista na semana passada à Associated Press que havia boas hipóteses de voltar para a prisão, fosse pelo caso do protesto na Praça Cívica ou pelo julgamento de outro caso em que também está envolvido. “Haverá mais ocasiões no futuro em que grupos de jovens vão para a prisão, mas vamos continuar a manter a fé e trabalhar em conjunto para lutar pela democracia”, disse Wong nessa entrevista. Joshua Wong ficou conhecido como o rosto dos protestos pró-democracia há três anos contra a decisão de Pequim para restringir as eleições para o líder do governo de Hong Kong. Então ainda adolescente, Joshua Wong é a personagem principal de um documentário da Netflix que pode entrar na corrida aos Óscares. As prisões efectivas dos jovens activistas fizeram disparar as preocupações sobre a independência do sistema judiciário da cidade. Ao abrigo do princípio “Um país, dois sistemas”, Pequim prometeu deixar Hong Kong manter o elevado grau de autonomia e liberdades após a transição da soberania britânica para a chinesa em 1997. Parte da população que está descontente com a alegada interferência de Pequim nos assuntos da cidade acusa os líderes chineses de violarem a sua promessa.
João Luz China / Ásia MancheteAnálise | Trump será recebido em Pequim com grande pompa e circunstância Donald Trump visita Pequim numa altura de grande fragilidade interna e num momento de pico de força de Xi Jinping. A China procura equilibrar o jogo de poder no xadrez internacional, enquanto Washington pretende uma resposta regional dura para os desvarios bélicos de Pyongyang e alterar os pratos da balança comercial entre as duas potências [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] visita do Presidente norte-americano a Pequim acontece numa altura em que os dois chefes-de-estado estão em pólos opostos em termos de situação política. Xi Jinping viu renovada e fortalecida a sua liderança. Por outro lado, Donald Trump chega hoje a Pequim à medida que se aperta o cerco da investigação do procurador-especial Robert Mueller, ex-director do FBI e Presidente da Conselho Especial de Investigação que se debruça sobre as alegadas interferências de Moscovo na corrida à Casa Branca. De momento, Paul Manafort, ex-director da campanha que ganhou as presidenciais, encontra-se com pulseira electrónica e já foi formalmente acusado de crimes, onde se inclui lavagem de dinheiro. Também a braços com a justiça está George Papadopoulos, conselheiro para assuntos internacionais da Administração Trump que admitiu ter mentido ao FBI e mantido contacto com os serviços secretos do Kremlin. Entretanto, o foco da investigação aproxima-se do próprio Presidente, com a investigação a virar-se para o filho mais velho de Trump. Este é o contexto em que a visita decorre, também numa altura em que Xi Jinping almeja um papel de maior relevo da China num panorama internacional dividido entre duas superpotências. Um assumida aspiração geopolítica de Pequim, que foi negada pela Administração Obama por receio de isso significar a diminuição da influência norte-americana na Ásia. “Pela primeira vez, a China não está numa posição de humildade em relação a Washington, que normalmente tem a vantagem”, diz ao The New York Times Yan Xuetong, professor de relações internacionais da Universidade de Tsinghua de Pequim. Esplendor chinês Donald Trump tem sido ambivalente quando o tema é a China. Durante a visita ao Japão, o Presidente norte-americano propôs a venda de armamento a Abe Shinzo e voltou a mencionar a construção de um espaço “Indo-Pacífico livre e aberto”, uma expressão que enfatiza o equilíbrio de forças na região entre os aliados americanos face à crescente influência chinesa. Se por um lado, Trump diz que a China beneficia de uma posição comercial injusta para os interesses americanos, por outro não poupa elogios a Xi Jinping. Ouvido pelo The New York Times, David M. Lampton, professor na Faculdade de Estudos Internacionais da John Hopkins, considera que “o resultado do choque de ambições nacionais será o maior, e talvez mais perigoso, das próximas décadas”. Neste contexto, Pequim tem uma estratégia montada para impressionar o Presidente norte-americano, naquilo que os chineses estão a designar de “visita de Estado com um extra”. Donald Trump terá uma elaborada cerimónia a aguardá-lo no Grande Salão do Povo, onde se realiza o Congresso Nacional Popular e uma recepção nos pavilhões antigos da Cidade Proibida. O objectivo é fazer com que Trump se sinta importante, reflectindo a ideia de que esta é a melhor forma de lidar com o grande ego do bilionário. O Presidente norte-americano, que já havia ficado surpreendido com a parada militar aquando da visita a França, terá oportunidade de assistir à impressionante precisão de marcha do Exército de Libertação Popular e a um faustoso banquete de Estado. Os detalhes foram revelados pelo Embaixador chinês nos Estados Unidos, Cui Tiankai, no site da embaixada. “Esperamos que a família Trump tenha oportunidade para conhecer a cultura e a história do povo chinês e que se estabelecem conversações para aprofundar as relações sino-americanas”, projectou o embaixador. A cerimónia servirá ainda para Xi Jinping apresentar o seu “Sonho Chinês”, a ideia da liderança sino-americana do mundo, quebrando um quadro histórico de conflito entre as duas potências. Na frente económica, na comitiva de Trump viajam representantes de cerca de 40 empresas norte-americanas. Incógnita Donald Não foram raras as vezes que o bilionário norte-americano teceu rasgados elogios a Xi Jinping, inclusive descrevendo-o como um amigo, algo que não é nada comum na história das relações diplomáticas entre as duas maiores potenciais económicas mundiais. Trump chegou mesmo a repetir argumentos usados pelo próprio secretário-geral do Partido Comunista Chinês. Ainda assim, existe alguma preocupação quanto à imprevisibilidade do magnata nova-iorquino, principalmente no que toca ao seu temperamento online. Pequim tem sempre uma grande atenção ao detalhe e ao protocolo quando recebe chefes-de-estado. Neste capítulo importa lembrar que o Twitter está bloqueado na China, mas que está, geralmente, acessível em telefones estrangeiros. Porém, o vice ministro chinês, Zheng Zeguang, veio a terreiro dizer que não havia motivos para preocupação sobre a forma como o Presidente norte-americano comunicará com o exterior. Apesar da água na fervura, a visão algo dúbia que Trump tem demonstrado em relação à China é motivo para preocupação no seio do partido. Principalmente tendo em conta a semente de isolacionismo plantada por Stephen Bannon, e que ainda germina na Casa Branca, sobre uma posição mais firme em termos comerciais com Pequim. Na génese da tese de Bannon está a ideia de que a China se aproveita da abertura comercial americana, enquanto mantém os seus mercados chegados. Para a ala mais isolacionista existem razões para se avançar para uma guerra comercial caso não se chegue à reciprocidade. Biliões e mais biliões Noutro patamar está o genro de Trump, Jared Kushner, que considera a China um inevitável parceiro económico e uma gigantesca oportunidade de negócio. Aliás, o marido de Ivanka tem levado este mantra demasiado a peito, ao ponto da Kushner Companies, uma empresa de imobiliário gerida pela irmã de Jared, estar sob investigação por suspeita de garantir vistos a magnatas chineses em troca de investimentos em activos da sua empresa. Uma das companhias americanas que se fará representar em Pequim é a Viroment, uma empresa de tratamento de águas, que tem em vista fechar um negócio no valor de 900 milhões de dólares com a construtora Guangye Guangdong Environmental Protection Industrial Group e a Hangzhou Iron and Steel. O negócio irá equipar mais de 800 empresas do sector têxtil situadas na província de Zhejiang e 80 estações de tratamento de águas de Guangdong, de forma a que sejam cumpridas as regulações ambientais de Pequim. Este é apenas um exemplo dos possíveis negócios que se podem firmar ao longo da visita de Estado. Na comitiva de Donald Trump viajam empresários de sectores económicos tão distintos como empresas de tecnologias, comerciantes de soja, empresas ligadas às energias renováveis ou engenharia digital. Outra das empresas que poderá estar prestes a firmar um acordo milionário é a Digit Group, que deverá assinar um contrato de construção de um parque temático de realidade virtual com 200 hectares em Qingdao. O negócio está estimado em 4,85 mil milhões de dólares. Seja qual for o ramo económico, entre os empresários norte-americanos há um desejo comum: a flexibilização e a redução das tensões nas relações comerciais que permitam a entrada na apetecível economia chinesa. Ao lado do braço-de-ferro económico existe a omnipresente ameaça de conflito na península coreana. Durante a visita ao Japão, Trump afirmou que “a Era de paciência estratégica chegou ao fim”, horas antes de se descolar para a Coreia do Sul, onde discursou a apenas 100 quilómetros da fronteira com Coreia do Norte. O Presidente norte-americano, antes de partir para a China, afirmou que 25 anos de fraqueza retórica levaram ao estado actual na península coreana, acrescentando que está na altura de aplicar a máxima pressão sobre Pyongyang. Para já, Pequim não adianta muito sobre qual será a sua posição nesta matéria. Mas uma coisa é certa, Xi Jinping não verá com bons olhos uma demonstração de poder bélico norte-americano na região.
Hoje Macau China / ÁsiaPyongyang | Pequim entre interesses económicos e ideológicos [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] professor chinês de Relações Internacionais Wang Li considera que a questão nuclear norte-coreana coloca a China perante um “dilema”, apontando as divergências entre os interesses económicos, ideológicos e de segurança de Pequim. “Da nossa perspectiva geopolítica, não seria inteligente abandonar um país vizinho, cuja economia e segurança dependem da China, e que se opõe aos Estados Unidos”, diz Wang à agência Lusa. Formado em Ciência Política pela universidade inglesa de Aberdeen, Wang Li dá aulas na Universidade de Jilin, província chinesa situada junto à fronteira com a Coreia do Norte. Apesar do distanciamento dos últimos anos, Pequim continua a ser o principal aliado diplomático e maior parceiro comercial do regime de Kim Jong-un. Nos anos 1950, os dois países lutaram juntos contra os EUA. No entanto, volvidas quase três décadas, o Partido Comunista Chinês desistiu de “aprofundar a luta de classes” e escolheu o desenvolvimento económico como “tarefa central”. “A China quer desenvolver-se, precisa do mundo exterior, de estar envolvida na globalização. Não se pode isolar por razões ideológicas. Por isso, a China é o maior parceiro comercial da Coreia do Sul e ao mesmo tempo um dos poucos grandes países que apoia a Coreia do Norte”, afirma Wang. No caso norte-coreano, o “dilema” chinês parece reflectir os contrastes internos do país. A China é hoje a segunda maior economia mundial e principal potência comercial do planeta, mas o “papel dirigente” do Partido Comunista continua a ser um “princípio cardinal” e, em teoria, o país é governado sob a égide da doutrina marxista-leninista, tornando Pyongyang no seu único aliado ideológico no nordeste asiático. E apesar de, em muitos aspectos, as economias chinesa e norte-americana serem complementares, historicamente Washington sempre foi antagónico a regimes comunistas, lembra Wang Li. “Por isso, China e Coreia do Norte são próximas: partilham questões de segurança”, afirma. Sob a direcção de Kim Jong-un, Pyongyang efectuou três testes nucleares. O último, realizado em Setembro passado, foi o mais poderoso até à data, e levou o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a ameaçar, perante a Assembleia Geral da ONU, “destruir totalmente” o país. Wang Li, lembra, porém, que “a Coreia do Norte não é a Líbia nem o Iraque”. “Apesar de estes países serem bem mais ricos, os regimes comunistas são muito determinados e sabem mobilizar a população”, afirma o professor, que cresceu durante o reinado de Mao, o fundador da República Popular. Não há misturas Na Universidade de Jilin, estudam 26 estudantes norte-coreanos, cujos hábitos parecem ilustrar o carácter hermético do seu país de origem. “Os estudantes norte-coreanos têm a sua própria comunidade, o seu próprio líder da organização estudantil. Não se envolvem nas actividades dos outros estudantes estrangeiros. São muito bem organizados e sujeitos a um controlo rigoroso”, descreve Wang Li. “Vivem no edifício para estudantes estrangeiros, mas têm um piso só para eles. Não se misturam e não falam com outras pessoas sem autorização”, acrescenta. O académico chinês diz que “o povo e o Governo norte-coreano consideram o mundo exterior uma ameaça”, um sentimento de insegurança que os leva a insistir no desenvolvimento de armamento nuclear e mísseis balísticos. “Se os EUA e a Coreia do Sul, e mesmo o Japão, dialogarem com a Coreia do Norte e garantirem a sua segurança, caso abandone o programa nuclear, acho que é possível chegar a um acordo”, defende Wang. “A questão é que, neste momento, os norte-coreanos não confiam em ninguém, nem mesmo na a China”, conclui.
Hoje Macau China / Ásia MancheteAmigo de juventude de Xi Jinping vai dirigir Escola do PCC [dropcap style≠’circle’]C[/dropcap]hen Xi, membro do Politburo do Partido Comunista Chinês (PCC) e amigo de juventude do Presidente da China, Xi Jinping, foi nomeado chefe da influente Escola do Partido, informou sexta-feira a agência oficial Xinhua. Com esta nomeação, Xi continua a promoção dos seus aliados aos escalões máximos do poder do PCC, que se iniciou na semana passada com a renovação da cúpula do regime. Chen compartilhou um quarto com Xi quando ambos estudavam na universidade. A nomeação rompe ainda com a tradição dos últimos 20 anos, em que o cargo de “director ideológico” coube a um dos membros do Comité Permanente do Politburo (os sete líderes máximos do país), do qual Chen não faz parte. Xi e Chen conheceram-se durante a Revolução Cultural (1966-76), na Universidade Tsinghua, situada no norte de Pequim, onde foram colegas de curso e de quarto. Chen já ocupou o cargo de chefe do PCC naquela instituição, entre 2002 e 2008, e foi posteriormente vice-ministro da Educação e vice-presidente da Associação Chinesa para a Ciência e Tecnologia. Liderar a Escola do Partido, o centro de formação dos altos quadros do regime, tem tradicionalmente servido de trampolim para outros cargos mais altos. Xi Jinping e o seu antecessor Hu Jintao já ocuparam aquele posto. O próprio Mao Zedong, fundador da China comunista, dirigiu aquela Escola, antes do estabelecimento do regime (entre 1942 e 1947). Pequim confia que Venezuela irá saldar a dívida [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo chinês, um dos principais credores da Venezuela, disse sexta-feira estar confiante de que o país sul-americano saldará a sua dívida, apesar de o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ter anunciado uma reestruturação da dívida externa. “Sabemos dessa notícia e também do compromisso da Venezuela em continuar a cumprir com as suas obrigações”, afirmou em conferência de imprensa Hua Chunying, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. Hua afirmou que Pequim “confia que o Governo venezuelano resolverá apropriadamente esta questão”. “A cooperação é mantida por instituições financeiras dos dois países, sobre as bases da igualdade, benefício mútuo e desenvolvimento comum. Até à data, todos os projectos têm funcionado correctamente e continuaremos a colaborar”, disse. Face à crise económica que afecta a Venezuela, Maduro pediu na quinta-feira que toda a dívida externa do país seja reestruturada.
Hoje Macau China / ÁsiaPortugal | Marcelo espera receber em 2018 homólogo chinês [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] chefe de Estado português afirmou ontem que espera receber em 2018 o Presidente da China, Xi Jinping, em visita de Estado a Portugal, e considerou que as relações luso-chinesas “atravessam porventura o melhor momento”. Marcelo Rebelo de Sousa falava no final da IV Gala Portugal-China, num hotel de Lisboa, na presença do ministro do Planeamento e das Infra-estruturas, do embaixador da República Popular da China em Portugal, e do presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa, entre outros convidados. “Terei grande satisfação em receber o senhor Presidente chinês [Xi Jinping] em visita de Estado, que, espero, possa concretizar-se em breve, talvez mesmo no próximo ano, em data a concretizar pelos canais diplomáticos usuais”, afirmou. Antes, o Presidente da República referiu que, “no respeito da diversidade dos princípios constitucionais e institucionais de cada um dos países”, enviou “há dias” a Xi Jinping, também secretário-geral do Partido Comunista Chinês (PCC) “uma mensagem de felicitações pelos sucessos do XIX Congresso do partido”, realizado em Outubro. “O ímpeto de reforma e a visão da China do futuro aí consagrados enquadram-se na nossa própria perspectiva de expansão do relacionamento bilateral num mundo sem proteccionismos”, declarou. Em alta No início do seu discurso, de onze minutos, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que as relações bilaterais “atravessam porventura o melhor momento desde que a República Popular da China e a República Portuguesa estabeleceram relações diplomáticas, há quase quarenta anos”. Segundo o chefe de Estado, os dois países vivem uma “fase de pujança e de crescimento estratégico”, com “grandes investimentos chineses nos sectores energético, segurador e financeiro”, que foi “iniciada com o Governo anterior e prosseguida durante este Governo”, e que saudou. “Portugal, por seu turno, está agora, como membro fundador, no Banco Asiático de Investimento em Infra-estruturas, e encontramo-nos prestes a concluir um processo de emissão de dívida pública em renminbis [ou yuan], os chamados ‘panda bonds’, com tudo o que isto tem de pioneiro na zona euro, traduzindo um contributo específico para a internacionalização da moeda chinesa”, salientou. Na perspectiva do Presidente da República, esta “nova fase” das relações luso-chinesas “é qualitativamente muito mais rica do que as anteriores, e bem mais diversificada”. Como exemplos, apontou a cooperação na investigação científica e tecnológica, com “um centro sino-português de investigação em novos materiais, em Hangzhou” e “um centro de investigação sino-português em ciências do mar, em Xangai”. No domínio da “economia azul”, mencionou que a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, se encontra actualmente na China, “chefiando uma delegação empresarial representativa de todos os sectores ‘azuis’, dos portos à biotecnologia, da logística à construção naval, do conhecimento dos oceanos às novas tecnologias de aplicação na exploração marinha”. Caminhos do futuro Na sua intervenção, Marcelo Rebelo de Sousa fez referência à estratégia do Estado chinês “Uma faixa, uma rota”, na qual incluiu Portugal, dizendo que a dimensão marítima portuguesa constitui uma prioridade, “nomeadamente na valorização do porto de águas profundas de Sines, e toda a sua envolvente logística, incluindo a ligação ferroviária a Espanha e as conectividades entre a Ásia e a Europa”. No plano da cultura, sublinhou “os festivais culturais que se preparam, em cada um dos dois países, para 2018 e 2019, e a concretização da abertura dum Centro Cultural de Portugal em Pequim e, simetricamente, do Centro Cultural Chinês em Lisboa”. “Termino com mais esta nota positiva, assegurando que, como Presidente da República, me dedicarei com empenho ao reforço dos laços de amizade que unem Portugal e a República Popular da China”, concluiu, agradecendo em mandarim: “Xiéxié”. O primeiro-ministro, António Costa, visitou a República Popular da China em Outubro do ano passado, ocasião em que foi recebido por Xi Jinping.
Hoje Macau China / ÁsiaFilipinas destacam 60 mil para cimeira da ASEAN [dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap]s autoridades das Filipinas destacaram ontem cerca de 60 mil polícias e soldados para coordenar a segurança da cimeira da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), que vai decorrer entre os próximos dias 10 e 14. Além dos líderes dos dez países-membros da ASEAN, o encontro vai contar com a presença dos Presidentes dos Estados Unidos e da China, respectivamente, Donald Trump e Xi Jinping, bem como dirigentes da União Europeia, Rússia, Japão ou Austrália. A polícia filipina proibiu o porte de armas durante os dias do evento na capital, Manila, e noutras províncias adjacentes na zona central de Luzón, segundo o jornal The Manila Times. A crise da minoria muçulmana rohingya na Birmânia, as ambições nucleares da Coreia do Norte, o terrorismo e as disputas territoriais no Mar do Sul da China figuram entre os temas que devem ser abordados pelos chefes de Estado e de Governo reunidos nas Filipinas. A economia vai ser outro tema relevante nas reuniões da ASEAN, uma comunidade de 620 milhões de habitantes e com um Produto Interno Bruto (PIB) combinado de 2,55 biliões de dólares (2,16 biliões de euros). Fundada em 1967, a ASEAN é composta pela Birmânia, Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Singapura, Tailândia e Vietname.
Hoje Macau China / Ásia“Nenhum ditador deve subestimar a determinação dos EUA” [dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] Presidente norte-americano afirmou ontem, no arranque da sua primeira visita oficial à Ásia, que “nenhum regime nem nenhum ditador deveriam subestimar a determinação dos Estados Unidos”, numa referência velada à Coreia do Norte. Donald Trump falava na base aérea de Yokota, a 40 quilómetros de Tóquio, diante das tropas norte-americanas destacadas no Japão, a primeira etapa da sua visita de mais de dez dias à Ásia que inclui ainda Coreia do Sul, China, Vietname e Filipinas. Apesar de não ter mencionado directamente a Coreia do Norte, advertiu que “nenhum país pode impor-se às capacidades militares norte-americanas”, e assinalou que as tropas dos Estados Unidos “não irão vacilar nem um instante diante de qualquer ameaça”. Durante a viagem a bordo do Air Force One, Trump afirmou, citado pela Casa Branca, que a ameaça da Coreia do Norte será um dos “principais temas” da sua visita à Ásia, uma vez tratando-se de “um dos maiores problemas para os Estados Unidos e para o mundo” que tem de “ser resolvido”. “Os últimos 25 anos foram de fraqueza total, pelo que agora apostamos num enfoque muito diferente”, afirmou Trump sobre o endurecimento da sua retórica relativamente ao regime liderado por Kim Jong-un. O Presidente norte-americano indicou ainda que “muito em breve” irá tomar uma decisão sobre a possibilidade de voltar a incluir a Coreia do Norte na lista dos países “patrocinadores do terrorismo”, da qual o regime de Pyongyang saiu em 2008, durante a presidência do republicano George W. Bush. O fim da designação da Pyongyang como Estado patrocinador do terrorismo resultou de negociações entre a Rússia, os Estados Unidos, o Japão, a China e as duas Coreias, para pôr um fim ao programa atómico militar daquele país. Amizades orientais Durante a sua intervenção diante das tropas norte-americanos em Yokota, Trump também enfatizou a importância da aliança entre Washington e Tóquio, elogiando os “enormes sacrifícios” dos militares destacados na Ásia que “têm contribuído para a paz e a estabilidade” da região. “Não me ocorre um lugar melhor do que esta base para iniciar a minha visita à Ásia”, realçou, ao assinalar que Yokota “é uma das melhores bases operacionais do mundo”, a partir donde foram lançadas operações “cruciais” durante a Guerra da Coreia (1950-53) ou a missão de ajuda após o terramoto e tsunami que devastou o Japão em Março de 2011. O Japão é um “aliado e parceiro fundamental, além de um belo país com gente maravilhosa”, disse Trump, manifestando “profundo respeito e grande admiração pela sua cultura e pela sua honrosa história”, diante de milhares de soldados norte-americanos e japoneses em Yokota. Trump dirigiu-se às tropas norte-americanas poucos minutos depois de chegar ao Japão, tendo trocado o fato por vestuário militar com as insígnias de “comandante chefe” das Forças Aéreas do Pacífico (PACAF) dos Estados Unidos antes de proferir o discurso. De Yokota, o Presidente dos Estados Unidos embarcou num helicóptero com destino ao clube de golfe golf Kasumigaseki Country Club de Saitama, a norte de Tóquio, onde foi recebido pelo primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe. Após o almoço informal, os dois dirigentes, que já testaram a “diplomacia do golfe” em Fevereiro, na Flórida, vão disputar uma partida na companhia do golfista profissional japonês Hideki Matsuyama, actual número quatro no ‘ranking’ mundial, segundo a agenda oficial citada pelas agências internacionais. Este jogo de golfe tem um sabor particular para Shinzo Abe, dado a que há 60 anos o seu avô, Nobusuke Kishi, então primeiro-ministro do Japão, partilhou as alegrias do golfe com um outro Presidente norte-americano, Dwight Eisenhower. Já à noite, os dois líderes, acompanhados pelas suas respectivas mulheres, jantaram num prestigiado restaurante em Tóquio. Esta segunda-feira, o Presidente dos Estados Unidos vai reunir-se com o primeiro-ministro japonês, bem como os imperadores Akihito e Michiko, entre outras actividades. A visita de Trump à Ásia, que inclui cinco países, estende-se por mais de dez dias, figurando como mais longa realizada por um Presidente dos Estados Unidos à região em mais de um quarto de século.
Hoje Macau China / ÁsiaZuckerberg e director da Apple reúnem-se com Xi Jinping [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] fundador da rede social Facebook e o director-executivo da Apple reuniram-se, em Pequim, com o Presidente chinês, Xi Jinping, reeleito na semana passada secretário-geral do Partido Comunista, noticiou ontem a imprensa local. Segundo a televisão estatal CCTV, o encontro decorreu na segunda-feira, durante uma recepção de Xi a consultores da escola de negócios de uma das melhores universidades da China, a Tsinghua, entre os quais se encontravam o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, e o director-executivo da Apple, Tim Cook. Outros nomes conhecidos do sector tecnológico, como Jack Ma (fundador do Alibaba), Pony Ma (presidente da Tencent) ou Robin Li (dirige o motor de busca chinês Baidu), também integraram o grupo. A visita de Cook a Pequim ocorre nas vésperas da Apple lançar o iPhone X, que deverá ter forte procura no mercado chinês. Já o Facebook continua inacessível na China, desde 2009, mas de acordo com o jornal norte-americano New York Times o regime comunista poderá desbloquear o acesso à rede social, se Zuckerberg respeitar o sistema de censura chinês. Durante o discurso inaugural do XIX Congresso do Partido Comunista Chinês, que decorreu no mês passado, em Pequim, Xi Jinping apontou como um dos principais objectivos converter a China num país de inovadores.
Hoje Macau China / ÁsiaMais de metade dos recém-nascidos são segundos filhos [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]ais de metade dos bebés nascidos na China, entre Janeiro e Agosto deste ano, são segundos filhos, indicaram dados oficiais ontem divulgados, ilustrando o efeito do fim da política de “um casal, um filho”. O vice-director da Comissão de Saúde e Planeamento Familiar da China, Wang Peian, afirmou que cerca de 52% dos 11,6 milhões de recém-nascidos, nos primeiros oito meses deste ano, têm irmão ou irmã. A China, nação mais populosa do mundo, com cerca de 1.375 milhões de habitantes, aboliu em 1 de Janeiro de 2016 o fim da política do filho único, passando todos os casais do país a poderem ter dois filhos. A política do filho único estava em vigor desde 1980 e pelas contas do Governo chinês, sem esta política a China teria actualmente perto de 1.700 milhões de habitantes, dificultando a própria sustentabilidade do país. No entanto, o rígido controlo de natalidade que vigorou durante décadas no país causou uma queda acentuada na população em idade activa. Dados oficiais anteriores ao fim da política de filho único indicavam que em 2050, um terço da população chinesa teria 60 ou mais anos e haveria menos trabalhadores para sustentar cada reformado. Wang Peian sublinhou que em 2016 nasceram 18,5 milhões de bebés na China, o número mais alto desde 2000, e 1,3 milhão a mais do que em 2015. Cerca de 45% dos recém-nascidos, no ano passado, são segundos filhos, disse. O mesmo responsável afirmou que as autoridades chinesas estão a elaborar políticas fiscais, de habitação e emprego para motivarem os casais a terem uma segunda criança.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim e Lisboa assinam acordo sobre economia do mar [dropcap style≠’circle’]P[/dropcap]ortugal e China vão assinar esta semana um plano de acção, visando a colaboração na investigação e em projectos comerciais, no âmbito da economia do mar, avançou ontem à agência Lusa a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino. “Este plano de acção prevê projectos de investigação concretos e o alargamento do entendimento e da parceria para uma verdadeira parceria azul”, disse a governante, à margem de uma missão empresarial à China. O acordo surge na sequência de um memorando de entendimento assinado em Portugal, em Junho passado, entre Ana Paula Vitorino e o seu homólogo chinês, Wang Hong. “Queremos alargar a nossa cooperação na área da investigação, ciência e inovação, mas também para parcerias empresarias”, afirmou a ministra portuguesa. Pequim e Lisboa trabalharão em conjunto “numa reflexão mais aprofundada na área da governação dos oceanos a nível global”, disse. A China investiu, nos últimos anos, em dezenas de portos de todo o mundo, desde a Austrália à Europa, convertendo os operadores portuários chineses em líderes mundiais. Os investimentos fazem parte da nova dinâmica da diplomacia de Pequim, que desde a ascensão ao poder do Presidente Xi Jinping quebrou com a presença discreta na cena internacional, para se assumir como uma potência voltada para o exterior. Na segunda-feira, 39 empresas portuguesas e 86 chinesas reuniram-se, na capital chinesa, à margem de um seminário dedicado à cooperação marítima entre Portugal e a China, no âmbito do projecto de infra-estruturas, ‘Uma Faixa, Uma Rota’, lançado por Xi Jinping. O plano visa reactivar a antiga via comercial entre a China e a Europa através da Ásia Central, África e sudeste Asiático, e inclui uma malha ferroviária de alta velocidade, portos e auto-estradas, abrangendo 65 países e cerca de 60% da população mundial. Portos de abrigo Ana Paula Vitorino revelou que foram feitos acordos entre empresas portuguesas e chinesas para a “formação de consórcios, para concorrerem a vários projectos de investimento que vão existir em Portugal na área portuária”. A ministra portuguesa apontou a possibilidade de investimentos nos portos de Sines, Leixões e Lisboa e “parcerias nas áreas da biotecnologia azul, aquacultura e indústria naval”, referindo-se à “construção de plataformas para energias renováveis oceânicas ou aquacultura ‘offshore'”. “Criaram-se ali embriões de iniciativas, que poderão dar origem a consórcios formados para este tipo de actividade”, detalhou. Ontem, Ana Paula Vitorino reuniu-se em Pequim com o presidente do China Development Bank, a entidade bancária do Estado chinês encarregue de financiar projectos do país além-fronteiras. A ministra portuguesa garantiu a “disponibilização” e “manifestação de interesse” do banco para financiar projectos em Portugal, no âmbito da economia do mar. “Portugal é um ponto fundamental nas rotas norte sul do Atlântico, mas também um ponto de passagem obrigatório nas rotas este oeste”, disse sobre as mais-valias portuguesas na economia do mar. “Estamos a falar de um país que tem tudo para ser um parceiro atractivo em matéria marítimo-portuária”, concluiu.
Hoje Macau China / ÁsiaCancelados passaportes de ex-primeira-ministra tailandesa [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Ministério dos Negócios Estrangeiros da Tailândia cancelou os passaportes da ex-primeira-ministra Yingluck Shinawatra que fugiu do país no mês passado para escapar à pena de prisão que disse ter motivações políticas. As embaixadas da Tailândia vão informar os governos estrangeiros que Yingluck Shinawatra já não é portadora de um passaporte tailandês, afirmou, na segunda-feira à noite, Busadee Santipitaks, porta-voz da diplomacia tailandesa. Yingluck Shinawatra tem quatro passaportes, incluindo dois diplomáticos. Yingluck Shinawatra, cujo governo foi deposto na sequência do golpe militar de 2014, foi condenada à revelia a cinco anos de prisão em Setembro por negligência num programa de subvenções que consistia na compra de arroz aos agricultores a preços acima dos praticados no mercado, que causou perdas milionárias durante o seu mandato (2011-2014). A antiga chefe de Governo fugiu do país antes de conhecer o veredicto. Dias depois da leitura da sentença, o primeiro-ministro da Tailândia, o general Prayut Chan-ocha, afirmou que tinha fugido para o Dubai e que um novo mandado de captura havia sido emitido. “Não sabemos onde ela se encontra. Algumas informações referem que está no Reino Unido”, afirmou à imprensa o ministro dos Negócios Estrangeiros, Don Pramudwinai. Teias da lei A diplomacia tailandesa afirmou não ser raro um tailandês que tem de viajar frequentemente ser portador de múltiplos passaportes porque os pedidos de visto pode demorar semanas. Yingluck venceu as eleições gerais de 2011, como líder de um dos partidos políticos fundados pelo irmão, Thaksin, tendo sido deposta poucos dias antes do golpe de Estado militar de Maio de 2014, na sequência de uma polémica decisão do Tribunal Constitucional. As plataformas políticas ligadas a Thaksin, deposto em 2006, tinham vencido todas as eleições desde 2001 graças ao apoio do eleitorado rural do nordeste, apesar da oposição ligadas aos sectores monárquicos e militares do país. Este mês foram convocadas eleições gerais para Novembro de 2018 com vista ao restabelecimento da democracia interrompida pelo golpe militar de 2014. Tóquio | Encontrados nove corpos desmembrados num apartamento [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] polícia japonesa encontrou nove corpos desmembrados e escondidos em congeladores num apartamento no sudoeste de Tóquio, num provável caso de assassínio em série que está a horrorizar o Japão. As autoridades policiais estão a trabalhar para identificar os cadáveres, depois de o homem que mora no apartamento, Takahiro Shiraishi, de 27 anos, ter confessado que cortou e escondeu os corpos nos congeladores, de acordo com as informações fornecidas por um porta-voz da polícia. Os corpos, em diferentes estágios de decomposição, foram encontrados na segunda-feira, no âmbito da investigação da polícia sobre o desaparecimento de uma mulher de 23 anos, referiu a mesma fonte. Uma caixa de ferramentas e uma serra encontradas no apartamento de Shiraishi podem ter sido usadas para desmembrar os corpos, declarou o porta-voz da polícia. Takahiro Shiraishi disse à polícia que desmembrou os corpos na sua casa de banho e, segundo a agência de notícias Kyodo, o homem deixou partes dos corpos em contentores do lixo. Relatos avançados pela imprensa dizem que a mulher de 23 anos entrou em contacto com Shiraishi através do Twitter, à procura de um parceiro para cometer suicídio, já que tinha medo de morrer sozinha. Os dois foram filmados por câmaras de segurança na estação de comboios próxima do apartamento do suspeito.