Hoje Macau China / ÁsiaShandong | Tornado faz pelo menos cinco mortos e 83 feridos Um tornado atingiu a província de Shandong, no leste da China, na tarde de sexta-feira, provocando pelo menos cinco mortos e 83 feridos, segundo o Gabinete de Gestão de Emergências da cidade de Heze. O fenómeno meteorológico, classificado como um forte evento de convecção, causou danos significativos em infra-estruturas e na agricultura da região, avançou aquela agência, citada no sábado pelo jornal local The Paper. Uma avaliação preliminar indica que um total de 2.820 habitações ficaram danificadas e cerca de 40 quilómetros de terrenos agrícolas foram afectados. Além disso, foram reportados danos em 48 linhas de fornecimento de electricidade, o que provocou cortes de energia. Em 2023, um fenómeno semelhante causou pelo menos 10 mortos na província oriental vizinha de Jiangsu. O Ministério da Gestão de Emergências da China referiu esta semana que o país enfrenta um risco acrescido de catástrofes naturais no mês de Julho e uma “situação grave e complexa” à medida que se aproxima o período das cheias. Nos últimos Verões, os desastres meteorológicos causaram estragos no gigante asiático: os meses de Verão de 2023 foram marcados por inundações em Pequim, que fizeram mais de 30 mortos, enquanto em 2022 várias ondas de calor extremo e secas atingiram o centro e o leste da China. Em Julho de 2021, chuvas de uma intensidade inédita em décadas fizeram quase 400 mortos na província de Henan, no centro do país, o que o Governo chinês atribuiu à “falta de preparação e de perceção dos riscos” por parte das autoridades locais.
Hoje Macau China / ÁsiaTurismo | Número de visitantes mais do que duplicou após adopção de isenção de vistos A queda dos vistos para entrar no país fez disparar a entrada de visitantes internacionais. Os números, no entanto, ainda não atingiram os valores do período pré-covid O número de estrangeiros que entraram na China mais do que duplicou nos primeiros seis meses do ano, para 14,64 milhões, depois de Pequim ter adoptado uma política de isenção de vistos para turistas oriundos de vários países. No total, 14,64 milhões de estrangeiros visitaram o país no primeiro semestre do ano, um aumento de 152,7 por cento, em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Administração Nacional de Imigração divulgados na passada sexta-feira. O número de entradas sem visto ultrapassou os 8,5 milhões, representando 58 por cento das viagens de entrada e um aumento de 190 por cento em relação ao ano anterior, segundo a mesma fonte. Mas o número de visitantes estrangeiros ainda está aquém dos níveis pré-Covid, quando 15,53 milhões de viajantes estrangeiros visitaram o país no primeiro semestre de 2019. Com o país a enfrentar uma queda no turismo interno em resultado da economia em desaceleração, a China tem vindo a aumentar gradualmente o número de países cujos cidadãos podem entrar em território chinês sem visto até 15 dias para negócios, turismo e visitas familiares. As novas regras de isenção de vistos abrangem mais de uma dúzia de países da Europa, bem como a Austrália e Nova Zelândia. Outros 23 países beneficiam de isenções mútuas de visto, incluindo a Tailândia, que foi acrescentada à lista este ano. Os cidadãos de Singapura e da Malásia podem visitar o país por um período máximo de 30 dias de cada vez. Portugal não é abrangido por aquela medida, algo que permanece uma incógnita para a diplomacia portuguesa. O embaixador português em Pequim, Paulo Nascimento, disse à agência Lusa “não entender” o critério. O país também alargou a sua política de trânsito sem vistos a 54 países em Novembro último. Os cidadãos destes países podem permanecer até 144 horas em Pequim, Xangai e 20 outras cidades se tiverem um bilhete válido para outro país. Portugal é abrangido por esta política. Existem outras excepções para os passageiros de navios de cruzeiro que façam escala. Entrada facilitada A Administração Nacional de Imigração afirmou ter processado um total de 287 milhões de viagens de entrada e de saída nos primeiros seis meses de 2024, o que representa um aumento de 70,9 por cento em relação ao ano anterior. Entre estas, 137 milhões de viagens foram efectuadas por residentes do continente, 121 milhões por residentes de Hong Kong, Macau e Taiwan e 29,2 milhões por estrangeiros. Foram também introduzidas várias medidas para facilitar as viagens dos visitantes internacionais. Estas medidas incluem a flexibilização das restrições que permitem aos visitantes utilizar as carteiras digitais do Alipay e Wechat com contas ou cartões bancários estrangeiros – um grande problema no passado, porque a maioria dos estabelecimentos comerciais não aceita dinheiro ou os principais cartões internacionais, como o Visa ou o Mastercard.
Hoje Macau SociedadeExportações | Volume de encomendas preocupa empresas O insuficiente volume de encomendas foi o principal problema das empresas exportadoras de Macau, durante o primeiro trimestre deste ano, de acordo com os resultados apurados pelo “inquérito de conjuntura ao sector industrial exportador”. O inquérito foi publicado na sexta-feira pela Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico (DSEDT). Entre as empresas inquiridas, 59,2 por cento identificaram como principal desafio o facto de não terem um volume de encomendas suficiente para os próximos meses de actividade. Dado que os inquiridos podem escolher mais do que uma opção sobre o principal problema, 49,2 por cento referiram os preços mais competitivos no estrageiro e 41,5 por cento mencionaram os preços cada vez mais elevados das matérias-primas. Em relação às perspectivas de negócio, no primeiro trimestre a maiorias das empresas esperava que o volume de negócios se mantivesse estável, face aos níveis anteriores. Foi essa a resposta de 43,1 por cento dos empresários questionados. Ao mesmo tempo, 36,4 por cento dos inquiridos mostrava-se optimista face a um aumento do volume de negócios e 20,5 por cento tinham uma perspectiva negativa. Ainda de acordo com inquérito elaborado pelo Governo, o mercado de exportador que teve melhor desempenho foi a União Europeia, o único em que se registou um crescimento acima de 1 por cento. No pólo oposto, os mercados de “outros países americanos”, dos quais se excluem os Estados Unidos, apresentou uma redução das encomendas de 21,1 por cento.
Hoje Macau Manchete SociedadeTroca de dinheiro | Desmantelados bancos clandestinos ligados a Macau De acordo com a informação das autoridades do Interior, os três bancos desmantelados tiveram lucros anuais de cerca de 1,5 mil milhões de dólares de Hong Kong, não só com trocas de dinheiro, mas também devido a empréstimos com juros “muito elevados” O Ministério da Segurança Pública chinês anunciou na sexta-feira ter desmantelado três bancos clandestinos ligados a câmbio ilegal de dinheiro em Macau e congelados fundos no valor de 3,9 milhões de yuan. Numa conferência de imprensa em Pequim, o director adjunto do Gabinete de Segurança Pública de Zhuhai disse que a polícia da cidade vizinha lançou uma operação que culminou com a detenção de 13 suspeitos. Niu Yanjun sublinhou que entre os detidos estão Chen Mouxia e Li Mouwei, considerados os cabecilhas de dois grupos que se dedicavam à troca ilegal de dinheiro junto às Portas do Cerco. Niu acrescentou que na operação foram apreendidos 100 mil dólares de Hong Kong, telemóveis, máquinas de pagamento electrónico e cartões bancários, além de terem sido congelados fundos em contas bancárias. Na mesma conferência, o director adjunto do Gabinete de Investigação Criminal do ministério disse que a escala deste tipo de grupos criminais “cresceu rapidamente” nos últimos anos. Cheng Shiqu explicou que os grupos têm conseguido lucros anuais de cerca de 1,5 mil milhões de dólares de Hong Kong, vindos não apenas da troca de dinheiro, mas também da usura, o empréstimo de dinheiro a juros muito elevados. Males maiores Os juros elevados terão encorajado a prática de outras actividades ilegais, incluindo “crimes violentos, fraude, roubo e contrabando, afectando de forma grave a segurança e a estabilidade social” em Macau, lamentou Chen. O dirigente disse que o Ministério da Segurança Pública pediu às forças de segurança de Macau e do Interior que reforçassem a cooperação para “combater de forma severa” o câmbio ilegal de dinheiro na região. Em 3 de Junho, a agência de notícias oficial chinesa Xinhua avançou que o ministério organizou “uma reunião especial de trabalho a nível nacional” dedicada ao câmbio ilegal em Macau. O ministério indicou na altura que o câmbio ilegal está ligado ao branqueamento de capitais e a bancos clandestinos que têm servido para transferir dinheiro entre diferentes jurisdições, nomeadamente entre Macau e o Interior da China. O Governo de Macau anunciou no final de Maio que a criminalidade relacionada com o sector do jogo em casino mais que duplicou no primeiro trimestre, em comparação com o mesmo período do ano passado, de 158 para 351 casos. As forças de segurança admitiram um aumento do câmbio ilegal de dinheiro e falaram de uma tendência de “agrupamento e profissionalização”. Entre Janeiro e Março, foram identificadas 1.292 pessoas ligadas a esta actividade, sendo que 1.227 foram expulsas do território.
Hoje Macau SociedadeCurso de Verão de português da UM arranca com 350 alunos O 38.º Curso de Verão de Língua Portuguesa da Universidade de Macau (UM) vai contar com cerca de 350 alunos, mais 70 do que na edição de 2023, anunciou na sexta-feira a instituição. A UM referiu que o curso vai arrancar na segunda-feira e decorrer até 26 de Julho com estudantes de Macau, Hong Kong, Interior da China, Coreia do Sul e Vietname. A edição de 2023, a primeira a decorrer de forma presencial, depois de três anos de versões ‘online’, atraiu 280 alunos, de Macau, Interior da China e Coreia do Sul, um número aquém dos cursos realizados antes da pandemia da covid-19, de acordo com um comunicado. As três anteriores edições do curso de Verão, organizado pelo departamento de Português da UM, decorreram à distância, devido às restrições à entrada em Macau durante a pandemia, e contaram com uma média de 300 participantes. A última edição em formato presencial tinha sido em 2019, quando vieram à região chinesa cerca de 500 alunos. Abordagem plural Em Maio, a UM revelou que o programa inclui, durante as manhãs, cursos de língua portuguesa e cursos temáticos, que totalizam 15 horas, em áreas como literatura, história, relações internacionais e tradução. Os alunos podem participar ainda em “clubes nocturnos” dedicados a expressões artísticas associadas aos países e territórios lusófonos, como dança, música, poesia, linguagem corporal, gastronomia, enologia e cultura macaense. Os cursos de língua, com duração entre 45 e 60 horas, estão organizados em quatro níveis: iniciação, básico, intermédio e avançado, complementados com sessões de estudo autónomo orientado pelos professores. Além de ajudar a desenvolver as competências linguística e sociolinguística dos alunos, a UM sublinhou que o curso de Verão quer ainda reforçar a “consciência intercultural” dos participantes. Este curso integra ainda os programas de formação de “talentos bilingues” da instituição. O Governo de Macau tem defendido publicamente a formação de quadros com conhecimento de chinês e de português como uma prioridade.
Hoje Macau Manchete SociedadeIlha do Pico | Último bispo português de Macau homenageado Arquimínio da Costa é recordado na terra de origem como “um homem humilde, simples e altruísta”. Vai ser homenageado no dia em que se assinalam os 100 anos do seu nascimento O último bispo português de Macau, Arquimínio Rodrigues da Costa, é homenageado, hoje, na sua terra natal, na ilha do Pico, nos Açores, onde é recordado como um homem humilde, simples e altruísta. “Um homem extraordinário, de uma santidade profunda, era uma figura que se dava aos outros, um altruísta puro, que, mesmo bispo, ajudava os sacerdotes das freguesias, substituía-os com imenso gosto. E às vezes ficava até aborrecido quando não o convidavam”, recordou, em declarações à Lusa, Manuel Goulart Serpa, que conheceu bem o antigo bispo de Macau. Esta segunda-feira, dia em que se assinalam os 100 anos do seu nascimento, Arquimínio Rodrigues da Costa será homenageado na freguesia onde nasceu, São Mateus, no concelho da Madalena, para onde regressou quando deixou de ser bispo em Macau e onde morreu aos 92 anos. Segundo uma nota divulgada pelo sítio Igreja Açores, será descerrada uma placa evocativa na casa onde nasceu Arquimínio Rodrigues da Costa, seguindo-se uma missa, presidida pelo bispo de Angra, Armando Esteves Domingues, no Santuário do Senhor Bom Jesus Milagroso. Haverá ainda uma sessão solene, com uma conferência de Manuel Goulart Serpa sobre a vida e obra do homenageado. Manuel Goulart Serpa, que foi padre, professor e deputado, conheceu Arquimínio Rodrigues da Costa, quando ele ainda passava férias no Pico e tinha como passatempo preferido a pesca. Mudança precoce O antigo bispo tinha apenas 14 anos quando se mudou para Macau, onde completou os estudos eclesiásticos em teologia e foi ordenado sacerdote, mas “nunca perdeu a ligação ao Pico”. Para Manuel Goulart Serpa, a homenagem que agora é prestada é “muito merecida” e demonstra a “gratidão de todo o povo do Pico” por “uma das grandes figuras” da ilha. “É uma figura que se deu aos outros, de uma humildade extraordinária e de uma simplicidade que chocava até”, frisou. “Ele visitava os enfermos, quando alguém falecia, ia ao terço a casa das pessoas nessa semana. Ele vivia para os outros”, acrescentou. É também assim que o recorda o reitor do Santuário do Bom Jesus Milagroso, Marco Martinho. “Era um homem muito simples e que estava ao dispor desta igreja e deste povo no que era necessário”, contou. Apesar de ter sido bispo em Macau, estava “sempre disponível para colaborar com os párocos” do Pico e para passar os seus conhecimentos às gerações seguintes. “Tinha habilidade para a música. Era um exímio tocador de órgão e tocava órgão quando não havia organistas na celebração da eucaristia. E quantos jovens ensinou a tocar órgão na sua própria casa, gratuitamente”, lembrou Marco Martinho. Homem do seminário Na casa de família, que recuperou quando regressou ao Pico, em 1989, dedicava à agricultura numa pequena quinta. “Gostava muito do seu passeio diário pelas estradas de São Mateus, conversando com as pessoas, com o seu típico chapéu de palha. Era um homem do povo e toda a gente tinha um grande carinho por dom Arquimínio”, salientou o pároco. Quando, em 1976, o Papa Paulo VI o nomeou bispo de Macau, Arquimínio Rodrigues da Costa era professor no seminário e por lá continuou. “Ele vivia no seminário, como professor, e quis continuar a residir no seminário e não ir para o paço episcopal. Continuava com o seu quarto e a atender todos aqueles que lhe batiam à porta. Era um homem extraordinário na sua simplicidade”, disse Marco Martinho. O pároco do Pico destacou ainda a “visão estratégica” de Arquimínio Rodrigues da Costa para a Diocese de Macau. “Ele contava-nos que ao ver que Portugal iria entregar Macau à administração chinesa, chegava à altura, antes de isso acontecer, de Macau já ter um bispo macaense. E foi isso que ele pediu à Santa Sé e resignou antes da idade canónica, explicando essa sua intenção”, partilhou. O último bispo português de Macau morreu em 2016, com 92 anos, na ilha do Pico. Em 1988 tinha sido condecorado pelo então Presidente da República, Mário Soares, com o grau da Grã-Cruz da Ordem de Mérito.
Hoje Macau PolíticaUNESCO | DST participa em conferência em Portugal A Direcção dos Serviços de Turismo (DST) participou na XVI Conferência Anual da Rede de Cidades Criativas da UNESCO, que decorreu em Braga entre os dias 1 e 5 de Julho onde se reuniram representantes de cerca de 250 cidades. Segundo um comunicado divulgado ontem pela DST, o evento foi uma “oportunidade para reforçar o intercâmbio e envolvimento na rede, ajudando a elevar o perfil de Macau internacionalmente”. A conferência juntou representantes de mais de 80 países “de todo mundo das sete áreas criativas abrangidas pela rede: artesanato e artes populares, design, cinema, gastronomia, literatura, artes multimédia, e música”. Helena de Senna Fernandes realçou a “experiência frutuosa da organização da primeira edição da Festa Internacional das Cidades de Gastronomia, Macau”, que em Junho reuniu representantes e chefs de 29 Cidades Criativas de seis continentes”. A directora da DST “estendeu o convite às cidades para participarem no evento novamente no próximo ano”. Criada em 2004, a rede integra actualmente um total de 350 cidades de mais de 100 países nas sete áreas criativas. Na área de gastronomia, a rede conta 56 cidades em todo mundo, sendo a China o país com mais Cidades Criativas de Gastronomia, num total de seis: Chengdu, Shunde, Macau, Yangzhou, Huai’an e Chaozhou.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Mais de um milhão de estrangeiros em seis meses Nos primeiros seis meses deste ano, Macau recebeu 1,1 milhões de visitantes internacionais, segundo dados provisórios avançados ontem pelo subdirector dos Serviços de Turismo (DST) ao canal chinês da Rádio Macau. Face aos números do primeiro semestre, Ricky Hoi demonstrou optimismo em relação à superação da meta de dois milhões de turistas estrangeiros este ano. Recorde-se que em 2023, Macau recebeu mais de 1,4 milhão de turistas internacionais, fasquia que continua distante dos mais de três milhões de visitantes estrangeiros registados em 2019. Ricky Hoi adiantou que uma das estratégias da DST para alargar o leque de turistas estrangeiros passa pelas parcerias estabelecidas com Hong Kong, por exemplo ao nível da captação de turistas que chegam à região vizinha em rotas de cruzeiros. O responsável adiantou que actualmente seis cruzeiros que param em Hong Kong organizam visitas de um dia a Macau, trazendo para o território visitantes da Europa, Estados Unidos, Canadá e Austrália. Seguindo o objectivo de alargar a visibilidade de Macau em mais mercados internacionais, a DST está a preparar uma campanha de promoção turística de larga escala para a segunda metade de 2024.
Hoje Macau PolíticaTNR | Defendido maior controlo de número de trabalhadores O ex-deputado Ng Kuok Cheong defende que o Governo deve controlar a proporção de trabalhadores não residentes (TNR) nas empresas do jogo, para que a percentagem volte ao nível de 20 por cento do total de trabalhadores destas empresas. Num artigo publicado no jornal All About Macau, Ng Kuok Cheong criticou a política em vigor. O ex-deputado indicou que desde 2013 a proporção de TNR em cada concessionária do jogo ultrapassou os 20 por cento, apesar da situação da economia se ter agravado. O ex-legislador recordou também a resposta a uma interpelação escrita sobre a revisão de proporção de TNR nas empresas do jogo, no tempo em que ainda fazia parte do hemiciclo, quando o Governo admitiu que a percentagem era superior a 20 por cento. Nesse documento, o Executivo prometeu ir impor mecanismos de controlo, para que o número voltasse para um nível inferior a 20 por cento. Porém, actualmente, Ng Kuok Cheong indica que o número continua acima dos 20 por cento. Com base nos dados compilados do site da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), que admite serem insuficientes para conhecer verdadeiramente a percentagem, Ng aponta que quatro das concessionárias têm um nível de 28 por cento de TNR na força total de trabalhadores. Se o limite de 20 por cento fosse respeitado, Ng indica que haveria cerca de 6.959 vagas de trabalho para residentes, o que permitiria aliviar o problema do desemprego.
Hoje Macau China / ÁsiaPaulo Rangel quer que Europa faça “renascer o Atlântico” O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, considerou ontem que entre os desafios das novas instituições da União Europeia está a paz e o alargamento, defendendo ainda a necessidade de “fazer renascer o Atlântico”. Depois de uma intervenção na conferência Ágora Jacques Delors sobre União Europeia dirigida a jovens de várias nacionalidades, o governante detalhou que entre os “desafios enormes” dos 27 está “garantir a paz na Europa”, através da manutenção do “apoio decisivo” à Ucrânia e do “modernizar toda a indústria de defesa europeia”. Entre os desafios está também a “preparação do alargamento a leste, que obviamente também está dependente de se encontrar uma solução de paz na questão da Ucrânia”. “Aí temos também os Balcãs que já não estão afectados por essa questão da guerra. Portanto, também temos que ter em consideração isso”, declarou aos jornalistas. Para Rangel “perante o aparecimento, o reforço e a centralidade que tem hoje o Indo-Pacífico, é preciso fazer renascer o Atlântico”, pelo que a Europa deve fazer uma parceria “substantiva, substancial, com a África e com a América do Sul”. “E com a América do Norte, melhores ou piores relações, elas são sempre muito boas, nós é que sentimos todas as oscilações, podemos fazer muito mais, mas aí já há uma grande coesão”, declarou. Outros centros O chefe da diplomacia portuguesa explicou que uma nova centralidade do Atlântico não tem que ser “a principal”. “Queremos é que não haja um mundo unipolar, que está apenas centrado no Indo-Pacífico”, explicou o governante, que, notando estar a falar em abstrato sobre as eleições presidenciais norte-americanas de Novembro, considerou “não ser catastrofista” uma eventual mudança de ciclo. “O que acontece ciclicamente é haver administrações, presidentes mais isolacionistas, que obviamente para nós é menos bom”, o que traduz fases em que cooperação transatlântica “está a um nível inferior”, mas o que não significa deixarem de estar num “nível alto, comparando com aquilo que são as relações a nível de globo entre diferentes blocos”. “Quando elas são mais abertas ao exterior evidentemente que isso dá uma força enorme à parceria transatlântica”, defendeu. Assim, “eu não sou, digamos, catastrofista, mas obviamente para nós não é indiferente que os Estados Unidos da América estejam mais abertos à cooperação global ou estejam mais centrados nas suas dinâmicas internas. Isso não é indiferente”, afirmou o ministro, recusando uma “visão catastrofista” porque as relações têm-se sempre mantido num “nível muito, muito satisfatório”. Às perguntas colocadas pelos jovens sobre relações com a China, Paulo Rangel afirmou as “muito boas relações” entre Portugal e o país asiático, sobre o qual deve haver, num “panorama global”, “de-risking” (redução de riscos), mas não “decoupling” (dissociação), recordando como a pandemia COVID-19 demonstrou os riscos das rupturas de cadeias de valor e da dependência de países. “A China está em todo o lado e a Europa está em todo o lado? É algo em que temos de pensar”, desafiou o governante, aproveitando para defender o reforço das relações entre os países do Atlântico.
Hoje Macau China / ÁsiaRússia disposta a ponderar propostas de parceiros asiáticos O Presidente russo, Vladimir Putin, manifestou-se ontem disponível para ter em conta as propostas dos países membros da Organização de Cooperação de Xangai (SCO, na sigla em inglês) para resolver o conflito na Ucrânia. “Agradecemos aos membros da SCO pela proposta de resolução deste conflito. A Rússia está certamente pronta a ter em conta as vossas ideias e iniciativas”, disse Putin durante a cimeira da organização, a decorrer na capital do Cazaquistão, Astana. Putin afirmou que “nas condições actuais, quando o mundo está a sofrer mudanças rápidas e irreversíveis, é necessária a posição activa e a iniciativa das organizações da sociedade civil no espaço internacional”. Fundada em 2001, a Organização de Cooperação de Xangai é uma aliança política, económica e se segurança que integra China, Cazaquistão, Índia, Irão, Paquistão, Quirguistão, Rússia, Tajiquistão e Uzbequistão. A Bielorrússia, aliada da Rússia na guerra contra a Ucrânia, foi admitida ontem como membro de pleno direito da SCO. O grupo de Xangai afirma representar 40 por cento da população mundial e cerca de 30 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. Dedos apontados A guerra em curso na Ucrânia foi desencadeada pela invasão russa do país vizinho em Fevereiro de 2022. Putin reafirmou na cimeira de Astana que a guerra é o “resultado da política absolutamente grosseira dos Estados Unidos e dos seus satélites”. Referiu também que a Rússia “sempre defendeu e defende uma solução político-diplomática para a situação na Ucrânia” e que apresentou “repetidamente propostas concretas” sobre a questão. “Recordo que, em meados de Junho, foi apresentada uma outra variante de solução que, se fosse aprovada pela parte ucraniana e, sobretudo, pelos seus apoiantes ocidentais, teria permitido cessar imediatamente a ação militar, salvar vidas e iniciar negociações”, acrescentou. O plano a que aludiu Putin foi divulgado a propósito da Cimeira de Paz para a Ucrânia, realizada sem a participação da Rússia em meados de Junho, na Suíça. Moscovo exigiu a retirada das tropas ucranianas das regiões anexadas de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, a renúncia de Kiev à adesão à NATO e o fim das sanções ocidentais. Em troca, Putin prometeu ordenar um cessar-fogo imediato e o início de conversações de paz. Estas condições foram rejeitadas não só por Kiev, mas também pelo Ocidente, que reiterou o apoio à Ucrânia. Kiev exige a retirada das tropas russas das quatro regiões anexadas desde Fevereiro de 2022, bem como a Crimeia, que a Rússia ocupa desde 2014, como pré-condição para eventuais negociações de paz.
Hoje Macau China / ÁsiaConselho Europeu | Xi Jinping felicita António Costa O Presidente da China enviou ontem uma mensagem de felicitações ao ex-primeiro-ministro português António Costa pela eleição como Presidente do Conselho Europeu. Xi Jinping salientou que a China sempre considerou a Europa como um “polo fundamental” na estrutura multipolar e que “atribui grande importância ao papel vital da União Europeia (UE) nos assuntos mundiais”, avançou a agência de notícias oficial chinesa Xinhua. Pequim está “empenhada em desenvolver a parceria estratégica global China–UE”, afirmou o líder chinês. Xi Jinping disse ainda “valorizar muito” o desenvolvimento das relações China-UE e estar pronto para trabalhar com António Costa para garantir que os dois lados “permaneçam firmes como parceiros.
Hoje Macau China / ÁsiaSegurança | Xi apela à unidade contra “interferência externa” O apelo de Xi Jinping surgiu durante a cimeira da 24.ª cimeira da Organização de Cooperação de Xangai, que junta na capital do Cazaquistão líderes de países como a China, Índia, Irão, Cazaquistão, Quirguistão, Paquistão, Rússia, Tajiquistão e Uzbequistão, e ainda a Bielorrússia que se juntou ontem ao grupo O Presidente chinês, Xi Jinping, apelou ontem à unidade contra a “interferência externa” num discurso na 24.ª cimeira da Organização de Cooperação de Xangai (SCO), na capital do Cazaquistão, Astana. Xi Jinping sublinhou a necessidade de “reforçar a unidade” entre os membros da SCO para “resistir à interferência externa, apoiarem-se mutuamente e resolverem as preocupações uns dos outros”, de acordo com a televisão estatal CCTV. Sublinhou a importância de “resolver pacificamente as diferenças internas e de trabalhar em conjunto para ultrapassar os desafios da cooperação”, apelando ao mesmo tempo a que se “mantenha firmemente o destino e o desenvolvimento pacífico da região” nas “próprias mãos”. Apelou também a uma “acção conjunta para proteger os interesses comuns” e a “uma abordagem de resolução de problemas baseada na convergência e na superação das diferenças”. O líder chinês considerou que a organização “está firmemente do lado certo da História e defende a equidade e a justiça”, o que é “crucial para o cenário internacional como um todo” numa altura em que o mundo se encontra numa “encruzilhada histórica”. Xi Jinping apelou à resolução dos “complexos desafios em matéria de segurança através do diálogo e da parceria” e à “resposta aos profundos ajustamentos na ordem internacional com uma mentalidade cooperativa”. Laços cultivados A SCO, um organismo criado para colaborar na segurança regional ou na luta contra o terrorismo, o separatismo étnico e o extremismo religioso, é composta pela China, Índia, Irão, Cazaquistão, Quirguistão, Paquistão, Rússia, Tajiquistão e Uzbequistão, a que se juntou ontem a Bielorrússia. Após a cimeira, a China assumirá a presidência da SCO até 2025 com o objectivo de “contribuir para a paz duradoura e a prosperidade comum no mundo” e “beneficiar a região”, segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. No âmbito deste evento, Xi teve uma reunião na passada quarta-feira com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, na qual apelou a “continuar a cultivar o valor único” dos laços entre Moscovo e Pequim “face à constante mudança da situação internacional e do ambiente externo”. Putin sublinhou que “as relações entre Rússia e China, de ampla parceria e interacção estratégica, estão a atravessar o melhor período da sua história”.
Hoje Macau China / ÁsiaMeteorologia | Vaga de calor deve continuar este Verão A vaga de calor deve prolongar-se na China este Verão, disseram ontem os serviços meteorológicos do país, apontando como causa o aquecimento global. O país asiático é o maior emissor mundial de gases com efeito de estufa, o que os cientistas acreditam serem a causa do aquecimento global, tornando os fenómenos climáticos extremos mais frequentes e mais intensos. Este Verão, regiões inteiras do norte da China já foram atingidas por vagas de calor, enquanto chuvas fortes fora de época provocaram inundações mortais e aluimentos de terras no sul do país. O Centro do Clima da Administração Meteorológica da China prevê que “as temperaturas do ar na maior parte do país vão ser ligeiramente mais elevadas (…) em meados do Verão”, noticiou a televisão estatal CCTV. “No contexto do aquecimento global, as temperaturas médias vão aumentar e as temperaturas elevadas serão mais frequentes”, afirmou o centro meteorológico, disse. Os termómetros subiram entre 1ºC a 2ºC em relação ao normal nas províncias de Zhejiang, Jiangxi, Hunan, Fujian, Guangdong e Gansu, bem como nas regiões de Guangxi e Ningxia, de acordo com o relatório. No entanto, as províncias do nordeste e a região norte da Mongólia Interior vão registar temperaturas próximas do normal para a época. A China comprometeu-se a estabilizar ou reduzir as emissões de gases com efeito de estufa até 2030 e a atingir a neutralidade carbónica até 2060. O país registou uma média de 2,6 dias quentes, ou seja temperaturas superiores a 35°C, em Junho, o quarto valor mais elevado desde que se iniciaram os registos em 1961, indicou a CCTV, citando o Centro do Clima chinês. Como resultado, 20 estações meteorológicas bateram recordes de calor, de acordo com o relatório. “À medida que o aquecimento global se intensifica, nos últimos anos, os dias quentes no nosso país começaram mais cedo, ocorreram com mais frequência, acumularam-se durante períodos mais longos, tiveram um impacto mais alargado e foram, em geral, mais fortes”, referiu.
Hoje Macau China / ÁsiaIlhas Diaoyu | Pequim diz ter afastado navios japoneses A guarda costeira da China disse ontem ter afastado vários navios japoneses na proximidade das ilhas Diaoyu, conhecidas como Senkaku no Japão e reivindicadas pelos dois países. Os incidentes entre a guarda costeira chinesa e os navios japoneses ocorreram entre terça-feira e ontem, indicou a guarda costeira chinesa, em comunicado. O porta-voz da guarda costeira, Liu Dejun, instou o Japão a “parar imediatamente todas as actividades ilegais nas águas” e disse que as ilhas Diaoyu e as circundantes “são território inalienável da China”. “As forças marítimas chinesas vão continuar a realizar actividades de defesa dos direitos marítimos e de aplicação da lei nas águas sob a sua jurisdição, protegendo a soberania, a segurança e os direitos e interesses marítimos”, advertiu o porta-voz, na nota oficial. Localizadas no mar do Leste da China, a cerca de 150 quilómetros a nordeste de Taiwan, as ilhas desabitadas têm uma área de cerca de sete quilómetros quadrados e acredita-se que possam existir depósitos significativos de petróleo ou gás nas águas adjacentes.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim confirma a morte de chineses em ataque rebelde no nordeste do país A China confirmou, ontem, a morte e o desaparecimento de vários dos seus cidadãos no ataque de milicianos a uma mina em Ituri, província rica em ouro no nordeste da República Democrática do Congo (RDCongo), que ocorreu na quarta-feira. “Uma empresa privada de capital chinês na República Democrática do Congo foi atacada pelas forças armadas, deixando vários cidadãos chineses mortos ou desaparecidos”, confirmou Mao Ning, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, sem especificar o número. Mao Ning declarou, ainda, em conferência de imprensa, que “a China condena veementemente este ataque e mantém-se em estreito contacto com a RDCongo para fazer tudo o que for possível para encontrar os cidadãos chineses desaparecidos”. “Exortamos a RDCongo, o mais rapidamente possível, a localizar e a punir severamente os assassinos e a tomar medidas concretas e eficazes para reforçar a protecção dos cidadãos e das empresas chinesas na região”, acrescentou. Na quarta-feira, a agência de notícias AFP noticiou que pelo menos quatro cidadãos chineses teriam sido mortos, no ataque em Ituri, segundo fontes congolesas locais. Vários cidadãos da RDCongo foram também mortos ou feridos no ataque, que algumas das fontes atribuíram ao grupo armado Cooperativa para o Desenvolvimento do Congo (Codeco), uma milícia que afirma defender os interesses da tribo Lendu contra a tribo rival Hema. Luta pelo ouro Os ataques a locais de extracção de ouro e a colunas de mineiros são frequentes em Ituri e, mais a sul, na outra província rica em reservas de ouro, Kivu do Sul, onde há muitos mineiros chineses. Os conflitos em torno do ouro são também recorrentes entre as populações locais e os mineiros chineses. O deputado provincial Jean-Pierre Bikilisende disse à agência de notícias francesa AFP que “houve uma incursão de efectivos da Codeco no local de extracção chinês”, não muito longe da cidade de Abombi, no território Djugu, em Ituri. “Temos um balanço provisório inicial de quatro chineses mortos e dois elementos das FARDC (exército da RDCongo) feridos”, acrescentou. Outras fontes locais estimam em seis o número de chineses mortos. Uma das províncias mais conturbadas do leste da RDCongo, que faz fronteira com Angola, Ituri é palco de um conflito entre milícias comunitárias, incluindo a Codeco, que já provocou a morte de milhares de civis e a deslocações em massa da população. A parte sul da região é também alvo de ataques contra civis por parte das Forças Democráticas Aliadas (ADF, na sigla em inglês) organização ligada ao movimento fundamentalista Estado Islâmico, que também está ativo no norte da província vizinha de Kivu do Norte.
Hoje Macau EventosFinanças | Salário anual na China limitado para executivos do sector O objectivo da medida ontem anunciada pela imprensa chinesa passa pela redução das desigualdades salariais no sector financeiro, um dos mais propensos a casos de corrupção A China planeia limitar os salários anuais dos trabalhadores do sector financeiro ao equivalente a 382.000 euros, informou ontem a imprensa local, numa altura em que Pequim intensifica a campanha para erradicar a extravagância e reduzir desigualdades. O limite vai ser aplicado a todas as correctoras, sociedades de fundos de investimento e bancos apoiados pelo Estado, com excepção das instituições financeiras apoiadas por investidores privados, disse o jornal de Hong Kong South China Morning Post, sem identificar as fontes. Ao ser aplicada retroactivamente, esta medida pode significar que quem ganhou acima do valor limite nos últimos anos vai provavelmente ter de devolver o dinheiro em excesso às empresas, acrescentou o jornal. É a mais recente medida alinhada com a iniciativa de prosperidade comum do Presidente chinês, Xi Jinping, que sublinha a distribuição equitativa da riqueza numa altura em que o país enfrenta um abrandamento económico. O sector financeiro, considerado de elite na China, tem estado na mira dos decisores políticos desde que, em 2022, um jovem corrector da China International Capital Corp ostentou o salário nas redes sociais, suscitando a ira do público. A isto seguiu-se uma série de investigações sobre casos de corrupção envolvendo reguladores e executivos de topo. O limite salarial também pode ter a ver com a tensão fiscal que o governo enfrenta, à medida que tenta diversificar as fontes de receita num contexto de declínio da cobrança de impostos e da venda de terrenos, de acordo com observadores citados pelo SCMP. Pestana aberta No mês passado, um grupo de empresas chinesas cotadas na bolsa afirmou que poderá ter de pagar impostos que remontam a três décadas, tendo a administração fiscal do Estado negado posteriormente que estivesse a tomar medidas retroactivas. Uma fonte citada pelo SCMP referiu que algumas grandes empresas financeiras, incluindo as principais sociedades de fundos de investimento, intensificaram o controlo dos reembolsos de despesas, uma vez que estes são utilizados como uma forma dissimulada de pagamento de salários para contornar a supervisão regulamentar. Algumas grandes correctoras já elaboraram medidas para aplicar o limite salarial, enquanto as restantes ainda não planearam nada, disse outra fonte. Embora Xi tenha sublinhado a importância da indústria financeira, que pretende transformar numa potência mundial, o sector tem sido objecto de maior vigilância regulamentar nos últimos anos, no âmbito da campanha anticorrupção lançada pelo secretário-geral do Partido Comunista Chinês. Mais de 30 funcionários do sector foram colocados sob investigação este ano, sendo o chefe da filial da província de Jiangsu da entidade reguladora do mercado de acções o mais recente. Em 2023, foram investigados pelo menos 101 funcionários, incluindo Liu Liange, antigo presidente do Banco da China, e Li Xiaopeng, antigo presidente do Grupo China Everbright.
Hoje Macau EventosUPM | Docente distinguido com prémio Fernão Mendes Pinto Manuel Duarte Pires, docente da Universidade Politécnica de Macau (UPM), acaba de ganhar o prémio Fernão Mendes Pinto, relativo ao ano de 2023, pela publicação do trabalho “Português no ensino superior da China: os estudantes chineses de mobilidade de crédito em Portugal e o ensino para a interação cultural”, tema central do doutoramento que o docente concluiu em 2022 na Universidade de Lisboa, na área do Português como Língua Estrangeira. Segundo um comunicado da UPM, este trabalho de Manuel Duarte Pires “contribui para aumentar a compreensão da comunidade internacional sobre o ensino bilingue de chinês e português, bem como para fornecer um importante suporte de investigação científica, promovendo o intercâmbio linguístico e cultural entre as duas comunidades”. O prémio foi entregue no 33.º Encontro Anual da Associação de Universidades de Língua Portuguesa (AULP), que decorreu na Universidade Federal do Rio de Janeiro, no Brasil. Criado pela AULP) e pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), o Prémio Fernão Mendes Pinto é atribuído anualmente pela AULP, com o objectivo de reconhecer artigos académicos que contribuam para a promoção do intercâmbio cultural entre as comunidades lusófonas. Também de acordo com a mesma nota, a UPM, através do trabalho desenvolvido na Faculdade de Línguas e Tradução, afirma o empenhamento “na promoção do intercâmbio cultural entre as línguas chinesa e portuguesa, tendo formado, com sucesso, um grande número de quadros profissionais na área de línguas e tradução”. “A UPM continuará a seguir a sua filosofia de ensino de excelência, promovendo a estratégia de formação de talentos, alargando a visão internacional dos docentes e alunos, e exportando quadros bilingues com competitividade internacional”, é ainda referido.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Mais de 200 participantes em conferência Termina hoje a conferência anual da Associação de Turismo da Ásia-Pacífico (APTA), que decorre no Centro Internacional de Convenções da Galaxy, e que teve início na quarta-feira. O evento, co-organizado pela Universidade de Turismo de Macau, conta com mais de 200 participantes, incluindo académicos, líderes da indústria, decisores políticos e profissionais do sector provenientes de toda a região da Ásia-Pacífico. Esta é a segunda vez que Macau acolhe um encontro da APTA, tendo a primeira edição sido organizada em 2010, pelo anterior Instituto de Formação Turística. Segundo um comunicado da organização, a conferência APTA 2024 debate “questões críticas que o sector enfrenta”, relacionadas com “a gestão de destinos, o marketing turístico, o comportamento do consumidor, a gestão cultural e do património, a gestão do alojamento e a educação em turismo e hotelaria”. Não são esquecidas temáticas como o “impacto da transformação digital e do empoderamento feminino”, mostrando, assim, “o cenário em evolução da indústria e a necessidade de soluções inovadoras para manter a competitividade num mercado global”. A realização da APTA no território visa ainda “impulsionar a economia local através do aumento do consumo associado ao turismo”, além de reforçar “a reputação de Macau como um destino preferencial para eventos MICE”.
Hoje Macau Manchete SociedadeUM | Recebido acervo de antigo dirigente chinês O acervo de Kang Jimin, que liderou a representação chinesa no Grupo de Ligação Conjunto Luso-Chinês na preparação para a transição de Macau, foi doado à Universidade de Macau pela viúva do diplomata. Atas de reuniões e notas ilustram o processo que iria culminar na implementação da RAEM A Universidade de Macau (UM) recebeu o acervo do diplomata Kang Jimin, antigo líder da parte chinesa no Grupo de Ligação Conjunto Luso-Chinês, que preparou a transição de administração da região em 1999. A UM declarou que realizou uma cerimónia em que recebeu o acervo, doado por Han Jianli, viúva de Kang Jimin (1930-2018), de acordo com um comunicado divulgado na quarta-feira. O acervo está dividido em 31 categorias, que incluem atas de reuniões e notas escritas por Kang Jimin, que “têm grande importância para a investigação académica sobre o regresso de Macau e a elaboração da Lei Básica”, disse a UM. Durante a cerimónia, o presidente da Fundação Macau, Wu Zhiliang, elogiou o trabalho de Kang Jimin na liderança da parte chinesa no Grupo de Ligação Conjunto Luso-Chinês, entre 1988 e 1993. “Com a sua rica experiência diplomática, ele deu o seu melhor para ultrapassar dificuldades e resolver problemas, estabelecendo uma boa base para uma transição de Macau e a criação da Região Administrativa Especial”, disse Wu. Han Jianli afirmou que era a vontade do marido que este acervo fosse entregue a uma instituição educacional ou cultural do território para servir como “uma referência importante para a investigação sobre o desenvolvimento social e cultural de Macau”. O Grupo de Ligação Conjunto Luso-Chinês foi criado no âmbito da Declaração Conjunta Luso-Chinesa sobre a Questão de Macau de 1987, que abriu caminho à transição da administração do território. O grupo chegou a acordos que garantiram, entre outros, o estatuto do português como língua oficial de Macau, a proibição da pena de morte e a participação da região na Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). Antes de liderar o grupo, Kang Jimin foi vice-director do Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China. Espólio precioso No início deste mês, a UM anunciou a aquisição de uma reedição de 1491 dos Elementos de Euclides, matemático da Grécia antiga considerado o pai da geometria. Na altura a universidade sublinhou que apenas 84 bibliotecas no mundo possuem esta edição de 1491, sendo a única existente na China. Em 2022, a UM tinha adquirido um raro manuscrito português com o relatório oficial da embaixada, liderada por Alexandre Metello, enviada pelo rei D. João V à China em 1725, a única embaixada europeia recebida pelo imperador chinês Yongzheng.
Hoje Macau PolíticaArmazéns | Associação entrega carta por falta de espaços A Associação dos Barraqueiros de Macau, através do seu presidente, Chio Tak Sio, entregou ontem uma carta na sede do Governo a pedir mais espaços para o armazenamento de equipamentos de construção, nomeadamente as estruturas de bambu utilizadas nas obras. Segundo a TDM Rádio Macau, Chio Tak Sio adiantou que o sector pede a renovação da concessão por arrendamento de um terreno para este fim. Contudo, a Direcção dos Serviços de Solos e Construção Urbana informou a associação de que não lhe será renovada a concessão do terreno que usavam desde 2014. Os membros da associação têm agora 60 dias para desocupar o terreno, sem direito a indemnização. Desta forma, foi pedido que as autoridades encontrem alternativas para a sua situação. A zona E2 dos Novos Aterros Urbanos está situado na zona sul da península de Macau entre a Torre de Macau e a ponte Governador Nobre de Carvalho. Esta quarta-feira, as autoridades levaram a cabo acções de despejo em vários terrenos ilegalmente ocupados até à data.
Hoje Macau SociedadeObras ilegais | Quase 130 demolições na primeira metade de 2024 Durante os primeiros seis meses deste ano foram registados 127 casos de demolição voluntária de obras ilegais, “número que tem vindo a aumentar”, indicou ontem a Direcção dos Serviços de Solos e Construção Urbana (DSSCU). No mesmo comunicado, as autoridades dão o exemplo mais recente de obras ilegais no terraço de um edifício na Rua de Marques de Oliveira, na Freguesia de Santo António, onde encontraram uma construção ilegal renovada na sequência de uma queixa. A construção era composta “por coberturas metálicas, vedações e portões e também estava em curso a renovação de uma outra construção ilegal composta por um suporte metálico e uma cobertura. A DSSCU emitiu uma ordem de embarga à obra e exigiu aos infractores que demolissem, por sua iniciativa, a construção, repondo as partes comuns do edifício ao seu estado original. Como a ordem da DSSCU não foi acatada, as autoridades procederam à sua demolição.
Hoje Macau PolíticaMalásia | Campanha “Sentir Macau” arranca hoje Arranca hoje mais uma campanha promocional do turismo local, nomeadamente na Malásia, que terá a duração de quatro dias. Ontem, decorreu um seminário promocional e bolsa de contactos sobre os mais recentes produtos no âmbito do conceito “Turismo + Convenções e Exposições”, num hotel em Kuala Lumpur. Participaram membros do Governo, representantes das seis operadoras de jogo e de operadores turísticos da Malásia, num total de mais de 110 participantes. No seu discurso, Cheng Wai Tong, subdirector da Direcção dos Serviços de Turismo, referiu que, de acordo com dados provisórios, no primeiro semestre deste ano, Macau recebeu 85.140 visitantes da Malásia, um aumento de quase duas vezes em relação ao mesmo período de 2023. Actualmente, a Malásia ocupa o quarto lugar no ranking dos mercados de visitantes internacionais e o sétimo lugar entre os dez maiores mercados de visitantes de Macau. Segundo os dados recentemente divulgados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos, nos primeiros cinco meses deste ano, 928 mil visitantes chegaram a Macau em excursões, um aumento de 2,3 vezes em relação ao período homólogo do ano passado, sendo que 88 mil eram visitantes internacionais, representando um aumento de 14 vezes.
Hoje Macau PolíticaDelinquência juvenil | Ho Ion Sang quer reforço de educação cívica A subida da criminalidade protagonizada por jovens, revelada no último relatório do gabinete do secretário para a Segurança, deve ser combatida através do reforço dos conteúdos curriculares ao nível da educação cívica e comportamental. Esta é uma das ideias principais da interpelação escrita do deputado Ho Ion Sang, divulgada ontem, que apela ao Governo para se debruçar sobre a promoção de boas condutas dos mais novos. O deputado dos Moradores perguntou também se o Governo tem planos para actualizar os materiais escolares para introduzir conteúdos sobre políticas nacionais como o projecto da Grande Baía, a iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”, a zona de cooperação aprofundada e a grande modernização chinesa. Na óptica do deputado, a actualização é necessária para permitir que os alunos conheçam profundamente o país e assumam a responsabilidade histórica conferida pela entrada numa nova era. Ho Ion Sang sugeriu ainda que o sistema de ensino deve reflectir o que se passa na vida quotidiana, nomeadamente com os docentes e alunos a analisarem em conjunto a actualidade e os acontecimentos que marcam a sociedade, para que os mais jovens cresçam com valores correctos.