Covid-19 | Província chinesa volta a estabelecer restrições rígidas a contactos sociais

A província chinesa de Hebei, que luta contra um aumento nos casos do novo coronavírus, está a restabelecer restrições rígidas a casamentos, funerais e outras reuniões familiares, ameaçando os infratores com acusações criminais.

O anúncio do tribunal superior de Hebei não forneceu detalhes, mas referiu que todos os tipos de reuniões sociais agora estão a ser regulamentadas para evitar a propagação do SARS-CoV-2.

Hebei teve um dos surtos mais graves na China nos últimos meses, em meio a medidas para conter a propagação durante o feriado do Ano Novo Lunar, que ocorreu em fevereiro. As autoridades pediram aos cidadãos que não viajassem, ordenaram que as escolas encerrassem uma semana antes e realizaram testes em grande escala.

Hebei registou outros 54 novos casos nas últimas 24 horas, indicou hoje a Comissão Nacional de Saúde, enquanto a província de Jilin (norte), registou 30 casos e a província de Heilongjiang (norte) sete.

Pequim teve dois novos casos e a maioria dos edifícios e condomínios habitacionais agora exigem prova de um teste do novo coronavírus negativo à entrada. A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.022.740 mortos resultantes de mais de 94,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

18 Jan 2021

Tribunal condena herdeiro do império Samsung a dois anos e meio de prisão

Um tribunal em Seul condenou hoje o herdeiro do império Samsung, Lee Jae-yong, a dois anos e meio de prisão, no novo julgamento pela participação no esquema de corrupção da ex-Presidente sul-coreana Park Geun-hye.

O Tribunal Superior de Seul decidiu impor esta pena a Lee Jae-yong por ter subornado Choi Soon-sil (amiga da ex-Presidente sul-coreana), conhecida de “Rasputin”, como parte de uma vasta rede de favores que escandalizaram o país e desencadearam a saída de Park do poder e consequente condenação.

Lee já tinha sido condenado a cinco anos de prisão em agosto de 2017 por subornos destinados a obter tratamento favorável das autoridades, desviar fundos, ocultar bens no estrangeiro e cometer perjúrio.

Contudo, em fevereiro de 2018, um tribunal reduziu a sua pena e permitiu-lhe sair da prisão, mas um tribunal superior decidiu acusá-lo novamente.

A acusação tinha pedido nove anos de prisão para o herdeiro da Samsung no novo julgamento, de forma a dar o exemplo neste caso de grande visibilidade.

O empresário está também a ser julgado por outro tribunal de Seul sob acusações de fraude contabilística e manipulação de preços de ações alegadamente cometidas durante a controversa fusão de duas empresas do grupo em 2015.

Várias irregularidades são atribuídas à fusão de 2015, incluindo um alegado crime de fraude contabilística destinada a consolidar a posição de liderança de Lee pouco depois do seu pai, o presidente do grupo, Lee Kun-hee, ter sofrido um ataque cardíaco que o deixou em coma até à sua morte em outubro de 2020.

18 Jan 2021

Covid-19 | Bairros isolados em cidade chinesa foco de novo surto

A cidade do norte da China Shijiazhuang tem registado o maior número de casos de um novo surto de covid-19, com “cada bairro fechado ao exterior”, como conta à Lusa um estudante brasileiro.

Júlio Cézar Kattah terminou hoje um período de quarentena, após ter estado em dois dos distritos de Shijiazhuang considerados de alto risco. O jovem teve de abandonar o dormitório e passar duas semanas num hotel, dentro do campus da Universidade Normal de Hebei.

“Agora já posso sair do dormitório, depois da minha temperatura ser medida e anotada, e posso andar pelo campus, mas sempre com máscara”, explicou o estudante, que fez, entretanto, dois testes negativos ao novo coronavírus.

A 6 de janeiro, Shijiazhuang, capital de Hebei, província do norte da China que rodeia a capital, Pequim, foi colocada em confinamento, tal como as cidades de Xingtai e Langfang, partes de Pequim e outras cidades do nordeste.

Mais de 20 milhões de pessoas receberam ordens para ficar em casa, em época de viagens de pessoas que costumam reunir-se às suas famílias para o Ano Novo Lunar, o mais importante festival tradicional da China.

Só até ao meio-dia de hoje (hora de Pequim), Shijiazhuang confirmou mais 30 casos locais de covid-19, revelou numa conferência de imprensa a vice-presidente da cidade, Meng Xianghong.

Ainda assim, diz Júlio Cézar, a situação mostra sinais de melhoria, com as autoridades a permitir a circulação de estafetas que transportam comida para fora e compras.

“Até há pouco tempo não podiam, as pessoas enviavam coisas que eram entregues à entrada dos bairros”, que permanecem isolados, explicou o brasileiro.

O jovem já tinha ficado em quarentena em janeiro de 2020, após regressar a Shijiazhuang, depois de viajar pela China continental, durante as férias escolares do Ano Novo Lunar.

Mesmo após o levantamento do isolamento, “as restrições nunca terminaram”, sublinhou Júlio Cézar. “Para sairmos do campus da universidade tínhamos de fazer um requerimento, apontando um motivo específico e suficientemente forte”, referiu.

As entradas do campus têm agora câmaras de reconhecimento facial que só permitem o acesso de pessoas com ligação à universidade, acrescentou o brasileiro.

A pandemia estragou também os planos do jovem licenciado em engenharia geológica para iniciar no ano passado um mestrado na Universidade de Geociências da China, em Wuhan. Júlio César teve de ficar em Shijiazhuang, inscrevendo-se num outro curso.

Ainda assim, e apesar das saudades da família e de amigos, o estudante admite que se sente mais seguro na China do que no Brasil. “Tenho um tio que faleceu na semana passada”, revelou.

18 Jan 2021

Covid-19 | China regista 109 novos casos, incluindo 93 de contágio local

A Comissão de Saúde da China anunciou hoje 109 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, incluindo 93 de contágio local. Hebei, que conta com várias cidades confinadas e milhões de habitantes em quarentena, diagnosticou 54 casos de origem local, enquanto na província de Jilin foram detetadas 30 novas infeções.

Heilongjiang, na fronteira com a Rússia, registou 12 contágios locais e Pequim dois. A Comissão de Saúde da China disse que, nas últimas 24 horas, 17 pacientes receberam alta, pelo que o número de pessoas infetadas ativas no país se fixou em 1.301, incluindo 43 em estado grave.

O organismo tinha anunciado uma nova morte devido à covid-19 na quinta-feira, depois de quase oito meses, desde 17 de maio, sem registar qualquer óbito causado pela doença. O número de mortes é agora de 4.635.

O país somou, no total, 88.336 infectados desde o início da pandemia. A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.022.740 mortos resultantes de mais de 94,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

18 Jan 2021

Covid-19 | Vendedor de produtos de saúde na origem de surto na China

O surto de COVID-19 na província de Jilin, nordeste da China, relacionado com uma promoção de marketing relacionada com a saúde, causou a infecção a mais de 100 pessoas. Um homem, de apelido Lin, de 45 anos, que foi identificado como portador assimptomático do coronavírus, veria o seu caso confirmado no domingo.
Lin veio da província vizinha de Heilongjiang e viajou em comboios e autocarros em três cidades de Jilin. O infectado proferiu quatro palestras em duas academias de ginástica, em Gongzhuling e Tonghua, como empresário, de 8 a 11 de janeiro, causando um total de 102 pessoas infectadas directa e indirectamente, incluindo 79 pessoas que compareceram às palestras e 23 dos seus contactos próximos.
As pessoas infectadas são na sua maioria de meia-idade e idosos, com idade média de 63 anos e a mais velha com 87, disse Zhang Yan, vice-director da Comissão de Saúde de Jilin, no domingo. As autoridades realizaram uma investigação conjunta nos clubes de saúde que organizaram as promoções de marketing de Lin para determinar se as operações dos clubes ou se os produtos vendidos eram ilegais ou violavam os regulamentos locais, disse um funcionário do departamento de supervisão de mercado do governo de Jilin.
Gongzhuling anunciou na segunda-feira que estava a implementar testes de ácido nucleico gratuitos em toda a cidade e impôs uma gestão estrita e isolada em comunidades residenciais, exigindo que todos os cidadãos fiquem em quarentena em casa, com as necessidades diárias trazidas por trabalhadores de serviço comunitário.
As academias que realizam regularmente palestras de promoção de marketing para idosos costumam ser um ponto não controlado do trabalho de prevenção e controlo de epidemias em comunidades residenciais, pelo que se torna necessário fortalecer o monitoramento dessa área com grande concentração de idosos, destacaram especialistas em saúde.
Com casos esporádicos ainda ocorrendo em muitos lugares, qualquer evento de reunião em massa, especialmente em ambientes fechados, é arriscado, seja um seminário de saúde ou uma sessão de treinamento de conferência, disse Wang Peiyu, vice-director da Escola de Saúde Pública da Universidade de Pequim no domingo.
Jilin ordenou restrições às operações de locais públicos recreativos e eventos de massa nas cidades mais afectadas e ajustou o nível de resposta de emergência para médio em comunidades residenciais onde ocorreram infecções.
Este caso também levou outras cidades a ordenar a suspensão das actividades de vendas que envolvem reuniões em massa, como Fushun na província de Liaoning no nordeste da China e Shaoxing na província de Zhejiang no leste da China. Jilin tornou-se numa das províncias da China mais atingidas pelos surtos recentes, com um total de 34 casos confirmados ativos e 80 pacientes assimptomáticos até o momento.

18 Jan 2021

Novo balanço aponta para 60 vítimas mortais do sismo na Indonésia

O número de vítimas mortais de um sismo registado na sexta-feira na ilha de Celebes, na Indonésia, subiu para 60, segundo um novo balanço ontem divulgado. O anterior balanço apontava para 56 mortos, segundo as autoridades locais. Uma corrida contra o tempo tem estado em curso na ilha indonésia para tentar encontrar sobreviventes.

O terramoto, com magnitude de 6,2 na escala de Richter, aconteceu durante a noite de sexta-feira, deixando milhares de pessoas desalojadas e várias centenas de feridos.

Dezenas de corpos foram retirados dos escombros de edifícios em Mamuju, capital da província, onde um hospital ruiu, com vítimas também a sul, após uma forte réplica na manhã de sábado.

Aviões e barcos entregaram mantimentos e equipamentos de urgência na ilha, e a marinha enviou um navio médico para ajudar os hospitais ainda em funcionamento, em colapso com a afluência de centenas de feridos.

18 Jan 2021

Filipinas | Portas trancadas a estrangeiros vindos de Portugal e Brasil

As Filipinas prolongaram até ao final de Janeiro a proibição da entrada de estrangeiros que estiveram em Portugal ou no Brasil nas últimas duas semanas, devido às novas estirpes do novo coronavírus.

Também na sexta-feira, um grupo de trabalho interdepartamental decidiu desencadear um sistema de alertas a aplicar a companhias aéreas que permitem o embarque de passageiros vindos de países na lista negra em voos com destino às Filipinas.

A única excepção prevista são os passageiros que apenas mudaram de voo em Portugal ou no Brasil, não tendo abandonado o aeroporto. Este grupo terá ainda assim de se submeter a um período de quarentena de 14 dias, que poderá ser feito em casa, caso façam um teste negativo ao novo coronavírus.

Já os cidadãos filipinos poderão entrar no país, tendo, no entanto, de se submeter a uma quarentena de 14 dias num local designado pelas autoridades, mesmo que à chegada façam um teste com resultado negativo.

A decisão abrange mais de 30 países, incluindo o Reino Unido, a China, os Estados Unidos da América e a África do Sul.

18 Jan 2021

Covid-19 | China regista 109 novos casos

A Comissão de Saúde da China anunciou 109 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, incluindo 96 de contágio local, a maioria nas províncias de Hebei e Heilongjiang.

Hebei, que conta com várias cidades seladas e milhões de habitantes em quarentena, diagnosticou 72 casos de origem local, enquanto na província de Heilongjiang, na fronteira com a Rússia, foram registados 12 contágios locais.

A província de Jilin, no nordeste do país, contabilizou 10 novos casos, registando-se mais dois no distrito de Shunyi, em Pequim.

A Comissão de Saúde da China contabilizou ainda 13 casos oriundos do exterior, os chamados “importados”. A cidade de Xangai (leste) somou quatro contágios, Tianjin (norte) um, enquanto as províncias de Fujian (sudeste), Guangdong (sul) e Sichuan (centro) registaram dois, tendo Shandong (este) e Hunan (centro) identificado um caso.

As autoridades também indicaram ter detetado 119 assintomáticos, 16 dos quais importados, embora Pequim só inclua estes doentes nos casos confirmados se manifestarem sintomas da covid-19.

A Comissão de Saúde da China disse que, nas últimas 24 horas, 17 pacientes receberam alta, pelo que o número de pessoas infetadas activas no país se fixou em 1.205, incluindo 42 em estado grave. O organismo tinha anunciado uma nova morte devido à covid-19 na quinta-feira, depois de quase oito meses, desde 17 de Maio, sem registar nenhum óbito causado pela doença. O número de mortes é agora de 4.635.

O país somou, no total, 88.227 infectados desde o início da pandemia. A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.009.991 mortos resultantes de mais de 93,8 milhões de casos de infecção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

17 Jan 2021

Hong Kong | Activistas pró-democracia pedem asilo nos EUA

Cinco activistas pró-democracia de Hong Kong chegaram esta semana aos Estados Unidos para tentar obter asilo naquele país, anunciou no sábado um grupo de defesa das liberdades na antiga colónia britânica, sediado nos EUA.

A fuga segue-se à repressão maciça contra figuras da oposição de Hong Kong, detidas ao abrigo da Lei da Segurança Nacional imposta por Pequim ao território, em junho de 2020, após os enormes protestos em 2019.

“Os activistas, todos com menos de 30 anos, participaram em protestos pró-democracia em Hong Kong, foram detidos e acusados e fugiram da cidade de barco, em Julho”, disse à agência de notícias France-Presse (AFP) Samuel Chu, fundador do Hong Kong Democracy Council (HKDC), uma organização que defende a causa dos ativistas de Hong Kong nos EUA.

“Estou aliviado e espero acolhê-los nos Estados Unidos e ajudá-los a pedir asilo e a construir uma nova vida”, acrescentou. “A sua iniciativa desesperada é a prova da rápida deterioração da situação dos direitos humanos e da crescente crise humanitária que se vive em Hong Kong actualmente”, alertou.

A imprensa de Taiwan noticiou em Agosto que estes cinco residentes de Hong Kong tinham tentado obter asilo naquele território no final de Julho.

Na sexta-feira, os Estados Unidos impuseram sanções a seis autoridades chinesas e de Hong Kong, depois da repressão das autoridades da antiga colónia britânica contra 50 activistas pró-democracia.

O chefe da diplomacia norte-americana, Mike Pompeo, também pediu a Pequim e Hong Kong que “libertem imediatamente os detidos ao abrigo da lei de segurança nacional ou de outros textos simplesmente porque exerceram os seus direitos e liberdades”.

A adopção da lei draconiana, já denunciada pela União Europeia e por organizações de defesa de direitos humanos, tem contribuído para acentuar as tensões entre Estados Unidos e China.

17 Jan 2021

Covid-19 | China coloca 20.000 pessoas de zonas rurais em quarentena forçada

A China colocou em quarentena forçada 20.000 pessoas de zonas rurais devido a um surto de covid-19, avançou hoje a imprensa estatal, acrescentando que o número de novos infectados bateu um recorde desde março.

No norte da China, onde os números têm crescido, uma cidade está a construir uma instalação com capacidade para colocar em quarentena 3.000 pessoas, em vésperas das habituais viagens do Ano Novo Lunar.

A imprensa estatal mostrou hoje equipas a nivelar terra, a despejar cimento e a montar salas pré-fabricadas em zonas agrícolas perto de Shijiazhuang, capital da província de Hebei, onde tem sido registado o maior número de novos casos.

As imagens fizeram lembrar cenas do ano passado, quando a China construiu rapidamente hospitais de campanha e transformou ginásios em centros de isolamento para lidar com o surto inicial ligado à cidade de Wuhan.

O Ministério da Saúde informou hoje ter registado 144 novos infetados com covid-19. Em comparação com a Europa ou os Estados Unidos, o número é extremamente baixo, mas, ainda assim, é o mais alto na China desde 02 de março de 2020.

A China conteve grande parte da disseminação doméstica do coronavírus, mas o aumento recente de casos levantou preocupações sobretudo por terem acontecido perto da capital do país e em época de viagens de pessoas que costumam reunir-se às suas famílias para o Ano Novo Lunar, o mais importante festival tradicional da China.

A Comissão chinesa de Saúde referiu hoje que há 1.001 novos doentes hospitalizados, 26 dos quais em estado grave e adiantou que 144 dos novos casos foram registados nas últimas 24 horas, 90 em Hebei e 43 na província de Heilongjiang, mais a norte.

Nove casos foram trazidos de fora do país, enquanto as transmissões locais também ocorreram na região de Guangxi e na província de Shaanxi, no norte, mostrando a capacidade do vírus circular pelo vasto país, onde vivem 1,4 mil milhões de pessoas, apesar das quarentenas, das restrições de viagem e da vigilância eletrónica.

Shijiazhuang foi colocada em confinamento, tal como as cidades de Xingtai e Langfang, em Hebei, partes de Pequim e outras cidades do nordeste. As medidas impedem as viagens e mais de 20 milhões de pessoas receberam ordens para ficar em casa nos próximos dias.

Ao todo e desde o início da pandemia, a China já contabilizou 87.988 casos de infeções e 4.635 mortes.

O surto no norte da China está a acontecer na mesma altura em que especialistas da Organização Mundial de Saúde chegaram à China, onde vão cumprir uma quarentena de 14 dias, para depois iniciar uma recolha de dados sobre a origem da pandemia, detetada pela primeira vez em dezembro de 2019 na cidade de Wuhan.

A visita foi aprovada pelo Presidente Xi Jinping, após meses de disputas diplomáticas que provocaram uma reclamação pública do diretor da OMS.

A demora em aprovar a visita e o rígido controlo de informações e promoção de teorias de que a pandemia começou noutro lugar aumentou a especulação de que a China está a tentar evitar que se encontrem provas que destruam a sua autoproclamada liderança na batalha contra o coronavírus.

Cientistas suspeitam que o vírus, que matou mais de 1,9 milhões de pessoas em todo o mundo, desde o final de 2019, foi transmitida aos humanos por morcegos ou outros animais, provavelmente no sudoeste da China.

O ex-responsável da OMS Keiji Fukuda, que não faz parte da equipa que viajou para a China, alertou contra as expectativas de descobrir alguma coisa durante a visita, alertando que pode levar anos até que possa ser tomada qualquer conclusão.

15 Jan 2021

Covid-19 | China regista 144 novos casos, 135 de contágio local

A Comissão de Saúde da China anunciou ter identificado 144 novos casos de covid-19 nas províncias de Hebei e Heilongjiang nas últimas 24 horas, incluindo 135 de contágio local. Este número de casos não era registado na China desde março passado, indicaram as autoridades.

Hebei, que conta com várias cidades seladas e milhões de habitantes em quarentena, diagnosticou 90 casos de origem local, enquanto na província de Heilongjiang, na fronteira com a Rússia, foram registados 43 contágios locais.

Os restantes dois casos locais foram identificados nas províncias de Guangxi (sul) e Shaanxi (centro), tendo cada uma das regiões contabilizado um contágio de origem local.

Em termos de casos importados, ou seja, oriundos do exterior, a Comissão de Saúde da China contabilizou nove. A cidade de Xangai (leste) somou dois contágios, e as províncias de Guangdong (sudeste) três, Jiangsu (leste) um, Zhejiang (leste) um, Sichuan (centro) um e Shaanxi (centro) um.

As autoridades também indicaram ter detetado 66 assintomáticos, 11 dos quais importados, embora Pequim só inclua estes doentes nos casos confirmados se manifestarem sintomas da covid-19.

A Comissão de Saúde da China disse que, nas últimas 24 horas, 28 pacientes receberam alta, pelo que o número de pessoas infetadas ativas no país se fixou em 1.001, incluindo 26 em estado grave.

O organismo tinha anunciado uma nova morte devido à covid-19, na quinta-feira, depois de quase oito meses, desde 17 de maio, sem registar nenhum óbito causado pela doença. O número de mortes é agora de 4.635.

O país somou, no total, 87.988 infetados desde o início da pandemia e 82.352 pessoas que recuperaram da doença.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.979.596 mortos resultantes de mais de 92,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

15 Jan 2021

Portal HKChronicles foi bloqueado pelas autoridades de Hong Kong

O fornecedor de Internet de Hong Kong Broadband Network disse ontem que o acesso ao portal HKChronicles foi bloqueado, tratando-se do primeiro caso de censura no quadro da lei de segurança nacional.

De acordo com o popular fornecedor de internet da Região Administrativa Especial de Hong Kong o bloqueio ao portal associado ao serviço verificou-se “após uma ação de injunção” (procedimento judicial que permite a um credor de uma dívida aceder a documentos).

Ao contrário do que acontece no território continental chinês, a Região Administrativa Especial de Hong Kong dispõe de livre acesso à Internet apesar de os democratas temerem que a nova legislação sobre a segurança nacional venha a restringir a liberdade ao acesso às redes digitais.

Na semana passada, os utilizadores de internet de Hong Kong notaram que era impossível o acesso ao portal HKChronicles a partir de alguns computadores.

Através de um comunicado os responsáveis pelo portal declararam na altura que “acreditavam” terem sido bloqueados pelas autoridades locais.

A polícia recusou-se a comentar os fatos mas hoje a empresa Hong Kong Broadband Network, um dos mais importantes fornecedores de Internet da região administrativa especial, confirmou ter recebido uma ordem para desativar o site HKChronicles.

“Nós desativamos a ligação ao portal (HKChronicles) em conformidade com a lei sobre a segurança nacional”, disse hoje o servidor de Internet.

O HKChronicles, que permanece ativo para os utilizadores externos e em Hong Kong através de redes virtuais privadas, é apontado pelas autoridades como “controverso” por divulgar imagens e depoimentos das manifestações pró democracia, desde 2019.

O site bloqueado em Hong Kong dá voz às denúncias sobre a violência excessiva da polícia.

Quando as autoridades ordenaram aos polícias para não usarem os crachats de identificação durante os confrontos e manifestações o portal começou a recolher os dados policiais dos agentes divulgando-os na página, uma tática conhecida como “doxing”.

A prática consiste em divulgar informações pessoais sendo que o procedimento é ilegal em Hong Kong.

O mesmo portal revelou os nomes e as informações de contacto pessoais de várias personalidades pró-regime residentes em Hong Kong.

Na República Popular da China, o acesso aos portais de Internet é imposto através do “Gret Firewall” (em alusão à Grande Muralha da China) um programa desenvolvido e aplicado pelo regime e que intervém nos conteúdos das redes sociais apagando-os ou exercendo censura.

No passado mês de junho, o regime de Pequim aprovou a lei de segurança nacional para pôr fim à contestação em Hong Kong. A lei permite à polícia actuar junto dos fornecedores de Internet, suprimir conteúdos considerados “infração”.

15 Jan 2021

Covid-19 | China regista primeira morte em oito meses

A Comissão de Saúde da China anunciou hoje a primeira morte provocada pelo novo coronavírus nos últimos oito meses, elevando o total para 4.635 desde o início da pandemia.

A morte aconteceu na província de Hebei, que circunda Pequim, onde foi detetado um novo surto que levou as autoridades chinesas a impôr quarentena em várias cidades, incluindo na capital, Shijiazhuang, com 11 milhões de habitantes.

O último óbito na China provocado pelo novo coronavírus tinha sido registado em maio de 2020.

Nas últimas 24 horas, o país contabilizou também 138 novos casos de covid-19, segundo a Comissão de Saúde da China.

Uma equipa de especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) encarregada de investigar as origens do novo coronavírus deverá chegar hoje à China.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.963.557 mortos resultantes de mais de 91,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

14 Jan 2021

Hong Kong | Detidas 11 pessoas suspeitas de ajudarem activistas a tentar fugir para Taiwan

A polícia de Hong Kong deteve hoje 11 pessoas por suspeita de ajudarem 12 ativistas pró-democracia a tentarem fugir da cidade, noticiaram os ‘media’ locais.

A polícia deteve oito homens e três mulheres com idades compreendidas entre os 18 e os 72 anos por “darem apoio a criminosos”, de acordo com o South China Morning Post, que citou fontes não identificadas.

O conselheiro distrital e advogado Daniel Wong Kwok-tung, um dos detidos, publicou na sua página na rede social Facebook que os agentes do Departamento de Segurança Nacional tinham chegado a sua casa, embora ainda não soubesse para que esquadra de polícia seria levado.

Wong, membro do Partido Democrata da cidade, é conhecido por prestar apoio jurídico a centenas de manifestantes detidos durante os protestos anti-governamentais em Hong Kong em 2019.

As 11 pessoas são suspeitas de ajudar os 12 jovens de Hong Kong detidos no mar pelas autoridades chinesas do continente enquanto tentavam navegar para Taiwan em agosto, sendo que alguns deles enfrentavam acusações relacionadas com os protestos anti-governamentais em 2019.

No final de dezembro, dez foram condenados à prisão em Shenzhen por terem atravessado ilegalmente a fronteira, com penas entre sete meses e três anos.

Entre eles, está o estudante universitário Tsz Lun Kok, que detém passaporte português, condenado a sete meses de prisão e ao pagamento de uma multa de 20 mil yuans (cerca de 2.500 euros) pelo tribunal do distrito de Yantian, em Shenzhen, zona económica especial chinesa adjacente à região semi-autónoma. Os outros dois detidos, menores, foram entregues às autoridades de Hong Kong.

A tentativa de fuga terá sido motivada pela imposição por Pequim da lei de segurança nacional em Hong Kong.

A legislação, imposta por Pequim à região semi-autónoma de Hong Kong, pune atividades subversivas, secessão, terrorismo e conluio com forças estrangeiras com penas que podem ir até à prisão perpétua, e que levou vários ativistas pró-democracia a refugiarem-se no Reino Unido e em Taiwan.

14 Jan 2021

Supremo Tribunal da Coreia do Sul confirma condenação da ex-Presidente Park Geun-hye

O Supremo Tribunal da Coreia do Sul confirmou hoje a condenação da ex-Presidente Park Geun-hye a 20 anos de prisão, num caso de corrupção que levou à sua destituição, em 2017. A decisão põe termo a um longo processo judicial após a destituição de Park, precedida de meses de protestos nas ruas.

Primeira mulher eleita para o cargo na Coreia do Sul, Park tinha sido condenada em 2018 a 30 anos de prisão por corrupção e abuso de poder. Os tribunais viriam a reduzir a pena a 20 anos de prisão, na sequência de uma série de recursos da defesa.

O Supremo Tribunal aprovou igualmente as multas a pagar pela antiga chefe de Estado, de 21,5 mil milhões de won. Park foi ainda condenada a dois anos de prisão por infrações às leis eleitorais. Se cumprir integralmente as duas penas, a ex-Presidente terá mais de 80 anos quando for libertada.

Park tinha admitido ter recebido ou pedido dezenas de milhões de dólares de empresas sul-coreanas, incluindo a Samsung Electronics, além de partilhar documentos secretos e ter organizado uma “lista negra” de artistas críticos das suas políticas, ou ainda de ter demitido responsáveis que se opuseram aos seus abusos de poder.

A Justiça da Coreia do Sul é conhecida pela severidade em relação a antigos chefes de Estado. Quatro dos ex-presidentes ainda vivos foram condenados após o fim dos seus mandatos.

O antigo chefe de Estado Roh Moo-hyun suicidou-se em 2009, após ter sido questionado sobre suspeitas de corrupção que implicavam a sua família.

Há algumas semanas, o líder do Partido Democrata, atualmente no poder, Lee Nak-yon, admitiu propor o perdão de Park e de Lee Myung-bak, outro ex-Presidente condenado, mas as declarações suscitaram protestos tanto à direita como à esquerda.

14 Jan 2021

Irmã de Kim Jong-un chama “idiotas” às autoridades sul-coreanas

A influente irmã do líder norte-coreano Kim Jong-un chamou “idiotas” às autoridades sul-coreanas, depois de estas terem dito que observaram sinais de um possível desfile militar em Pyongyang, no fim de semana. A informação foi adiantada terça-feira pela agência noticiosa oficial norte-coreana, KCNA.

“Os sul-coreanos são realmente um grupo estranho e difícil de compreender”, sublinhou Kim Yo Jong, conselheira do irmão, num comunicado transmitido pela KCNA. Segundo Kim Yo Jong, “eles são idiotas e estão no topo da lista de mau comportamento no mundo”.

O líder norte-coreano, Kim Jong-un, foi eleito “por unanimidade” secretário-geral do Partido dos Trabalhadores, o único no país, num congresso que terminou no domingo, na capital, Pyongyang, onde, de acordo com a Coreia do Sul, poderá ter sido promovido um desfile militar.

O exército sul-coreano disse ter detectado sinais de que tal desfile tinha tido lugar no domingo à noite, embora frise não poder confirmar se era “o evento em si ou um ensaio”. A declaração foi “insensata” e mostrou uma “atitude hostil” por parte do sul, considerou Kim Yo Jong.

“Organizámos apenas um desfile militar na capital, não exercícios militares dirigidos a ninguém ou lançamento de nada”, declarou, confirmando implicitamente a realização do desfile.

No discurso durante o congresso de partido único, o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, prometeu “reforçar” o arsenal nuclear do país, mas também admitiu erros na gestão da economia, transmitiu a KCNA.

A sua irmã, Kim Yo Jong, não está na lista de pessoas nomeadas para o Comité Central, o que poderia levar a crer que a sua influência sobre o chefe do Governo está a diminuir, mas a publicação de um comunicado, em seu nome, veiculado pela KCNA, indica que continua a ser uma figura central na diplomacia norte-coreana.

A Coreia do Norte, duramente atingida pelas sanções internacionais, e mais isolada do que nunca, devido à pandemia provocada pelo novo coronavírus, encontra-se com imensas dificuldades económicas.

14 Jan 2021

Embaixada da China vai distribuir cabazes de Ano Novo Lunar em Portugal

A Embaixada da China em Lisboa anunciou na terça-feira que vai distribuir cabazes de Ano Novo Lunar aos membros mais vulneráveis da comunidade chinesa em Portugal.

Num comunicado, a Embaixada revela que os cabazes serão distribuídos a estudantes chineses em Portugal, chineses “extremamente pobres”, sem meios de regressar à China ou que vivem sozinhos, com os idosos e mulheres grávidas a ter prioridade.

O objectivo é ajudar os chineses a “reforçar a sua protecção pessoal”, numa altura em que a situação da pandemia de covid-19 em Portugal é “muito séria”, com o número de novos casos “a subir rapidamente”, refere o comunicado.

A Embaixada aconselha os chineses que vivem em Portugal a registar-se junto das associações da comunidade ou junto de um dos três pontos de apoio, situados em Lisboa, Vila Nova de Gaia e Albufeira, que irão mais tarde entregar os cabazes. Já os estudantes irão ser contactados directamente pela Embaixada. No ano lectivo 2018-2019 estavam inscritos nas instituições de ensino superior portuguesas 1.296 alunos chineses.

A semana do Ano Novo Lunar é a principal festa das famílias chinesas, equivalente ao Natal nos países ocidentais, época em que tradicionalmente as famílias se reúnem para refeições.

Este ano, o Ano Novo Lunar, dedicado ao Búfalo, assinala-se a partir de 12 de Fevereiro. A Embaixada refere que, desde o início da pandemia de covid-19, já lançou quatro campanhas que fizeram chegar aos cidadãos chineses em Portugal mais de 30 mil pacotes com máscaras cirúrgicas e desinfectante.

14 Jan 2021

Universidade chinesa abre centro de formação de professores de português

A Universidade de Estudos Estrangeiros de Pequim (BFSU, na sigla inglesa) abriu ontem o Centro Nacional de Formação de Professores de Espanhol e Português, para reforçar a qualidade do ensino da língua portuguesa na China, anunciou a instituição.

Num comunicado, a Faculdade de Estudos Hispânicos e Portugueses da BFSU diz que o Centro irá fornecer formação abrangente aos professores chineses para reforçar o desenvolvimento do ensino da língua portuguesa na China continental.

A cerimónia de inauguração contou com académicos vindos de universidades e centros de investigação situados em Macau e em várias cidades da China continental, que participaram logo a seguir a um fórum sobre a formação de professores de espanhol e português.

Segundo a Rádio China Internacional, cerca de 300 peritos, professores e estudantes de espanhol e português participaram no fórum.

Cerca de 50 instituições chinesas de ensino superior têm cursos de língua portuguesa, disse à Lusa, em novembro, Gaspar Zhang Yunfeng, coordenador do Centro Pedagógico e Científico da Língua Portuguesa do Instituto Politécnico de Macau.

O professor disse que o interesse pelo português na China registou um “crescimento enorme” nos últimos anos, porque há muitas saídas profissionais, nomeadamente “em empresas chinesas que tenham uma grande colaboração com os países de língua portuguesa”.

A formação de professores na China é um dos desafios, disse Gaspar Zhang. “Muitos chineses que ensinam português na China são muito jovens, ainda estão a fazer mestrado e doutoramento”, sublinhou.

14 Jan 2021

Covid-19 | Japão alarga estado de emergência a mais sete regiões

O governo do Japão declarou hoje o estado de emergência em mais sete regiões, alargando assim a medida extraordinária em vigor na região de Tóquio desde a semana passada, devido ao aumento de casos de covid-19 no país.

O primeiro-ministro, Yoshihide Suga, anunciou a decisão depois de se reunir com o grupo de trabalho do governo para a pandemia e no mesmo dia em que o número total de infeções no Japão ultrapassou as 300.000. As mortes ligadas ao novo coronavírus praticamente duplicaram no último mês para cerca de 4.100.

A medida, que entra em vigor na quinta-feira e se prolonga até 7 de fevereiro, diz respeito às prefeituras de Osaka, Quioto, Aichi, Hyogo, Fukuoka, Gifu e Tochigi, que se juntam assim a Tóquio e às zonas circundantes de Chiba, Kanagawa e Saitama, onde o estado de emergência está em vigor desde dia 8.

Com o alargamento, 55% da população do Japão e as regiões que reúnem a maior parte da sua atividade económica ficam sob estado de emergência.

O estado de emergência implica restrições no horário de bares e restaurantes, determina que 70% dos funcionários devem ficar em teletrabalho e recomenda aos cidadãos que fiquem em casa sempre que possível.

O executivo decidiu voltar a recorrer à medida, que foi utilizada na primavera durante a primeira onda de contágios com o novo coronavírus, devido ao aumento de casos nos últimos dias.

Os hospitais de Osaka, Aichi, Quioto e Hyogo estão sob pressão face à acumulação de doentes com sintomas graves de covid-19.

O ministro da Saúde, Yasutoshi Nishimura, assinalou na terça-feira no parlamento a necessidade de “reverter a tendência” de crescimento e afastou para já o alargamento do estado de emergência a todo o território.

A pandemia de covid-19, transmitida por um novo coronavírus detectado no final de dezembro de 2019 na China, provocou pelo menos 1.945.437 mortos resultantes de mais de 90,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço da agência France Presse.

13 Jan 2021

Pequim pede a Londres para parar de “interferir nos assuntos internos da China”

O embaixador chinês na Organização das Nações Unidas, Zhang Jun, pediu ontem ao Reino Unido para que “pare de interferir nos assuntos internos da China”, após Londres ter anunciado medidas sancionatórias por causa da perseguição aos uigures em Xinjiang.

O Reino Unido anunciou que vai proibir o comércio de mercadorias relacionadas com o trabalho forçado da minoria muçulmana dos uigures, em Xinjiang, no momento em que escalam as tensões entre o Londres e Pequim e semanas depois de um polémico acordo de princípio sobre investimentos entre a China e a União Europeia, de que os britânicos já não fazem parte.

O chefe da diplomacia britânica, Dominic Raab, disse que a atitude de Pequim face aos uigures é uma “barbárie” que está a ser cometida sob pretexto de combate ao terrorismo e ao radicalismo islâmico.

Em resposta, durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, Zhang Jun disse que esta medida de Londres é um ataque “puramente político” e “sem fundamento” e aconselhou a diplomacia britânica a não “interferir nos assuntos internos da China”.

Zhang referia-se ao facto de Raab ter criticado o que chamou de “violações inaceitáveis dos direitos humanos”, anunciando medidas para proibir as importações e exportações vinculadas ao trabalho forçado dos uigures.

Os uigures são o principal grupo étnico em Xinjiang, uma enorme região no noroeste da China que tem fronteiras comuns com o Afeganistão e com o Paquistão. De acordo com especialistas estrangeiros, um milhão de uigures foram detidos nos últimos anos em campos de reeducação política, apesar dos desmentidos de Pequim, que afirma tratarem-se de centros de treino vocacional, destinados a manter as pessoas longe da tentação do islamismo radical.

13 Jan 2021

Grupo de 22 mineiros retido em mina de ouro na China após explosão

Um grupo de 22 mineiros está retido há quase 48 horas numa mina de ouro em construção no Leste da China, após uma explosão, informaram na segunda-feira as autoridades chinesas, nas redes sociais.

A explosão aconteceu no domingo, numa mina situada em Qixia, na província de Shandong, causando danos graves na escada que dá acesso ao fundo da mina, bem como nos cabos de comunicação.

As autoridades não indicaram a profundidade a que se encontram os mineiros. A mina pertence à empresa local Shandong Wucailong Investment. A China é o maior produtor mundial de ouro, com 11% do total mundial extraído em 2019, segundo o Conselho Mundial do Ouro.

O país contava com mais de três mil minas de ouro em 2016, de acordo com um estudo dos serviços geológicos chineses.

Os acidentes em minas são frequentes na China, que todos os anos regista dezenas de milhares de mortos em acidentes laborais.

Em dezembro, 23 mineiros morreram numa mina de carvão em Chongqing, no sudoeste do país, após uma fuga de gás.

Em setembro de 2020, 16 mineiros morreram numa mina de carvão igualmente localizada no município de Chongqing, também após uma fuga de gás.

12 Jan 2021

Covid-19 | China com 55 casos nas últimas 24 horas

A Comissão de Saúde da China anunciou hoje que identificou 55 casos de covid-19 nas últimas 24 horas, 42 dos quais por contágio local.

A maior partes dos casos locais (40) registaram-se na província de Hebei, que circunda Pequim, onde foi detetado um novo surto. As autoridades chinesas impuseram uma quarentena à capital, Shijiazhuang, com 11 milhões de habitantes, de pelo menos uma semana, e vão fazer uma segunda ronda de testes a todos os residentes.

Os dois outros casos de contágio local foram detetados em Pequim na província de Heilongjiang.

Já os 13 casos importados foram diagnosticados nas cidades de Xangai e de Tianjin e nas províncias de Guangdong, Henan, Liaoning, Fujian, Yunnan e Shaanxi.

Os 55 casos identificados nas últimas 24 horas representam quase metade da véspera, quando o país anunciou 103 infeções, o valor diário mais alto desde julho.

As autoridades chinesas indicaram ainda que foram detetados 81 doentes assintomáticos, 10 dos quais oriundos do exterior, apesar de estes casos só serem considerados confirmados se manifestarem sintomas.

A Comissão de Saúde da China disse que, nas últimas 24 horas, 34 pacientes receberam alta, pelo que o número de pessoas infetadas ativas no país se fixou em 697, incluindo 18 em estado grave.

O organismo não anunciou novas mortes devido à covid-19, pelo que o número permaneceu em 4.634, o mesmo desde maio de 2020.

O país somou, no total, 87.591 infetados desde o início da pandemia e 82.260 pessoas que recuperaram da doença.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.934.693 mortos resultantes de mais de 90,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

12 Jan 2021

Covid-19 | Composição do microbioma pode influenciar gravidade da doença, diz estudo da Universidade Chinesa de HK

A composição do microbioma – as bactérias do intestino – pode influenciar a gravidade do covid-19, bem como a magnitude da resposta do sistema imunitário à infeção, segundo uma investigação da Universidade Chinesa de Hong Kong.

Os desequilíbrios na composição do microbioma também podem estar implicados na persistência dos sintomas inflamatórios uma vez superada a doença, indica a investigação, publicada na revista Gut, do grupo British Medical Journal.

O intestino é o maior órgão imunológico do corpo humano e sabe-se que as bactérias que nele estão influenciam as respostas imunológicas, pelo que os investigadores queriam averiguar se o microbioma pode afetar a resposta do sistema imunológico à infeção com o novo coronavirus, assinalou a revista, em comunicado.

Os investigadores obtiveram amostras de sangue e fezes e registos médicos de 100 doentes hospitalizados por covid-19, entre fevereiro e maio de 2020, bem como de 78 pessoas saudáveis que participaram num estudo anterior à pandemia.

Para caracterizar o microbioma, 41 dos doentes com covid-19 deram várias amostras de fezes durante a sua estadia no hospital e 27 continuaram a fazê-lo 30 dias depois de terem eliminado o vírus.

A análise das amostras de fezes mostrou que a composição do microbioma “diferia significativamente” entre os doentes com e sem a doença, independentemente de terem sido tratados com medicamentos, incluindo antibióticos.

Os doentes com covid-19 tinham um maior número de bactérias ‘Ruminococcus gnavus’, ‘Ruminococcus torques’ e ‘Bacteroides dorei’ que as pessoas sem a infeção e “muito menos espécies que podem influir na resposta do sistema imunológico”.

Neste sentido, os números mais baixos do ‘Bifidobacterium adolescentis’, ‘Faecalibacterium prausnitzii’ e ‘Eubacterium rectale’ “associaram-se particularmente com a gravidade da infeção, depois de ter em conta o uso de antibióticos e a idade do doente”.

Para mais, o número destas últimas bactérias permaneceu baixo nas amostras recolhidas até 30 dias depois.

Por outra parte, a covid-19 faz com que o sistema imunológico produza citoquinas inflamatórias, que por vezes podem ser excessivas, desencadeando a chamada “tempestade de citoquinas”, que provoca uma deterioração generalizada dos tecidos, choque sético e falência multiorgânica.

A análise das amostras de sangue mostrou que o desequilíbrio microbiano encontrado nos doentes com covid-19 “também estava associado a níveis elevados de citoquinas inflamatórias e marcadores sanguíneos de destruição tecidual”.

Isto “sugere que o microbioma intestinal poderia influir na resposta do sistema imunológico” à infeção com o novo coronavirus e “afetar potencialmente a gravidade da doença”, segundo os investigadores.

Uma parte dos doentes que superaram a doença experimentaram sintomas persistentes como fadiga, falta de ar e dores nas articulações, que chegaram a manifestar-se até 80 dias depois do aparecimento dos sintomas.

Por isso, a equipa coloca a possibilidade de um microbioma intestinal em desequilíbrio “poder contribuir para os problemas de saúde relacionados com o sistema imunológico depois da covid-19”.

Os autores especificam que o seu estudo é de tipo ‘observação’, pelo que não se pode estabelecer a causa, além de que o microbioma varia muito entre populações, pelo que as alterações observadas “podem não ser aplicadas em outras doentes com a covid-19 em outros locais”.

Contudo, destacam “a crescente evidência que mostra que os micróbios intestinais estão vinculados a doenças inflamatórias dentro e fora do intestino”.

12 Jan 2021

Covid-19 | Japão detecta uma nova estirpe do vírus em passageiros provenientes do Brasil

As autoridades sanitárias do Japão detectaram uma nova estirpe do vírus que provoca a covid-19 distinta das identificadas no Reino Unido e África do Sul, em passageiros provenientes do Brasil.

Segundo o Ministério da Saúde do Japão e o Centro Nacional de Doenças Infecciosas nipónico (NIID, na sigla original), os doentes infectados, um homem na faixa dos 40 anos, uma mulher de cerca de 30 e dois adolescentes, tiveram resultado positivo nos testes de covid-19 realizados à chegada ao aeroporto internacional de Tóquio, no dia 2 de Janeiro, num voo proveniente do Brasil.

Três manifestaram sintomas da doença, como dificuldades respiratórias, febre e dores de garganta, durante a quarentena obrigatória para viajantes que chegam ao Japão.

Apesar de a variante detectada “ter semelhanças com as estirpes” identificadas recentemente no Reino Unido e na África do Sul, “que são motivo de preocupação por serem mais contagiosas”, o tipo de vírus em causa não parece ter sido identificado antes, explicou o NIID em comunicado. O Ministério da Saúde nipónico já informou as autoridades do Brasil e a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Em comunicado, as autoridades brasileiras precisaram que, “segundo informações fornecidas ao Ministério da Saúde brasileiro pelas autoridades sanitárias japonesas, a nova variante possui 12 mutações, sendo que uma delas é a mesma encontrada em variantes já identificadas no Reino Unido e na África do Sul, o que implica um maior potencial de transmissão do vírus”.

Na nota, o Ministério da Saúde do Brasil informou ainda que os quatro passageiros chegaram ao Japão “após uma temporada no Amazonas”.

O Ministério brasileiro já pediu ao Japão “informação sobre a nacionalidade dos viajantes” e sobre os locais por onde passaram no Brasil, para fazer o rastreio de contactos, pode ler-se no comunicado.

De acordo com as autoridades japonesas, para já “é difícil determinar a infecciosidade, patogenicidade ou impacto nos testes e vacinas”.

O Japão registou 34 infeções com estirpes detetadas recentemente no Reino Unido e África do Sul, incluindo três casos de transmissão local, dois dos quais com origem numa pessoa que tinha estado no Reino Unido.

Na quinta-feira, o primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, declarou um novo estado de emergência em Tóquio e na área metropolitana durante um mês, perante o aumento de novas infeções diárias devido ao novo coronavírus.

Desde o início da pandemia, o Japão registou mais de 280 mil casos de covid-19, além de cerca de 4.000 mortes provocadas pela doença.

11 Jan 2021