Habitação para idosos | Ella Lei pede redução das rendas

Rendas mais baratas, continuidade dos descontos de 20 por cento para novos inquilinos e a resolução de problemas de ventilação e de qualidade da água. São estes os pedidos da deputada da (FAOM) para melhorar a qualidade de vida na habitação para idosos

Ella Lei defende que o Governo deve avançar com uma redução das rendas cobradas aos moradores das habitações para idosos. A posição da deputada ligada à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) foi tomada através de uma interpelação escrita, divulgada no portal da Assembleia Legislativa.

Quando anunciou o preço do aluguer das habitações para idosos, o Executivo apontou que iria variar entre 5.410 e 6.680 patacas por mês. Contudo, meses depois, foi adoptada uma política de descontos no valor de 20 por cento sobre o preço total, o que levou a que as rendas fossem reduzidas para montantes entre 5.096 patacas e 5.344 patacas por mês na Zona A da habitação para idosos. Na Zona B, os descontos fazem com que as rendas sejam de 4.840 patacas e 5.040 patacas. Enquanto na Zona C, as rendas o preço com descontos é de 4.584 e 4.808 patacas por mês, e na Zona D entre 4.328 e 4.536 patacas por mês.

Os descontos anunciados vão vigorar durante seis anos para os arrendatários, mas apenas se os contratos de arrendamento forem assinados até o final deste ano.

No entanto, Ella Lei considera que o preço ainda é considerado elevado por muitos dos idosos e pede reduções: “Muitos dos moradores indicaram que o preço do aluguer continua relativamente alto e que representa um encargo financeiro significativo”, justifica a deputada. “Além disso, com a actual queda dos preços do arrendamento no mercado privado, os montantes cobrados na habitação para idosos podem fazer com que essa habitação deixe de ser tão atractiva”, acrescentou. Neste sentido, Lei quer saber se há espaço para reduzir os preços com base “nos preços do mercado privado” e nas “condições financeiras dos residentes”.

A deputada pretende igualmente saber se o actual desconto de 20 por cento vai continuar a ser oferecido aos idosos que se mudarem para as residências no próximo ano, ao contrário do que está actualmente previsto.

Apostas nas instalações

Citando os dados oficiais, a deputada indica que actualmente há cerca de 1.500 idosos nas residências. Contudo, Ella Lei aponta que existem questões a necessitar de intevenção, ao nível das condições das habitações: “Alguns idosos revelaram-me preocupações sobre as condições de vida na habitação para idosos, relacionadas com a necessidade de melhorar a ventilação dentro dos apartamentos, assim como a necessidade de melhorar a qualidade da água”, revelou a deputada.

“Foram também feitas sugestões de oferecer serviços de limpeza, uma vez que muitos idosos têm problemas de mobilidade, pelo que não conseguem chegar aos lugares mais altos das habitações, para fazerem as limpezas”, acrescentou. Além destes problemas, a deputada indica que os moradores pretendem que haja mais serviços médicos nas residências e uma rede de transportes mais adequada, para facilitar as deslocações. Por isso, a legisladora quer saber se o Governo pode responder a estas necessidades.

18 Nov 2025

Governo sem planos para abrir creches na Zona de Cooperação

Actualmente, o Governo da RAEM não tem planos para abrir creches na Zona de Cooperação Aprofundada na Ilha da Montanha, devido às diferenças legais e políticas. A explicação consta da resposta a uma interpelação da deputada Song Pek Kei. A legisladora ligada à comunidade de Fujian defendia a abertura de uma creche segundo os modelos de Macau em Hengqin, como forma de facilitar a vida aos residentes que vivem no outro lado da fronteira, mas preferem o modelo educativo de Macau.

Song considerava que a abertura de uma creche do outro lado da fronteira seria ainda uma forma para levar mais residentes a mudarem-se para Hengqin. No entanto, o Instituto de Acção Social (IAS) não mostrou abertura para avançar nesse sentido, explicou Chan Un Tong, director da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), responsável pela resposta à deputada.

“O IAS afirma que, considerada a diferença entre as disposições legais e políticas relativas à abertura de creches no Interior da China e em Macau, e, em particular, a existência de uma divergência significativa nos requisitos de construção e definição de espaços interiores e exteriores, o Governo da RAEM não tem, na presente fase, planos para estabelecer creches na zona”, foi explicado. “Entretanto, já existem na Zona de Cooperação jardins-de-infância privados que seguem as normas do Interior da China, oferecendo cuidado infantil para os residentes de Macau que vivem na zona”, foi acrescentado.

Aposta na integração

No entanto, foi garantido que o “Governo da RAEM manterá contacto regular com os serviços competentes da Zona de Cooperação para optimizar as respectivas medidas, promovendo e implementando a iniciativa no sentido da integração Macau-Hengqin”.

Como forma de promover a maior integração de Macau no Interior foi ainda indicado que o “Governo da RAEM continuará a prestar atenção às diferentes componentes de bem-estar social na Zona de Cooperação, de modo a proporcionar maior conveniência aos residentes de Macau que aí vivem”.

18 Nov 2025

Saúde Mental | “Educação Vermelha” é aposta para lidar com “adversidades”

A Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) quer promover ensinamentos sobre a Guerra de Resistência contra a Agressão Japonesa com deslocações às bases de educação patriótica para reforçar a capacidade de resistência dos mais jovens contra as adversidades do quotidiano

A Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) considera que a aposta na educação sobre o Partido Comunista Chinês permite aos jovens aprenderem a lidar com as adversidades. A explicação consta da resposta a uma interpelação do deputado Ho Ion Sang, que defendia o aprofundar dos valores nacionalistas entre os jovens, para responder aos problemas de saúde mental.

A chamada “Educação Vermelha” passa por visitas de estudo a “bases” criadas para contar a versão oficial de episódios considerados fundamentais para o Partido Comunista Chinês, como a Grande Marcha ou a luta contra a invasão japonesa.

A prática tornou-se frequente no Interior e agora, mais recentemente, também em Macau, sendo entendida pelas autoridades como uma forma de promover a saúde mental dos jovens. No âmbito desta política, o Governo garante que vai continuar a promover mais visitas.

“A DSEDJ organiza ainda o pessoal docente para participar em visitas de estudo às ruínas históricas da Guerra de Resistência contra a Agressão Japonesa ou a bases de ‘educação vermelha’, orientando os alunos a divulgarem as virtudes tradicionais da China, tais como o espírito de persistência, perseverança, autovalorização e disponibilidade para ajudar os outros, para que, no momento da transmissão desta cultura excelente, elevem a sua capacidade de resistência perante as adversidades”, foi justificado.

A DSEDJ destacou também que “aproveita, de forma activa, os ricos recursos da educação patriótica do Interior da China” para organizar e financiar diferentes projectos de promoção e aprendizagem sobre a “cultura tradicional excelente chinesa” e viagens de finalistas que contaram com mais de 20 mil participantes e tiveram como destinos as “bases nacionais de demonstração da educação patriótica” e as “bases nacionais de popularização científica”.

Além do nacionalismo

Para além da abordagem nacionalista ao problema da saúde mental dos jovens, a DSEDJ garante que o Governo tem implementado outras medidas, como a criação do “Grupo de trabalho para o acompanhamento da saúde mental e física dos jovens – Caminhar com amor”, que envolve “associações educativas, instituições de aconselhamento aos estudantes do ensino superior e associações juvenis”.

A DSEDJ assegura igualmente que existe uma rede de apoio aos jovens com problemas mentais e que foi elaborada uma “Tabela de Identificação da Saúde Mental dos Alunos” com orientações de trabalho e que foi dada formação nas instituições de ensino para se conseguir “identificar, atempadamente, as necessidades psicológicas dos alunos”.

A DSEDJ indicou ainda ter lançado material didáctico sobre a saúde mental e incentivado as escolas a realizarem, mensalmente, aulas dedicadas a estes assuntos.

18 Nov 2025

Roadsport | Badaraco subiu ao pódio em dia de aniversário, mas acabou penalizado

Em dia de aniversário, Badaraco recuperou de um 17.º até chegar ao segundo lugar do pódio. Horas depois da festa, chegou a má notícia, com uma penalização a relegá-lo para 15.º. Já Rui Valente foi colocado fora de pista, depois de recuperar várias posições

Em dia de aniversário, Jerónimo Badaraco subiu ao segundo lugar do pódio da prova do Roadsport Challenge, depois de ter arrancado de 17.º. No entanto, o pior chegou depois, quando os três primeiros, todos pilotos locais, foram penalizados e relegados na classificação geral, por ultrapassarem antes da linha de partida, após a saída do safety car, outros carros que se despistaram.

O macaense teve assim um revés ao ser relegado para 15.º, depois de uma corrida quase perfeita: “Foi muito injusto e acho que os stewards não sabem o que estão a fazer”, afirmou Jerónimo. “Acho que a decisão não foi transparente. Após a saída do safety car, vários pilotos bateram nas barreiras… claro que nós pensámos que eles não iam continuar em prova, após aquelas batidas e tivemos de ultrapassá-los”, explicou. “E mesmo que nós tivéssemos parado ou abrandado face aos despistes desses pilotos, íamos criar uma situação muito mais perigosa para todos, porque os carros atrás de nós seriam surpreendidos com a nossa travagem, pelo que haveria mais acidentes”, justificou.

Ainda assim, o macaense garantiu ao HM que a penalização não lhe ia estragar o dia: “Eu vou continuar a aproveitar o dia, subi ao pódio, bebi o champanhe, tirei as fotografias… Mais taça, menos taça, vou é continuar a celebrar”, garantiu entre risos.

Horas antes, Badaraco já havia explicado que subir ao pódio na Guia “é um sentimento diferente” que justifica “em 80 por cento” a sua opção de pilotar há 26 anos.

O piloto mostrou-se ainda satisfeito com a prova, por considerar que ninguém lhe pode tirar o mérito do que alcançou na pista, ao subir de 17.º para 2.º: “Antes da corrida pensei muito em como ia abordar a partida, para recuperar posições, e estava confiante num bom resultado. O mais importante foi não ter desistido, depois da qualificação, e não ter deixado de acreditar que era possível chegar ao pódio”, explicou o macaense. “Sei que o Circuito da Guia tem sempre muitas mudanças ao longo da corrida, há muitos safety cars e bandeiras amarelas, e sabia que tinha a experiência, e também a calma, para conseguir aproveitar as oportunidades”, realçou.

“Estragaram-me a corrida”

Por sua vez, Rui Valente desistiu e mostrou-se desiludido, devido ao que considerou um excesso do piloto que o tentou ultrapassar por dentro, na curva de acesso à estrada de São Francisco. “Não sei o que passou na cabeça do piloto que me tentou ultrapassar. Não consigo perceber como é que ele viu um espaço que simplesmente não existia!”, desabafou Valente. “Fui colocado fora de prova. Quando tentei fazer a curva, ele tocou-me e pronto, fiquei com a traseira danificada e tive de voltar à box para abandonar”, relatou.

Quando aconteceu o toque que colocou o final à corrida, Valente estava a circular entre os 10 primeiros, mesmo depois de um arranque menos conseguido, após a saída do primeiro Safety Car. Apesar deste aspecto, o macaense chegou a acreditar que era possível alcançar um resultado entre os cinco primeiros: “Eu estava com bom ritmo, estava confiante e acho que ia conseguir um resultado entre os cinco primeiros…. São as corridas…”, lamentou.

O macaense fez ainda um balanço de um fim-de-semana “complicado” em que também esteve envolvido num outro acidente na sessão de treinos livres. “Para ser sincero não foi um dos fins-de-semana em que mais me diverti em Macau. Tive esse primeiro toque, que me condicionou a qualificação. Na corrida até estive bem, a ganhar posições, mas colocaram-me fora de pista…”, realçou.

Com 64 anos, Rui Valente admite agora que pode ficar de fora da próxima edição do Grande Prémio: “Com um modelo de qualificação para Macau tão difícil e depois com corridas com tantos acidentes, vou ponderar o que fazer no futuro”, confessou. “Não quero ficar parado, quero continuar activo e envolvido em diferentes actividades, por isso, se encontrar uma actividade que me ocupe e me faça sentir bem, talvez fique de fora das corridas no próximo ano”, contou.

Resultados

1.º Leung Tsz Wa Toyota GR86 40m09s237

2.º Adrian Chung Toyota GR86  a 0.148

3.º  Tsang Pak Yin Toyota GR86 a 0.407

(…)

15.º Jerónimo Badaraco Toyota GR86 a 29.061

Alto e Baixo

Alto

A prestação de Jerónimo Badaraco com a recuperação de várias posições mostra a importância que a experiência tem no circuito

Baixo

O safety car ficou em pista demasiadas voltas, o que reduziu em muito o tempo de corrida

17 Nov 2025

Curtas do Grande Prémio

Espectadores | Mais de 110 mil passaram pelas bancadas

Ao longo dos quatro dias do Grande Prémio de Macau mais de 110 mil pessoas passaram pelas bancadas do Circuito da Guia, um aumento em relação ao ano passado, que ficou marcado pela passagem de um tufão. Segundo os números oficiais, o bom tempo ajudou e na quinta-feira houve mais de 15 mil espectadores, na sexta cerca de 28 mil e no sábado 35 mil. Ontem, no dia das principais corridas, o número de espectadores ficou acima dos 32 mil.

Tabaco | Harmony Racing multada

A equipa Harmony Racing, do piloto Ye Yifei, foi multada em 500 euros, depois de um dos membros ter sido apanhado a fumar na garagem. De acordo com a sanção dos stewards, o membro da equipa estava a fumar, quando foi abordado pelos responsáveis. Ao ser apanhado, apagou imediatamente o cigarro, dentro de um copo, onde estavam outras cinco beatas.

Grande Baía | Lu Wenlong superiorizou-se

Lu Wenlong (Lotus Emira) foi o vencedor da Taça GT- Corrida da Grande Baía, terminando à frente de Han Lichao (Toyota GR Supra GT4 Evo2) e de Liu Kai Shun (Lotus Emira). O experiente Leong Ian Veng (BMW M4 GT4) foi o melhor piloto de Macau ao terminar no quarto lugar, muito perto do pódio. Naquela que admitiu ser a despedida da Guia, Darryl O’Young (Mercedes AMG GT4 EVO), que durante vários anos competiu na Taça GT, não foi além de uma desistência. O piloto de Hong Kong bateu com o Mercedes ao sair de frente na entrada para a subida de São Franciso.

Organização | Evento satisfatório

A coordenadora da Comissão Organizadora considerou que o evento decorreu de forma satisfatória e que contribuiu, em conjunto com os Jogos Nacionais, para criar um ambiente festivo em Macau. Lei Si Leng destacou a valia para o Grande Prémio das sete corridas do programa que disse ser maravilhoso.

Quando questionada sobre um eventual regresso da Fórmula 3, a responsável afirmou que a organização vai continuar a cooperar com a FIA para escolher as corridas que mais se adequem a Macau. Ao mesmo tempo, deixou a garantia de que o plano passa por continuar a receber pilotos em idade de formação e que se espera que se afirmem como o futuro do automobilismo.

17 Nov 2025

Taça GT Macau | Fuoco vinga desastre de 2024 e vence sem espinhas

O piloto italiano conseguiu finalmente levar o Ferrari ao lugar mais alto do pódio, e superou Raffaele Marciello, piloto com quem colidiu no ano passado na Curva do Lisboa, quando liderava, e que lhe valeu a desistência

Antonio Fuoco (Ferrari 296 GT3) foi o vencedor da Taça GT Macau, uma prova que dominou desde o início até ao final. O italiano vingou assim a desistência do ano passado, depois de ter sido obrigado a abandonar, quando liderava, após um toque com Raffaele Marciello (BMW M4 GT3), na Curva do Lisboa.

“Acho que é muito especial ganhar em Macau, principalmente depois do que aconteceu no ano passado. Mas isto faz parte das corridas, e o principal foi voltar neste ano, e conseguir fazer tudo bem”, afirmou Fuoco. “A equipa fez tudo para voltarmos e ganharmos (…) tentei fazer um arranque forte, e forçar muito na última curva para abrir uma vantagem para os restantes. Puxei muito e a certa altura ia perdendo o controlo do carro na Curva do Mandarim, mas correu tudo bem”, contou.

Fuoco elogiou ainda o novo formato da qualificação, com uma segunda sessão apenas para os melhores qualificados: “foi muito divertido, acho que foi uma boa mudança”, considerou.

Em segundo lugar, terminou Raffaele Marciello, que tinha vencido no ano passado, mas que nesta edição nunca mostrou andamento para ameaçar o domínio da Ferrari. No entanto, o suíço voltou a estar envolvido em toques, desta feita com Alessio Picariello (Porsche 911 GT3 R), que acabou nas barreiras.

“Tentei recuperar no início e quase que consegui (…) mas os Ferraris tiveram um bom começo e foi uma corrida difícil”, disse o piloto. “O carro estava muito complicado de conduzir, por isso a certa altura tive de mentalizar-me que o importante era chegar ao fim”, acrescentou.

Porsche com sortes distintas

A Porsche também assegurou uma presença no pódio, através do alemão Laurin Heinrich (Porsche 911 GT3 R). “Sabia que ao arrancar do oitavo lugar da grelha ia ser muito difícil recuperar, mas acho que fui beneficiado quando perdi uma posição na corrida de qualificação, porque assim fiquei no lado mais favorável na grelha de partida”, relatou.

Heinrich reconheceu também não ter andamento para conseguir mais do que o lugar mais baixo do pódio. “Eu tentei pressionar o Raffaele Marciello, mas senti que não tinha andamento para ele, por isso, sabia que só poderia fazer melhor se ele cometesse um grande erro, o que não aconteceu. A corrida passou assim também por garantir que não era pressionar atrás”, apontou.

Heinrich lamentou também o toque no colega de equipa Ayhancan Guven, que fez com que o turco ficasse fora de prova: “Por um lado estou contente com o pódio, mas também triste com o que aconteceu. Acho que o meu colega tinha um bom ritmo e merecia mais”, lamentou.

Alto e Baixo

Alto

Numa pista em que nem sempre é fácil fazer voltas lançadas, o novo modelo de qualificação traz mais emoção à prova

Baixo

Edoardo Mortara conhece o circuito da Guia como poucos, no entanto, a prova do italiano ficou marcada pela falta de ritmo do Lamborghini, erros do piloto e azares

Classificação

1.º Antonio Fuoco  Ferrari 296 GT3 27m29s598

2.º Raffaele Marciello BMW M4 GT3 a 3.960

3.º Laurin Heinrich  Porsche 911 GT3 R a 4.609

Ye Yifei fenómeno de popularidade

Ye Yifei (Ferrari 296 GT3) regressou a Macau, no ano em que se tornou o primeiro piloto chinês a vencer as 24 horas de Le Mans, o maior feito até agora do automobilismo do Império do Meio. Apesar de correr em Macau com licença italiana, o chinês foi recebido como herói nacional e foi um dos pilotos mais requisitados do paddock para tirar fotografias e dar autógrafos. O piloto ainda chegou a sonhar com a vitória, depois de arrancar do segundo lugar da grelha de partida, mas um arranque menos conseguido fez com que não fosse além do quinto lugar final. Nada que afectasse a sua popularidade, dado que após a corrida continuou a ser o mais requisitado entre os fãs.

17 Nov 2025

Motas | Todd coroado o Rei da Guia depois de recital de condução

Após um ano em que foi declarado vencedor sem corrida, Davey Todd mostrou que actualmente é o piloto mais rápido no Circuito da Guia, dominando ao longo de todo o fim-de-semana. No final, lamentou não ter estabelecido um novo recorde do circuito

Davey Todd (BMW M1000RR) foi o vencedor da 57.ª edição do Grande Prémio de Macau em Motos, num fim-de-semana em que não deu quaisquer hipóteses à concorrência. Após ter sido declarado o vencedor da edição do ano passado, sem que tivesse havido corrida por causa da chuva, o inglês regressou e tirou todas as dúvidas sobre o facto de ser actualmente o piloto mais rápido na categoria.

“Foi um resultado fantástico”, afirmou Todd, momentos após a vitória. “Sabia que tinha um bom ritmo, que estava forte, mas que o Peter também ia estar rápido na corrida. Felizmente, consegui forçar desde o início, ganhar uma vantagem significativa nas primeiras voltas, para no final apenas ter de gerir”, explicou.

Como aconteceu no ano passado, a chuva voltou a intrometer-se nos planos da organização e a qualificação, que originalmente estava agendada para a sexta-Feira de manhã, foi mudada para sábado, mesmo antes da prova principal.

Todd garantiu a pole-position e durante a prova nunca mais largou esse lugar, construindo volta-a-volta uma vantagem considerável, suficiente para cortar a meta em cavalinho.

No entanto, o vencedor lamentou não ter aproveitado o ritmo elevado de sábado para estabelecer um novo recorde do circuito. “Acho que fico desiludido com o facto de ter estado perto de bater o recorde do circuito, mas, durante a corrida, não sabia em que tempos estava a rodar. Estive muito perto, pelo que poderia ter batido esse recorde”, lamentou. “Mas estamos aqui para ganhar a corrida, não é para bater recordes, por isso o mais importante foi alcançado”, frisou.

Em recuperação

No segundo lugar, ficou o tetra vencedor em Macau Peter Hickman (BMW M1000RR), que na primeira volta teve de lidar com problemas com as mudanças. A recuperar de um grande acidente, o inglês arrancou de terceiro e aproveitou o erro de Erno Kostamo (BMW M1000RR), que saiu em frente na Curva do Lisboa, conseguindo o lugar intermédio do pódio.

No final, Hickman reconheceu ter um bom ritmo, mas estar longe da forma ideal: “Eu preciso de trabalhar mais no meu corpo, para ganhar a resistência. Nesta altura, tenho a força necessária, mas canso-me depressa. Vou ter de trabalhar no Inverno”, reconheceu Hickman.

O piloto admitiu ainda ter ficado assustado nas primeiras voltas com a condução de Erno Kostamo. “Para ser honesto fiquei um bocado assustado com a forma como Erno estava a correr, porque ele começou com um ritmo muito forte, mas também estava a cometer grandes erros”, revelou Hickman. “Felizmente ele não caiu, porque se ele caísse eu ia cair com ele. Isso também fez com que o deixasse ganhar alguma vantagem no início”, reconheceu. “Depois, quando ele saiu em frente na Curva do Lisboa, eu consegui ter pista livre, e consegui fazer a minha corrida”, indicou.

Corrida feliz

Erros à parte, o finlandês foi um dos grandes animadores da corrida. Partiu do segundo lugar, perdeu a posição no início e até à curva do Hotel Lisboa, ainda na primeira volta, conseguiu recuperá-la.

Depois, devido ao erro, caiu para o quinto lugar e em pouco mais de uma volta subiu para terceiro. Por isso, apesar dos incidentes, Kostamo afirmou estar feliz com o resultado: “Em três voltas forcei muito o andamento. É verdade que fiz um grande erro na Curva do Lisboa, ao falhar o ponto de travagem, o que foi uma loucura”, relatou. “Mas, estou feliz com o resultado e por ter estabelecido a volta mais rápida da corrida”, contou.

Classificação

1.º  Davey Todd BMW M1000RR 29m07s289

2.º Peter Hickman BMW M1000RR a 10.021

3.º Erno Kostamo BMW M1000RR a 24.706

Alto e Baixo

Alto

A prestação de Peter Hickman mostra que o piloto está em recuperação após o grave acidente sofrido

Baixo
O cancelamento da sessão de qualificação na sexta-feira de manhã voltou a reduzir o tempo de pista do Grande Prémio de Motas

17 Nov 2025

Roussel triunfa na F4, Cheong Man Hei foi 9.º e Tiago Rodrigues 11.º

Jules Roussel foi o vencedor da Fórmula 4, depois de uma das provas mais emocionantes do fim-de-semana, com o francês a ter de lidar durante várias voltas com o compatriota Rayna Caretti. Apesar de muito disciplinados durante a maioria do duelo, os dois acabaram por se envolver num toque que deixou Caretti fora de prova

“É fantástico ser o vencedor, ganhar em Macau era um dos meus sonhos. No passado vi a corrida na televisão várias vezes, e sei que é sempre muito traiçoeira, por isso estou muito feliz”, afirmou Roussel.

O piloto reconheceu também que durante o duelo com o compatriota sentiu momentos de frustração, apesar de admitir que para o público o duelo terá sido um bom espectáculo: “a corrida foi boa, mas eu estava um bocado frustrado com o duelo, porque sentia que tinha um ritmo elevado, e durante algum tempo não consegui ultrapassá-lo [Caretti]. Ele estava a defender-se muito bem”, explicou. “Felizmente, depois de passá-lo consegui aumentar o ritmo e manter a posição”, acrescentou.

No segundo lugar, depois de arrancar da pole, Emanuele Olivieri mostrou-se conformado, mas algo desiludido: “O resultado não é aquilo que eu pretendia, mas fiz o meu melhor”, desabafou. “Tive muitas dificuldades com o carro ao longo da última corrida e considero que tenho de estar feliz com o que consegui alcançar”, vincou.

Imune a frustrações, mesmo depois de uma penalização que o fez arrancar de 11.º, Rintaro Sato terminou no pódio. E no final o japonês admitiu toda a felicidade: “Comecei em 11.º num circuito em que é muito difícil ultrapassar, por isso estou feliz”, indicou. “Consegui ficar na pista, que é o mais difícil neste traçado e fico satisfeito com o resultado final”, concluiu.

Cheong Man Hei foi o melhor piloto de Macau, mesmo se não teve melhor ritmo que Tiago Rodrigues. Cheong terminou no nono lugar, enquanto Rodrigues ficou em 11.º.

Alto e Baixo

Alto

A ultrapassagem de Caretti a Roussel na Curva do Lisboa foi o melhor momento da corrida. Caretti apanhou o compatriota distraído, atrasou a travagem e passou por dentro

Baixo

Tiago Rodrigues esteve sempre rápido, mas estragou o fim-de-semana com um acidente na corrida de qualificação

Classificação

1.º Jules Roussel 31m16s409

2.º Emanuele Olivieri  a 1.258

3.º Rintaro Sato a 1.438

(…)

9.º Cheong Man Hei a 5.282

(…)

11.º Tiago Rodrigues a 5.782

17 Nov 2025

Macau consagrou Yann Ehrlacher como o campeão do TCR World Tour

Yann Ehrlacher (Lynk & Co 03 FL TCR) sagrou-se campeão do TCR World Tour no sábado, ao terminar a primeira das duas corridas do fim-de-semana em terceiro lugar. O piloto francês chegou ao Circuito na Guia em vantagem pontual, tinha como único adversário o colega de equipa Thed Bjork (Lynk & Co 03 FL TCR), e uma prova sem problemas foi suficiente para carimbar o título.

“Foi uma época muito boa para nós. No final houve muita pressão, mas o objectivo foi conseguido”, disse o recém-campeão, após a corrida de sábado. “Estava à espera que a corrida fosse um bocado mais emocionante, mas felizmente confirmei o título sem grandes sobressaltos”, admitiu.

Este não é o primeiro título de Ehrlacher nas categorias de Carros de Turismo, dado que em 2020 e 2021 tinha vencido a Taça Mundial de Carros de Turismo.

Corrida segura

Em relação à primeira corrida, Néstor Girolami (Hyundai Elantra N TCR) mostrou-se imbatível, dominando desde o arranque e sem ter sido verdadeiramente pressionado pelos adversários. Ehrlacher chegou a circular em segundo, mas deixou que Azcona (Hyundai Elantra N TCR) o ultrapassasse sem grande esforço, numa altura em que estava unicamente concentrado em garantir os pontos suficientes para assegurar o campeonato.

No final, o piloto argentino mostrou-se muito satisfeito com a primeira vitória do fim-de-semana: “Em Macau é fundamental conseguir ser rápido nos sectores número um e cinco. O meu carro estava bem, e eu sabia que se fosse rápido nessas zonas ia conseguir um bom resultado”, contou Girolami. “Fiquei muito feliz, porque a partir do meio da corrida comecei a sentir vibrações, o que me fez pensar que não ia conseguir ganhar. […] Mas também tínhamos ordens de equipa para correr de forma inteligente e evitar perder pontos”, admitiu.

Bis da Hyundai

A superioridade dos Hyundai no Circuito da Guia ficou provada na segunda corrida, com Josh Buchan (Hyundai Elantra N TCR) a garantir mais uma vitória para o construtor sul-coreano. Quando foi necessário, o australiano soube defender-se dos ataques do uruguaio Santiago Urrutia (Lynk & Co 03 FL TCR) e nunca pareceu verdadeiramente ameaçado. Seria o uruguaio a errar, o que fez com que os colegas de equipa Ma Qin Hua (Lynk & Co 03 FL TCR) e Thed Bjork (Lynk & Co 03 FL TCR) completassem o pódio na corrida de domingo.

“Estive lento no primeiro sector ao longo de todo o fim-de-semana. No resto do circuito estava bem, mas sentia-me lento no primeiro sector, enquanto os outros pilotos eram muito rápidos e claro muito talentosos”, explicou Buchan, no final. “Mas, depois, quando cheguei à liderança, estava determinado a fazer tudo para defender a posição e bloquear as trajectórias. Felizmente, tento sempre correr limpo e os outros pilotos também me trataram com muito respeito. Foi uma excelente corrida para todos”, acrescentou.

Quanto ao campeão, Yann Ehrlacher (Lynk & Co 03 FL TCR) teve uma segunda corrida para esquecer, inclusive saindo em frente na curva do Hotel Lisboa, o que não o impediu de terminar a prova. No entanto, o campeonato já estava garantido.

Alto e Baixo

Alto

Os participantes deram um bom espectáculo, com poucos acidentes e interrupções. Ao contrário do que muitas vezes acontece houve corrida

Baixo

Com o título em aberto havia a esperança de que o campeonato de pilotos fosse disputado até à última corrida, mas Ehrlacher, com todo o mérito, antecipou as celebrações

Classificação

Primeira Corrida

1.º Néstor Girolami (Hyundai Elantra N TCR) 25m21s264

2.º Mikel Azcona (Hyundai Elantra N TCR) a 0.562

3.º  Yan Ehrlacher (Lynk & Co 03 FL TCR) a 0.698

Segunda Corrida

1.º  Joshua Buchan (Hyundai Elantra N TCR) 25m32.673

2.º Ma Qin Hua (Lynk & Co 03 FL TCR) a 0.414

3.º Thed Bjork (Lynk & Co 03 FL TCR) a 1.991

17 Nov 2025

Fórmula Regional | Théophile Nael aproveita lotaria do Safety Car e vence Grande Prémio de Macau

Apesar de ter rodado a maior parte do tempo na luta pela liderança, Théophile Nael ultrapassou dois pilotos na última abordagem à Curva do Lisboa e selou a vitória na “montanha russa” da Guia

O francês Théophile Nael (KCMG Enya Pinnacle Motorsport) sagrou-se o vencedor da 72.ª edição do Grande Prémio de Macau, numa corrida em que esteve quase sempre a lutar pelo terceiro lugar e apenas assumiu a liderança momentos antes da entrada do último Safety Car.

Ao longo do fim-de-semana, Freddie Slater (SJM Theodore Prema Racing) e Mari Boya (KCMG Enya Pinnacle Motorsport) foram os mais rápidos do pelotão, mas o britânico bateu na barreira durante a corrida, e o espanhol não conseguiu defender-se naqueles que foram os derradeiros metros competitivos, antes da última entrada do Safety Car, que só voltou a sair da pista para os pilotos cortarem a meta.

“Sinto-me mesmo muito bem, mesmo muito bem! Quando as coisas não me correram como queria ao longo do fim-de-semana mantive-me calmo, porque estamos em Macau e tudo pode acontecer”, relatou Nael no final da corrida.

O francês recordou também a última volta competitiva, quando passou de terceiro para primeiro, ultrapassando Boya e Enzo Deligny. “Meti a sexta mudança, pé a fundo, e só olhei para a frente”, recordou. “Depois quando concretizei a ultrapassagem, tentei meter-me o mais possível para o interior da pista para fechar a porta aos adversários”, acrescentou.

As constantes mudanças de posição, e de liderança, levaram ainda o francês a considerar que a prova foi uma verdadeira “montanha russa”.

Resultado possível

Por sua vez, Mari Boya, segundo classificado, lamentou a posição, depois de liderar durante algumas voltas, e de um duelo intenso com Freddie Slater: “Eu queria ganhar, porque sei que as pessoas só se lembram do primeiro. Infelizmente quando a corrida recomeçou, após o último safety car, o slipstream estava demasiado forte e não havia nada que pudesse fazer para me defender”, admitiu. “Hoje não estou feliz, mas sei que amanhã, quando olhar para este fim-de-semana, não me vou sentir mal com a prestação”, reconheceu.

No terceiro lugar, ficou Enzo Deligny R-ACE, depois de uma corrida intensa, em que rodou sempre perto de Théophile Nael. No entanto, depois de ter partido de sexto, o franco-chinês mostrou-se satisfeito com o resultado: “Comecei em sexto e consegui aproveitar as entradas do safety car para subir até ao pódio. Como não tinha carro para ser muito mais rápido fico muito feliz com este resultado”, afirmou.

Alto

A ultrapassagem de Nael a Boya e Deligny foi um dos momentos mais emocionantes do fim-de-semana e uma prova de determinação

Baixo

Fredy Slater foi muito regular e rápido, mas na corrida final começou por posicionar o carro mal na grelha de partida e depois cometeu o erro que o obrigou a desistir

Classificação

1.º Théophile Nael  KCMG Enya Pinnacle Motorsport 43m01s466

2.º Mari Boya  KCMG Enya Pinnacle Motorsport a 0.250

3.º Enzo Deligny R-ACE a 1.130

17 Nov 2025

Fórmula Regional | Freddie Slater foi o mais rápido na qualificação e tem pole provisória

Freddie Slater (SJM Theodore Prema Racing) está na pole-position provisória para a Corrida de Qualificação do Grande Prémio de Macau, depois de ter sido o piloto mais rápido na primeira sessão de qualificação.

Numa sessão com duas bandeiras vermelhas, mas em que os pilotos tiveram oportunidade de rodar durante longos períodos, o britânico fez a volta mais rápida em 2m15s708. No final, Slater fez um balanço positivo do resultado, sem esquecer que ainda está tudo em aberto: “Não foram as voltas mais fáceis, mas o objectivo era fazer muitas voltas e ir ajustando o carro. Consegui um bom resultado, mas ainda temos mais voltas de qualificação amanhã”, realçou.

Slater admitiu também que no regresso a Macau o objectivo é ganhar, o que acredita ser possível, dado que, ao contrário do ano passado, a chuva ainda não apareceu. “No ano passado foi tudo mais caótico por causa da chuva. Mas começamos bem este ano, porque conseguimos fazer voltas consistentes e ir melhorando volta-a-volta. Acho que este ano estou a disfrutar mais”, acrescentou.

Sobre o regresso a Macau, Slater destacou também que com mais experiência pode alcançar a consistência que lhe faltou no ano passado.

No segundo lugar, Enzo Deligny (R-ACE GP) destacou a possibilidade de fazer várias voltas ao longo do dia de ontem e considerou estar na corrida pela pole-position. “Foi uma boa sessão de qualificação, não houve muitas bandeiras vermelhas e conseguimos ir melhorando”, contou. “Amanhã [hoje] ainda vamos todos melhorar”, frisou.

Por sua vez, Mari Boya (KCMG Enya Pinnacle Motorsport) também se mostrou satisfeito com a sessão, embora lamentasse que as bandeiras vermelhas tivessem surgido numa altura em que estava a rodar com bom ritmo: “Foi uma boa sessão. Pena que as bandeiras vermelhas fossem mostradas quando estava com bom ritmo, mas acho que temos uma boa equipa e estamos bem”, afirmou. “Temos tudo para ser competitivos”, concluiu.

Em termos das cores de Macau, Charles Leong Hon Chio (SJM Theodore Prema Racing) não foi além do 20.º tempo, com um registo de 2m18s000, longe dos concorrentes da frente.

Qualificação 1

1.º Freddie Slater (Theodore Prema Racing) 2m15s708

2.º Enzo Deligny (R-ACE GP) 2m16s016

3.º Mari Boya (KCMG Enya Pinnacle Motorsport) 2m16s029

(…)

20.º Charles Leong (SJM Theodore Prema Racing) 2m18s000

Rui Marques numa posição diferente

Depois de ter sido o Director de Corrida da primeira edição da Taça do Mundo de FR da FIA, Rui Marques está a cem por cento focado no Mundial de Fórmula 1, onde exerce essas funções desde o Grande Prémio de Macau do ano passado. Contudo, o experiente português regressou a Macau este ano para exercer as funções de conselheiro para a prova.

Recorde-se que Rui Marques tem uma vasta experiência no Circuito da Guia, dos carros de Turismo até aos fórmulas. No lugar de Director de Corrida da Taça do Mundo de FR da FIA, está este ano o britânico Simon Gnana-Pragasam, que desempenha esta função nos Campeonatos de Fórmula 2 e de Fórmula 3 da FIA.

14 Nov 2025

Alguns destaques do Grande Prémio de Macau

F4 | Brasileiro KO

Ethan Nobels vai estar ausente da primeira edição da Corrida de Fórmula 4 de Macau – Taça do Mundo de F4 da FIA. O único piloto brasileiro inscrito no 72.º Grande Prémio de Macau sofreu um violento acidente na prova do Campeonato do Brasil de Fórmula 4, disputada no circuito de Interlagos, durante o Grande Prémio do Brasil de Fórmula 1. O jovem piloto de 16 anos sofreu uma concussão e uma contusão pulmonar e estará afastado das pistas durante dois a três meses.

Taça GT | Vanthoor com acidente do dia

O belga Vanthoor proporcionou o acidente do dia de ontem, depois de perder o controlo do Porsche 911 GT3 R na Curva do Hotel Mandarim. O piloto saiu largo da curva, e entrou em pião, ainda durante a primeira sessão de treinos livres. Como consequência do acidente, o experiente piloto ficou afastado da segunda sessão de treinos livres, mas deverá continuar em prova.

F4 | Tiago Rodrigues terminou sessão em 14.º

Tiago Rodrigues terminou a sessão de ontem de treinos livres de Fórmula 4 no 14.º lugar, com um tempo de 2m31s697. O piloto de Macau ficou a cerca de sete décimas do mais rápido, o japonês Kean Nakamura-Berta, que percorreu o Circuito da Guia em 2m27s776. O piloto local conseguiu completar oito voltas na sessão da manhã de ontem, conseguindo o melhor registo durante a quarta volta. O segundo mais rápido foi o italiano Emanuele Olivieri (2m28s601) e no terceiro lugar ficou o argentino Gino Trappa (2m28s883).

Merchandising | Corrida começou às 5h

À semelhança dos anos mais recentes, os fãs do merchandising do Grande Prémio responderam à “chamada” e a fila para comprar as miniaturas ou roupas começou a ser feita pelas 5h, largas horas antes dos carros e motas irem para a pista. Como se tornou uma tradição dos anos mais recentes, as decorações do carro de Adderly Fong com as personagens da marca japonesa Sanrio são as mais populares. Este ano, o piloto de Hong Kong decorou o Audi R8 LMS com a personagem Cinnamonroll, mas o sucesso manteve-se. Largas fila, produtos esgotados e vendas por pessoas limitadas a um certo número de produtos, para evitar a especulação.

Motas | Davey Todd o mais rápido dos treinos livres

Davey Todd (BMW M1000RR) estabeleceu o tempo mais rápido de ontem na primeira sessão de treinos livres. A marca de 2m26s210 permitiu a Todd superiorizar-se ao colega de equipa Peter Hickman (BMW M1000RR), cujo melhor tempo foi de 2m28s451.

No terceiro lugar ficou Rob Hodson (Honda CBR1000RR) com um tempo de 2m28s824, tendo sido o primeiro piloto não BMW. Os pilotos das motas foram os primeiros a ir para a pista no dia de ontem e conseguiram rodar durante longos períodos. Don Gilbert (Suzuki GSXR 1000) foi o piloto que acumulou mais tempo na pista, com 17 voltas completas. No entanto, o também britânico ficou longe dos melhores classificados, não ido além do 16.º lugar, com um registo de 2m40s355.

14 Nov 2025

Roadsport | Badaraco e Valente partem com expectativas de um bom resultado

Apesar da qualificação difícil e com um andamento longe da frente, os macaenses voltaram a conseguir a presença no Circuito da Guia e ambicionam andar entre os pilotos mais rápidos na corrida de amanhã

Um fim-de-semana especial em que Jerónimo Badaraco (Toyota GR86) e Rui Valente (Subaru BRZ) arrancam com expectativas de conseguirem um bom resultado e a sonharem com o pódio. Os macaenses são dois dos nove pilotos de Macau que conseguiram o apuramento para participar na corrida do Roadsport Challenge. Ao HM, Rui Valente mostrou-se feliz e entusiasmado por regressar ao Circuito da Guia, mantendo a meta principal de sempre: “acabar a corrida”.

No entanto, admitiu que pode conseguir algo mais: “Claro que o objectivo é sempre acabar, e quanto mais à frente melhor”, explicou. “Mas, como sempre, gostava de ir ao pódio e acho que estou com carro para isso. O carro evoluiu bastante, e está muito melhor em comparação com o ano passado, não só a nível da afinação, mas em todas as áreas”, acrescentou.

No ano passado Rui Valente terminou a corrida com um sétimo lugar. Porém, acredita que este ano todo o plantel vai estar mais rápido: “Acho que com as evoluções que os carros tiveram que vamos ter uma corrida mais rápida do que no ano passado”, deixou como antevisão.

Por sua vez, Jerónimo Badaraco começou por indicar que o primeiro objectivo passa por garantir que tudo “corre bem”. Conseguindo esse objectivo, vai pensar em subir ao pódio. No entanto, mesmo que os resultados fiquem aquém do esperado, o macaense não se deixa abalar: “Se não conseguir também não faz mal. O mais importante acaba por ser disfrutar de competir no Circuito de Guia”, vincou.

Badaraco chega a Macau depois de competir na Hyundai Cup, em Xangai, e de participar nas qualificações para a corrida da Guia. “Fiz uma sessão de treinos e fiz quatro corridas. São só quatro corridas, mas como no ano passado também conduzi o carro acho que estou habituado”, afirmou.

Apesar do optimismo inicial, os dois pilotos locais tiveram um arranque difícil. Na sessão de qualificação que definiu a ordem de partida para a corrida de amanhã, tanto Badaraco (17.º) como Valente ficaram na segunda metade da grelha de partida (25.º). Na pole-position ficou Damon Chan (Toyota GR86), piloto de Hong Kong.

Modelo difícil

Os 32 pilotos que vão disputar a corrida do Roadsport Challenge foram escolhidos depois de participarem numa ronda de qualificação no Interior, que contou com mais de 60 pilotos. No final, apenas nove pilotos de Macau conseguiram a qualificação para correr na Guia. Rui Valente considerou que é necessário mudar o modelo de qualificação para o Grande Prémio, também a pensar nos pilotos mais jovens.

“Este modelo actual é ingrato porque muitos pilotos nem sequer conseguem pontuar. E os mais novos acabam por ser mais prejudicados. Como são muitos carros em pista ao mesmo tempo, há muita gente desesperada para conseguir pontuar e acabam por surgir muitos acidentes. O apuramento acaba assim por ser mais uma lotaria, do que verdadeiramente com base no mérito”, explicou. “Mesmo para os pilotos mais experientes é muito difícil a qualificação. Por isso, se pensarmos nos mais jovens, eles são os mais prejudicados com este modelo”, concluiu.

Badaraco também lamentou o menor contingente local, e destacou a importância para os pilotos de Macau de estarem presentes no circuito da Guia: “O Grande Prémio de Macau é muito especial para nós. Temos sempre muitos amigos e a família presentes, temos o apoio das pessoas e depois as corridas são transmitidas na televisão. Por isso, é um circuito muito especial. É um palco muito importante para nós!”, contou.

Todavia, a competição é cada vez mais desigual: “Acho que os pilotos de fora conseguem estar em melhores condições, porque quando sabem qual é o circuito onde vamos fazer as qualificações, eles conseguem fazer testes nesse circuito mais cedo”, apontou. “Para os locais, principalmente os mais velhos, está cada vez mais difícil. E o resultado está à vista. Temos menos pilotos locais a competir”, lamentou.

Pela igualdade de apoios

Rui Valente e Jerónimo Badaraco são dos pilotos locais com mais experiência no Circuito da Guia. No entanto, na hora de serem atribuídos apoios públicos, esse facto acaba por ser prejudicial. Actualmente, os pilotos locais com menos de 35 anos que conseguem a qualificação para correr em Macau podem receber cerca de 300 mil patacas em apoios públicos. Se os pilotos com menos de 35 anos falharem a qualificação, o montante fica abaixo desse valor, mas perto das 200 mil patacas.

No entanto, os pilotos com mais de 35 anos só recebem cerca de 80 mil patacas, contou Rui Valente ao HM. Na perspectiva dos dois macaenses não faz sentido esta diferenciação apenas com base na idade. Valente e Badaraco consideram assim que este modelo deve ser alterado.

14 Nov 2025

Educação | Escola Luís Gonzaga Gomes geminada com Escola de Cacilhas-Tejo

Com vista a reforçar a formação de quadros qualificados bilingues, a Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) anunciou um acordo de geminação entre a Escola Secundária Luso-Chinesa de Luís Gonzaga Gomes, a Escola Secundária n.º 6 de Guangzhou e a Escola Secundária de Cacilhas-Tejo, em Portugal. A informação foi divulgada ontem através de um comunicado da entidade que regula o ensino.
“Esta iniciativa dá um novo impulso ao ensino da língua portuguesa e à formação de quadros qualificados bilingues em chinês e português ao nível do ensino não superior”, considerou a DESDJ. “A iniciativa integra um ensino da língua portuguesa com imersão cultural e aplicação na vida quotidiana, a fim de aumentar o interesse dos alunos pela aprendizagem e as suas competências práticas”, foi acrescentado.
O acordo foi igualmente explicado com o facto de a DSEDJ pretender “articular-se activamente com a construção da iniciativa Uma Faixa, Uma Rota do País e reforçar ainda mais o papel de Macau na ligação entre o interior e o exterior”.

Mais intercâmbios
De acordo com as autoridades locais, o acordo vai “alargar ainda mais os canais de intercâmbio da língua portuguesa ao nível do ensino não superior”, com intercâmbios entre docentes e alunos “na aplicação da língua portuguesa e na compreensão cultural” para “melhorar a proficiência na língua portuguesa entre os alunos do ensino primário e secundário de Macau”.
Os intercâmbios vão concretizar-se através de sessões de “estudo online e in loco da língua portuguesa” e ainda de “sessões de partilha de experiências pedagógicas para docentes, bem como actividades temáticas culturais sino-portuguesas”.
Ao mesmo tempo, espera-se que as novas parecerias levem a uma “integração mútua de recursos didácticos da língua portuguesa entre Macau, o Interior da China e os Países de Língua Portuguesa no âmbito do ensino não superior”, com vista a elevar a qualidade dos qualificados bilingues em chinês e português em Macau.
Este poderá não ser o único acordo, dado que a DSEDJ promete continuar a aproveitar o papel de Macau. “A DSEDJ continua a aproveitar as vantagens de Macau na sua conectividade com o exterior, promovendo activamente a geminação de escolas de Macau com as do Interior da China e do exterior, para ampliar os intercâmbios externos”, foi prometido.

13 Nov 2025

Cooperação | Pedido calendário para circulação no Interior

Leong Sun Iok pretende que o Governo anuncie o calendário para implementar a medida a permitir que os veículos de Macau autorizados a circular na Ilha da Montanha possam igualmente ser conduzidos em toda a província de Cantão. O assunto faz parte de uma interpelação escrita divulgada ontem pelo gabinete do deputado ligado à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM).
O legislador recorda que o assunto não é novo e que no passado as autoridades locais prometeram que os veículos de Macau autorizados a circular na Zona de Cooperação de Hengqin iriam poder, num futuro próximo, entrar em toda a província de Guangdong.
No entanto, a medida depende das autoridades do Interior e nunca mais se registou qualquer informação sobre este aspecto. “Com o fim do ano a aproximar-se, recomenda-se que seja estabelecido um calendário claro e com medidas específicas de implementação para que os veículos de Hengqin possam circular para Guangdong”, defende Leong.
O legislador avisa também que com a circulação em toda a província de Cantão, os carros que já estão autorizados a circular em Hengqin vão precisar de actualizar o seguro, para garantir a cobertura a toda à província. Em relação a este aspecto, Leong sugere a adopção de uma política do “reconhecimento de equivalência” para que os seguros passem automaticamente a abranger não só Hengqin, mas toda a província.

Muito trânsito
Em relação à situação do trânsito entre Macau e a Ilha da Montanha, Leong Sun Iok pediu mais atenção ao Governo sobre as horas de ponta em que “ainda ocorrem congestionamentos”.
Estes congestionamentos, explica o deputado, devem-se ao facto de o software das autoridades do Interior ser classificado como lento, mas também pelo facto de serem poucas as vias de circulação abertas, face à procura pelos veículos locais. Leong pede assim que o Governo de Macau pressione o Interior para alterar esta situação. “Embora tenham sido adicionadas faixas adicionais no Porto de Entrada de Hengqin, ainda ocorrem congestionamentos durante as horas de pico devido ao aumento do volume de veículos que circulam entre Hengqin e Macau. Além disso, o actual sistema de inspecção de passagem da fronteira continua a ser relativamente lento, afectando a eficiência”, apontou. “Dada esta situação, o Governo pode negociar com as autoridades do continente para adicionar mais faixas e actualizar o sistema?”, questiona.
Sobre as mudanças, Leong indica que são necessárias por haver cada vez mais residentes interessados em viver e trabalhar na Zona de Cooperação. “De acordo com os dados mais recentes, em Setembro deste ano, o número de residentes de Macau empregados, residentes e a viver na Zona de Cooperação atingiu 29.714, o que representa um aumento de 18,4 por cento em relação ao ano anterior”, aponta. Além disso, houve 1,6321 milhões de travessias da fronteira nos primeiros nove meses do ano de veículos de Macau autorizados a circular em Hengqin, um aumento de 45,2 por cento em relação ao ano anterior.

13 Nov 2025

Função Pública | Governo nega intenção de alargar horários

O Governo negou ontem o que afirmou serem “falsos rumores” divulgados nas redes sociais sobre a possibilidade de alargar o horário de trabalho da Função Pública e de alterar as regras de aposentação. A mensagem foi deixada através de um comunicado divulgado na manhã de ontem.
“Actualmente, o Governo da RAEM não tenciona alterar o horário normal de trabalho da Administração Pública, nem pretende introduzir alterações ao regime de aposentação e sobrevivência e ao regime de previdência dos trabalhadores dos serviços públicos, sendo também infundados os demais rumores”, foi garantido.
Além disso, a nota de imprensa da Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública (DSAFP) assegura que nenhuma alteração do género vai ser promovida sem que haja uma “auscultação dos diversos sectores da sociedade”. “O Governo da RAEM salienta que, como a prática seguida, qualquer alteração ao regime jurídico que rege os trabalhadores dos serviços públicos é precedida da devida auscultação dos diversos sectores da sociedade, incluindo as opiniões dos trabalhadores dos serviços públicos”, foi comunicado.
A nota de imprensa apela “ao público” e aos trabalhadores da função pública que “não acreditem em rumores nem transmitam notícias ainda não confirmadas”.

Sem investigação criminal
Horas depois do desmentido, Wong Sio Chak, secretário para a Administração e Justiça e porta-voz do Conselho Executivo, também abordou a polémica. Quando questionado sobre o assunto, o governante considerou que o assunto tinha sido clarificado pela nota de imprensa e afirmou que o Governo não tem qualquer intenção de investigar criminalmente a origem dos rumores.
Wong Sio Chak, segundo o jornal Ou Mun, deixou também a garantia de que caso haja no futuro planos para alterar os horários da função pública ou outros assuntos relacionados com as pensões dos trabalhadores públicos, será levada a cabo uma auscultação “abrangente” da população e em especial dos funcionários públicos.

Tempo de mudanças
Os rumores nasceram a poucos dias da apresentação das Linhas de Acção Governativa (LAG), com Sam Hou Fai a deslocar-se à Assembleia Legislativa na próxima terça-feira, para apresentar as políticas para o próximo ano.
Nos últimos anos, os diferentes Governos têm insistido na necessidade de reformar a Administração Pública, para aumentar a eficiência e modernizar os serviços.
No âmbito destes objectivos, uma das primeiras medidas de Sam como Chefe do Executivo foi a criação do chamado Grupo de Liderança da Reforma da Administração Pública, o que foi igualmente justificado com a necessidade de implementar “os espíritos consagrados no importante discurso do Presidente Xi Jinping proferido na celebração do 25.º aniversário do retorno de Macau”.
Também a 30 de Setembro, o Conselho Consultivo para a Reforma da Administração Pública realizou uma reunião que visou a revisão do Decreto-Lei com as Bases gerais da estrutura orgânica da Administração Pública.
No entanto, estes grupos nunca tinham adiantado a possibilidade de os horários serem alterados a curto prazo, assim como não foi abordada a possibilidade do regime de aposentação ser alterado.

13 Nov 2025

Festival de Gastronomia | Seguro paga estragos por queda de estrutura

Chan Chak Mo, presidente da Comissão de Organização do Festival, assegura também que estão reunidas todas as condições para o arranque do evento na sexta-feira

Apesar da queda de uma estrutura de aço ligada ao Festival da Gastronomia, o presidente da Comissão de Organização, Chan Chak Mo, garante que o evento vai decorrer dentro da normalidade e arrancar na sexta-feira, como inicialmente previsto. A posição foi tomada em declarações ao jornal Ou Mun, depois da queda da infra-estrutura com os carateres em chinês do festival que causou danos em nove veículos.

Nas declarações prestadas, Chan Chak Mo realçou que o caso não resultou em feridos e que segundo as conclusões da polícia a estrutura cedeu devido ao forte vento que se fez sentir naquela zona.

Além disso, os organizadores consideram que o acidente se deveu ao facto de o empreiteiro responsável pela montagem no evento não ter criado os apoios suficientes que garantissem a segurança da estrutura. Face a estas falhas, os organizadores pediram ao empreiteiro para corrigir a situação.

Quanto aos estragos, Chan explicou que a União das Associações dos Proprietários de Estabelecimentos de Restauração e Bebidas de Macau, responsável pelo evento, accionou o seguro e que espera que os donos dos veículos sejam compensados.

O ex-deputado Chan Chak Mo assegurou também que todas as condições de segurança do evento estão reunidas, pelo que não espera um impacto a nível da participação dos residentes e turistas. O evento decorre entre sexta-feira e 30 de Novembro.

Em resposta ao canal chinês da Rádio Macau, a Direcção dos Serviços de Turismo apontou que depois de ser informada do caso, enviou imediatamente funcionários ao local para conhecer a situação e comunicar com os representantes da União das Associações dos Proprietários de Estabelecimentos de Restauração e Bebidas de Macau e com o empreiteiro. A organizadora ficou obrigada a entregar um relatório do acidente e um relatório de acompanhamento face aos pedidos de compensação.

 

Danos variados

O polémico acidente aconteceu na manhã de segunda-feira, por volta das 11h, junto à Praça do Lago Sai Van, quando a estrutura de aço com uma área de cerca de 30 metros de comprimento por 7 metros de altura tombou e caiu em cima de oito motos e um carro.

Apesar de não existir o registo de qualquer ferido, a queda causou danos em motas e num carro que estavam estacionados naquele lugar. A parte dianteira do carro ficou amassada e oito motos foram atingidas.

Ao canal chinês da Rádio Macau, um proprietário de uma das motos destruídas lamentou o acidente que definiu como “um desastre indesejado”. O residente com o apelidou Chou relatou ainda que deixou a moto estacionada no local por volta das 10h30. Depois de saber do acidente, o residente afirmou sentir-se “desamparado” e angustiado, porque ainda não tinha conhecimento da dimensão dos danos do seu veículo, uma vez que na altura em que prestou as declarações a mota ainda estava debaixo da infra-estrutura.

Chou apontou também que muitas pessoas utilizam aquela zona para correr e que foi uma sorte ninguém ter sido ferido.

12 Nov 2025

Imobiliário | Compra e venda de habitação cresce 43%

Apesar da maior actividade do mercado em termos anuais, os preços continuam em queda em termos mensais, com os números a revelarem tambémuma diminuição das transacções

 

Na primeira metade de Outubro, o volume de compra e venda de habitação aumentou 43 por cento em termos anuais, de acordo com os dados mais recentes da Direcção de Serviços de Finanças (DSF). Na primeira quinzena de Outubro, foram registadas 114 transacções, quando há um ano o número tinha sido de 80.

O mercado mais activo foi o da Península de Macau, com 82 transacções, o que representou mais 20 compras e vendas em termos anuais. Como tradicionalmente acontece, seguiu-se o mercado da Taipa, que registou 21 negócios concluídos, um acréscimo anual de sete transacções, e Coloane, com 11 transacções, uma expansão de sete compras e vendas.

No entanto, os números mais recentes revelam que o preço do metro quadrado está em quebra, com uma redução de 16,0 por cento. No início de Outubro, o preço do metro quadrado foi negociado a uma média de 73.632 patacas, enquanto há um ano era negociado a 87.668 patacas.

Segundo os últimos dados, na Península de Macau o preço médio do metro de quadrado foi de 76.726, uma redução de 7 por cento por cento face ao período homólogo. Na Taipa, o preço foi de 61.116 patacas por metro quadrado, uma redução de 25,9 por cento, e em Coloane caiu para 76.632 patacas, uma diminuição de 28,5 por cento.

 

Momento de contrastes

Em termos mensais, a situação é diferente, porque foram registadas quebras a nível do número de transacções e do preço.

No início de Setembro, tinham sido registadas 127 transacções, o que significa que mensalmente houve uma redução de 13 transacções, ou 10,3 por cento. No princípio de Setembro, foram registadas 102 compras e vendas na Península, 21 na Taipa e quatro em Coloane.

Em termos do preço médio por metro quadrado, no espaço de um mês verificou-se uma redução de 6 por cento, de 78.418 patacas para 73.632 patacas.

No entanto, a queda não foi comum a todos os mercados locais. A excepção foi a área de Coloane, onde se registaram mais transacções e com um preço médio mais caro. Nesta zona, houve um aumento de 13,8 por cento, de 75.292 patacas por metro quadrado para 85.643 patacas por metro quadrado.

Na Taipa, o preço caiu de 92.638 patacas por metro quadrado para 61.116 patacas, uma redução de 34,0 por cento, apesar de o número de transacções se manter estável. Finalmente, no principal mercado local, a Península assistiu a uma quebra do preço de 2,8 por cento.

12 Nov 2025

Apoios sociais com corte de 1% até ao final de Outubro

Até ao fim de Outubro, o montante gasto pelo Governo com transferências, apoios e abonos apresenta uma redução de 1,1 por cento que equivale a cerca de 500 milhões de patacas. De acordo com os números divulgados ontem pela Direcção de Serviços para as Finanças (DSF), até ao final de Outubro, o Governo gastou 43,6 mil milhões de patacas com apoios sociais, quando até Outubro de 2024 tinha gasto 44,1 mil milhões de patacas.

O montante gasto nos primeiros 10 meses representa uma execução de 70,8 por cento do orçamento para apoios sociais para todo o ano, estimado em 58,7 mil milhões de patacas.

A distribuição de apoio sociais é a única despesa corrente da Administração com cortes, dado que os outros campos, como as despesas com o pessoal, despesas de funcionamento, despesas com a prestação de serviços de utilidade pública e com o regime de aposentação e sobrevivência apresentam gastos superiores aos de 2024. Para o corte, terá contribuído o facto de o programa de comparticipação pecuniária ter deixado de ser entregue a todos os residentes.

As despesas correntes foram de 61,6 mil milhões de patacas nos primeiros 10 meses do ano.

 

Em contraciclo

Os cortes com os apoios sociais acontecem numa altura em que o montante dos impostos está a subir. A dois meses do final do ano, as receitas correntes atingiram 92,6 mil milhões de patacas, um aumento face aos 89,6 mil milhões de patacas em receitas até Outubro de 2024.

A maioria das receitas correntes teve como origem os impostos sobre o jogo que atingiram 77,5 mil milhões de patacas, um aumento face aos 73,0 mil milhões de patacas no período homólogo.

Considerando todas as receitas e despesas da Administração, correntes e de capital, o orçamento da RAEM apresente um superavit de 17,3 mil milhões de patacas. No final de Outubro de 2024, o superavit era de 14,3 mil milhões de patacas e o ano encerrou com um saldo positivo de 15,6 mil milhões de patacas.

12 Nov 2025

Táxis | Governo pressionado a resolver “deficiências significativas”

O deputado ligado à comunidade de Jiangmen alerta para a falta de táxis, principalmente de veículos com condições de acessibilidade para pessoas com dificuldades motoras. E com o envelhecimento populacional, Lee Koi Ian avisa que a situação ainda vai piorar

 

O deputado Lee Koi Ian defendeu a necessidade de o Executivo resolver as “deficiências significativas” na disponibilização do serviço de táxis na cidade. O pedido consta de uma interpelação escrita, divulgada no portal da Assembleia Legislativa (AL).

Na perspectiva do deputado ligado à comunidade de Jiangmen, o actual sistema de operação de táxis tem por base a atribuição de licenças pelo Governo, mas continua a apresentar “deficiências significativas”. Lee aponta que estas são verificadas em várias áreas como o “volume de oferta, cobertura de serviço, eficiência de chamada de táxis e disponibilidade real”.

Por isso, o legislador considera que o serviço disponibilizado em Macau não “responde plenamente às necessidades práticas da sociedade”.

O deputado relata também que o cenário não é melhor para as pessoas com necessidades especiais de mobilidade: “Os utilizadores de cadeiras de rodas e as pessoas com mobilidade reduzida enfrentam frequentemente dificuldades em garantir veículos adequados durante as horas de ponta ou em percursos específicos”, relata Lee. “Há também problemas persistentes que incluem os tempos de espera imprevisíveis e padrões de serviço inconsistentes”, acrescentou.

Os relatos são feitos com base em queixas recentemente recebidas pelo legislador.

 

Pode piorar

O deputado explica também que o cenário é preocupante, porque se espera um aumento da procura pelos carros com serviço de mobilidade especial devido à “tendência de envelhecimento demográfico”, “às crescentes necessidades de reabilitação médica” as “deslocações entre bairros” e “as viagens turísticas que continuam a aumentar”

O membro da Assembleia Legislativa define assim a acessibilidade aos táxis como “uma das questões críticas que afecta a qualidade dos serviços públicos de Macau”, e indica que actualmente entre os táxis em circulação apenas 12 são acessíveis a pessoas com dificuldades motoras, o que representa menos de um por cento dos veículos em circulação.

Nestas condições, Lee Koi Ian questiona se as autoridades realizaram algum estudo para se aperceberem da “real taxa de funcionamento” dos táxis acessíveis. O legislador pergunta também se o Executivo utilizou “métodos científicos para determinar a proporção de casos de reservas não atendidas de táxis acessíveis entre grupos-chave, como idosos e pessoas com deficiência”.

Ainda no documento, o deputado pergunta ao Executivo se vai apresentar políticas para resolver os problemas.

12 Nov 2025

Infra-estrutura do Festival de Gastronomia cede e causa danos em nove viaturas

Uma infra-estrutura com o nome do Festival da Gastronomia cedeu ontem, junto à praça do Lago Sai Van, e causou vários danos em motos e carros estacionados no local. O acidente ocorreu na manhã de ontem, e não houve registo de feridos.

De acordo com o canal chinês da Rádio Macau, a infra-estrutura cedeu por volta das 11h da manhã, altura em que o Corpo de Bombeiros (CB) foi chamado ao local do acidente. Apesar de não existir o registo de qualquer ferido, a cedência da infra-estrutura causou danos em motas e num carro que estavam estacionados naquele lugar. A parte dianteira do carro ficou amassada pela estrutura de aço e oito motos foram esmagadas, o que fez com que algumas delas ficassem deformadas, com fragmentos espalhados pelo chão.

A infra-estrutura que cedeu apresentava o nome do Festival da Gastronomia em carateres chineses e tinha uma área de cerca de 30 metros de comprimento por 7 metros de altura.

A existência de “fortes ventos” foi apontada como estando na origem do acidente de ontem pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP).

 

Queixas e lamentos

Ao canal chinês da Rádio Macau, um dos proprietários de uma das motos destruídas lamentou o acidente que definiu como “um desastre indesejado”. O residente com o apelidou Chou relatou ainda que deixou a moto estacionada no local por volta das 10h30. Nessa altura nada fazia antever o desfecho.

No entanto, depois de saber do acidente, o residente afirmou sentir-se “desamparado” e angustiado, porque ainda não tinha conhecimento da dimensão dos danos do seu veículo, uma vez que na altura em que prestou as declarações a mota ainda estava debaixo da infra-estrutura.

Chou apontou também que muitas pessoas utilizam aquela zona para correr e que foi uma sorte ninguém ter sido ferido. Todavia, o residente lamentou que aquela infra-estrutura com o nome do Festival de Gastronomia fosse instalada sem a segurança necessária.

O incidente foi comunicado ao Instituto para os Assuntos Municipais e também à Direcção dos Serviços de Turismo.

O Festival de Gastronomia é organizado pela União das Associações dos Proprietários de Estabelecimentos de Restauração e Bebidas de Macau e vai decorrer entre 14 e 30 de Novembro.

11 Nov 2025

Caso Kong Chi | Jornalista proibida de acompanhar julgamento

Apesar do Código Processo Penal prever o acesso dos órgãos de comunicação social e do público em geral às audiências dos julgamentos realizados em Macau, o Tribunal de Segunda Instância impediu uma jornalista de entrar na sala

 

Uma repórter foi impedida de entrar no Tribunal de Segunda Instância (TSI) para fazer a cobertura do segundo dia do julgamento de Kong Chi. A informação foi divulgada ontem pelos canais portugueses da TDM, com a jornalista do jornal All About Macau a ser impedida de aceder à sala de audiência logo na parte da manhã.

A decisão dos funcionários dos tribunais da RAEM segue outras decisões do tipo anteriormente adoptadas pelo Executivo e pela Assembleia Legislativa, sem qualquer tipo de base legal.

À TDM, os funcionários do TSI justificaram a proibição de entrada da jornalista com o facto de esta ter escrito sobre o julgamento para o jornal All About Macau. No entanto, os mesmos funcionários reconheceram à emissora que qualquer cidadão pode ir à audiência e escrever posteriormente sobre o conteúdo, mesmo que seja na simples condição de cidadão. À repórter também lhe foi negada a entrada como simples cidadã.

De acordo com as leis em vigor, a frequência de espaços como as audiências de julgamento ou os Plenários da Assembleia Legislativa são obrigatoriamente abertos à população. E no caso dos tribunais da RAEM, a abertura das audiências à população faz parte do princípio da publicidade do processo penal.

De acordo com o artigo 76.º do Código Processo Penal, a publicidade implica os direitos de “assistência, pelo público em geral, à realização dos actos processuais” assim como de “narração dos actos processuais, ou reprodução dos seus termos, pelos meios de comunicação social”.

O jornal All About Macau anunciou a decisão de ser completamente desactivado até ao final deste mês, pelo facto de sofrer cada vez mais “pressões”. A última edição escrita foi publicada no início deste mês.

 

Mensagens apagadas

Na sessão de ontem do julgamento, Kong Chi continuou a manter a sua inocência sobre os factos que lhe são imputados pelo Ministério Público (MP).

Durante a audiência ficou igualmente a saber-se que os magistrados do MP estão a utilizar como prova mensagens de Wechat trocadas entre Kong Chi e Ho Kam Meng e que posteriormente foram apagadas. Os investigadores terão conseguido recuperar o conteúdo das mensagens.

Na sessão de ontem, a manhã foi dedicada a ouvir o depoimento de Kong Chi sobre a acusação.

O ex-Procurador-Adjunto da RAEM é acusado de 79 crimes, entre os quais 56 crimes de prevaricação, todos em co-autoria com Ho Kam Meng, e outros 23 crimes de corrupção passiva para acto ilícito.

Ho Kam Meng é o segundo arguido do processo e o único acusado de criar/fazer parte de uma associação secreta. Esta associação envolve Kong Chi e Choi Sai Ieng, que foram condenados por este crime no primeiro julgamento. O advogado está ainda acusado de outros 68 crimes, entre os quais 12 crimes de corrupção passiva para acto ilícito e 56 crimes de prevaricação em co-autoria com Kong Chi.

11 Nov 2025

Vacinação | Wong Kit Cheng quer administração nas clínicas privadas

A deputada ligada à Associação das Mulheres defende uma mudança na política de inoculação para desenvolver um novo mercado de turismo e oferecer melhores horários de vacinação à população

A deputada Wong Kit Cheng defende a liberalização do mercado da vacinação no território, para que as instituições privadas possam começar a vacinar a população e os turistas. O assunto é abordado numa interpelação escrita da legisladora ligada à Associação das Mulheres, que é igualmente enfermeira de formação.

No documento, Wong destaca que o “actual sistema de gestão de vacinas é liderado pelo Governo”, o que levou à implementação de “uma supervisão de alto padrão em estrita conformidade com as directrizes da Organização Mundial da Saúde”.

Como parte deste padrão, a legisladora explica que “as instalações de armazenamento de vacinas devem possuir energia de reserva adequada, equipamento de cadeia de frio capaz de manter uma temperatura estável de 2 a 8 °C, dispositivos de monitorização de alta/baixa temperatura, manutenção regular e pessoal de gestão de vacinas com formação profissional”. Estas são medidas consideradas positivas pela deputada.

Todavia, o facto de apenas se permitir que as instituições públicas, ou hospitais, possam vacinar os residentes leva Wong Kit Cheng a considerar que se está a restringir “o potencial das instituições de saúde privadas de oferecer serviços de vacinação diversificados”.

Por isso, a legisladora quer saber se o Governo vai definir “normas claras e um quadro regulamentar por níveis para permitir que as instituições de saúde privadas que cumpram requisitos rigorosos” possam “candidatar-se a licenças para armazenar e administrar vacinas”.

 

Apostas nas PPP

No âmbito da política de vacinação por instituições privadas, Wong Kit Cheng admite ainda que seja implementado um sistema de parcerias público-privadas para “oferecer aos residentes e visitantes opções de vacinação mais diversificadas, convenientes e com garantia de qualidade”.

Na interpelação escrita, Wong defende a vacinação nas instituições privadas com base em três argumentos. Em primeiro lugar, considera que haveria um “horário de atendimento profissional alargado para satisfazer as necessidades dos residentes em diferentes períodos de tempo”. Em segundo lugar, aponta para o desenvolvimento de um mercado de saúde com a “oferta de opções de vacinas autofinanciadas que vão além do programa de prevenção de epidemias”.

Como terceiro argumento, a deputada aponta que a vacinação pelas clínicas privadas vai permitir o “desenvolvimento de programas de turismo médico de alta qualidade”.

11 Nov 2025

Despesas totais não-jogo dos visitantes aumentam 10,7 por cento

No terceiro trimestre, as despesas totais dos turistas não relacionadas com o jogo atingiram 20,38 mil milhões de patacas, o que significou um aumento de 10,7 por cento, em termos anuais. Os números foram revelados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), na sexta-feira, e mostram que apesar de haver mais visitantes, as pessoas gastam menos dinheiro.

Segundo esta informação, entre Julho e Setembro a despesa dos turistas (com vistos individuais de turismo) atingiu 16,76 mil milhões de patacas, o que representou um aumento anual de 7,6 por cento. Este montante, significa que em média cada turista gastou no território 3.846 patacas em despesas não relacionadas com o jogo.

Ao mesmo tempo, os excursionistas gastaram 3,62 mil milhões de patacas. Este valor significou um crescimento anual de 27,6 por cento nas despesas não-jogo e uma média de 595 patacas por excursionista.

Todavia, apesar do aumento das receitas totais, a estatística revela que os gastos dos excursionistas estão em quebra: “A despesa per capita dos visitantes não relacionada com o jogo (1.950 patacas) registou um decréscimo homólogo de 2,6 por cento, devido ao número de excursionistas que despenderam pouco ter aumentado significativamente”, foi explicado pela DSEC.

Amor às compras

No que diz respeito ao tipo de despesa per capita, os gastos foram feitos primeiro em compras, com 42,4 por cento do total dos gastos, enquanto o alojamento pesou 26,7 por cento nas despesas, enquanto a alimentação foi o destino de 21,2 por cento dos gastos.

Os turistas que gastaram mais dinheiro em Macau são os provenientes de Singapura (3.921 patacas), seguidos pelos tailandeses (3.306 patacas) e malaios (2.548 patacas).

Em relação ao motivo que levou os turistas a visitarem a RAEM, os que gastaram mais tiveram como principal propósito a participação em convenções e exposições, com gastos médios de 4.488 patacas. Também os turistas que vieram assistir a concertos, espectáculos e competições foram dos mais gastadores, com uma média de 3.324 patacas

Em relação ao período de Janeiro a Setembro, a despesa total dos visitantes não relacionada com o jogo cresceu 3,6 por cento em termos anuais para 58,25 mil milhões de patacas. A despesa total dos turistas (46,77 mil milhões de patacas) e a dos excursionistas (11,48 mil milhões de patacas) aumentaram 1,6 por cento e 12,8 por cento, respectivamente.

10 Nov 2025