Hoje Macau DesportoNadal nas meias-finais depois de vencer Dominic Thiem do US Open [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] tenista Rafael Nadal apurou-se hoje para as meias-finais do Open dos Estados Unidos, ao derrotar o austríaco Dominic Thiem, depois de uma luta de quatro horas e meia para vencer os cinco sets por 0-6, 6-4, 7-5, 6-7 (4/7), 7-6 (7/5). Os dois tenistas disputaram a partida mais longa da edição deste ano do US Open, último ‘major’ da temporada. O maiorquino, n.º 1 mundial e que procura o quarto troféu em Flushing Meadows (Nova Iorque) e o 18.º no Grand Slam, vai enfrentar o n.º 3 do mundo, Juan Martin Del Potro, para disputar um lugar na final, como há um ano.
Hoje Macau InternacionalIsrael fecha passagem de acesso à Faixa de Gaza [dropcap style≠’circle’]I[/dropcap]srael voltou a encerrar a passagem de Erez, ponto de acesso à Faixa de Gaza, devido a confrontos registados no terminal de trânsito, anunciou hoje o Exército israelita. O ponto de passagem de Erez vai ficar fechado até que os estragos sejam reparados, acrescentou o Exército de Israel que não especificou qualquer data para a reabertura do terminal. De acordo com os militares israelitas vai ser autorizado “apenas” o trânsito de material humanitário, caso venha a ser necessário. De acordo com o Exército de Israel “centenas de desordeiros” palestinianos participaram em atos de violência na terça-feira lançando pedras que provocaram estragos nas instalações do terminal. A passagem de Erez tinha sido reaberta no passado dia 27 de agosto depois de ter sido mantida encerrada durante uma semana. O território da Faixa de Gaza, enclave situado entre Israel o Egito e o Mediterrâneo, encontra-se submetido a um bloqueio terrestre e marítimo pelos israelitas desde 2008. Os cerca de dois milhões de habitantes dependem, em grande medida, da ajuda internacional. A fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito está quase sempre encerrada. Controlado pelo Hamas, o enclave tem sido palco de manifestações de palestinianos junto à barreira de separação desde 30 de março e que exigem o fim do bloqueio e a devolução de terras aos palestinianos, perdidas em 1948. Pelo menos 172 habitantes da Faixa de Gaza foram atingidos a tiro pelos soldados israelitas desde março.
Hoje Macau DesportoEleições Sporting | Rui Jorge Rego quer presidente fora do terreno e boas relações com rivais [dropcap style≠’circle’]R[/dropcap]ui Jorge Rego defende que o presidente do Sporting não pode andar no terreno, caso seja eleito no sábado, e considera que é importante ter boas relações com os ‘rivais’ FC Porto e Benfica no panorama externo. “O presidente do Sporting tem de ser responsável por todas as áreas, núcleos, expansão, modalidades, futebol e claques. O presidente tem de ter outra visão, não deve andar no terreno, mas deve estar acima, fazer o plano estratégico e controlar a sua execução”, afirmou Rui Jorge Rego, em entrevista à agência Lusa. As relações com FC Porto e Benfica estiveram longe de ser próximas na última época desportiva, principalmente com os ‘encarnados’, um paradigma que pretende mudar. “Temos de perceber que temos dois tipos de discursos: interno e externo. Não tenho problema de andar, entre aspas, à chapada com o FC Porto e Benfica internamente, desde que para fora se mostre união e força”, esclareceu, não sem antes completar: “Internamente faremos o que for preciso para ganhar de forma limpa e honesta”. A gestão no futebol também será diferente com Rui Jorge Rego, segundo o próprio, que, entre críticas aos adversários, explicou como irá processar. “[Os outros candidatos] querem orçamentos em que a despesa é maior do que a receita, que vão tentar equilibrar com vendas de jogadores e com a entrada na Liga dos Campeões. Nós vamos fazer o contrário e só vou usar receitas correntes, cerca 50 milhões de euros para o futebol profissional e, de resto, tenho os parceiros estratégicos. Assim vou ser competitivo e com contas equilibradas”, esclareceu. Rui Jorge Rego foi mais longe ao explicar como vai atuar juntamente com esses parceiros estratégicos, por parte do brasileiro Júlio Brant, que disponibilizou cerca de 120 milhões de euros para o Sporting usar como entender. “Vamos tentar fazer com o nosso dinheiro e não vamos usar esse dinheiro se não precisarmos. Vamos a essa conta para adquirir o passe de um jogador, tirarmos o dinheiro necessário, entregamos os juros ao parceiro, mas os 120 milhões continuam lá. As mais-valias serão sempre para o Sporting”, sintetizou. Outro ponto que difere para os restantes cinco candidatos prende-se com o facto de colocar um gestor externo a gerir a SAD, justificada pela “experiência “, sem esquecer de enaltecer aquele que será o seu diretor desportivo. “Trazemos o Paulo Lopo que é, garantidamente, e a pessoa com mais experiência para gerir SAD, é o único que já o faz. Para diretor desportivo, o Roberto Carlos que é um nome mundial e saímos da caixa dentro daquilo que são as outras candidaturas que andam à do medir quem é mais do Sporting. Esse não pode ser o caminho”, referiu. Rui Jorge Rego frisou que o antigo internacional brasileiro vai trazer “cultura de vitória que tem faltado no balneário e convencer jogadores a jogarem” pelo Sporting. O antigo presidente do clube não foi esquecido na entrevista, identificando a altura que Bruno de Carvalho começou a ‘cavar’ o seu fim: “Os sinais [do fim anunciado] começam na relação com Leonardo Jardim, com Marco Silva e com a estátua com uma frase dele próprio. Assumiu um protagonismo que não devia ter assumido enquanto presidente”. A terminar, e no que diz respeito às vendas de jogadores, Rui Jorge Rego dá o bom exemplo do Benfica e diz que os ‘leões’ podem ter todas as condições de vender igualmente bem. “Vender jogadores não é dizer que são muito bons. É bater à porta das pessoas numa linguagem de indústria de futebol. O Benfica vende e os deles não são melhores do que os nossos. Agora, a estrutura do Benfica nessa vertente é melhor que a nossa porque têm parceiros na área que força as vendas”, alertou. Além de Rui Jorge Rego (lista E), concorrem ao ato eleitoral João Benedito (A), José Maria Ricciardi (B), Frederico Varandas (D), Rui e José Dias Ferreira (F) e Fernando Tavares Pereira (G). Madeira Rodrigues avançou com uma candidatura mas acabou por desistir a favor de Ricciardi.
Hoje Macau EventosMuseu Nacional do Rio de Janeiro não tinha seguro nem brigada contra incêndios [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Museu Nacional do Rio de Janeiro, que ardeu no domingo, não tinha seguro sobre o património e não tinha uma brigada disponível para combater possíveis incêndios, disse vice-diretora do museu brasileiro. Cristiane Serejo admitiu que os responsáveis do museu descartaram a contratação de uma seguradora e a criação de um grupo de funcionários autorizados a combater incêndios por falta de verbas. O Governo já anunciou a libertação de fundos de emergência para iniciar a reconstrução imediata de um novo edifício e uma campanha com o objetivo de angariar fundos privados. “Temos recebido várias ofertas de doações, até mesmo algumas instituições estrangeiras. Vamos fazer uma campanha e vamos ser capazes de levantar o Museu Nacional com novas coleções”, disse a vice-diretora do museu. Na segunda-feira, centenas os estudantes e investigadores ligados ao museu, a maioria dos quais vestidos de negro, concentraram-se em frente aos escombros ainda fumegantes do edifício, para “abraçar” o antigo palácio imperial do século XIX, em protesto contra o Presidente brasileiro e cortes na Cultura. Os portões que dão acesso ao recinto do museu chegaram a estar fechados a cadeado pelas autoridades, mas a força dos protestos levou a que a população conseguisse entrar. Considerado o maior museu de História Natural da América Latina, o Museu Nacional, que assinalou em junho o seu bicentenário, albergava cerca de 20 milhões de peças de valor incalculável e uma biblioteca com mais de 530 mil títulos. Entre as peças inestimáveis transformadas em cinzas está uma coleção egípcia, uma outra de arte e de artefactos greco-romanos, coleções de paleontologia – que incluíam o esqueleto de um dinossauro encontrado na região de Minas Gerais – bem como o mais antigo fóssil humano descoberto no Brasil, “Luzia”. Um dos únicos vestígios preservados foi o enorme meteorito com mais de cinco toneladas, que continua em frente à entrada do espaço. Mergulhado numa dívida pública abissal e em sucessivos escândalos de corrupção, o Brasil, que sai timidamente de uma recessão histórica, efetuou nos últimos meses muitos cortes orçamentais nas áreas da Investigação, Cultura e Ciência. O ministro da Cultura brasileiro, Sérgio Sá Leitão, reconheceu que “a tragédia poderia ter sido evitada”. Há três meses, por ocasião do bicentenário, o Museu Nacional obteve um financiamento de 21,7 milhões de reais (cerca de 4,51 milhões de euros) do Banco Nacional de Desenvolvimento para o restauro do edifício.
Hoje Macau China / ÁsiaTufão no Japão causa pelo menos 11 mortos e centenas de feridos [dropcap style≠’circle’]P[/dropcap]elo menos 11 pessoas morreram e centenas ficaram feridas no Japão, na sequência do tufão Jebi, considerado o mais violento a atingir diretamente o arquipélago em 25 anos, informou a televisão pública NHK. “Este tufão causou sérios danos, especialmente na região de Osaka”, disse hoje o primeiro-ministro nipónico, Shinzo Abe, que prometeu “o máximo de esforços para resolver a situação e reabilitar as infraestruturas”. A passagem do ciclone trouxe chuvas torrenciais e ventos fortes, com rajadas que atingiram nalguns locais os 220 quilómetros/hora. O Jebi, o vigésimo primeiro tufão desta temporada no Pacífico, foi catalogado como “muito forte” pela Agência Meteorológica do Japão, o primeiro com esta intensidade a chegar ao arquipélago desde 1993. O Japão foi atingido por vários tufões e chuvas torrenciais este verão. Uma grande parte do oeste do Japão foi atingida no início de julho por fortes inundações e deslizamentos de terra que resultaram na morte de mais de 200 pessoas e milhares de desalojados, naquele que foi considerado o mais grave desastre meteorológico no país desde 1982.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte | Morreu figura-chave do programa de mísseis [dropcap style=’circle’]J[/dropcap]u Kyu-chang, figura-chave do programa de mísseis balísticos da Coreia do Norte no início desta década, morreu segunda-feira aos 89 anos, informou ontem a agência de notícias estatal KCNA. Ju Kyu-chang, descrito no obituário como um “soldado revolucionário” pela sua contribuição para desenvolver as “capacidades de defesa” do país, morreu de pancitopenia, um problema no sangue. Ju nasceu na província do Sul do Hamgyong, em 1928, e formou-se em engenharia pela Universidade de Kim Chaek, um dos centros tecnológicos de maior prestígio da Coreia do Norte. Em 2010 foi nomeado director do Departamento de Construção de Maquinaria do Partido dos Trabalhadores e membro do Comité Central, tendo desempenhado um papel importante no desenvolvimento bem sucedido do Unha-3, o primeiro veículo de transporte espacial que conseguiu colocar em órbita um satélite norte-coreano, em Dezembro de 2012.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Mais de 600 voos cancelados com chegada de tufão [dropcap style=’circle’]M[/dropcap]ais de 600 voos foram cancelados no Japão devido aos ventos fortes e chuvas intensas com a aproximação do tufão Jebi, que a Agência Meteorológica daquele país prevê para as regiões oeste e leste do território. Além das companhias aéreas, que cancelaram mais de 600 voos ontem, os serviços de comboio locais e as linhas de alta velocidade, como a rota Osaka-Hiroshima, foram suspensos. Algumas empresas recomendaram que os funcionários trabalhem em casa, as escolas encerraram e a actividade comercial foi interrompida, como o parque temático Universal Studios Japan em Osaka, relatou a agência de notícias japonesa Kyodo. A pressão atmosférica detectada e as rajadas de vento até 216 quilómetros por hora, provocadas pelo tufão, levaram a agência a descrevê-lo como o mais poderoso que chega ao arquipélago nesta temporada e o mais forte em 25 anos, se mantiver a mesma intensidade quando chegar a terra. O Jebi, o vigésimo primeiro tufão desta temporada no Pacífico, catalogado como “muito forte” pela Agência Meteorológica do Japão, deve atingir a ilha de Shikoku (oeste) ou a península de Kii por volta das 12:00. O Japão foi atingido por vários tufões e chuvas torrenciais este verão. Uma grande parte do oeste do Japão foi atingida no início de Julho por fortes inundações e deslizamentos de terra que resultaram na morte de mais de 200 pessoas e milhares de desalojados, naquele que foi considerado o mais grave desastre meteorológico no país desde 1982.
Hoje Macau China / ÁsiaTimor-Leste | Parlamento revoga decreto sobre currículos escolares O parlamento timorense revogou dois decretos aprovados pelo anterior Governo no início deste ano, que nem chegaram a entrar em vigor, e que alteravam dois outros polémicos textos legislativos sobre o uso de línguas maternas aplicados desde 2015 [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]decisão tomada em Agosto, publicada no Jornal da República, resultou de um debate em que as bancadas da coligação do Governo (CNRT, PLP e KHUNTO) acabaram por votar a sós. A oposição (Fretilin e PD) protestou e recusou-se mesmo a votar. Durante o debate, a ministra da Educação, Dulce de Jesus Soares, defendeu a revogação dos decretos-leis por considerar que, no âmbito dos anteriores, tinha decorrido um projecto-piloto nos municípios de Lospalos, Manatuto e RAEOA (Região Administrativa Especial de Oecússi Ambeno), sobre a implementação das línguas maternas no processo de aprendizagem, que disse revelar uma mudança significativa e que ajudou muitas das crianças a aprender mais. Posição contestada pela oposição que disse que na implementação das línguas maternas no processo de aprendizagem não há eficiência e que o Governo deve traçar uma política de educação mais clara, especialmente no que diz respeito ao currículo, para que se ensine a língua tétum e o português – línguas oficiais – no ensino básico. A decisão parlamentar é o episódio mais recente num assunto que há muito divide os responsáveis políticos timorenses, especialmente no sector educativo: o uso de línguas maternas no ensino pré-escolar e início do ensino básico, empurrando para mais tarde um maior uso do português. O assunto levou o Governo de então a aprovar em 2015 dois decretos – o 3/2015 sobre o currículo nacional de base da educação pré-escolar e o 4/2015 sobre o currículo do 1.º e 2.º ciclo do ensino básico. Numa das suas últimas decisões antes da dissolução do anterior parlamento, o VII Governo – apoiado pela coligação minoritária da Fretilin e do PD – tinha aprovado em Janeiro alterações a esses decretos, argumentando que se tratava de reflectir os resultados do 3.º Congresso Nacional da Educação, que decorreu em 2017 em Díli. Património linguístico Centrados em “quatro grandes alterações” esses decretos – que deveriam entrar em vigor no início de 2019 – abrangiam questões como “a definição das línguas oficiais com línguas de ensino, dando prioridade ao português como língua de ensino e ao tétum como língua de suporte”. As línguas nacionais eram definidas como “património cultural e histórico, para terem o devido tratamento nessa área”. O Governo deliberou ainda duplicar a carga horária mínima do ensino pré-escolar, de duas para quatro horas por dia, sendo ainda reajustada a carga horária “para o ensino da capacidade linguística em tétum e português”. Na defesa da sua proposta no Conselho de Ministros, o Ministério da Educação destacava “a necessidade de estabilidade e coerência em termos de aplicação de políticas educativas em Timor-Leste” e ainda “a necessidade de clarificar posições referentes às línguas a utilizar no sistema educativo”. Essa decisão de Janeiro acabou por causar polémica com várias organizações nacionais e 70 cidadãos timorenses a escreverem ao Presidente da República a expressar preocupação sobre as alterações aos currículos do pré-escolar e primeiro ciclo que consideraram terem sido feitas sem avaliação científica adequada. A carta refere que as alterações foram aprovadas de forma “súbita” e vão contra vários estudos que apoiavam o currículo em vigor.
Hoje Macau China / ÁsiaChina/África | Maurícia é o primeiro país africano a assinar acordo de livre comércio [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]arquipélago da Maurícia vai ser o primeiro país africano a assinar um acordo de livre comércio com a China, revelou ontem o ministério chinês do Comércio, à margem do Fórum de Cooperação China/África. O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, e o seu homólogo mauriciano, Pravind Jugnauth, assinaram um memorando de entendimento, pondo fim às negociações iniciadas em Dezembro de 2017. Bens, serviços, investimento e cooperação económica serão abrangidos pelo acordo, detalhou o ministério. O país asiático é, desde 2009, o maior parceiro comercial de África. Pelas estatísticas chinesas, nos primeiros seis meses deste ano, o comércio bilateral aumentou 16 por cento, em termos homólogos, para 98.800 milhões de dólares. Pequim tem acordos de livre comércio com o Peru, Costa Rica, Islândia, Suíça, Singapura, Paquistão ou Austrália. Situado a cerca de 2.000 quilómetros da costa sudeste do continente africano, a República da Maurícia tem pouco mais de um milhão de habitantes.
Hoje Macau China / ÁsiaChina/África | Presidente de Moçambique almoça com empresários chineses O presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, participou na segunda-feira num almoço com mais de duas dezenas de directores de empresas chinesas, num clube privado de Pequim, à margem do Fórum de Cooperação China/África [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]evento reuniu 24 empresários chineses, incluindo o conglomerado Tiens Group, que opera nas áreas biotecnologia, logística, finanças e comércio internacional, no Beijing Capital Club, segundo imagens difundidas na rede social Wechat de um dos participantes. Situado no norte de Pequim, junto ao estádio olímpico, e fundado em 1994, o Beijing Capital Club é o “mais antigo” clube privado de negócios da capital chinesa, segundo o seu portal oficial. Este fim-de-semana, o líder moçambicano revelou que o fluxo de transacções comerciais entre Moçambique e China atingiu os 4,6 mil milhões de dólares, entre 2013 e 2017. Entre os produtos exportados por Moçambique, Nyusi destacou os bens agrícolas, minérios e matérias-primas, enquanto as importações oriundas da China foram sobretudo compostas por automóveis, cereais, gasóleo, maquinaria e cimento. “No que toca aos investimentos, a China tornou-se também um dos maiores investidores no nosso país: entre 2013 e o primeiro semestre de 2018, foram aprovados 148 projectos, num valor total de 751 milhões de dólares, em investimento directo chinês, susceptíveis de criar 20.000 postos de trabalho para os cidadãos moçambicanos”, acrescentou. Nyusi destacou a presença da China nos sectores do turismo, agricultura e agro-indústria, e lembrou o potencial do seu país na mineração, produção de energia e infra-estruturas. “É na agricultura, em toda a sua cadeia de valor, onde vemos uma vasta, rápida e imediata participação do empresariado chinês, através da construção de infra-estruturas agrícolas, introdução de novas tecnologias, mecanização e investigação”, disse. Recursos apetecíveis O líder moçambicano lembrou ainda que “a República Popular da China é um dos maiores investidores na indústria hoteleira de Moçambique, com grandes empreendimentos turísticos nas principais cidades do país, com destaque para as que pertencem ao grupo AFECC Gloria, donos do maior hotel de Maputo”. Nyusi destacou “o potencial, ainda enorme, por explorar” no sector da pesca, “sobretudo na pescaria do atum e no cultivo de peixes crustáceos e moluscos”, e na produção de energia hidroeléctrica, solar, eólica, notando que o país detém reservas de 180 biliões de pés cúbicos de gás natural e 20.000 milhões de toneladas de carvão. “A existência de um grande potencial energético, aliado à localização geoestratégica do nosso país, coloca-nos numa posição privilegiada em relação aos outros países da África Austral, no que concerne à produção de energia, cuja procura situa-se 40 por cento acima das actuais necessidades”, disse. Na área das infra-estruturas, o líder moçambicano afirmou que é “imperativa a construção de mais portos e a reabilitação das estradas”, enquanto na componente habitacional, “existe um enorme potencial para um mercado que abrange um universo de 350 mil funcionários públicos e jovens em início de carreira”. Nyusi revelou que esteve reunido, em Pequim, com empresários da área farmacêutica, apontando a produção de vacinas, pesticidas, drogas e medicamentos agrários como uma oportunidade de investimento. O evento contou ainda com a participação do ministro moçambicano dos Recursos Minerais e Energia, Max Tonela, o director-geral da Agência para a Promoção de Investimento e Exportações (APIEX), Lourenço Sambo, e do presidente da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), Omar Mithá. Trinta e nove empresários moçambicanos, do sector público e privado, marcaram também presença.
Hoje Macau SociedadeCrime | Adolescente de 16 anos acusado de abuso sexual de menores [dropcap style=’circle’]U[/dropcap]m rapaz de 16 anos foi acusado de abuso sexual de menores por se ter envolvido com uma rapariga três anos mais nova, noticiou ontem o canal chinês da Rádio Macau, dando conta de que a polícia foi buscar o jovem à escola. Os pais da rapariga de 13 anos participaram o caso às autoridades depois de terem encontrado mensagens do telemóvel da filha. Os dois adolescentes, que ter-se-ão conhecido em Julho através da Internet e mantido relações sexuais no mês seguinte, de acordo com a Ou Mun Tin Toi.
Hoje Macau SociedadeSIDA | Inscrições para programa de sensibilização abertas dia 10 [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]s inscrições para o “Programa de Apoio para a Educação sobre a SIDA de 2018”, organizado pela Comissão de Luta Contra a Sida e Serviços de Saúde da RAEM serão abertas no próximo dia 10. Cada actividade terá, no máximo, um apoio de 16 mil patacas. Os temas das actividades candidatas ao apoio devem versar exclusivamente sobre a SIDA. As inscrição são abertas a entidades não governamentais, associações e escolas de Macau. No dia 5 de Outubro de 2018, das 15h às 16h, os Serviços de Saúde organizam uma sessão de recrutamento para a qual estão convidadas as entidades que participaram no Programa de Apoio para a Educação sobre a SIDA de 2017 para partilharem experiências de planeamento e execução de actividades. Ao mesmo tempo, realiza-se uma sessão de recrutamento para o novo Programa de Apoio para a sua apresentação, inscrição e consulta dos interessados. As entidades interessadas podem inscrever-se até dia 28 de Setembro.
Hoje Macau SociedadeGoverno | Nova sede vai custar pelo menos 10 milhões de patacas [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]obra de remodelação da nova sede do Governo a nascer no número 105 da Avenida do Conselheiro Ferreira de Almeida vai custar entre 9,8 milhões e 15,6 milhões de patacas. A informação foi divulgada ontem pela Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) após a abertura de 15 propostas, das quais uma foi excluída e outra admitida condicionalmente. A empreitada, com um prazo de execução máximo de 326 dias, deve arrancar no último trimestre do ano, prevendo-se que proporcione 100 postos de trabalho. As obras, nas instalações que abrangem uma área aproximada de 840 metros quadrados, consistem na reparação e renovação das paredes exteriores. Segundo a DSSOPT, vai ser feita também uma nova distribuição dos espaços e melhorias no interior, estando definida a utilização de materiais ecológicos. O HM questionou a DSSOPT relativamente aos serviços/funções a serem transferidos para a Conselheiro Ferreira de Almeida, mas não obteve resposta até ao fecho desta edição.
Hoje Macau SociedadeSaúde | Fórum de Medicina Tradicional a partir de dia 20 no Venetian [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]inauguração do “Fórum de Cooperação Internacional de Medicina Tradicional 2018 (Macau)” terá lugar no próximo dia 20 de Setembro no Hotel Venetian de Macau. O Fórum, subordinado ao tema “Desenvolvimento e Internacionalização da Indústria de Medicina Tradicional Chinesa na Grande Baía de Guangdong-Hong Kong-Macau”, e que irá decorrer ao longo de dois dias, contará com peritos internacionais, num total de 400 profissionais. De acordo com o comunicado oficial, o evento visa “promover o desenvolvimento sustentável e a diversificação adequada da economia de Macau, bem como o desenvolvimento regional, contribuindo para o objectivo de construção de “Um Centro, Uma Plataforma”. Os assuntos a abordar no evento vão girar sobre três temas principais: a inovação das políticas, a integração do mercado e novas oportunidades de investimento. À margem do evento realiza-se também o Fórum de Investimento e Financiamento, em formato “roadshow”, ou seja, “permitindo aos peritos e instituições de investimento opinarem sobre questões e, em simultâneo, procederem à comparação e selecção dos projectos no âmbito dos fundos de investimento industrial e instituições profissionais de investimento”. Esta é a quarta edição do “Fórum de Cooperação Internacional de Medicina Tradicional” que, de acordo com a organização, é um evento que se “tornou numa ponte de ligação importante para o intercâmbio e cooperação entre entidades dentro e fora do país nesta área”.
Hoje Macau SociedadeIAS | Novo subsídio para famílias carenciadas [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Instituto de Acção Social (IAS) vai atribuir um subsídio extra aos agregados familiares que se encontram em situação de carência económica, de acordo com um comunicado emitido ontem. A ajuda financeira pode ir das 4.050 às 18.870 patacas, dependendo do número de elementos do agregado familiar. O subsídio será atribuído já este mês e vai beneficiar 3.300 agregados familiares que já recebem o subsídio regular. O Governo prevê um orçamento de 19,5 milhões de patacas para cumprir o apoio. O subsídio já foi atribuído em anos anteriores e pretende “ajudar as famílias a “fazer face às despesas-extra resultantes do novo ano lectivo e da Festividade do Bolo Lunar”, lê-se no comunicado emitido pelo IAS.
Hoje Macau EventosGoverno português lamenta incêndio em Museu Nacional no Rio de Janeiro como “perda irreparável” [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] ministro português da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, lamentou o incêndio que atingiu o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, classificando-o como “uma perda irreparável”. “Estamos consternadíssimos. Nós sentimos também essa perda porque era um acervo importantíssimo da história natural do país, da sociedade brasileira e também da história política, sendo este o palácio onde o rei de Portugal se veio instalar quando levou a corte para o Brasil. É um monumento muito importante para a história dos dois países”, constatou o ministro à chegada ao Real Gabinete Português de Leitura, no Rio de Janeiro, onde iria abrir o 9.º colóquio do polo de pesquisas luso-brasileiras. A instituição, destruída pelo fogo, foi criada há 200 anos por João VI, de Portugal, e era o mais antigo e um dos mais importantes museus do Brasil. “Portugal perde sempre. Perderam-se móveis de D. João VI, os diários da imperatriz Leopoldina. É património de origem portuguesa, mas é património cultural do Brasil”, referiu Luís Filipe Castro Mendes. De acordo com um comunicado publicado ´online´ pela direção do museu, não há vítimas a registar no incêndio. “É uma grande perda para o povo brasileiro, para os pesquisadores que trabalhavam naquele museu e nós sentimos uma profunda solidariedade com os brasileiros”, finalizou o responsável pela pasta da Cultura. O ministro da Cultura participou hoje no 9.º Colóquio do Polo de Pesquisas Luso-Brasileiras, que acontece sob o tema “Relações luso-brasileiras: imagens e imaginários”. Na agenda do ministro segue-se uma visita ao Museu Histórico Nacional, também no Rio de Janeiro, onde se fará a apresentação do projeto “O Retrato do Rei D. João VI”. O diretor do Museu Nacional no Rio de Janeiro, Alexander Kellner, afirmou hoje que ainda não foi possível avaliar a totalidade dos danos no acervo provocados pelo incêndio, mas apelou à mobilização da sociedade para a recuperação. O acervo do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, no Brasil, que foi consumido por um incêndio na noite de domingo e ao longo da madrugada de hoje, tinha um dos maiores históricos e científicos do país, com cerca de 20 milhões de peças. Entre os milhões de peças que retratavam os 200 anos de história brasileira estavam igualmente um diário da imperatriz Leopoldina e um trono do Reino de Daomé, dado em 1811 ao príncipe regente João VI. O Ministério brasileiro da Cultura também emitiu um comunicado lamentando “profundamente” o incêndio que dizimou o acervo e as instalações do Museu Nacional, ligado à Universidade Federal do Rio de Janeiro, e considerou que “as causas e responsabilidades devem ser rigorosamente apuradas”. “O Ministério da Cultura vinha apoiando, desde 2017, a direção do Museu Nacional na elaboração de projetos e na busca por recursos para financiar o plano de revitalização e requalificação”, indicando que um total de 21,7 milhões de reais [cerca de 4,6 milhões de euros] foi conseguido junto ao Banco Nacional do Desenvolvimento, que financiaria grande parte do projeto.
Hoje Macau InternacionalNúmero de alunos de português aumenta 18% na Califórnia [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] número de alunos matriculados em cursos de língua e cultura portuguesas aumentou 18% na Califórnia no novo ano letivo, de acordo com dados preliminares da Fundação Luso-Americana para a Educação. No ano letivo 2018/2019, que acaba de começar, deverá ser ultrapassada, pela primeira vez, a fasquia dos dois mil alunos de português, de acordo com informações fornecidas à Lusa pelo professor Diniz Borges, um dos encarregados pelo protocolo assinado entre a Fundação Luso-Americana para a Educação (LAEF, na sigla inglesa) e o Instituto Camões para coordenar o ensino da língua portuguesa na Califórnia. Os dados referem-se a cursos no ensino primário e secundário, abrangendo escolas privadas e públicas. “Nos últimos quatro anos foram criadas cinco escolas comunitárias e abriram-se cursos em três escolas do ensino secundário”, avançou o responsável, que coordena o protocolo com o professor José Luís da Silva. Só neste ano escolar, a Califórnia terá mais duas escolas secundárias a ensinar português, em Ceres, Vale de San Joaquin, com duas professoras e 270 alunos. Abriu também uma nova escola comunitária na cidade de Tracy, junto das montanhas que separam o vale da zona da baía de São Francisco. Duas outras zonas “estudam a possibilidade da criação de escolas portuguesas”, Manteca no norte e Chino no sul, na zona de Los Angeles. De acordo com Diniz Borges, foram ainda criados cursos em faculdades comunitárias, como é o caso da College of the Sequoias em Visalia, no Vale de San Joaquin, e da Universidade Estadual da Califórnia em Fresno, que vai abrir o semestre de outono de 2018 com quatro cursos de língua e cultura portuguesas. As últimas estatísticas oficiais da Modern Language Association, referentes a 2016, apontavam para cerca de dez mil alunos de português em todo o território dos Estados Unidos no ensino pós-secundário. Outros “cursos inovadores” estão abertos na CSUS em Turlock, na Universidade Estadual da Califórnia em San Diego e nas universidades da Califórnia em Santa Barbara e Berkeley, além do distrito escolar de Hilmar. Está ainda a ser registado um crescimento nos cursos ministrados pela comunidade de origem brasileira no norte da Califórnia. O incremento do número de alunos deve-se, segundo o professor, ao “trabalho constante da comunidade” após a assinatura do protocolo, que se refletiu na aposta em contactos com as entidades de ensino, aproximação às escolas comunitárias, formação de professores e criação de um plano estratégico para o ensino da língua e cultura portuguesas. A Califórnia é “o primeiro estado norte-americano com semelhante projeto”, garantiu Diniz Borges, sendo que o plano estratégico juntou entidades dos ensinos público e privado, entidades políticas e líderes da comunidade de origem brasileira e macaense. Além do ano letivo, o programa de ensino inclui dois projetos durante o verão, um curso da LAEF com meia centena de jovens e o programa Startalk do distrito escolar de Hilmar, com cerca de 100 crianças. A adesão da comunidade e das entidades públicas a este plano estratégico cria “todas as probabilidades” para que o ensino da língua e cultura portuguesas tenha “um contínuo crescimento” anual, considerou Diniz Borges,
Hoje Macau China / ÁsiaMalásia | Condenadas a espancamento por terem relações homossexuais [dropcap style=’circle’]D[/dropcap]uas mulheres da Malásia foram ontem espancadas após uma decisão de um tribunal que alegou que as duas violaram as leis islâmicas por terem tido relações homossexuais. As mulheres foram sentenciadas pelo Tribunal Superior da Sharia de Kuala Terengganu, a capital do estado Terengganu, disse um oficial do tribunal. A execução deste tipo de sanção não é pública. A decisão já foi criticada por organizações de direitos humanos que denunciaram a deterioração dos direitos da comunidade gay e lésbica da Malásia. A chefe da Amnistia Internacional na Malásia, denunciou esta punição como “cruel e injusta”.As duas mulheres, de 22 e 32 anos, foram detidas em Abril depois de serem encontradas dentro de um carro perto de uma praça pública no estado conservador de Terengganu, no norte do país. Ambas declararam-se culpadas de violar a lei islâmica e foram sentenciadas por um tribunal islâmico a uma multa de cerca de 690 euros.A comunidade Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais ou Transgêneros (LGBT) tem sofrido crescentes pressões nos últimos anos na Malásia, um país onde cerca de 60 por cento dos 32 milhões de habitantes são muçulmanos.O sistema judicial na Malásia permite que os tribunais islâmicos tenham poder em relação a questões religiosas e familiares, bem como em casos como o adultério.
Hoje Macau EventosIIM | Livro que homenageia Carlos Coelho lançado dia 12 [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Instituto Internacional de Macau (IIM) lança no próximo dia 12 deste mês o livro “Úi di Galánti”, em homenagem ao macaense Carlos Coelho, falecido em Janeiro deste ano. O livro, que conta com o apoio da Fundação Macau, contém textos em patuá do próprio Carlos Manuel Coelho, que era conhecido no seio da comunidade pela alcunha “Néu-Néu”. De acordo com um comunicado do IIM, “considerando a precariedade do patuá e a escassez de (bons) escritos nesse idioma nativo de Macau, o IIM recolheu os melhores textos para um apropriado registo do doce linguajar do crioulo português de Macau”. Além disso, a sessão de apresentação do livro constitui também “uma homenagem póstuma a Carlos Coelho, figura singular entre a comunidade macaense”. “A maioria dos textos foram extraídos de publicações da conta de Carlos Coelho no Facebook que a família do extinto graciosamente cedeu para reprodução. Igualmente, o Partido dos Comes e Bebes de Portugal foi também pronto a autorizar a transcrição de vários artigos do ‘Néu-Néu’ que tinham sido publicados na sua revista”, explica o comunicado. A sessão de lançamento acontece no jardim de infância D. José da Costa Nunes às 18h.
Hoje Macau China / ÁsiaChina/África | União Africana anuncia escritório em Pequim [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]União Africana (UA) revelou ontem que vai abrir um escritório de representação em Pequim, durante o Fórum de Cooperação China-África (FOCAC), que traz à capital chinesa dezenas de chefes de Estado e do Governo dos países africanos. A inauguração das instalações contará com a presença de Moussa Faki, presidente da Comissão da UA, o cargo executivo mais importante da organização. Faki discursou durante a cerimónia de abertura, em Pequim. O Governo chinês e a UA deverão assinar um memorando de entendimento visando “reforçar a sinergia” entre o projecto internacional de infra-estruturas chinês, a “Nova Rota da Seda”, e a agenda 2063, da organização, segundo o comunicado da UA. Durante a sua estadia em Pequim, Faki “vai reunir com as autoridades chinesas para discutir a melhor forma de avançar com a parceria entre a União Africana e a República Popular da China, no contexto dos resultados do FOCAC”, refere o comunicado da organização.
Hoje Macau China / ÁsiaChina/África | MNE chinês defende presença de presidente do Sudão na cimeira [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês defendeu ontem a presença do presidente do Sudão, Omar Al-Bashir, na cimeira sino-africana que decorre em Pequim, apesar de o líder do país africano ser procurado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes de guerra, contra a humanidade e genocídio. “A China não faz parte do Estatuto de Roma (estabelecido em 1998 pelo TPI), por isso temos reservas sobre a matéria e esperamos que esse tribunal possa lidar com o assunto com prudência”, disse a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Hua Chunying. A fonte oficial considerou “inapropriado” para a imprensa perguntar se Al-Bashir poderia ser detido durante a sua presença na China – um país que já visitou em várias ocasiões – e disse que os dois países “são amigos” e que a China apoia “os esforços do Sudão para manter paz e estabilidade “. “Estamos dispostos a trabalhar com o Sudão para contribuir positivamente para a estabilidade e a paz daquele país”, concluiu. Al-Bashir foi recebido no fim-de-semana numa reunião bilateral do Presidente da China, Xi Jinping, que repetiu este gesto diplomático com cerca de trinta chefes de Estado e de Governo presentes até hoje na sétima reunião do Fórum de Cooperação África-China. O presidente do Sudão, que chegou ao poder através de um golpe de Estado, em 1989, foi indiciado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio durante o conflito no Darfur. O Sudão tem sido tradicionalmente um dos principais fornecedores de petróleo na África, uma região na qual a China espera aumentar sua presença comercial e de investimentos.
Hoje Macau China / ÁsiaEconomia | Xi Jinping e Guterres unidos contra o proteccionismo [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Presidente chinês, Xi Jinping, e o secretário-geral da ONU, António Guterres, concordaram que é necessário promover o multilateralismo face a correntes proteccionistas que “danificam a ordem internacional”, informou ontem a agência Xinhua. O encontro decorreu no domingo, na véspera do arranque do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC), que traz a Pequim dezenas de chefes de Estado e do Governo dos países africanos. Citado pela Xinhua, Xi Jinping afirmou que a ONU continua a ser a “bandeira do multilateralismo” e que o mundo precisa do organismo “mais do que nunca”. “É necessário uma ONU mais forte, face à ascensão do unilateralismo e do proteccionismo, que constituem um duro golpe para a ordem internacional e o sistema global de governação”, afirmou. O líder chinês garantiu ao secretário-geral da ONU que Pequim não deseja obter contrapartidas políticas ou privilégios em África. Citado pela agência, o português afirmou que a ONU valoriza a cooperação entre a China e o continente africano, assinalando que o crescimento do país asiático é uma “tendência imparável” e de grande importância para o desenvolvimento e paz mundiais. Pequim tem vindo a reclamar maior protagonismo na governação de assuntos globais, desde a ascensão ao poder, em 2017, do Presidente norte-americano, Donald Trump, que rasgou compromissos internacionais sobre o clima, comércio livre, migração ou nuclear.
Hoje Macau China / ÁsiaAngola | João Lourenço grato por ajuda chinesa na reconstrução do país [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Presidente angolano, João Lourenço, agradeceu domingo, em Pequim, ao homólogo chinês, Xi Jinping, a ajuda ao processo de reconstrução nacional em Angola, país que foi devastado por uma guerra civil. Segundo noticiou ontem o Jornal de Angola, João Lourenço falava durante a recepção oficial que lhe foi oferecida por Xi e afirmou que Angola encontrou na China um parceiro que está a ajudar a construir o país e que foi o país asiático “quem estendeu a mão na fase de reconstrução nacional”. “Estamos a reconstruir o nosso país com o financiamento chinês também”, afirmou, numa intervenção breve na sala de audiências do Grande Palácio do Povo, após ter sido recebido pelo homólogo chinês, em que foi analisada a cooperação bilateral. Em relação ao continente em geral, João Lourenço reconheceu que a China tem desempenhado um papel importante no processo de desenvolvimento de África, processo que “requer uma certa atenção”. “As nossas parcerias no passado não deram certo e, em poucas décadas, a China estendeu-nos a mão e os resultados são visíveis em praticamente todo o continente”, reconheceu.
Hoje Macau China / ÁsiaChina/África | Xi Jinping garante empréstimos sem “condições políticas” Xi Jinping, afirmou ontem que apoia a inclusão de África no projecto de infra-estruturas internacional, perante líderes e empresários chineses e africanos, garantindo que o investimento de Pequim não tem “condições políticas”. Para já, o valor total do empréstimo ronda os 60 mil milhões de dólares [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Presidente chinês, Xi Jinping, anunciou ontem, no Fórum de Cooperação China-África, em Pequim, 60 mil milhões de dólares em assistência e empréstimos para países africanos. “A China decidiu emprestar um total de 60 mil milhões de dólares, no formato de assistência governamental e através de investimento e financiamento de instituições financeiras e empresas”, disse. A China “está pronta a reforçar a cooperação” com África, visando “construir um desenvolvimento de alta qualidade, que se ajuste às condições nacionais e seja inclusivo e benéfico para todos”, afirmou. Xi garantiu que o investimento chinês no continente não acarreta “condições políticas”, numa reacção às acusações de que Pequim deseja aumentar a sua esfera de influência através do plano internacional de infraestruturas Nova Rota da Seda. O líder chinês frisou que “a cooperação China/ África”, no âmbito da Nova Rota da Seda, é uma “forma de atingir prosperidade comum, com benefícios para ambos os povos”. “A China não interfere nos assuntos internos de África e não impõe a sua vontade sobre África”, apontou. O Presidente chinês falava na cerimónia de abertura do Diálogo de Alto Nível entre Líderes e Representantes Comerciais de China e África, que antecede o Fórum de Cooperação China/África (FOCAC). Bancos estatais e outras instituições da China estão a conceder enormes empréstimos para projectos lançados no âmbito daquela iniciativa, que inclui a construção de portos, aeroportos, autoestradas ou malhas ferroviárias ao longo da Europa, Ásia Central, África e sudeste Asiático. Críticos apontam para um aumento problemático do endividamento, que em alguns casos coloca os países numa situação financeira insustentável. Caras novas O FOCAC traz a Pequim dezenas de chefes de Estado e de Governo do continente africano. Nas vésperas do Fórum, Xi reuniu com dezenas de líderes africanos, incluindo os presidentes de Angola, João Lourenço, e de Moçambique, Filipe Nyusi. A cimeira contará com três novos países, incluindo São Tomé e Príncipe, que se junta aos restantes países africanos de língua portuguesa, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Moçambique. As restantes estreias são o Burkina Faso e a Gâmbia, que elevam assim para 53 o número de nações africanas com relações com a China. Desde 2015, a média anual do investimento directo da China no continente fixou-se em 3.000 milhões dólares, com destaque para novos sectores como indústria, finanças, turismo e aviação. O primeiro Fórum de Cooperação China-África aconteceu em Pequim, em 2006, e a segunda edição decorreu na África do Sul, em 2015.