Tufão nas Filipinas faz pelo menos 41 mortos e 28 feridos

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades filipinas elevaram hoje para 41 o número de mortos causados pela passagem do tufão Phanfone no centro do país, registando ainda 28 feridos e 12 desaparecidos.

O anterior balanço das autoridades apontava para 28 mortos e dois feridos, mantendo-se a indicação dos 12 desaparecidos devido à passagem do tufão, que atingiu as Filipinas no dia de Natal.

O tufão destruiu barcos, casas e causou inundações, forçando cerca de 39.000 pessoas a deslocarem-se para abrigos temporários e deixando quase 90 municípios sem electricidade.

As Filipinas são atingidas por dezenas de tufões todos os anos durante a estação chuvosa, que começa por volta dos meses de maio e junho e geralmente termina entre novembro e dezembro. Em Novembro de 2013, o tufão Haiyan causou mais de 6.300 mortes e mil desaparecidos.

29 Dez 2019

Xi Jinping diz a Trump que interferência dos EUA feriram relações bilaterais

[dropcap]O[/dropcap] Presidente chinês disse ontem ao seu homólogo norte-americano que os comentários e as iniciativas dos Estados Unidos sobre Taiwan, Hong Kong, Xinjiang e o Tibete prejudicaram as relações entre os dois países, segundo a agência Nova China.

Durante uma conversa telefónica com o Presidente dos EUA, Donald Trump, Xi Jinping afirmou que “a atitude dos Estados Unidos tinha interferido com assuntos internos chineses e prejudicou os interesses da China, em detrimento da confiança mútua e cooperação bilateral”, de acordo com a agência estatal chinesa.

O Presidente chinês disse ainda esperar que os Estados Unidos dêem “grande importância às preocupações da China”, acrescentou. Donald Trump declarou, por sua vez, que teve uma “discussão muito boa” sobre comércio com o seu homólogo chinês.

Uma semana após o anúncio de um acordo de princípio, sinónimo de trégua na guerra comercial entre os dois países, o Presidente norte-americano, citado pela agência France-Presse, adiantou que “teve uma conversa muito boa com o Presidente chinês sobre o gigantesco acordo comercial” entre os dois países.

21 Dez 2019

Pequim opõe-se ao “abuso” pelos EUA de medidas de controle de exportação

[dropcap]“A[/dropcap] China opõe-se ao abuso pelos Estados Unidos do conceito de segurança nacional e controle de exportação para interferir e restringir as trocas e cooperação normais entre as empresas”, disse na quarta-feira um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.

O governo dos EUA está a finalizar um conjunto de regras restritivas para limitar as exportações de tecnologia sofisticada para a China. O Departamento de Comércio norte-americano estará a dar os últimos retoques nas cinco regras que cobrem produtos como computação quântica e impressão 3D.

“A China pede aos EUA que façam mais para promover a confiança mútua e a cooperação entre os dois países, não o contrário”, disse o porta-voz Geng Shuang. Geng disse que os Estados Unidos são muito presunçosos em acreditar que as suas restrições nas exportações de tecnologia emergente para a China possam prevenir a inovação tecnológica no país.

“As restrições, interferência, sabotagem e bloqueios dos EUA não afectarão a China”, disse Geng, acrescentando que esses retrocessos temporários apenas “inspirarão a inteligência do povo chinês e promoverão sua moral. Estamos confiantes no progresso tecnológico e desenvolvimento da China”, concluiu.

EUA ainda isentos

Entretanto, a China divulgou nesta quinta-feira outra lista de produtos dos Estados Unidos que serão isentos da primeira ronda de tarifas adicionais sobre os produtos americanos. Trata-se do segundo conjunto de bens dos Estados Unidos que será excluído da primeira ronda de contramedidas tarifárias da China contra as medidas da Seção 301 dos Estados Unidos, disse a Comissão de Tarifas Alfandegárias do Conselho de Estado num comunicado.

A lista de isenção terá validade entre 26 de Dezembro de 2019 e 25 de Dezembro de 2020. As tarifas que já foram arrecadadas não serão reembolsadas, explicou o comunicado. O restante dos produtos americanos sujeitos à primeira ronda de tarifas adicionais da China não será excluído até o momento.

Posteriormente, a comissão continuará a trabalhar no processo de isenção e divulgará as listas de isenção dos bens dos Estados Unidos sujeitos à segunda ronda de tarifas adicionais no devido tempo.

20 Dez 2019

Hainan | Novo porta-aviões chinês entra em funções

Antes da chegada a Macau, o Presidente chinês teve ainda tempo de presidir à cerimónia que assinala formalmente a entrada em funcionamento do primeiro porta-aviões chinês totalmente construído no país

 

[dropcap]O[/dropcap] Presidente chinês, Xi Jinping, presidiu ontem à entrada em funcionamento do primeiro porta-aviões de construção nacional, afirmando a ascensão do país como potência naval num contexto de tensões no Mar do Sul da China.

O Shandong é o segundo porta-aviões chinês a entrar em serviço depois do Liaoning, que foi originalmente comprado como um casco da Ucrânia e totalmente renovado pela tecnologia chinesa. As cerimónias na base naval de Sanya, no sul de Hainan, contaram com 5.000 representantes das forças navais e das empresas de construção do porta-aviões.

Esta manifestação de poderio militar chinês decorreu horas antes de Xi Jinping chegar a Macau para a tomada de posse do novo governo da Região Administrativa Especial e para celebrações dos 20 anos da entrega, por Portugal, da administração do território a Pequim.

A base na ilha do sul da província de Hainan é a principal estrutura militar chinesa no Mar do Sul da China, onde Pequim está envolvido numa disputa cada vez mais tensa sobre o território e os recursos submarinos de petróleo e gás.

Pronto a navegar

Os países da região, que contam com o apoio dos EUA, Japão e Austrália também têm fortalecido as suas forças militares em resposta à escalada existente.

A China tem construído ilhas artificiais, equipadas com aeródromos e baterias de mísseis.
Imagens da televisão estatal chinesa mostraram Xi a ser aplaudido ao embarcar no navio para entregar uma bandeira e um certificado, assinar o registo e cumprimentar os marinheiros.

As 50 mil toneladas do Shandong completaram testes de mar no ano passado antes de regressar ao estaleiro no porto de Dalian, no norte do país, onde foi equipado com três dezenas de caças J-15 de fabrico chinês.

19 Dez 2019

Hainan | Novo porta-aviões chinês entra em funções

Antes da chegada a Macau, o Presidente chinês teve ainda tempo de presidir à cerimónia que assinala formalmente a entrada em funcionamento do primeiro porta-aviões chinês totalmente construído no país

 
[dropcap]O[/dropcap] Presidente chinês, Xi Jinping, presidiu ontem à entrada em funcionamento do primeiro porta-aviões de construção nacional, afirmando a ascensão do país como potência naval num contexto de tensões no Mar do Sul da China.
O Shandong é o segundo porta-aviões chinês a entrar em serviço depois do Liaoning, que foi originalmente comprado como um casco da Ucrânia e totalmente renovado pela tecnologia chinesa. As cerimónias na base naval de Sanya, no sul de Hainan, contaram com 5.000 representantes das forças navais e das empresas de construção do porta-aviões.
Esta manifestação de poderio militar chinês decorreu horas antes de Xi Jinping chegar a Macau para a tomada de posse do novo governo da Região Administrativa Especial e para celebrações dos 20 anos da entrega, por Portugal, da administração do território a Pequim.
A base na ilha do sul da província de Hainan é a principal estrutura militar chinesa no Mar do Sul da China, onde Pequim está envolvido numa disputa cada vez mais tensa sobre o território e os recursos submarinos de petróleo e gás.

Pronto a navegar

Os países da região, que contam com o apoio dos EUA, Japão e Austrália também têm fortalecido as suas forças militares em resposta à escalada existente.
A China tem construído ilhas artificiais, equipadas com aeródromos e baterias de mísseis.
Imagens da televisão estatal chinesa mostraram Xi a ser aplaudido ao embarcar no navio para entregar uma bandeira e um certificado, assinar o registo e cumprimentar os marinheiros.
As 50 mil toneladas do Shandong completaram testes de mar no ano passado antes de regressar ao estaleiro no porto de Dalian, no norte do país, onde foi equipado com três dezenas de caças J-15 de fabrico chinês.

19 Dez 2019

Hong Kong vive ano “mais sombrio e complexo” desde transferência de soberania, diz Xi Jinping

[dropcap]O[/dropcap] Presidente chinês reiterou ontem o seu apoio à Chefe do Executivo de Hong Kong, apesar de assumir que a região semiautónoma enfrenta o ano “mais sombrio e complexo” desde a transferência da soberania para a China.

Xi Jinping elogiou Carrie Lam por respeitar a fórmula “Um País, Dois Sistemas” e pela sua “coragem e compromisso” durante um “período excepcional” para Hong Kong.

Lam reuniu em Pequim com Xi Jinping e o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, na sua primeira visita à capital chinesa desde que os candidatos pró-democracia venceram as eleições para os conselhos distritais em Hong Kong, no mês passado, reflectindo o descontentamento popular com a sua governação e o amplo apoio aos protestos que há seis meses abalam o território.

Hong Kong foi “assombrada pela agitação social”, disse Lam, após os encontros, em conferência de imprensa, acrescentando que os líderes chineses consideraram que a situação actual “não tem precedentes”.

“Dada a gravidade da situação e as dificuldades que enfrentamos, posso dizer que os líderes apreciam plenamente os esforços necessários”, disse. “Mas sabemos que o nosso trabalho para impedir a violência não terminou. Ainda não estamos fora da crise”, assumiu.

Fúrias e rejeições

A região é desde Junho palco de manifestações, iniciadas por um projecto de lei que permitiria extraditar criminosos para países sem acordos prévios, como é o caso da China continental, e, entretanto, retirado, mas que se transformou num movimento que exige reformas democráticas e se opõe à crescente interferência de Pequim no território.

Os protestos têm assumido contornos cada vez mais violentos, com actos de vandalismo e confrontos com as forças de segurança.

Na noite de domingo, manifestantes atiraram tijolos contra a polícia, que respondeu com disparos de gás lacrimogéneo. Segundo as autoridades, os manifestantes incendiaram barricadas, bloquearam estradas e partiram semáforos com martelos.

A violência e os confrontos em vários centros comerciais da região, no domingo, onde a polícia usou ainda gás pimenta e fez várias detenções, terminaram uma pausa de duas semanas nos confrontos entre polícia e manifestantes.

Os manifestantes acusam a polícia de brutalidade policial e exigem um inquérito independente à sua atuação.
Lam voltou ontem a rejeitar aquela exigência fundamental do movimento. Um conselho de supervisão sob a actuação da polícia que está a investigar a actuação das forças de segurança deve ter “espaço e tempo” para concluir o seu relatório no início do próximo ano, defendeu.

Um grupo de especialistas internacionais abandonou o conselho, na semana passada, devido às preocupações de que o órgão carece de capacidade e independência. O conselho não tem poderes para solicitar documentos ou convocar testemunhas.

18 Dez 2019

Pequim e Moscovo pedem à ONU redução de sanções contra Pyongyang

[dropcap]A[/dropcap] China pediu ontem ao Conselho de Segurança da ONU para apoiar uma proposta sino-russa de reduzir as sanções contra a Coreia do Norte, desde que este país aceite um plano de desnuclearização.

Nas últimas semanas, o Governo norte-coreano tem vindo a pedir aos EUA que levante as sanções impostas e fez mesmo um ultimato, ameaçando com um “presente de Natal”, se Washington não fizer cedências na sua posição.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, já respondeu ao ultimato da Coreia do Norte, dizendo que ficaria “decepcionado se estivesse alguma coisa a ser preparada”, referindo-se à possibilidade de qualquer retaliação militar por parte de Pyongyang.

A proposta agora apresentada por Pequim e Moscovo junto da ONU procura ser uma solução para o impasse, sugerindo que os EUA ajustem as suas sanções contra a Coreia do Norte “de acordo com os passos dados por este país em direção à desnuclearização”.

A proposta sino-russa chega num momento de tensão entre Washington e Pyongyang, com as negociações travadas desde o fracasso da cimeira entre Donald Trump e o Presidente da Coreia do Norte, Kim Jong-un, em Fevereiro passado.

“A península coreana atravessa um período importante e sensível. A urgência de um acordo político aumentou ainda mais”, disse ontem Geng Shuang, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China.

A comunidade internacional deve “impedir que a península volte à tensão e ao confronto”, argumentou o porta-voz chinês, numa conferência de Imprensa em que justificou a proposta apresentada à ONU.

Voltar à mesa

Sem explicitar o que Pyongyang terá de fazer para obter uma redução nas sanções, o projeto sino-russo pede a interrupção de várias sanções económicas, impostas desde 2016, para melhorar a vida dos norte-coreanos.

Entre outras medidas, o documento enviado à ONU sugere a suspensão da proibição de importação de carvão, ferro, minério de ferro e têxteis oriundos da Coreia do Norte. China e Rússia pedem ainda o fim de uma medida que exige que os países recusem trabalhadores norte-coreanos que procurem emigrar.

“Esperamos que o Conselho de Segurança dê o seu apoio unânime à solução política do problema da península coreana”, disse Geng Shuang, apelando à Coreia do Norte e aos EUA para retomarem as negociações e sugerindo a intermediação de países como a China, a Rússia e o Japão, para além da Coreia do Sul.

O documento pede ainda a Pyongyang que inicie um processo de desnuclearização, o que Kim Jong-un tem recusado, alegando que as armas nucleares são a única forma de garantir a segurança nacional contra ataques externos.

Para que esta proposta seja aprovada na ONU, Moscovo e Pequim devem garantir nove votos favoráveis, dos 15 do Conselho de Segurança, evitando ainda o veto de outros membros permanentes (Estados Unidos, França e Reino Unido).

18 Dez 2019

UE| Cimeiras com China em 2020 em preparação

[dropcap]A[/dropcap] União Europeia (UE) e a China preparam duas cimeiras, em 2020, para desenvolver uma nova parceria estratégia, embora reconheçam divergências políticas, disseram ontem líderes europeus.

O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, foi ontem recebido em Bruxelas pelo novo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, com a definição de novos acordos comerciais em agenda.

Na segunda-feira, Wang Yi já reunira com o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, com quem planeou duas cimeiras UE-China, em 2020, incluindo uma cimeira especial durante a presidência rotativa da comunidade pela Alemanha, que deverá realizar-se na cidade alemã de Leipzig.

Charles Michel insistiu na “necessidade de promover o livre comércio e o investimento que respeitem condições equitativas e reciprocidade” entre as duas potências, numa terminologia que recorda as divergências que têm separado a China dos EUA numa guerra comercial que dura há quase dois anos.

O presidente do Conselho Europeu também introduziu também as questões climáticas na conversa, chamando a atenção para a importância de medidas que contenham a crise e que sejam encaradas de forma global.

Os europeus não escondem as preocupações com “os desafios” impostos pela “crescente influência da China e das políticas internacionais”, disseram diplomatas ouvidos em Bruxelas.

Sem tabus

De resto, os responsáveis da UE enfatizaram isso mesmo na declaração conjunta adoptada pelos líderes dos países membros da NATO no início da cimeira que comemorou os 70 anos da Aliança, em Londres, no início de Dezembro.

“Nós falámos sobre tudo, mesmo sobre as questões delicadas como a situação em Hong Kong e Xinjiang”, disse Josep Borrell, que admitiu que, na Europa, a China é considerada “um adversário”, “rival” e “parceiro”, num momento em que os europeus estão divididos entre o medo e o interesse em oportunidades de negócios.

“Os nossos negócios excedem em muito mil milhões de euros por dia, em média”, lembra Josep Borrell, referindo-se ao volume de negócios entre as duas potências económicas.

O principal tema de tensão na relação é o desenvolvimento da rede de telecomunicações 5G na Europa, que atrai grande interesse por parte dos chineses.

O gigante tecnológico Huawei tem estado particularmente activo neste sector, mas as suas ambições têm sido frustradas por Washington, que excluiu a empresa do fornecimento de equipamentos a partir dos Estados Unidos e tem feito pressão para que seja banida pela UE, invocando riscos de espionagem a favor de Pequim.

Sob pressão dos Estados Unidos, a NATO insistiu na “determinação dos aliados em garantir a segurança das suas comunicações, incluindo a rede 5G, ciente da necessidade de usar sistemas seguros e resilientes”, excluindo parcerias com a China.

A decisão incomoda a diplomacia chinesa e, recentemente, o embaixador chinês em Berlim, Ken Wu, disse que “se a Alemanha tomar uma decisão que leve à exclusão da Huawei do mercado alemão, haverá consequências”.

18 Dez 2019

UE| Cimeiras com China em 2020 em preparação

[dropcap]A[/dropcap] União Europeia (UE) e a China preparam duas cimeiras, em 2020, para desenvolver uma nova parceria estratégia, embora reconheçam divergências políticas, disseram ontem líderes europeus.
O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, foi ontem recebido em Bruxelas pelo novo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, com a definição de novos acordos comerciais em agenda.
Na segunda-feira, Wang Yi já reunira com o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, com quem planeou duas cimeiras UE-China, em 2020, incluindo uma cimeira especial durante a presidência rotativa da comunidade pela Alemanha, que deverá realizar-se na cidade alemã de Leipzig.
Charles Michel insistiu na “necessidade de promover o livre comércio e o investimento que respeitem condições equitativas e reciprocidade” entre as duas potências, numa terminologia que recorda as divergências que têm separado a China dos EUA numa guerra comercial que dura há quase dois anos.
O presidente do Conselho Europeu também introduziu também as questões climáticas na conversa, chamando a atenção para a importância de medidas que contenham a crise e que sejam encaradas de forma global.
Os europeus não escondem as preocupações com “os desafios” impostos pela “crescente influência da China e das políticas internacionais”, disseram diplomatas ouvidos em Bruxelas.

Sem tabus

De resto, os responsáveis da UE enfatizaram isso mesmo na declaração conjunta adoptada pelos líderes dos países membros da NATO no início da cimeira que comemorou os 70 anos da Aliança, em Londres, no início de Dezembro.
“Nós falámos sobre tudo, mesmo sobre as questões delicadas como a situação em Hong Kong e Xinjiang”, disse Josep Borrell, que admitiu que, na Europa, a China é considerada “um adversário”, “rival” e “parceiro”, num momento em que os europeus estão divididos entre o medo e o interesse em oportunidades de negócios.
“Os nossos negócios excedem em muito mil milhões de euros por dia, em média”, lembra Josep Borrell, referindo-se ao volume de negócios entre as duas potências económicas.
O principal tema de tensão na relação é o desenvolvimento da rede de telecomunicações 5G na Europa, que atrai grande interesse por parte dos chineses.
O gigante tecnológico Huawei tem estado particularmente activo neste sector, mas as suas ambições têm sido frustradas por Washington, que excluiu a empresa do fornecimento de equipamentos a partir dos Estados Unidos e tem feito pressão para que seja banida pela UE, invocando riscos de espionagem a favor de Pequim.
Sob pressão dos Estados Unidos, a NATO insistiu na “determinação dos aliados em garantir a segurança das suas comunicações, incluindo a rede 5G, ciente da necessidade de usar sistemas seguros e resilientes”, excluindo parcerias com a China.
A decisão incomoda a diplomacia chinesa e, recentemente, o embaixador chinês em Berlim, Ken Wu, disse que “se a Alemanha tomar uma decisão que leve à exclusão da Huawei do mercado alemão, haverá consequências”.

18 Dez 2019

Hong Kong | PM chinês pede a Carrie Lam que analise problemas sociais

[dropcap]O[/dropcap] primeiro-ministro chinês considerou ontem que os protestos em Hong Kong prejudicaram a sociedade da região semi-autónoma “em todas as frentes” e apelou à chefe do Executivo local que analise os problemas sociais na cidade.

Durante uma reunião com a líder do território, Carrie Lam, Li Keqiang pediu-lhe que analise os “conflitos e problemas profundamente enraizados” em Hong Kong e que acabe com a violência e o caos nas ruas.

Lam está em Pequim para reunir com Li e o Presidente chinês, Xi Jinping, na sua primeira visita à capital chinesa desde que os candidatos pró-democracia venceram as eleições para os conselhos distritais em Hong Kong, no mês passado, reflectindo o descontentamento popular com a sua governação e o amplo apoio aos protestos que há seis meses abalam o território.

“O Governo central reconhece plenamente os seus esforços, mas Hong Kong ainda não superou as dificuldades: o governo da cidade deve continuar a fazer esforços para conter a violência e acabar com o caos, de acordo com a lei, e restaurar a ordem”, disse Li, citado pelo jornal de Hong Kong South China Morning Post.

O primeiro-ministro chinês lamentou ainda a recessão que atinge a economia de Hong Kong: “Podemos dizer que a cidade está a enfrentar uma situação sem precedentes, grave e complicada”, realçou.

Regresso à anormalidade

O encontro decorreu no Grande Palácio do Povo, junto à Praça Tiananmen. O vice-primeiro-ministro chinês Han Zheng, o director do gabinete de ligação de Pequim em Hong Kong, Wang Zhimin, e o director do gabinete para os assuntos de Hong Kong e Macau do Conselho de Estado, Zhang Xiaoming, também estiveram presentes, segundo o SCMP.

“Ao longo do ano, a nossa política, economia e sociedade enfrentaram realmente graves problemas”, admitiu Lam, durante a reunião com Li, citada pelo jornal.

Hong Kong é há seis meses palco de manifestações, iniciadas por um projecto de lei que permitiria extraditar criminosos para países sem acordos prévios, como é o caso da China continental, e, entretanto, retirado, mas que se transformou num movimento que exige reformas democráticas e se opõe à crescente interferência de Pequim no território.

Os protestos têm assumido contornos cada vez mais violentos, com actos de vandalismo e confrontos com as forças de segurança.

Na noite de domingo, manifestantes atiraram tijolos contra a polícia, que respondeu com disparos de gás lacrimogéneo. Segundo as autoridades, os manifestantes incendiaram barricadas, bloquearam estradas e partiram semáforos com martelos.

A violência e os confrontos em vários centros comerciais da região, no domingo, onde a polícia usou ainda gás pimenta e fez várias detenções, puseram fim a uma pausa de duas semanas nos confrontos entre polícia e manifestantes.

17 Dez 2019

Hong Kong | PM chinês pede a Carrie Lam que analise problemas sociais

[dropcap]O[/dropcap] primeiro-ministro chinês considerou ontem que os protestos em Hong Kong prejudicaram a sociedade da região semi-autónoma “em todas as frentes” e apelou à chefe do Executivo local que analise os problemas sociais na cidade.
Durante uma reunião com a líder do território, Carrie Lam, Li Keqiang pediu-lhe que analise os “conflitos e problemas profundamente enraizados” em Hong Kong e que acabe com a violência e o caos nas ruas.
Lam está em Pequim para reunir com Li e o Presidente chinês, Xi Jinping, na sua primeira visita à capital chinesa desde que os candidatos pró-democracia venceram as eleições para os conselhos distritais em Hong Kong, no mês passado, reflectindo o descontentamento popular com a sua governação e o amplo apoio aos protestos que há seis meses abalam o território.
“O Governo central reconhece plenamente os seus esforços, mas Hong Kong ainda não superou as dificuldades: o governo da cidade deve continuar a fazer esforços para conter a violência e acabar com o caos, de acordo com a lei, e restaurar a ordem”, disse Li, citado pelo jornal de Hong Kong South China Morning Post.
O primeiro-ministro chinês lamentou ainda a recessão que atinge a economia de Hong Kong: “Podemos dizer que a cidade está a enfrentar uma situação sem precedentes, grave e complicada”, realçou.

Regresso à anormalidade

O encontro decorreu no Grande Palácio do Povo, junto à Praça Tiananmen. O vice-primeiro-ministro chinês Han Zheng, o director do gabinete de ligação de Pequim em Hong Kong, Wang Zhimin, e o director do gabinete para os assuntos de Hong Kong e Macau do Conselho de Estado, Zhang Xiaoming, também estiveram presentes, segundo o SCMP.
“Ao longo do ano, a nossa política, economia e sociedade enfrentaram realmente graves problemas”, admitiu Lam, durante a reunião com Li, citada pelo jornal.
Hong Kong é há seis meses palco de manifestações, iniciadas por um projecto de lei que permitiria extraditar criminosos para países sem acordos prévios, como é o caso da China continental, e, entretanto, retirado, mas que se transformou num movimento que exige reformas democráticas e se opõe à crescente interferência de Pequim no território.
Os protestos têm assumido contornos cada vez mais violentos, com actos de vandalismo e confrontos com as forças de segurança.
Na noite de domingo, manifestantes atiraram tijolos contra a polícia, que respondeu com disparos de gás lacrimogéneo. Segundo as autoridades, os manifestantes incendiaram barricadas, bloquearam estradas e partiram semáforos com martelos.
A violência e os confrontos em vários centros comerciais da região, no domingo, onde a polícia usou ainda gás pimenta e fez várias detenções, puseram fim a uma pausa de duas semanas nos confrontos entre polícia e manifestantes.

17 Dez 2019

EUA | Pequim apresenta queixa formal após expulsão de diplomatas

[dropcap]O[/dropcap] Governo chinês negou ontem que os dois diplomatas chineses expulsos dos Estados Unidos tenham entrado numa base militar no Estado da Virgínia e revelou ter apresentado formalmente queixa às autoridades norte-americanas.

“As acusações são completamente falsas e é por isso que apresentamos uma queixa formal”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Geng Shuang, em conferência de imprensa.

“Pedimos aos EUA que corrijam o erro, cancelem esta decisão e protejam adequadamente os direitos dos diplomatas chineses, de acordo com a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas”, disse o porta-voz.

Segundo a imprensa norte-americana, Washington expulsou os dois diplomatas chineses este ano, depois de estes terem entrado naquela base militar. Um dos diplomatas foi identificado como agente dos serviços de inteligência chineses, que operava sob protecção diplomática.

Os dois diplomatas conseguiram percorrer cerca de um quilómetro e meio no complexo, em Setembro passado, mas foram detidos por militares.

Em Outubro passado, Washington anunciou que os diplomatas chineses passam a ter que informar o Departamento de Estado dos EUA com antecedência antes de qualquer reunião oficial nos Estados Unidos.

O Departamento de Estado norte-americano considerou a medida “recíproca”, face às condições de acesso dos diplomatas norte-americanos na China.

Em retaliação, a China confirmou a imposição de restrições aos diplomatas norte-americanos no país asiático.

China e Estados Unidos vivem um período de crescente rivalidade, à medida que uma prolongada guerra comercial se alargou à tecnologia, diplomacia ou Defesa.

17 Dez 2019

EUA | Pequim apresenta queixa formal após expulsão de diplomatas

[dropcap]O[/dropcap] Governo chinês negou ontem que os dois diplomatas chineses expulsos dos Estados Unidos tenham entrado numa base militar no Estado da Virgínia e revelou ter apresentado formalmente queixa às autoridades norte-americanas.
“As acusações são completamente falsas e é por isso que apresentamos uma queixa formal”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Geng Shuang, em conferência de imprensa.
“Pedimos aos EUA que corrijam o erro, cancelem esta decisão e protejam adequadamente os direitos dos diplomatas chineses, de acordo com a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas”, disse o porta-voz.
Segundo a imprensa norte-americana, Washington expulsou os dois diplomatas chineses este ano, depois de estes terem entrado naquela base militar. Um dos diplomatas foi identificado como agente dos serviços de inteligência chineses, que operava sob protecção diplomática.
Os dois diplomatas conseguiram percorrer cerca de um quilómetro e meio no complexo, em Setembro passado, mas foram detidos por militares.
Em Outubro passado, Washington anunciou que os diplomatas chineses passam a ter que informar o Departamento de Estado dos EUA com antecedência antes de qualquer reunião oficial nos Estados Unidos.
O Departamento de Estado norte-americano considerou a medida “recíproca”, face às condições de acesso dos diplomatas norte-americanos na China.
Em retaliação, a China confirmou a imposição de restrições aos diplomatas norte-americanos no país asiático.
China e Estados Unidos vivem um período de crescente rivalidade, à medida que uma prolongada guerra comercial se alargou à tecnologia, diplomacia ou Defesa.

17 Dez 2019

MNE | Sugerido a Ozil que visite Xinjiang após comentários sobre abusos

[dropcap]O[/dropcap] Governo chinês sugeriu ontem que Mesut Ozil visite a região de Xinjiang, no extremo oeste da China, depois de o futebolista de origem turca ter criticado o tratamento de minorias étnicas muçulmanas por Pequim.

“Se Ozil tiver a oportunidade, ficaremos felizes que ele visite Xinjiang para observar a situação”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Geng Shuang, em conferência de imprensa.

O porta-voz considerou que o julgamento do médio do Arsenal foi “influenciado por informações falsas”.
Nas redes sociais Twitter e Instagram, Ozil criticou a China pela perseguição da minoria étnica de origem muçulmana uigur e os países muçulmanos por manterem o silêncio.

“Alcorãos estão a ser queimados. Mesquitas estão a ser fechadas. Escolas muçulmanas estão a ser banidas. Estudiosos religiosos estão a ser mortos um a um”, descreveu o jogador do Arsenal, em mensagens escritas em turco.

“Apesar de tudo isto, os muçulmanos ficam calados”, frisou. “O que será lembrado daqui a alguns anos não é a tortura pelos tiranos, mas o silêncio dos seus irmãos muçulmanos”, apontou.

As autoridades chinesas mantêm mais de um milhão de uigures em campos de doutrinação na região de Xinjiang, no extremo oeste do país, numa campanha de assimilação cultural.

Antigos detidos dizem ter sido obrigados a renunciar ao Islão, jurar lealdade ao Partido Comunista Chinês e sujeitos a tortura e outros abusos. Outros dizem terem sido forçados a assinar contratos de trabalho com fábricas, onde são forçados a trabalhar longas jornadas por salários baixos, e proibidos de deixar as instalações durante os dias da semana.

O Governo chinês, que inicialmente negou a existência destes campos, afirmou, entretanto, tratar-se de centros de formação vocacional que visam integrar os uigures na sociedade e erradicar o “extremismo” da região. Apesar da pressão internacional, os países muçulmanos têm-se mantido relutantes em criticar Pequim.

Transmissão cortada

Como retaliação pelos comentários do médio, a televisão estatal chinesa CCTV cancelou no domingo a emissão do jogo entre o Arsenal e o Manchester City.

A imprensa e redes sociais na China foram inundadas de críticas a Ozil, enquanto a Associação Chinesa de Futebol disse estar “extremamente zangada e decepcionada” com os comentários “inapropriados” do jogador.

“O que Ozil disse claramente magoou os seus fãs chineses e o povo chinês em geral”, apontou.
O jornal oficial do Partido Comunista Chinês condenou ainda Ozil por se referir à região como ‘Turcomenistão Oriental’, um “termo separatista defendido pelo Movimento Islâmico do Turquistão Oriental (ETIM), uma organização que a ONU qualifica como terrorista” e fazer acusações “sem fundamento” e usar “falsas narrativas” sobre as políticas da China em Xinjiang.

17 Dez 2019

MNE | Sugerido a Ozil que visite Xinjiang após comentários sobre abusos

[dropcap]O[/dropcap] Governo chinês sugeriu ontem que Mesut Ozil visite a região de Xinjiang, no extremo oeste da China, depois de o futebolista de origem turca ter criticado o tratamento de minorias étnicas muçulmanas por Pequim.
“Se Ozil tiver a oportunidade, ficaremos felizes que ele visite Xinjiang para observar a situação”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Geng Shuang, em conferência de imprensa.
O porta-voz considerou que o julgamento do médio do Arsenal foi “influenciado por informações falsas”.
Nas redes sociais Twitter e Instagram, Ozil criticou a China pela perseguição da minoria étnica de origem muçulmana uigur e os países muçulmanos por manterem o silêncio.
“Alcorãos estão a ser queimados. Mesquitas estão a ser fechadas. Escolas muçulmanas estão a ser banidas. Estudiosos religiosos estão a ser mortos um a um”, descreveu o jogador do Arsenal, em mensagens escritas em turco.
“Apesar de tudo isto, os muçulmanos ficam calados”, frisou. “O que será lembrado daqui a alguns anos não é a tortura pelos tiranos, mas o silêncio dos seus irmãos muçulmanos”, apontou.
As autoridades chinesas mantêm mais de um milhão de uigures em campos de doutrinação na região de Xinjiang, no extremo oeste do país, numa campanha de assimilação cultural.
Antigos detidos dizem ter sido obrigados a renunciar ao Islão, jurar lealdade ao Partido Comunista Chinês e sujeitos a tortura e outros abusos. Outros dizem terem sido forçados a assinar contratos de trabalho com fábricas, onde são forçados a trabalhar longas jornadas por salários baixos, e proibidos de deixar as instalações durante os dias da semana.
O Governo chinês, que inicialmente negou a existência destes campos, afirmou, entretanto, tratar-se de centros de formação vocacional que visam integrar os uigures na sociedade e erradicar o “extremismo” da região. Apesar da pressão internacional, os países muçulmanos têm-se mantido relutantes em criticar Pequim.

Transmissão cortada

Como retaliação pelos comentários do médio, a televisão estatal chinesa CCTV cancelou no domingo a emissão do jogo entre o Arsenal e o Manchester City.
A imprensa e redes sociais na China foram inundadas de críticas a Ozil, enquanto a Associação Chinesa de Futebol disse estar “extremamente zangada e decepcionada” com os comentários “inapropriados” do jogador.
“O que Ozil disse claramente magoou os seus fãs chineses e o povo chinês em geral”, apontou.
O jornal oficial do Partido Comunista Chinês condenou ainda Ozil por se referir à região como ‘Turcomenistão Oriental’, um “termo separatista defendido pelo Movimento Islâmico do Turquistão Oriental (ETIM), uma organização que a ONU qualifica como terrorista” e fazer acusações “sem fundamento” e usar “falsas narrativas” sobre as políticas da China em Xinjiang.

17 Dez 2019

Número de mortes causadas pelo sismo nas Filipinas sobe para quatro

[dropcap]O[/dropcap] sismo registado ontem na ilha de Mindanao, no sul das Filipinas, provocou pelo menos quatro mortes, segundo dados das autoridades locais e das forças de protecção civil.

A primeira morte confirmada foi a de uma menina de seis anos na cidade de Matanao, província de Davao do Sul, que não conseguiu sair de casa antes que esta caísse, disse um autarca da localidade, Vincent Fernández.

Outras três pessoas morreram na localidade de Padada, também na mesma província, ao ruir um mercado de três andares que deixou encurraladas dezenas de pessoas, segundo informação do gabinete de Protecção contra Incêndios, que participa nos trabalhos de resgate.

O terramoto foi registado ontem às 14:11 locais e o seu epicentro localizou-se a nove quilómetros a oeste de Matanao e a seis a noroeste de Padada, com uma profundidade de cerca de 30 quilómetros, segundo o Instituto Filipino de Vulcanologia e Sismologia.

O Instituto calibrou a magnitude do sismo em 6,9, ainda que o Serviço Geológico dos Estados Unidos, que regista a actividade sísmica em todo o mundo, o tenha situado em 6,8. O abalo foi seguido por dezenas de réplicas, algumas de magnitude superior a 5.

O sismo provocou também “várias dezenas de feridos”, segundo a polícia. Na última semana de Outubro, a região foi afectada por dois sismos de magnitude 6,6 e 6,5, que provocaram 21 mortos e 432 feridos.

As Filipinas estão situadas sobre o chamado Anel de Fogo do Pacífico, zona onde se regista cerca de 90 por cento da actividade sísmica e vulcânica do mundo e que é afectada por cerca de 7.000 sismos por ano, a maioria moderados.

16 Dez 2019

Hong Kong | Polícia deteve grupo suspeito de fazer explosivos para usar em protestos

[dropcap]A[/dropcap] polícia de Hong Kong deteve três homens que estavam a testar explosivos caseiros, suspeitando que tinham a intenção de os usar em protestos, noticiou ontem a agência Associated Press (AP).

Estas foram as últimas detenções relacionadas com fabrico ou posse de explosivos desde que começaram, em Junho, os protestos nas ruas contra a lei da extradição que acabou por se transformar num movimento contra o Governo.

Na segunda-feira, a polícia anunciou que tinha desactivado duas bombas cheias de pregos que acredita que teriam como alvo a polícia.

Além disso, tem apreendido várias quantidades de explosivos, com destaque para uma operação realizada em Julho, altura em que confiscou cerca de dois quilos de TATP, muito usado em ataques em todo o mundo por ser um explosivo que pode ser fabricado com substâncias de fácil acesso.

Nos últimos seis meses, Hong Kong tem sido palco de inúmeras manifestações que começaram de forma pacífica, mas que se têm tornado cada vez mais violentos.

Um controverso projecto de lei, que permitiria a extradição de suspeitos de crimes para a China continental, foi o rastilho que levou ao início da luta dos manifestantes que temiam que a proposta de extradição expusesse a população a julgamentos injustos e tratamento violento.

Desde então, centenas de milhares de pessoas têm usado as ruas para protestar. Em Setembro, o projecto de lei foi suspenso, mas os protestos continuaram e a violência aumentou, com destaque para os dias em que a polícia cercou um campus universitário ocupado por manifestantes e ameaçou usar armas de fogo.

16 Dez 2019

Hong Kong | Polícia deteve grupo suspeito de fazer explosivos para usar em protestos

[dropcap]A[/dropcap] polícia de Hong Kong deteve três homens que estavam a testar explosivos caseiros, suspeitando que tinham a intenção de os usar em protestos, noticiou ontem a agência Associated Press (AP).
Estas foram as últimas detenções relacionadas com fabrico ou posse de explosivos desde que começaram, em Junho, os protestos nas ruas contra a lei da extradição que acabou por se transformar num movimento contra o Governo.
Na segunda-feira, a polícia anunciou que tinha desactivado duas bombas cheias de pregos que acredita que teriam como alvo a polícia.
Além disso, tem apreendido várias quantidades de explosivos, com destaque para uma operação realizada em Julho, altura em que confiscou cerca de dois quilos de TATP, muito usado em ataques em todo o mundo por ser um explosivo que pode ser fabricado com substâncias de fácil acesso.
Nos últimos seis meses, Hong Kong tem sido palco de inúmeras manifestações que começaram de forma pacífica, mas que se têm tornado cada vez mais violentos.
Um controverso projecto de lei, que permitiria a extradição de suspeitos de crimes para a China continental, foi o rastilho que levou ao início da luta dos manifestantes que temiam que a proposta de extradição expusesse a população a julgamentos injustos e tratamento violento.
Desde então, centenas de milhares de pessoas têm usado as ruas para protestar. Em Setembro, o projecto de lei foi suspenso, mas os protestos continuaram e a violência aumentou, com destaque para os dias em que a polícia cercou um campus universitário ocupado por manifestantes e ameaçou usar armas de fogo.

16 Dez 2019

EUA expulsaram "secretamente" dois diplomatas chineses, escreve New York Times

[dropcap]O[/dropcap]s Estados Unidos expulsaram “secretamente” dois diplomatas chineses que tentaram em Setembro entrar numa base militar norte-americana na Virgínia, noticiou ontem o New York Times.
Pelo menos um dos visados é suspeito de ser um agente dos serviços secretos chineses, segundo o jornal, que cita vários responsáveis norte-americanos que pediram anonimato e indica que serão as primeiras expulsões de diplomatas chineses por espionagem em mais de 30 anos.
O incidente, que decorre numa altura em que os dois países estão envolvidos numa guerra comercial, teve lugar em Setembro em “instalações sensíveis” perto de Norfolk, na Virgínia, onde se encontram forças especiais, de acordo com o texto publicado.
Dois responsáveis da embaixada da China em Washington, acompanhados pelas suas mulheres, apresentaram-se num carro no posto de controlo desta base, mas como não tinham autorização, um agente pediu-lhes que partissem, o que não fizeram, uma vez que o veículo continuou em direcção à base, escapando ao controlo dos militares norte-americanos e acabando depois por ser bloqueado por camiões.
O motivo desta tentativa de incursão não foi clarificado, mas responsáveis norte-americanos pensam que os diplomatas chineses queriam estudar os dispositivos de segurança do local.
Os chineses argumentaram que foi um erro, alegando que percebiam mal o inglês e que não compreenderam as indicações, o que não convenceu as autoridades norte-americanas.
A expulsão, que teve lugar “no outono”, segundo o New York Times, não foi divulgada publicamente por nenhum dos países e Pequim não retaliou até agora com a expulsão de diplomatas dos Estados Unidos.
Questionado pela AFP, o Departamento de Estado não deu resposta no imediato. Os Estados Unidos e a China concluíram esta semana um acordo preliminar a nível comercial, depois de meses de conflito com a imposição recíproca de taxas alfandegárias.
Os dois países mantêm, no entanto, vários diferendos, da espionagem industrial às violações dos direitos humanos, passando pela situação na região administrativa especial chinesa de Hong Kong.
Sem que se saiba se teve qualquer ligação com o incidente na Virgínia, o governo norte-americano determinou em Outubro que os diplomatas chineses em funções nos Estados Unidos têm de notificar o Departamento de Estado antes de qualquer contacto oficial com uma série de interlocutores norte-americanos. A China anunciou, no início de Dezembro, medidas idênticas, em retaliação.

16 Dez 2019

EUA expulsaram “secretamente” dois diplomatas chineses, escreve New York Times

[dropcap]O[/dropcap]s Estados Unidos expulsaram “secretamente” dois diplomatas chineses que tentaram em Setembro entrar numa base militar norte-americana na Virgínia, noticiou ontem o New York Times.

Pelo menos um dos visados é suspeito de ser um agente dos serviços secretos chineses, segundo o jornal, que cita vários responsáveis norte-americanos que pediram anonimato e indica que serão as primeiras expulsões de diplomatas chineses por espionagem em mais de 30 anos.

O incidente, que decorre numa altura em que os dois países estão envolvidos numa guerra comercial, teve lugar em Setembro em “instalações sensíveis” perto de Norfolk, na Virgínia, onde se encontram forças especiais, de acordo com o texto publicado.

Dois responsáveis da embaixada da China em Washington, acompanhados pelas suas mulheres, apresentaram-se num carro no posto de controlo desta base, mas como não tinham autorização, um agente pediu-lhes que partissem, o que não fizeram, uma vez que o veículo continuou em direcção à base, escapando ao controlo dos militares norte-americanos e acabando depois por ser bloqueado por camiões.

O motivo desta tentativa de incursão não foi clarificado, mas responsáveis norte-americanos pensam que os diplomatas chineses queriam estudar os dispositivos de segurança do local.

Os chineses argumentaram que foi um erro, alegando que percebiam mal o inglês e que não compreenderam as indicações, o que não convenceu as autoridades norte-americanas.

A expulsão, que teve lugar “no outono”, segundo o New York Times, não foi divulgada publicamente por nenhum dos países e Pequim não retaliou até agora com a expulsão de diplomatas dos Estados Unidos.

Questionado pela AFP, o Departamento de Estado não deu resposta no imediato. Os Estados Unidos e a China concluíram esta semana um acordo preliminar a nível comercial, depois de meses de conflito com a imposição recíproca de taxas alfandegárias.

Os dois países mantêm, no entanto, vários diferendos, da espionagem industrial às violações dos direitos humanos, passando pela situação na região administrativa especial chinesa de Hong Kong.

Sem que se saiba se teve qualquer ligação com o incidente na Virgínia, o governo norte-americano determinou em Outubro que os diplomatas chineses em funções nos Estados Unidos têm de notificar o Departamento de Estado antes de qualquer contacto oficial com uma série de interlocutores norte-americanos. A China anunciou, no início de Dezembro, medidas idênticas, em retaliação.

16 Dez 2019

Huawei arranja fornecedores para 5G fora dos EUA

[dropcap]A[/dropcap] chinesa Huawei encontrou no Japão, Coreia do Sul e Europa fornecedores alternativos para as componentes tecnológicas que comprava aos Estados Unidos para equipamentos de quinta geração (5G), após ter sido colocada numa ‘lista negra’ pela administração norte-americana.

“Em meados de Maio, os Estados Unidos puseram a Huawei numa ‘lista negra’. Isso teve um impacto enorme para nós e para o nosso negócio porque tivemos de repensar toda a estrutura que incluía os fornecedores norte-americanos no plano A, para uma versão B, sem fabricantes norte-americanos”, declarou o vice-presidente do departamento de comunicação corporativa da tecnológica, Karl Song Kai.

Falando durante uma visita de um grupo de jornalistas internacionais à sede da empresa, em Shenzhen, na China, o responsável destacou que “a Huawei está a trabalhar há vários meses e a mobilizar uma grande equipa de investigação […] para responder a este desastre natural e para criar um plano B”.

Assim, até ao momento, “a Huawei já conseguiu fechar 93% dos 4.000 buracos deixados” pelo fim dos negócios com os Estados Unidos, precisou Karl Song Kai, garantindo que, por isso, “não haverá um grande impacto” para a empresa com a entrada em vigor das limitações norte-americanas.

De acordo com o responsável, em causa estão produtos de inovação para 5G e transmissores de fibra óptica, para os quais a companhia encontrou fornecedores alternativos, principalmente no Japão, Coreia do Sul e países europeus, entre outros. “Já temos as nossas soluções sem componentes norte-americanos”, realçou.

“Paranóia” americana

Os Estados Unidos têm vindo a acusar a chinesa Huawei de ser uma ameaça à segurança nacional, alegando que utiliza equipamentos para espionagem, o que a tecnológica rejeita. Em Maio deste ano, decidiram banir a Huawei do mercado norte-americano, colocando-a numa ‘lista negra’ que limita os seus negócios no país.

A administração norte-americana criou, também nessa altura, isenções temporárias para determinadas empresas norte-americanas que negoceiam com o grupo chinês, permitindo-lhes vender alguns produtos ou mudar de fornecedores durante esse período.

Estas isenções têm vindo a ser prorrogadas, estando agora prevista para meados de Fevereiro uma decisão final sobre a entrada em vigor das limitações.

Instando pela Lusa a classificar estas medidas, Karl Song Kai falou numa “abordagem irracional” do Presidente dos EUA, Donald Trump. “Nunca sabem de que tipo de equipamentos estão a falar. Fui presidente executivo nos Estados Unidos [até ao início deste ano] e, por vezes, questionava se a administração, os senadores ou os congressistas sabiam a cor dos nossos equipamentos 5G, se são pretos, brancos ou verdes”, indicou o responsável.

E insistiu: “Nem sequer sabem as cores, mas pensam que tudo o que vem da China é mau”.
Em causa está “uma paranoia”, segundo Karl Song Kai.

Já questionado sobre a disponibilidade da administração norte-americana para reuniões com representantes da tecnológica, o responsável indicou ser “muito difícil conseguir este tipo de encontros”.

“No ano passado, tentámos fazer algumas propostas e tentámos entrar em contacto com eles em Washington, mas foi sempre muito difícil, mesmo quando queríamos convidá-los a visitarem na nossa sede [na China]”, referiu Karl Song Kai.

Criada em 1987, a Huawei é uma das maiores fornecedoras de equipamentos para telecomunicações do mundo, estando presente em 170 países e regiões com um total de 194 mil funcionários, quase metade engenheiros, e cerca de três mil milhões de clientes. Em 2018, registou vendas de 721,2 mil milhões de yuan.

16 Dez 2019

Brasil | Consórcio chinês vai construir segunda maior ponte do país

[dropcap]U[/dropcap]m consórcio formado por empresas estatais chinesas venceu um leilão para construir e operar aquela que será a segunda maior ponte do Brasil, no estado da Bahia, no nordeste do país.

De acordo com a agência de notícias Xinhua, o projecto prevê a construção de uma ponte sobre a Baía de Todos os Santos, ligando Salvador, capital do estado da Bahia, à Ilha de Itaparica, numa extensão de 12,4 quilómetros.

O consórcio chinês, formado pela China Railway 20 Bureau Group Corporation (CR20) e pela China Communications Construction Company Ltd (CCCC) venceu, sem concorrência, o leilão realizado em São Paulo na última sexta-feira.

A ponte, com um investimento de 2,2 mil milhões de dólares norte-americanos e uma concessão de 35 anos, vai reduzir a distância entre Salvador e a Ilha de Itaparica de 452 para 309 quilómetros.

Quando concluída, a ponte, com uma extensão de 12,4 quilómetros, 400 metros de largura e uma elevação central de 85 metros para permitir a travessia de navios será a segunda mais longa do Brasil, depois da ponte Rio-Niterói.

16 Dez 2019

Brasil | Consórcio chinês vai construir segunda maior ponte do país

[dropcap]U[/dropcap]m consórcio formado por empresas estatais chinesas venceu um leilão para construir e operar aquela que será a segunda maior ponte do Brasil, no estado da Bahia, no nordeste do país.
De acordo com a agência de notícias Xinhua, o projecto prevê a construção de uma ponte sobre a Baía de Todos os Santos, ligando Salvador, capital do estado da Bahia, à Ilha de Itaparica, numa extensão de 12,4 quilómetros.
O consórcio chinês, formado pela China Railway 20 Bureau Group Corporation (CR20) e pela China Communications Construction Company Ltd (CCCC) venceu, sem concorrência, o leilão realizado em São Paulo na última sexta-feira.
A ponte, com um investimento de 2,2 mil milhões de dólares norte-americanos e uma concessão de 35 anos, vai reduzir a distância entre Salvador e a Ilha de Itaparica de 452 para 309 quilómetros.
Quando concluída, a ponte, com uma extensão de 12,4 quilómetros, 400 metros de largura e uma elevação central de 85 metros para permitir a travessia de navios será a segunda mais longa do Brasil, depois da ponte Rio-Niterói.

16 Dez 2019

China / EUA | Crescente rivalidade ameaça bipolarizar relações internacionais

[dropcap]A[/dropcap] crescente rivalidade com os Estados Unidos marcou a China, em 2019, à medida que uma prolongada guerra comercial se alargou à diplomacia, Defesa ou Cultura, intensificando uma disputa que está a bipolarizar as relações internacionais.

Numa altura em que Pequim assume uma política externa assertiva, visando converter a China numa super potência global até meados deste século, Washington passou a apostar numa estratégia de contenção das ambições chinesas.

Referências a uma nova Guerra Fria são agora comuns nos dois países. Este mês, pela primeira vez, a China foi destacada numa declaração conjunta da NATO: “A crescente influência da China e a sua política externa apresentam oportunidades e desafios que precisamos de enfrentar juntos como uma Aliança”, lê-se.

Segunda maior economia do mundo, a seguir aos EUA, a China deverá passar para primeiro lugar, com base na paridade do poder de compra, já no próximo ano, e em termos nominais, durante a década de 2030, de acordo com diferentes análises.

O general norte-americano Robert Spalding considera a ascensão do país “uma ameaça muito maior” do que a União Soviética: “O alcance da China, sobretudo nos governos e em todas as instituições do Ocidente, excede em muito o que os soviéticos poderiam sequer imaginar”, aponta.

Descartada outrora como fabricante de contrafacção barata e produtos de baixa qualidade, a China passou também, nos últimos anos, a rivalizar com os EUA no sector tecnológico, incluindo no desenvolvimento de Inteligência Artificial ou redes de quinta geração (5G).

“A tecnologia está no centro das mudanças na relação entre a China e o mundo”, esclareceu este mês, num relatório, a consultora McKinsey.

Mas o sucesso económico, no caso chinês, não foi acompanhado de liberalização política: a emergência do país implica hoje uma nova ordem mundial, moldada por um sistema político e de valores profundamente diferentes daqueles cultivados pelo Ocidente democrático.

Outrora pobre e isolada, mergulhada num universo à parte e em constantes “campanhas políticas”, a China ingressou nas últimas décadas numa comunidade internacional liderada por Washington, aderindo ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, Organização Mundial do Comércio, Fundo Monetário Internacional ou Banco Mundial.

Mas, face a uma administração norte-americana que rasgou compromissos internacionais, no comércio, segurança ou clima, o país asiático avançou com outras ambições: “Como membro das organizações internacionais, a China procura agora moldar o sistema com preferências e normas chinesas”, descreve Evan Feigenbaum, do centro de pesquisa sobre política global Carnegie Endowment.

O país adoptou ainda uma “segunda via alternativa”, através da iniciativa ‘uma faixa, uma rota’, ao “introduzir outro modelo das relações internacionais, numa adaptação moderna da preferência milenar da China por laços tributários”, resume.

Assente numa estrutura de poder onde a liderança do Partido Comunista é o “princípio cardeal”, o país asiático continua a pôr na cadeia activistas ou dissidentes.

Um outro mundo

Na frente comercial, os governos dos dois países impuseram já taxas alfandegárias sobre centenas de milhares de milhões de dólares de bens importados um do outro, numa guerra comercial que se prolonga desde o Verão de 2018.

A disputa alastrou-se ao sector tecnológico: os EUA restringiram já o fornecimento de alta tecnologia a várias empresas chave chinesas, incluindo ao grupo Huawei ou às fornecedoras globais de tecnologia de vigilância por vídeo Hikvision e Dahua.

Uma dissociação entre as duas maiores economias do planeta passou a ser defendida por alguns funcionários norte-americanos, com consequências imprevisíveis.

“Se os EUA assumirem que a China não pode desempenhar um papel construtivo dentro do sistema projectado por si, irão, de facto, levar a China a criar um sistema paralelo e separado, com regras muito diferentes”, alerta o antigo presidente do Banco Mundial, Robert B. Zoellick.

16 Dez 2019