Hoje Macau China / ÁsiaActivistas portugueses querem Tibete na agenda da visita de Xi Jinping [dropcap]O[/dropcap] Grupo de Apoio ao Tibete quer colocar a questão tibetana na agenda da visita do Presidente Xi Jinping a Portugal, apelando às autoridades para que declarem publicamente preocupação com a situação naquela região administrada pela China. Nesse sentido, o grupo, que integra uma rede mundial de activismo a favor do Tibete, enviou cartas ao Presidente da República (Marcelo Rebelo de Sousa), presidente da Assembleia da República (Eduardo Ferro Rodrigues) e primeiro-ministro (António Costa), pedindo-lhes atenção para o que consideram “a deterioração dos mais básicos direitos humanos e das liberdades culturais e religiosas do povo tibetano”. Alexandra Correia, coordenadora do Grupo de Apoio ao Tibete em Portugal, explicou, em declarações à agência Lusa, que a ideia é que seja “emitida uma declaração pública de preocupação” e que “ao longo da conversa com o Presidente da China seja abordada também a questão do Tibete”. Na carta, os activistas indicam também quais os temas que gostariam de ver abordados, apontando falhas à China na concretização de compromissos. “Há algo que está a falhar por parte da China desde 2013. Na altura asseguraram que iriam permitir visitas [diplomáticas e de organizações internacionais] e isso nunca aconteceu”, disse. Alexandra Correia não tem, contudo, grande expectativa de que as autoridades portuguesas venham a falar do Tibete publicamente durante a visita de Xi Jinping. “É a primeira visita que este Presidente chinês faz ao nosso país. Não podíamos não fazer nada, mas sei que o nosso país, infelizmente, está mais absorvido e controlado política e economicamente pelas autoridades chinesas”, afirmou. A activista explicou que, durante a permanência de Xi Jinping em Lisboa, não haverá qualquer protesto organizado porque, durante a última visita de um Presidente chinês, o grupo pediu autorização para fazer “uma manifestação pacífica” junto aos Jerónimos e foi enviado para a Torre de Belém. Ainda assim, Alexandra Correia apelou a todos os simpatizantes da causa para ações espontâneas nos actos públicos da visita. “Desde 2011, infelizmente, o apoio à causa esmoreceu porque os portugueses tiveram de se preocupar com questões que lhe diziam respeito em primeiro lugar”, lamentou. A coordenadora do Grupo de Apoio ao Tibete em Portugal considerou que a situação dos chineses e tibetanos se “deteriorou” com presidência de Xi Jinping, com o reforço da repressão. “É como se tivesse tornado uma espécie de super-ditador, um super-imperador da China. Há uma certa nostalgia, um querer regressar ao passado, quando a China era o grande Império do Meio. Tem utilizado meios extremamente repressivos, utilizando tecnologia muito avançada e inteligência artificial para fazer uma vigilância em massa no Tibete”, adiantou. O cada vez maior controlo dos movimentos dos tibetanos não impediu, segundo Alexandra Correia, que as pessoas se continuem a manifestar “da pior forma possível, através da imolação”. “Ainda no início de Novembro se imolou um jovem de 23 anos” em nome de um Tibete com liberdade, disse, adiantando que, desde 2009, houve pelo menos 150 imolações. Apesar do retrato traçado por Alexandra Correia, a causa tibetana parece cada vez mais afastada do espaço mediático, a que não será alheio, segundo a activista, o facto de a China estar a ganhar cada vez mais influência sobre as economias de alguns países. “É totalmente visível, especialmente com esta iniciativa ‘Belt and Road’. Sabemos que há movimentos de apoio aos tibetanos e a outras etnias que se manifestam contra, mas infelizmente os interesses económicos falam mais forte”, considerou. Para Alexandra Correia, apesar de muitos países europeus como a França ou a Alemanha se terem manifestado contra esta iniciativa chinesa, países “mais pobres e com menos poder político” como Portugal, Espanha e a Grécia “vão neste comboio”. Território maioritariamente budista, o Tibete é governado como uma província autónoma da China, que reivindica séculos de soberania sobre a região dos Himalaias, mas os tibetanos mantêm-se fiéis ao líder espiritual no exílio, Dalai Lama, que defende que o Tibete independente foi colonizado. Organizações internacionais vêm denunciando repetidamente violações de direitos humanos na região. Desde 2015, o Tibete foi listado pelo Freedom House, grupo de direitos internacionais, como o segundo pior lugar do mundo em termos de liberdades políticas e direitos civis, a seguir à Síria.
Hoje Macau China / ÁsiaMarcelo Rebelo de Sousa defende que há uma “fraternidade insubstituível” entre Portugal e China [dropcap]O[/dropcap] Presidente da República salienta que Portugal “tem aliados tradicionais”, como Estados Unidos da América e Inglaterra, mas defende que com a China existe “algo muito especial”, uma “fraternidade que é insubstituível”. Marcelo Rebelo de Sousa expôs o seu pensamento sobre as relações luso-chinesas numa entrevista ao canal de televisão chinês internacional em língua inglesa CGTN, transmitida ontem. Nesta entrevista, gravada no dia 12 de Novembro, no Palácio de Belém, em Lisboa, e a qual à agência Lusa assistiu, o chefe de Estado manifesta-se convicto de que “é possível o diálogo” entre Estados Unidos da América e China, a propósito da Cimeira do G20, e diz que “tem de se compreender que cada um deles tem as suas próprias instituições e as suas próprias lógicas políticas”. Neste contexto, refere: “Os Estados Unidos da América são uma democracia, uma democracia forte, com eleições. E, portanto, muitas decisões são tomadas a pensar, não só no interesse do país, claro, o que é natural, mas também tendo em conta a perceção do eleitorado”. Pela parte chinesa, segundo o Presidente da República, “é também muito útil que a China explique, de certo modo, a sua percepção do mundo”, porque “este diálogo de percepções é muito útil”. De acordo com Marcelo Rebelo de Sousa, no plano global deixou de haver “um só super poder” e há um novo quadro que “requer o multilateralismo”. Portugal, sustenta, “está em posição de ser muito bom nisso”. No que respeita às relações luso-chinesas, defende que “são de certo modo insubstituíveis”, porque existe uma complementaridade, e admite no futuro “um trabalho em parceria” através de “uma presença conjunta noutros países e continentes como a América do Sul ou África”. “Nós temos aliados tradicionais, claro, dentro da União Europeia, os Estados Unidos da América, o Canadá, e outros, começando pela Inglaterra, que foi o nosso primeiro aliado histórico. Mas com a China é algo muito especial”, defende, acrescentando: “No caso da China, somos complementares”. O caso de Macau Marcelo Rebelo de Sousa recorda que deu aulas em Macau, de direito, ciência política e administração, nos anos de 1980, e observa, dirigindo-se para a entrevistadora Liu Xin, que tem um programa diário com o seu nome na CGTN: “Sabe que Macau nunca foi considerada uma colónia portuguesa? Nunca, porque era chinesa”. “Nós sentimos que descobrimos, não hoje, mas há 500 anos, uma espécie de fraternidade, uma fraternidade convosco que é insubstituível. É diferente de tudo o que temos na nossa história e no nosso passado, presente e, estou certo, futuro”, reforça. Interrogado sobre os sectores em que espera um reforço da cooperação entre Portugal e a China, o Presidente da República aponta, em primeiro lugar, a educação, “porque é o futuro”, em segundo lugar, a cultura, “ponto-chave para o conhecimento mútuo”. Em terceiro lugar, Marcelo Rebelo de Sousa quer mais cooperação entre “movimentos sociais, instituições sociais, fundações de cuidados de saúde, fundações científicas, fundações tecnológicas, diferentes instituições cooperem”. Só depois menciona a economia. “Sim, em último, sabe porquê? Porque é o mais fácil”, justifica. O chefe de Estado destaca que há “presença chinesa no sector bancário, no sector dos seguros, no sistema de cuidados de saúde privado, também no importante sector da energia, nalgumas infra-estruturas”, ou seja, na “maioria dos sectores-chave da economia” portuguesa. “E isso aconteceu em menos de dez anos. É por isso que eu disse que é mais fácil trabalhar e cooperar económica e financeiramente do que é culturalmente, na educação e socialmente”, argumenta. Numa outra entrevista, à agência noticiosa oficial chinesa Xinhua, Marcelo Rebelo de Sousa descreve as relações luso-chinesas como “excepcionais” e congratula-se com o posicionamento da China face à União Europeia. “Devo reconhecer com satisfação que a China entende a União Europeia, percebe que a União Europeia é um protagonista fundamental na escala universal. Por isso, a China defende que a União Europeia deva ser unida, e não dividida, e que tenha um papel cada vez mais forte no mundo. Isso é positivo”, declara. Admitida “Uma Faixa, Uma Rota” no sector portuário português O Presidente da República admite que a iniciativa chinesa “Uma Faixa, Uma Rota”, de investimento em infra-estruturas, “podia atravessar Portugal” num dos seus “principais portos”, mas defende que se deve “equilibrar o investimento estrangeiro”. Em relação à iniciativa “Nova Rota da Seda”, também conhecida como “Uma Faixa, Uma Rota”, o chefe de Estado considera: “Podia atravessar Portugal, entrando num dos nossos principais portos. Sim, podia acontecer. Ao mesmo tempo, podíamos ter lá outros investidores de outros países”. “É possível que durante a visita do Presidente Xi a Portugal se venha a assinar o memorando de entendimento sobre este assunto? É. Estamos a negociar, estamos a trabalhar nisso. Portanto, é possível”, adianta. Marcelo Rebelo de Sousa considera que os investidores chineses de certa forma “anteciparam” a recuperação económica de Portugal, “essa é a lição dos factos”, e responde àqueles que dizem que “é de mais, que é quase uma invasão chinesa”, contrapondo: “Eu não vejo a questão assim”. “Quando olhamos para a nossa economia, temos sectores-chave nas mãos de empresas portuguesas, claro, mas também de empresas europeias: transportes, comunicações, algumas infra-estruturas cruciais, telecomunicações. E no sector bancário e noutras áreas temos uma presença europeia muito forte, muito forte. E também presença americana”, salienta, concluindo: “Eu penso que é bom para Portugal equilibrar o investimento estrangeiro”. “Agora, olhamos para o futuro e queremos mais investimento”, afirma. Neste contexto, o Presidente da República refere-se ao “principal projecto chinês, que atravessa o mundo”, a iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”, lançada em 2013, admitindo que “podia atravessar Portugal, a caminho da Europa, e podia ser útil para muitos, muitos países”, para a China, “mas também útil para a economia portuguesa”. De acordo com Marcelo Rebelo de Sousa, pode-se “tirar vantagem da posição estratégica que Portugal tem na Europa, na Europa ocidental, perto de outros continentes”. No que respeita às relações económicas bilaterais, o chefe de Estado realça que Portugal também quer “estar mais na China”, com “empresas portuguesas lá, a trabalhar nas infra-estruturas, na energia também, nos setores industrial, comercial, cultural”. “Deve ser uma cooperação com dois sentidos, não somente com um sentido. Isso é muito importante para nós”, reforça. Ainda dirigindo-se àqueles que “não compreendem” a recente entrada de investimento chinês em Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa explica que “foi rápido porque a decisão de privatizar os setores foi tomada recentemente, por razões políticas, mas também devido à crise”. “Por que não vieram vocês, sendo europeus, sendo americanos, sendo bem-vindos de todas as partes do mundo, sendo árabes?”, pergunta. Mas logo ressalva: “Alguns deles vieram, e felizmente a nossa economia está a receber bastante investimento europeu, investimento americano, investimento árabe, investimento de outros países asiáticos”.
Hoje Macau China / ÁsiaChina quer integrar projecto “Air Center” nos Açores [dropcap]A[/dropcap] China tem vindo a manifestar interesse em cooperar com os Açores no âmbito do “Air Center” mas não integra “para já” o projecto, segundo fonte do Governo Regional. Fonte da secretaria regional do Mar, Ciência e Tecnologia dos Açores refere à agência Lusa que a China – cujo Presidente, Xi Jinping, visita Portugal esta terça-feira e quarta-feira – esteve representada na primeira reunião ‘Atlantic Interactions’, na ilha Terceira, em Abril de 2017, mas “não integra, para já”, o Air Center – Centro de Investigação Internacional do Atlântico. Elementos de uma comitiva do Ministério da Ciência e Tecnologia da China e da Academia de Ciência Chinesa estiveram, entretanto, nos Açores, em Dezembro de 2017, tendo sido anunciado em Maio, que o Governo português pretende desenvolver parcerias com a China e com a Índia no âmbito do “Air Center” e do programa espacial português. Segundo a mesma fonte, nesse contexto avançou em Novembro a criação do STARLab, um laboratório de investigação e desenvolvimento tecnológico para o espaço e para os oceanos e que é uma iniciativa conjunta de Portugal e a China. Na fundação do “Air Center” estão envolvidos os governos de Portugal, Brasil, Espanha, Angola, Cabo Verde, Nigéria, Uruguai, São Tomé e Príncipe, a par do Governo dos Açores. Prevê-se que venham integrar o “Air Center” a Nigéria, Angola, Namíbia e África do Sul, estando em curso o processo de seleção do CEO, que será concluído ainda este ano, para em 2019 proceder-se a seleção do CSO (Chief Scientific Officer), do CBO (Chief Business Officer) e da restante equipa operacional. O centro visa integrar as áreas do espaço, clima, oceanos, energia e ciência de dados através da cooperação entre os países do norte e do sul do Atlântico.
Hoje Macau InternacionalFrança | PM recebe partidos sobre crise dos “coletes amarelos” Após os distúrbios que marcaram o fim-de-semana em Paris, Édouard Philippe começou a receber os líderes dos partidos políticos em busca de uma solução para o conflito entre o Governo e os “coletes amarelos” que lutam contra o anunciado aumento de impostos sobre os combustíveis a partir de 1 de Janeiro [dropcap]O[/dropcap] primeiro-ministro francês, Édouard Philippe, iniciou ontem uma ronda de reuniões para receber os chefes dos partidos políticos e procurar uma saída para a crise dos “coletes amarelos”, que continuam em protesto em diferentes partes do país. O primeiro a ser convocado para o Palácio de Matignon, residência oficial do primeiro-ministro, foi a presidente da câmara de Paris, a socialista Anne Hidalgo, que chegou poucos minutos antes das 08:30 locais. Era também esperado ontem no Palácio de Matignon a líder da formação de extrema direita União Nacional (antiga Frente Nacional), Marine Le Pen, o primeiro secretário do Partido Socialista, Olivier Faure, o presidente dos republicanos conservadores, Laurent Wauquiez, e Stanislas Guerini, o novo delegado geral do partido Em Marche!, do presidente Emmanuel Macron. Édouard Philippe planeia continuar a concertação esta terça-feira com representantes dos ‘coletes amarelos’, mas resta saber se tal será possível e em que formato, após o fiasco de uma reunião semelhante na sexta-feira passada. Decisões adiadas O fim de semana ficou marcado em França por violentos protestos do movimento dos “coletes amarelos”, sobretudo por desacatos em Paris e por actos de vandalismo no Arco do Triunfo. O monumento, que é símbolo emblemático de Paris e da própria França, foi pintado, o seu museu saqueado e uma estátua partida, à margem dos protestos. Os últimos dados sobre sábado indicam que 136 mil pessoas se juntaram à mobilização dos “coletes amarelos” e que houve 263 feridos. O porta-voz do governo, Benjamin Griveaux, não quis adiantar ontem de manhã qualquer informação sobre se o governo vai ceder ao que desde o início foi a primeira reivindicação dos coletes amarelos’: anular o aumento de impostos sobre os combustíveis (gasolina e especialmente diesel), agendado para 1 de Janeiro. “Não tomamos as decisões antes” das reuniões com os representantes desse movimento e das partes, já que “vamos recebê-las para conversar”, disse Griveaux ontem de manhã, em entrevista à emissora “France Inter”. Os “coletes amarelos” continuam com as suas acções de protesto em rotundas, estradas e acesso a complexos petrolíferos em várias partes do país, incluindo um bloqueio da fronteira com a Espanha em Le Perthus, que decorreu de madrugada durante várias horas. O prefeito do departamento dos Pirineus Orientais explicou, pouco antes das 8:00 locais, na sua conta no Twitter, que tinha levantado esse bloqueio. Na Bretanha, o prefeito de Finistère anunciou no domingo restrições à venda de combustível para lidar com os problemas de abastecimento devido aos bloqueios nos depósitos de distribuição em Lorient e Brest.
Hoje Macau China / ÁsiaTrump envia mensagem de louvor pessoal a Kim Jong-un [dropcap]O[/dropcap] chefe de Estado sul-coreano disse ontem que o Presidente norte-americano enviou uma mensagem de louvor ao líder norte-coreano, Kim Jong-un, na qual garantiu que vai cumprir o acordo com Pyongyang se houver desnuclearização. Moon Jae-in afirmou que Donald Trump lhe pediu, durante uma reunião na sexta-feira, em Buenos Aires, onde decorreu a cimeira do G20, que integra as 20 principais economias mundiais, para transmitir a mensagem pessoalmente a Kim Jong-un. “A mensagem é que o Presidente Trump mantém uma imagem amigável de Kim, de quem gosta pessoalmente, e que espera que Kim implemente o resto do acordo”, declarou Moon, citado pela agência oficial de notícias sul-coreana Yonhap. No sábado, também em Buenos Aires, Trump afirmou que espera voltar a reunir-se com o líder da Coreia do Norte “em Janeiro ou Fevereiro” e garantiu estarem em discussão “três locais” para esta segunda cimeira. “Creio que vamos ter um [encontro] muito em breve, em Janeiro ou Fevereiro”, disse Donald Trump aos jornalistas a bordo do avião Air Force One, na viagem de regresso de Buenos Aires. Em Setembro, Trump disse que queria programar uma segunda cimeira com Kim, mas o impasse nas negociações adiou a reunião, que daria continuidade ao histórico encontro de Singapura, em Junho passado.
Hoje Macau China / ÁsiaGreat Wall Motor quer vender veículos eléctricos na Europa [dropcap]O[/dropcap] maior fabricante de veículos todo-o-terreno urbanos (SUV) da China, a Great Wall Motor, planeia chegar ao mercado europeu em 2020 com a sua marca de eléctricos Ora, informou ontem o diário South China Morning Post. A Great Wall está a estudar formas de estabelecer o seu “sistema global de distribuição de veículos eléctricos”, com o objectivo final de vender na Europa, explicou o vice-presidente, Ning Shuyong. No entanto, Ning Shuyong não quis esclarecer se esta iniciativa faz parte da Spotlight Automotive, empresa lançada no passado mês de Julho – com um investimento total de 5,1 bilhões de yuans – para produzir veículos eléctricos com a empresa alemã BMW. “O nosso objectivo é tornarmo-nos líderes de mercado no segmento de veículos eléctricos na China. Os nossos carros são projectados e montados de acordo com padrões internacionais e, sem dúvida, colocamos os nossos olhos nos mercados internacionais, incluindo a Europa”, sublinhou o CEO da Ora. A nova marca lançou em setembro o seu primeiro modelo, o todo-o-terreno SUV iQ, com uma autonomia de 360 quilómetros e que já conta com mais de 10.000 pedidos. O próximo modelo da Ora vai estar pronto ainda este mês com o nome R1. O todo-o-terreno tem quatro lugares, 350 quilómetros de autonomia e um preço de cerca de 110 mil yuans. O governo chinês espera que os fabricantes nacionais produzam cerca de três milhões de veículos eléctricos por ano. A Great Wall quer alcançar números anuais de 450.000. A China já é o primeiro mercado mundial nos “novos veículos de energia”, com 777 mil vendidos em 2017, um aumento de 53% em relação ao ano anterior. Contudo, o mercado automóvel chinês está a passar por um mau momento, esperando-se uma queda nas vendas dos todo-o-terreno dos fabricantes nacionais pela primeira vez desde 1992.
Hoje Macau China / ÁsiaGoverno português quer “investimento produtivo” da China [dropcap]O[/dropcap] ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, disse ontem que a China é um “país parceiro amigo de Portugal”, desde logo pela aposta chinesa em empresas do país, mas salientou a necessidade de conseguir um “investimento produtivo”. “É um país parceiro amigo de Portugal e cuja relação Portugal preza. Somos um país bem integrado na União Europeia, membro da NATO [Organização do Tratado do Atlântico Norte], mas que tem um relacionamento excelente com vários parceiros à volta do mundo e é nesse sentido que a relação que temos com a China tem sido muito importante”, disse o governante. Falando na conferência “Portugal-China, uma relação com futuro”, em Belém, Lisboa, Pedro Siza Vieira reforçou que este país é “um parceiro comercial muito significativo”, desde logo por ser o 13.º cliente de exportações, o 6.º fornecedor de bens e por as trocas comerciais estarem a crescer. Ainda assim, isso “reflecte-se, sobretudo, ao nível do investimento estrangeiro” em Portugal, referiu o responsável, aludindo às “significativas aquisições de empresas e de activos”, em áreas como as finanças, a energia e a comunicação social. Em causa estão companhias como a Global Media, a Fidelidade, a Rede Energéticas de Portugal (REN), a EDP, o BCP, a EDP e o grupo Superbock, cujos responsáveis estiveram ontem presentes na sessão. Relação sólida Relembrando que este encontro acontece na véspera da visita oficial do Presidente chinês, Xi Jinping, a Portugal, Pedro Siza Vieira afirmou que o executivo português quer aproveitar tal ocasião para “elevar a relação política e diplomática a um plano distinto”. “A ambição que ambos os países colocam nesta visita é significativa” e, do ponto de vista de Portugal, “gostaríamos de passar da aquisição de activos para um investimento produtivo”, vincou o governante, falando em “áreas a explorar” como os setores automóvel e da mobilidade eléctrica. Além disso, continuou, Portugal quer “fazer crescer as exportações para a China”, aumentando assim a “penetração das mercadorias e serviços” portugueses, bem como fomentar o turismo. Acresce o “investimento português [que será feito] no desenvolvimento das comunicações com o resto do mundo”, constituindo, assim, o país “como ponto de acesso [da China] para a Europa”, referiu o governante. “Isso terá de respeitar as regras europeias, mas seguramente haverá a possibilidade de continuarmos a crescer nessa ordem de ideias”, adiantou. Pedro Siza Vieira lembrou ainda que a relação entre Portugal e China “se foi consolidando nos últimos anos”, apesar de já ser antiga, e como exemplo assinalou o apoio dado por aquele país à candidatura de António Guterres a secretário-geral da Organização das Nações Unidas, em 2016. Presente na ocasião, o embaixador da China em Portugal, Cai Run, considerou que a visita de terça-feira e quarta-feira “será uma visita de sucesso e com resultados frutuosos”. Por seu lado, o presidente do Conselho de Administração do grupo Global Media, que organizou a conferência, disse que esta empresa de comunicação social está a “viver o sucesso dessa relação” com a China, desde logo por a empresa chinesa KNJ deter 30% do capital.
Hoje Macau SociedadeMuseu do Grande Prémio | Orçamento passa de 380 para 830 milhões [dropcap]O[/dropcap] orçamento para as obras de renovação do Museu do Grande Prémio aumentou significativamente, escreveu ontem o jornal Ou Mun, passando das actuais 380 milhões de patacas para 830 milhões. A directora dos Serviços de Turismo, Helena de Senna Fernandes, garantiu que este será o valor final do projecto. De acordo com o jornal de língua chinesa, Helena de Senna Fernandes adiantou que o orçamento apontado inicialmente será destinado apenas ao projecto de decoração e concepção do espaço. O aumento do orçamento foi estimado por uma empresa de consultadoria, de nome Multimedia Devices, sendo destinado para a instalação de aparelhos LED e outros que irão proporcionar uma simulação das corridas do Grande Prémio de Macau. De acordo com Helena de Senna Fernandes, o orçamento de 830 milhões é “ambicioso”.
Hoje Macau PolíticaFórum Macau | Gabinete de Apoio ao Secretariado prolongado até 2022 [dropcap]O[/dropcap] Chefe do Executivo (CE) decidiu prolongar o Gabinete de Apoio ao Secretariado Permanente do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, conhecido por Fórum Macau, por mais quatro anos, até 2022. A medida foi publicada, ontem, no Boletim Oficial e foi justificada com “o carácter permanente do Secretariado”, e com “a necessidade de promover, de forma constante, o papel de Macau como plataforma de ligação entre a China e os países lusófonos, bem como de intensificar o intercâmbio e a cooperação económica e comercial com esses países”.
Hoje Macau PolíticaAssociações contra nova medida de contratação de quadros qualificados [dropcap]A[/dropcap] Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) e a Associação de Nova Juventude Chinesa de Macau mostraram a sua oposição contra o programa de contratações de quadros qualificados no exterior anunciado pelo secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, no debate sobre o relatório das Linhas de Acção Governativa (LAG). De acordo com o Jornal do Cidadão, este assunto foi debatido no último programa Fórum Macau da TDM, onde a deputada Ella Lei defendeu que a medida, que já existe em Hong Kong, serve apenas para contratar residentes e estagiários quando há vagas nas empresas, tendo como objectivo dar formação aos naturais de Hong Kong. Nesse sentido, a deputada frisou que há um programa semelhante em Macau. Ao invés de criar um novo modelo de contratação de quadros qualificados, a deputada defende que o Executivo deve aperfeiçoar as políticas de emprego existentes e o regime de atribuição de residência por investimento do Instituto de Promoção do Comércio e Investimento (IPIM), para garantir que são recrutados apenas os quadros necessários. A nova medida anunciada por Lionel Leong visa a atribuição de vistos de trabalho sem a necessidade de existência prévia de um contrato laboral e que a pessoa pode também abrir uma empresa no território. Ho Chio Iam, da Associação Nova Juventude Chinesa de Macau, entende que esse programa será semelhante ao que é desenvolvido pelo IPIM, pelo que pode não providenciar grande ajuda às empresas na falta de recursos humanos. Ho Chio Iam adiantou ainda que é necessária mais informação sobre a necessidade de recursos humanos por parte das empresas e maior empenhamento em termos de aconselhamento laboral. Samuel Tong, presidente da Associação de Estudo de Economia Política, sugere que antes de se avançar com o novo programa o Governo deve apurar primeiro quais os quadros que Macau precisa, bem como os sectores que poderão fomentar o desenvolvimento económico. Por sua vez, Loi Man Keong, vice-presidente do Centro da Política da Sabedoria Colectiva, entidade ligada à União Geral das Associações de Moradores de Macau, mostrou-se a favor do programa anunciado por Lionel Leong, uma vez que existem falta de profissionais na área da tecnologia. Na visão de Loi Man Keong, isso levou ao desenvolvimento lento do conceito de cidade inteligente.
Hoje Macau PolíticaAL | Ho Iat Seng regressa ao trabalho na próxima semana [dropcap]A[/dropcap]fastado das sessões de apresentação das Linhas de Acção Governativas, Ho Iat Seng deve regressar ao hemiciclo na próxima semana. A previsão foi feita, ontem, por Chui Sai Cheong, vice-presidente da AL, que tem conduzido os trabalhos. Como o HM já tinha avançado, Ho Iat Seng tem uma inflamação aguda do nervo ciático, que, de acordo com as declarações de Chui Sai Cheong, citadas pelo canal chinês da Rádio Macau, o impede de estar sentado por longos períodos de tempo. Por esse motivo, o presidente da AL, de 61 anos, viu-se forçado a meter duas semanas de baixa.
Hoje Macau EventosAurélio Furdela vence prémio literário INCM/Eugénio Lisboa em Moçambique [dropcap]A[/dropcap]urélio Furdela venceu a segunda edição do Prémio Literário Imprensa Nacional Casa da Moeda (INCM)/Eugénio Lisboa, anunciou hoje o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, em Maputo. O júri “deliberou atribuir o prémio de prosa literária INCM/Eugénio Lisboa ao texto ‘Saga d’Ouro’, da autoria de Aurélio Furdela, e uma menção honrosa a ‘Sonhos Manchados, Sonhos Vividos’, de Agnaldo Bata”, divulgou a instituição em comunicado. O prémio, que visa incentivar a criação literária moçambicana, contempla a edição da obra vencedora, bem como a atribuição de um valor monetário de cinco mil euros ao vencedor. O júri foi constituído pelo escritor moçambicano Ungulani Ba Ka Khosa, na qualidade de presidente, por Teresa Manjate e Paula Mendes. A atribuição do prémio à obra “Saga d’Ouro” deve-se, segundo o júri, à escrita cuidada a nível linguístico e por manifestar um domínio sobre as técnicas da narrativa. Por seu turno, a atribuição da menção honrosa a “Sonhos Manchados, Sonhos Vividos” deve-se à criatividade temática da obra. Ao prémio concorreram 15 textos, dos quais 13 entregues em Maputo e dois nas províncias. Nascido em 1930 em Moçambique, Eugénio Lisboa é um ensaísta e crítico literário, autor de prosa e poesia, especialista na obra de José Régio, e antigo presidente da Comissão Nacional da UNESCO.
Hoje Macau SociedadeMeteorologia | Temperaturas baixam a partir de amanhã [dropcap]O[/dropcap]s Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) informaram hoje de que as temperaturas deverão baixar a partir de amanhã, sendo que o frio deverá fazer-se sentir esta sexta-feira. “Espera-se que uma monção forte chegue a região meridional da China entre quarta e sexta-feira”, aponta um comunicado oficial. Na sexta-feira “o tempo na região vai tornar-se, notoriamente, frio”, sendo que no fim-de-semana “a temperatura poderá descer mais uma vez”. “O tempo frio e húmido, acompanhado de chuva, vai manter-se alguns dias”, esperando-se que a temperatura mínima desça até aos 12 graus. “Apelamos à população que preste atenção à variação da temperatura e se mantenha agasalhada”, escrevem ainda os SMG.
Hoje Macau InternacionalQatar vai sair da Organização dos Países Exportadores de Petróleo [dropcap]O[/dropcap] Qatar vai deixar de ser membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) em Janeiro, anunciou hoje o ministro de Energia do país. “O Qatar decidiu retirar-se de membro da OPEP em janeiro de 2019”, disse Saad Al-Kaabi durante uma conferência de imprensa em Doha, acrescentando já ter informado a organização sobre esta decisão. O Qatar continuará a produzir petróleo, mas vai concentrar-se na produção de gás, explicou Saad Al-Kaabi. O Qatar é o maior exportador mundial de gás natural em estado líquido. “Não temos muito potencial [em petróleo], somos muito realistas, o nosso potencial é o gás”, disse. O ministro, antigo CEO da Qatar Petroleum, a empresa estatal que opera todas as actividades de petróleo e gás no país, assegurou que a decisão de deixar a OPEP “não tem nada que ver com o bloqueio económico” que a Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos (EAU), Bahrein e Egito impuseram a Doha desde Junho de 2017. O Qatar é membro da OPEP desde 1961.
Hoje Macau EventosFestival das Luzes acontece até dia 31 e aposta no video mapping e novos itinerários [dropcap]C[/dropcap]omeçou este domingo a quarta edição do Festival das Luzes, que tem como tema “Viagem no Tempo em Macau” e que irá acontecer em vários pontos do território até ao dia 31 deste mês. De acordo com um comunicado oficial, o objectivo deste evento é “transportar o público num percurso entre o passado e o presente da cidade”. Este ano o festival conta com novos percursos e locais a visitar, incluindo espectáculos de vídeo mapping produzidos por equipas locais e estrangeiras e diversos jogos interactivos. Pela primeira vez o Festival das Luzes vai contar com a presença de roulotes de comida e um mercado nocturno de gastronomia, entre outros pontos de atracção para visitantes. Helena de Senna Fernandes, directora dos Serviços de Turismo, referiu que o objectivo do Festival das Luzes é a internacionalização e inovação. “Este ano continuamos empenhados em inovar, concebendo uma série de novos elementos e formatos para os espectáculos”, disse a responsável, que destacou o facto de terem sido endereçados convites a equipas de produção de efeitos de luz de Portugal, Bélgica e Macau. Estas equipas produziram três espectáculos de vídeo mapping que serão projectados nas Ruínas de São Paulo, esperando-se, com esta aposta, “que ajude a internacionalizar o festival”, apontou Helena de Senna Fernandes. O festival acontece entre as 19h00 e 22h00, sendo que cada espectáculo de vídeo mapping acontece todas as noites às 21h50. No último dia do ano as instalações luminosas no Anim’Arte Nam Van vão estar ligadas até às 00h10. Percursos temáticos A organização do festival conta este ano com três percursos temáticos que acontecem em 11 locais situados em cinco zonas. O primeiro itinerário chama-se “Tempo de Divertimento” e passa por locais como a Igreja de S. Domingos, as Ruínas de São Paulo e novos pontos adicionados, que incluem o Pátio de Chôn Sau, a Rua das Estalagens, a Rua dos Ervanários, e o Largo do Pagode do Bazar, a par com o Jardim de Luís de Camões, na Freguesia de Santo António, e a Calçada da Igreja de São Lázaro, na Freguesia de São Lázaro. O segundo itinerário intitula-se “Tempo Jovem” e abrange as zonas de Nam Van e Sai Van, o Centro Náutico da Praia Grande e Anim’Arte Nam Van. O terceiro itinerário chama-se “Sabor do Tempo” e passa pelas Casas Museu da Taipa, na Freguesia de Nossa Senhora do Carmo. Acrescentam-se ainda novos pontos o Mercado Municipal da Taipa, o Templo de Pak Tai e espaço em frente ao Templo Pak Tai.
Hoje Macau EventosOrquestra de Macau actua esta sexta-feira na igreja de São Domingos [dropcap]A[/dropcap] Orquestra de Macau apresenta-se esta sexta-feira na igreja de São Domingos com o concerto “Sinfonia do Novo Mundo”, que acontece por volta das 20h00 e que será dirigido pelo maestro italiano Julian Kovatchev. O concerto, que tem organização do Instituto Cultural (IC), será composto pelas obras Abertura de Nabucco de Verdi e a Sinfonia do Novo Mundo de Dvořák, que “transmitem a essência do séc. XIX, uma época em que os países europeus mostraram as suas personagens nacionais e promoveram o espírito nacionalista”, aponta um comunicado do IC. “Em Itália, país que se encontrava dividido há muito, a ópera Nabucco de Giuseppe Verdi, evocou fortes sentimentos do povo italiano pela independência e pela busca do renascimento através da história trágica dos antigos hebreus. Antonín Leopold Dvořák nasceu na Boémia sob opressão estrangeira, tendo combinado perfeitamente a música tradicional checa e a música folclórica americana do ‘Novo Mundo’”, acrescenta o IC. Os bilhetes serão distribuídos por ordem de chegada na igreja uma hora antes do concerto, sendo limitados a um máximo de dois bilhetes por pessoa.
Hoje Macau SociedadeIncêndio| Fogo causado por sobreaquecimento de aparelho [dropcap]D[/dropcap]eflagrou, no passado sábado, um incêndio no terraço do edifício Wang Heng na Rua Um do Bairro da Concórdia, na zona de Fai Chi Kei, que levou mais de vinte residentes a serem retirados das suas casas. De acordo com o canal chinês da Rádio Macau, o Corpo de Bombeiros (CB) acredita que a causa esteve no sobreaquecimento de um aparelho eléctrico que terá sido esquecido ligado à corrente, pelo proprietário.
Hoje Macau SociedadeATFPM | Aniversário celebrado com 1600 pessoas [dropcap]A[/dropcap] Associação de Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM) realizou um evento para comemorar o seu 31.º aniversário, assim como o 19.º ano da criação da RAEM, que contou com a presença de 1.600 pessoas. Entre os convidados que compareceram ao jantar na Torre de Macau esteve o Chefe do Executivo, Chui Sai On. Durante o discurso das celebrações, Rita Santos, presidente da Assembleia Geral, agradeceu ao líder do Governo de Macau pelo aumento da compensação pecuniária para 10 mil patacas e a actualização dos salários na função pública no valor de 3,5 por cento. Ainda de acordo com Rita Santos, a ATFPM conta actualmente com 16.532 sócios.
Hoje Macau EventosInstituto Confúcio começou com 14 alunos e hoje ensina mandarim a mil portugueses [dropcap]C[/dropcap]om um universo de 14 alunos foi criado há 10 anos, na Universidade de Lisboa, o Instituto Confúcio, que actualmente ensina chinês (mandarim) a cerca de mil portugueses, entre jovens ou reformados. Além das aulas, que têm como objectivo ensinar a ler, escrever e falar, há cursos de cultura chinesa e actividades complementares, como a arte da caligrafia, uma das mais concorridas, de acordo com a directora da instituição, Teresa Cid. “A caligrafia na China é uma das artes maiores porque combina escrita com pintura e por isso é muitíssimo valorizada”, afirmou, referindo que na cultura chinesa não se trata apenas de escrever à mão. “É preciso uma grande habilidade, não é só para escrever os caracteres, é para os desenhar caligraficamente, com o pincel na posição certa, com o papel certo, tudo isso”, explicou. Na cerimónia do chá, uma das actividades de divulgação, mostra-se como os chineses bebem o chá: “É muito diferente da nossa maneira de beber o chá. É uma cerimónia quase de reflexão e introspecção”, salientou. Os alunos têm as mais diversas origens e proveniências, universitários, empresários, pessoas das várias profissões. “Temos pessoas reformadas que estão a aprender chinês e cultura chinesa por gosto e por estímulo intelectual também e até, eu diria, estímulo de actividade mental, porque exige memória e capacidade de compreensão muito finas”, precisou. “É bastante exigente, por um lado, mas por outro lado muito compensador, tanto quanto muitos dos nossos alunos também nos dizem”, acrescentou a responsável pelo Confúcio em Lisboa. O instituto, criado em parceria com a China, está também a apoiar o ensino da língua em escolas da área da grande Lisboa, no âmbito da colaboração num projeto-piloto do Ministério da Educação. Em Portugal, há outros institutos Confúcio no Minho, em Aveiro e em Coimbra, que colaboram com escolas e instituições de ensino superior e que estão também envolvidos no apoio aos professores desse projecto, indicou. A universidade parceira de Lisboa é a Universidade de Estudos Estrangeiros de Tianjin, que Teresa Cid descreveu como “uma pequena cidade portuária, de 13 milhões de habitantes, muito bonita”, ligada a Pequim. Alguns cursos permitem um estágio naquela universidade. Todos os anos há bolsas para três tipos de estudos – um curso de verão, por um semestre ou um ano, além de apoios a mestrados e doutoramentos. O instituto tem adaptado a oferta à procura e há cerca de um ano criou um curso para turismo. No segundo semestre os alunos fazem um estágio na China, numa cadeia de hotéis. “No fundo vão ter uma experiência ‘in loco’ e ver como é que os chineses recebem os seus visitantes, sejam chineses ou estrangeiros, para tentarem depois adaptar, ao regressarem, o que aprenderam, além de terem desenvolvido muitíssimo a capacidade de falar”, sublinhou. Antes têm um curso intensivo de um mês na universidade parceira de Tianjin. Em entrevista à Lusa, Teresa Cid contou que a experiência reportada pelos alunos é positiva: “Todos consideram que foi um grande desafio lidar com o choque cultural, que é uma das coisas que temos de perceber. Os chineses quando chegam cá têm um choque cultural e nós quando vamos para lá também”. De acordo com a responsável, quase todos os alunos querem voltar: “Temos muitos casos desses, de as pessoas se apaixonarem”. O domínio do mandarim é considerado uma vantagem empresarial na apresentação dos cursos do Instituto Confúcio, que está a tentar desenvolver formações mais personalizadas para dar resposta à procura dos empresários. Todos os professores são chineses, enviados pela China, maioritariamente da universidade parceira, que há vários anos lecciona um curso de português.
Hoje Macau ReportagemO regresso a casa de três mil refugiados moçambicanos Por André Catueira, da agência Lusa [dropcap]E[/dropcap]ntre memórias de guerra e de três anos como refugiados no Maláui, cerca de três mil pessoas refazem as suas vidas na província de Tete, centro de Moçambique. Eram os últimos residentes no campo de Luwani, coordenado pela Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e pelas autoridades do Maláui, junto à fronteira com Moçambique, e que no pico de ocupação terá albergado 11 mil pessoas. Uma antiga estrada de pó vermelho, distante do asfalto, conduz a um conglomerado de novas palhotas de pau e argila, erguidas no meio de uma mata. É ali que hoje renasce a aldeia de Ndande, atingida pelo conflito militar entre Governo e o braço armado da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição. Foi um dos locais de onde milhares de pessoas fugiram em 2014 e 2015. “Regressei, encontrei a minha casa destruída e tive de construir uma nova para acomodar a família”, disse à Lusa, Fátima Niquisse, que deixou o campo de refugiados para recomeçar a vida na terra natal, com onze membros da família. “Reencontrei muitos irmãos e amigos que tinham se deslocado para Macanga, Tete. A guerra tinha-nos separado e o reencontro foi muito emocionante”, disse à Lusa, Tomás Luís, 35 anos, regressado do campo de refugiados com mais dois filhos, perfazendo agora uma família de sete membros. Enquanto espera pela chuva para semear as quintas recém-cultivadas, Tomás, à semelhança de outros, emociona-se com coisas aparentemente simples. Comove-se com a esperança de poder voltar a ter uma vida normal, porque a opção de viver num campo de refugiados só se deveu “ao sofrimento provocado pelo conflito” que existia na sua terra. Sebastião Roque e Maria Mirione formam o casal mais recente regressado a Ndande, em Outubro, com mais um filho, nascido no campo de refugiados do Maláui. Agora, o que querem é “liberdade para fazer machambas (hortas)”. “Queremos paz (…), que as autoridades nos reparem como filhos”, apelou Teacher José, um outro regressado, que lembra as perseguições que estiveram na origem do êxodo para o Maláui. Está há dois meses em Ndande e ainda tem casa coberta com lonas do ACNUR. Teacher José pede uma intervenção das autoridades moçambicanas na reintegração das numerosas famílias, muitas desmembradas pelo conflito. “Precisamos de apoio local para nos reerguer completamente” referiu à Lusa, indicando que há dramas em muitas famílias, sobretudo com viúvas, que enfrentam sozinhas a reconstrução de habitações e a falta de sementes para a agricultura, sua única base de sobrevivência. Em Ndande, falta quase tudo e a fome está a deixar algumas famílias desesperadas. “Os produtos alimentares estão muito caros e temos que ir a Ncondezi comprá-los”, disse à Lusa, Lúcia José, uma viúva que sobrevive do negócio de venda de maheu – uma bebida tradicional, sem álcool, a base de farinha de milho –, que também usa como moeda de troca para desbravar seu campo de cultivo. Para quem não fugiu para o Maláui, o regresso de milhares de moçambicanos dos campos de refugiados é sinónimo de paz e estabilização. “Quando os refugiados do Luwani começaram a regressar, nós viemos das montanhas para nos reencontrarmos, com a garantia de que o conflito terminou”, disse à Lusa, Lazaro Mirion, 22 anos, que recorreu as montanhas ao invés de se refugiar no país vizinho. Vários regressados usam os materiais doados no campo de refugiados no Maláui, como mantas, baldes e pratos, não só para as tarefas do quotidiano, mas também como moeda de troca para a abertura de quintas para cultivo de alimentos, como forma de subsistência.
Hoje Macau EntrevistaAmnistia em Portugal diz que repressão de minorias é realidade na China [dropcap]U[/dropcap]ma responsável da Amnistia Internacional em Portugal disse que a restrição à liberdade de expressão, perseguição a advogados, tortura, repressão de entidades religiosas e das minorias étnicas são algumas das violações dos direitos humanos cometidos pela China. “São várias as violações dos direitos humanos na China. Podemos começar pela falta de liberdade de expressão, a repressão de activistas e dos advogados, o que inclui a destruição do Estado de direito, a tortura e a generalização da pena de morte”, declarou à Lusa Teresa Nogueira, coordenadora do co-grupo da Amnistia Internacional (AI) Portugal sobre a China. Teresa Nogueira afirmou ainda que “o direito de defesa é muito restrito, há uma grande repressão às entidades religiosas que não são oficiais e às minorias étnicas na China, além de confissões forçadas que podem levar à pena de morte”. “A AI está a pedir a todas as mais altas instâncias portuguesas para que levantem questões sobre os direitos humanos na China”, declarou. A responsável fez estas declarações dias antes da visita do Presidente chinês, Xi Jinping, a Portugal, que ocorre nos dias 4 e 5 de Dezembro. “Não queremos, de forma alguma, intrometer-nos nas questões comerciais e económicas que são vitais para a boa saúde financeira das nações e isso compreendemos, mas a questão dos direitos humanos também é vital para as sociedades”, acrescentou. Na China “os direitos económicos e sociais também são muito restritos. Há pessoas detidas por tentarem formar sindicatos independentes”, sublinhou. O caso de Hong Kong Para a activista da AI, em Hong Kong há uma progressiva eliminação dos direitos civis e políticos “que ficaram estabelecidos nos acordos de transição quando ocorreu a entrega de Hong Kong por parte do Reino Unido (em 1997)”. Teresa Nogueira explicou que em Hong Kong surgiu o ‘movimento dos guarda-chuvas’, grupo de protesto que começou em setembro de 2014 “contra a designação de deputados pelo Partido Comunista Chinês, os quais deveriam ser eleitos pela população segundo os acordos de transição”. “Este movimento paralisou Hong Kong durante algum tempo e, agora, vários dirigentes a serem detidos, nomeadamente alguns dos poucos deputados que tinham sido eleitos para a Assembleia Parlamentar de Hong Kong”, lembrou. Para a responsável, tem havido uma repressão sistemática aos advogados desde 9 de Julho de 2015, com a detenção de vários defensores de direitos humanos e de advogados que aceitam casos sensíveis. “Na China há 156 mil advogados e 14 mil firmas de advocacia. Só uma pequeníssima percentagem tem a coragem de tomar a cargo a defesa de casos sensíveis, como de outros advogados de direitos humanos e dissidentes políticos, de crimes religiosos, que igrejas que não são reconhecidas oficialmente, casos de pena de morte e outros injustiçados”, avaliou. “Estes advogados têm sido sistematicamente perseguidos e detidos, alguns deles estão desaparecidos”, acrescentou. Teresa Nogueira citou o caso de Wang Quanzhang – advogado que trabalhou em questões como a defesa de praticantes do Falun Gong e membros do Movimento dos Novos Cidadãos -, detido desde 2015 e está incomunicável, sem acesso à família e sem ter direito a advogados a sua escolha. Lembrou ainda o caso do académico, activista dos direitos humanos e prémio Nobel da Paz 2010, Liu Xiaobo, que foi preso em 2008 e libertado pouco tempo antes de morrer em 2017, após anos de cárcere em condições deploráveis. Repressão em Xinjiang Para a responsável da AI, há uma forte repressão que se verifica também em Xinjiang, uma região autónoma no noroeste da China e de maioria uigure, cujo território é quatro vezes maior ao da França e que rica em petróleo, carvão e gás natural. “Nesta altura, AI tem conhecimento de, pelo menos, um milhão de pessoas presas arbitrariamente e sem acusação formal, simplesmente detidas e internadas em campos de transformação através da educação” em Xinjiang, disse Teresa Nogueira. “Os que estão internados são maioritariamente uigures, cazaques e outras etnias de religião muçulmana que acabam por seguir um programa rigoroso”, que faz uma espécie de “lavagem cerebral” para a aculturação destas pessoas, referiu a responsável. Segundo Teresa Nogueira, “os que falham no programa ditado pelo regime central chinês (que impõe a aprendizagem de mandarim, entre outras coisas) sofrem espancamentos e são privados de alimentação, entre outros castigos, havendo relatos de pessoas que morreram e também de suicídios”. A responsável indicou ainda a restrição imposta pelo Governo à Internet, havendo inclusivamente uma comissão governamental de controlo, e a repressão aos ‘bloggers’ na China.
Hoje Macau ReportagemXi Jinping, um líder autoritário no século de ascensão da China Por João Pimenta, da agência Lusa [dropcap]J[/dropcap]unto à entrada do Wujing Yiyuan, um dos maiores hospitais públicos de Pequim, uma faixa com oito metros de comprimento e dois de altura dita: “Ouçam as ordens do Partido Comunista, sigam o Presidente Xi”. Desde que assumiu a liderança da China, em 2013, Xi Jinping, que visita esta semana Portugal, tornou-se o centro da política chinesa e é hoje considerado um dos líderes mais fortes na história da República Popular, comparável ao seu fundador, Mao Zedong. Em Março passado, numa única sessão do legislativo chinês, Xi conseguiu abolir o limite de mandatos para o seu cargo, criar um organismo com poder equivalente ao do Executivo, para supervisionar a aplicação das suas políticas, e promover aliados a posições chave do regime. “É enorme; é histórico”, afirma à agência Lusa Xie Yanmei, analista de política chinesa do centro de investigação Gavekal, com sede em Hong Kong. “Requer grande margem de manobra e muito capital político”, nota. Xi Jinping anunciou já o início de uma “nova era” para a China, com dois objectivos: construir uma “sociedade moderadamente próspera”, até 2035, e firmar a posição do país como grande potência, até 2050. “Ele tem uma visão para o país e quer usar os meios institucionais para cumprir essa visão”, explica Xie Yanmei. Entre aqueles “meios institucionais” destaca-se a criação da Comissão Nacional de Supervisão, que acumula poderes comparados aos do Executivo, Legislativo ou Judicial, e abrange toda a função pública. Trata-se de uma “organização política e não de aplicação da lei”, que “pode ser potencialmente transformativa”, defende Xie. “A Comissão está encarregue de garantir que as decisões do partido são rigorosamente implementadas”, através do envio de inspetores para as empresas estatais e diferentes organismos do Governo, afirma. Trata-se de uma forma de institucionalizar a mais ampla e persistente campanha anti-corrupção na história da China comunista, uma das fontes de legitimidade de Xi, lançada após este ascender ao poder, e que puniu já mais de um milhão e meio de funcionários do Partido Comunista Chinês (PCC). Além de combater a corrupção, a campanha tem tido como propósito reforçar o “controlo ideológico” e afastar rivais políticos, com as acusações a altos quadros do regime a incluírem frequentemente “excesso de ambição política” ou “conspiração”. David Kelly, director da unidade de investigação China Policy, com sede em Pequim, defende, no entanto, que é no plano internacional que Xi quer deixar o seu “grande legado”. “A China vai trazer para o mundo moderno a sua sabedoria milenar e recuperar a grandeza de outrora. Vai oferecer ao mundo uma solução chinesa. E isto vai ser atribuído a Xi”, aponta à Lusa o analista, sobre a nova narrativa do regime. A “solução chinesa” materializa-se no gigantesco plano de infra-estruturas “Uma Faixa, Uma Rota” lançado por Xi, e que visa reactivar as antigas vias comerciais entre a China e a Europa através da Ásia Central, África e sudeste Asiático, através da construção de uma malha ferroviária intercontinental, portos, aeroportos ou auto-estradas. A proposta chinesa surge numa altura em que os Estados Unidos de Donald Trump rasgam compromissos internacionais sobre o clima, comércio, migração ou nuclear. “Xi projecta a imagem de um líder no comando, com uma visão estratégica de longo prazo e rodeado de uma equipa capaz”, afirma Xie Yanmei. “É um contraste nítido com a imagem agora projectada por Washington”, nota. Na faixa junto à entrada do Wujing Yiyuan, Xi Jinping está com as duas mãos juntas, palma contra palma, à altura do peito. Veste um uniforme militar verde-oliva. Atrás, um dos símbolos mais expressivos da China, a Grande Muralha, serpenteia por um vasto terreno montanhoso.
Hoje Macau China / ÁsiaOferta sobre EDP e questões judiciais na visita de Xi Jinping a Portugal [dropcap]A[/dropcap] visita do Presidente chinês a Portugal, Xi Jinping, decorre quando há incertezas sobre as possibilidades de sucesso da OPA à EDP da China Three Gorges, que enquanto accionista avançou para os tribunais internacionais para contestar medidas do Estado. A CTG, que há seis anos se tornou a principal accionista da eléctrica, está disposta a pagar 10 mil milhões de euros, o valor máximo associado às ofertas anunciadas em Maio pela totalidade da EDP e da sua subsidiária, a EDP Renováveis, para assegurar o controlo accionista e impedir que potenciais interessados na eléctrica avancem, como foi noticiado pela imprensa internacional no início deste ano. Mas para a oferta chegar ao mercado, a maior ofensiva de capitais chineses em curso em Portugal, a CTG tem que obter autorizações dos reguladores nos vários mercados em que a EDP está presente, nomeadamente dos Estados Unidos, num ambiente de guerra comercial à China, e de Bruxelas, onde, segundo o Jornal de Negócios, já se iniciaram “contactos no sentido de uma pré-notificação do negócio”. Já depois de ter anunciado a oferta pública de aquisição (OPA), a CTG, que detém 23,27 por cento do capital social da EDP – no ano passado reforçou -, foi um dos accionistas que decidiu no final de Setembro que vai contestar nos tribunais internacionais o pagamento de 285 milhões de euros por alegada sobrecompensação no cálculo da disponibilidade das centrais que operavam em regime CMEC (Contratos de Manutenção do Equilíbrio Contratual). “O Conselho Geral de Supervisão da EDP, do qual fazem parte os accionistas de referência da empresa, pronunciou-se hoje, por unanimidade, no sentido de que a adequada defesa dos interesses dos accionistas justifica o recurso à arbitragem internacional ao abrigo dos tratados de protecção do investimento estrangeiro em vigor”, lê-se no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários em 27 de Setembro, sendo este um de vários processos movidos pela eléctrica contra o Estado, mas o primeiro dos accionistas (e não do Conselho de Administração Executivo) e na esfera internacional. Apesar da guerra nos tribunais, no anúncio preliminar da operação, o grupo chinês afirmou que só lançará a OPA sobre a EDP se o Governo português não se opuser à oferta, e recebeu desde logo ‘luz verde’ do primeiro-ministro, António Costa, que disse que não ter “nenhuma reserva a opor” à operação. À espera que saia Entretanto, aguarda-se a posição final da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) sobre o requerimento apresentado pela China Datang Overseas Investment Co. Ltd., sobre uma projectada operação de aquisição da Novenergia Holding Company S.A. (que controla a Generg), que será tomada até 12 de Dezembro, uma vez que pode dar um sinal sobre a própria OPA da CTG à EDP. Na quinta-feira, a ERSE esclareceu que a sua posição “não sendo, nem podendo ser, apta a viabilizar ou obstaculizar o negócio em causa, circunscrever-se-á às possíveis consequências para a certificação de independência dos Operadores das Redes de Transporte (REN – Rede Eléctrica e REN Gasodutos), em função dos termos em que aquela operação de aquisição se venha a concretizar”. A tomada de controlo da EDP pela CTG tem ainda que ultrapassar a questão do preço oferecido, de 3,26 euros por acção, que o Conselho de Administração Executivo da EDP considerou que não reflecte adequadamente o valor da EDP e que o prémio implícito na oferta é baixo, considerando a prática pelas empresas europeias do sector. A CTG pretende manter a EDP com sede em Portugal e cotada na bolsa de Lisboa.
Hoje Macau DesportoRosa Mota vence mini-maratona de Macau aos 60 anos, três décadas após ouro em Seul [dropcap]A[/dropcap] portuguesa Rosa Mota venceu a mini-maratona de Macau, aos 60 anos e três décadas após ter conquistado a medalha olímpica em Seul, na Coreia do Sul, ao correr 5.200 metros em 22:02 minutos. A ex-campeã do mundo e da Europa, que foi convidada pela organização da 37.ª Maratona Internacional para assumir o papel de ‘embaixadora’ anti-doping, bateu o tempo alcançado em 2016, quando também ganhou a corrida, então com 24:47 minutos. “É uma alegria estar aqui em Macau, numa competição tão bem organizada. Como não tinha nenhum compromisso e fiquei livre, decidi ir correr”, afirmou à Lusa no final da prova. “Sim, este ano fiz 60 anos e passaram 30 desde que ganhei a medalha de ouro em Seul, mas hoje só falo da importância de fazer chegar a todos estes atletas a mensagem sobre os perigos do doping e de como a batota não tem lugar no desporto”, enfatizou a ex-campeã olímpica. A mini-maratona, assim como a meia-maratona, integraram o programa da 37.ª Maratona Internacional de Macau. Os atletas portugueses Vera Nunes e João Antunes concluíram a maratona na sexta (femininos) e oitava (masculinos) posições, respetivamente. Na meia-maratona, tanto António Rocha como Carla Martinho garantiram o terceiro lugar nas provas masculina e feminina, respectivamente. Os atletas quenianos venceram as provas masculinas e femininas da maratona e da meia-maratona.