Dois grupos de Portugal participam no Desfile Internacional de Macau

[dropcap]P[/dropcap]ortugal e Angola vão marcar presença entre 80 grupos artísticos que participam no Desfile Internacional de Macau, em Dezembro, cuja edição assinala o 20.º aniversário da região administrativa especial chinesa, anunciou ontem a organização. “O Desfile deste ano apresenta 80 grupos artísticos, incluindo cerca de 1.800 artistas em 61 grupos locais, e 19 grupos dos países e regiões ao longo da iniciativa ‘uma Faixa, uma Rota'”, afirmou a presidente do Instituto Cultural (IC) de Macau, Mok Ian Ian, em conferência de imprensa.

Em 8 de Dezembro, grupos dos cinco continentes vão mostrar “as suas culturas únicas, celebrando o 20.º aniversário da transferência de administração de Portugal para a China”, disse a responsável, acrescentando que “desde 2015, esta é a edição com maior número de grupos performativos”.

No desfile, a Associação Tradições e a Portugal Artfusion vão apresentar a história dos produtores de chá portugueses, em cima de andas, enquanto Angola está representada pelo Grupo Tradicional Música e Bailado Angolano Jovens do Hungo. Já o grupo do Quénia mostra acrobacias, o da Rússia robôs saltadores, e o de Itália anjos flutuantes. A dança do dragão humano, uma das primeiras artes performativas da província de Guangdong (sul) a ser incluída na lista do património cultural imaterial da China, em que um grupo de adultos e crianças dançam em conjunto formando um dragão gigante, estará a cargo de artistas de Zhanjiang.

Ucrânia, Polónia, Bielorrússia, Hungria, Chile, Chipre, Nova Zelândia, Myanmar, Tailândia e Hong Kong são alguns dos países com grupos participantes na nona edição do desfile internacional de Macau, organizado pelo IC e co-organizado pelos Serviços de Turismo, Instituto do Desporto e Instituto para os Assuntos Municipais, entre outros. A partir do final deste mês, “mais de 20 actividades a realizar junto da comunidade”, como actuações em bairros, ‘workshops’, palestras em escolas, entre outros, vão apresentar a “diversidade cultural da série de actuações” e permitir que “residentes e turistas interajam com os grupos artísticos”, disse Mok Ian Ian.

O desfile parte das Ruínas de São Paulo atravessa várias ruas do centro histórico da cidade, passa pelo largo do Senado e avenida panorâmica do lago Nam Van, e termina na praça do lago Sai Van, onde terá lugar um espectáculo de fogo de artifício. A presidente do IC indicou que o orçamento do desfile é de 18,2 milhões de patacas, mais quatro por cento comparativamente ao ano anterior.

15 Nov 2019

Albergue SCM | Exposição de Raquel Gralheiro inaugurada em Nanjing  

Chama-se “O Meu Zodíaco Chinês” e é o nome dado à exposição de Raquel Gralheiro organizada pelo Albergue SCM no museu da escola de artes da Universidade Normal de Nanjing. Um total de 25 obras, já expostas na primeira Bienal de Artistas Mulheres de Macau, serão reveladas ao público chinês

 

[dropcap]O[/dropcap] museu da Escola de Artes da Universidade Normal de Nanjing, na China, recebe a partir de hoje a exposição de Raquel Gralheiro, intitulada “O Meu Zodíaco Chinês”, uma iniciativa organizada pelo Albergue da Santa Casa da Misericórdia de Macau. Ao todo serão expostos 25 trabalhos da artista portuguesa, obras essas que já estiveram no Albergue SCM a propósito da primeira edição da Bienal de Mulheres Artistas de Macau.

De acordo com um comunicado, a inauguração desta exposição em Nanjing é resultado de uma “cooperação cultural e de intercâmbio com a China, que visa introduzir uma diversidade cultural e experiências visuais ao público do continente”.

Numa entrevista concedida ao jornal Ponto Final, aquando da exposição no território, a artista explicou que a “principal mensagem do trabalho é sempre o optimismo, o positivismo”, bem como “as relações fluídas, a boa sorte, a paz, a alegria, a força das cores puras”. “O que eu desejo para mim e para o mundo em geral é isso: paz, sorrisos e boa energia”, acrescentou.

A exposição em Nanjing integra um total de 13 pinturas, sendo que 12 delas dizem respeito aos signos do Zodíaco chinês. Há também uma tela de dimensões maiores onde estarão reunidos os 12 animais do horóscopo chinês acompanhados de um ser humano.

Ao Jornal Tribuna de Macau, Raquel Gralheiro destacou ainda o facto de, nestas obras, “a figura feminina estar em destaque”. “Nem sempre pintei mulheres, também tenho pinturas com homens, mas ultimamente tem aparecido sempre a figura feminina, talvez porque é a minha condição. Só sei ser mulher e estar no mundo como mulher”, adiantou.

Raquel Gralheiro disse ter lido muitas coisas sobre os signos chineses e o significado dos seus diversos elementos. “Uma das obras tem medalhas douradas, como se fossem as moedas ou as fichas no casino. Também há muitas formas arredondadas”.

Um lado oriental

Raquel Gralheiro nasceu em Viseu, mas foi no Porto que se formou em pintura e desenho artístico. O seu trabalho já passou por vários países, mas a curiosidade sobre Macau sempre existiu.

“Há a vontade de passar por todo o lado onde estiveram portugueses. Já expus no Brasil várias vezes, em Moçambique e Cabo Verde em intercâmbios culturais. Existe essa curiosidade de ver o que deixamos para trás”, referiu ao Jornal Tribuna de Macau.

O trabalho agora exposto em Nanjing nasceu de um convite feito à artista, disse à mesma publicação. “Há uns anos fui convidada para o Ano Novo Chinês no Porto, o Ano do Cavalo, e pensei que podia continuar”, referiu, notando que o seu “trabalho tem muito de Oriente” e na altura dessa exposição já alguns quadros com animais dos signos. Por outro lado, as cores que usa “também têm muito da cultura oriental”. “Quando comecei a observar o meu portfólio percebi as semelhanças”, declarou.

15 Nov 2019

Serviços de Saúde alertam para aumento de atestados de doença falsos

[dropcap]O[/dropcap]s Serviços de Saúde (SS) alertaram para o crescente número de falsos atestados de doença e avisaram os profissionais de saúde que incorrem no crime de falsificação de documentos.

“Os SS têm identificado um crescente número de preenchimentos inapropriados do Modelo M/7, emitindo atestados médicos ou certificados médicos falsos por médicos de alguns estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde, farmácias chinesas e clínicas”, pode ler-se num comunicado divulgado na noite de quarta-feira. “Caso um prestador de cuidados de saúde emita documentos médicos ou recibo de modelo M/7 falsos, poderá este incorrer na falsificação de documentos ou falsificação de documentos comprovativos”, acrescenta-se na mesma nota.

As autoridades indicaram ainda que “foram identificadas recentemente pela Polícia Judiciária [PJ] duas farmácias chinesas das zonas de Areia Preta e São Lourenço, que alegadamente falsificavam o modelo M/7 para defraudar companhias seguradoras”.

Ao mesmo tempo, detectou-se que uma farmácia chinesa de venda de ginseng “falsificava registos de consulta em cooperação com uma clínica ocidental, sem que houvesse um atendimento médico presencial, permitindo aos clientes adquirir ingredientes chineses em troca de vales de saúde no valor de cerca de 160.000 patacas.

Jogar pelo seguro

O caso foi denunciado por uma seguradora aos SS do território por suspeitas de falsificação dos modelos M/7 e recibos médicos em conjunto com os trabalhadores de casino, numa tentativa de se defraudar o valor do seguro, apontaram as autoridades.

Os SS apresentaram queixas ao Ministério Público e o caso foi posteriormente remetido para investigação da PJ. “Os Serviços de Saúde apelam novamente ao sector médico para que cumpra os deveres profissionais e responsabilidades de gestão. Quer profissionais de saúde, quer cidadãos, não devem tentar desafiar a lei por interesses ilegítimos, pois poderá ter de assumir responsabilidade penal”, sublinha-se no comunicado.

15 Nov 2019

Edifício STDM | Moradores pedem investigação do CCAC sobre terreno

[dropcap]O[/dropcap] deputado Sulu Sou acompanhou os moradores do edifício da STDM no Bairro de Toi San no pedido ao CCAC para investigar a transferência de concessão do terreno por arrendamento entre a Sociedade de Turismo e Diversões de Macau, S.A. (STDM) e a Companhia de Desenvolvimento Predial Lek Hang. Os moradores entendem que a nova empresa tem a obrigação de os realojar

O edifício Moradias Económicas (edifício STDM) tem nas suas fundações um acordo com histórico entre a Sociedade de Turismo e Diversões de Macau, S.A. (STDM) e a, à altura, a Administração portuguesa, em plena década de 1960. As pessoas foram realojadas no prédio sito na Rua central de Toi San, junto ao Bairro Tamagnini Barbosa, para dar lugar ao icónico casino, mas também foi criado um problema jurídico que ontem bateu à porta do Comissariado contra a Corrupção.
Acompanhados pelo deputado Sulu Sou, membros da associação de moradores do edifício STDM deslocaram-se ontem ao CCAC para pedir uma investigação à transferência de concessão do terreno.

Em Dezembro de 2017, STDM transferiu o contrato de concessão do terreno à Lek Hang. A partir daí, a planta de condições urbanísticas do terreno em causa foi entregue várias vezes à Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), com a intenção de reconstruir o edifício, motivo pelo qual os moradores pretendem ser realojados, temendo ficar sem casa onde viver. Uma vez que a Lek Hang não acorreu ao pedido dos inquilinos quanto ao realojamento, as preocupações levaram-nos a pedir ontem a intervenção do CCAC.

Sulu Sou entende que a planta do terreno não tem condições para ser avaliada pelo Conselho do Planeamento Urbanístico (CPU), dado que a DSSOPT não estudou profundamente o problema, sobretudo em termos de responsabilidade de realojamento.
Importa referir que em Março do ano passado, a planta de condições urbanísticas do terreno do edifício não foi discutida no CPU, dado que “ainda há problemas históricos que precisam de ser esclarecidos”, revelou o Director da DSSOPT, Li Canfeng, à altura.

Com barbas

Desde o início do projecto de habitação pública programado originalmente para ser concluído em 2012, as condições estruturais do edifício STDM degradaram-se, apresentando fissuras e uma inclinação por ter ficado ensanduichado entre outros dois de habitação pública.

Um dos moradores do edifício STDM, de apelido Chio, revelou ao HM que a fissura dava para meter os dedos antes da construção dos prédios vizinhos, mas agora, já “dá para meter a mão toda”, frisou o residente. Além disso, Chio salientou que há também queda de betão quando veículos pesados passam na rua.

Outro residente do edifício de apelido Choi salienta que não querem “milhões de patacas e uma casa de luxo”, mas que só estão a pedir que lhes seja garantido o direito de realojamento estabelecido no contrato celebrado na década de 1960.

A moradora de apelido Au Ieong revelou ao HM que depois da compra da Companhia Lek Hang, é frequente avistar “pessoas estranhas em apartamentos onde ninguém vive, que pintam portas e paredes do edifício”. Ocorrência que a empresa não discute com os moradores. I.N. e J.L.

15 Nov 2019

Novos aterros | Questionada redução do número de casas disponíveis

[dropcap]O[/dropcap] deputado Leong Sun Iok questiona o Governo sobre o número de casas disponíveis no novo concurso para habitação económica. De acordo com o Jornal do Cidadão, o deputado ligado à Federação das Associações dos Operários de Macau defende que o Governo deve explicar a razão pela qual só há 3011 apartamentos em vez de 4000, dentro dos quais um quarto dessas casas é de tipologia T1. Estes números dizem respeito ao novo concurso anunciado pelo Chefe do Executivo, Chui Sai On.

O deputado lembra que esta não é a primeira vez que o Governo reduz o número de apartamentos disponíveis a concurso, apontando que o plano original para o empreendimento habitacional da avenida Wai Long previa a construção de oito mil apartamentos de habitação económica e não de seis mil.

O deputado aponta que esta redução gera preocupações junto da sociedade no que diz respeito ao planeamento da zona A dos Novos Aterros. Além disso, Leong Sun Iok acredita que este novo concurso anunciado por Chui Sai On só serve para o governante cumprir uma promessa, mas não constitui uma solução, uma vez que os candidatos nos concursos de 2003 e 2005 só agora receberam as suas casas. Leong Sun Iok acredita que os atrasos no processo de construção de habitação pública vão causar pressão ao próximo Executivo, liderado por Ho Iat Seng.

15 Nov 2019

Habitação económica | Lei espera por contributo do novo Governo

Com o anúncio de novas candidaturas no horizonte e a pouco mais de um mês da entrada em funções do Executivo de Ho Iat Seng, a 1ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa (AL), presidida por Ho Ion Sang, vê o adiamento da discussão acerca da alteração da lei da habitação económica como uma “oportunidade de melhoria e de integração das ideias do novo Governo”. No entanto, segundo Ho Ion Sang, há ainda problemas cruciais por resolver no texto apresentado pelo Governo

 

[dropcap]A[/dropcap] alteração da lei da habitação económica deverá acontecer somente após a entrada em vigor do novo Governo. “É difícil conseguir desenvolver a proposta de lei até ao final do mês”, afirmou ontem Ho Ion Sang, por ocasião da reunião da 1ª Comissão Permanente da AL, à qual presidiu, sobre o texto de trabalho apresentado pelo Governo acerca da lei da habitação económica.

Afirmando que há questões que carecem ainda de maior análise, Ho Ion Sang aponta mesmo para que a proposta de lei em debate entre já em vigor para o novo concurso, anunciado pelo ainda Chefe do Executivo, Chui Sai On, que prometeu a abertura de inscrições de candidatura a habitação económica na Zona A dos novos aterros.

“Falta pouco mais de um mês para terminar este mandato e o Governo só apresentou um texto de trabalho. Como o Chefe do Executivo anunciou recentemente que vão ser abertas novas candidaturas, o que esta comissão quer é que esta proposta de lei entre já em vigor para o novo concurso de habitação económica”, apontou Ho Ion Sang.

Sobre o possível compasso de espera que não permite “discutir uma solução agora”, o presidente da 1ª Comissão Permanente da AL vê uma oportunidade para aplicar melhorias ao diploma.

“Se a nova proposta conseguir reflectir as ideias do novo Governo no campo da habitação pública, então acho que ainda vai ser melhor. Depois de o actual Governo receber as nossas opiniões vai saber comunicar com o próximo Executivo”, acrescentou.

Questões pendentes

Ho Ion Sang afirmou, contudo, que “o texto apresentado pelo Governo contém ainda problemas cruciais que não foram resolvidos”, como a questão da idade mínima de candidatura, fixada em 25 anos.

Por considerar que a idade mínima estabelecida deixa de fora uma fatia importante da população, a comissão considerou também que “o Governo deve apresentar fundamentos sobre a consagração da idade de 25 anos”. Isto apesar das cedências feitas pelo Governo no sentido de permitir que existam candidatos a partir dos 23 anos, desde que justifiquem a sua necessidade, e a partir dos 18 anos, no caso de serem orfãos.

Outro tema que preocupa a comissão, é a questão dos preços, que para o presidente da 1ª comissão permanente da AL, continua a não ter uma “solução definitiva”. “Antes existiam soluções de acordo com a capacidade de compra mas, segundo esta nova versão de trabalho, o Governo está a pensar em soluções para o cálculo da venda. Por exemplo, será que os futuros preços serão calculados com base no custo de construção ou no prémio do terreno?

A última questão apresentada pela comissão prende-se com a revenda e os seus moldes. Ho Ion Sang afirmou que é necessário admitir que os proprietários de habitações económicas possam ter “a oportunidade de se candidatar a uma nova habitação após a revenda da sua fracção”. Isto porque, transmitiu Ho Ion Sang, “segundo a lei vigente os proprietários não têm essa oportunidade” e ao longo da vida existem necessidades diferentes, provocadas por exemplo, pelo nascimento de filhos ou a alteração do estado civil. PEDRO AREDE

15 Nov 2019

China encoraja cooperação internacional no espaço com teste de aterragem em Marte

[dropcap]A[/dropcap] China convidou hoje observadores internacionais a assistirem a um teste do seu módulo de aterragem em Marte, à medida que o país apela a uma inclusão global em projectos espaciais.

Tratou-se da “primeira aparição pública da missão de exploração chinesa de Marte, e uma medida importante para Pequim avançar pragmaticamente com as trocas e cooperação internacionais espaciais”, apontou em comunicado a Administração Espacial Nacional da China. Os convidados para o evento vieram de 19 países e incluíram os embaixadores do Brasil, França e Itália.

A demonstração das capacidades para pairar, evitar obstáculos e desacelerar foi realizada num local fora de Pequim que simula as condições no Planeta Vermelho, onde a força da gravidade é cerca de um terço do nível da Terra.

A China planeia lançar uma sonda e um veículo de exploração para Marte, no próximo ano, visando explorar detalhadamente partes diferentes do planeta.

O programa espacial chinês alcançou um marco no início deste ano ao pousar uma sonda no lado oculto da lua, o hemisfério lunar que não pode ser visto da Terra. Desde a sua primeira missão tripulada, em 2003, o programa chinês desenvolveu-se rapidamente e tem procurado cooperar com agências espaciais da Europa e de outros lugares.

Os Estados Unidos, no entanto, interditaram a maior parte da cooperação espacial com a China, alegando motivos de segurança nacional e impediram a China de participar na Estação Espacial Internacional.

14 Nov 2019

Empresas chinesas interessadas em fornecer material circulante a Portugal, diz Pedro Nuno Santos

[dropcap]O[/dropcap] investimento na renovação de material circulante, sobretudo nos metros de Lisboa e Porto, está a atrair empresas chinesas, revelou hoje o ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos.

Num discurso durante a 6.ª Gala da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa, no Casino Estoril, o governante falou dos planos para as áreas que tutela, referindo que, no caso da ferrovia, “o investimento passa necessariamente pela renovação do material circulante”.

“Esta é uma oportunidade à qual as empresas chinesas já estão a responder, em particular para os metros de Lisboa e do Porto, e desejamos que assim o possam continuar a fazer”, declarou.

Pedro Nuno Santos disse ainda que “o investimento que Portugal já está a fazer na modernização e na expansão da rede ferroviária nacional tem de representar uma oportunidade para recuperar a sua capacidade industrial de material circulante ferroviário”.

Segundo o governante, o executivo está aberto “à criação de parcerias tecnológicas com empresas chinesas que operem neste sector, atraindo investimento, partilhando conhecimento e honrando os 40 anos de relações diplomáticas” entre os dois países”.

O ministro recordou que o executivo está “a trabalhar numa versão actualizada do documento estruturante das opções de investimento para a próxima década”, o Programa Nacional de Investimentos, que “dará prioridade ao transporte ferroviário”.

 

14 Nov 2019

Brasil e China assinam acordos em áreas como agricultura e saúde

[dropcap]O[/dropcap] Brasil e a China assinaram esta quarta-feira, em Brasília, acordos e memorandos de entendimento nas áreas de política, economia, comércio, agricultura, inspecção sanitária, transporte, saúde e cultura, segundo o Governo brasileiro.

O Presidente chinês, Xi Jinping, está em Brasília, capital brasileira, para participar na 11.ª Reunião do BRICS (bloco formado pelo Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul) e reuniu-se com o seu homólogo brasileiro, Jair Bolsonaro, no Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores.

Entre os acordos assinados está um plano de acção para a cooperação agrícola e protocolos sanitários para a exportação de melões brasileiros para a China e importação de peras chinesas pelo Brasil. No sector dos transportes foi assinado memorando de entendimento para a partilha de boas práticas, políticas públicas e estratégias para o seu desenvolvimento.

O Ministério da Saúde e a Administração Nacional de Medicina Tradicional Chinesa também pretendem estabelecer uma cooperação ampla no campo de saúde, com foco em medicina tradicional, complementar e integrada, segundo a agência Brasil.

“A China é o nosso primeiro parceiro comercial. Juntamente com toda a minha equipa, bem como com o empresariado brasileiro, queremos mais do que ampliar, queremos diversificar as nossas relações comerciais. (…) A China faz cada vez mais parte do futuro do Brasil”, afirmou Jair Bolsonaro.

Já o líder chinês declarou ter plena confiança no futuro do Brasil, frisando a necessidade de aumentar o comércio e a cooperação em áreas como a agricultura, energia, mineração, óleo e gás, ciência e tecnologia e investimentos através do Programa de Parcerias de Investimento.

“A China avalia como positivos os esforços do Governo Brasileiro para promover o desenvolvimento socioeconómico do país. Decidimos juntos que continuaremos a intensificar o contacto, aprofundando a confiança mútua e vamos aumentar e melhorar o comércio e investimentos”, afirmou Xi Jinping.

Este foi o segundo encontro entre os dois chefes de Estado em menos de um mês. No final de Outubro, Jair Bolsonaro foi recebido por Xi Jinping em Pequim, capital chinesa. Na ocasião, foram assinados oito acordos nas áreas do ensino superior, agricultura e energia.

A China é o maior parceiro comercial do Brasil, sendo os minérios, petróleo e produtos agrícolas as matérias-primas que o mercado chinês mais compra ao Brasil.

O ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes, afirmou hoje que o Governo brasileiro tem intenção de formar uma área de livre comércio com a China.

“Estamos a conversar com a China sobre a possibilidade de considerarmos uma ‘free trade area’ [área de livre comércio]. Estamos a procurar um alto nível de integração. É uma decisão. Queremos integrar-nos nas cadeias globais. Perdemos tempo demais, temos pressa”, afirmou o ministro, num seminário dos BRICS, em Brasília.

14 Nov 2019

Hong Kong | Manhã marcada por corte de vias e lançamento de gás lacrimogéneo sobre manifestantes

[dropcap]O[/dropcap] corte de importantes estradas e o disparo de gás lacrimogéneo sobre manifestantes marcaram a manhã em Hong Kong, no quarto dia seguido de confrontos violentos que começaram com uma greve geral convocada para segunda-feira.

Pouco depois das 07:00, grupos de manifestantes bloquearam o túnel que liga a ilha de Hong Kong ao continente, enquanto uma outra importante via, a de Tolo, que liga várias áreas da periferia, permanece cortada desde a noite de quarta-feira.

A ponte número 2 dessa rodovia está localizada ao lado da Universidade Chinesa de Hong Kong, onde foram registados os confrontos mais violentos nos últimos dias e onde numerosos estudantes permanecem entrincheirados, construindo barricadas e armazenando bombas incendiárias.

A associação estudantil daquela universidade tentou ontem obter uma ordem judicial para impedir que a polícia anti-motim entre novamente no campus, mas o tribunal rejeitou a reivindicação. Por outro lado há uma centena de estudantes barricados na Universidade Politécnica, que anunciou ontem que suspendeu as aulas até ao fim da semana por razões de segurança.

Dada a situação, as autoridades de educação da cidade decidiram cancelar hoje os dias lectivos em todos os jardins de infância, escolas primárias e secundárias e centros especiais até segunda-feira.

Os ‘media’ locais indicaram que há a registar pelo menos dois feridos graves na quarta-feira: um trabalhador de um departamento do Governo, que foi atingido na cabeça por um objecto supostamente lançado por manifestantes, e um jovem de 15 anos que foi também atingido na cabeça por uma granada de gás lacrimogéneo. Ambos permanecem em estado grave.

Estes dois casos fazem crescer o saldo de feridos graves: um jovem de 21 anos que foi baleado por um polícia de trânsito na segunda-feira e um homem de 57 anos que, no mesmo dia, foi incendiado por um manifestante após uma discussão política.

Além disso, a polícia encontrou na quarta-feira à noite, um homem de 30 anos morto, vestido de preto, a cor usual dos manifestantes, supostamente após ter caído de um prédio.

O jornal de Hong Kong South China Morning Post noticiou hoje que a chefe do Governo local, Carrie Lam, reuniu-se na quarta-feira à noite com altos funcionários do Governo para discutir se as eleições para os conselhos distritais, programadas para dia 24, devem ser adiadas, não existindo para já uma comunicação oficial das autoridades sobre o assunto.

As manifestações em Hong Kong começaram em Junho, após uma proposta de emendas a uma lei de extradição, já retirado pelo Governo, mas que espoletou em um movimento que exige uma reforma dos mecanismos democráticos de Hong Kong e uma oposição à crescente interferência de Pequim.

No entanto, alguns manifestantes optaram por tácticas mais radicais do que protestos pacíficos e confrontos violentos com a polícia tornaram-se habituais nas ruas de Hong Kong.

14 Nov 2019

Kevin Ho assina acordo de gestão de hotel na ex-sede do Jornal de Notícias

[dropcap]O[/dropcap] empresário de Macau Kevin Ho afirmou hoje ter assinado um acordo de gestão com o grupo Marriott para gerir um novo hotel, que vai ocupar o antigo edifício do Jornal de Notícias, no Porto.

“Foi assinado um contrato de gestão com uma das marcas do grupo, a Marriott Autograph Collection, mas o nome será outro”, afirmou o também vice-presidente do grupo de comunicação social Global Media à Lusa, sobre o novo projeto hoteleiro com mais de 200 quartos.

“O montante total do investimento, incluindo a compra do edifício e a renovação, vai rondar os 30 milhões de euros”, disse. A notícia foi avançada na terça-feira pelo portal Macau News Agency.

O empresário e proprietário, juntamente com outros sócios, adiantou que vão ser contratadas “equipas de arquitetos e de engenheiros, todas portuguesas”, para desenvolverem os trabalhos de reconversão do edifício.

Kevin Ho acrescentou que o nome do novo hotel vai ser “Journal Hotel” e foi escolhido “por equipas de marca e de ‘design’”, numa alusão à história do edifício.

“Pareceu-nos ser o melhor nome para representar o edifício, a história e a cidade”, sublinhou.
Em relação ao condomínio residencial de luxo, previsto para a Foz do Douro, Kevin Ho disse que “estão a ser pedidas diferentes licenças e autorizações” à câmara municipal do Porto, sem avançar o valor do projeto.

Sobre o projeto de desenvolvimento de uma incubadora de ‘startups’ em Vila Nova de Gaia, assinado entre o município e a Câmara de Comércio de Macau, no ano passado, o empresário adiantou estar “ainda na fase inicial”.

A futura incubadora pretende reunir ‘startups’ portuguesas e da província de Guangdong, mas os dois lados continuam a “procurar a melhor abordagem para o projeto”, que poderá incluir “talvez a colaboração da Universidade do Porto e outras instituições”, indicou.

Em 2017, Kevin Ho, através da KNJ Investment, adquiriu 30% da Global Media, dona do Diário de Notícias (DN), Jornal de Notícias (JN), TSF e Dinheiro Vivo, entre outros, num investimento de 15 milhões de euros.

Em outubro último, o BCP vendeu a totalidade da participação de 10,5% que detinha naquele grupo, “em partes iguais a dois acionistas de referência da Global Media Group”, sem indicar quais. Os principais acionistas da Global Media são, além da KNJ, o empresário José Pedro Soeiro.

14 Nov 2019

Hong Kong | Estudantes do continente retirados da cidade

[dropcap]E[/dropcap]studantes universitários oriundos do continente estão a ser retirados de Hong Kong, numa altura em que a região é palco de confrontos cada vez mais violentos entre manifestantes antigovernamentais e a polícia.

Pelo terceiro dia consecutivo, manifestantes causaram interrupções no serviço ferroviário, bloquearam ruas e ocuparam o centro financeiro da cidade. Os confrontos, que só na segunda-feira causaram 128 feridos e mais de 260 detenções, alargaram-se, entretanto, a alguns campus universitários.

As autoridades disseram que a polícia marítima usou um barco para ajudar um grupo de estudantes do continente a deixar a Universidade Chinesa de Hong Kong, que permaneceu barricada por manifestantes após confrontos violentos com a polícia na terça-feira.

Segundo o jornal chinês Beijing Evening News, estudantes do continente dizem que os seus dormitórios foram invadidos e que foram pintados insultos nas paredes.
Muitos estão a beneficiar de um programa que oferece uma semana de acomodação grátis em hotéis e albergues de Shenzhen.

Várias estações de metropolitano e de comboio foram encerradas depois de os manifestantes antigovernamentais terem bloqueado as entradas e vandalizado as instalações.

O Departamento de Educação de Hong Kong disse inicialmente que os pais podiam escolher se manteriam os filhos em casa, mas acabou por suspender as aulas nas escolas primárias e secundárias.

Pelo menos 11 instituições de ensino superior anunciaram que as aulas estão suspensas, de acordo com a emissora de Hong Kong RTHK. Descrevendo a situação como desanimadora, a agência apelou para “as crianças em idade escolar ficarem em casa, não saírem à rua, ficarem longe do perigo e não participarem em actividades ilegais”.

Violência à solta

Na Universidade Chinesa de Hong Kong, estudantes e outros preparavam-se para confrontos com a polícia. Bombas e cocktails Molotov iluminaram partes do campus na noite anterior, enquanto a polícia lançava gás lacrimogéneo e disparava balas de borracha contra os manifestantes.
Grupos de polícia de choque foram mobilizados para o centro de Hong Kong e territórios periféricos para tentar conter a violência.

Nos arredores da metrópole, muitos estudantes universitários estavam armados com bombas incendiárias, enquanto outros carregavam arcos e flechas.

14 Nov 2019

Cinema | Sound & Image Challenge exibe película sobre comunidade macaense 

Chama-se “Macaenses – An odyssey” e é o documentário da autoria de António Pinto Marques que será exibido na edição deste ano do festival de curtas-metragens Sound & Image Challenge, em Dezembro. O cartaz, que celebra dez anos de existência, conta ainda com outros filmes realizados em Macau e que venceram a competição nos últimos anos

 

[dropcap]A[/dropcap] décima edição do festival de curtas-metragens Sound & Image Challenge, organizado pela Creative Macau, decorre entre os dias 3 e 10 de Dezembro e celebra os dez anos de existência de uma iniciativa que visa mostrar o que de melhor se faz ao nível de curtas-metragens em Macau, mas não só.

O cartaz deste ano faz uma retrospectiva às produções que foram ganhando a competição nos últimos anos, dando destaque aos projectos desenvolvidos em Macau. Na secção de documentários, de salientar a exibição de “Macaenses – An Odyssey”, de António Pinto Marques, no dia 4 de Dezembro.

Este filme, com pouco mais de 28 minutos de duração, foi feito o ano passado e relata a história da comunidade macaense na diáspora, neste caso na América do Norte. O documentário contém diversas entrevistas feitas a macaenses que há muito deixaram a sua terra natal, resultado de diversos fluxos migratórios que se sucederam após a Guerra do Ópio e o Tratado de Nanjing, em 1842. Ao longo dos anos, a comunidade macaense tem emigrado, sobretudo para a Austrália, Portugal, Canadá, Brasil ou Estados Unidos, reagindo a cenários económicos ou políticos menos favoráveis.

O realizador, António Pinto Marques, fez os seus estudos na London School of Film, tendo trabalhado no documentário “The World at War” para a BBC, considerado “uma inovadora série documental” de 26 episódios narrados pelo actor Lawrence Oliver sobre a II Guerra Mundial.

O programa inclui também o documentário “Histórias de Lobos”, realizado em Portugal por Agnes Meng, em 2018. Em cerca de 22 minutos conta-se a história da localidade de Pitões das Junias, onde os poucos habitantes convivem com lobos em plena montanha. Agnes Meng estudou na Universidade Tsinghua, em Pequim. O público poderá também ver documentários realizados na Índia, Irão, Indonésia e Turquia, entre outros.

Pequenos de Macau

O Sound & Image Challenge mostra também as curtas-metragens realizadas em Macau e que se revelaram vencedoras em competições anteriores. É o caso de “Motivation”, do realizador português António Caetano de Faria, que faz parte do conjunto de produções vencedoras entre 2012 e 2013, juntamente com “Drugs are Good”, de Kenny Leong, ou “The Facebookers of Macau”, de Óright. Estes filmes serão exibidos na tarde do dia 4 de Dezembro, entre outras produções estrangeiras.

O festival inclui também a secção “Cinema Expandido”, que também a 4 de Dezembro, às 19h00, exibe o documentário “Bijagó, o Tesouro Sagrado”, de Domingos Sanca, da Guiné-Bissau. Esta produção, feita em 2018, conta a tradição da ilha de Canhabaque, na Guiné-Bissau, onde os homens são obrigados a separar-se das suas mulheres por questões rituais, o que causa um enorme sofrimento às mulheres da ilha devido a estas práticas ancestrais.

Domingos Sanca estudou cinema em Cuba e já realizou diversos documentários, com presença em vários festivais internacionais.

Todos os filmes são exibidos no Teatro D.Pedro V. No dia 3 de Dezembro, dia de arranque do festival, haverá um concerto da banda da Casa de Portugal em Macau, a partir das 17h30.

14 Nov 2019

Cinema | Sound & Image Challenge exibe película sobre comunidade macaense 

Chama-se “Macaenses – An odyssey” e é o documentário da autoria de António Pinto Marques que será exibido na edição deste ano do festival de curtas-metragens Sound & Image Challenge, em Dezembro. O cartaz, que celebra dez anos de existência, conta ainda com outros filmes realizados em Macau e que venceram a competição nos últimos anos

 
[dropcap]A[/dropcap] décima edição do festival de curtas-metragens Sound & Image Challenge, organizado pela Creative Macau, decorre entre os dias 3 e 10 de Dezembro e celebra os dez anos de existência de uma iniciativa que visa mostrar o que de melhor se faz ao nível de curtas-metragens em Macau, mas não só.
O cartaz deste ano faz uma retrospectiva às produções que foram ganhando a competição nos últimos anos, dando destaque aos projectos desenvolvidos em Macau. Na secção de documentários, de salientar a exibição de “Macaenses – An Odyssey”, de António Pinto Marques, no dia 4 de Dezembro.
Este filme, com pouco mais de 28 minutos de duração, foi feito o ano passado e relata a história da comunidade macaense na diáspora, neste caso na América do Norte. O documentário contém diversas entrevistas feitas a macaenses que há muito deixaram a sua terra natal, resultado de diversos fluxos migratórios que se sucederam após a Guerra do Ópio e o Tratado de Nanjing, em 1842. Ao longo dos anos, a comunidade macaense tem emigrado, sobretudo para a Austrália, Portugal, Canadá, Brasil ou Estados Unidos, reagindo a cenários económicos ou políticos menos favoráveis.
O realizador, António Pinto Marques, fez os seus estudos na London School of Film, tendo trabalhado no documentário “The World at War” para a BBC, considerado “uma inovadora série documental” de 26 episódios narrados pelo actor Lawrence Oliver sobre a II Guerra Mundial.
O programa inclui também o documentário “Histórias de Lobos”, realizado em Portugal por Agnes Meng, em 2018. Em cerca de 22 minutos conta-se a história da localidade de Pitões das Junias, onde os poucos habitantes convivem com lobos em plena montanha. Agnes Meng estudou na Universidade Tsinghua, em Pequim. O público poderá também ver documentários realizados na Índia, Irão, Indonésia e Turquia, entre outros.

Pequenos de Macau

O Sound & Image Challenge mostra também as curtas-metragens realizadas em Macau e que se revelaram vencedoras em competições anteriores. É o caso de “Motivation”, do realizador português António Caetano de Faria, que faz parte do conjunto de produções vencedoras entre 2012 e 2013, juntamente com “Drugs are Good”, de Kenny Leong, ou “The Facebookers of Macau”, de Óright. Estes filmes serão exibidos na tarde do dia 4 de Dezembro, entre outras produções estrangeiras.
O festival inclui também a secção “Cinema Expandido”, que também a 4 de Dezembro, às 19h00, exibe o documentário “Bijagó, o Tesouro Sagrado”, de Domingos Sanca, da Guiné-Bissau. Esta produção, feita em 2018, conta a tradição da ilha de Canhabaque, na Guiné-Bissau, onde os homens são obrigados a separar-se das suas mulheres por questões rituais, o que causa um enorme sofrimento às mulheres da ilha devido a estas práticas ancestrais.
Domingos Sanca estudou cinema em Cuba e já realizou diversos documentários, com presença em vários festivais internacionais.
Todos os filmes são exibidos no Teatro D.Pedro V. No dia 3 de Dezembro, dia de arranque do festival, haverá um concerto da banda da Casa de Portugal em Macau, a partir das 17h30.

14 Nov 2019

Ensino | Pereira Coutinho pede mais medidas para materiais digitais

[dropcap]O[/dropcap] deputado José Pereira Coutinho interpelou o Governo sobre a necessidade de estabelecer mais medidas para a introdução de um maior número de materiais digitais nas escolas. Numa interpelação escrita, Pereira Coutinho disse que não basta o Fundo de Desenvolvimento Educativo (FDE), da responsabilidade da Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ), dar financiamento às escolas.

“A mera atribuição de subsídios por via do FDE para a aquisição de materiais didácticos electrónicos complementares é manifestamente insuficiente para acompanhar as políticas educacionais mais avançadas a nível mundial”, apontou o deputado, dando como exemplo os casos de Singapura ou alguns países do norte da Europa.

Nesse sentido, Coutinho questiona se as autoridades educativas “vão tomar como referência os países mais avançados na área educacional, nomeadamente Singapura, Finlândia, Holanda e Suíça, quanto ao uso de tecnologias nas salas de aula, possibilitando aos professores e alunos um massivo aumento de acesso à informação no sentido de melhorar e aumentar o ensino de qualidade”.

O deputado acredita ainda que os meios digitais podem também ser utilizados para “elevar os conhecimentos linguísticos pela via tecnológica, evitando que sejam contratados por exemplo, intérpretes-tradutores do interior da China, por, alegadamente, os cursos ministrados nas escolas e universidades locais não terem qualidade”.

14 Nov 2019

Lei dos Arquivos | Consulta pública começa esta sexta-feira

[dropcap]T[/dropcap]em início esta sexta-feira, dia 15, o processo de consulta pública relativo à revisão da lei dos arquivos. De acordo com um comunicado oficial emitido ontem pelo Instituto Cultural (IC), a consulta pública terá a duração de 30 dias.

O regime arquivístico em vigor data de 1989 e fixa as regras de selecção, conservação, eliminação, transferência e incorporação de documentos dos arquivos dos órgãos do Governo e dos serviços da Administração Pública. Além disso, o diploma prevê os elementos necessários para a classificação e gestão de arquivos privados, os prazos para acesso aos arquivos públicos, o processo de reprodução de documentos e o regime sancionatório.

O IC defende que, desde 1999, “o sistema político, as organizações governamentais, o ambiente económico e o enquadramento social diferenciam-se muito dos da época de elaboração do referido decreto-lei”, pelo que “algumas disposições do regime arquivístico vigente já não se adaptam à realidade actual”. Nesse sentido, a proposta que vai amanhã a consulta pública prevê “o reforço da gestão dos arquivos públicos, da protecção e da utilização dos arquivos privados”, o regime sancionatório a aplicar, a forma como será feito o acesso aos arquivos públicos e a reprodução de arquivos públicos, entre outras áreas.

14 Nov 2019

Lei dos Arquivos | Consulta pública começa esta sexta-feira

[dropcap]T[/dropcap]em início esta sexta-feira, dia 15, o processo de consulta pública relativo à revisão da lei dos arquivos. De acordo com um comunicado oficial emitido ontem pelo Instituto Cultural (IC), a consulta pública terá a duração de 30 dias.
O regime arquivístico em vigor data de 1989 e fixa as regras de selecção, conservação, eliminação, transferência e incorporação de documentos dos arquivos dos órgãos do Governo e dos serviços da Administração Pública. Além disso, o diploma prevê os elementos necessários para a classificação e gestão de arquivos privados, os prazos para acesso aos arquivos públicos, o processo de reprodução de documentos e o regime sancionatório.
O IC defende que, desde 1999, “o sistema político, as organizações governamentais, o ambiente económico e o enquadramento social diferenciam-se muito dos da época de elaboração do referido decreto-lei”, pelo que “algumas disposições do regime arquivístico vigente já não se adaptam à realidade actual”. Nesse sentido, a proposta que vai amanhã a consulta pública prevê “o reforço da gestão dos arquivos públicos, da protecção e da utilização dos arquivos privados”, o regime sancionatório a aplicar, a forma como será feito o acesso aos arquivos públicos e a reprodução de arquivos públicos, entre outras áreas.

14 Nov 2019

TSI | Polícias condenados por condução com álcool

[dropcap]D[/dropcap]ois polícias foram condenados no âmbito de um caso de um acidente causado por condução com excesso de álcool ocorrido no dia 10 de Janeiro, noticiou o canal chinês da Rádio Macau.

Nesse dia, os dois polícias estavam de folga, sendo que um deles foi apanhado a conduzir com excesso de álcool no sangue, tendo sido condenado, pelo Tribunal de Segunda Instância (TSI) a uma pena de três anos e três meses de prisão, e proibição de condução por três anos. Quanto ao colega, que assumiu as culpas do acidente, foi condenado a um ano e três meses de prisão com pena suspensa.

O acidente ocorreu no cruzamento da Avenida Almirante Lacerda com a Rua de João de Araújo, tendo o carro atingido um peão. O agente policial que não consumiu álcool assumiu ser o condutor da viatura, mas após a investigação, verificou-se que era o outro agente alcoolizado o responsável pelo acidente. O teste de alcoolemia registou 2.07 gramas de álcool por litro de sangue.

14 Nov 2019

Autoridade Monetária | Celebrado acordo com Timor-Leste

[dropcap]T[/dropcap]endo por base o desenvolvimento da “Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa”, a Autoridade Monetária de Macau (AMCM) celebrou um novo “Acordo de cooperação” com o Banco Central de Timor-Leste.

O acordo foi assinado em Portugal pelo presidente do Conselho de Administração da AMCM, Chan Sau San e pelo governador do Banco Central de Timor-Leste, Abraão de Vasconcelos, sob o testemunho do governador do Banco de Portugal, Carlos da Silva Costa.

A cooperação entre as duas instituições, inclui uma aposta no intercâmbio, através do diálogo periódico e ainda, a realização de formação profissional e estudos relativos à cooperação, tendo as partes, assumido o compromisso de realizar encontros periódicos. O novo “Acordo de cooperação” foi o resultado da negociação baseada no “Acordo de Cooperação e Assistência Técnica”, celebrado em 2008 pelas duas instituições.

14 Nov 2019

Autoridade Monetária | Celebrado acordo com Timor-Leste

[dropcap]T[/dropcap]endo por base o desenvolvimento da “Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa”, a Autoridade Monetária de Macau (AMCM) celebrou um novo “Acordo de cooperação” com o Banco Central de Timor-Leste.
O acordo foi assinado em Portugal pelo presidente do Conselho de Administração da AMCM, Chan Sau San e pelo governador do Banco Central de Timor-Leste, Abraão de Vasconcelos, sob o testemunho do governador do Banco de Portugal, Carlos da Silva Costa.
A cooperação entre as duas instituições, inclui uma aposta no intercâmbio, através do diálogo periódico e ainda, a realização de formação profissional e estudos relativos à cooperação, tendo as partes, assumido o compromisso de realizar encontros periódicos. O novo “Acordo de cooperação” foi o resultado da negociação baseada no “Acordo de Cooperação e Assistência Técnica”, celebrado em 2008 pelas duas instituições.

14 Nov 2019

Coloane | Associação acusa Governo de destruir ecossistema

A segunda fase de reflorestação da paisagem dos trilhos de Coloane, motivada pela passagem do tufão Hato em 2017, já está em marcha. Mas a implementação está longe de ser pacífica. Isto porque há árvores cortadas na área a ser regenerada. O Governo segue o plano traçado, mas a Macau Green Student Union afirma que as medidas estão a aniquilar por completo o ecossistema da região

 

[dropcap]O[/dropcap]s danos do Governo em Coloane são maiores que os provocados pelo Tufão Hato”. É desta forma que o ambientalista e presidente da Macau Green Student Union, Joe Chan, classificou junto do HM o modo de actuação da segunda fase de regeneração da paisagem dos trilhos de Coloane, anunciada há dias pelo Instituto para os Assuntos Municipais (IAM).

Em causa está o facto de se ter verificado, após alerta lançado nas redes sociais pelo grupo “Econscious”, que a segunda fase de reflorestação iria abranger o corte de árvores na área, antes de ser iniciada a plantação propriamente dita. Além disso, prevendo que a recuperação total na zona afectada pelo tufão Hato, estimada em 500 hectares, deva demorar uma década, o IAM decidiu também plantar árvores decorativas em algumas áreas de modo a dar aos residentes “uma paisagem agradável”. Segundo o IAM, o número de plantas acrescentadas e substituídas na primeira fase do plano atingiu as 35 mil.

“O Governo acha que consegue manipular e controlar a natureza, mas isso é impossível. Acho que esta solução não é a correcta. Desde de sempre que a natureza procura encontrar um equilíbrio por ela própria, neste caso para se regenerar, no entanto, acho que é necessário que haja também algum tipo de intervenção, porque o próprio ecosistema de Macau é muito frágil e não consegue recuperar por si só”, apontou Joe Chan.

Do mesmo modo, e considerando que já não é a primeira vez que o Governo prescinde de consultar a opinião de especialistas na matéria em questão e a opinião pública em geral, antes de iniciar o plano de intervenções, a activista Annie Lao disse ao HM que a situação de Coloane é “muito frustrante e desastrosa”.

“O Governo nunca nos pede opinião e os especialistas ficaram de fora do debate. Não é necessário cortarem árvores porque a natureza consegue cuidar de si própria. É preciso sim “plantar mais árvores”, acrescentou Annie Lao, frisando que a medida “não é sustentável a longo prazo”.

Começar do zero

Em termos de impacto ambiental tanto Joe Chan como Annie Lao consideram que aquilo que está a acontecer em Coloane é desastroso ao nível do ecossistema da região e que o plano de reflorestação não teve em conta as todas as implicações, implicando basicamente, plantar todo um ecossistema do zero, destruindo, para isso, o que ainda existe.

“Num ecossistema todos os elementos dependem uns dos outros. “Sempre que uma árvore é plantada ela vai demorar mais de 20 anos até atingir o mesmo tamanho. para não mencionar também os efeitos que isso tem no ecossistema. Porque uma árvore não vive por si só, há todo um ecossistema que vem atrás”, acrescentou o presidente do Macau Green Student Union.

Já Annie Lao considera que a longo prazo, o Governo deve criar mais “iniciativas verdes” e traçar mais objectivos significativos em termos ambientais. “É necessário que o governo defina objectivos e métricas pálpaveis como por exemplo, a percentagem de emissões de CO2 na atmosfera que se pretende reduzir e número de árvores a plantar no decorrer de um ano”, referiu ao HM.

“Na minha opinião plantava mais árvores, não construía edifícios à volta para criar um ambiente amigável para o ecossistema! Isto é não é saudável para os pássaros, não é bom para qualquer habitat natural por causa da poluição. É preciso trabalhar nesses aspectos. Eles andam a brincar com todo o ecossistema. P.A.

14 Nov 2019

Coloane | Associação acusa Governo de destruir ecossistema

A segunda fase de reflorestação da paisagem dos trilhos de Coloane, motivada pela passagem do tufão Hato em 2017, já está em marcha. Mas a implementação está longe de ser pacífica. Isto porque há árvores cortadas na área a ser regenerada. O Governo segue o plano traçado, mas a Macau Green Student Union afirma que as medidas estão a aniquilar por completo o ecossistema da região

 
[dropcap]O[/dropcap]s danos do Governo em Coloane são maiores que os provocados pelo Tufão Hato”. É desta forma que o ambientalista e presidente da Macau Green Student Union, Joe Chan, classificou junto do HM o modo de actuação da segunda fase de regeneração da paisagem dos trilhos de Coloane, anunciada há dias pelo Instituto para os Assuntos Municipais (IAM).
Em causa está o facto de se ter verificado, após alerta lançado nas redes sociais pelo grupo “Econscious”, que a segunda fase de reflorestação iria abranger o corte de árvores na área, antes de ser iniciada a plantação propriamente dita. Além disso, prevendo que a recuperação total na zona afectada pelo tufão Hato, estimada em 500 hectares, deva demorar uma década, o IAM decidiu também plantar árvores decorativas em algumas áreas de modo a dar aos residentes “uma paisagem agradável”. Segundo o IAM, o número de plantas acrescentadas e substituídas na primeira fase do plano atingiu as 35 mil.
“O Governo acha que consegue manipular e controlar a natureza, mas isso é impossível. Acho que esta solução não é a correcta. Desde de sempre que a natureza procura encontrar um equilíbrio por ela própria, neste caso para se regenerar, no entanto, acho que é necessário que haja também algum tipo de intervenção, porque o próprio ecosistema de Macau é muito frágil e não consegue recuperar por si só”, apontou Joe Chan.
Do mesmo modo, e considerando que já não é a primeira vez que o Governo prescinde de consultar a opinião de especialistas na matéria em questão e a opinião pública em geral, antes de iniciar o plano de intervenções, a activista Annie Lao disse ao HM que a situação de Coloane é “muito frustrante e desastrosa”.
“O Governo nunca nos pede opinião e os especialistas ficaram de fora do debate. Não é necessário cortarem árvores porque a natureza consegue cuidar de si própria. É preciso sim “plantar mais árvores”, acrescentou Annie Lao, frisando que a medida “não é sustentável a longo prazo”.

Começar do zero

Em termos de impacto ambiental tanto Joe Chan como Annie Lao consideram que aquilo que está a acontecer em Coloane é desastroso ao nível do ecossistema da região e que o plano de reflorestação não teve em conta as todas as implicações, implicando basicamente, plantar todo um ecossistema do zero, destruindo, para isso, o que ainda existe.
“Num ecossistema todos os elementos dependem uns dos outros. “Sempre que uma árvore é plantada ela vai demorar mais de 20 anos até atingir o mesmo tamanho. para não mencionar também os efeitos que isso tem no ecossistema. Porque uma árvore não vive por si só, há todo um ecossistema que vem atrás”, acrescentou o presidente do Macau Green Student Union.
Já Annie Lao considera que a longo prazo, o Governo deve criar mais “iniciativas verdes” e traçar mais objectivos significativos em termos ambientais. “É necessário que o governo defina objectivos e métricas pálpaveis como por exemplo, a percentagem de emissões de CO2 na atmosfera que se pretende reduzir e número de árvores a plantar no decorrer de um ano”, referiu ao HM.
“Na minha opinião plantava mais árvores, não construía edifícios à volta para criar um ambiente amigável para o ecossistema! Isto é não é saudável para os pássaros, não é bom para qualquer habitat natural por causa da poluição. É preciso trabalhar nesses aspectos. Eles andam a brincar com todo o ecossistema. P.A.

14 Nov 2019

Orçamento 2020 | Lao Pun Lap elogia contas de Chui Sai On

[dropcap]L[/dropcap]ao Pun Lap, presidente da Associação Económica de Macau, disse, de acordo com o canal chinês da Rádio Macau, que Chui Sai On teve uma boa comunicação com o Chefe do Executivo eleito, Ho Iat Seng, uma vez que o orçamento apresentado esta terça-feira para o ano de 2020 é semelhante ao deste ano.

Tal mostra que Ho Iat Seng e Chui Sai On possuem ideias semelhantes ao nível da economia, defendeu Lao Pun Lap, que acredita que o novo Executivo vai investir mais em infra-estruturas. O responsável disse também ter visto sinais de uma maior diversificação económica ao longo dos dois mandatos de Chui Sai On como Chefe do Executivo.

Chan Chi Fong, professor do Instituto Politécnico de Macau (IPM), considera que a existência de um sistema de educação gratuita no território representa plenamente a igualdade de oportunidades no ensino. No que diz respeito ao desenvolvimento de especialistas nesta área, Chan Chi Fong lembrou que tanto o IPM como a Universidade de Macau possuem já qualidade lectiva a nível internacional, esperando que o próximo Executivo continue a investir no sector educacional para apoiar o desenvolvimento dos jovens.

14 Nov 2019

Orçamento 2020 | Lao Pun Lap elogia contas de Chui Sai On

[dropcap]L[/dropcap]ao Pun Lap, presidente da Associação Económica de Macau, disse, de acordo com o canal chinês da Rádio Macau, que Chui Sai On teve uma boa comunicação com o Chefe do Executivo eleito, Ho Iat Seng, uma vez que o orçamento apresentado esta terça-feira para o ano de 2020 é semelhante ao deste ano.
Tal mostra que Ho Iat Seng e Chui Sai On possuem ideias semelhantes ao nível da economia, defendeu Lao Pun Lap, que acredita que o novo Executivo vai investir mais em infra-estruturas. O responsável disse também ter visto sinais de uma maior diversificação económica ao longo dos dois mandatos de Chui Sai On como Chefe do Executivo.
Chan Chi Fong, professor do Instituto Politécnico de Macau (IPM), considera que a existência de um sistema de educação gratuita no território representa plenamente a igualdade de oportunidades no ensino. No que diz respeito ao desenvolvimento de especialistas nesta área, Chan Chi Fong lembrou que tanto o IPM como a Universidade de Macau possuem já qualidade lectiva a nível internacional, esperando que o próximo Executivo continue a investir no sector educacional para apoiar o desenvolvimento dos jovens.

14 Nov 2019