Olhar de cima

[dropcap]R/dropcap]EC. Estaremos a viver debaixo de um céu estrelado? Ou serão antes meteoritos a vir na nossa direcção? Talvez seja um pouco dos dois. Muito se tem falado acerca do florescimento do sistema de videovigilância da RAEM e do plano de crescimento que prevê instalar mais de 4000 mil câmaras até 2028, algumas delas preparadas até para testar tecnologia de reconhecimento facial.

Mas hoje o que me faz aqui sentir um pouco levado pela trela é mesmo o próprio nome do “Sistema de Videovigilância em Espaços Públicos” que vai trilhando seguro o seu caminho: “Olhos no Céu”! Mas que raio? Se por um lado parece ter “austeridade” e “controlo” estampado na testa (ou entre dois olhos talvez), por outro há qualquer coisa de celestial que fica a pairar no ar, pelo menos para mim, quando digo o nome em voz alta.

Ora experimentem lá: ”Olhos [PAUSA] …no Céu”. Com os anjos a cantar ao fundo, parece soar a qualquer coisa de reconfortante e apaziguador não é? Talvez seja o conforto apaziguador de quem não pode deixar de tomar conta de todos nós, nem que seja por um segundo, e sempre para nosso bem. Mas este, digamos colo, representado sempre no palco da segurança e da eficácia do combate à criminalidade tem sido dúbio de compreender em termos da sua aplicação, pois falta saber de que forma será protegida a privacidade da população no espaço público e, por exemplo, como serão tratados e armazenados todos os dados e quem terá acesso aos mesmos.

Não nego as vantagens que um sistema de videovigilância pode trazer, mas não consigo deixar de me sentir em permanente desvantagem perante alguém que olha de cima, a todo o instante. Nebuloso? Sim! Mas para já o que é certo é que Ele vai estar cada vez mais no meio de nós. Esperemos, ao menos, que não nos caia em cima. P.A.

13 Nov 2019

Vítima paga 25 mil renminbi após burla e pedido de resgate

[dropcap]U[/dropcap]ma jovem de 14 anos foi sequestrada com recurso a um esquema de burla telefónica, após um homem, se ter feito passar por um agente da Polícia Judiciária. A mãe acabaria por transferir 25 mil renminbi, para uma conta na China, ao temer pela segurança da filha. O caso, classificado como de extorsão, foi recebido pela PJ após queixa da vítima, e transferido para o Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP). O caso foi divulgado ontem, em conferência de imprensa pela Polícia Judiciária.

Tudo começou na tarde do dia 11 de Novembro, quando a vítima recebeu uma mensagem da escola frequentada pela filha, na Taipa, notificando-a que a jovem não se encontrava no estabelecimento de ensino. Logo, a mãe tratou de ligar para a filha mas, ao invés de falar com ela, do outro lado, atendeu um homem dizendo, em mandarim, que a sua filha tinha sido raptada e exigindo o pagamento de um milhão de renmibi, no prazo de duas horas.

Ligações perigosas

Temendo pela segurança da filha, a vítima fez queixa à PJ e também uma transferência no valor 25 mil renminbi para a conta do homem na China. Mais tarde, os agentes da PJ acabariam por encontrar a jovem de 14 anos nas proximidades das Portas do Cerco. O HM tentou saber que escola da Taipa era frequentada pela jovem de 14, mas a PJ recusou-se a revelar.

De acordo com a investigação levada a cabo pela Polícia, a burla foi possível porque a jovem, no dia anterior à extorsão, atendeu uma chamada de um homem, que se apresentou, em mandarim, como sendo agente da PJ, e dizendo que ela estava envolvida num caso de burla transfronteiriça, relacionada com cartões de crédito. O alegado agente referiu ainda que a chamada ia ser encaminhada para a China para acompanhamento e que a jovem deveria manter segredo das informações reveladas, pois o caso ainda se encontrava em fase de investigação.

A Polícia Judiciária deixou ainda algumas recomendações que passam, sobretudo, por não revelar informações pessoais numa chamada proveniente de um número desconhecido e manter contacto permanente com os membros do seu agregado familiar.

13 Nov 2019

Crime | Seis farmácias envolvidas em esquema de falsificação de documentos

A Polícia Judiciária deteve um homem e uma mulher, por alegado envolvimento num lucrativo esquema de falsificação de recibos médicos do modelo M7. O alerta foi dado depois de uma seguradora ter alertado os serviços de saúde para comportamentos suspeitos envolvendo algumas clínicas de Macau. Os dois suspeitos são agora arguidos no caso

 

[dropcap]D[/dropcap]ois residentes de Macau, um homem de 63 anos, responsável por uma farmácia e uma mulher de 51, trabalhadora num estabelecimento de venda de carne congelada, foram constituídos arguidos pela Polícia Judiciária por envolvimento num caso de falsificação de documentos. A informação foi revelada pela Polícia Judiciária, ontem, numa conferência de imprensa.

Tudo começou quando em Maio de 2018, uma empresa de seguros de Macau alertou os serviços de saúde para comportamentos suspeitos envolvendo algumas clínicas de Macau que, em coordenação com “trabalhadores de alguns casinos”, emitiam falsificações de recibos do modelo M7. Os recibos serviam para requerer prémios de seguro indevidos e, após a denúncia feita pelos serviços de saúde ao Ministério Público, o caso foi transferido à PJ para investigação.

“Os agentes da Polícia, após terem questionado 40 trabalhadores dos casinos envolvidos, ficaram a saber que estes, após terem requerido medicamentos ou mercadorias, recebiam de farmácias chinesas recibos do Modelo M7, para que pudessem pedir reembolsos à seguradora, sem que tivesse sido realizada qualquer consulta ou se tivessem deslocado às clínicas envolvidas”, referiu a porta-voz da Polícia Judiciária Lei Hon Nei.

De serviço

A partir daqui a PJ identificou e enviou um comando de buscas às seis farmácias chinesas envolvidas no esquema de emissão de recibos do Modelo M7 falsificados.

“A Polícia deslocou-se por diversas ocasiões aos estabelecimentos para ficar a conhecer o modo de funcionamento daquelas farmácias e descobriu que algumas emitiram recibos médicos M7, mas sem presença de qualquer médico”, referiu a PJ.

Uma das farmácias identificadas fica na zona da Areia Preta, onde foram apreendidos 57 recibos do modelo M7 no valor de cerca de 11.880 mil patacas. Anexado a cada recibo a PJ encontrou ainda algumas notas em papel que incluíam dados como nomes e datas para marcação de consultas.

Noutra farmácia, esta localizada rua da Praia do Manduco, foram apreendidas também várias notas escritas e atestados, com assinaturas e carimbos médicos.

Numa terceira farmácia, localizada na Rua 5 de Outubro foi encontrado um caderno de registos de consultas utilizado pelos clientes, sendo que um responsável deste estabelecimento, inquirido pela PJ, disse que alguns deles utilizaram ainda vales de saúde para fazer compras.

Assim, usando como intermediária a mulher de 63 agora constituída arguida, os clientes desta farmácia procuravam depois clínicas dispostas a falsificar consultas, em troca dos ditos vales de saúde. Com este método, os clientes podiam ter descontos nas suas compras. Em troca, tanto as farmácias como a intermediária, cobravam comissões.

Nas restantes três farmácias identificadas não foram ainda apreendidos objectos ligados ao crime, embora alguns responsáveis tenham já confessado ter ajudado na emissão dos recibos falsos. Estas três farmácias, entretanto, já fecharam actividade.

“A única vítima aqui é o governo da RAEM. Segundo a investigação preliminar esta farmácia conseguiu lesar o Estado em 160 mil patacas”, frisou a porta voz da PJ.
Além dos dois arguidos, há ainda sete suspeitos de envolvimento no caso, sendo que a Polícia Judiciária afirma que vai continuar com as investigações até encontrar os cúmplices em fuga. P.A.

13 Nov 2019

Crime | Seis farmácias envolvidas em esquema de falsificação de documentos

A Polícia Judiciária deteve um homem e uma mulher, por alegado envolvimento num lucrativo esquema de falsificação de recibos médicos do modelo M7. O alerta foi dado depois de uma seguradora ter alertado os serviços de saúde para comportamentos suspeitos envolvendo algumas clínicas de Macau. Os dois suspeitos são agora arguidos no caso

 
[dropcap]D[/dropcap]ois residentes de Macau, um homem de 63 anos, responsável por uma farmácia e uma mulher de 51, trabalhadora num estabelecimento de venda de carne congelada, foram constituídos arguidos pela Polícia Judiciária por envolvimento num caso de falsificação de documentos. A informação foi revelada pela Polícia Judiciária, ontem, numa conferência de imprensa.
Tudo começou quando em Maio de 2018, uma empresa de seguros de Macau alertou os serviços de saúde para comportamentos suspeitos envolvendo algumas clínicas de Macau que, em coordenação com “trabalhadores de alguns casinos”, emitiam falsificações de recibos do modelo M7. Os recibos serviam para requerer prémios de seguro indevidos e, após a denúncia feita pelos serviços de saúde ao Ministério Público, o caso foi transferido à PJ para investigação.
“Os agentes da Polícia, após terem questionado 40 trabalhadores dos casinos envolvidos, ficaram a saber que estes, após terem requerido medicamentos ou mercadorias, recebiam de farmácias chinesas recibos do Modelo M7, para que pudessem pedir reembolsos à seguradora, sem que tivesse sido realizada qualquer consulta ou se tivessem deslocado às clínicas envolvidas”, referiu a porta-voz da Polícia Judiciária Lei Hon Nei.

De serviço

A partir daqui a PJ identificou e enviou um comando de buscas às seis farmácias chinesas envolvidas no esquema de emissão de recibos do Modelo M7 falsificados.
“A Polícia deslocou-se por diversas ocasiões aos estabelecimentos para ficar a conhecer o modo de funcionamento daquelas farmácias e descobriu que algumas emitiram recibos médicos M7, mas sem presença de qualquer médico”, referiu a PJ.
Uma das farmácias identificadas fica na zona da Areia Preta, onde foram apreendidos 57 recibos do modelo M7 no valor de cerca de 11.880 mil patacas. Anexado a cada recibo a PJ encontrou ainda algumas notas em papel que incluíam dados como nomes e datas para marcação de consultas.
Noutra farmácia, esta localizada rua da Praia do Manduco, foram apreendidas também várias notas escritas e atestados, com assinaturas e carimbos médicos.
Numa terceira farmácia, localizada na Rua 5 de Outubro foi encontrado um caderno de registos de consultas utilizado pelos clientes, sendo que um responsável deste estabelecimento, inquirido pela PJ, disse que alguns deles utilizaram ainda vales de saúde para fazer compras.
Assim, usando como intermediária a mulher de 63 agora constituída arguida, os clientes desta farmácia procuravam depois clínicas dispostas a falsificar consultas, em troca dos ditos vales de saúde. Com este método, os clientes podiam ter descontos nas suas compras. Em troca, tanto as farmácias como a intermediária, cobravam comissões.
Nas restantes três farmácias identificadas não foram ainda apreendidos objectos ligados ao crime, embora alguns responsáveis tenham já confessado ter ajudado na emissão dos recibos falsos. Estas três farmácias, entretanto, já fecharam actividade.
“A única vítima aqui é o governo da RAEM. Segundo a investigação preliminar esta farmácia conseguiu lesar o Estado em 160 mil patacas”, frisou a porta voz da PJ.
Além dos dois arguidos, há ainda sete suspeitos de envolvimento no caso, sendo que a Polícia Judiciária afirma que vai continuar com as investigações até encontrar os cúmplices em fuga. P.A.

13 Nov 2019

SJM | Apontada quebra de receitas em Novembro

[dropcap]A[/dropcap]pesar do Grande Prémio de Macau estar à porta, atraindo muitos turistas para o território, a Sociedade de Jogos de Macau (SJM) pode sofrer quebras nas receitas do jogo no mês de Novembro. A possibilidade foi adiantada por Daisy Ho, presidente do conselho de administração da SJM, que justificou a hipótese com a ausência de feriados públicos ao longo deste mês.

Citada pelo Macau Post Daily, a filha de Stanley Ho acrescentou ainda “a falta de clareza na situação externa”, sem especificar, para explicar a “ligeira quebra” estimada. Importa acrescentar que as previsões de analistas apontaram para um decréscimo das receitas da operadora na ordem dos 5 por cento para o mês de Novembro. Nesse aspecto, Daisy Ho referiu que a confirmação ou não das projecções de analistas depende dos resultados individuais de cada espaço da SJM e do “panorama global”.

Apesar da expectativa baixa, Ho destacou o Grande Prémio de Macau como o grande chamariz de clientela para as operações da SJM neste mês. Assim sendo, revelou que os hotéis da operadora já atingiram um volume de reservas que aponta para taxas de ocupação entre os 80 e 90 por cento.

Quanto ao futuro, Daisy Ho mostrou-se entusiasmada com o Governo de Ho Iat Seng. “Estamos ansiosos pelo início do novo mandato do Executivo e queremos ver que novas políticas e orientações o novo Chefe do Executivo e a sua equipa tem para nós. A ronda de negociações para as novas concessões é algo a que estamos muitos atentos”, culmina a dirigente da SJM.

13 Nov 2019

SJM | Apontada quebra de receitas em Novembro

[dropcap]A[/dropcap]pesar do Grande Prémio de Macau estar à porta, atraindo muitos turistas para o território, a Sociedade de Jogos de Macau (SJM) pode sofrer quebras nas receitas do jogo no mês de Novembro. A possibilidade foi adiantada por Daisy Ho, presidente do conselho de administração da SJM, que justificou a hipótese com a ausência de feriados públicos ao longo deste mês.
Citada pelo Macau Post Daily, a filha de Stanley Ho acrescentou ainda “a falta de clareza na situação externa”, sem especificar, para explicar a “ligeira quebra” estimada. Importa acrescentar que as previsões de analistas apontaram para um decréscimo das receitas da operadora na ordem dos 5 por cento para o mês de Novembro. Nesse aspecto, Daisy Ho referiu que a confirmação ou não das projecções de analistas depende dos resultados individuais de cada espaço da SJM e do “panorama global”.
Apesar da expectativa baixa, Ho destacou o Grande Prémio de Macau como o grande chamariz de clientela para as operações da SJM neste mês. Assim sendo, revelou que os hotéis da operadora já atingiram um volume de reservas que aponta para taxas de ocupação entre os 80 e 90 por cento.
Quanto ao futuro, Daisy Ho mostrou-se entusiasmada com o Governo de Ho Iat Seng. “Estamos ansiosos pelo início do novo mandato do Executivo e queremos ver que novas políticas e orientações o novo Chefe do Executivo e a sua equipa tem para nós. A ronda de negociações para as novas concessões é algo a que estamos muitos atentos”, culmina a dirigente da SJM.

13 Nov 2019

Concerto | “Uma Noite Inesquecível” para celebrar os 20 anos da RAEM

[dropcap]O[/dropcap] Instituto Internacional de Macau (IIM), em parceria com a Universidade de Macau (UM) e da Macau Link, está a promover um concerto para celebrar os 20 anos de transferência de soberania de Macau para a China, e tendo como pano de fundo o Encontro das Comunidades Macaenses deste ano. O concerto terá lugar no pequeno auditório do Centro Cultural de Macau (CCM)

“Uma Noite Inesquecível” é o nome do espectáculo protagonizado pelo grupo musical da Orquestra Multicultural Amigu di Macau, criado em 2002 e que tem vindo a promover a cultura macaense em Toronto, cidade do Canadá. Este grupo é constituído por 16 elementos, com um reportório musical no uso de variados instrumentos musicais chineses, e com interpretação de música não só chinesa, mas também portuguesa e macaense.

Além do espectáculo no CCM, estão previstas duas actuações da Orquestra Multicultural Amigu di Macau, uma delas a 25 de Novembro, na UM, e outra na cidade de Nanhai, na China, dia 28. Os bilhetes já estão à venda na sede do IIM.

13 Nov 2019

Concerto | “Uma Noite Inesquecível” para celebrar os 20 anos da RAEM

[dropcap]O[/dropcap] Instituto Internacional de Macau (IIM), em parceria com a Universidade de Macau (UM) e da Macau Link, está a promover um concerto para celebrar os 20 anos de transferência de soberania de Macau para a China, e tendo como pano de fundo o Encontro das Comunidades Macaenses deste ano. O concerto terá lugar no pequeno auditório do Centro Cultural de Macau (CCM)
“Uma Noite Inesquecível” é o nome do espectáculo protagonizado pelo grupo musical da Orquestra Multicultural Amigu di Macau, criado em 2002 e que tem vindo a promover a cultura macaense em Toronto, cidade do Canadá. Este grupo é constituído por 16 elementos, com um reportório musical no uso de variados instrumentos musicais chineses, e com interpretação de música não só chinesa, mas também portuguesa e macaense.
Além do espectáculo no CCM, estão previstas duas actuações da Orquestra Multicultural Amigu di Macau, uma delas a 25 de Novembro, na UM, e outra na cidade de Nanhai, na China, dia 28. Os bilhetes já estão à venda na sede do IIM.

13 Nov 2019

Casa de Vidro | CPM ganha concurso para operar restaurante 

[dropcap]A[/dropcap] Casa de Portugal em Macau (CPM) ganhou um concurso para operar um restaurante na Casa de Vidro, situada na praça do Tap Seac, uma infra-estrutura com a assinatura do arquitecto Carlos Marreiros. De acordo com a Rádio Macau, o novo restaurante deverá ser inaugurado já a 2 de Dezembro, contando com a presença do secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam.

O arrendamento do espaço será de 30 mil patacas mensais, com um contrato de três anos. No início, irá funcionar apenas como uma cafetaria, mas já a partir de Janeiro o restaurante vai estar aberto entre as 10 e as 22 horas. Além do espaço de restauração, a Casa de Vidro vai ter também uma galeria e uma sala de artesanato.

O HM tentou chegar à fala com Amélia António, presidente da CPM, mas até ao fecho desta edição não foi possível estabelecer contacto. A CPM chegou a gerir o restaurante Lvsitanvs, que funcionava na Casa Amarela. Quando a empresa proprietária do espaço, a Future Bright Holdings, do deputado Chan Chak Mo, decidiu terminar o contrato de arrendamento com a Direcção dos Serviços de Turismo, a CPM viu-se obrigada a encerrar o restaurante, que tem vindo a funcionar na sede da associação.

13 Nov 2019

Casa de Vidro | CPM ganha concurso para operar restaurante 

[dropcap]A[/dropcap] Casa de Portugal em Macau (CPM) ganhou um concurso para operar um restaurante na Casa de Vidro, situada na praça do Tap Seac, uma infra-estrutura com a assinatura do arquitecto Carlos Marreiros. De acordo com a Rádio Macau, o novo restaurante deverá ser inaugurado já a 2 de Dezembro, contando com a presença do secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam.
O arrendamento do espaço será de 30 mil patacas mensais, com um contrato de três anos. No início, irá funcionar apenas como uma cafetaria, mas já a partir de Janeiro o restaurante vai estar aberto entre as 10 e as 22 horas. Além do espaço de restauração, a Casa de Vidro vai ter também uma galeria e uma sala de artesanato.
O HM tentou chegar à fala com Amélia António, presidente da CPM, mas até ao fecho desta edição não foi possível estabelecer contacto. A CPM chegou a gerir o restaurante Lvsitanvs, que funcionava na Casa Amarela. Quando a empresa proprietária do espaço, a Future Bright Holdings, do deputado Chan Chak Mo, decidiu terminar o contrato de arrendamento com a Direcção dos Serviços de Turismo, a CPM viu-se obrigada a encerrar o restaurante, que tem vindo a funcionar na sede da associação.

13 Nov 2019

Macau prevê reserva financeira de 627,35 mil milhões de patacas no final deste ano

[dropcap]O[/dropcap] Governo de Macau prevê que a reserva financeira global de Macau seja de 627,35 mil milhões de patacas no final de 2019, disse hoje o Chefe do Executivo.

A previsão foi anunciada na Assembleia Legislativa (AL), onde Fernando Chui Sai On fez um balanço da acção governativa na última década e apresentou o programa orçamental para o ano financeiro de 2020.

“Até finais de Setembro, a reserva financeira básica foi de 148,89 mil milhões de patacas e a extraordinária de 424,59 mil milhões de patacas”, notou o governante. “O saldo orçamental do ano financeiro de 2018 foi de 53,87 mil milhões de patacas e, findo o processo de liquidação, prevê-se, assim, que o montante global da reserva extraordinária atinja os 478,46 mil milhões de patacas, pelo que a reserva financeira contabilizará o montante global de 627,35 mil milhões de patacas”, explicou.

Já a reserva cambial é estimada que registe um valor de 117,02 mil milhões de patacas, adiantou Chui Sai On, a pouco mais de um mês de abandonar o cargo. Depois de ter cumprido dois mandatos, cada um de cinco anos, o actual líder do Executivo será substituído no cargo pelo ex-presidente da AL, Ho Iat Seng, de 62 anos.

Chui Sai On anunciou também aumentos salariais na Função Pública de 3 patacas por ponto, bem como a continuação dos cheques pecuniários para residentes permanentes e não permanentes, mantendo-se os mesmos valores (dez mil e seis mil patacas, respectivamente).

Ho Iat Seng, eleito a 25 de Agosto, toma posse a 20 de Dezembro, dia em que se assinalam 20 anos da RAEM e da passagem do antigo território administrado por Portugal para a China.

12 Nov 2019

Hong Kong | Carrie Lam avisa manifestantes que não haverá concessões com violência

[dropcap]A[/dropcap] chefe do Governo de Hong Kong, Carrie Lam, condenou ontem a “extensa violência” que marcou o dia de greve na cidade, realçando que esta “não resolverá nada” nem fará o Governo satisfazer aos “apelos políticos” dos manifestantes.

Lam deu uma conferência de imprensa após os incidentes graves de ontem, nomeadamente o de um polícia que usou munição real contra um jovem ou o de um homem que enfrentou um manifestante, que o incendiou, estando ambos em estado grave.

“A violência não resolve problemas e apenas leva a mais violência. Se alguém ainda tem a ilusão de que uma violência intensificada vai gerar pressão sobre o Governo para satisfazer as exigências políticas, digo aqui e agora claramente que isso não acontecerá”, salientou Carrie Lam.

“As pessoas não podem ir trabalhar, estudar ou andar na rua. Não vamos parar de procurar maneiras de acabar com a violência, essa é a nossa prioridade agora”, acrescentou.

“Peço a todos que mantenham a calma”, afirmou a chefe do Executivo, que instou também o povo de Hong Kong a “ficar de fora” porque, caso contrário, “as suas vidas podem correr perigo”.

Pouco antes das 08:00 foi publicado na rede social Twitter um vídeo no qual um polícia de trânsito é visto a atirar três tiros de curta distância em dois jovens vestidos de preto – uma cor associada aos protestos pró-democracia – na área residencial de Sai Wan Ho, onde um grupo de manifestantes estava a bloquear a circulação automóvel.

Segundo Lam, o agente que abriu fogo fê-lo “numa operação para aplicar a lei” e acrescentou que “a polícia está a enfrentar tácticas cada vez mais extremas” por parte dos manifestantes. Na manhã de ontem, um homem ficou em estado crítico, depois de ter sido regado com um líquido inflamável e incendiado, durante uma discussão em Hong Kong.

A polícia confirmou já o conteúdo de um vídeo publicado nas redes sociais que dá conta de uma discussão numa ponte pedonal em Ma On Shan, pouco antes das 13:00. Carrie Lam considerou este incidente como “malicioso” e “desumano”, afirmando que “rompe a paz e a lei” e que “deve ser condenado”.

A greve geral foi convocada ontem nas redes sociais após a morte na sexta-feira de um estudante universitário de 22 anos que caiu de um parque de estacionamento e sofreu ferimentos cerebrais graves em circunstâncias desconhecidas durante um protesto em 3 de Novembro.

Os manifestantes culpam a polícia, que já negou categoricamente qualquer responsabilidade na morte do estudante. O caos continuou a crescer na manha de ontem, com a greve a causar constrangimentos no trânsito em diferentes partes da cidade na hora de ponta. Inúmeros elementos das forças de segurança, incluindo a polícia antimotim, foram mobilizados em diferentes distritos.

12 Nov 2019

Hong Kong | Carrie Lam avisa manifestantes que não haverá concessões com violência

[dropcap]A[/dropcap] chefe do Governo de Hong Kong, Carrie Lam, condenou ontem a “extensa violência” que marcou o dia de greve na cidade, realçando que esta “não resolverá nada” nem fará o Governo satisfazer aos “apelos políticos” dos manifestantes.
Lam deu uma conferência de imprensa após os incidentes graves de ontem, nomeadamente o de um polícia que usou munição real contra um jovem ou o de um homem que enfrentou um manifestante, que o incendiou, estando ambos em estado grave.
“A violência não resolve problemas e apenas leva a mais violência. Se alguém ainda tem a ilusão de que uma violência intensificada vai gerar pressão sobre o Governo para satisfazer as exigências políticas, digo aqui e agora claramente que isso não acontecerá”, salientou Carrie Lam.
“As pessoas não podem ir trabalhar, estudar ou andar na rua. Não vamos parar de procurar maneiras de acabar com a violência, essa é a nossa prioridade agora”, acrescentou.
“Peço a todos que mantenham a calma”, afirmou a chefe do Executivo, que instou também o povo de Hong Kong a “ficar de fora” porque, caso contrário, “as suas vidas podem correr perigo”.
Pouco antes das 08:00 foi publicado na rede social Twitter um vídeo no qual um polícia de trânsito é visto a atirar três tiros de curta distância em dois jovens vestidos de preto – uma cor associada aos protestos pró-democracia – na área residencial de Sai Wan Ho, onde um grupo de manifestantes estava a bloquear a circulação automóvel.
Segundo Lam, o agente que abriu fogo fê-lo “numa operação para aplicar a lei” e acrescentou que “a polícia está a enfrentar tácticas cada vez mais extremas” por parte dos manifestantes. Na manhã de ontem, um homem ficou em estado crítico, depois de ter sido regado com um líquido inflamável e incendiado, durante uma discussão em Hong Kong.
A polícia confirmou já o conteúdo de um vídeo publicado nas redes sociais que dá conta de uma discussão numa ponte pedonal em Ma On Shan, pouco antes das 13:00. Carrie Lam considerou este incidente como “malicioso” e “desumano”, afirmando que “rompe a paz e a lei” e que “deve ser condenado”.
A greve geral foi convocada ontem nas redes sociais após a morte na sexta-feira de um estudante universitário de 22 anos que caiu de um parque de estacionamento e sofreu ferimentos cerebrais graves em circunstâncias desconhecidas durante um protesto em 3 de Novembro.
Os manifestantes culpam a polícia, que já negou categoricamente qualquer responsabilidade na morte do estudante. O caos continuou a crescer na manha de ontem, com a greve a causar constrangimentos no trânsito em diferentes partes da cidade na hora de ponta. Inúmeros elementos das forças de segurança, incluindo a polícia antimotim, foram mobilizados em diferentes distritos.

12 Nov 2019

Grécia é aliado natural da China em projectos de desenvolvimento comercial, diz Xi Jinping

[dropcap]O[/dropcap] Presidente chinês, Xi Jinping, classificou ontem a Grécia como uma “aliada natural” dos projectos chineses de desenvolvimento comercial em todo o mundo, durante uma visita oficial ao país.

“A China e a Grécia veem-se como aliadas naturais no desenvolvimento das ‘novas rotas de seda'”, disse Xi Jinping, na presença do primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis.

A Grécia apoia o vasto projecto de Pequim, chamado “Novas Rota da Seda”, para ligar a China ao resto da Ásia, Europa e África através de um programa de investimento de 906 mil milhões numa importante rede de infraestruturas portuárias, ferroviárias, industriais e aeroportuárias.

“Nós queremos fortalecer o comércio bilateral e fazer investimentos no sector bancário”, disse também Xi Jinping, depois do encontro com o Presidente grego, Prokopis Pavlopoulos.

O Presidente chinês, que está acompanhado pelo seu ministro do Comércio, Zhong Shan, elogiou “a importante herança cultural dos dois países” antes de assinar acordos bilaterais.

No total, dezasseis acordos deverão ser assinados durante a visita oficial de três dias de Xi à Grécia, nos campos de energia, expedição comercial, exportação de produtos agrícolas e um acordo de extradição, de acordo com uma fonte do governo grego.

No sector bancário, uma agência do Banco da China será instalada na Grécia, assim como um escritório de representação do Banco Comercial e Industrial da China (ICBC), segundo uma fonte Governo grego.

“A estrada aberta irá tornar-se rapidamente numa autoestrada”, disse Kyriakos Mitsotakis, cujo objectivo desde a sua eleição, em Julho, é atrair investimentos estrangeiros para fortalecer o crescimento da Grécia após a crise da dívida (2010-2018).

“A China está a apostar na posição geoestratégica do país”, disse Mitsotakis. Kyriakos Mitsotakis confirmou a sua visita à China em Abril, depois de visitar a Feira de Importação de Xangai na semana passada, na qual foi acompanhado por uma delegação de sessenta empresários gregos.

Os chineses “vieram para a Grécia e investiram quando outros ficaram fora”, saudou o ministro dos Negócios Estrangeiros grego, Nikos Dendias.

12 Nov 2019

Gigantes do comércio electrónico chineses batem recorde de vendas no “Dia dos Solteiros”

Reportagem de João Pimenta, da agência Lusa

 

[dropcap]O[/dropcap]s gigantes chineses do comércio electrónico alcançaram ontem 54 mil milhões de euros em vendas, no maior festival de compras do mundo, ilustrando as profundas mudanças no retalho chinês, com crescente predominância dos influenciadores digitais.

As plataformas dos grupos Alibaba e JD.com conseguiram contrariar a desaceleração no retalho chinês, estabelecendo um novo recorde de vendas no Dia dos Solteiros, numa altura em que o país enfrenta uma prolongada guerra comercial com os Estados Unidos.

Celebrado a 11 de Novembro pelos quatro ‘um’ que combinam nesta data (11/11), que afigura assim a condição de solteiro, este dia começou a ser celebrado por estudantes universitários chineses, na década de 1990, como um Dia dos Namorados alternativo.

O grupo Alibaba adoptou a data como ferramenta de marketing em 2008, ao que seguiram os competidores chineses JD.com ou o grupo retalhista de electrónicos Suning. No conjunto, 200.000 marcas e mais de um milhão de produtos, incluindo cerveja ou vinhos portugueses, aderiram à iniciativa este ano.

Milhões de chineses ficaram acordados durante a madrugada de hoje, para participar no festival de compras. O Alibaba superou os dez mil milhões de yuan em vendas, no espaço de minuto e meio logo a seguir à meia-noite.

“Além de sozinhos, vamos acabar falidos”, ironizou à Lusa, sobre a efeméride, a chinesa Cai Man, que aguardou até aos primeiros segundos de hoje para consumar as compras que planeara fazer nas últimas semanas.

O comércio electrónico representa já 19,5% dos gastos dos consumidores chineses, de longe a maior percentagem do mundo. Nos primeiros nove meses do ano, as vendas ‘online’ aumentaram 16,8%, em termos homólogos, para 5,8 mil milhões de yuan, segundo dados oficiais.

O crescente consumo ‘online’ fomentou ainda o surgimento de líderes de opinião, seguidos por dezenas de milhões de consumidores em plataformas de transmissão ao vivo, e cruciais para marcas chinesas e internacionais à procura de penetrar no mercado chinês.

Só em 2018, cerca de cem mil milhões de yuan das vendas ‘online’ na China foram feitas através daquelas plataformas. Fechados em cabines dispostas no ‘campus’ do grupo Alibaba, em Hangzhou, no leste da China, líderes de opinião falaram hoje durante horas sobre produtos da sua preferência, para uma audiência composta por centenas de milhões de chineses.

O fenómeno é chave para entender o novo consumidor chinês: sempre ligado à rede, afastado dos meios convencionais de publicidade e devoto às sugestões de líderes de opinião e celebridades, descrevem analistas.

“Cerca de metade dos consumidores na China consideram o consumo uma experiência social e muitos consumidores pertencem a grupos e fóruns ‘online’ onde pessoas com interesses comuns partilham opiniões sobre produtos”, apontou à agência Lusa Michael Zakkour, vice-presidente da consultora Asia Market Strategy.

“Os consumidores não querem apenas comprar o produto. Eles querem saber mais sobre o produto ou marca, a sua história e ter o máximo de informação possível”, explicou Huang Tao, CEO do Taobao Livestreaming, a plataforma de transmissão ao vivo do grupo Alibaba.

A ausência de redes de retalho tradicionais em algumas partes do país e uma vasta rede logística e de transportes permitiram ao comércio electrónico expandir-se rapidamente na China, criando algumas das maiores fortunas do país.

Jack Ma, fundador do grupo Alibaba, é o empresário mais rico da China, com um património líquido de 39 mil milhões de dólares, segundo a unidade de investigação Hurun, com sede em Xangai e considerada a Forbes chinesa.

*** A Lusa viajou a convite do grupo Alibaba ***

12 Nov 2019

Gigantes do comércio electrónico chineses batem recorde de vendas no "Dia dos Solteiros”

Reportagem de João Pimenta, da agência Lusa
 
[dropcap]O[/dropcap]s gigantes chineses do comércio electrónico alcançaram ontem 54 mil milhões de euros em vendas, no maior festival de compras do mundo, ilustrando as profundas mudanças no retalho chinês, com crescente predominância dos influenciadores digitais.
As plataformas dos grupos Alibaba e JD.com conseguiram contrariar a desaceleração no retalho chinês, estabelecendo um novo recorde de vendas no Dia dos Solteiros, numa altura em que o país enfrenta uma prolongada guerra comercial com os Estados Unidos.
Celebrado a 11 de Novembro pelos quatro ‘um’ que combinam nesta data (11/11), que afigura assim a condição de solteiro, este dia começou a ser celebrado por estudantes universitários chineses, na década de 1990, como um Dia dos Namorados alternativo.
O grupo Alibaba adoptou a data como ferramenta de marketing em 2008, ao que seguiram os competidores chineses JD.com ou o grupo retalhista de electrónicos Suning. No conjunto, 200.000 marcas e mais de um milhão de produtos, incluindo cerveja ou vinhos portugueses, aderiram à iniciativa este ano.
Milhões de chineses ficaram acordados durante a madrugada de hoje, para participar no festival de compras. O Alibaba superou os dez mil milhões de yuan em vendas, no espaço de minuto e meio logo a seguir à meia-noite.
“Além de sozinhos, vamos acabar falidos”, ironizou à Lusa, sobre a efeméride, a chinesa Cai Man, que aguardou até aos primeiros segundos de hoje para consumar as compras que planeara fazer nas últimas semanas.
O comércio electrónico representa já 19,5% dos gastos dos consumidores chineses, de longe a maior percentagem do mundo. Nos primeiros nove meses do ano, as vendas ‘online’ aumentaram 16,8%, em termos homólogos, para 5,8 mil milhões de yuan, segundo dados oficiais.
O crescente consumo ‘online’ fomentou ainda o surgimento de líderes de opinião, seguidos por dezenas de milhões de consumidores em plataformas de transmissão ao vivo, e cruciais para marcas chinesas e internacionais à procura de penetrar no mercado chinês.
Só em 2018, cerca de cem mil milhões de yuan das vendas ‘online’ na China foram feitas através daquelas plataformas. Fechados em cabines dispostas no ‘campus’ do grupo Alibaba, em Hangzhou, no leste da China, líderes de opinião falaram hoje durante horas sobre produtos da sua preferência, para uma audiência composta por centenas de milhões de chineses.
O fenómeno é chave para entender o novo consumidor chinês: sempre ligado à rede, afastado dos meios convencionais de publicidade e devoto às sugestões de líderes de opinião e celebridades, descrevem analistas.
“Cerca de metade dos consumidores na China consideram o consumo uma experiência social e muitos consumidores pertencem a grupos e fóruns ‘online’ onde pessoas com interesses comuns partilham opiniões sobre produtos”, apontou à agência Lusa Michael Zakkour, vice-presidente da consultora Asia Market Strategy.
“Os consumidores não querem apenas comprar o produto. Eles querem saber mais sobre o produto ou marca, a sua história e ter o máximo de informação possível”, explicou Huang Tao, CEO do Taobao Livestreaming, a plataforma de transmissão ao vivo do grupo Alibaba.
A ausência de redes de retalho tradicionais em algumas partes do país e uma vasta rede logística e de transportes permitiram ao comércio electrónico expandir-se rapidamente na China, criando algumas das maiores fortunas do país.
Jack Ma, fundador do grupo Alibaba, é o empresário mais rico da China, com um património líquido de 39 mil milhões de dólares, segundo a unidade de investigação Hurun, com sede em Xangai e considerada a Forbes chinesa.
*** A Lusa viajou a convite do grupo Alibaba ***

12 Nov 2019

Óbito | Fadista Teresa Tarouca faz parte do “património musical português”, diz ministra da cultura

[dropcap]A[/dropcap] ministra da Cultura lamentou ontem a morte da fadista portuguesa Teresa Tarouca, que considerou como uma das vozes que “mais marcou o fado nas décadas de 60 e 70”, referindo que faz parte do “património musical português”.

“A ministra da Cultura, Graça Fonseca, lamenta a morte da fadista Teresa Tarouca, reconhecida pelos seus pares como uma grande intérprete, que trabalhou com alguns dos mais importantes autores do fado, como D. António de Bragança, João de Noronha, Alfredo Marceneiro, Pedro Homem de Mello ou Maria Manuel Cid”, refere um comunicado divulgado pelo Ministério da Cultura.

O documento adianta que Teresa Tarouca começou muito cedo a sua carreira em espectáculos de beneficência, tendo sido considerada uma menina-prodígio do fado, conquistando em 1964 o Prémio Bordalo nesta categoria.

“Recordar Teresa Tarouca não é apenas homenagear a sua carreira, mas também evocar uma das vozes femininas que mais marcou o fado nas décadas de 60 e 70, fazendo parte do património musical português”, acrescenta Graça Fonseca.

A ministra lembra que ao longo da carreira a fadista actuou em diversos palcos nacionais e internacionais, tendo sido “premiada e reconhecida em 2013 pelo seu talento e pela sua arte com o Prémio Carreira, na 8.ª edição dos Prémios Amália, e recebido no mesmo ano, em 07 de junho, uma comenda da Ordem do Infante D. Henrique”.

A fadista Teresa Tarouca, de 77 anos, morreu ontem no Hospital S. Francisco Xavier, em Lisboa, vítima de pneumonia dupla, disse à agência Lusa fonte próxima da família. Nascida em Janeiro de 1942, Teresa de Jesus Pinto Coelho Telles da Silva adoptou o nome artístico de Teresa Tarouca, indo buscar um velho apelido de família.

“Testamento”, na década de 1960, “Mouraria”, “Deixa que te cante um fado”, “Saudade, silêncio e sombra”, “Meu bergantim”, “O resineiro”, “Fado, dor e sofrimento”, “Passeio à Mouraria” e “Ora bate, bate” contam-se entre os sucessos de Teresa Tarouca.

Oriunda de uma família ligada à música – é prima de Frei Hermano da Câmara e prima afastada de Maria Teresa de Noronha –, Teresa Tarouca começou a cantar aos 11 anos em espectáculos de beneficência, o que levou especialistas em música a considerarem-na a “menina-prodígio” da década de 1950.

No fado, estreou-se aos 13 anos, no salão dos Bombeiros de Oeiras, tendo em 1958 recebido o ‘Óscar’ da Imprensa, segundo o ‘site’ do Museu do Fado. Em 1962, assinou o primeiro contrato de gravação, com a então editora RCA, e, em 1964, recebeu o prémio da Imprensa, ou Prémio Bordalo, na categoria Fado.

Cantou poemas e músicas de fados clássicos de autores como António de Bragança, João de Noronha, Alfredo Marceneiro, Pedro Homem de Mello, Francisco Viana, Maria Manuel Cid, Casimiro Ramos, João de Noronha, Nuno de Lorena, João Ferreira-Rosa, Alda Lara e Tiago Torres da Silva, entre outros.

Teresa Tarouca foi a primeira fadista a cantar Fernando Pessoa. Em 1973, foi convidada para o Festival RTP da Canção, em cuja primeira parte interpretou “Cai chuva do céu cinzento”, fado que criou com letra do autor de “Mensagem”.

Durante a sua carreira artística, a fadista apresentou-se em palcos de vários países, nomeadamente, Dinamarca, Bélgica, Espanha, Estados Unidos da América, Brasil e em Macau.
Em 1989, foi editado o disco “Tereza Tarouca canta Pedro Homem de Mello”, trabalho considerado emblemático na carreira da fadista.

Em Maio de 1994, comemorou os 33 anos de carreira no Teatro Tivoli, em Lisboa, tendo continuado a cantar com regularidade. Em 1996, actuou no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, e em 2003, no restaurante e casa de fados Velho Páteo de Sant’Ana, em Lisboa, onde foi fadista residente.

Em 1997, participou como “Atracção de Fado” na revista “Preço Único”, no Teatro ABC, ao Parque Mayer, e, um ano depois, no musical “Fado… Esse malandro vadio”, de João Núncio, com encenação de Francisco Horta.

Em Junho de 2013, o então Presidente da República Cavaco Silva atribuiu-lhe o grau de comendadora da Ordem do Infante D. Henrique. A última actuação de Teresa Tarouca em público data de Outubro de 2013, durante a VIII Gala Amália, no Teatro S. Luiz, em Lisboa, quando recebeu o Prémio Amália de Carreira.

12 Nov 2019

Óbito | Fadista Teresa Tarouca faz parte do "património musical português", diz ministra da cultura

[dropcap]A[/dropcap] ministra da Cultura lamentou ontem a morte da fadista portuguesa Teresa Tarouca, que considerou como uma das vozes que “mais marcou o fado nas décadas de 60 e 70”, referindo que faz parte do “património musical português”.
“A ministra da Cultura, Graça Fonseca, lamenta a morte da fadista Teresa Tarouca, reconhecida pelos seus pares como uma grande intérprete, que trabalhou com alguns dos mais importantes autores do fado, como D. António de Bragança, João de Noronha, Alfredo Marceneiro, Pedro Homem de Mello ou Maria Manuel Cid”, refere um comunicado divulgado pelo Ministério da Cultura.
O documento adianta que Teresa Tarouca começou muito cedo a sua carreira em espectáculos de beneficência, tendo sido considerada uma menina-prodígio do fado, conquistando em 1964 o Prémio Bordalo nesta categoria.
“Recordar Teresa Tarouca não é apenas homenagear a sua carreira, mas também evocar uma das vozes femininas que mais marcou o fado nas décadas de 60 e 70, fazendo parte do património musical português”, acrescenta Graça Fonseca.
A ministra lembra que ao longo da carreira a fadista actuou em diversos palcos nacionais e internacionais, tendo sido “premiada e reconhecida em 2013 pelo seu talento e pela sua arte com o Prémio Carreira, na 8.ª edição dos Prémios Amália, e recebido no mesmo ano, em 07 de junho, uma comenda da Ordem do Infante D. Henrique”.
A fadista Teresa Tarouca, de 77 anos, morreu ontem no Hospital S. Francisco Xavier, em Lisboa, vítima de pneumonia dupla, disse à agência Lusa fonte próxima da família. Nascida em Janeiro de 1942, Teresa de Jesus Pinto Coelho Telles da Silva adoptou o nome artístico de Teresa Tarouca, indo buscar um velho apelido de família.
“Testamento”, na década de 1960, “Mouraria”, “Deixa que te cante um fado”, “Saudade, silêncio e sombra”, “Meu bergantim”, “O resineiro”, “Fado, dor e sofrimento”, “Passeio à Mouraria” e “Ora bate, bate” contam-se entre os sucessos de Teresa Tarouca.
Oriunda de uma família ligada à música – é prima de Frei Hermano da Câmara e prima afastada de Maria Teresa de Noronha –, Teresa Tarouca começou a cantar aos 11 anos em espectáculos de beneficência, o que levou especialistas em música a considerarem-na a “menina-prodígio” da década de 1950.
No fado, estreou-se aos 13 anos, no salão dos Bombeiros de Oeiras, tendo em 1958 recebido o ‘Óscar’ da Imprensa, segundo o ‘site’ do Museu do Fado. Em 1962, assinou o primeiro contrato de gravação, com a então editora RCA, e, em 1964, recebeu o prémio da Imprensa, ou Prémio Bordalo, na categoria Fado.
Cantou poemas e músicas de fados clássicos de autores como António de Bragança, João de Noronha, Alfredo Marceneiro, Pedro Homem de Mello, Francisco Viana, Maria Manuel Cid, Casimiro Ramos, João de Noronha, Nuno de Lorena, João Ferreira-Rosa, Alda Lara e Tiago Torres da Silva, entre outros.
Teresa Tarouca foi a primeira fadista a cantar Fernando Pessoa. Em 1973, foi convidada para o Festival RTP da Canção, em cuja primeira parte interpretou “Cai chuva do céu cinzento”, fado que criou com letra do autor de “Mensagem”.
Durante a sua carreira artística, a fadista apresentou-se em palcos de vários países, nomeadamente, Dinamarca, Bélgica, Espanha, Estados Unidos da América, Brasil e em Macau.
Em 1989, foi editado o disco “Tereza Tarouca canta Pedro Homem de Mello”, trabalho considerado emblemático na carreira da fadista.
Em Maio de 1994, comemorou os 33 anos de carreira no Teatro Tivoli, em Lisboa, tendo continuado a cantar com regularidade. Em 1996, actuou no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, e em 2003, no restaurante e casa de fados Velho Páteo de Sant’Ana, em Lisboa, onde foi fadista residente.
Em 1997, participou como “Atracção de Fado” na revista “Preço Único”, no Teatro ABC, ao Parque Mayer, e, um ano depois, no musical “Fado… Esse malandro vadio”, de João Núncio, com encenação de Francisco Horta.
Em Junho de 2013, o então Presidente da República Cavaco Silva atribuiu-lhe o grau de comendadora da Ordem do Infante D. Henrique. A última actuação de Teresa Tarouca em público data de Outubro de 2013, durante a VIII Gala Amália, no Teatro S. Luiz, em Lisboa, quando recebeu o Prémio Amália de Carreira.

12 Nov 2019

FRC | Teatro e literatura em língua portuguesa em debate 

[dropcap]F[/dropcap]undação Rui Cunha (FRC) e o Departamento de Português da Faculdade de Artes e Humanidades da Universidade de Macau (UM) realizam esta quarta-feira, às 18h30, a conferência “O Teatro e a Literatura em Portugal e no Brasil”. De acordo com uma nota de imprensa, participam nesta iniciativa as docentes Larissa Neves Catalão, da Universidade Estadual de Campinas, Brasil e Manuela Carvalho, da UM.

Larissa Neves Catalão irá abordar a temática “O Teatro e literatura no Brasil: algumas relações”, sendo apresentadas “algumas relações entre teatro e literatura, tomando como exemplos peças brasileiras”. Já Manuela Carvalho irá protagonizar a palestra com o nome “Vamos lá rebentar com isto: os palcos e as páginas do teatro português contemporâneo”.

“Partindo de dois exemplos contemporâneos, nomeadamente o trabalho dos dramaturgos José Maria Vieira Mendes e Tiago Rodrigues, e a colaboração com os dois colectivos Teatro Praga e Mundo Perfeito, pretende-se reflectir sobre como textos e palcos se articulam e se questionam mutuamente; como escritores e artistas de teatro respondem à contaminação de outras artes e media, num período particularmente rico do teatro português (última década)”, acrescenta a mesma nota. A sessão será moderada por Gabriel Antunes de Araújo, professor da UM.

12 Nov 2019

FRC | Teatro e literatura em língua portuguesa em debate 

[dropcap]F[/dropcap]undação Rui Cunha (FRC) e o Departamento de Português da Faculdade de Artes e Humanidades da Universidade de Macau (UM) realizam esta quarta-feira, às 18h30, a conferência “O Teatro e a Literatura em Portugal e no Brasil”. De acordo com uma nota de imprensa, participam nesta iniciativa as docentes Larissa Neves Catalão, da Universidade Estadual de Campinas, Brasil e Manuela Carvalho, da UM.
Larissa Neves Catalão irá abordar a temática “O Teatro e literatura no Brasil: algumas relações”, sendo apresentadas “algumas relações entre teatro e literatura, tomando como exemplos peças brasileiras”. Já Manuela Carvalho irá protagonizar a palestra com o nome “Vamos lá rebentar com isto: os palcos e as páginas do teatro português contemporâneo”.
“Partindo de dois exemplos contemporâneos, nomeadamente o trabalho dos dramaturgos José Maria Vieira Mendes e Tiago Rodrigues, e a colaboração com os dois colectivos Teatro Praga e Mundo Perfeito, pretende-se reflectir sobre como textos e palcos se articulam e se questionam mutuamente; como escritores e artistas de teatro respondem à contaminação de outras artes e media, num período particularmente rico do teatro português (última década)”, acrescenta a mesma nota. A sessão será moderada por Gabriel Antunes de Araújo, professor da UM.

12 Nov 2019

“Somos!” lança novo concurso de fotografia sobre património cultural 

[dropcap]A[/dropcap] associação “Somos! – Associação de Comunicação em Língua Portuguesa” (Somos – ACLP) vai lançar, já em Dezembro, a segunda edição do concurso de fotografia Somos – Imagens da Lusofonia, que este ano tem como tema o património cultural.

De acordo com um comunicado de imprensa enviado pela organização, “as fotografias devem ser capazes de mostrar a visão dos concorrentes face à importância do património cultural neste contexto”. Pede-se ainda aos participantes “uma abordagem imaginativa ao tema, uma vez que os bens culturais assumem diversas naturezas, nomeadamente históricas e artísticas, alternando-se ainda entre a materialidade e a imaterialidade”.

O concurso “Somos – Imagens da Lusofonia 2019/20” destina-se a todos os cidadãos dos países e regiões da Lusofonia ou residentes de Macau que possuam fotografias de qualidade, e enquadradas com o tema seleccionado, tiradas em Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Goa, Damão e Diu.

As fotografias que respeitarem o tema e os critérios do regulamento serão admitidas a concurso e caberá posteriormente ao júri de profissionais da área da fotografia a escolha das três vencedoras, às quais serão atribuídos prémios pecuniários no valor de dez mil patacas ao primeiro classificado, cinco mil patacas ao segundo e 3.500 patacas ao terceiro.

Para mostrar

Essas imagens farão ainda parte de uma exposição subsequente, a ser organizada entre 28 de Fevereiro a 15 Março de 2020 na Galeria de Exposições da Casa Garden, com a curadoria de António Mil-Homens. Integrarão essa mostra também outras fotografias seleccionadas pelo júri, composto por nomes como Gonçalo Lobo Pinheiro, presidente e fotojornalista com 18 anos de carreira, Eduardo Leal, fotógrafo documental e professor visitante na Universidade de São José, Eduardo Martins, fotógrafo do jornal Ponto Final, Gonçalo Delgado e José Sérgio, fotógrafo freelancer. Integra também o júri o fotógrafo Pereira Lopes.

12 Nov 2019

Travessa da Paixão | IC diz que casos de grafítis são diferentes 

[dropcap]L[/dropcap]eong Wai Man, vice-presidente do Instituto Cultural (IC) referiu, citada pelo jornal Exmoo News, que os dois casos de grafítis feitos na Travessa da Paixão são distintos, o que originou diferentes procedimentos por parte das autoridades.

O segundo grafíti foi feito num edifício classificado como património cultural, estando em causa uma violação da Lei de Salvaguarda do Património Cultural, explicou a responsável, o que obrigou o autor do grafíti, um estudante, a apresentar-se ao Ministério Público, estando detido e acusado do crime de dano. No que diz respeito ao primeiro caso de grafíti, feito por Mário Ho, filho de Angela Leong, o edifício em causa não está classificado como património, disse Leong Wai Man.

Desta forma, apenas os proprietários poderão apresentar queixa contra o autor do grafíti. A vice-presidente do IC adiantou que serão instaladas etiquetas para que os turistas possam distinguir quais são os edifícios classificados como património cultural.

Os casos dos grafítis está a gerar debate nas redes sociais, por se considerar que houve diferentes procedimentos adoptados pelas autoridades. A Polícia Judiciária assegurou que executa a lei de forma imparcial.

12 Nov 2019

Travessa da Paixão | IC diz que casos de grafítis são diferentes 

[dropcap]L[/dropcap]eong Wai Man, vice-presidente do Instituto Cultural (IC) referiu, citada pelo jornal Exmoo News, que os dois casos de grafítis feitos na Travessa da Paixão são distintos, o que originou diferentes procedimentos por parte das autoridades.
O segundo grafíti foi feito num edifício classificado como património cultural, estando em causa uma violação da Lei de Salvaguarda do Património Cultural, explicou a responsável, o que obrigou o autor do grafíti, um estudante, a apresentar-se ao Ministério Público, estando detido e acusado do crime de dano. No que diz respeito ao primeiro caso de grafíti, feito por Mário Ho, filho de Angela Leong, o edifício em causa não está classificado como património, disse Leong Wai Man.
Desta forma, apenas os proprietários poderão apresentar queixa contra o autor do grafíti. A vice-presidente do IC adiantou que serão instaladas etiquetas para que os turistas possam distinguir quais são os edifícios classificados como património cultural.
Os casos dos grafítis está a gerar debate nas redes sociais, por se considerar que houve diferentes procedimentos adoptados pelas autoridades. A Polícia Judiciária assegurou que executa a lei de forma imparcial.

12 Nov 2019

Corrupção | Turista entra com montante ilegal após suborno

[dropcap]D[/dropcap]e acordo com o canal chinês da Rádio Macau, um inspector alfandegário aceitou um suborno feito por guarda prisional, para permitir a entrada de um turista na RAEM, com um montante superior ao definido por lei, fixado em 120 mil patacas.

Originalmente condenado em primeira instância a quatro meses de prisão pelo crime de corrupção, o guarda prisional acabaria por vir a ser condenado a um ano de prisão pela segunda instância. Por outro lado, enquanto a primeira instância tinha absolvido o inspector alfandegário do crime imputado, a segunda instância acabaria por considerar que o inspector também cometeu o crime de corrupção, tendo sido condenado a dois anos de prisão. O caso foi descoberto pelo Comissariado contra a Corrupção (CCAC) em 2015.

12 Nov 2019