Mar de Timor | Xanana conduz ratificação de tratado de fronteiras

O ex-Presidente timorense Xanana Gusmão foi ontem nomeado pelo Governo como representante especial de Timor-Leste para a conclusão do processo de ratificação do Tratado de fronteiras marítimas com a Austrália, no Mar de Timor

 

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]decisão, com base numa proposta do primeiro-ministro Taur Matan Ruak, foi aprovada ontem em Conselho de Ministros e confirma ainda que Xanana Gusmão vai também liderar as negociações para o acordo sobre o desenvolvimento dos poços do Greater Sunrise.
Em concreto, Xanana Gusmão liderará o processo para a ratificação “do Tratado entre a República Democrática de Timor-Leste e a Austrália que estabelece as respectivas fronteiras marítimas no Mar de Timor” bem como “a aquisição de interesses em campos petrolíferos e a celebração de acordos relativos ao desenvolvimento dos campos petrolíferos do Greater Sunrise”, explica o Governo. “O representante especial irá representar o Estado Timorense em todas as questões relacionadas com o referido Tratado, negociar com vista a aquisição de interesses participativos em certos activos petrolíferos no Mar de Timor, que se espera virem a contribuir de forma decisiva para o desenvolvimento de uma indústria petrolífera moderna em Timor-Leste e, consequentemente, para o desenvolvimento de outras indústrias e sectores económicos relacionados”, refere o Governo timorense, em comunicado.
“O Representante Especial irá ainda liderar o processo de negociação e celebração com a Austrália e com as empresas petrolíferas os acordos necessários ao desenvolvimento dos campos do Greater Sunrise, reafirmando a intenção do Governo que os campos do Greater Sunrise sejam desenvolvidos através de um gasoduto para a costa sul de Timor-Leste e a construção e operação de uma fábrica de processamento de gás natural em Beaço”, nota o Executivo.

Mar gasoso

A 6 de Março, Timor-Leste e a Austrália assinaram, em Nova Iorque, o histórico “Acordo de pacote abrangente sobre os elementos centrais de uma delimitação de fronteiras marítimas entre os dois países no Mar de Timor”, documento produzido depois de negociações sob os auspícios de uma Comissão de Conciliação.
O documento tem agora de ser ratificado pelos parlamentos dos dois países, sendo que o processo já começou na Austrália. No caso de Timor-Leste ainda não está marcado o arranque do processo no Parlamento Nacional timorense.
O processo obriga ainda a que sejam finalizados acordos de transição para a gestão de todos os recursos que estão actualmente a ser explorados no Mar de Timor, com a jurisdição – e as receitas – até agora partilhadas entre Timor-Leste e a Austrália a passar exclusivamente para Timor-Leste.
Falta ainda chegar a acordo “sobre os termos comerciais para o desenvolvimento do Greater Sunrise”, que garantirá “condições equivalentes” às empresas sob qualquer novo regime para o Greater Sunrise, em conformidade com os compromissos assumidos no Tratado do Mar de Timor e subsequente Acordo de Unitização Internacional. Os campos do Greater Sunrise contêm reservas estimadas de 5,1 triliões de pés cúbicos de gás e estão localizados no mar de Timor, a aproximadamente 150 quilómetros a sudeste de Timor-Leste e a 450 quilómetros a noroeste de Darwin, na Austrália.
Xanana Gusmão, que é actualmente presidente do Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), lidera a Aliança de Mudança para o Progresso (AMP), a coligação que venceu as últimas eleições e que sustenta o Governo liderado por Taur Matan Ruak, do Partido Libertação Popular (PLP).
O ex-Presidente e ex-chefe do Governo chegou a ser formalmente nomeado por duas vezes pelo actual chefe de Estado, Francisco Guterres Lu-Olo, para integrar o VIII Governo, mas sempre recusou tomar posse em solidariedade com vários membros indigitados a quem Lu-Olo não deu posse. Xanana Gusmão foi o negociador principal da equipa de Timor-Leste que conclui, a 30 de Agosto de 2017, a base do novo tratado de fronteiras marítimas com a Austrália, assinado este ano em Nova Iorque.

22 Ago 2018

PM malaio cancela projectos financiados pela China

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]agência estatal noticiosa da Malásia citou ontem o primeiro-ministro malaio, Mahathir Mohamad, a confirmar que cancelou projectos no país avaliados em milhares de milhões de dólares e apoiados pela liderança chinesa. Mahathir proferiu aquelas declarações na sequência de uma visita oficial a Pequim, onde esperava renegociar os termos dos contratos para aqueles projectos, financiados por bancos estatais chineses. Em causa estão um projecto ferroviário ao longo da costa leste da península da Malásia, avaliado em 20 mil milhões de dólares, e dois oleodutos.
O líder malaio disse aos jornalistas que ambos o Presidente chinês, Xi Jinping, e o primeiro-ministro da China, Li Keqiang, entenderam os motivos para o cancelamento e “aceitaram-nos”.
Os projectos encontravam-se suspensos, após o novo Governo da Malásia apelar a cortes drásticos, face à subida acentuada dos custos, estimados, no total, em 22 mil milhões de dólares. “Nós não queremos uma nova versão do colonialismo, porque os países pobres não conseguem competir com países ricos”, afirmou Mahathir, na segunda-feira, em Pequim, após reunir-se com Li Keqiang.
Em Maio passado, Mahathir sucedeu a Najib Razak, como primeiro-ministro da Malásia, após este ter perdido as eleições, afectado por vários escândalos de corrupção, alguns que envolvem investimentos chineses no país.
Os projectos são parte-chave da iniciativa chinesa Nova Rota da Seda, lançada em 2013 por Xi Jinping e que inclui uma malha ferroviária intercontinental, novos portos, aeroportos, centrais eléctricas e zonas de comércio livre, visando ressuscitar vias comercias que remontam ao período do Império Romano, e então percorridas por caravanas. Construídos por empresas chinesas e financiados pelos bancos estatais da China, os projectos no âmbito daquela iniciativa estendem-se à Europa, Ásia Central, África e Sudeste Asiático.
No entanto, o crescente endividamento dos países envolvidos face a Pequim acarreta riscos, como é exemplo o Sri Lanka, onde um porto de águas profundas construído por uma empresa estatal chinesa revelou-se um gasto incomportável para o país, que teve de entregar a concessão da infra-estrutura e dos terrenos próximos à China, por um período de 99 anos.
“Nós não queremos uma situação como a do Sri Lanka, na qual eles não conseguiram pagar e os chineses acabaram por ficar com o projecto”, afirmou o novo ministro malaio das Finanças, Lim Guan Eng, numa entrevista recente.

22 Ago 2018

Diplomacia | China e El Salvador estreitam relações e deixam Taiwan à margem

El Salvador estabeleceu ontem laços diplomáticos com a China, anunciaram os dois países em Pequim, numa vitória para a República Popular, que reduz para 17 o número de países que mantêm laços com Taiwan

 

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]documento que estabelece as relações diplomáticas foi assinado pelos ministros dos Negócios Estrangeiros dos dois países, em frente às bandeiras da China e do pequeno Estado da América Central.
“O nosso Governo toma esta decisão para mudar a nossa estatura histórica e elevar o nosso nível de vida. Esperamos trazer benefícios tangíveis para os nossos cidadãos e esperança para todos”, afirmou o ministro salvadorenho, Carlos Castañeda.
O responsável garantiu que Pequim é “um parceiro estratégico”. “El Salvador escolheu comprometer-se a reconhecer uma só China, sem condições prévias, adoptando a mesma posição que a maioria dos Estados do mundo”, disse, entretanto, Wang Yi, ministro dos Negócios Estrangeiros da China.
Também o Presidente de El Salvador, Salvador Sanchez Ceren, confirmou num discurso difundido pela rádio e pela televisão que o Governo decidiu “romper as relações com Taiwan” e reconhecer a República Popular da China.
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Taiwan, Joseph Wu, condenou veementemente a estratégia de Pequim de isolar diplomaticamente a ilha, através da atribuição de generosos incentivos financeiros a aliados de Taipé. “Não vamos alinhar numa diplomacia do dólar contra a China comunista”, afirmou Wu, revelando que El Salvador pediu “um enorme financiamento” para o desenvolvimento de uma infra-estrutura portuária, que Taiwan recusou.
O reconhecimento por El Salvador de Pequim como o único governo legítimo de toda a China, encerra 58 anos de aliança entre o país da América Central e Taiwan.
Taipé e Pequim atravessam um período de renovadas tensões, desde a vitória de Tsai Ing-wen, do Partido Democrático Progressista (DPP), pró-independência, nas eleições presidenciais em Taiwan, em 2016. Sob o seu mandato, um total de cinco Estados rompeu relações com Taipé, incluindo São Tomé e Príncipe.

Reacção americana

A embaixadora dos Estados Unidos em El Salvador anunciou ontem que Washington está a analisar a decisão preocupante do Estado centro-americano em estabelecer relações diplomáticas com a China e romper com Taiwan.
“Os Estados Unidos estão a analisar a decisão de El Salvador. É preocupante por muitas razões, entre as quais se inclui a decisão de romper uma relação com mais de 80 anos”, afirmou Jean Manes. “Sem dúvida, isto terá impacto na nossa relação com o Governo salvadorenho”, acrescentou, nas redes sociais.
A diplomata advertiu, em Julho passado, para a “alarmante estratégia de expansão” económica e militar da China na América Latina.
O anúncio do Governo de El Salvador não foi bem recebido pela oposição, que apontou possíveis represálias por parte dos EUA. “A ruptura das relações diplomáticas com Taiwan é uma notícia com forte impacto na comunidade internacional, (…) isto pode ter repercussões com o nosso principal parceiro comercial, os Estados Unidos”, afirmou o presidente do Congresso de El Salvador, Norman Quijano, do partido de oposição, Alianza Republicana Nacionalista.
Em 2017, El Salvador exportou 2,6 mil milhões de dólares em produtos e serviços para os Estados Unidos, e importou 3,4 mil milhões.
Em Maio passado, o Burkina Faso rompeu as relações diplomáticas com Taipé, depois de a República Dominicana ter anunciado, em 1 de Março, a ruptura com Taiwan. Em Dezembro de 2016, São Tomé e Príncipe também rompeu relações diplomáticas com Taiwan e passou a reconhecer a República Popular da China. Após a ruptura do Burkina Faso, a Suazilândia é o único país africano a manter relações com Taipé.
Desde 2000 que diversos países africanos, incluindo o Chade e o Senegal, que recebiam ajudas de Taiwan, romperam as suas relações com a ilha para beneficiar da cooperação chinesa.

22 Ago 2018

Armazém do Boi | Novas instalações abrem hoje com exposição colectiva

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]associação de arte Armazém do Boi vai inaugurar esta tarde uma exposição nas suas novas instalações na zona de São Lázaro. “Post Ox Warehouse Experimental Site” é uma exposição colectiva que reúne cinco artistas de Macau, Xangai, Hangzhou, Guangzhou e Shenzhen. A mostra inclui trabalhos de fotografia, performance, media pintura, arte conceptual e vídeo arte, revela um comunicado da organização. A cerimónia de abertura é às 18h30 Galeria 2F na Rua do Volong, nº 15. A entrada é livre e a exposição estará patente até 7 de Outubro.

22 Ago 2018

Jogos Asiáticos | Macau conquista primeira medalha de ouro no wushu

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]atleta de wushu Huang Junhua conseguiu ontem uma medalha de ouro nos Jogos Asiáticos, a primeira para Macau, ao vencer a prova da categoria masculina da modalidade de nanquan e nangun.
O Chefe do Executivo, Fernando Chui Sai On, elogiou o atleta. “A notável marca obtida por Huang Junhua, fruto de um treino intenso e de trabalho árduo, não só enche de orgulho a população de Macau no seu todo, como também revigora o moral da nossa delegação em Jacarta”, lê-se em comunicado.
O reconhecimento foi também prestado pelo secretário para os Assuntos Sociais e Cultura que felicitou o atleta de 26 anos, elogiando o seu “extraordinário empenho e dedicação”, de acordo com um comunicado oficial. Alexis Tam, que se encontra na Indonésia, país que acolhe a 18.ª edição dos Jogos Asiáticos, também deixou agradecimentos ao chefe da equipa, Leong Chong Leng, e ao treinador dos atletas, Iao Chon In, pela sua “total dedicação” na formação dos atletas, estendendo-os ainda ao Comité Olímpico e Desportivo de Macau pela “excelente coordenação demonstrada”.
O gabinete do secretário para os Assuntos Sociais e Cultura indicou ainda que Alexis Tam “encorajou os demais atletas a manterem uma atitude positiva” na participação das restantes provas dos Jogos Asiáticos, “de forma a demonstrar o espírito desportivo e alcançar os melhores resultados”.
A 18.ª edição dos Jogos Asiáticos, que tem lugar nas cidades indonésias de Jacarta e Palembang, termina no próximo dia 2 de Setembro. Macau encontra-se representada por 109 atletas em 16 modalidades.

22 Ago 2018

Canídromo | Morreu o galgo mais velho

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]galgo mais velho do Canídromo morreu ontem, aos 13 anos. A informação foi divulgada pelo Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) que indicou que o cão tinha mobilidade reduzida devido a uma doença degenerativa nas articulações resultado da avançada idade. Segundo o IACM, há actualmente mais de 30 galgos sujeitos a tratamento médico, a maioria dos quais devido a doenças no periodontal e de pele e artrite.

22 Ago 2018

Economia | Taxa de inflação fixou-se em 2,32 por cento

 

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]taxa de inflação fixou-se em 2,32 por cento nos 12 meses terminados em Julho em relação aos 12 meses imediatamente anteriores, indicam dados dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) divulgados ontem. O Índice de Preços no Consumidor (IPC) subiu sobretudo devido ao aumento dos preços das secções do vestuário e calçado (+4,93 por cento), da saúde (+4,83 por cento) e da educação (+4,46 por cento). Só em Julho, o IPC cresceu 3,33 por cento em termos anuais, impulsionado, principalmente pelo aumento dos preços das refeições adquiridas fora de casa, das rendas e das tarifas dos parquímetros dos lugares de estacionamento público. Segundo a DSEC, também pesou o aumento dos preços da gasolina e do vestuário. Nos primeiros sete meses do ano, o IPC cresceu 2,83 por cento face a igual período de 2017. O IPC Geral permite conhecer a influência da variação de preços na generalidade das famílias de Macau. Em 2017, a taxa de inflação fixou-se em 1,23 por cento, a mais baixa desde 2009, ano em que foi de 1,17 por cento.

22 Ago 2018

Sin Fong Garden | Li Canfeng diz que demolição acontece nos próximos dias

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]director dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes adiantou ontem aos jornalistas que a demolição do edifício Sin Fong Garden, em risco de queda, deverá acontecer nos próximos dias. De acordo com o canal chinês da Rádio Macau, já foi aprovada a demolição e a planta de reconstrução do edifício, existindo condições técnicas para tal. Em seis anos discutiu-se a possibilidade de se demolir o edifício com fracas condições de segurança ou fazer apenas uma reparação. Vários residentes continuam sem aceder às suas casas, morando actualmente com familiares ou alugando outros apartamentos.

22 Ago 2018

Substâncias perigosas | Wong Sio Chak garante que armazéns são seguros

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]secretário para a Segurança, Wong Sio Chak afirmou que a instalação do depósito e armazém temporário e do depósito centralizado de substâncias perigosas em Coloane é uma medida que vai “reduzir ou até resolver os riscos de segurança das substâncias perigosas dispersadas por vários locais” revela um comunicado. Para o governante, estes depósitos garantem “a segurança das substâncias perigosas e da sua gestão”, pelo que não há nada a temer. As declarações foram feitas numa visita à associação Aliança do Povo de Instituição de Macau que vem no seguimento de encontros que as autoridades estão a promover com as principais associações. O objectivo, refere o mesmo comunicado, é “melhor esclarecer a gestão de segurança do depósito e armazém das substâncias perigosas”.

22 Ago 2018

China protesta passagem de Presidente de Taiwan pelos EUA

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]China enviou um protesto formal a Washington devido à escala realizada pela Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, nos Estados Unidos, onde visitou a Administração Nacional para a Aeronáutica e Espaço (NASA), na cidade de Houston. Tsai realizou a visita quando regressava do Paraguai e Belize, dois dos 18 países que mantêm relações diplomáticas com Taiwan, que a China considera parte do seu território, contra as aspirações independentistas de Taipé.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lu Kang, disse aos jornalistas que Pequim “vai-se opor sempre a que qualquer país ofereça conveniências e locais para que pessoas relevantes de Taiwan conduzam estas actividades”. “Nós tornamos clara a nossa posição junto dos países relevantes”, acrescentou.
A visita à NASA tratou-se de uma rara presença de um líder taiwanês numa instalação oficial do Governo norte-americano.
Tsai fez ainda um discurso na Livraria Presidencial Ronald Reagan, na Califórnia, na primeira intervenção pública de um líder de Taiwan nos EUA em mais de uma década. “Quero agradecer a todos os envolvidos por fazerem a minha paragem em Houston maravilhosa, cheia de boas memórias”, escreveu Tsai no Twitter. “A minha administração vai continuar a reforçar todos os aspectos das relações entre Taiwan e os EUA”, acrescentou.
Países que mantêm laços diplomáticos com Pequim não podem ter ligações a Taipé e vice-versa.
Apesar de os EUA serem o principal fornecedor de armas para Taiwan, os dois lados cortaram as relações diplomáticas em 1979, quando Washington passou a reconhecer Pequim, em vez de Taipé.
A visita de Tsai, do Partido Democrático Progressista (DPP), pró-independência, surge numa altura de crescentes disputas comerciais entre Pequim e Washington, suscitadas pela política de Pequim para o sector tecnológico.

21 Ago 2018

Lu-Olo quer Serviço Cívico nacional e Conselho Militar para ex-quadros

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Presidente timorense defendeu ontem, em Díli, a criação de um Serviço Cívico Nacional para “ensinar e fortalecer os jovens” e de um Conselho Estratégico Militar para quadros superiores das forças de defesa. Francisco Guterres Lu-Olo falava nas cerimónias do 43º aniversário das Falintil, braço armado da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin) e, desde 1987, o braço armado da resistência timorense que a 1 de Fevereiro de 2001 foram convertidas nas actuais forças de defesa (F-FDTL).
Num discurso em que homenageou o espírito das Falintil, Lu-Olo defendeu ser necessário, independentemente de pensões ou outros programas existentes, valorizar os ex-membros das Falintil que agora dirigem as F-FDTL e que “brevemente deixarão a vida militar”. “Tendo em conta a sua longa e valiosa experiência e sabedoria e a sua idade avançada é necessário reflectir com urgência sobre como envolvê-los na consolidação das F-FDTL e na construção de Timor-Leste com os valores e princípios da luta, os quais estão consagrados na Constituição da República Democrática de Timor-Leste”, disse o Presidente timorense.
Entre outras medidas, Lu-Olo defendeu a criação de “programas de reinserção social para ex-membros das Falintil e F-FDTL (desmobilizados em 2011 e 2015) que ainda dispõem da capacidade necessária para melhorarem a sua vida e a da sua família”.
Lu-Olo propôs ainda a criação de uma unidade especial em todos os hospitais municipais “direccionada para os veteranos e combatentes da Libertação Nacional e familiares”.
O Presidente defendeu a formação a nível municipal de uma equipa responsável por organizar as comemorações do aniversário das Falintil, fazer o levantamento de dados junto de ex-combatentes e indicar “de que forma é que o Estado pode apoiar projectos que visem a melhoria do seu bem-estar, com base em iniciativas dos próprios ex-combatentes”.

Espírito vivo

O chefe de Estado considerou necessário acelerar o “mapeamento dos locais de interesse histórico em todo o território”, alargando uma iniciativa que já foi feita em Díli e que pode ser “extremamente importante para a promoção do turismo histórico”. Sobre o Serviço Cívico Nacional, Lu-Olo apoiou uma proposta já avançada pelo antecessor e actual primeiro-ministro, Taur Matan Ruak, e que considerou importante “para que as gerações jovens mantenham aceso o espírito das Falintil”. “Este programa permitirá aos jovens adquirir o sentido de hierarquia, o espírito de disciplina e de dedicação, enquanto lhes ensina a amar e a defender os interesses do povo e do Estado”, disse. “As entidades relevantes do Estado, com o apoio do Conselho Estratégico Militar, devem identificar as necessidades das Forças Armadas e realizar uma acção de recrutamento com base nestas necessidades”, acrescentou.
Perante as principais individualidades do país, Lu-Olo recordou a força histórica da Falintil, cujo nome continua a fazer parte das F-FDTL como “ponte entre o passado glorioso e os dias de hoje” e para recordar “o espírito” dos antigos guerrilheiros timorenses. “Como político e também guerrilheiro, pude assistir, ouvir e sentir os gemidos do nosso povo nas montanhas, embebidos de coragem e determinação, durante 24 anos”, lembrou.

21 Ago 2018

Coreia do Norte | Sul-coreanos a caminho para encontro com familiares

Vários autocarros, com passageiros sul-coreanos, partiram ontem para a Coreia do Norte, onde vão encontrar-se pela primeira vez com familiares dos quais foram separados desde a Guerra da Coreia (1950-53)

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]s 14 autocarros, com 89 passageiros idosos, partiram sob escolta policial da cidade portuária de Sokcho (nordeste) em direcção à fronteira com a Coreia do Norte. Esta nova série, a primeira em três anos, de encontros de famílias separadas pela guerra, decorre no quadro da reaproximação entre Seul e Pyongyang, iniciada no princípio do ano. Até quarta-feira, os participantes vão estar cerca de 11 horas com familiares do Norte, na estância de esqui do monte Kumgang, sob a supervisão de agentes norte-coreanos, antes de se separarem, talvez para sempre.
Milhões de pessoas foram separadas pela Guerra da Coreia, que selou a divisão hermética da península.
Lee Keum-seom, de 92 anos, disse esperar rever o filho. Ao fugir, durante a guerra, separou-se do marido e do filho de 4 anos. Só com a filha, apanhou um ‘ferry’ para o Sul. “Não sei o que sinto. Não sei se é real ou se estou a sonhar”, disse.

Trunfo negocial

Norte e Sul continuam tecnicamente em guerra, uma vez que o conflito terminou com um armistício e sem a assinatura de um tratado de paz. As comunicações civis estão proibidas entre os dois lados.
Desde 2000, Seul e Pyongyang organizaram 20 séries de encontros de famílias divididas, sempre que se verificava uma melhoria das relações bilaterais. No entanto, 65 anos depois do armistício, o tempo é curto para os sobreviventes. Inicialmente, 130 mil sul-coreanos eram candidatos a participar nos encontros. Uma imensa maioria já morreu e grande parte dos sobreviventes tem mais de 80 anos. Este ano, o mais velho tem 101 anos.
Alguns dos seleccionados, num processo aleatório, para o encontro deste ano desistiram ao saber que os familiares do outro lado da fronteira já tinham morrido.
Por outro lado, alguns participantes em encontros anteriores lamentaram as divergências ideológicas que os separam dos familiares.
As tentativas de Seul em convencer Pyongyang a aceitar reuniões mais frequentes têm saído frustradas, uma vez que a Coreia do Norte entende que estas são um importante activo nas negociações. O país liderado por Kim Jong-un acredita ainda que a expansão das reuniões pode levar a que os norte-coreanos tenham noção do que se passa no exterior.

21 Ago 2018

Demografia | Um quinto da população com mais de 60 anos em 2017

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]China tinha 241 milhões de habitantes com idade superior a 60 anos, no final de 2017, resultado da política do filho único, que durante décadas vigorou no país, anunciou ontem o Ministério dos Assuntos Civis chinês. O número de habitantes com 60 anos, ou mais, fixou-se em 17,3 por cento do total da população da China, indicou.
Pelas contas do Governo chinês, em 2050, os sexagenários serão de 487 milhões, ou 34,9 por cento da população do país.
Nação mais populosa do mundo, com cerca de 1.400 milhões de habitantes, a China aboliu no início de 2016 a política de “um casal, um filho”, rígido controlo da natalidade que durava desde 1980 e impediu quase 400 milhões de nascimentos. Demógrafos chineses estimaram que, sem aquela política, a China teria actualmente quase 1.800 milhões de habitantes.
O fim da política do filho único não serviu, no entanto, para evitar a “armadilha da baixa fertilidade”, em parte devido aos crescentes custos para criar um filho na sociedade chinesa, transfigurada pela adesão do país à economia do mercado, no final dos anos 1970. Em 2017, o número de nascimentos fixou-se em 17,23 milhões, menos 630.000 do que em 2016. Na primeira metade de 2018, o número de nascimentos caiu 15 por cento, em termos homólogos, segundo estatísticas oficiais.

21 Ago 2018

Trabalho | Funcionários suspensos por discriminação contra mulheres

[dropcap style=’circle’]F[/dropcap]uncionários do gabinete de Assuntos Civis da província de Hebei, norte da China, foram suspensos após distribuírem folhetos que supostamente discriminam as mulheres em nome da protecção da cultura tradicional chinesa.
Citados pelo jornal oficial Global Times, os folhetos, com mais de 130 páginas, aconselham as mulheres a “fazerem o trabalho doméstico, gastarem menos dinheiro e a não serem gulosas”. “As mulheres devem ser dignas. Vestir roupa que não cubra os braços e as pernas é humilhante”, lê-se.
O panfleto, com o título “A Harmonia Traz Prosperidade à Família”, foi denunciado na rede social Weibo, o Twitter chinês, por uma internauta, que o recebeu após ter ido ao gabinete de Assuntos Civis do distrito de Fuxing, na cidade de Handan, buscar a certidão de casamento. Este rapidamente se tornou viral na Internet chinesa, levando as autoridades de Fuxing a admitir que o conteúdo era inapropriado e a anunciar a suspensão dos funcionários envolvidos.
Segundo o Global Times, os panfletos foram doados ao Gabinete por uma mulher de meia idade, em Agosto passado. Os funcionários terão distribuído os panfletos sem ler o conteúdo, que pensavam ser apenas sobre educação familiar, escreve o jornal.

21 Ago 2018

Meteorologia | Pelo menos nove mortos na passagem do tufão Rumbia

[dropcap style=’circle’]P[/dropcap]elo menos nove pessoas morreram na China, na sequência da passagem do tufão Rumbia, que atingiu o centro e leste do país, onde afectou quase quatro milhões de pessoas e causou prejuízos económicos. Sete das vítimas mortais foram registadas na cidade de Xuzhou, onde 18 pessoas ficaram feridas. Na mesma área, o tufão destruiu 1.800 casas e 68.000 hectares de terra cultivada. Na província de Anhui, nove cidades e 33 condados foram também atingidos por fortes chuvas, que causaram pelo menos um morto e 13 feridos, segundo as autoridades locais. Mais de 1,7 milhão de pessoas e quase 243 hectares de terra cultivada foram afectados em Anhui, fixando as perdas económicas directas em mais de 140 milhões de euros. Na província vizinha de Henan, registou-se também um morto, enquanto os prejuízos ascendem a 25,2 milhões de euros. Três estações meteorológicas locais registaram precipitações superiores a 500 milímetros, enquanto a precipitação diária bateu recordes em oito estações da província.

21 Ago 2018

Economia | PM da Malásia espera que Pequim entenda crise fiscal no país

O primeiro-ministro da Malásia, Mahathir Mohamad, disse ontem esperar que a China entenda os problemas fiscais do seu país, após ter suspendido projectos avaliados em milhares de milhões de dólares apoiados pela liderança chinesa

 

[dropcap style=’circle’]N[/dropcap]uma conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, Mahathir disse esperar o apoio da China, enquanto lida com uma dívida enorme e outros problemas económicos deixados pelas administrações anteriores.
“Esperamos também que a China perceba os problemas que enfrentamos. E acredito que a China vai olhar com simpatia para os problemas que temos de resolver e talvez nos ajude a resolver alguns dos nossos problemas fiscais internos”, afirmou.
Mahathir, que é um crítico do investimento chinês no seu país, suspendeu a construção de várias infra-estruturas financiadas pela China. O líder malaio espera renegociar os termos daqueles contratos durante as reuniões com os líderes chineses.
Antes de viajar para Pequim, Mahathir afirmou que quer cancelar um projecto ferroviário ao longo da costa leste da península da Malásia, avaliado em 17,5 mil milhões de euros, e dois oleodutos, construídos por empresas apoiadas pelo Executivo chinês.
O novo Governo da Malásia apelou a cortes drásticos, face à subida acentuada dos custos dos projectos, estimados, no total, em 22 mil milhões de dólares. Algum desse dinheiro já foi pago e pode ser difícil de recuperar.

Rota acetinada

Pequim considera que esses projectos trazem benefícios para ambos os lados e que qualquer disputa deve ser resolvida pelas partes comerciais envolvidas.
Os projectos são parte-chave da iniciativa chinesa Nova Rota da Seda, lançada em 2013 pelo Presidente chinês, Xi Jinping, e que inclui uma malha ferroviária intercontinental, novos portos, aeroportos, centrais eléctricas e zonas de comércio livre, visando ressuscitar vias comercias que remontam ao Império romano, e então percorridas por caravanas. Os projectos são sobretudo construídos por empresas chinesas e financiados pelos bancos estatais da China, estendendo-se à Europa, Ásia Central, África e Sudeste Asiático.
Na sua primeira deslocação oficial à China, desde que ganhou as eleições, há três meses, Mahathir visitou a sede do grupo de comércio electrónico Alibaba Group, na cidade de Hangzhou, leste do país, onde reuniu com o fundador, Jack Ma. O líder malaio também visitou a Geely, um dos principais fabricantes de automóveis privados da China.

21 Ago 2018

Fado Clandestino” vai lançar disco com canções em português e francês

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] grupo “Fado Clandestino”, composto por uma cantora francesa e dois músicos portugueses, vai lançar um EP em Setembro, em França, no qual revisita o fado tradicional, com poemas franceses e portugueses e “arranjos livres de convenções”.
Lizzie, Filipe de Sousa e Nuno Estevens vão apresentar o seu primeiro ‘EP’ a 28 de Setembro, num concerto no Théâtre Comédie Nation, em Paris, dois anos depois de terem criado o projecto musical e de terem feito várias actuações em França.
O projecto chama-se “Fado Clandestino” porque há “uma reapropriação do fado tradicional” que resulta da “ida e volta” entre as culturas portuguesa e francesa, criando “um fado sem fronteiras”, disse à Lusa Lizzie Levée, que assina apenas como Lizzie.
“Aquela ideia de clandestinidade reflecte mesmo o nosso lugar no meio do Fado e do ponto de vista musical porque o que fazemos sai das convenções. Este fado não podia também ter nascido em Portugal porque tem muito a ver com a nossa realidade francesa e, portanto, é um tipo de fado que erra entre duas terras e que se quer libertar das convenções”, descreveu a cantora.
O grupo tem vários fados cantados em francês, como “Albatroz”, de Charles Baudelaire, que é cantado ao ritmo do ‘Fado Alexandrino de Joaquim Campos’ para “mostrar o que o fado traz a uma outra língua que não o português e como é que um fado fica influenciado pela língua em que é cantado”.
Em francês cantam, ainda, “Les Yeux d’Elsa”, baseado num poema de Louis Aragon, e “La Prière”, inspirado numa música do cantor Georges Brassens, mas Lizzie considera que a originalidade do grupo se exprime mais nos poemas, nos arranjos e nos pontos de vista do que no facto de cantar fados em francês.

Uma forma de expressão

“Quando tocamos o ‘Fado da Sina’, exprimimos um ponto de vista, não tocamos aquilo de forma muito tradicional. Eu acho, por exemplo, que o ‘Fado da Sina’ é um fado um pouco sádico que tem a ver com aquela maneira de querer fazer sofrer o outro. E, portanto, acho que aquela ideia tem uma coisa um pouco rock e tentámos por naqueles arranjos uma coisa que dá um pouco de medo. Agora, não fazemos rock’n roll com aquilo”, explicou.
O nome da banda é, também, o nome de um tema escrito e cantado por Lizzie – com uma ponta de sotaque francês – e musicado para o ‘Fado Margaridas’.
“Fado Clandestino é um poema que fala do exílio. Não é um poema que fala de amor, nem um poema que fala de Lisboa. É um poema que fala do exílio, portanto, já é um ponto de vista: eu, enquanto francesa, sobre a história dos portugueses e aquilo que me toca na história dos portugueses”, descreveu a cantora, sublinhando que “para cantar o fado é preciso ser lusófono” e não apenas português.
O EP, que foi editado graças à plataforma de financiamento participativo Ulule, apresenta ainda o ‘fado cravo’ “Maldição”, “cujo arranjo é ritmicamente diferente” e duas guitarradas compostas por Filipe de Sousa e Nuno Estevens, “Terra e Mar” e “Além Fado”.
Aos 33 anos, a francesa que não tem raízes portuguesas e que cresceu a ouvir Edith Piaf, Barbara e Jacques Brel, fala do fado como “uma paixão” que descobriu, por acaso, “aos 16, 17 anos” num documentário sobre Lisboa em que ouviu Mariza pela primeira vez.
“Uns meses mais tarde, ouvi Mariza a cantar ‘Oh gente da minha terra’ na televisão e fiquei tão perturbada que me apaixonei pela língua portuguesa, pela cultura e pelo fado. Quis aprender português, tenho um mestrado de português e fui fazer Erasmus em Lisboa. A minha maneira de entrar na língua portuguesa era a ouvir fado”, contou.
Em 2015, no seu primeiro disco, “Navigante”, Lizzie apresentava um universo entre a canção francesa, a música ‘folk’ norte-americana e o fado, com uma instrumentação a conjugar contrabaixo, bandolim ‘country’, um clarinete, um violino e a guitarra portuguesa de Filipe de Sousa.
Foi precisamente Filipe de Sousa, o músico que tem acompanhado várias gerações de fadistas em Paris, que a introduziu nas noites de Fado Vadio na capital francesa, onde conheceu também Nuno Estevens, outro português que trocou várias casas de fado em Lisboa por Paris. Os três criaram “Fado Clandestino” em 2016.
Depois do concerto de lançamento do EP “Fado Clandestino”, a 28 de Setembro, em Paris, o grupo vai subir aos palcos do Festival des Langues et des Cultures a 29 de Setembro, em Avon, nos arredores de Paris, e do Festival InterFado, na cidade espanhola de Lérida, a 26 de Outubro.

21 Ago 2018

Caso Costa Nunes | Inquérito interno acusa directora e educadora

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Rádio Macau noticiou ontem que a Associação Promotora da Instrução dos Macaenses (APIM) decidiu acusar a directora do Jardim de Infância D. José da Costa Nunes, Marisa Peixoto, e a educadora de infância de responsabilidades sobre o caso de alegado abuso sexual ocorrido na escola no passado ano lectivo. A conclusão surge num inquérito relativo ao processo disciplinar, tendo Miguel de Senna Fernandes alertado que as sanções podem passar por advertências ou mesmo pela rescisão dos contratos de trabalho. A educadora de infância está suspensa desde Maio deste ano, tal como a psicóloga da instituição, mas Marisa Peixoto vai continuar como directora até 6 de Setembro, data em que arranca mais um ano lectivo. Uma nova educadora já foi contratada.

 

21 Ago 2018

Canídromo | Voluntários podem participar todos os dias da semana

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Sociedade Protectora dos Animais de Macau (ANIMA) emitiu um comunicado onde informa que, desde ontem, os voluntários podem tratar dos galgos todos os dias da semana, ao longo de dois turnos, entre as 9h00 e as 12h00 e entre as 14h e as 17h. Quem já participou e quiser repetir a experiência pode aparecer nas instalações do Canídromo e assinar a lista de presença, enquanto que aqueles que participam pela primeira vez devem inscrever-se através do email info@animamacau.org.

21 Ago 2018

Crime | PJ identificou assaltante através de câmara de videovigilância

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Polícia Judiciária (PJ) deteve um homem da nacionalidade vietnamita que terá assaltado uma mulher grávida depois de a ameaçar com uma tesoura. As autoridades identificaram o suspeito através do recurso a imagens das câmaras de videovigilância. A PJ deteve o suspeito num apartamento e conseguiu reaver a mala roubada. O detido declarou que recorreu ao assalto porque tinha perdido dinheiro no jogo.

21 Ago 2018

Saúde | Academia Médica vai funcionar no Edifício Hotline no NAPE

 

[dropcap style=’circle’]É[/dropcap]no Edifício Hotline, localizado na Avenida Dr. Carlos d’Assumpção, no NAPE, que vai funcionar o Gabinete da Academia Médica, a futura subunidade dos Serviços de Saúde, cujo estabelecimento foi prometido para breve.
A informação foi revelada ao HM pelos Serviços de Saúde que indicaram que a prática clínica de formação especializada da Academia Médica vai ser conduzida nos Serviços de Saúde, no Hospital Kiang Wu e no Hospital Universitário de Ciência e Tecnologia, embora esteja previsto que “algumas actividades de formação” tenham lugar no NAPE.
O espaço vai ser dotado de salas de formação, com camas para uso pedagógico e equipamentos médicos, entre outros, a serem utilizados nomeadamente ao serviço da educação contínua. “No futuro, mais modelos de ensino serão adquiridos em resposta ao desenvolvimento e será considerada também a criação de um centro de ensino de simulação”, refere o organismo.
A instituição visa organizar a formação dos médicos especialistas do sector público e privado em Macau. Organizada através da recomposição da Direcção dos Internatos Médicos dos Serviços de Saúde, a instituição nuclear vai ser constituída por uma comissão, composta por 13 profissionais médicos, enquanto os professores de formação serão fornecidos pelos Serviços de Saúde, Hospital Kiang Wu e Hospital Universitário de Ciência e Tecnologia.
A criação da Academia Médica será feita por via da alteração da estrutura orgânica dos Serviços de Saúde, entrando formalmente em funcionamento com a publicação em Boletim Oficial dos diplomas relacionados uma vez apreciados e aprovados pelo Conselho Executivo.

21 Ago 2018

Relações externas | Gabinete continua a funcionar até 31 de Agosto de 2019

 

[dropcap style=’circle’]F[/dropcap]oi ontem publicado em Boletim Oficial (BO) o despacho que dá conta do prolongamento de funções do Gabinete de Protocolo, Relações Públicas e Assuntos Externos até ao dia 31 de Agosto de 2019. Criado em 2012, este organismo funciona na directa dependência e sob orientação do Chefe do Executivo. Os objectivos da entidade visam a garantia do protocolo da RAEM e a “gestão dos assuntos consulares não inerentes à política externa”, tais como “planear e preparar as actividades oficiais do Chefe do Executivo na RAEM ou no exterior”, ou “coordenar a recepção e a estada de delegações de nível ministerial ou superior, nacionais ou do exterior, e de personalidades em visita à RAEM, quando determinado pelo Chefe do Executivo”.

São também funções deste gabinete “apoiar o tratamento dos cartões de identificação dos agentes diplomáticos e funcionários consulares” ou coordenar “a organização de audiências, reuniões, recepções e actos solenes do Chefe do Executivo na RAEM”, entre outras. Aprovado em Janeiro deste ano, este gabinete dispõe de um fundo permanente superior a 305 mil patacas.

Lei Ut Mui é a coordenadora do organismo e cabe-lhe “assinar os diplomas de provimento”, “conferir posse e receber a prestação de compromisso de honra” e “outorgar, em nome da RAEM, todos os contratos referentes aos trabalhadores do Gabinete de Protocolo, Relações Públicas e Assuntos Externos”. Lei Ut Mui deve também “autorizar a “renovação dos contratos dos trabalhadores que integram o Gabinete, desde que não implique alteração das condições remuneratórias” bem como “autorizar a rescisão de contratos dos trabalhadores”.

21 Ago 2018

Afeganistão | Ghani anuncia cessar-fogo de três meses com talibãs

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Presidente afegão, Ashraf Ghani, anunciou ontem um cessar-fogo com os talibãs, a partir de segunda-feira e durante três meses, ressalvando que a trégua só avança caso o grupo faça o mesmo. “Anuncio um novo cessar-fogo até ao aniversário do profeta (21 de Novembro), contando que os talibãs façam o mesmo”, disse Ashraf Ghani, durante um discurso televisivo. O último cessar-fogo entre o Governo do Afeganistão e os talibãs ocorreu em Junho para celebrar o final do Ramadão. Em 9 de Agosto, os talibãs lançaram um ataque à cidade de Ghazni, provocando a morte de pelo menos 100 membros das forças de segurança. Segundo o representante especial da Organização das Nações Unidas (ONU) no Afeganistão, Tadamichi Yamamoto, o ataque levou também à morte de entre 100 a 150 civis.

20 Ago 2018

Subdirectora da DSEJ diz que comentário sobre homossexualidade foi um “mal-entendido”

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]subdirectora dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ), Leong Vai Kei, veio a público afirmar que as declarações sobre a homossexualidade proferidas na passada quinta-feira foram fruto de um “mal-entendido”. A controvérsia instalou-se depois de, na quinta-feira, ter afirmado aos jornalistas que os jovens que se declarem homossexuais serão encaminhados para aconselhamento.
“É possível que tenha havido um mal-entendido durante o processo que gerou a ideia de que encaminhamos os estudantes homossexuais para diagnósticos. Não era isso que queríamos dizer”, sublinhou Leong Vai Kei, em declarações aos ‘media’ chineses. “O que eu disse foi que se os alunos precisarem de ajuda avançada, podemos transferi-los para profissionais”, vincou a mesma responsável, apontando que “é possível que os alunos estejam incomodados pela atitude da família e dos amigos” face à sua orientação sexual e “os agentes de aconselhamento escolares têm capacidade para tratar disso”. “Se tiverem uma situação grave e acharmos que precisam de um psicólogo clínico podemos transferi-los [para esses profissionais]. Quero esclarecer isto”, acrescentou.
“Nunca dissemos que a homossexualidade é uma doença”, insistiu a subdirectora da DSEJ que garantiu ainda que os alunos são incentivados a aceitar todas as orientações sexuais. “Também quero dizer que, no nosso currículo, ensinamos as crianças na escola primária a respeitar e aceitar diferentes tipos de pessoas. Nas escolas primárias e secundárias também falamos aos estudantes sobre os diferentes géneros e sexualidades”, afirmou, segundo declarações reproduzidas pela TDM. “Durante o ensino secundário complementar até temos um capítulo dedicado ao preconceito contra os homossexuais para que os estudantes tenham um entendimento objectivo”, salientou.

20 Ago 2018