Mi Jian | Resultados de investigação do CCAC em Outubro 

[dropcap]O[/dropcap] Comissariado contra a Corrupção (CCAC) deverá divulgar já em Outubro os resultados da investigação feita a alegadas irregularidades cometidas na Direcção dos Serviços de Estudo de Políticas e Desenvolvimento Regional (DSEPDR), liderada por Mi Jian. Ontem, André Cheong, comissário, prometeu que “no próximo mês vamos dar os resultados” de um processo que teve início com o envio de uma carta assinada por um trabalhador anónimo da DSEPDR. Sobre a investigação feita a Jaime Carion, ex-director dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes, André Cheong disse não existirem informações adicionais.

“Há meses fizemos um encontro com os media, e tudo o que podíamos dizer já foi dito, não temos mais nada a acrescentar”, disse o comissário, sem esclarecer se já foi ou não detectado o paradeiro de Jaime Carion.

O CCAC prossegue com as análises aos casos da Viva Macau e Lei de Terras. No que diz respeito ao novo Governo, André Cheong acredita que o organismo vai continuar a trabalhar nos mesmos moldes. “Não vão haver grandes mudanças. O trabalho do CCAC não tem a ver com uma questão de estilo, mas com a pessoa que lidera. Temos de seguir a lei e combater a corrupção.”

30 Set 2019

Mi Jian | Resultados de investigação do CCAC em Outubro 

[dropcap]O[/dropcap] Comissariado contra a Corrupção (CCAC) deverá divulgar já em Outubro os resultados da investigação feita a alegadas irregularidades cometidas na Direcção dos Serviços de Estudo de Políticas e Desenvolvimento Regional (DSEPDR), liderada por Mi Jian. Ontem, André Cheong, comissário, prometeu que “no próximo mês vamos dar os resultados” de um processo que teve início com o envio de uma carta assinada por um trabalhador anónimo da DSEPDR. Sobre a investigação feita a Jaime Carion, ex-director dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes, André Cheong disse não existirem informações adicionais.
“Há meses fizemos um encontro com os media, e tudo o que podíamos dizer já foi dito, não temos mais nada a acrescentar”, disse o comissário, sem esclarecer se já foi ou não detectado o paradeiro de Jaime Carion.
O CCAC prossegue com as análises aos casos da Viva Macau e Lei de Terras. No que diz respeito ao novo Governo, André Cheong acredita que o organismo vai continuar a trabalhar nos mesmos moldes. “Não vão haver grandes mudanças. O trabalho do CCAC não tem a ver com uma questão de estilo, mas com a pessoa que lidera. Temos de seguir a lei e combater a corrupção.”

30 Set 2019

Saúde | Governo avisa que não tolera uso de vacinas fora de prazo

Uma clínica da Avenida da Praia Grande está a ser investigada por ter administrado a um bebé uma vacina fora de prazo. O secretário para os Assuntos Sociais e Cultura afirmou ontem que o Executivo dá a máxima importância ao assunto

 

[dropcap]O[/dropcap] secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, garantiu ontem que o Governo vai continuar a inspeccionar as clínicas privadas de forma rigorosa, após ter sido detectado o caso de uma clínica que administrou vacinas expiradas a um bebé. O caso foi detectado no dia 25 de Setembro e envolve o Centro Médico de Diagnóstico e Tratamento de Macau, localizado na Avenida da Praia Grande.

“Houve um caso de uma vacina fora de prazo que foi administrada. Nós temos leis para actuar nestas situações e não vamos permitir a utilização de vacinas fora de prazo”, afirmou Alexis Tam.

“Aliás, por lei, eles nem podem guardar as vacinas, muito menos administrar vacinas expiradas. É tudo ilegal”, acrescentou.

Ainda de acordo com o secretário, a questão da saúde é “muito importante” para o Governo, que age dentro das orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e executa regularmente acções de inspecção. Também por isso, Alexis Tam deixou uma garantia: “sempre que detectamos irregularidades agimos imediatamente”, frisou.

Foi no sábado à noite que os Serviços de Saúde (SSM) revelaram o caso de uma clínica que tinha administrado num bebé com um mês de idade uma vacina expirada. O acto valeu uma condenação do Governo: “Os Serviços de Saúde condenam de forma veemente o incumprimento da lei e alerta que estes actos individuais prejudicam a saúde das crianças e podem diminuir a barreira imunológica”, foi anunciado.

O facto de a vacina estar expirada não foi o único problema identificado. Segundo a investigação, as instruções da OMS também não terão sido respeitadas porque a vacina combinada de 6 em 1 é para crianças com seis semanas. Porém, o bebé tinha acabado de completar um mês quando foi vacinado.

Protecção enfraquecida

De acordo com o comunicado de sábado dos SSM, a administração de vacinas expiradas leva a uma redução da eficácia destes produtos, mas dificilmente terá “efeitos secundários graves de imediato”. Contudo, foi igualmente explicado que a prática pode enganar as pessoas, o que levará a que não seja tomadas outras medidas de precaução. “Esta suposição [de falsa protecção] pode aumentar o risco de contrair doenças infecciosas e causar grandes danos às barreiras imunológicas das vacinas, criadas para proteger as pessoas e a população”, apontou o Governo.

Logo no sábado à noite, os SSM apelaram aos médicos para denunciarem este tipo de situações e explicaram que os envolvidos podem ser punidos com multas ou mesmo suspensão da licença da profissão.

30 Set 2019

Saúde | Governo avisa que não tolera uso de vacinas fora de prazo

Uma clínica da Avenida da Praia Grande está a ser investigada por ter administrado a um bebé uma vacina fora de prazo. O secretário para os Assuntos Sociais e Cultura afirmou ontem que o Executivo dá a máxima importância ao assunto

 
[dropcap]O[/dropcap] secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, garantiu ontem que o Governo vai continuar a inspeccionar as clínicas privadas de forma rigorosa, após ter sido detectado o caso de uma clínica que administrou vacinas expiradas a um bebé. O caso foi detectado no dia 25 de Setembro e envolve o Centro Médico de Diagnóstico e Tratamento de Macau, localizado na Avenida da Praia Grande.
“Houve um caso de uma vacina fora de prazo que foi administrada. Nós temos leis para actuar nestas situações e não vamos permitir a utilização de vacinas fora de prazo”, afirmou Alexis Tam.
“Aliás, por lei, eles nem podem guardar as vacinas, muito menos administrar vacinas expiradas. É tudo ilegal”, acrescentou.
Ainda de acordo com o secretário, a questão da saúde é “muito importante” para o Governo, que age dentro das orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e executa regularmente acções de inspecção. Também por isso, Alexis Tam deixou uma garantia: “sempre que detectamos irregularidades agimos imediatamente”, frisou.
Foi no sábado à noite que os Serviços de Saúde (SSM) revelaram o caso de uma clínica que tinha administrado num bebé com um mês de idade uma vacina expirada. O acto valeu uma condenação do Governo: “Os Serviços de Saúde condenam de forma veemente o incumprimento da lei e alerta que estes actos individuais prejudicam a saúde das crianças e podem diminuir a barreira imunológica”, foi anunciado.
O facto de a vacina estar expirada não foi o único problema identificado. Segundo a investigação, as instruções da OMS também não terão sido respeitadas porque a vacina combinada de 6 em 1 é para crianças com seis semanas. Porém, o bebé tinha acabado de completar um mês quando foi vacinado.

Protecção enfraquecida

De acordo com o comunicado de sábado dos SSM, a administração de vacinas expiradas leva a uma redução da eficácia destes produtos, mas dificilmente terá “efeitos secundários graves de imediato”. Contudo, foi igualmente explicado que a prática pode enganar as pessoas, o que levará a que não seja tomadas outras medidas de precaução. “Esta suposição [de falsa protecção] pode aumentar o risco de contrair doenças infecciosas e causar grandes danos às barreiras imunológicas das vacinas, criadas para proteger as pessoas e a população”, apontou o Governo.
Logo no sábado à noite, os SSM apelaram aos médicos para denunciarem este tipo de situações e explicaram que os envolvidos podem ser punidos com multas ou mesmo suspensão da licença da profissão.

30 Set 2019

Transportes | Secretário fala de menos fluxo nos terminais marítimos

[dropcap]O[/dropcap] secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, admitiu ontem que os terminais marítimos de Macau e do Pac On têm vindo a perder passageiros desde a abertura da nova ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau.
“Temos vindo a perder passageiros no terminal de Macau e do Pac On desde a abertura da nova ponte. Vamos tentar fazer o melhor que podemos, as pessoas preferem viajar de camioneta. Se o número de Raimundo do Rosário recusou ainda falar do recurso apresentado em tribunal pela empresa ligada à construção do parque de materiais e oficinas do metro ligeiro, nomeadamente no que diz respeito ao valor de indemnização exigido. “Há uma acção de indemnização relativa ao parque de materiais e oficinas, mas isso está a seguir os seus trâmites. Não me vou pronunciar sobre acções que estão em curso.”
O secretário também nada disse sobre os novos contratos dos autocarros, cujo prazo termina a 31 de Outubro e cujas discussões se prolongam há cerca de um ano. “Tenho consciência que falta um mês para o fim dos contratos dos autocarros. Também estou limitado de tempo, mas enquanto não estiver tomada uma decisão não vou dizer mais nada. Não pode ser até Dezembro, porque o contrato acaba a 31 de Outubro. Teremos de tomar uma decisão até lá.”

30 Set 2019

Transportes | Secretário fala de menos fluxo nos terminais marítimos

[dropcap]O[/dropcap] secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, admitiu ontem que os terminais marítimos de Macau e do Pac On têm vindo a perder passageiros desde a abertura da nova ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau.

“Temos vindo a perder passageiros no terminal de Macau e do Pac On desde a abertura da nova ponte. Vamos tentar fazer o melhor que podemos, as pessoas preferem viajar de camioneta. Se o número de Raimundo do Rosário recusou ainda falar do recurso apresentado em tribunal pela empresa ligada à construção do parque de materiais e oficinas do metro ligeiro, nomeadamente no que diz respeito ao valor de indemnização exigido. “Há uma acção de indemnização relativa ao parque de materiais e oficinas, mas isso está a seguir os seus trâmites. Não me vou pronunciar sobre acções que estão em curso.”

O secretário também nada disse sobre os novos contratos dos autocarros, cujo prazo termina a 31 de Outubro e cujas discussões se prolongam há cerca de um ano. “Tenho consciência que falta um mês para o fim dos contratos dos autocarros. Também estou limitado de tempo, mas enquanto não estiver tomada uma decisão não vou dizer mais nada. Não pode ser até Dezembro, porque o contrato acaba a 31 de Outubro. Teremos de tomar uma decisão até lá.”

30 Set 2019

Advogado de Winnie Ho impedido de entrar no território

Albert Ho diz que vinha à RAEM tratar de assuntos relacionados com a herança da irmã de Stanley Ho, mas foi impedido de entrar no território. Wong Sio Chak comparou a situação do pró-democrata com a dos criminosos que entram, mas nunca admitem que vêm praticar ilegalidades

 

[dropcap]A[/dropcap]lbert Ho, advogado de Winnie Ho e político pró-democrata de Hong Kong, foi impedido de entrar em Macau na sexta-feira. O causídico afirmou que vinha à RAEM tratar das questões da herança da irmã de Stanley Ho, que morreu no ano passado. No entanto, o secretário para a Segurança respondeu que nunca se pode apenas ouvir um lado e fez o paralelismo com os criminosos que vêm a Macau, mas que nunca admitem que vêm praticar crimes.

“Não sei qual é o motivo [da recusa], mas tem a ver com as informações que as autoridades receberam. […] As pessoas que são recusadas nunca dizem que vêm prejudicar a ordem pública.

Mas a polícia tem de ter em conta, prever e antecipar a situação concreta”, começou por explicar Wong Sio Chak, sobre a justificação de Albert Ho para vir à RAEM. “Por exemplo, há muitas pessoas que foram detidas, os clandestinos, e nunca dizem que vêm para jogar, mas nós sabemos que vêm. Temos provas. Não podemos só ouvir o que as pessoas dizem porque ninguém vai dizer que vai praticar um crime”, acrescentou.

Wong Sio Chak reconheceu só ter tido conhecimento da situação através da comunicação social, mas garantiu que as pessoas não são recusadas em Macau só pelo facto de terem estado nos protestos de Hong Kong. O secretário disse que o direito à manifestação é gozado tanto em Macau como em Hong Kong.

Má altura

A notícia da proibição da entrada de Albert Ho foi avançada na sexta-feira à noite pela RTHK, emissora pública de Hong Kong, e o ex-presidente do Partido Democrático da RAEHK disse que a decisão era “obviamente política”.

Ho terá viajado para Macau de ferry com mais duas pessoas e terá afirmado às autoridades que estava em Macau para se encontrar com colegas de profissão. O objectivo passava por discutir questões pendentes relacionadas com a herança da irmã de Stanley Ho, Winnie Ho, que morreu em Junho do ano passado.

No entanto, as autoridades recusaram aceder ao pedido de Albert Ho e justificaram que o advogado é uma “ameaça à segurança” da RAEM.

“Eu não sei como posso ser uma ameaça à segurança. Trata-se obviamente de uma decisão política. Agora, se é uma decisão razoável… Cabe às pessoas avaliarem”, defendeu o pró-democrata.

O causídico avançou também a hipótese da proibição de entrada se ter ficado a dever à proximidade do 1 de Outubro, data em que se celebra a ascensão do Partido Comunista chinês ao poder. Porém, Albert Ho notou igualmente que a última visita a Macau tinha acontecido num dia próximo do 4 de Junho, data da ocorrência em 1989 do massacre de Tiananmen.

Ambiente “seguro”

Wong Sio Chak foi questionado sobre se estão garantidas as condições de segurança para uma eventual visita de Xi Jinping em Dezembro, para a celebração dos 20 anos da RAEM. Por enquanto, Wong diz que o ambiente é seguro. “Temos de garantir a segurança em Macau. É esse o nosso dever e obrigação. Estamos empenhados nesse objectivo. Até agora achamos que o ambiente é seguro”, respondeu.

30 Set 2019

Macau | Governo confiante no futuro apesar de conjuntura complexa

O Chefe do Executivo, Chui Sai On, acredita que “todos os projectos da RAEM” vão avançar de forma tranquila e apelou às forças locais que apoiem o futuro Governo de Ho Iat Seng e promovam o amor pela pátria

 

[dropcap]F[/dropcap]ernando Chui Sai On considera que a situação actual coloca desafios, mas mostrou-se confiante que Macau vai passar ao lado dos problemas, no que diz respeito aos projectos em vigor. Foi esta uma das principais mensagens do discurso do Chefe do Executivo nas celebrações do 70.º aniversário da República Popular da China.

“A actual conjuntura mundial é complexa e inconstante, traz desafios mas também oportunidades. Influenciada por factores externos, a economia de Macau enfrenta, este ano, uma pressão de declínio”, avisou. “Neste momento, o Governo está a acompanhar de perto as mudanças da situação económica, a antever os riscos económicos e a preparar-se activamente para, em tempo oportuno, lançar medidas de resposta. Temos confiança de que todos os projectos da RAEM continuarão a avançar de forma tranquila”, acrescentou.

Ainda no que diz respeito ao futuro, Chui apontou dois caminhos que têm marcado também o seu discurso como Chefe do Executivo: a integração regional e a diversificação da economia.

Apoio patriótico

Chui Sai On falou também do desenvolvimento da nação e do futuro Governo da RAEM, que vai ser liderado por Ho Iat Seng, pedindo que a sociedade se mobilize no apoio a Ho e na promoção do nacionalismo. “Faço votos sinceros para que todos os sectores da sociedade de Macau continuem a apoiar o novo Governo e o Chefe do Executivo na execução das acções de governação”, apelou.

“Espero, ainda, que continuem a promover a honrosa tradição do patriotismo e do amor a Macau, da tolerância, do auxílio mútuo e do espírito pragmático e empreendedor, e que, com um crescente sentido de responsabilidade e de missão, aproveitem a oportunidade do desenvolvimento nacional e se integrem, de forma activa, na conjuntura de desenvolvimento do país”, sublinhou.

Já sobre o princípio Um País, Dois Sistemas, Chui Sai On afirmou que a receita do “preciosa e bem-sucedida experiência” se ficou a dever ao facto de sempre se ter “persistido na defesa do princípio ‘Um País’”.

30 Set 2019

Macau | Governo confiante no futuro apesar de conjuntura complexa

O Chefe do Executivo, Chui Sai On, acredita que “todos os projectos da RAEM” vão avançar de forma tranquila e apelou às forças locais que apoiem o futuro Governo de Ho Iat Seng e promovam o amor pela pátria

 
[dropcap]F[/dropcap]ernando Chui Sai On considera que a situação actual coloca desafios, mas mostrou-se confiante que Macau vai passar ao lado dos problemas, no que diz respeito aos projectos em vigor. Foi esta uma das principais mensagens do discurso do Chefe do Executivo nas celebrações do 70.º aniversário da República Popular da China.
“A actual conjuntura mundial é complexa e inconstante, traz desafios mas também oportunidades. Influenciada por factores externos, a economia de Macau enfrenta, este ano, uma pressão de declínio”, avisou. “Neste momento, o Governo está a acompanhar de perto as mudanças da situação económica, a antever os riscos económicos e a preparar-se activamente para, em tempo oportuno, lançar medidas de resposta. Temos confiança de que todos os projectos da RAEM continuarão a avançar de forma tranquila”, acrescentou.
Ainda no que diz respeito ao futuro, Chui apontou dois caminhos que têm marcado também o seu discurso como Chefe do Executivo: a integração regional e a diversificação da economia.

Apoio patriótico

Chui Sai On falou também do desenvolvimento da nação e do futuro Governo da RAEM, que vai ser liderado por Ho Iat Seng, pedindo que a sociedade se mobilize no apoio a Ho e na promoção do nacionalismo. “Faço votos sinceros para que todos os sectores da sociedade de Macau continuem a apoiar o novo Governo e o Chefe do Executivo na execução das acções de governação”, apelou.
“Espero, ainda, que continuem a promover a honrosa tradição do patriotismo e do amor a Macau, da tolerância, do auxílio mútuo e do espírito pragmático e empreendedor, e que, com um crescente sentido de responsabilidade e de missão, aproveitem a oportunidade do desenvolvimento nacional e se integrem, de forma activa, na conjuntura de desenvolvimento do país”, sublinhou.
Já sobre o princípio Um País, Dois Sistemas, Chui Sai On afirmou que a receita do “preciosa e bem-sucedida experiência” se ficou a dever ao facto de sempre se ter “persistido na defesa do princípio ‘Um País’”.

30 Set 2019

AL | Comissão Eleitoral aprovou candidatura única de empresário Wong Sai Man

[dropcap]A[/dropcap] lista da União dos Interesses Empresariais de Macau, que conta com um único candidato, Wong Sai Man, foi aceite pela Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa (CAEAL). A informação foi revelada ontem pelo presidente, Tong Hio Fong, após uma reunião para analisar as candidaturas. Wong Sai Man é o único candidato ao lugar deixado em aberto na Assembleia Legislativa por Ho Iat Seng, uma vez que não houve mais nenhuma lista a apresentar-se à eleição suplementar pela via indirecta.

“Até à presente data recebemos apenas uma lista de candidatura, da União dos Interesses Empresariais de Macau. Recebemos a lista de candidatura e o programa político. Já verificámos a regularidade destes dois documentos e verificámos que o candidato Wong Sai Man foi aceite”, afirmou Tong Hio Fong, após a reunião.

A decisão foi publicada, ontem, no Edifício da Administração Pública logo após o encontro e haverá agora um período de três dias para haver recurso da decisão. A mesma passa a definitiva no dia 3 de Outubro se não houver qualquer contestação.

Wong Sai Man é empresário, membro do Conselho Permanente de Concertação Social (CPCS) e vice-presidente da Associação Industrial de Macau.

À espera de votantes

Com as eleições marcadas para 24 de Novembro, as 107 pessoas colectivas que podem participar no acto eleitoral têm até 10 de Outubro para tratarem das formalidades. Entre as condições necessárias consta a nomeação dos 22 membros que votam pelas associações. Porém, até ontem, apenas cerca de 21 por cento das associações tinha entregue os papéis para tratar do direito ao voto.

Estes números levaram Tong Hio Fong a apelar às associações para que entregue a lista dos votantes.

“De acordo com a Lei Eleitoral, dentro das 107 pessoas colectivas votantes, cada uma pode apresentar o máximo de 22 votos. Até à presente data recebemos 26 listas votantes entre 107 pessoas colectivas”, começou pro dizer sobre este assunto. “Apelo a todas as pessoas colectivas para que entreguem as listas de votantes dentro do prazo, isto é, antes de 10 de Outubro”, afirmou Tong. A campanha eleitoral para empresários decorre entre 9 de Novembro e 22 de Novembro.

27 Set 2019

AL | Comissão Eleitoral aprovou candidatura única de empresário Wong Sai Man

[dropcap]A[/dropcap] lista da União dos Interesses Empresariais de Macau, que conta com um único candidato, Wong Sai Man, foi aceite pela Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa (CAEAL). A informação foi revelada ontem pelo presidente, Tong Hio Fong, após uma reunião para analisar as candidaturas. Wong Sai Man é o único candidato ao lugar deixado em aberto na Assembleia Legislativa por Ho Iat Seng, uma vez que não houve mais nenhuma lista a apresentar-se à eleição suplementar pela via indirecta.
“Até à presente data recebemos apenas uma lista de candidatura, da União dos Interesses Empresariais de Macau. Recebemos a lista de candidatura e o programa político. Já verificámos a regularidade destes dois documentos e verificámos que o candidato Wong Sai Man foi aceite”, afirmou Tong Hio Fong, após a reunião.
A decisão foi publicada, ontem, no Edifício da Administração Pública logo após o encontro e haverá agora um período de três dias para haver recurso da decisão. A mesma passa a definitiva no dia 3 de Outubro se não houver qualquer contestação.
Wong Sai Man é empresário, membro do Conselho Permanente de Concertação Social (CPCS) e vice-presidente da Associação Industrial de Macau.

À espera de votantes

Com as eleições marcadas para 24 de Novembro, as 107 pessoas colectivas que podem participar no acto eleitoral têm até 10 de Outubro para tratarem das formalidades. Entre as condições necessárias consta a nomeação dos 22 membros que votam pelas associações. Porém, até ontem, apenas cerca de 21 por cento das associações tinha entregue os papéis para tratar do direito ao voto.
Estes números levaram Tong Hio Fong a apelar às associações para que entregue a lista dos votantes.
“De acordo com a Lei Eleitoral, dentro das 107 pessoas colectivas votantes, cada uma pode apresentar o máximo de 22 votos. Até à presente data recebemos 26 listas votantes entre 107 pessoas colectivas”, começou pro dizer sobre este assunto. “Apelo a todas as pessoas colectivas para que entreguem as listas de votantes dentro do prazo, isto é, antes de 10 de Outubro”, afirmou Tong. A campanha eleitoral para empresários decorre entre 9 de Novembro e 22 de Novembro.

27 Set 2019

Crime | Apreensão de 15 milhões em ninhos de andorinha e material electrónico

Os Serviços de Alfândega interceptaram uma embarcação com 102 quilos de ninhos de andorinha, que seriam depois vendidos no Interior da China. O condutor do barco foi interceptado em actividades relacionadas com contrabando pela quarta vez

 

[dropcap]O[/dropcap]s Serviços de Alfândega (SA) apreenderam 15 milhões de patacas em ninhos de andorinha e materiais electrónicos, na passada segunda-feira. Os resultados da operação foram apresentados ontem e levaram à detenção de dois homens, que pretendiam fazer entrar o material no Interior da China, onde seria depois contrabandeado.

De acordo com Cheang Kok Hong, subinspector alfandegário, na base da operação esteve uma denúncia de um cidadão a informar as autoridades sobre uma embarcação que iria transportar material contrabandeado para o Continente na madrugada de dia 23. O percurso envolvia a travessia da zona do Porto Interior.

“Quando os dois indivíduos foram interceptados não conseguiram avançar uma explicação razoável para o transporte do material. Por isso procedemos à detenção dos dois, assim como do material e da embarcação, devido à existência de fortes indícios da actividade de contrabando”, afirmou Cheang.

Além da embarcação, o material apreendido totaliza 7.193 discos rígidos, 2.402 pen drives, 1.450 unidades de memória RAM, 4.000 cartões de memória, 544.00 peças de relógios, 681.500 pilhas, 67 peças electrónicos e 102 quilos de ninho de andorinha. O material para confeccionar está avaliado em 150 mil patacas.

Apesar dos dois indivíduos não terem colaborado com as autoridades, este serviço teria um pagamento a dividir pelos infractores de 4 mil yuan.

Com a prática desta alegada ilegalidade os detidos arriscam-se a ser castigados com uma pena de multa que vai das mil às 50 mil patacas. Além disso, as mercadorias e a embarcação são perdidas para a RAEM, que pode depois optar por vendê-las em hasta pública ou destrui-las.

Detido fez “Póquer”

Segundo os SA, o condutor e dono da embarcação tem 43 anos, é natural do Interior, e é suspeito de violar a Lei do Comércio Externo pela quarta vez desde 2005. A primeira vez em que foi apanhado numa infracção deste género aconteceu no início de 2005, quando foi interceptado a transportar sucata para o Interior. Também nesse ano, em Maio, foi novamente interceptado, desta vez a contrabandear lubrificantes pare veículos.

Os anos passaram e o homem que agora tem 43 anos foi novamente interceptado, já em Maio de 2013. Nessa altura tentava contrabandear carne de vaca e ninho de andorinha.

O outro indivíduo tem 39 anos, alegadamente é cunhado do condutor, e não tinha qualquer documento de identificação quando foi interceptado. Por este motivo foi reencaminhado para o Corpo de Polícia de Segurança Pública. Os dois também não conseguiram mostrar documentos que provassem a entrada legal em Macau.

27 Set 2019

Crime | Apreensão de 15 milhões em ninhos de andorinha e material electrónico

Os Serviços de Alfândega interceptaram uma embarcação com 102 quilos de ninhos de andorinha, que seriam depois vendidos no Interior da China. O condutor do barco foi interceptado em actividades relacionadas com contrabando pela quarta vez

 
[dropcap]O[/dropcap]s Serviços de Alfândega (SA) apreenderam 15 milhões de patacas em ninhos de andorinha e materiais electrónicos, na passada segunda-feira. Os resultados da operação foram apresentados ontem e levaram à detenção de dois homens, que pretendiam fazer entrar o material no Interior da China, onde seria depois contrabandeado.
De acordo com Cheang Kok Hong, subinspector alfandegário, na base da operação esteve uma denúncia de um cidadão a informar as autoridades sobre uma embarcação que iria transportar material contrabandeado para o Continente na madrugada de dia 23. O percurso envolvia a travessia da zona do Porto Interior.
“Quando os dois indivíduos foram interceptados não conseguiram avançar uma explicação razoável para o transporte do material. Por isso procedemos à detenção dos dois, assim como do material e da embarcação, devido à existência de fortes indícios da actividade de contrabando”, afirmou Cheang.
Além da embarcação, o material apreendido totaliza 7.193 discos rígidos, 2.402 pen drives, 1.450 unidades de memória RAM, 4.000 cartões de memória, 544.00 peças de relógios, 681.500 pilhas, 67 peças electrónicos e 102 quilos de ninho de andorinha. O material para confeccionar está avaliado em 150 mil patacas.
Apesar dos dois indivíduos não terem colaborado com as autoridades, este serviço teria um pagamento a dividir pelos infractores de 4 mil yuan.
Com a prática desta alegada ilegalidade os detidos arriscam-se a ser castigados com uma pena de multa que vai das mil às 50 mil patacas. Além disso, as mercadorias e a embarcação são perdidas para a RAEM, que pode depois optar por vendê-las em hasta pública ou destrui-las.

Detido fez “Póquer”

Segundo os SA, o condutor e dono da embarcação tem 43 anos, é natural do Interior, e é suspeito de violar a Lei do Comércio Externo pela quarta vez desde 2005. A primeira vez em que foi apanhado numa infracção deste género aconteceu no início de 2005, quando foi interceptado a transportar sucata para o Interior. Também nesse ano, em Maio, foi novamente interceptado, desta vez a contrabandear lubrificantes pare veículos.
Os anos passaram e o homem que agora tem 43 anos foi novamente interceptado, já em Maio de 2013. Nessa altura tentava contrabandear carne de vaca e ninho de andorinha.
O outro indivíduo tem 39 anos, alegadamente é cunhado do condutor, e não tinha qualquer documento de identificação quando foi interceptado. Por este motivo foi reencaminhado para o Corpo de Polícia de Segurança Pública. Os dois também não conseguiram mostrar documentos que provassem a entrada legal em Macau.

27 Set 2019

Lago de Sai Van | Projecto para construção de trilho de madeira foi suspenso

Mok Ian Ian revelou numa resposta ao deputado Sulu Sou que o trilho está suspenso e que o corredor visual da Penha ao Lago Sai Van vai ser alargado até à Ponte Governador Nobre de Carvalho

 

[dropcap]O[/dropcap] projecto para a construção de um trilho de madeira ao longo do Lago de Sai pelo Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) foi suspenso, de acordo com a resposta do Instituto Cultural (IC) a uma interpelação do deputado Sulu Sou. Segundo a explicação da presidente do IC, Mok Ian Ian, esta foi uma medida tomada devido à falta de um consenso entre os diferentes sectores da sociedade.

“Atendendo ao facto de que existem divergências de opiniões por parte da população quanto à construção de um caminho pedonal em madeira no aludido lago, este instituto [IAM] decidiu suspender a concepção em causa, a par de não descurar a atenção ao desenvolvimento social”, clarificou Mok Ian Ian.

Segundo a responsável, a decisão do IAM foi tomada não só com base nas opiniões do IC, mas também do Conselho Consultivo para os Assuntos Municipais, Conselho Consultivo de Serviços Comunitário das três zonas, e após a realização de colóquios sobre os assuntos da comunidade.

Mas, se por um lado, o trilho de madeira vai ficar de fora do projecto, para já, o mesmo não acontece com a instalação de equipamentos sociais no Lago de Sai Van. Segundo a presidente do IC está a ser equacionada a possibilidade de instalar um parque infantil e equipamentos de manutenção física, assim como mais espaços verdes.

Corredor alargado

Outra das novidades avançadas por Mok Ian Ian prende-se com o futuro Plano de Salvaguarda e Gestão do Centro Histórico de Macau, cuja consulta pública já terminou e se encontra em fase de elaboração. Porém, a presidente do IC revela que o corredor visual entre a Capela da Nossa Senhora da Penha e o Lago de Sai Van vai ser alargado até à Ponte Governador Nobre de Carvalho. “Após a conclusão da consulta pública, o IC teve em conta e aceitou as opiniões dos vários sectores da sociedade sobre os corredores da Colina da Penha, como, por exemplo, ampliar a área envolvente do corredor em causa até à Ponte Governador Nobre de Carvalho, definir medidas para o controlo da altura das construções do âmbito do mesmo, entre outras”, escreveu a presidente do IC.

Por outro lado, Mok compromete o organismo a apressar os trabalhos: “O IC concluirá, quanto antes, a elaboração do Plano, no sentido de proteger a paisagem cultural da Colina da Penha de uma forma efectiva com medidas de gestão e controlo”, é explicado. Apesar do compromisso não foi avançada uma data para a conclusão do plano.

27 Set 2019

Lago de Sai Van | Projecto para construção de trilho de madeira foi suspenso

Mok Ian Ian revelou numa resposta ao deputado Sulu Sou que o trilho está suspenso e que o corredor visual da Penha ao Lago Sai Van vai ser alargado até à Ponte Governador Nobre de Carvalho

 
[dropcap]O[/dropcap] projecto para a construção de um trilho de madeira ao longo do Lago de Sai pelo Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) foi suspenso, de acordo com a resposta do Instituto Cultural (IC) a uma interpelação do deputado Sulu Sou. Segundo a explicação da presidente do IC, Mok Ian Ian, esta foi uma medida tomada devido à falta de um consenso entre os diferentes sectores da sociedade.
“Atendendo ao facto de que existem divergências de opiniões por parte da população quanto à construção de um caminho pedonal em madeira no aludido lago, este instituto [IAM] decidiu suspender a concepção em causa, a par de não descurar a atenção ao desenvolvimento social”, clarificou Mok Ian Ian.
Segundo a responsável, a decisão do IAM foi tomada não só com base nas opiniões do IC, mas também do Conselho Consultivo para os Assuntos Municipais, Conselho Consultivo de Serviços Comunitário das três zonas, e após a realização de colóquios sobre os assuntos da comunidade.
Mas, se por um lado, o trilho de madeira vai ficar de fora do projecto, para já, o mesmo não acontece com a instalação de equipamentos sociais no Lago de Sai Van. Segundo a presidente do IC está a ser equacionada a possibilidade de instalar um parque infantil e equipamentos de manutenção física, assim como mais espaços verdes.

Corredor alargado

Outra das novidades avançadas por Mok Ian Ian prende-se com o futuro Plano de Salvaguarda e Gestão do Centro Histórico de Macau, cuja consulta pública já terminou e se encontra em fase de elaboração. Porém, a presidente do IC revela que o corredor visual entre a Capela da Nossa Senhora da Penha e o Lago de Sai Van vai ser alargado até à Ponte Governador Nobre de Carvalho. “Após a conclusão da consulta pública, o IC teve em conta e aceitou as opiniões dos vários sectores da sociedade sobre os corredores da Colina da Penha, como, por exemplo, ampliar a área envolvente do corredor em causa até à Ponte Governador Nobre de Carvalho, definir medidas para o controlo da altura das construções do âmbito do mesmo, entre outras”, escreveu a presidente do IC.
Por outro lado, Mok compromete o organismo a apressar os trabalhos: “O IC concluirá, quanto antes, a elaboração do Plano, no sentido de proteger a paisagem cultural da Colina da Penha de uma forma efectiva com medidas de gestão e controlo”, é explicado. Apesar do compromisso não foi avançada uma data para a conclusão do plano.

27 Set 2019

Menina com mãe na prisão vítima de abusos em instituição religiosa

[dropcap]U[/dropcap]ma menina de 11 anos, que se encontra a cargo de uma instituição religiosa de cariz social, após a mãe ter sido detida, foi vítima de abusos por parte de um motorista da instituição. O caso foi revelado, ontem, pela Polícia Judiciária (PJ) e o homem em causa tem 55 anos de idade.

Segundo a PJ, os abusos aconteceram três vezes no espaço de uma semana, quando o homem transportava a criança entre a instituição de cariz religioso, em Coloane, e a escola que a menina frequentava, na Zona da Areia Preta. O condutor fazia com que as outras crianças saíssem primeiro do veículo de sete lugares e depois, quando estava sozinho com ela, aproveitava a oportunidade para cometer os abusos. Os ataques foram possíveis uma vez que as crianças da instituição frequentam escolas diferentes.

Os crimes aconteceram nos dias 13, 18 e 19 deste mês e o homem obrigava a que a criança se sentasse ao seu lado, nos bancos da frente, para depois lhe tocar no peito e nos órgãos sexuais. A roupa interior da criança nunca era removida para evitar que houvesse vestígios da prática.

Detido e interrogado

De acordo com a PJ, a situação fez com que a criança se sentisse humilhada, o que deu origem a que no dia 20, ou seja no dia seguinte ao do último ataque, relatasse as ocorrências a uma das responsáveis das instituição. Após a conversa, a responsável levou a criança de imediato à estação da polícia para que fosse apresentada uma queixa.

A queixa foi apresentada numa sexta-feira e na segunda-feira as autoridades detiveram o homem para o interrogar. Porém, o condutor recusou cooperar com a investigação. O homem tem 55 anos, é residente local, e encontrava-se nesta profissão desde 2017. Neste momento desconhece-se a existência de mais abusos.

O homem é suspeito da prática do crime de abuso sexual de crianças, punido com uma pena de um a oito anos de prisão.

Já no caso em que se prove que houve “introdução vaginal de partes do corpo ou objectos” a moldura penal vai dos três aos 10 anos de prisão.

Por sua vez, a criança encontra-se ao cuidado da instituição, depois de a mãe ter sido detida. Segundo a PJ, não existiam ontem informações disponíveis sobre o pai da menina.

26 Set 2019

Faquenius (II)

[dropcap]O[/dropcap] número de directores de serviços que ficam presos em casas-de-banho do trabalho disparou desde 2014. Em causa está o facto de um(a) secretário(a) ter começado a fazer reuniões semanais com todos os directores, à semelhança de um conselho de ministros. O objectivo passava por coordenar melhor os trabalhos entre os diferentes departamentos, mas a “maré de azar” tem afectado os trabalhos.

“Logo no início os directores mostraram-se muito agradados com a ideia e fizeram rasgados elogios ao(à) secretário(a). Mas logo à segunda ou terceira reunião as pessoas começaram a ter muitos problemas e deixaram de poder comparecer”, explicou, ao HM, fonte conhecedora do processo. “Felizmente há subdirectores e outras pessoas em posições mais baixas na hierarquia que podem substitui-los. Nunca sabemos quando podemos ficar presos numa casa-de-banho”, foi defendido pela mesma fonte.

Actualmente a situação já é pacífica, mas não terá sido assim logo no início. Um dos directores terá sido ouvido a criticar a medida no serviço: “E a seguir? Começamos a respeitar as decisões dos tribunais na atribuição dos contratos públicos?”, terá dito. Porém, a fonte conhecedora do processo negou esta versão: “É muito irresponsável criar este tipo de rumores sobre directores que sacrificam horas em jantares e mesas de karaoke pelo bem de Macau”, foi sustentado.

Face à situação a secretaria vai retirar as fechaduras de todas as casas-de-banho. A medida é muito bem vista no Executivo porque vai permitir poupanças na instalação de câmaras de CTTV. [Nota: Faquenius são histórias ficcionadas)

26 Set 2019

Futebol | Associação de Macau recusou data proposta para Interport

A Associação de Futebol de Hong Kong pretendia realizar o torneio anual a 12 de Outubro, mas a congénere de Macau diz não ter disponibilidade, devido a jogos do campeonato Bolinha. Segundo a AFM a recusa da ida à RAEHK não se ficou a dever às manifestações

 

[dropcap]D[/dropcap]epois da falta de comparência com Sri Lanka, em Junho, agora foi a vez da Associação de Futebol de Macau (AFM) se ter recusado a jogar no dia 12 de Outubro em Hong Kong, numa partida a contar para o Torneio Interport. A história foi avançada ontem, em Hong Kong, pelo jornal Ming Pao, sem que houvesse uma explicação oficial.

Mas em declarações ao HM, um porta-voz da associação local recusou por completo o cenário da rejeição se ficar a dever às manifestações contra o Governo de Carrie Lam, que se prolongam há cerca de quatro meses. Segundo a AFM, já existem outros compromissos assumidos para essa data. “O dia sugerido pela Associação de Futebol de Hong Kong foi 12 de Outubro, mas nessa data temos um compromisso e não podemos participar no Interport”, explicou um porta-voz. “Nós não recusámos participar no torneio. Estamos à espera que a Associação de Futebol de Hong Kong avance uma nova data para depois darmos uma resposta”, foi acrescentado.

O mesmo porta-voz frisou ainda que a situação não tem nada que ver com as manifestações: “A questão dos protestos não foi um facto que tenha pesado na nossa decisão. Foi só uma questão de datas”, sublinhou.

Sobre os encontros agendados para esse dia, a AFM explicou tratarem-se de encontros a contar para a Bolinha, campeonato de futebol de sete local.

Se a AFM tivesse concordado com data, este seria o primeiro encontro depois de se ter recusado a jogar no Sri Lanka, numa partida de apuramento para o Mundial de 2022. Na altura, a AFM justificou a recusa em participar no apuramento com o facto de o país ter sofrido ataques terroristas na Páscoa.

Jogadores às escuras

A decisão fez com que os jogadores ameaçassem boicotar os futuros encontros da selecção de Macau. Mas, segundo o capitão da selecção de Macau, Nicholas Torrão, os atletas nem sequer foram contactados sobre a possibilidade de entrarem em campo em Hong Kong, a 12 de Outubro. “Honestamente não sei como seria a resposta dos jogadores [caso fossem questionados sobre o encontro em Hong Kong]”, começou por dizer Torrão, ao HM. “Nunca mais houve uma reunião [da AFM] com os jogadores e pelo que tenho falado com alguns atletas há quem não esteja disponível para representar a selecção por agora”, acrescentou.

Sobre uma eventual disponibilidade dos atletas mudarem de opinião, Nicholas Torrão frisou que primeiro a AFM tem de abordar os atletas: “Penso que o melhor seria a associação falar com os jogadores. Isso seria mesmo o mais importante”, frisou.

O Interport é um torneio anual rotativo disputado entre Macau e Hong Kong, que no ano passado se realizou na RAEM, com a selecção local a perder por 6-1.

26 Set 2019

Futebol | Associação de Macau recusou data proposta para Interport

A Associação de Futebol de Hong Kong pretendia realizar o torneio anual a 12 de Outubro, mas a congénere de Macau diz não ter disponibilidade, devido a jogos do campeonato Bolinha. Segundo a AFM a recusa da ida à RAEHK não se ficou a dever às manifestações

 
[dropcap]D[/dropcap]epois da falta de comparência com Sri Lanka, em Junho, agora foi a vez da Associação de Futebol de Macau (AFM) se ter recusado a jogar no dia 12 de Outubro em Hong Kong, numa partida a contar para o Torneio Interport. A história foi avançada ontem, em Hong Kong, pelo jornal Ming Pao, sem que houvesse uma explicação oficial.
Mas em declarações ao HM, um porta-voz da associação local recusou por completo o cenário da rejeição se ficar a dever às manifestações contra o Governo de Carrie Lam, que se prolongam há cerca de quatro meses. Segundo a AFM, já existem outros compromissos assumidos para essa data. “O dia sugerido pela Associação de Futebol de Hong Kong foi 12 de Outubro, mas nessa data temos um compromisso e não podemos participar no Interport”, explicou um porta-voz. “Nós não recusámos participar no torneio. Estamos à espera que a Associação de Futebol de Hong Kong avance uma nova data para depois darmos uma resposta”, foi acrescentado.
O mesmo porta-voz frisou ainda que a situação não tem nada que ver com as manifestações: “A questão dos protestos não foi um facto que tenha pesado na nossa decisão. Foi só uma questão de datas”, sublinhou.
Sobre os encontros agendados para esse dia, a AFM explicou tratarem-se de encontros a contar para a Bolinha, campeonato de futebol de sete local.
Se a AFM tivesse concordado com data, este seria o primeiro encontro depois de se ter recusado a jogar no Sri Lanka, numa partida de apuramento para o Mundial de 2022. Na altura, a AFM justificou a recusa em participar no apuramento com o facto de o país ter sofrido ataques terroristas na Páscoa.

Jogadores às escuras

A decisão fez com que os jogadores ameaçassem boicotar os futuros encontros da selecção de Macau. Mas, segundo o capitão da selecção de Macau, Nicholas Torrão, os atletas nem sequer foram contactados sobre a possibilidade de entrarem em campo em Hong Kong, a 12 de Outubro. “Honestamente não sei como seria a resposta dos jogadores [caso fossem questionados sobre o encontro em Hong Kong]”, começou por dizer Torrão, ao HM. “Nunca mais houve uma reunião [da AFM] com os jogadores e pelo que tenho falado com alguns atletas há quem não esteja disponível para representar a selecção por agora”, acrescentou.
Sobre uma eventual disponibilidade dos atletas mudarem de opinião, Nicholas Torrão frisou que primeiro a AFM tem de abordar os atletas: “Penso que o melhor seria a associação falar com os jogadores. Isso seria mesmo o mais importante”, frisou.
O Interport é um torneio anual rotativo disputado entre Macau e Hong Kong, que no ano passado se realizou na RAEM, com a selecção local a perder por 6-1.

26 Set 2019

Tráfico | Importações de espécies ameaçadas duplicaram

Um prato que faz bem à saúde, que tem efeitos duradouros e que representa um certo estatuto social. São estas algumas das razões que fazem da sopa de tubarão um sucesso de vendas em Macau e que estão na mira de associações de defesa dos direitos dos animais

 

[dropcap]A[/dropcap]s importações para Macau de espécies animais ameaçadas, ou produtos relacionados, mais do que duplicaram no espaço de uma década, de acordo com um estudo da organização não-governamental Traffic, ontem citado pela agência Reuters. Segundo os números apresentados, Macau importa uma média anual de 97 milhões de dólares norte-americanos, o que equivale a 782,6 milhões de patacas, de espécies ameaçadas ou produtos relacionados, que depois, na sua grande maioria, acabam no prato de um turista ou de um jogador.

Entre as importações, 86 por cento estão relacionadas com marisco, uma vez que a RAEM têm o terceiro maior mercado a nível mundial da venda de barbatana de tubarão, quando se assume o preço dos produtos que entram no território. Em termos da quantidade, o estudo aponta para uma importação anual de 100 toneladas de barbatana de tubarão.

O consumo e a venda acontecem principalmente nos restaurantes nas imediações dos casinos que têm como público alvo turistas e, principalmente, os jogadores. “Qualquer restaurante de marisco em Macau tem uma grande possibilidade de oferecer uma variedade de pratos com barbatana de tubarão. Contudo, o mercado de venda de barbatana de tubarão não tem a regularização e os mecanismos necessários para conseguir identificar a fonte do produto”, afirmou Wilson Lau, um dos autores do relatório à Reuters. “Isto faz com que o mercado aposte em práticas que não são sustentáveis e que estão a dizimar a população de tubarões a nível mundial”, acrescentou o especialista.

Debaixo da mesa

No relatório é ainda explicado que a barbatana de tubarão é tida como um símbolo de estatuto para os jogadores e que é consumida numa sopa gelatinosa. Sobre este tipo de pratos, existe a crença nos consumidores que a barbatana de tubarão tem efeitos benéficos e duradouros para a saúde.

Em relação a este assunto, a Reuters entrou em contacto com o Governo da RAEM e ainda ontem estava à espera de uma resposta. No relatório, é pedido ao Executivo de Chui Sai On que actualiza a legislação em vigor de forma a penalizar as pessoas envolvidas neste negócio e impedir a comercialização deste tipo de produtos com Hong Kong e o Interior da China.

Mas se Macau é um problema para esta associação que defende os direitos dos animais, por outro lado, a região de Hong Kong também acaba por ser responsabilizada pela situação.

Segundo o artigo da Reuters, o Governo de Hong Kong tomou medidas a nível legal para impedir o tráfico ilegal de barbatanas de tubarão, mas tem permitido que os barcos continuem a descarregar o produto nos seus portos.

25 Set 2019

Tráfico | Importações de espécies ameaçadas duplicaram

Um prato que faz bem à saúde, que tem efeitos duradouros e que representa um certo estatuto social. São estas algumas das razões que fazem da sopa de tubarão um sucesso de vendas em Macau e que estão na mira de associações de defesa dos direitos dos animais

 
[dropcap]A[/dropcap]s importações para Macau de espécies animais ameaçadas, ou produtos relacionados, mais do que duplicaram no espaço de uma década, de acordo com um estudo da organização não-governamental Traffic, ontem citado pela agência Reuters. Segundo os números apresentados, Macau importa uma média anual de 97 milhões de dólares norte-americanos, o que equivale a 782,6 milhões de patacas, de espécies ameaçadas ou produtos relacionados, que depois, na sua grande maioria, acabam no prato de um turista ou de um jogador.
Entre as importações, 86 por cento estão relacionadas com marisco, uma vez que a RAEM têm o terceiro maior mercado a nível mundial da venda de barbatana de tubarão, quando se assume o preço dos produtos que entram no território. Em termos da quantidade, o estudo aponta para uma importação anual de 100 toneladas de barbatana de tubarão.
O consumo e a venda acontecem principalmente nos restaurantes nas imediações dos casinos que têm como público alvo turistas e, principalmente, os jogadores. “Qualquer restaurante de marisco em Macau tem uma grande possibilidade de oferecer uma variedade de pratos com barbatana de tubarão. Contudo, o mercado de venda de barbatana de tubarão não tem a regularização e os mecanismos necessários para conseguir identificar a fonte do produto”, afirmou Wilson Lau, um dos autores do relatório à Reuters. “Isto faz com que o mercado aposte em práticas que não são sustentáveis e que estão a dizimar a população de tubarões a nível mundial”, acrescentou o especialista.

Debaixo da mesa

No relatório é ainda explicado que a barbatana de tubarão é tida como um símbolo de estatuto para os jogadores e que é consumida numa sopa gelatinosa. Sobre este tipo de pratos, existe a crença nos consumidores que a barbatana de tubarão tem efeitos benéficos e duradouros para a saúde.
Em relação a este assunto, a Reuters entrou em contacto com o Governo da RAEM e ainda ontem estava à espera de uma resposta. No relatório, é pedido ao Executivo de Chui Sai On que actualiza a legislação em vigor de forma a penalizar as pessoas envolvidas neste negócio e impedir a comercialização deste tipo de produtos com Hong Kong e o Interior da China.
Mas se Macau é um problema para esta associação que defende os direitos dos animais, por outro lado, a região de Hong Kong também acaba por ser responsabilizada pela situação.
Segundo o artigo da Reuters, o Governo de Hong Kong tomou medidas a nível legal para impedir o tráfico ilegal de barbatanas de tubarão, mas tem permitido que os barcos continuem a descarregar o produto nos seus portos.

25 Set 2019

Educação | Apenas 1,9 % dos alunos quer ir para o Continente

A esmagadora maioria dos 1.837 finalistas do ensino superior local que vai entrar no mercado do trabalho quer ficar em Macau. Apenas 34 admitem que o seu futuro pode passar pelo Interior da China, um número inferior ao dos estudantes que preferem ir para Hong Kong

 

[dropcap]A[/dropcap]penas 34 alunos entre os 1.837 finalistas do ensino superior local que estão prontos para entrar no mercado de trabalho têm intenção de encontrar um emprego no Interior da China. É este o resultado da versão de 2019 da “Pesquisa Sobre a Intenção do Prosseguimento de Estudos e do Emprego dos Recém-graduados do Ensino Superior de Macau”, que foi publicada pela Direcção dos Serviços do Ensino Superior (DSES).

Entre os finalistas, a percentagem de disponíveis para se mudar para o Interior da China, e por arrasto para a Grande Baía, é assim de 1,9 por cento. Ainda no que diz respeito a estes estudantes, o principal destino do seu futuro profissional deverá mesmo ser Macau, pelo menos é essa a intenção de 1.610 dos inquiridos, ou seja 87,6 por cento.

Logo a seguir a Macau a região mais popular foi Hong Kong com 97 pessoas a apontarem a RAEHK como o seu destino profissional, o que representa 5,3 por cento dos inquiridos. Conteúdo, os inquéritos foram feitos entre Março e Maio deste ano, ainda antes da decisão de Carrie Lam propor a Lei de Extradição, que gerou uma onda de manifestações que dura há quase quatro meses na antiga colónia britânica.

Já no que diz respeito aos sectores em que os finalistas procuram emprego, a função pública está no topo. Aos inquiridos foram dadas três opções, tendo 668 alunos, ou seja 36,4 por cento, dito que querem ir trabalhar para o Governo. O segundo sector mais popular é o do “turismo, convenções e exposições, hotelaria e restauração”, a ser mencionado por 28 por cento dos inquiridos, ou seja 514. O top três das preferências fica completo com o sector da educação que foi referido por 22,9 por cento dos jovens, ou seja 420.

O sector do “jogo e entretenimento” surge apenas no oitavo lugar das preferências, com 215 interessados, 11,7 por cento, atrás da “banca, serviços financeiros e seguros”, que está no quarto lugar das preferências, correspondendo ao desejo de 382 pessoas, ou seja 20,8 por cento. Em último lugar surge o sector do Direito, com apenas 85 interessados, ou seja 4,6 por cento.

O estudo aborda igualmente as expectativas sobre o nível salarial do primeiro emprego. Neste capítulo 37,2 por cento dos 1.873 inquiridos espera receber entre 15 mil e 20 mil patacas. Já 29,6 por cento tem expectativas mais moderadas e aponta apenas para um primeiro salário de 10 mil a 15 mil patacas.

Ir e voltar

Entre os finalistas, o estudo ouviu igualmente aqueles que estão a terminar um curso, mas que preferem prosseguir no ensino superior. Em relação a estas 556 pessoas, a maioria prefere continuar a estudar em Macau, pelo menos essa foi a resposta de 283 inquiridos, o que significa uma percentagem de 50,9 por cento. O Interior da China é a segunda escolha, com 11,9 por cento, e é seguido por Hong Kong, com 7 por cento. Portugal é apenas referido por 19 destas pessoas, o que representa 3,4 por cento.

Em relação aos estudantes que têm como objectivo ir para fora de Macau, 273 responderam à pergunta sobre se os seus planos passam por regressar à RAEM. Cerca de 55 por cento responderam afirmativamente quando questionados se pretendem “contribuir para o desenvolvimento de Macau”. Já 24 pessoas disseram que não querem participar, o que representa 8,8 por cento, e 99, 36,3 por cento afirmou ainda não saber o vai fazer no futuro.

25 Set 2019

Educação | Apenas 1,9 % dos alunos quer ir para o Continente

A esmagadora maioria dos 1.837 finalistas do ensino superior local que vai entrar no mercado do trabalho quer ficar em Macau. Apenas 34 admitem que o seu futuro pode passar pelo Interior da China, um número inferior ao dos estudantes que preferem ir para Hong Kong

 
[dropcap]A[/dropcap]penas 34 alunos entre os 1.837 finalistas do ensino superior local que estão prontos para entrar no mercado de trabalho têm intenção de encontrar um emprego no Interior da China. É este o resultado da versão de 2019 da “Pesquisa Sobre a Intenção do Prosseguimento de Estudos e do Emprego dos Recém-graduados do Ensino Superior de Macau”, que foi publicada pela Direcção dos Serviços do Ensino Superior (DSES).
Entre os finalistas, a percentagem de disponíveis para se mudar para o Interior da China, e por arrasto para a Grande Baía, é assim de 1,9 por cento. Ainda no que diz respeito a estes estudantes, o principal destino do seu futuro profissional deverá mesmo ser Macau, pelo menos é essa a intenção de 1.610 dos inquiridos, ou seja 87,6 por cento.
Logo a seguir a Macau a região mais popular foi Hong Kong com 97 pessoas a apontarem a RAEHK como o seu destino profissional, o que representa 5,3 por cento dos inquiridos. Conteúdo, os inquéritos foram feitos entre Março e Maio deste ano, ainda antes da decisão de Carrie Lam propor a Lei de Extradição, que gerou uma onda de manifestações que dura há quase quatro meses na antiga colónia britânica.
Já no que diz respeito aos sectores em que os finalistas procuram emprego, a função pública está no topo. Aos inquiridos foram dadas três opções, tendo 668 alunos, ou seja 36,4 por cento, dito que querem ir trabalhar para o Governo. O segundo sector mais popular é o do “turismo, convenções e exposições, hotelaria e restauração”, a ser mencionado por 28 por cento dos inquiridos, ou seja 514. O top três das preferências fica completo com o sector da educação que foi referido por 22,9 por cento dos jovens, ou seja 420.
O sector do “jogo e entretenimento” surge apenas no oitavo lugar das preferências, com 215 interessados, 11,7 por cento, atrás da “banca, serviços financeiros e seguros”, que está no quarto lugar das preferências, correspondendo ao desejo de 382 pessoas, ou seja 20,8 por cento. Em último lugar surge o sector do Direito, com apenas 85 interessados, ou seja 4,6 por cento.
O estudo aborda igualmente as expectativas sobre o nível salarial do primeiro emprego. Neste capítulo 37,2 por cento dos 1.873 inquiridos espera receber entre 15 mil e 20 mil patacas. Já 29,6 por cento tem expectativas mais moderadas e aponta apenas para um primeiro salário de 10 mil a 15 mil patacas.

Ir e voltar

Entre os finalistas, o estudo ouviu igualmente aqueles que estão a terminar um curso, mas que preferem prosseguir no ensino superior. Em relação a estas 556 pessoas, a maioria prefere continuar a estudar em Macau, pelo menos essa foi a resposta de 283 inquiridos, o que significa uma percentagem de 50,9 por cento. O Interior da China é a segunda escolha, com 11,9 por cento, e é seguido por Hong Kong, com 7 por cento. Portugal é apenas referido por 19 destas pessoas, o que representa 3,4 por cento.
Em relação aos estudantes que têm como objectivo ir para fora de Macau, 273 responderam à pergunta sobre se os seus planos passam por regressar à RAEM. Cerca de 55 por cento responderam afirmativamente quando questionados se pretendem “contribuir para o desenvolvimento de Macau”. Já 24 pessoas disseram que não querem participar, o que representa 8,8 por cento, e 99, 36,3 por cento afirmou ainda não saber o vai fazer no futuro.

25 Set 2019

Pátria | Chui Sai On apela à história da democracia consultiva chinesa

Na celebração do 70.º aniversário da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, o Chefe do Executivo apelou ao patriotismo dos presentes e a que se estude até à exaustão o discurso de Xi Jinping sobre as obrigações de apoiar o Governo

 

[dropcap]O[/dropcap] Chefe do Executivo exigiu, durante uma cerimónia de celebração do 70.º aniversário da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC), que se estude exaustivamente o último discurso de Xi Jinping e que se contribua para o sucesso na implementação do princípio “Um País, Dois Sistemas”.

Face a uma audiência composta por vários membros tidos como a elite local, Chui Sai On falou exclusivamente sobre o discurso de sexta-feira de Xi Jinping, quando o Presidente da República Popular da China exigiu que os membros de Macau e Hong Kong da CCPPC apoiem os respectivos governos locais. Na mesma mensagem, Xi afirmou que existe a obrigação de reforçar o poder das forças que amam a pátria e Macau e Hong Kong.

Foi com base neste discurso que o Chefe do Executivo deixou dois grandes desígnios: “Primeiro, é necessário estudar de forma exaustiva o espírito do importante discurso proferido pelo Presidente Xi e trabalhar arduamente para verdadeiramente aprender, compreender e ter fé para melhorar a confiança nas instituições e na democracia consultiva com características chinesas”, afirmou.

“O estabelecimento da CCPPC e a implementação de uma democracia consultiva são não só um modelo democrático com características chinesas, mas também representam a sabedoria política do Partido Comunista Chinês”, acrescentou.

Chui Sai On apelou ainda aos presentes que “contem ao mundo a história da democracia chinesa”, através do “reforço permanente da confiança no sistema político” chinês, do “melhoramento da capacidade consultiva” e da sintonia com “os desejos e exigências de toda a sociedade”.

O segundo desígnio do Chefe do Executivo para os presentes passou igualmente pelo “estudo sério” do discurso de Xi Jinping. Porém, nesta segunda missão, Chui pediu que os membros da CCPPC se esforcem na implementação do princípio “Um País, Dois Sistemas” em Macau. Foi nesta tarefa que Chui falou da agenda do patriotismo em Macau, que definiu como “a missão sagrada” e a “expectativa mais desejada” de Xi Jinping. O líder do Governo pediu assim que os membros da CCPPC trabalhem de forma a sugerirem mais e melhores ideias para a participação da RAEM na Grande Baía e na iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”.

Todos juntos

Na mesma ocasião discursou igualmente Edmund Ho, que é vice-presidente do Comité Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês. O discurso do primeiro Chefe do Executivo da RAEM apontou para os desafios colocados pelas manifestações de Hong Kong.

Num discurso citado pelo jornal Ou Mun, Ho disse que existe a obrigação de uma combinação de esforços entre juntar “as força da aprendizagem das reuniões da CCPPC”, “o importante discurso do Presidente Xi Jinping” e “os esforços de cada sector do território” para “manter a estabilidade e promover a harmonia e o desenvolvimento em Macau”.

O ex-empresário defendeu também a necessidade de apoiar o novo Governo e que este deve rodear-se das forças mais patrióticas do território. Edmundo Ho afirmou ainda que o novo Executivo tem obrigação de desenvolver o amor pela pátria junto dos mais jovens e pensar nos problemas destes.

25 Set 2019