Hoje Macau Manchete SociedadeAeroporto | Arrancou transporte de carga para Madrid A primeira rota de carga de longo curso entre Macau e Madrid está a ser operada pela companhia Ethiopian Airlines, da Etiópia. O director para a China da empresa defende que Macau é “uma plataforma importante” para a cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa A primeira rota de carga de longo curso entre Macau e Madrid arrancou na quinta-feira, com um Boeing 777F operado pela Ethiopian Airlines, que levantou voo do Aeroporto Internacional de Macau (MIA). A companhia aérea etíope efectuará duas viagens de ida e volta por semana, e os Boeing 777F transportarão principalmente mercadorias de comércio electrónico transfronteiriço, de acordo com uma nota da empresa gestora do MIA, a que a Lusa teve acesso. “A nova rota irá melhorar ainda mais a rede de carga aérea entre a Ásia e a Europa, fornecendo um apoio logístico mais eficiente às exportações da Área da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau (GBA), e impulsionando a competitividade logística” desta região, acrescenta-se na nota. Segundo a gestora do MIA, Madrid é um dos principais centros logísticos da Europa, pelo que “a abertura desta nova rota irá satisfazer a crescente procura de carga aérea, ao mesmo tempo que reforça a conectividade entre a GBA e os mercados europeus”, esperando-se que os volumes de carga sejam “cada vez maiores”. O director nacional para a China da Ethiopian Airlines, Aman Wole Gurmu, citado na nota, afirmou que Macau é “uma plataforma importante” para a cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa, pelo que o lançamento da nova rota irá reforçar esse papel, constituindo-se como um corredor logístico aéreo que ligará a Europa e a Ásia. Preencher lacunas “Esta nova rota não só preenche a lacuna no transporte de carga entre Macau e Espanha, mas também aproveita a rede local em Espanha para ligar Macau aos mercados em África e na América do Sul, formando uma rede logística triangular ‘Ásia-África-Europa’”, segundo Aman Wole Gurmu, ainda que a rede perseguida pareça ser “quadrangular”, atendendo à inclusão do continente americano na equação. “Isto ajudará Macau a tornar-se um centro-chave para as exportações transfronteiriças de comércio electrónico e transporte de carga na área da Grande Baía”, acrescentou. De acordo com a empresa gestora do MIA, assiste-se a um crescimento constante do negócio de carga nos últimos anos, com a procura de logística aérea a ser impulsionada pelo rápido aumento do comércio electrónico transfronteiriço, tendo o aeroporto de Macau estado envolvido num volume de transporte de carga na ordem das 108.000 toneladas em 2024.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Mais de 320 mil visitantes entraram em Macau em dois dias Na sexta-feira, em que se assinalou o feriado do Cheng Ming, e no sábado, entraram em Macau 321.961 visitantes. A afluência de turistas nos dois dias obrigou as autoridades a implementar medidas, que incluíram o controlo do fluxo de pessoas nas imediações das Ruínas de São Paulo na sexta-feira. Além disso, o Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) interrompeu temporariamente o trânsito na Rua da Nossa Senhora do Amparo, desviando o tráfego para a Rua das Estalagens. O dia em que se registaram mais entradas de visitantes foi na sexta-feira, quando entraram em Macau 173.256 turistas, com o posto fronteiriço das Portas do Cerco a chegar quase às 78 mil travessias. Nos dois dias, entraram na RAEM pelas Portas do Cerco 148.874 visitantes. O posto fronteiriço da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau registou o segundo maior fluxo de travessias, com a entrada de mais de 61.100 visitantes no total dos dois dias, seguido do posto de Hengqin, por onde entraram 51.100 visitantes. Em relação a ontem, até ao fecho desta edição, os últimos dados do CPSP apontavam para a entrada em Macau de 27.671 visitantes até às 11h.
Hoje Macau China / ÁsiaSismo | Junta militar de Myanmar declara cessar-fogo na guerra civil até 22 abril para facilitar ajuda A junta militar no poder em Myanmar declarou hoje um cessar-fogo na guerra civil até 22 de abril, para facilitar a ajuda à população, após o sismo de magnitude 7,7 que atingiu o país a 28 de março. O cessar-fogo temporário foi também decretado para mostrar compaixão para com as pessoas afetadas, informou hoje a televisão estatal de Myanmar (antiga Birmânia). O anúncio, feito num comunicado do alto comando militar, segue-se a cessar-fogos temporários unilaterais declarados por grupos de resistência armada que se opõem ao regime militar. A notícia televisiva indicou que os grupos armados étnicos e as milícias locais devem abster-se de atacar as forças de segurança do Estado e as bases militares, e não devem organizar-se, reunir forças ou expandir as suas áreas de influência. Se tais grupos não cumprirem essas condições, o Exército tomará as medidas necessárias, segundo o comunicado. Um novo balanço hoje divulgado pelas autoridades elevou para 2.886 o número de mortos e 4.639 o número de feridos no terramoto de há cinco dias, enquanto prosseguem as operações de busca por sobreviventes. Segundo a oposição democrática, que controla partes do país, cerca de 8,5 milhões de pessoas foram “diretamente afetadas” pelo terramoto no país em guerra. No fim de semana, a junta militar afirmou que mais de 2.600 edifícios, incluindo casas, igrejas, escolas e pagodes, ruíram devido ao sismo e às réplicas. O Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA) afirmou que só na capital, Naypyidaw, mais de 10.000 edifícios ficaram destruídos ou gravemente danificados.
Hoje Macau PolíticaZona A | Leong Sun Iok pede melhores transportes nos novos aterros Leong Sun Iok interpelou o Executivo sobre a necessidade de melhorar o sistema de transportes na zona A dos novos aterros. “Recentemente foi aberta a selecção dos agregados familiares habilitados para as 3017 fracções de habitação económica da Zona A dos Novos Aterros, portanto, os mesmos vão poder mudar-se para lá num curto prazo. No entanto, as diversas infraestruturas estão ainda por concluir e por abrir ao público”, disse. O deputado alertou também para o facto de não existirem “instalações complementares”, além de que “os transportes públicos que passam por lá só asseguram a ligação entre Macau e a Taipa e a ligação ao Edifício do posto fronteiriço da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau”. Desta forma, considera ser “premente resolver esta situação”, até porque, na sua visão, “a Zona A dos Novos Aterros continua a ser um grande estaleiro de obras e, nos próximos anos, várias obras vão continuar”. Assim, Leong Sun Iok questiona também se vão existir “mecanismos de apresentação de queixas e de coordenação dos trabalhos, para resolver, de imediato, os incómodos causados pelas obras”.
Hoje Macau SociedadeHospital das Ilhas | Centro Médico com consultas de 52 especialidades Os Serviços de Saúde (SS) apontam que o Centro Médico de Macau do Peking Union Medical College Hospital, no Hospital das Ilhas, disponibiliza consultas médicas de 52 especialidades desde a sua abertura, a 16 de Setembro de 2024, em áreas como a nefrologia, ginecologia, tratamento de varizes ou da osteoporose, entre outras patologias. Além disso, “as vagas diárias para marcações dos serviços de especialidade médica aumentaram 50 por cento face ao período inicial da sua inauguração, de modo a atender à crescente procura dos serviços de cuidados de saúde por parte dos residentes de Macau”, descreve a mesma nota. Desde o dia 17 de Março que o Centro Médico passou a disponibilizar consultas externas aos não residentes, titulares do visto de estudante, portadores do Título Especial de Permanência e outros indivíduos de longa permanência em Macau. Inquérito | 170 residentes realizam análises Os Serviços de Saúde realizaram recentemente quatro sessões do inquérito-piloto do “Inquérito sobre a Saúde de Macau 2026”, que contaram com a participação de 170 residentes, entre 200 inscritos, que além de responderem a questões foram submetidos a um check-up de saúde. Para tal, fizeram análise ao sangue e urina, procederam à medição da pressão arterial, altura, peso e circunferência da cintura, da força de preensão manual e da audição. Duas semanas após a conclusão do exame, os residentes podem consultar ou receber o relatório através da “Minha Saúde 2.0” na “Conta Única de Macau”, ou por correio registado ou e-mail. Especialistas e académicos da Peking Union Medical College vieram a Macau para fazer o controlo de qualidade e orientação dos chamados inquéritos-piloto.
Hoje Macau PolíticaCAEAL | Cerca de 15 milhões em prémios, abonos e subsídios No âmbito da realização das eleições para a Assembleia Legislativa, a Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa (CAEAL) prevê gastar 15,68 milhões de patacas com o pagamento de “outra remunerações, subsídios, abonos e prémios”. Esta rubrica de gastos com o pessoal diz respeito a 27,8 por cento do orçamento total, que é de 54,58 milhões de patacas, de acordo com a informação publicada ontem no Boletim Oficial. A realização das eleições prevê outros custos com o pessoal, como os gastos de 3,20 milhões de patacas para “os membros de conselhos”, 53,6 mil patacas como despesas com “remunerações para formação” e 728,3 mil patacas para “abono de alimentação e alojamento”. A outra grande despesa prevista passa pelo pagamento de instalações e equipamentos, no qual a CAEAL prevê gastar 14,36 milhões de patacas. Além disso, estão previstas despesas de 4,70 milhões de patacas em encargos com anúncios, 2,93 milhões de patacas com “equipamentos informáticos e sistemáticos”, 2,03 milhões de patacas com comunicações, serviço postal e correio expresso e ainda 1,07 milhões de patacas em materiais promocionais e ofertas. As próximas eleições para a Assembleia Legislativa estão agendadas para a segunda metade do ano, a 14 de Setembro.
Hoje Macau China / ÁsiaMyanmar | Mais de 2.880 mortos e de 4.600 feridos A junta militar birmanesa elevou ontem o balanço do sismo que atingiu Myanmar há cinco dias para 2.886 mortos e 4.639 feridos, enquanto continuavam as buscas por sobreviventes. O balanço anterior, divulgado na terça-feira, era de 2.719 mortos, 4.521 feridos e 441 desaparecidos. O porta-voz da junta, general Zaw Min Tun, divulgou o novo balanço provisório à agência de notícias EFE, numa altura em que se registou mais um resgate de um sobrevivente. Cinco dias depois do sismo, um jovem com cerca de 20 anos foi resgatado por socorristas birmaneses e turcos dos escombros de um hotel na capital, Naypyidaw, disseram as autoridades. A junta disse que cerca de 1.500 socorristas de 15 países se encontram no país do sudeste asiático afectado por um sismo de magnitude 7,7 na sexta-feira, 28 de Março, que também atingiu a vizinha Tailândia. Os socorristas são provenientes da China, da Índia, da Rússia, de Singapura, da Tailândia, do Vietname, da Malásia, dos Emirados Árabes Unidos, do Laos, da Bielorrússia, da Turquia, do Butão, das Filipinas, do Bangladesh e da Indonésia. A junta militar, que tomou o poder após um golpe de Estado em Fevereiro de 2021, disse que as equipas estrangeiras também levaram medicamentos e outros materiais que estavam a ser entregues em algumas regiões. No entanto, a ajuda internacional ainda não chegou a todas as áreas afectadas, admitiram as autoridades. No fim de semana, a junta afirmou que mais de 2.600 edifícios, incluindo casas, igrejas, escolas e pagodes, ruíram devido ao terramoto e às réplicas. O Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA) afirmou que só em Naypyidaw mais de 10.000 edifícios foram destruídos ou gravemente danificados. Zonas de guerra A oposição democrática, que controla partes do país, calculou que 8,5 milhões de pessoas foram “directamente afectadas” pelo terramoto num país que se encontra em guerra, o que agrava a situação e dificulta os esforços humanitários. Os militares disseram ontem que dispararam tiros para o ar para tentar afastar elementos da Cruz Vermelha da China numa zona de conflito com os rebeldes. O porta-voz Zaw Min Tun declarou, num comunicado, que os soldados tentaram parar um comboio de nove veículos que se dirigia para a aldeia de Ommati, no estado de Shan (norte), na terça-feira à noite. “As forças de segurança tentaram parar os veículos quando os viram, mas não conseguiram”, afirmou, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP). Zaw Min Tun afirmou que a junta estava a investigar o incidente. Segundo o porta-voz, não foi efectuada qualquer “notificação prévia” sobre a entrada dos socorristas chineses “a Myanmar nem à respectiva embaixada, nem ao gabinete do adido militar” em Pequim, condição prévia para a entrada de ajuda estrangeira. A junta e o Exército de Libertação Nacional de Ta’ang (TLNA), um dos principais grupos étnicos rebeldes, entraram em confronto em Ommati, afirmou ainda o porta-voz, alegando que “certos grupos estavam a tirar partido político” da ajuda. Questionado sobre o incidente, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China disse que o equipamento enviado pela Cruz Vermelha chinesa tinha chegado e estava seguro, tal como os trabalhadores humanitários. “Pedimos a todas as partes de Myanmar que permitam a passagem sem entraves da ajuda”, acrescentou o ministério, citado pela AFP. A China enviou uma equipa de 82 trabalhadores humanitários para Myanmar no sábado e mais 118 no domingo. O chefe da junta militar, Min Aung Hlaing, pediu a ajuda da comunidade internacional, uma ação rara dos militares birmaneses e que ilustra a dimensão da catástrofe.
Hoje Macau EventosLetras&Companhia | Luísa Sobral no Teatro D. Pedro V este sábado Luísa Sobral, cantora e romancista, está em Macau para participar em mais uma edição do festival literário infanto-juvenil “Letras&Companhia”, organizado pelo IPOR. A primeira actuação decorre este sábado no Teatro D. Pedro V, com o espectáculo “Coisas Pequenas”. Segue-se, na terça-feira, a apresentação do seu livro “O Peso das Palavras” O Instituto Português do Oriente (IPOR) volta a apresentar, a partir desta sexta-feira, mais uma edição do festival literário inteiramente dedicado a crianças, jovens e suas famílias, intitulado “Letras&Companhia”. E no meio de workshops de escrita e leitura, exposições e actividades em torno do tema da educação e inteligência artificial, há um destaque no programa: a presença da cantora portuguesa e romancista Luísa Sobral. Luísa Sobral, que tem uma carreira como compositora e cantora já de alguns anos, traz a Macau o seu “concerto intimista”, intitulado “Coisas Pequenas”, que acontece este sábado a partir das 20h no Teatro D. Pedro V. Segundo o cartaz do “Letras&Companhia”, este espectáculo traz a Macau “um reportório constituído por músicas dos sete álbuns lançados em nome próprio, canções que escreveu para outros e por algumas composições musicais que a marcaram”. Desta forma, “será um momento musical de partilha de histórias e memórias, pautado pela poesia das ‘coisas pequeninas’ que participam na beleza da vida”. Além disso, o concerto conta com a presença de Mina Pang, dos Cotton Kids, a acompanhar um tema em palco. Mas Luísa Sobral faz ainda uma segunda participação no “Letras&Companhia”, apresentando o seu livro infantil “O Peso das Palavras”, na próxima terça-feira, na Livraria Portuguesa, a partir das 18h30. Esta obra, que é ilustrada por “Ligeiramente Canhoto”, inclui a história “do (super)poder das palavras”, escreveu a Lusa, descrevendo que “rouxinóis e um elefante convidam o leitor a reflectir sobre o impacto que a escolha das palavras pode ter no quotidiano”. Elefantes e rouxinóis “O Peso das Palavras” nasce “da preocupação em mostrar aos mais novos como algumas palavras têm a capacidade de nos fazer sentir leves como rouxinóis, enquanto outras nos fazem sentir tão pesados como elefantes”, informa a nota de imprensa que acompanha o lançamento da obra. Luísa Sobral explica que “este poema nasceu de uma conversa que tive com a minha filha quando fez um comentário sobre outra menina”. “Nesse momento, senti a necessidade de lhe explicar de forma simples e descomplicada que as palavras têm um peso e que podem magoar ou ser boas. Que através da palavra podemos fazer bem ou mal às pessoas à nossa volta e que, por isso, é muito importante termos noção das palavras que usamos”, acrescentou, citada pela Lusa. “Acredito que a ilustração do livro acrescenta uma nova e importante camada à história, explicando que vamos sempre ouvir palavras que não queremos ouvir, “palavras elefante”. Mas que também faz parte da vida saber lidar com esses “elefantes” até porque querer uma vida repleta de “rouxinóis”, não é realista”, acrescenta a compositora e cantora portuguesa. Árvores e outras histórias Além de “O Peso das Palavras”, Luísa Sobral lançou, mais recentemente, o seu primeiro romance, desta vez para um público mais adulto, chamado “Nem todas as árvores morrem de pé”. “Os meus amigos de vez em quando lêem notícias e coisas que acham que podem ser inspiradoras para canções”, então uma amiga enviou a história de “um casal com o apelido Feliz, mas que decidira terminar a vida junto, ou seja, terminar-se”, em Vila Real, onde vivia na altura, disse a cantora em entrevista à agência Lusa. “Eu achei isso super irónico e poético ao mesmo tempo, então decidi escrever uma canção [‘Maria Feliz’] sobre isso. Só que todos os meus assuntos ficam resolvidos nas canções, mas este não ficou. Foi uma história que parecia que continuava em mim a querer ser mais alguma coisa. Então, decidi começar a escrever um texto que eu achei que ia ser uma peça de teatro, porque eu já ando há um tempo a querer escrever uma peça de teatro, e comecei a escrever, e de repente percebi – eu acho que os personagens aqui têm muita vontade própria – que não queriam ser só canção, depois não queriam ser peça de teatro, quiseram ser romance”, rematou. A narrativa é construída com base em duas histórias paralelas, uma das quais, acompanha Emmi, nascida antes do início da Segunda Guerra Mundial, com uma adolescência difícil e pobre, que se casa com um homem de Berlim Leste e vai viver para a RDA, até que a construção do muro, a separação da família e uma carta anónima a enterram numa profunda depressão. A outra, acompanha M., nascida após a divisão das Alemanhas, educada por uma ama, numa família onde imperam os valores do socialismo. M. vive no total desconhecimento do mundo ocidental e ao sabor de uma realidade distorcida, até ouvir um testemunho de uma rapariga, que mudará a sua vida.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Substituído chefe da polícia Raymond Siu Chak-yee O Governo de Hong Kong anunciou ontem a substituição do chefe da polícia, Raymond Siu Chak-yee. O Chefe do Executivo de Hong Kong, John Lee Ka-chiu, disse, em comunicado, que Raymond Siu “entrou hoje em licença de pré-reforma, depois de servir o Corpo de Polícia de Hong Kong durante 36 anos”. O comissário “demonstrou uma dedicação e determinação inabaláveis para proteger Hong Kong e defender o Estado de Direito ao lidar com a agitação social”, disse John Lee, numa referência às enormes manifestações antigovernamentais, por vezes violentas, de 2019. O anúncio surge dois dias depois dos Estados Unidos terem imposto sanções ao chefe da polícia e a cinco dirigentes públicos de Hong Kong, incluindo o secretário para a Justiça, Paul Lam Ting-Kwok, ao abrigo de uma lei norte-americana que defende a democracia na região chinesa. Na terça-feira, Hong Kong condenou a imposição de sanções e acusou Washington de tentar “intimidar os dirigentes encarregados de protegerem a segurança nacional” da China. “Isto expôs claramente a barbárie dos EUA (…) exactamente a mesma que as recentes táticas de intimidação e coação de vários países e regiões”, disse o Governo da região administrativa especial chinesa. As autoridades de Hong Kong indicaram ainda que o Governo Central chinês aprovou a nomeação de Joe Chow Yat-ming, até agora comissário adjunto, para liderar a polícia do território. John Lee salientou que Joe Chow, de 52 anos, tem “uma vasta experiência em investigação criminal, recolha de informações, formulação de políticas, bem como gestão de pessoal”. De acordo com a imprensa de Hong Kong, ontem, na primeira conferência como novo comissário, Chow apontou a segurança nacional como a prioridade, face ao que chamou de “correntes ocultas” de resistência ao actual regime. O dirigente criticou as sanções contra Raymond Siu como um acto de intimidação e defendeu serem um reflexo do êxito dos esforços da polícia de Hong Kong para capturar fugitivos à justiça.
Hoje Macau China / ÁsiaBanguecoque | China insta empresas a respeitarem leis após queda de torre A embaixada da China na Tailândia apelou às empresas chinesas no país para que “respeitem as leis locais”, após ter sido lançada uma investigação sobre o colapso de um bloco de apartamentos em Banguecoque, que matou cerca de 10 pessoas. Pequim “insta constantemente as empresas chinesas no estrangeiro a respeitarem as leis locais e a contribuírem positivamente para a sociedade”, afirmou ontem a chancelaria na sua página no Facebook. A construção da torre, situada perto do popular mercado de Chatuchak, no norte de Banguecoque, envolveu uma filial da empresa estatal chinesa China Railway Group (CREC) e o seu parceiro local Italian-Thai Development (ITD). Os tremores reduziram a estrutura a uma pilha de escombros numa questão de segundos, provocando a morte de cerca de dez pessoas, com esperanças cada vez menores para as mais de 70 pessoas que se presume estarem ainda encurraladas nos escombros. A maioria das vítimas eram trabalhadores de nacionalidade birmanesa, laociana, cambojana e tailandesa. O edifício de 30 andares visava albergar gabinetes governamentais. “Temos de determinar onde ocorreu o erro”, afirmou a primeira-ministra tailandesa, Paetongtarn Shinawatra, que na segunda-feira ordenou uma investigação sobre os materiais e as normas de segurança no local por um grupo de peritos que lhe deverá apresentar um relatório esta semana. Pequim enviou uma equipa para Banguecoque, incluindo equipas de salvamento, e prometeu “continuar a apoiar a Tailândia, se necessário”. A China é a maior fonte de investimento directo estrangeiro da Tailândia, com 2 mil milhões de dólares injectados no reino até 2024, de acordo com o fornecedor de dados Open Development Thailand. Paetongtarn Shinawatra anunciou na terça-feira que a investigação não será “específica a um país”. “Não queremos que nenhum país em particular pense que estamos apenas a olhar para eles”, afirmou.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Pequim condena críticas às manobras em redor da ilha O Governo chinês criticou ontem “uma minoria de países” de interferência nos assuntos internos da China, depois de algumas nações terem condenado as manobras do Exército chinês em torno de Taiwan. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Guo Jiakun disse, em conferência de imprensa, que “a questão de Taiwan é um assunto puramente interno da China e não admite interferência estrangeira”. Guo afirmou que “o que mina a paz e a estabilidade no estreito de Taiwan são as actividades ‘separatistas’ a favor da independência de Taiwan e a conivência e apoio de forças externas”. “Se querem realmente a paz e a estabilidade no estreito de Taiwan, têm de seguir a tendência geral da comunidade internacional”, acrescentou o porta-voz, apelando ao “respeito pela soberania e integridade territorial da China”. Guo disse que “defender a independência de Taiwan é dividir o país, apoiá-la é interferir nos assuntos internos da China e aprová-la é minar a estabilidade no estreito de Taiwan” e salientou que as manobras das forças chinesas constituem “uma acção disciplinar resoluta contra as provocações” da administração liderada pelo líder de Taiwan, William Lai, pelas “tentativas desenfreadas de independência”. “Enquanto as provocações a favor da independência de Taiwan continuarem, o castigo contra os ‘independentistas’ não cessará”, advertiu o porta-voz, afirmando que Pequim “nunca permitirá que alguém ou qualquer força separe Taiwan da China por qualquer meio”. Na terça-feira, Washington condenou as manobras chinesas em torno de Taiwan e garantiu que o Presidente norte-americano, Donald Trump, insiste na importância de “manter a paz” no estreito. Por seu lado, o Serviço de Acção Externa da União Europeia lamentou que as manobras chinesas “aumentem as tensões no estreito de Taiwan”. Com continuação O Exército chinês anunciou ontem de manhã a realização de novos exercícios militares no centro e no sul do estreito de Taiwan para “testar as capacidades das tropas”, na sequência das manobras de terça-feira. Os exercícios, designados “Straits Thunder-2025A”, centraram-se em tarefas de “identificação e verificação”, “aviso e expulsão” e “intercepção e detenção” para “testar as capacidades das tropas” em domínios como “controlo aéreo, bloqueio e ataques de precisão contra alvos-chave”. Especialistas citados na imprensa oficial chinesa afirmaram que os exercícios mostram que os militares chineses têm “amplas opções de dissuasão” e que Pequim optou por “apertar o cerco às forças secessionistas” com “medidas mais duras e acções enérgicas”. Os exercícios estão a decorrer semanas depois de William Lai, considerado “pró-independência e desordeiro” pelas autoridades chinesas, ter apelidado a China de “força externa hostil” e anunciado iniciativas para travar as operações “de infiltração” de Pequim na ilha.
Hoje Macau China / ÁsiaMyanmar | Sismo faz mais de 2.700 mortos e milhares de feridos O número de mortos do terramoto de magnitude 7,7 que atingiu Myanmar ultrapassou os 2.700, com milhares de feridos, mas foi encontrada ontem uma sobrevivente, anunciaram as autoridades do país do Sudeste Asiático. O chefe da Junta Militar, general Min Aung Hlaing, disse num fórum na capital, Naypyidaw, que 2.719 pessoas foram encontradas mortas, com 4.521 feridos e 441 desaparecidos, segundo a agência de notícias norte-americana Associated Press (AP). Mas as equipas de salvamento continuam a encontrar sobreviventes e retiraram ontem com vida uma mulher de 63 anos dos escombros de um edifício em Naypyidaw. Os bombeiros de Naypyidaw informaram que a mulher foi retirada dos escombros 91 horas depois de ter ficado soterrada quando o edifício ruiu na sequência do sismo de sexta-feira, noticiou a AP. Outros balanços Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 10.000 edifícios desabaram ou ficaram gravemente danificados no centro e noroeste de Myanmar. O terramoto também abalou a vizinha Tailândia e provocou a queda de um edifício em construção, soterrando muitos trabalhadores. Dois corpos foram retirados dos escombros na segunda-feira e outro foi recuperado ontem, mas dezenas de pessoas continuavam desaparecidas. O balanço em Banguecoque era ontem de 21 mortos e 34 feridos, principalmente no local da construção. “Até ao momento, conseguimos mobilizar o pessoal e o material que temos no país”, disse o coordenador humanitário da ONU na antiga Birmânia, Marcoluigi Corsi, numa teleconferência a partir de Rangum. Corsi disse, no entanto, que o material provém dos recursos que a ONU tinha planeado utilizar para as vítimas do conflito armado. “Temos de pensar em reabastecer estes fornecimentos”, afirmou, citado pela agência de notícias espanhola EFE. As autoridades de Myanmar afirmaram que mais de 8,5 milhões de pessoas foram directamente afectadas pelo sismo que atingiu a região centro-norte do país na sexta-feira.
Hoje Macau EventosConcerto com Jean-Yves Thibaudet dia 19 no CCM O pianista francês Jean-Yves Thibaudet actua em Macau no próximo dia 19 de Abril, sábado, ao lado da Orquestra de Macau, no grande auditório do Centro Cultural de Macau (CCM). O espectáculo intitula-se “A Sagração da Primavera”, sendo interpretadas composições como “Concerto para Piano nº 5 – O Egípcio”, de Camille Saint-Saëns. O programa inclui também a obra “A Sagração da Primavera”, de Igor Stravinsky, considerada uma das obras mais marcantes do início do século XX e reconhecida pela sua grandiosa orquestração e estilo inovador, descreve o Instituto Cultural (IC) numa nota. Apresenta-se ainda “O Grande Bazar”, de Fazıl Say. “Reconhecida pela sua instrumentação complexa e ritmos imprevisíveis, ‘A Sagração da Primavera’ exige aos músicos uma grande coordenação e mestria técnica. Esta obra inovadora rompeu com as convenções da música clássica e tornou-se uma referência para a música vanguardista e cinematográfica das gerações futuras”, lê-se ainda. A Orquestra de Macau irá ter em palco uma formação superior a cem músicos, “proporcionando ao público uma experiência intensa e arrebatadora”, é descrito. O melhor dos melhores Jean-Yves Thibaudet é amplamente reconhecido como “um dos melhores pianistas do mundo”, gozando de grande prestígio no panorama da música clássica. Com uma vasta discografia, participou em mais de 70 gravações e bandas sonoras de seis filmes. Foi nomeado duas vezes para os Prémios Grammy e recebeu diversos galardões, incluindo o Prémio da Crítica Discográfica Alemã, o Diapasão de Ouro (França), o Grande Prémio da Música Clássica (França), o Prémio Edison (Amesterdão), o Prémio Gramophone (Reino Unido) e o Prémio Echo Klassik (Alemanha). Destacou–se ainda como solista de piano na banda sonora do filme vencedor de Óscar “Orgulho e Preconceito”. Este espectáculo integra-se na temporada de concertos da Orquestra de Macau para os anos de 2024 e 2025. Os bilhetes já estão à venda e os preços variam entre 150 e 300 patacas.
Hoje Macau EventosFRC | Debate sobre dados e cidades sustentáveis hoje ao fim da tarde “O Poder dos Dados: Construir Cidades Inteligentes e Sustentáveis” é o nome da palestra que acontece hoje, a partir das 18h30, na Fundação Rui Cunha. A conversa decorre com dois académicos e analistas, Miguel de Castro Neto, director da Escola de Gestão e Informação da Universidade Nova de Lisboa, e André Barriguinha, director-executivo do Nova Cidade Urban Analytics Lab, ligado à mesma instituição de ensino A Fundação Rui Cunha (FRC) apresenta hoje, a partir das 18h30, uma sessão de debate sobre cidades mais sustentáveis e dados, integrada no ciclo “Roda de Ideias”. A conversa intitula-se “The Power of Data: Building Smart and Sustainable Cities” [O Poder dos Dados: Construir Cidades Inteligentes e Sustentáveis” e é protagonizada por Miguel de Castro Neto, director da NOVA Information Management School (NOVA IMS) [Escola de Gestão e Informação] da Universidade Nova de Lisboa, e André Barriguinha, director-executivo do Nova Cidade Urban Analytics Lab, também ligado à Universidade Nova de Lisboa. A moderação ficará a cargo de José C. Alves, reitor da Faculdade de Gestão da Universidade da Cidade de Macau, co-organizadora do evento. Segundo uma nota de imprensa da FRC, os oradores “pretendem trazer ao território uma reflexão sobre o futuro das cidades inteligentes e sustentáveis”, destacando-se “a importância da análise tecnológica de dados” que pode “contribuir, não só para o progresso ambiental, mas também para a inclusão social, a resiliência económica e a confiança dos cidadãos” na estrutura e organização das sociedades. A ideia é partilhar o modelo seguido na Universidade Nova de Lisboa quanto ao “tratamento e aplicação de dados informáticos com um propósito definido”. “Mais do que analisar números, criamos valor, transformando os dados em conhecimento prático, o que impulsiona uma melhor governação, a tomada de decisões informadas e a inovação pública”, referem os oradores, citados pela mesma nota. Os académicos dizem acreditar que “desde melhorar a forma como as pessoas se movimentam, vivem, trabalham e se envolvem, os dados são um factor essencial para sociedades mais transparentes e impactantes”. Que desafios? Para os analistas da Universidade Nova de Lisboa, o desafio actual neste campo obriga a “repensar o papel dos dados na construção de um mundo mais inteligente, ético e sustentável”, pois “desde os avanços impulsionados pela Inteligência Artificial na área da saúde, até ao poder dos dados na tomada de decisões a nível global, como as alterações climáticas e a resiliência económica, o foco está nas escolhas que são feitas hoje e no seu impacto para o futuro”. Miguel de Castro Neto é, além de director da referida Escola, professor associado da mesma instituição de ensino. Criou e lidera o NOVA Cidade – Urban Analytics Lab, dedicado às cidades inteligentes e analítica urbana. Além disso, dirige o mestrado em Gestão de Informação e as Pós-Graduações em Smart Cities e Busines Analytics for Hospitality and Tourism. Foi Secretário de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza nos XIX e XX Governos portugueses e considerado “Personalidade Smart Cities do Ano 2017” (Green Business Week/Fundação AIP). Por sua vez, André Barriguinha é doutorado em Gestão de Informação – Geoinformática, mestre em Ciência e Sistemas de Informação Geográfica e licenciado em Engenharia Agrícola. É também docente na NOVA IMS da Universidade Nova de Lisboa e investigador integrado no Information Management Research Center (MagIC) e Director Executivo do NOVA Cidade – Urban Analytics Lab, onde desenvolve trabalho em sistemas de informação geográfica, gestão de informação, inteligência artificial geoespacial e analítica urbana e territorial.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Pequim considera manobras em redor da ilha “necessárias e legítimas” O Governo chinês afirmou ontem que as manobras do Exército chinês em torno de Taiwan “são legítimas e necessárias para defender e manter a soberania e a unidade nacional”. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Guo Jiakun disse em conferência de imprensa que os exercícios militares “constituem um aviso sério e um poderoso dissuasor para as forças separatistas”. “Taiwan é uma parte inalienável do território chinês” e as questões relacionadas com a ilha “são um assunto puramente interno da China que não admite qualquer interferência externa”, disse. “As autoridades do Partido Democrático Progressista (DPP) insistem teimosamente na sua posição pró-independência”, acrescentou o porta-voz, avisando que “estão condenadas ao fracasso”. Guo declarou que “a tendência histórica da ‘reunificação’ da China é imparável”. A China anunciou ontem o início de novos exercícios militares em torno de Taiwan com unidades do exército, marinha, força aérea e força de foguetões para “se aproximarem da ilha a partir de várias direcções” e “emitirem um aviso sério às forças separatistas que procuram a independência”. O líder de Taiwan, William Lai, proferiu recentemente um dos seus mais duros discursos contra a China. Pela primeira vez, classificou a China como uma “força externa hostil”, o que foi interpretado por alguns analistas como uma mudança nas políticas defendidas pelo seu antecessor e uma tentativa de alterar o estatuto de Taiwan.
Hoje Macau China / ÁsiaChina quer contribuir para o fim da guerra na Ucrânia A China está disposta a desempenhar um “papel construtivo” para pôr fim ao conflito na Ucrânia, apoiando Moscovo na defesa dos seus interesses, afirmou ontem o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi. Durante uma reunião com o homólogo russo em Moscovo, Serguei Lavrov, Wang afirmou que a China país irá trabalhar com a Rússia para contribuir para a paz. A cooperação com Moscovo será “certamente renovada com uma nova vitalidade e entrará numa nova fase”, afirmou Wang, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP). Lavrov congratulou-se por as relações entre os dois países terem atingido “um novo nível” e afirmou que continuarão a desenvolver-se “em todas as frentes”. “Vemos também a responsabilidade de Moscovo e Pequim em manter uma estreita coordenação na arena internacional”, afirmou Lavrov, citado pela agência espanhola EFE. “Os países da maioria mundial vêem nisto, seguramente, o mais importante factor de estabilização nestes momentos difíceis do desenvolvimento da política mundial”, acrescentou. Lavrov disse que iria discutir com Wang os preparativos para o encontro entre os Presidentes russo, Vladimir Putin, e chinês, Xi Jinping, em Moscovo, por ocasião do 80.º aniversário da vitória do Exército Vermelho sobre a Alemanha nazi, em 09 de Maio. “Os encontros entre Putin e Xi dão sempre um impulso importante ao desenvolvimento das relações bilaterais”, afirmou Lavrov. Outros passos O ministro chinês disse que Pequim está disposta a trabalhar com Moscovo “para contribuir para um mundo multipolar e para a democratização das relações internacionais”. Wang Yi efectua uma visita a Moscovo esta semana para conversações não só com Lavrov, mas também com Putin. “Trabalharemos em conjunto para contribuir ainda mais para a causa da paz e do desenvolvimento humano”, afirmou Wang durante a reunião com Lavrov. O Presidente norte-americano, Donald Trump, tem apelado a um rápido fim da guerra na Ucrânia, mas a sua administração não conseguiu alcançar um avanço decisivo apesar das negociações com Kiev e Moscovo. Pequim declarou que Wang manterá “conversações aprofundadas sobre a próxima fase do desenvolvimento das relações sino-russas e sobre questões internacionais e regionais de interesse comum” durante a visita.
Hoje Macau China / ÁsiaHK / EUA | Condenadas sanções contra chefe da polícia O executivo de John Lee acusa Washington de tentar coagir países e regiões e de assumir um “comportamento desprezível” Hong Kong condenou ontem “de forma veemente” os Estados Unidos por terem imposto sanções ao chefe da polícia e a cinco dirigentes públicos do território. Num comunicado, o Governo da região semiautónoma chinesa acusou Washington de tentar “intimidar os dirigentes encarregados de protegerem a segurança nacional” da China. As sanções, impostas na segunda-feira, ao abrigo de uma lei norte-americana que defende a democracia na região administrativa especial chinesa, visam o comissário da polícia, Raymond Siu Chak-yee, e o secretário para a Justiça de Hong Kong, Paul Lam Ting-Kwok. “Isto expôs claramente a barbárie dos EUA sob a sua hegemonia, que é exactamente a mesma que as suas recentes tácticas de intimidação e coação de vários países e regiões”, disse o Governo da região chinesa. O Chefe do Executivo de Hong Kong, John Lee Ka-chiu, encontrava-se já sujeito a sanções dos EUA, mas as autoridades da cidade garantiram que “não se deixam intimidar por este comportamento desprezível”. As sanções “demonstram o empenho da administração Trump em responsabilizar aqueles que privam os residentes de Hong Kong dos direitos e liberdades protegidos ou que cometem actos de repressão transnacional em solo americano ou contra pessoas americanas”, afirmou o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, em comunicado. Segurança em causa O Governo de Hong Kong descreveu as pessoas mencionadas pelos Estados Unidos como fugitivos com mandados de captura, mas “não porque exerceram a sua liberdade de expressão”. Eles “continuam a envolver-se descaradamente em actividades que colocam em risco a segurança nacional, incluindo incitar a secessão e solicitar que países estrangeiros imponham ‘sanções’ ou bloqueios e se envolvam em outras actividades hostis” contra a China e Hong Kong, referiu o comunicado. “Os EUA difamaram e espalharam deliberadamente comentários irresponsáveis sobre as medidas e acções tomadas pelo Governo (…), numa tentativa de enganar o público”, lamentaram as autoridades de Hong Kong. As sanções norte-americanas têm por efeito o congelamento dos bens de todos estes indivíduos nos Estados Unidos e a proibição de quaisquer transações financeiras com os visados. “Os EUA têm ignorado o princípio da não interferência ao abrigo do direito internacional, interferindo nos assuntos internos de outros países, aliciando agentes, instigando ‘revoluções coloridas'”, disse o Governo de Hong Kong.
Hoje Macau SociedadeDespejo | Terreno recuperado na Taipa O Governo realizou ontem uma acção de despejo para recuperar um terreno do Estado ilegalmente ocupado, com uma área de cerca de 1.111 metros quadrados. O terreno em questão, situado entre a Rua Fernão Mendes Pinto e a Estrada Governador Nobre de Carvalho na Taipa, estava vedado com portão e tapumes metálicos e era usado para o depósito de contentores e estacionamento de veículos. Além disso, segundo indicou ontem a Direcção dos Serviços de Solos e Construção Urbana, no local foi construída uma barraca composta por suporte e cobertura metálicos e tapumes. Antes do despejo, as autoridades exigiram aos ocupantes ilegais que desocupassem e devolvessem o terreno dentro de um determinado prazo. As exigências do Governo não foram atendidas.
Hoje Macau SociedadeCreche Smart | IAS acusado de não respeitar primado da lei A Creche Smart, ligada à associação Zonta Club de Macau, acusou o Instituto de Acção Social (IAS) de não respeitar o primado da lei. A acusação consta de um comunicado publicado nas redes sociais e surge em reacção à decisão do IAS de cortar o financiamento e recuperar as instalações desta creche subsidiada. “Manifestamos a nossa preocupação pela falta de adesão do IAS aos princípios do Estado de Direito em Macau e da boa-fé estipulados no acordo [de financiamento da creche]”, é indicado no comunicado. “A actuação inadequada e ilegal do IAS prejudicou os interesses de todas as partes envolvidas. A associação Zonta Club de Macau ficou estupefacta e lamenta esta actuação”, foi acrescentado. A associação indica ainda que o diferendo com o IAS sobre a renovação do acordo de financiamento da creche se deve a motivos de contabilidade e de aplicação da lei, mas nunca a questões de princípio, pelo que não compreende a decisão do IAS de romper com o acordo. A mensagem assinada pela presidente da Zonta Club de Macau, Christiana Ieong, apela igualmente ao “IAS para manter a calma, objectividade, justiça e lidar com o assunto”. Além disso, a Zonta garante que vai tomar todas as medidas legais para proteger os seus direitos. Ao mesmo tempo, a mensagem garante que a creche está a funcionar normalmente e que vai continuar assim. Quando anunciou o fim das negociações para a renovação do acordo, o IAS tinha colocado a hipótese de a creche ser encerrada, mas garantiu aos encarregados de educação existirem vagas suficientes na Taipa para transferir as crianças.
Hoje Macau PolíticaSegurança | Deputado pede desactivação de elevadores não inspeccionados Terminou ontem o período de transição dado a proprietários e administrações de condomínios para procederem à inspecção anual dos elevadores. De acordo com o regime jurídico de segurança dos ascensores, aprovado há três anos, os elevadores que não tenham passado na inspecção devem suspender o funcionamento. Em declarações ao jornal do Cidadão, o deputado Wu Chou Kit defendeu que o Governo deve ser rigoroso e exigir a suspensão dos elevadores que não foram submetidos a inspecções de segurança. Quanto ao custo da inspecção de elevadores, Wu Chou Kit considera que os preços praticados em Macau são razoáveis e geralmente inferiores aos critérios de cobrança elaborados pelo Governo. Recentemente, o deputado Leong Sun Iok revelou ter recebido queixas de residentes sobre a falta de transparência na fixação de preços por parte de entidades inspectoras de elevadores. Além disso, o deputado dos Operários indicou que por vezes os residentes ou administrações de condomínios são obrigados a esperar muito tempo para obter um orçamento.
Hoje Macau China / ÁsiaMar do Sul | Pequim descobre grande jazida de petróleo A companhia petrolífera chinesa CNOOC descobriu um importante campo de petróleo no leste do mar do Sul da China, com reservas comprovadas de mais de 100 milhões de toneladas, informou ontem a imprensa estatal. De acordo com a agência de notícias oficial chinesa Xinhua, o campo identificado, Huizhou 19-6, situa-se a cerca de 170 quilómetros da cidade de Shenzhen, no sul do país. As perfurações de teste produziram 413 barris de crude e 68 mil metros cúbicos de gás natural por dia, segundo a mesma fonte. As reservas comprovadas do campo petrolífero, ou seja, a quantidade de hidrocarbonetos cuja recuperação pode ser estimada com quase certeza utilizando as técnicas actuais, ascendem a mais de 100 milhões de toneladas, segundo as informações citadas pela Xinhua. O subsolo do mar do Sul da China está em grande parte subexplorado devido a disputas territoriais, mas a maioria dos depósitos de petróleo e gás conhecidos encontra-se em áreas não contestadas, segundo a Administração de Informação sobre Energia dos Estados Unidos. Pequim reivindica a soberania de quase todo o mar, sobre o qual as Filipinas, a Malásia, o Vietname, a Indonésia e o Brunei também têm reivindicações.
Hoje Macau China / ÁsiaXi Jinping estimula investimento em encontro com empreendedores estrangeiros Na manhã de sexta-feira, 28 de março, Xi Jinping reuniu-se com “representantes da comunidade empresarial internacional” no Grande Salão do Povo em Pequim. “A razão pela qual convidei todos os presentes é para ouvir as vossas ideias, responder às vossas preocupações e apoiar o desenvolvimento das empresas estrangeiras na China”, explicou o presidente nas palavras iniciais da sua intervenção, passando a prestar homenagem aos inúmeros benefícios que as empresas estrangeiras trouxeram ao país. “As impressionantes conquistas da China não se devem apenas ao Partido Comunista e ao povo chinês, mas também ao apoio e à ajuda da comunidade internacional, incluindo a contribuição das empresas estrangeiras que operam na China”, afirmou Xi. “As empresas estrangeiras representam um terço do total das importações e exportações da China, um quarto do seu valor acrescentado industrial e um sétimo das suas receitas fiscais, criando mais de 30 milhões de postos de trabalho”, explicou. Para Xi, as empresas estrangeiras são “participantes importantes na modernização chinesa, na reforma, abertura e inovação do país, e na sua interconectividade com o mundo e integração na globalização económica”. Por isso, “aqui gostaria de expressar a minha sincera gratidão a todas as empresas estrangeiras que participaram e apoiaram o desenvolvimento da China!”, concluiu. Muitos dirão que o Presidente chinês está, no fundo, a responder ao crescente pessimismo das empresas multinacionais em relação ao mercado chinês, evidenciado pela queda do investimento directo estrangeiro. Xi reconheceu, ainda que diplomaticamente, que “nos últimos anos, as empresas estrangeiras encontraram de facto algumas dificuldades no seu desenvolvimento na China”. Enfrentar o problema directamente é, sem dúvida, melhor do que fingir que ele não existe. Mas foi mais pormenorizado do que nunca, por exemplo, ao reconhecer que as multinacionais muitas vezes não conseguem aceder a oportunidades de negócio apesar das aberturas de mercado no papel. “Vamos trabalhar para resolver a questão das ‘grandes portas abertas, mas as pequenas portas fechadas’ no acesso ao mercado, assegurando que as empresas com investimento estrangeiro não só consigam entrar em sectores abertos, mas também desfrutem de um acesso total e justo nas operações.” O presidente reconheceu que as multinacionais se sentem frequentemente discriminadas, sublinhando que há muito que “defende que as empresas estrangeiras na China devem beneficiar de tratamento nacional, com igual aplicação das leis, igual estatuto e igual tratamento. Garantiremos que as empresas estrangeiras tenham um acesso justo e legal aos factores de produção”, admitindo tacitamente que as multinacionais não podem, muitas vezes, beneficiar dos contratos públicos na China, prometendo: “Garantiremostambém que os produtos fabricados na China por empresas estrangeiras possam participar nos contratos públicos em pé de igualdade, de acordo com a lei”. Trump a e a OMC Muitos dirão que Xi está a tirar partido do choque de Trump. Os seus comentários são normais para os padrões chineses, incluindo “Muitas empresas estrangeiras, especialmente empresas multinacionais, têm uma influência global substancial. Esperamos que falem com razão, ajam com pragmatismo, se oponham firmemente a movimentos retrógrados que fazem recuar o relógio da história, rejeitem o pensamento de soma zero e promovam activamente a cooperação e o benefício mútuo”. Enquanto Trump suspende o financiamento dos EUA para a Organização Mundial do Comércio (OMC), Xi reforça a OMC: “O sistema multilateral de comércio, com a Organização Mundial do Comércio no seu núcleo, é a pedra angular do comércio internacional… Devemos defender os princípios e regras da OMC, continuar avançando na liberalização e facilitação do comércio e do investimento e encorajar todos os países a expandir o ‘bolo’ do desenvolvimento compartilhado por meio de uma maior abertura.” Xi prometeu também maior abertura interna: “A redução do limiar de acesso ao mercado será uma prioridade fundamental na próxima fase de abertura. Sublinhei especificamente que as medidas de abertura devem ser concretizadas mais cedo do que mais tarde. Este ano, vamos alargar os programas-piloto de abertura em áreas selecionadas e acelerar a abertura em sectores como a cultura e a educação.” Xi prometeu que a China não está interessada em qualquer conflito militar, afirmando que “seguirá inabalavelmente uma via de desenvolvimento pacífico, promoverá activamente a resolução de questões internacionais e regionais importantes e esforçar-se-á por criar um ambiente favorável às empresas estrangeiras”. Na sexta-feira à noite, Pequim divulgou prontamente os comentários completos de Xi, para além da sua habitual leitura. Este é um sinal da ênfase dada aos encontros com empresas estrangeiras. Os comentários completos também ajudam, uma vez que servem de referência, de forma mais oficial e conveniente, para operadores políticos astutos, incluindo, esperemos, os especialistas em assuntos governamentais e relações públicas das multinacionais, que devem utilizá-los como uma ferramenta valiosa nas suas transacções na China. Dos participantes estrangeiros na reunião com Xi, 14 dos 38 eram americanos, 10 alemães, 6 britânicos, 3 franceses, 2 japoneses, 2 coreanos e um da Suíça, Dinamarca, Suécia, Brasil e Arábia Saudita. Apesar dos BRICS e do Sul Global, quando se trata de investimento estrangeiro e de multinacionais, o Ocidente continua a desempenhar um papel central. Os estrangeiros reunidos são oficialmente descritos pela China como “Representantes da Comunidade Empresarial Internacional”. “Oásis de segurança” O presidente da FedEx Corporation, Raj Subramaniam, o presidente do Conselho de Administração da Mercedes-Benz Group AG, Ola Källenius, o Diretor Executivo da Sanofi SA, Paul Hudson, o Diretor Executivo do Grupo HSBC Holdings Plc, Georges Elhedery, o Presidente Executivo da Hitachi Ltd. Toshiaki Higashihara, presidente da SK Hynix Inc. Kwak Noh-jung, e o presidente da Saudi Aramco Amin Nasser foram alguns dos presentes que intervieram na reunião. Os representantes das empresas estrangeiras “elogiaram a China por ter alcançado um crescimento económico estável através de uma reforma profunda e abrangente e de uma abertura de alto nível sob a liderança do Presidente Xi”, refere a Xinhua. Desde o “Made in China” até às “forças produtivas de nova qualidade”, a China tem potenciado a transformação industrial e a modernização através da inovação, estando preparada para realizar um desenvolvimento de maior qualidade e mais sustentável. As perspectivas da economia chinesa são fortes, afirmaram, porque no meio de um protecionismo crescente, a China tem vindo a expandir continuamente a sua abertura, injectando estabilidade na economia global, e tornou-se um “oásis de certeza” para o investimento e o empreendedorismo.“O desenvolvimento da China é a principal força motriz da economia mundial e oferece oportunidades vastas e excitantes e potencial de crescimento”, foi referido. Ainda segundo a Xinhua, os representantes estrangeiros “aplaudiram os esforços do governo chinês para criar um ambiente justo e propício para as empresas estrangeiras e manifestaram a sua disponibilidade para expandir a cooperação em matéria de investimento com a China, cultivar o mercado chinês, participar ativamente na modernização da China e construir pontes para o intercâmbio e a cooperação da China com o mundo, e manifestaram igualmente a sua disponibilidade para apoiar um mercado mundial aberto, defender o comércio livre internacional e contribuir para o desenvolvimento da economia mundial.”
Hoje Macau SociedadePortsmouth vai investigar transição energética marítima em Macau Macau foi um dos locais seleccionados pela Universidade de Portsmouth para estudar a herança da transição energética nas comunidades costeiras do Sul Global e como estas atravessam a era da descarbonização, disse à Lusa a responsável pelo projecto. Depois do porto de Callao, no centro do Peru, Macau foi a escolha da Universidade de Portsmouth, no Reino Unido, para investigar como comunidades marítimas do chamado Sul Global atravessaram um dos marcos da revolução industrial, a transição da vela para o vapor. Entreposto comercial de relevo, Macau conta com uma “história muito rica” ligada ao mar, factor que pesou na decisão do Centro para as Cidades Portuárias e Culturas Marítimas (PCMC, na sigla britânica) da universidade britânica. “É provavelmente um dos primeiros enclaves europeus na Ásia Oriental e tem uma longa história de viagens internacionais por mar a partir de 1500”, indicou à Lusa a investigadora do estabelecimento de ensino, Melanie Bassett. A criação de uma bolsa de investigação de doutoramento vai trazer ao território um académico, que tem ainda como missão compreender como estas comunidades se podem adaptar a um futuro sustentável. “Queremos depois olhar para as novas transições energéticas, para a descarbonização, como Macau está a fazer essa transição e se as pessoas estão conscientes das mudanças”, acrescentou Bassett, que lidera o projecto “Da Vela ao Vapor, do Carbono ao Verde: Capacitar Comunidades Portuárias no Sul Global [Sail to Steam, Carbon to Green: Empowering Port Communitiesin the Global South]” na Universidade de Portsmouth. O projecto, que se estende por um período de seis anos e meio, arrancou em Fevereiro, com a investigação a incidir sobre o porto peruano de Callao, mas deverá expandir-se, mais tarde, a outras duas regiões “algures no subcontinente indiano e na África Ocidental”. Compreender o passado Só a investigação trará resultados tangíveis, mas Bassett aponta que, com a primazia da embarcação a vapor, deu-se, em geral, a deslocação de comunidades e indústrias para longe da orla marítima. Mudanças ocorreram também em vários negócios ligados ao sector, desde a indústria pesqueira à construção naval. “Antecipamos ver esse tipo de alterações, mas também com o advento da colonização europeia, vemos mudanças nas culturas e na arquitectura e como isso afecta a população, e depois como, ao longo do tempo, essas culturas se fundem e hibridizam para criar novas culturas e novas compreensões do mundo”, disse. “Faz parte do financiamento da Lloyds Register Foundation aprender com o passado”, completou Bassett, referindo-se ao financiador do projecto que, no caso de Macau, vai contar com a colaboração da Universidade de Macau e do Museu Marítimo local. Espera-se, além disso, que as comunidades tenham voz activa na pesquisa. Por isso, o recrutamento do académico que vai liderar a investigação exige competências linguísticas para assegurar a comunicação com a população. O recrutamento para esta investigação que se divide entre Portsmouth e Macau deverá estar concluído em Abril, e o projecto arranca em Outubro.
Hoje Macau PolíticaLitígios | Deputados querem mais transparência A 3.ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa esteve ontem a discutir o futuro regime de conciliação para causas de família, que visa criar um mecanismo para evitar o recurso aos tribunais em caso de litígios sobre divórcios, exercício do poder paternal, prestação de alimentos ou questões ligadas à casa de morada da família. Após a reunião de trabalho, o presidente da comissão, o deputado Vong Hin Fai, indicou, com base nas explicações do Executivo, que os conciliadores familiares vão pertencer a instituições privadas e que serão escolhidos pelo Instituto de Acção Social (IAS). Na lista actual do IAS, estão registados cerca de 30 centros de serviços comunitários de associações locais e 2.000 assistentes sociais que poderão ser escolhidos para a conciliação. Segundo as declarações citadas pelo canal chinês da Rádio Macau, durante a reunião de trabalho, os deputados da comissão mostraram-se preocupados com os critérios do IAS, por defenderem ser necessário garantir a independência, transparência e racionalidade não só do conciliador, mas também do processo de selecção. Por isso, esperam que este aspecto seja clarificado. Por outro lado, em relação ao divórcio litigioso, a lei define que a parte que pretende pedir o divórcio tem um período de três anos para avançar para os tribunais, depois do conhecimento dos factos que justificam o pedido. Os deputados consideram que a contagem desse prazo deve ser suspensa, enquanto decorre o período de conciliação.