Hoje Macau China / ÁsiaCOP26 | Japão promete 8,6 mil milhões de euros para promover emissões zero na Ásia O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, prometeu fundos 8,64 mil milhões de euros ao longo de cinco anos para promover a transição energética na Ásia, durante a cimeira climática COP26 em Glasgow. “O Japão vai avançar com os esforços no sentido de uma emissão líquida zero na Ásia, o motor do crescimento económico global”, disse Kishida no segundo dia da COP26 em Glasgow, de acordo com a agência noticiosa local Kyodo. “Quero transmitir ao mundo a firme determinação do Japão em exercer a sua liderança rumo a zero emissões na Ásia”, disse, aos meios de comunicação locais horas antes da sua chegada à cimeira, naquela que é a primeira viagem oficial do primeiro-ministro japonês após ter sido reeleito nas eleições gerais de domingo. O fundo terá como objetivo promover uma via carbono zero na Ásia, de acordo com a declaração do primeiro-ministro japonês. Esta ajuda somar-se-ia aos 60 mil milhões de dólares anunciados pelo Japão em junho, aproximando-a do compromisso dos países desenvolvidos de mobilizar um total de 100 mil milhões de dólares por ano em financiamento climático, um dos pontos-chave das Nações Unidas na luta contra as alterações climáticas. No seu discurso no segundo dia da COP26, Kishida reafirmou também o compromisso assumido pelo Japão no ano passado no sentido da neutralidade de carbono até 2050 e da redução de 46% das emissões de gases com efeito de estufa até 2030, a partir dos níveis de 2013. “O Japão continuará a esforçar-se para atingir o objetivo de reduzir as suas emissões em 50%”, afirmou. A terceira maior economia do mundo continua fortemente dependente do carvão e é o quinto maior emissor mundial de emissões de CO2, atrás da China, Estados Unidos, Índia e Rússia (ou sexto incluindo a União Europeia como bloco), de acordo com dados da plataforma internacional Global Carbon Atlas. Durante a cimeira, Kishida realizou uma breve reunião com o Presidente dos EUA Joe Biden. Kishida e Biden reafirmaram a sua intenção de manter uma estreita cooperação na região Indo-Pacífico face a uma China mais assertiva, de acordo com os meios de comunicação locais. Esta é a primeira reunião cara a cara entre os dois líderes após a tomada de posse do líder japonês a 04 de outubro.
Hoje Macau China / ÁsiaChina pede às famílias que armazenem alimentos face a obstáculos no abastecimento O Governo chinês apelou na segunda-feira às famílias que criem reservas de alimentos e outros bens básicos, face ao clima extremo, escassez de energia e medidas de prevenção contra a covid-19, que ameaçam interromper as cadeias de abastecimento. O Ministério do Comércio instruiu os governos locais a encorajarem as pessoas a criarem reservas de “necessidades diárias”, incluindo vegetais, óleos e carne, visando “atender às necessidades da vida diária e emergências”. A agência também pediu às autoridades locais que garantam que as pessoas têm um “fornecimento adequado” de produtos essenciais até à próxima primavera. No mesmo comunicado apelou-se também às autoridades para que mantenham os preços estáveis – uma fonte de ansiedade nas últimas semanas, já que o custo dos vegetais aumentou em toda a China por causa de chuvas fortes, que prejudicaram as colheitas. A China enfatizou a importância de manter reservas de alimentos e outros suprimentos diários no passado. Desta vez, no entanto a declaração apelou diretamente às famílias, suscitando grande atenção nas redes sociais do país. “Nem quando o surto de covid-19 surgiu no início de 2020 houve um apelo destes”, escreveu um utilizador no Weibo, o equivalente ao Twitter na China. A imprensa estatal chinesa tentou acalmar as preocupações. Hu Xijin, editor do Global Times, jornal oficial do Partido Comunista Chinês, rejeitou as sugestões de que o anúncio pode estar relacionado com o aumento das tensões entre Pequim e Taipé. A China considera Taiwan uma “parte inseparável” do seu território, apesar de a ilha funcionar como uma entidade política soberana. O jornal estatal Economic Daily escreveu hoje que as autoridades estavam a lembrar às famílias para se prepararem no caso de bloqueios temporários causados pelas medidas de prevenção contra a covid-19. A emissora estatal CCTV disse que a parte do anúncio que apela às famílias que criem reservas teve uma “leitura exagerada”. A China tem mantido uma política rigorosa de tolerância zero para com o coronavírus, mesmo numa altura em que o resto do mundo gradualmente retorna à normalidade e aprende a viver com a doença. A segunda maior economia do mundo permanece decidida a erradicar completamente o vírus dentro das suas fronteiras e implementou duras restrições para impedir surtos. Os esforços para conter os casos de coronavírus podem estar a contribuir em parte para o aumento do custo dos alimentos, de acordo com Wang Hongcun, funcionário do Departamento de Comércio Municipal de Pequim. Ele afirmou, na semana passada, em conferência de imprensa, que o custo do trânsito entre as regiões pode aumentar por causa de medidas de contenção rígidas. Wang acrescentou que os preços de alguns vegetais na capital do país subiram 50% ou mais em outubro. Uma escassez generalizada de carvão tornou a agricultura com efeito de estufa mais cara, devido ao aumento do custo do aquecimento e da energia. O clima extremo prejudicou também as safras nas principais províncias agrícolas. Este ano, o país asiático promulgou uma ampla lei, destinada a reduzir o desperdício de alimentos. Ao comer fora, os anfitriões chineses tradicionalmente pedem comida em excesso, como forma de demonstrar hospitalidade aos convidados, mas os restaurantes podem agora cobrar uma taxa extra aos clientes que desperdiçam grande quantidade de comida. Os estabelecimentos que encorajam pedidos excessivos recebem, primeiro, um aviso e, de seguida, uma multa de até 10.000 yuans por reincidência. O país alimenta quase 19% da população mundial com apenas 8,5% das terras aráveis do mundo. Em comparação, o Brasil, por exemplo, tem quase 7% das terras aráveis para 2,7% da população mundial.
Hoje Macau China / ÁsiaMortes por cancro devido ao consumo de tabaco vão aumentar 50% na China até 2040 As mortes por cancro relacionado com o consumo de tabaco na China vão aumentar 50%, nos próximos 20 anos, de acordo com um relatório publicado por investigadores da Academia Chinesa de Ciências Médicas. O relatório, publicado no Tobacco Journal, do British Medical Journal, prevê que 8,6 milhões de pessoas no país asiático vão morrer devido a cancros relacionados com o consumo de tabaco antes de 2040 e que o aumento das mortes devido a essa causa vai ser maior entre as mulheres (53%) do que entre os homens (44%). Na China, cerca de metade dos homens, mas apenas 2% das mulheres fumam. O número total de fumadores supera os 300 milhões. Com cerca de 1,4 mil milhões de habitantes, a China é o país mais populoso do mundo. Os investigadores mencionaram planos das autoridades chinesas para reduzir a proporção de fumadores, entre os atuais 26,6% da população, para 20%, até 2030, o que evitaria até 1,4 milhão de mortes. Embora tenha ocorrido um lento declínio na proporção de fumadores, os cientistas acreditam que é “insuficiente” para atingir a meta. O relatório observou que os cancros de pulmão, fígado, estômago e esófago, que respondem por 60% de todas as mortes por cancro na China, estão frequentemente relacionados com o consumo de tabaco. O relatório, que não inclui possíveis mortes por fumo passivo, adverte que a China pode “achar difícil sustentar uma sociedade em envelhecimento” devido ao “grande número de vidas perdidas em idade produtiva”. Cerca de 25% dos fumadores começam a fumar antes de atingirem a maioridade. Os investigadores consideram que a “prevenção do tabaco entre os adolescentes é fundamental”.
Hoje Macau China / ÁsiaCOP26 | Xi Jinping pede maior apoio aos países em desenvolvimento O Presidente chinês enviou uma mensagem escrita à 26.ª conferência do clima das Nações Unidas (COP26), que reúne em Glasgow, até 12 de Novembro, mais de 120 líderes políticos. Xi Jinping apelou ao sentido de responsabilidade dos países mais ricos para apoiarem os países em desenvolvimento na luta contra as alterações climáticas e comprometeu-se a promover uma “economia verde” Xi Jinping, destacou segunda-feira a responsabilidade dos países mais ricos no combate às mudanças climáticas, defendendo mais apoio aos países em desenvolvimento. A observação, citada pela agência de notícias chinesa Xinhua, é feita numa declaração escrita submetida à 26.ª conferência do clima das Nações Unidas (COP26), em Glasgow, da qual está ausente. Na mesma declaração, o Presidente disse que a China pretende dar prioridade a uma “economia verde”, com grande investimento em energia solar e eólica, mas sem adiantar detalhes. “Vamos promover um sistema económico verde, de baixo carbono e circular a um ritmo mais rápido, avançar com o ajuste da estrutura industrial e controlar o desenvolvimento irracional de projetos de uso intensivo de energia e emissões elevadas”, afirmou. Xi revelou pretender publicar planos de implementação específicos com calendários mais precisos para áreas-chave como a energia, indústria, construção e transporte, e para sectores-chave como o carvão, electricidade, ferro e aço e cimento, bem como medidas de apoio em termos de ciência e tecnologia, captura de carbono e incentivos fiscais e financeiros. A China tem como meta atingir o pico das emissões de gases com efeito de estufa em 2030 e a neutralidade carbónica em 2060, 10 anos mais tarde do que a maioria das grandes economias mundiais. Na declaração, citada pela Xinhua, o chefe de Estado chinês apela ainda a todos os países para tomarem “acções mais firmes”, defendendo um consenso multilateral, uma aposta em acções concretas e a aceleração da transição verde. “Quando se trata de desafios globais como as mudanças climáticas, o multilateralismo é a receita certa”, vincou. Últimas oportunidades Mais de 120 líderes políticos e milhares de especialistas, activistas e decisores públicos reúnem-se até 12 de Novembro, em Glasgow, na Escócia, na 26.ª Conferência das Nações Unidas (ONU) sobre alterações climáticas (COP26) para actualizar os contributos dos países para a redução das emissões de gases com efeito de estufa até 2030. A COP26 decorre seis anos após o Acordo de Paris, que estabeleceu como meta limitar o aumento da temperatura média global do planeta entre 1,5 e 2 graus celsius acima dos valores da época pré-industrial. Apesar dos compromissos assumidos, as concentrações de gases com efeito de estufa atingiram níveis recorde em 2020, mesmo com a desaceleração económica provocada pela pandemia de covid-19, segundo a ONU, que estima que, ao actual ritmo de emissões, as temperaturas serão no final do século superiores em 2,7 ºC.
Hoje Macau China / ÁsiaJustiça | Condutor que matou cinco peões condenado à morte Um tribunal da China condenou à pena de morte um condutor que guiou propositadamente contra uma multidão, em Maio passado, no nordeste do país, causando cinco mortos e oito feridos. O Tribunal Popular Intermédio da cidade de Dalian disse que o réu foi condenado por “colocar em perigo a segurança pública”. De acordo com a investigação judicial, o condutor, identificado como Liu Dong, guiou contra os transeuntes, por volta das 11h40, do dia 22 de Maio, “porque não conseguiu aceitar o fracasso com um investimento”. O semáforo estava vermelho para carros e os peões encontravam-se na passadeira. O tribunal detalhou que quatro pessoas morreram no local, enquanto outra acabou por morrer mais tarde no mesmo dia. Outras oito pessoas ficaram feridas. Após o incidente, Liu embateu contra uma carrinha, abandonou o seu veículo e deixou o local. Nesse mesmo dia foi a uma esquadra para relatar um acidente de trânsito com outro veículo, mas – segundo informações do tribunal – “não admitiu ter atropelado ninguém”. A fonte indicou que Liu “confessou após interrogatório”. As autoridades chinesas não fornecem dados oficiais sobre o número de condenados à pena de morte, mas, no relatório de 2020 sobre a pena de morte, a organização de Direitos Humanos Amnistia Internacional disse acreditar que “milhares de pessoas são executadas todos os anos na China”.
Hoje Macau China / ÁsiaEvergrande | Incumprimento evitado pela segunda semana consecutiva A construtora chinesa Evergrande pagou os juros respectivos a um empréstimo obrigacionista, pouco antes do final de um período de carência de 30 dias, que ditava a entrada em incumprimento. A empresa chinesa, que atravessa uma grave crise de liquidez, conseguiu pagar os quase 45 milhões de dólares que devia aos investidores. Segundo fontes citadas pelo jornal de Hong Kong South China Morning Post, a empresa pagou os juros sobre um título no valor de 951 milhões de dólares e com um rendimento de 9,5 por cento. O prazo para fazê-lo era 29 de Setembro, mas as cláusulas de caução davam à empresa um período de carência de 30 dias, antes de entrar oficialmente em incumprimento. Trata-se da segunda vez, no período de duas semanas, que a Evergrande evita entrar em incumprimento. No dia 22 de Outubro, pagou os 83,5 milhões de dólares de juros de um outro empréstimo obrigacionista emitido no mercado de capitais internacional, também apenas um dia antes do fim da prorrogação. Mas o conglomerado ainda tem de pagar cerca 720 milhões de dólares em títulos emitidos no exterior, até ao final deste ano, de acordo com o South China Morning Post. Os números oferecidos pelo grupo indicam que, no final do primeiro semestre, acumulava um passivo superior a 300 mil milhões de dólares, dos quais cerca de 37 mil milhões correspondem a empréstimos a serem pagos antes do final de Junho de 2022. A crise da Evergrande alimentou temores de um possível contágio ao sector imobiliário como um todo – o que significa, com impacto indirecto, quase 30 por cento do Produto Interno Bruto chinês -, que experimentou alguns anos de grande expansão amparado por políticas agressivas de alavancagem contra as quais Pequim tomou medidas, restringindo o acesso ao financiamento bancário às construtoras mais endividadas.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Surto em 14 províncias criou “elevada proporção de casos graves” O atual surto do novo coronavírus na China, que já se propagou a pelo menos 14 províncias, resultou numa “elevada proporção de casos graves”, disse um porta-voz da Comissão Nacional de Saúde, Mi Feng. De acordo com o balanço divulgado hoje pela Comissão de Saúde, a China continental registou mais 71 infetados, 48 deles por contágio local, elevando para 814 o número de casos ativos, 33 dos quais classificados como “graves”. Embora Mi tenha dito que “a situação epidémica está a desenvolver-se rapidamente”, assegurou também que alguns dos locais mais afetados pelo atual surto, como Ejin na Mongólia Interior, conseguiram controlar “o avanço” do coronavírus. De acordo com estatísticas citadas por Guo Yanhong, um perito da Comissão de Saúde afirmou que, entre os infetados, a população com mais de 60 anos excede os 40%, o que explicaria a maior proporção de casos graves. Em surtos anteriores, a percentagem de pessoas mais velhas entre os infetados era de cerca de 18%, disse Guo. As autoridades locais responderam aos surtos da forma habitual: limitando a mobilidade entre cidades, aconselhando as pessoas a permanecer dentro de casa e realizando testes de ácido nucleico em massa. Este último surto foi detetado na China em meados de outubro, após um grupo de reformados ter viajado para zonas turísticas nas províncias de Gansu, Mongólia Interior e Shaanxi. E, de acordo com oficiais de saúde, é causado pela variante delta, que é considerada mais contagiosa. Em Pequim, a capital, há pelo menos 39 casos ativos de covid e a cidade restringiu a entrada de pessoas de áreas com casos e impôs o encerramento de locais de entretenimento em alguns distritos. Embora Mi Feng tenha salientado que 1,07 mil milhões de chineses já foram vacinados com as duas doses da vacina – de um total de 1,4 mil milhões de habitantes – as autoridades chinesas continuam a política de tolerância zero contra a covid-19. Três cidades impuseram um confinamento à população: Lanzhou, Ejin e Heihe. A China registou a sua última morte causada pela covid-19 em janeiro. No total, o país contabilizou 4.636 óbitos e 97.151 infetados desde o início da pandemia.
Hoje Macau China / ÁsiaMorte de Max Stahl é “grande perda” para Timor-Leste, diz José Ramos-Horta O ex-Presidente da República timorense, José Ramos-Horta, considerou ontem que a morte de Max Stahl é uma “grande perda” para Timor-Leste e para o mundo, e que vai causar “profunda consternação e dor” em toda a população timorense. “Que grande perda para todos nós, para Timor-Leste, para o mundo. Alguém como o Max, de um grande coração, de uma grande dedicação e amor a Timor-Leste (…), ser levado para outro mundo”, afirmou à Lusa. Em 2019 o parlamento timorense deliberou atribuir a nacionalidade ao jornalista britânico Max Stahl, que filmou o massacre de Santa Cruz, em reconhecimento pelo seu papel na luta pela libertação de Timor-Leste. “Na troca de mensagens com o Max, quando ainda estava mais lúcido, há algumas semanas, eu dizia-lhe: não morras, porque não sei como vamos gerir a situação do drama, da dor do povo timorense. Ele respondeu daquela forma dele, dizendo que ‘eu não quero partir, mas a luta continua em todas as frentes’”, afirmou. Ramos-Horta, que tem nas últimas semanas mantido um contacto quase diário com a mulher de Max Stahl, disse que a notícia da morte já era esperada, dado o agravamento de estado de saúde do jornalista. “Já se sabia que medicamente era irreversível, que era uma questão de dias”, afirmou. A sua morte, disse, será sentida em todo o país, onde o seu nome teve já o reconhecimento do Estado, mas, especialmente, o amor de toda a população. “Mais do que o reconhecimento do Estado, era o reconhecimento universal em Timor-Leste. A presença dele era conhecida e visível, desde Santa Cruz, até hoje. E então era uma figura muito querida”, disse. Max Stahl – jornalista que filmou o massacre de Santa Cruz a 12 de novembro de 1991 – foi condecorado com o Colar da Ordem da Liberdade, o mais alto galardão que pode ser dado a um cidadão. Christopher Wenner, que começou a ser conhecido como Max Stahl, iniciou a sua ligação a Timor-Leste a 30 de agosto de 1991 quando, “disfarçado de turista”, entrou no território para filmar um documentário para uma televisão independente inglesa. Entrevistou vários líderes da resistência e, depois de sair por causa do visto, acabou por regressar, entrando por terra, acabando, a 12 de novembro desse ano por filmar o massacre de Santa Cruz. Morreu hoje num hospital da cidade de Brisbane, vítima de doença prolongada. A resolução do parlamento timorense em 2019 recomendava ao Governo “proceder ao registo do processo de naturalização de Max Stahl e emitir com a maior brevidade possível toda a documentação relevante”. “Durante o longo e difícil percurso rumo à independência, Timor-Leste contou com o apoio genuíno e incansável de muitos amigos, com os quais o povo timorense estabeleceu fortes laços de amizade. Max Stahl é um desses grandes amigos”, afirmou. “Num dos momentos mais difíceis vividos em Timor-Leste durante a ocupação estrangeira, o profissionalismo, coragem e tenacidade de Max Stahl contribuíram de forma inestimável para que a luta do nosso povo fosse vista no palco internacional”, refere ainda. Sublinhando o “profissionalismo e rigor” da sua carreira, o Parlamento timorense refere ainda o “caráter destemido de Max Stahl que deu a conhecer ao mundo o Massacre de Santa Cruz e os atos de crueldade e violações dos direitos humanos perpetrados contra os timorenses”. Uns meses antes de receber a nacionalidade timorense, Max Stahl foi condecorado pelo Presidente da República timorense, Francisco Guterres Lú-Olo, que destacou a sua nobreza e coragem em defesa do direito à autodeterminação. “Alguém que, com tanta nobreza, arriscou a sua vida em horas de extrema gravidade e que se entregou totalmente ao nosso país, ganhou o direito de ser cidadão timorense”, afirmou na altura Francisco Guterres Lu-Olo. “O nosso irmão Max Stahl é tão timorense quanto nós. Solicito ao Parlamento Nacional a atenção para este caso, por uma questão da mais elementar justiça”, disse.
Hoje Macau China / ÁsiaAfeganistão | Países vizinhos insistem em Governo inclusivo em Cabul Os países vizinhos do Afeganistão insistiram ontem, numa conferência realizada em Teerão, na necessidade de Cabul formar um governo inclusivo para que haja estabilidade na região. A conferência visou analisar a situação no Afeganistão após os talibãs terem tomado o poder no país, em meados de agosto, e contou com a presença física dos chefes da diplomacia do Paquistão, Tajiquistão, Uzbequistão e Turquemenistão, e, através de videoconferência, dos da China e da Rússia e do secretário-geral da ONU. “Apoiamos a formação de um Governo inclusivo no Afeganistão”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Hossein Amir Abdollahian, sublinhando que o futuro executivo afegão deve incluir os diferentes grupos étnicos do país “para evitar mais violência” e garantir a estabilidade na região. Por seu lado, o chede da diplomacia paquistanesa, Shah Mehmood Qureshi, sublinhou que o Governo de Cabul terá de representar “todos os afegãos”, enquanto o homólogo russo, Serguei Lavrov, realçou que Moscovo apoiará um executivo com essas características, lembrando, porém, que é algo que não pode ser imposto a partir de fora do país. Uns após outros, os chefes da diplomacia presentes insistiram na criação de um “mecanismo político inclusivo” para resolver as divergências no Afeganistão, após 20 anos de guerra e da retirada militar dos Estados Unidos. Em setembro, os talibãs nomearam um Governo interino liderado pelo ‘mullah’ Mohammad Hassan Akhund, executivo mais tarde alargado, mas que não conta com mulheres. Hoje, na conferência, o diplomata iraniano também alertou para a obrigação de a comunidade internacional distribuir ajuda para evitar uma crise humanitária. A este respeito, numa intervenção por videoconferência, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou que o Afeganistão enfrenta “uma crise humanitária de grandes dimensões” e manifestou repúdio às violações dos direitos humanos que estão a acontecer no país. Para evitar essa crise, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, reiterou o pedido aos Estados Unidos e ao Ocidente para suspenderem as sanções ao Afeganistão, posição também defendida pelos iranianos. “Os talibãs querem dialogar com o mundo”, sublinhou Wang, enquanto Lavrov garantiu que a Rússia vai enviar ajuda humanitária para o Afeganistão, reiterando que à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) não seja dada permissão para sobrevoar território afegão. “Mais uma vez pedimos aos países vizinhos do Afeganistão que não permitam nos seus territórios a presença militar das forças dos Estados Unidos e da NATO, que planeiam ficar aí estacionadas após a retirada do Afeganistão”, sublinhou Lavrov. A reunião de Teerão é a segunda realizada pelos países vizinhos do Afeganistão, depois da primeira que decorreu no Paquistão, em setembro. A China organizará a terceira, em data ainda a definir.
Hoje Macau China / ÁsiaMyanmar | Ativistas pedem à ASEAN diálogo oficial com Governo de Unidade Nacional Ativistas de direitos humanos pediram hoje à Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) que estabeleça um diálogo oficial com o chamado Governo de Unidade Nacional de Myanmar, formado por políticos pró-democracia e opositor da junta militar no poder. O apelo foi apresentado por organizações como a Parlamentares da ASEAN para os Direitos Humanos (APHR, na sigla em inglês), a Voz do Progresso de Myanmar ou a Altsean numa conferência virtual de preparação da cimeira de líderes da ASEAN, que decorre de forma virtual desde esta manhã. O deputado malaio e presidente da APHR, Charles Santiago, elogiou o facto de a ASEAN não ter convidado o líder da junta militar birmanesa, Min Aung Hlaing, para a cimeira, mas defendeu que o bloco deve abrir um diálogo oficial com o chamado Governo de Unidade Nacional. “Estamos a aproximar-nos do primeiro aniversário do golpe do exército birmanês, em que uma junta militar assumiu o poder em Myanmar, lançando terror e violência sem precedentes contra o povo”, disse Charles Santiago, observando que a pobreza e a fome aumentaram consideravelmente desde que os militares tomaram o poder, em 01 de fevereiro. Segundo o ativista, a ASEAN não deve aceitar nenhum representante da junta militar birmanesa até que seja erradicada toda a violência e sejam libertados todos os presos políticos e respeitado o desejo do povo de restaurar a democracia. O enviado especial do Governo birmanês de Unidade Nacional para a ASEAN, Bo Hla Tint, indicou, na conferência virtual, que as eleições de novembro de 2020 demonstraram que o seu Governo tem a “legitimidade democrática” para representar o país. Bo Hla Tint destacou o “fracasso” da junta militar no diálogo ou na cessação da violência e exortou a ASEAN a trabalhar com o Governo de Unidade Nacional para que Myanmar possa recuperar a democracia. Por seu lado, a responsável da organização Voz do Progresso de Myanmar, Khin Omar, considerou que a falta de iniciativa da ASEAN tem permitido o aumento da violência no país. “Vamos garantir que esta junta militar pare os ataques violentos dia após dia. Caso contrário, não vejo nenhum sentido para haver um diálogo”, disse. Myanmar (antiga Birmânia) tem sido o grande ausente desta cimeira devido à relutância da junta militar em cumprir o acordo alcançado na ASEAN em abril para resolver a profunda crise que se abateu sobre o país depois do golpe de Estado do passado dia 01 de fevereiro. O acordo incluía a cessação da violência, um diálogo entre todas as partes, a autorização à entrada de ajuda humanitária e a mediação do conflito por um enviado especial da ASEAN. Face à rejeição da junta militar em pôr estas obrigações em prática, a ASEAN ofereceu ao Governo birmanês a possibilidade de enviar à cimeira um representante não político em vez do líder da junta, Min Aung Hlaing, mas Naypyidaw preferiu não participar na reunião. Fundada em 1967, a ASEAN é constituída por Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Myanmar, Singapura, Tailândia e Vietname.
Hoje Macau China / ÁsiaPutin alerta para risco de corrida armamentista na Ásia O Presidente russo, Vladimir Putin, alertou ontem para o risco de uma corrida armamentista na Ásia e reiterou o seu pedido de uma moratória para a instalação de mísseis de médio e curto alcance na região. O alerta foi feito durante a intervenção de Putin na cimeira da Ásia Oriental, realizada no âmbito da reunião de chefes de Governo e de Estado da ASEAN (Associação de Nações do Sudeste Asiático), que decorre este ano de forma virtual devido à pandemia de covid-19. O Presidente russo referiu-se ao tratado para a eliminação de mísseis nucleares de médio e curto alcance (INF, na sigla em inglês), assinado em 1987 entre Moscovo e Washington, e que foi suspenso depois de o então Presidente norte-americano Donald Trump anunciar a saída do seu país, em 2019. “Temos dito reiteradamente que, depois do fim do Tratado INF, a região enfrenta a possibilidade de esse tipo de armas ser colocado no seu vasto território”, disse Putin, que lembrou que a Rússia já tinha proposto uma moratória para esse tipo de armas na Ásia, no Pacífico e noutras regiões do mundo. “Esta proposta russa continua em vigor e está a tornar-se cada vez mais urgente”, disse o Putin, apelando a que se “inicie uma conversa séria sobre o tema”. Além disso, o Presidente russo propôs a criação de um mecanismo de cooperação regional contra a pandemia de covid-19, sob os auspícios da cimeira da Ásia Oriental. “A Rússia aspira a oferecer uma contribuição real para garantir acesso livre e não discriminatório a vacinas contra a covid-19 aos cidadãos de todos os países”, disse Putin, que propôs “expandir o programa de preparação de especialistas e epidemiologistas dos países da ASEAN no Centro de Segurança Biológica de Vladivostoque”. A cimeira da Ásia Oriental, em que são abordados temas como segurança e comércio, engloba os parceiros da ASEAN e os líderes dos Estados Unidos, China, Índia, Rússia, Japão, Coreia do Sul, Austrália e Nova Zelândia. Myanmar (antiga Birmânia) é o grande ausente desta cimeira – que termina na quinta-feira – devido à relutância da junta militar birmanesa em seguir os acordos alcançados em abril pela ASEAN para resolver a profunda crise que se instalou no país após o golpe de Estado do passado dia 01 de fevereiro. A ASEAN ofereceu à junta militar, no poder, a possibilidade de enviar à cimeira um representante não político, em vez do chefe do conselho, Min Aung Hlaing, mas Naypyidaw optou por não participar da reunião. Fundada em 1967, a ASEAN, é composta pelo Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Myanmar, Singapura, Tailândia e Vietname.
Hoje Macau China / ÁsiaGrécia procura atrair investimentos em visita de MNE chinês O chefe da diplomacia grega, Nikos Dendias, debateu ontem com o homólogo chinês, Wang Yi, o aprofundamento de relações económicas, culturais e turísticas, e defendeu que a Grécia “pode ser uma porta de entrada da Ásia para a Europa”. “Estamos ansiosos por novos projetos de investimento no maior porto do Mediterrâneo, um dos maiores do mundo”, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros grego, Nikos Dendias, após o encontro com o homólogo chinês na capital grega. A empresa chinesa Cosco Shipping detém atualmente 67% da autoridade portuária grega do Pireu, após os legisladores gregos terem ratificado a venda de uma participação de 16% na empresa, para além dos 51% já detidos pela Cosco. A Grécia concedeu também à Cosco mais cinco anos para prosseguir com os investimentos que tinha prometido fazer como parte do seu acordo para comprar uma participação maioritária em Pireu. Os gregos emergiram recentemente de uma década de crise financeira que dizimou um quarto da sua economia e tem estado ansiosa por atrair investimentos internacionais. A China, que está a construir portos, caminhos de ferro e outras infraestruturas em dezenas de países de todo o mundo no âmbito da Iniciativa “Belt and Road” (“Iniciativa Nova Rota da Seda”), já está fortemente envolvida na Grécia. Dendias relatou ao homólogo chinês sobre os “desenvolvimentos particularmente preocupantes no Mediterrâneo Oriental” e o que descreveu como o “papel desestabilizador da Turquia” na região, algo que, segundo ele, poderia inibir o comércio marítimo que “interessa muito ao lado chinês”. Os vizinhos Grécia e Turquia estão divididos em relação a uma longa série de disputas, incluindo sobre direitos de exploração no Mediterrâneo Oriental, que levaram a recentes escaladas de tensão. Dendias disse ter falado “extensivamente” com Wang Yi sobre o que disse ser o esforço da Turquia para se envolver com “populações muçulmanas em todo o mundo, promovendo ideologias como a irmandade muçulmana e tentando um envolvimento direto nos assuntos internos de outros países”. No passado, a Turquia levantou questões sobre o tratamento dado pela China aos uigures, uma minoria etnicamente turca muçulmana no noroeste da China, embora recentemente se tenha tornado menos expressiva sobre esse assunto recentemente, durante os esforços de Ancara para forjar laços económicos mais estreitos com Pequim. A China tem sido acusada de grandes violações dos direitos humanos na província de Xinjian contra os uigures e outras minorias, incluindo encarceramentos em massa, controlo forçado de natalidade, esterilização e abortos. Pequim rejeita as acusações, dizendo que os campos são centros de formação profissional e de ‘desradicalização’ para afastar os residentes da região do extremismo e terrorismo. Os repórteres não foram autorizados a assistir às declarações conjuntas e não foram permitidas perguntas. Wang Yi descreveu o envolvimento da China no Pireu como um projeto “emblemático” da iniciativa “Belt and Road” e um modelo de cooperação mutuamente benéfico. Contudo, os sindicatos criticaram as condições de trabalho no terminal marítimo, dizendo que os lucros são colocados acima da segurança, no seguimento da morte de um trabalhador esta semana num acidente no terminal de contentores gerido pela Cosco no Pireu. O partido de oposição grego Syriza criticou as condições de trabalho no porto, afirmando que os acidentes de trabalho foram causados “pelas constantes taxas esgotantes de trabalho [no terminal de contentores] que causa exaustão a longo prazo e doenças relacionadas com o trabalho”. A Cosco adquiriu a participação de 51% do porto do Pireu em 2016, sob um governo liderado pelo Syriza. Wang Yi disse que a China estava disposta a expandir a “estratégia de interconexão global da União Europeia, de modo a aumentar o nível de interconexão do continente euro-asiático, estimular o potencial de crescimento da China e da Europa e acelerar a recuperação económica global”.
Hoje Macau China / ÁsiaMacron pede a Xi Jinping que levante sanções contra países da UE O Presidente francês, Emmanuel Macron, pediu esta terça-feira ao seu homólogo chinês, Xi Jinping, que levante as “medidas coercivas” adoptadas contra países da União Europeia (UE) e que faça um contributo ambicioso para o combate às alterações climáticas. Os dois líderes abordaram, por telefone, diversos temas, a começar pelo reequilíbrio da relação entre a China e a União Europeia, cuja presidência caberá a França no próximo semestre, indicou o Eliseu em comunicado. Nessa perspetiva, Macron pediu a Xi “uma maior reciprocidade, em particular no acesso aos mercados”, solicitando também “uma abordagem construtiva”, que deve passar pelo levantamento de sanções a países da UE, bem como a representantes de instituições europeias e do Parlamento Europeu. O chefe de Estado francês exigiu igualmente que a China cumpra os seus compromissos em matéria de combate ao trabalho forçado, adoptados no âmbito da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Em vésperas do G20 de Roma e da cimeira COP26 sobre o clima em Glasgow, Macron instou a China a “divulgar a sua contribuição ambiciosa a nível nacional” sobre a redução das emissões de gases com efeito-de-estufa e a “dar um sinal decisivo” apresentando progressos no sentido do abandono do carvão como fonte energética. Ao mesmo tempo, Macron aplaudiu as primeiras conversas sobre a proteção da biodiversidade, no âmbito da COP15, sob presidência chinesa, e pediu a Pequim que apoie iniciativas como o grupo intergovernamental High Ambition Coalition (HAC) for Nature and People e a Aliança pela Conservação das Florestas Tropicais e das Áreas Marinhas protegidas no Antártico. Macron e Xi acordaram manter um diálogo estreito na luta contra a pandemia de covid-19 e na ajuda aos países mais vulneráveis. “A implementação de um quadro comum acordado no G20 sobre a questão da dívida e a transferência de 20% dos direitos especiais para alcançar coletivamente o objetivo de 100.000 milhões de dólares foram definidos como prioritários”, indicou a Presidência da República francesa. Os dois chefes de Estado abordaram igualmente a situação no Afeganistão, sobre a qual Macron insistiu nas exigências aos talibãs sobre o combate ao terrorismo e o respeito dos direitos das mulheres. O Presidente francês sublinhou a necessidade de o Irão, aliado da China, pôr fim às atividades que constituem uma violação do acordo nuclear e retome a cooperação “plena e completa” com a Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA). No plano bilateral, os dois líderes acordaram manter contactos estreitos para impulsionar projetos em setores estratégicos, e Macron destacou a qualidade do diálogo no setor agroalimentar. Nessa área, o líder francês expressou o desejo de que se avance na divisão por zonas do gado porcino, na concessão de novas licenças e na abertura do mercado chinês.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | China detecta 59 casos locais e 50 importados nas últimas 24 horas A China detetou 59 casos de covid-19, nas últimas 24 horas, 50 por contágio local e os restantes oriundos do estrangeiro, anunciaram hoje as autoridades de saúde do país. Os casos locais foram detetados no município de Pequim (três), nas regiões autónomas da Mongólia Interior (32) e Ningxia (dois) e nas províncias de Gansu (quatro), Guizhou (cinco) e Shandong (quatro). Lanzhou, a capital de Gansu, lançou uma campanha de testes de ácido nucleico e confinou complexos residenciais, dos quais só é possível sair para comprar alimentos, receber tratamento médico ou participar das tarefas de controlo e prevenção contra o coronavírus. Os restantes nove casos foram diagnosticados em viajantes provenientes do estrangeiro, nos municípios de Xangai (leste) e Tianjin (norte) e nas províncias de Guangdong (sudeste), Liaoning (nordeste), Guangxi (sudoeste), Fujian (sudeste) e Shandong (leste). A Comissão de Saúde da China adiantou que o número total de casos ativos é de 643, entre os quais 27 graves. Desde o início da pandemia da covid-19, o país registou 96.899 casos da doença e 4.636 mortos.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Vírus é “desafio número um” das Olimpíadas de inverno em Pequim, diz organização A prevenção epidémica vai ser o “desafio número um” das Olimpíadas de Inverno de Pequim, disseram hoje os organizadores, quando faltam 100 dias para o início da competição. A capital chinesa é a primeira cidade do mundo a receber os jogos de verão (em 2008) e de inverno, que se realizam entre 04 e 20 de fevereiro. As autoridades chinesas, que seguem uma política de “tolerância zero” contra o vírus, têm tomado várias medidas para erradicar um surto epidémico registado nos últimos dias no norte do país. A China detetou 59 casos de covid-19, nas últimas 24 horas. Destes, 50 resultaram de contágios locais no município de Pequim (três), nas regiões autónomas da Mongólia Interior (32) e Ningxia (dois) e nas províncias de Gansu (quatro), Guizhou (cinco) e Shandong (quatro). Lanzhou, a capital de Gansu, lançou uma campanha de testes de ácido nucleico e confinou complexos residenciais, dos quais só é possível sair para comprar alimentos, receber tratamento médico ou participar das tarefas de controlo e prevenção contra o coronavírus. “A pandemia é o desafio número um para a realização dos jogos de inverno”, resumiu à imprensa o vice-presidente do comité organizador, Zhang Jiandong. Uma dúzia de províncias, ou um terço do total, intensificaram as medidas de prevenção, incluindo a cidade de Pequim, onde 20 casos foram contabilizados na semana passada. As medidas planeadas para os jogos “vão reduzir o risco e o impacto do coronavírus”, acrescentou Zhang, alertando que os participantes que não respeitarem as regras serão penalizados. Os jogos de 2022 acontecerão numa “bolha”, destinada a eliminar qualquer risco de contaminação para o resto da China. Os 2.900 atletas que participam nas competições vão ter que estar totalmente vacinados ou cumprir uma quarentena rigorosa de 21 dias ao chegar ao país. Apenas os espectadores já presentes na China vão poder assistir aos eventos. As autoridades planearam 300 ambulâncias de pressão negativa para transportar possíveis pacientes, sem o risco de o ar contaminado sair para o exterior. A China, onde os primeiros casos de covid-19 foram detetados, no final de 2019, conseguiu conter a doença na primavera de 2020, após a adoção de medidas drásticas de confinamento e bloqueio de cidades inteiras. O país praticamente fechou as suas fronteiras com o resto do mundo. Desde o início da pandemia da covid-19, o país registou 96.899 casos da doença e 4.636 mortos.
Hoje Macau China / ÁsiaLucros da indústria chinesa subiram 16,3% em setembro Os lucros das principais empresas industriais da China aumentaram 16,3%, em setembro, em termos homólogos, segundo dados oficiais divulgados hoje pelo Gabinete Nacional de Estatísticas (GNE) do país asiático. Os lucros das empresas analisadas ascenderam a cerca de 738.740 milhões de yuans. Para a elaboração deste indicador, o GNE leva em consideração apenas as empresas industriais com faturamento anual superior a 20 milhões de yuans. Entre janeiro e setembro, os lucros destas empresas atingiram 6,34 biliões de yuans, um crescimento homólogo de 44,7%. O estatístico do GNE Zhu Hong explicou que, no terceiro trimestre, 29 dos 41 setores analisados obtiveram mais lucros do que no mesmo período de 2019 – a comparação com aquele ano serve para eliminar o efeito de base referente a 2020, ano marcado pela paralisia da atividade económica devido à pandemia da covid-19. Zhu destacou os avanços em setores como manufactura de alta tecnologia (+33,6%, no terceiro trimestre) ou mineração, que duplicou os lucros em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto a indústria de extração de petróleo e gás praticamente triplicou. O representante do GNE destacou ainda que a indústria farmacêutica obteve resultados 66,8% superiores, no terceiro trimestre, devido à procura interna e externa por vacinas conta a covid-19. Os dados da GNE revelam que, entre janeiro e setembro, os lucros das empresas dedicadas à produção e fornecimento de energia elétrica e aquecimento diminuíram 24,6%, devido à maior taxa de crescimento das suas despesas operacionais. Isto deve-se ao aumento do preço das matérias-primas, como o carvão, terem disparado e aos limites que o Governo impõe à flutuação do preço da energia elétrica, que fez com que as geradoras tivessem que absorver os custos crescentes, sem poder repassá-los aos clientes. Esta situação acabou por gerar um défice de energia elétrica, que resultou em políticas de racionamento em importantes centros industriais do leste e sudeste do país, ou mesmo em apagões em algumas áreas residenciais no nordeste da China.
Hoje Macau China / ÁsiaCanadá vai passar a receber e integrar refugiados norte-coreanos O Canadá vai tornar-se o terceiro país do mundo, depois da Coreia do Sul e dos EUA, a receber refugiados norte-coreanos, no âmbito de um programa que está a ser preparado por uma organização humanitária canadiana. Sean Chung, diretor executivo da HanVoice, disse hoje que o programa piloto, criado em parceria com o Governo do Canadá, visa trazer cinco famílias de refugiados norte-coreanos da Tailândia para o Canadá nos próximos dois anos. A Tailândia é um importante país de trânsito para refugiados norte-coreanos, porque não os envia de volta para a Coreia do Norte ou para a China, mas não os incorpora na sociedade. A China, principal aliado da Coreia do Norte, tem sido frequentemente acusada de devolver os fugitivos norte-coreanos à força, apesar do risco de tortura e prisão. Entre os candidatos na Tailândia, o Canadá vai dar prioridade as famílias de mulheres norte-coreanas que sobreviveram ou estão em risco de violência sexual e de género, disse Chung. Os canadianos que se oferecerem como anfitriões terão de apoiar as famílias durante 12 meses ou até que estas se tornem autossuficientes. O período de acolhimento pode ser estendido até um máximo de 36 meses em casos excecionais, disse a HanVoice, em comunicado hoje divulgado. “A comunidade estará envolvida em todas as etapas do processo, desde a obtenção de dinheiro para ‘patrocinar’ as famílias até ir buscar as pessoas ao aeroporto e ajudar a matricular os filhos na escola”, disse Chung, sublinhando tratar-se de um programa “exclusivamente canadiano”. “Para os fugitivos norte-coreanos, a maioria dos quais são mulheres que passaram por experiências traumáticas em trânsito, este é um novo caminho seguro e um novo começo”, acrescentou. Acredita-se que dezenas de milhares de norte-coreanos vivam escondidos na China, enquanto cerca de 34.000 outros norte-coreanos fugiram para a Coreia do Sul, onde podem receber cidadania e outros benefícios sob uma lei que considera a Coreia do Norte parte do seu território. Os Estados Unidos admitem refugiados norte-coreanos, mas o número foi muito limitado depois da adoção da Lei de Direitos Humanos da Coreia do Norte, em 2004. Segundo Chung, os fugitivos norte-coreanos não conseguiam, até agora, aceder ao sistema de refugiados do Canadá, embora alguns tenham migrado para o Canadá, Europa Ocidental e Austrália após se estabelecerem na Coreia do Sul.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | China confina cidade de quatro milhões após detetar surto A China colocou em confinamento a cidade de Lanzhou, no centro do país e com quatro milhões de pessoas, devido ao aumento dos casos de covid-19 registado nos últimos dias, anunciaram hoje as autoridades. A Comissão Nacional de Saúde do país asiático notificou seis novos casos em Lanzhou, a capital da província de Gansu, diagnosticados nas últimas 24 horas. No total, há agora 51 casos ativos em Gansu, entre os quais 39 em Lanzhou, desde que o surto foi detetado, na China, em meados de outubro. Mais de 33.300 pessoas estão sob observação médica em todo o país. “O controlo da epidemia e a situação de prevenção em Lanzhou são sérios e complexos”, disseram as autoridades locais, em comunicado. Aquela decisão foi tomada para evitar que o surto se alastre ainda mais. A cidade vai lançar uma campanha de testes de ácido nucleico e confinar complexos residenciais, dos quais só será possível sair para comprar alimentos, receber tratamento médico ou participar das tarefas de controlo e prevenção contra o coronavírus. Quem entra e sai de casa deve apresentar no telemóvel um código de reconhecimento rápido (“QR code”) verde, que garante que a pessoa não está infetada ou não entrou em contacto com infetados. O último surto foi detetado na China em meados de outubro, como resultado da viagem de um grupo de reformados a áreas turísticas nas províncias de Gansu, Mongólia Interior (norte) e Shaanxi (centro). Segundo as autoridades sanitárias, o surto foi causado pela variante delta, considerada a mais contagiosa. A Comissão Nacional de Saúde informou hoje que existem agora 603 casos ativos em todo o país, 21 dos quais em estado grave. Apesar de 2.250 milhões de doses de vacinas já terem sido administradas entre a população chinesa de 1.411 milhões de habitantes, as autoridades continuam a seguir uma política de “tolerância zero” contra a doença, o que implica confinamentos seletivos e testes em massa contra o coronavírus nos locais onde são detetados surtos. O país asiático aplica ainda rígido controlo nas entradas no país. Quem viaja para a China tem de apresentar testes de anticorpos negativos antes de embarcar e cumprir um período de quarentena centralizada de pelo menos duas semanas. Segundo a Comissão Nacional de Saúde, 96.840 pessoas ficaram infetadas na China desde o início da pandemia, das quais 4.636 morreram.
Hoje Macau China / ÁsiaChina e Estados Unidos têm “amplo diálogo” sobre economia O vice-primeiro-ministro chinês Liu He e a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, tiveram hoje um “amplo diálogo” sobre economia, via videoconferência, informou a imprensa estatal chinesa. A agência noticiosa oficial Xinhua apontou que o diálogo se centrou em questões como a situação macroeconómica ou a cooperação multilateral, e foi “franco, prático e construtivo”. Ambas as partes concordaram que a recuperação económica global atravessa um “momento crucial” e que é importante que ambos os países “fortaleçam a coordenação e a comunicação sobre as suas políticas macroeconómicas”. A delegação chinesa expressou preocupação sobre as sanções e taxas alfandegárias impostas pelos Estados Unidos e o tratamento dado às empresas chinesas. Em comunicado, o Tesouro dos Estados Unidos revelou que Yellen também expressou preocupações dos Estados Unidos, sem avançar mais detalhes. Ambas as partes concordaram em continuar a dialogar no futuro. Em 09 de outubro, Liu reuniu-se com a Representante do Comércio dos EUA, Katherine Tai, numa reunião que foi também foi descrita pela China como “construtiva”. As relações entre Pequim e Washington deterioraram-se rapidamente nos últimos anos, face a atritos no comércio, tecnologia e Direitos Humanos. Após Joe Biden assumir a presidência norte-americana, em janeiro, os dois países tentaram aliviar as tensões, embora Washington tenha dado continuidade à política de sanções e vetos às empresas chinesas iniciada por Trump.
Hoje Macau China / ÁsiaÁsia teve o ano mais quente de sempre em 2020, conclui relatório da ONU A Ásia teve o ano mais quente de sempre em 2020, alertou hoje as Nações Unidas, antes da cimeira climática da COP26. No relatório anual sobre o estado do clima na Ásia, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) afirmou que toda a região tem sido afetada pelas alterações climáticas. “O clima extremo e as alterações climáticas na Ásia em 2020 causaram a perda de milhares de vidas, deslocaram milhões a mais e custaram centenas de biliões de dólares”, disse a OMM num comunicado. “O desenvolvimento sustentável está em risco. A insegurança alimentar e hídrica, os riscos para a saúde e a degradação ambiental estão a aumentar”, afirmou. No relatório, a OMM também faz um balanço das perdas económicas anuais devidas a riscos climáticos. Estes são estimados em 238 mil milhões de dólares na China, 87 mil milhões na Índia, 83 mil milhões no Japão e 24 mil milhões na Coreia do Sul. “Os riscos climáticos e meteorológicos, particularmente inundações, tempestades e secas, tiveram um impacto significativo em muitos países da região”, disse o Secretário-Geral da OMM, Petteri Taalas, citado na mesma nota. Em 2020, as inundações e tempestades afetaram cerca de 50 milhões de pessoas e causaram mais de 5.000 mortes. Estes números são inferiores à média anual das duas últimas décadas (158 milhões de pessoas afetadas e cerca de 15.500 mortes) “e refletem o sucesso dos sistemas de alerta precoce em muitos países asiáticos”, de acordo com a OMM. O ano passado foi o mais quente de sempre na Ásia, com a temperatura média 1,39 graus Celsius acima da média de 1981-2010. No final de junho de 2020, foram registados 38°C em Verkhoyansk, no nordeste da Sibéria, Rússia, que é provisoriamente a temperatura mais alta registada a norte do Círculo Ártico. Em 2020, as temperaturas médias das águas superficiais atingiram níveis recorde nos oceanos Índico, Pacífico e Ártico. No relatório observa-se também que as temperaturas à superfície do mar nos oceanos asiáticos estão a aumentar mais fortemente do que a média global. Por exemplo, o Mar Arábico e partes do Oceano Ártico aqueceram mais de três vezes a média. Os glaciares na Ásia estão a recuar a um ritmo acelerado e a OMM prevê que “a sua massa diminuirá em 20-40% até 2050, afetando a vida e a subsistência de cerca de 750 milhões de pessoas”.
Hoje Macau China / ÁsiaEx-Presidente sul coreano Roh Tae-woo morreu aos 88 anos O ex-Presidente sul-coreano Roh Tae-woo morreu hoje aos 88 anos, segundo o Hospital Universitário Nacional de Seul. A instituição hospitalar adiantou que Roh morreu enquanto estava a ser tratado por uma doença, mas não avançou mais pormenores. Roh liderou uma divisão do exército em Seul em apoio ao golpe militar de 1979 que fez do seu amigo do exército Chun Doo-hwan Presidente. O golpe e uma subsequente repressão militar contra os manifestantes pró-democracia em 1980 são dois dos capítulos mais negros da história moderna da Coreia do Sul. As revoltas pró-democracia em 1987 forçaram Roh e Chun a aceitar uma votação presidencial direta. Roh acabou por ganhar as eleições presidenciais mais tarde, em 1987. Após deixar o cargo admitiu ter acumulado uma fortuna que resultava de subornos e foi preso, tendo sido posteriormente perdoado numa tentativa de reconciliação nacional, passando os seus últimos anos fora da vista do público.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | China começa a vacinar crianças dos 3 aos 11 anos Crianças dos 3 aos 11 anos vão começar a receber vacinas contra a covid-19 na China, onde 76% da população foi já totalmente vacinada e as autoridades mantêm uma política de tolerância zero em relação ao coronavírus. Os governos locais, de nível municipal e provincial, em pelo menos cinco províncias, anunciaram recentemente que crianças dos 3 aos 11 anos vão ser chamadas para receber as vacinas. A expansão da campanha de vacinação ocorre numa altura em que várias regiões da China voltam a adotar medidas de prevenção, para tentar extinguir pequenos surtos. Gansu, uma província no noroeste cuja economia depende fortemente do turismo, encerrou todos os locais turísticos, após diagnosticar quatro novos casos de covid-19. Outros 19 casos foram detetados na região autónoma da Mongólia Interior. Residentes em algumas áreas foram obrigados a ficar em casa. No total, a Comissão de Saúde do país asiático informou hoje ter diagnosticado 35 novos casos de transmissão local nas últimas 24 horas. A China mantém uma política de tolerância zero em relação à pandemia, caracterizada por bloqueios, quarentenas e testes obrigatórios para o vírus. O país vacinou já 1,07 mil milhões de pessoas, entre uma população de 1,4 mil milhões. O governo está particularmente preocupado com a disseminação da variante delta, mais contagiosa, e quer ter um público amplamente vacinado antes das Olimpíadas de Pequim, em fevereiro. Os espectadores estrangeiros já estão proibidos e os participantes terão que permanecer numa ‘bolha’ que os separa das pessoas de fora. As províncias de Hubei, Fujian e Hainan emitiram avisos de nível provincial sobre novos requisitos de vacinação, enquanto cidades na província de Zhejiang e na província de Hunan também emitiram anúncios semelhantes. Em junho, a China aprovou duas vacinas – Sinopharm do Instituto de Produtos Biológicos de Pequim e Sinovac – para crianças com idades entre os 3 e 17 anos. Em agosto, os reguladores aprovaram outra vacina da Sinopharm, desenvolvida pelo Instituto de Produtos Biológicos de Wuhan. O Camboja usa já injeções da Sinovac e Sinopharm para crianças entre 6 e 11 anos. Os reguladores no Chile aprovaram a Sinovac para crianças a partir dos 6 anos. Na Argentina, os reguladores aprovaram a vacina da Sinopharm para crianças a partir dos 3 anos.
Hoje Macau China / ÁsiaXi Jinping defende “coexistência pacifica” no aniversário da adesão à ONU O Presidente chinês insistiu hoje na “coexistência pacífica” e defendeu que “ninguém deve ditar a ordem internacional”, numa crítica velada aos Estados Unidos, no discurso que assinalou o 50º aniversário desde que o país aderiu à ONU. “As regras internacionais devem ser desenvolvidas em conjunto pelos 193 membros da ONU. Nenhum poder ou bloco deve ditar a ordem internacional”, apontou Xi Jinping, citado pela agência noticiosa oficial Xinhua. O líder chinês acrescentou que o que o mundo precisa é de “mais cooperação regional e mecanismos multilaterais mais eficazes” para enfrentar os “desafios existentes”, entre os quais citou o terrorismo, as alterações climáticas e a cibersegurança. Ele também afirmou que a “China vai continuar comprometida com a paz” e que “respeitará a autoridade” das Nações Unidas. Xi pediu que “diferentes sistemas políticos” possam coexistir “pacificamente”, um dos mantras mais repetidos por políticos do país asiático, quando se referem às disputas com os Estados Unidos. Em 25 de outubro de 1971, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou a resolução 2.758 – com 76 votos a favor, 35 contra e 17 abstenções, além de 3 ausências – para reconhecer a República Popular da China como “o único representante legítimo da China nas Nações Unidas”. Desta forma, foram expulsos os nacionalistas do Kuomintang (KMT), que se estabeleceram em Taiwan, em 1949, após perderem a guerra civil contra os comunistas. Taiwan passou então a ter a designação oficial de República da China. Na década de 1990 o território realizou a transição para a democracia. A China insiste em “reunificar” a República Popular com a ilha e não descartou o uso da força para esse efeito. Taiwan, desde então, ficou de fora da ONU e de outras organizações sob pressão da China, com poucas exceções, como a Organização Mundial da Saúde, da qual participou como observador sob o nome de Taipé Chinês. No domingo, o Departamento de Estado dos EUA disse em comunicado que os seus representantes mantiveram conversas com o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Taiwan para “expandir a participação de Taiwan” nas Nações Unidas e em outros fóruns internacionais. O ex-embaixador chinês nos Estados Unidos Cui Tankai disse hoje que Pequim “nunca permitirá” que Taiwan participe da ONU e que “isso simplesmente vai contra a tendência da História”. Taiwan é uma das principais fontes de conflito entre Washington e Pequim, visto que os EUA são o principal fornecedor de armas da ilha e seriam o seu maior aliado militar em caso de uma guerra com a China.
Hoje Macau China / ÁsiaChina quer limitar o uso de combustíveis fósseis a menos de 20% até 2060 A China quer limitar o uso de combustíveis fósseis a menos de 20% até 2060, de acordo com o plano publicado este domingo e que estabelece os objetivos para atingir a neutralidade carbónica no país. O documento faz parte do objetivo expresso pelo Presidente chinês, Xi Jinping, de começar a reduzir as emissões poluentes até 2030, prevendo alcançar a neutralidade carbónica 30 anos depois. Os combustíveis não fósseis deverão representar cerca de 25% do consumo total de energia na China até 2030, de acordo com as metas agora divulgadas, uma semana antes do início da conferência internacional do clima (COP26), que vai decorrer em Glasgow, Reino Unido, de 31 de outubro a 12 de novembro. O Reino Unido é o anfitrião e preside, em parceria com a Itália, à 26.ª Conferência das Partes (COP) das Nações Unidas, que vai procurar por em prática as compromissos do Acordo de Paris, alcançado em 2015, de limitar o aquecimento global abaixo dos dois graus centígrados, de preferência a 1,5 graus centígrados. Em abril, o Presidente Xi Jinping referiu que o país controlaria os seus projetos de centrais termoelétricas, reduzindo gradualmente o seu consumo de carvão, uma fonte de energia particularmente poluente e que é responsável por cerca de 60% da produção de eletricidade. O Chefe de Estado chinês também garantiu, na Assembleia-Geral da ONU, em setembro, que o país iria cessar a construção de centrais de carvão no exterior. Porém, face à escassez de eletricidade que penaliza a recuperação, devido aos altos preços do carvão, do qual o país depende ainda maioritariamente para abastecer as suas centrais, a China caminha para aumentar sua produção de carvão em 6%. No início desta semana, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC) adiantou que 153 minas foram autorizadas desde o mês passado para aumentar sua capacidade de produção em 220 milhões de toneladas por ano.