Em defesa de uma agenda cultural para a cidade

Opinião de João Miguel Barros

1. Macau é uma cidade pequena, com comunidades diversificadas. Tem muita gente por cm2, mas não tanta assim interessada em acontecimentos culturais contemporâneos. No entanto, a autonomia individual na promoção e dinamização cultural, e a lógica do “cada um por si”, que aparenta ser um sinal de enorme riqueza e variedade, torna-se num factor não inclusivo e até de exclusão à participação nas actividades culturais que se vão organizando pela cidade.
Somos muitos e apenas deve contar quem está. Mas não é possível estar em mais do que um lugar ao mesmo tempo. E este é o problema.
Justifica-se que a autonomia de cada uma das entidades que organizam eventos leve a que se tenha, por vezes, duas e três inaugurações no mesmo dia e há mesma hora?

2. Em meu entender, isto é um absurdo. Mas pode ter solução se houver vontade de se começar a olhar para além do próprio umbigo!

3. O caminho não é limitar a capacidade de iniciativa de ninguém (a livre iniciativa na organização, como a liberdade criativa, são sempre bens a preservar e a defender de forma intransigente). Mas já seria uma boa solução se fosse criada uma agenda cultural para a cidade.
Poderão realizar-se eventos que coincidam no mesmo dia e hora, se for essa a vontade consciente das entidades envolvidas, mas é imperioso minimizar os “riscos” dessa sobreposição.

4. O Instituto Cultural (ou a Direcção de Turismo) poderia, e deveria, promover uma plataforma de registo prévio de eventos, aberto a todas as entidades que organizem eventos culturais, para que, com antecedência, essas entidades “reservem” espaço de calendário, deixando nesse backoffice uma previsão da sua programação cultural. As entidades (associações, fundações, departamentos do governo, etc.) teriam assim, querendo, um instrumento de planeamento da sua programação (e nunca de controlo ou censura), que lhes permitiria ajustar as suas inaugurações ou realizações a dias livres e sem se sobreporem a outros “acontecimentos” já previamente projetados.

5. Uma vez confirmadas as diversas iniciativas, o conteúdo dessa agenda cultural deveria ser disponibilizado em três línguas através de uma página própria na internet, onde se dariam detalhes públicos sobre cada uma das concretas iniciativas a acontecer ou em curso. E assim teríamos, também, mais um instrumento de promoção de um turismo cultural que importa dinamizar, e que vá para além das visitas aos bairros históricos ou ao património construído.

6. Esta é uma solução plausível e a sua concretização é de manifesta utilidade pública. A tecnologia não é problema; mas as pequenas vaidades ou necessidades de afirmação de “independência” de cada um talvez o sejam…
Esta metodologia de trabalho inclusivo seria a melhor forma de garantir a diversidade e de permitir a participação cultural na cidade. Logo se ajustariam os procedimentos quando as pessoas passassem a ter o dom da ubiquidade!

31 Mai 2021

Covid-19 | Caso de proximidade testou negativo

Um residente de Macau foi submetido a observação médica por ter estado próximo de uma pessoa assintomática diagnosticada com Covid-19, da cidade de Cantão. O resultado do teste de ácido nucleico deu negativo e o utente foi encaminhado para observação médica em isolamento de 14 dias no Centro Clínico de Saúde Pública de Coloane. Até ontem, não apresentou sintomas.

“No dia 23 de Maio, estas duas pessoas estiveram próximas uma da outra (menos de três metros) na área turística de Gulong Gorge situado na Distrito Xin da cidade Qingyuan”, explica uma nota do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus. As autoridades de saúde foram informadas da situação na madrugada de sábado, através do mecanismo de cooperação entre Macau e Zhuhai. “Os Serviços de Saúde lançaram imediatamente uma investigação e já encontraram o residente de Macau”, apontou o centro de coordenação.

O residente participou numa excursão em Qingyuan, nos dias 22 e 23 de Maio, tendo estado próximo da pessoa diagnosticada no segundo dia. “Alegando que usou máscara, este residente negou qualquer contacto com qualquer pessoa com febre ou sintomas respiratórios”, indica o Centro de Coordenação. Na noite de dia 23, voltou a Zhuhai de autocarro e ao chegar a Macau regressou a casa num carro de familiares.

Baixo risco

A 25 de Maio, o homem levou uma dose da vacina contra a Covid-19 e fez um teste de ácido nucleico em Zhuhai que deu negativo. Desde então, levou uma dose da vacina contra a Covid-19 e fez um teste de ácido nucleico em Zhuhai que deu também negativo, visitou familiares também em Zhuhai e “divertiu-se sozinho” no Casino Oceanus.

O indivíduo – condutor da área VIP do casino City of Dreams – regressou ao trabalho nos dias 28 e 29 de Maio. Indica que usou sempre máscara nas saídas de casa. “Este residente só esteve próximo (com a distância curta) com uma pessoa que foi diagnosticada com infecção assintomática, e os seus dois testes de ácido nucleico deram negativos. Tendo um risco baixo de infecção, os contactos deste residente não precisam de ser acompanhados, de momento”, diz a nota.

31 Mai 2021

Covid-19 | Bolsonaro atrasou negociação de vacina chinesa em três meses

O director do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse ontem que as negociações para a aquisição da vacina CoronaVAc, contra a covid-19, ficaram paradas no Brasil durante três meses, após o Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, ter declarado que não a compraria.

Segundo o depoimento de Covas à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado brasileiro, que investiga as ações do Governo brasileiro na pandemia de covid-19, no dia 7 de outubro de 2020 o Instituto Butantan fez uma oferta de 100 milhões de doses da CoronaVac ao Ministério da Saúde do Brasil.

“Houve uma sinalização de que poderíamos evoluir, inclusive com a produção de uma medida provisória (…) Tudo estava indo muito bem. Tanto que em 20 de outubro, fui convidado pelo [ex] ministro [da Saúde brasileiro, Eduardo] Pazuello para uma cerimónia na qual a vacina seria anunciada”, disse Covas.

“No outro dia de manhã, quando ainda haveria conversas adicionais, essas conversas adicionais não aconteceram porque o Presidente Jair Bolsonaro disse que não haveria continuação nesse processo”, acrescentou.

O Butantan firmou uma parceria com o laboratório chinês Sinovac, que desenvolveu a CoronaVac, no primeiro semestre do ano passado para testar e produzir o medicamento no Brasil e, portanto, é responsável pelo contrato de venda do medicamento junto ao Governo brasileiro.

Os testes e a aplicação desta vacina, porém, desencadearam várias polémicas porque Bolsonaro atacou o medicamento publicamente em mais que uma oportunidade e disse que não compraria a ‘vacina chinesa’ patrocinada pelo governador de São Paulo e seu rival político, João Dória.

Ao ser questionado novamente pelos senadores sobre a alegada paralisação das negociações entre o Governo brasileiro e o Instituto Butantan para a aquisição da CoronaVac, que é responsável por 65% das imunizações realizadas no país, Covas reafirmou que não houve mais progresso nas conversações até janeiro, quando um contrato foi finalmente assinado.

A declaração colocou em causa parte do depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que afirmou aos senadores da CPI, na semana passada, que as declarações de Bolsonaro eram “falas de internet” e afirmou que ele e os técnicos do Ministério da Saúde continuaram a negociar com o Instituto Butantan.

A alegada recusa de comprar doses da CoronaVac tornou-se um episódio polémico na gestão da pandemia no Brasil porque Pazuelo gravou um vídeo ao lado de Bolsonaro no qual o ex-ministro da Saúde justificou a sua mudança de posição sobre este medicamento dizendo: “É simples assim. Um manda e o outro obedece”.

No seu depoimento à CPI da covid-19, Covas afirmou que não houve investimento direto do Ministério da Saúde no desenvolvimento da CoronaVac.

O director do Butantan também considerou que declarações ofensivas de membros do Governo brasileiro podem estar a causar atrasos recorrentes no envio de consumíveis exportados pela China para fabrico da CoronaVac e de outras vacinas no Brasil.

Questionado sobre a aplicação de uma terceira dose da CoronaVac para garantir a imunização, o especialista considerou que pode ser necessária não só para a CoronaVac como para outros imunizantes usados contra a covid-19.

“Isso será necessário neste momento para todas as vacinas, não só em relação à própria duração da imunidade, na minha opinião, é claro, como também em relação às variantes”, concluiu o diretor do Butantan.

28 Mai 2021

Covid-19 | Voo entre Portugal e China suspenso transporta sobretudo chineses, diz MNE

O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, confirmou ontem já ter tido conhecimento da suspensão do voo direto entre Portugal e a China, adiantando que a ligação se destinava, actualmente, sobretudo a cidadãos chineses.

“O voo Lisboa-Xi’an era o único voo directo actualmente em operação entre Portugal e a China e destinava-se sobretudo ao transporte de cidadãos chineses, dadas as restrições de entrada de cidadãos estrangeiros em território chinês”, afirmou Santos Silva, que esteve ontem em reunião informal dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia.

As autoridades chinesas anunciaram ontem a suspensão da ligação aérea entre Portugal e a China, por um período de duas semanas, após detetarem sete casos de covid-19, em 14 de Maio, num voo oriundo de Lisboa.

Em comunicado difundido no seu portal oficial, a Administração de Aviação Civil da China informou que o voo entre Lisboa e a cidade chinesa de Xi’an, operado pela companhia aérea Beijing Capital Airlines, passa a estar suspenso a partir de 31 de Maio.

Segundo o ministério, Santos Silva “teve conhecimento da suspensão dos voos Lisboa-Xi’an por deteção de casos positivos após uma das viagens”.

No entanto, refere, “como não estão em causa cidadãos portugueses e todos os cidadãos que viajaram no voo em causa têm nacionalidade chinesa, não foi o ministério dos Negócios Estrangeiros informado em que momento é que estes passageiros testaram positivo depois de chegados a território chinês”.

De acordo com as autoridades chinesas, a ligação aérea poderá ser retomada “após o período de suspensão, com a frequência de um voo por semana”.

28 Mai 2021

Interpol deteve 585 pessoas na Ásia acusadas de fraudes através da internet

Cerca de 600 pessoas foram detidas numa operação contra delitos financeiros na internet, tendo sido interceptados 83 milhões de dólares de fundos ilícitos em nove países da região Ásia-Pacífico, anunciou ontem a Interpol.

A operação da Polícia Criminal Internacional (Interpol), em que foram detidas 585 pessoas, resolveu 892 casos em seis meses em colaboração com funcionários policiais do Camboja, República Popular da China, Indonésia, Coreia do Sul, Filipinas, Singapura, Tailândia e Vietname.

A acção policial, com nome de código HAECHI-I, concentrou-se em cinco tipos de delitos: fraudes em investimentos, branqueamento de capitais associados a jogo ilegal, extorsão sexual (chantagem contra uma pessoa com recurso a imagens de caráter sexual), rastreio e localização de identidades falsas.

As operações decorreram entre Setembro de 2020 e Março de 2021, tendo a maior parte dos trabalhos sido encerrados na semana passada.

Apesar de se ter concentrado na região da Ásia e do Pacífico, o carácter transfronteiriço dos delitos através da internet obrigou a investigações em todos os continentes, disse a Interpol, em comunicado.

No total, foram levadas a cabo 1.400 investigações, algumas das quais ainda decorrem, e congeladas 1.600 contas bancárias em todo o mundo.

“Os prevaricadores da internet tentam aproveitar o carácter sem fronteiras da rede digital para afectar vítimas em outros países ou transferir fundos ilícitos para o estrangeiro”, alertou a directora do departamento Delinquência Organizada da Interpol, Ilana de Wild.

Os resultados obtidos demonstram que a delinquência financeira na rede digital é “claramente global”, acrescentou Wild, apelando à cooperação internacional no combate aos crimes.

Casos práticos

Entre os exemplos citados, encontra-se uma empresa sul-coreana que foi contactada em Fevereiro por alguém que se fez passar por um sócio comercial que solicitou o pagamento de uma série de facturas através da mudança de dados bancários de forma fraudulenta. A companhia acabou por transferir sete milhões de dólares ao criminoso, tendo o dinheiro sido transferido de forma rápida para contas bancárias na Indonésia e Hong Kong.

Pouco depois da denúncia apresentada às autoridades, as forças policiais de Seul alertaram a unidade de delitos financeiros da Interpol, que até ao momento conseguiu interceptar e congelar metade dos fundos roubados.

Outro caso de fraude envolveu um grupo de Hong Kong que coordenou a compra de uma grande quantidade de acções, provocando propositadamente uma subida repentina dos preços no mercado financeiro da RAEHK.

28 Mai 2021

Sobre a canção popular moderna – Jean-François Revel

Tradução de Emanuel Cameira

Na italomania, a noção de «canção popular italiana» é um dogma constitucional. Toda a imaginação nórdica associa teimosamente «meridional» e «popular». Pela sua essência, pela sua natureza, o sotaque marselhês passa por «popular» – como se não fosse também o dos burgueses de Marselha desta ou daquela velha aristocracia ou plutocracia.

Se entendemos por «canção popular» as canções inventadas e cantadas pelo «povo», aquelas de que os folcloristas acompanham as migrações, as evoluções ao longo dos séculos, das quais procuram determinar a origem e as diversas versões com vista a coleccioná-las nos tesouros que as salvarão do esquecimento, direi que, nesse sentido, a canção popular italiana tem o destino de todas as dos outros países: é cada vez mais empurrada pela torrente sonora que a rádio e o disco propagam desde há trinta anos, e os etnomusicólogos trabalham em Itália como em todos os lugares: apressam-se a registar os vestígios que ainda encontram a fim de definir o corpus.

E se por «canção popular» queremos dizer as canções escritas por autores e compositores profissionais para se tornarem sucessos populares, responderei que este género não existe em Itália, artisticamente falando. Com excepção da canção napolitana, infelizmente pouco renovada, a música destinada às massas limita-se à mais indecisa imitação da «música ligeira» americana, mistura branda de falso jazz e de gastos e frouxos ritmos sul-americanos.

Nesta área, os Italianos têm pouco gosto pela autenticidade: o gosto pelo verdadeiro jazz, por exemplo, ou pelo verdadeiro flamenco.

Essas maravilhas que são as grandes óperas italianas do século XIX mantêm-se, em última instância, como a única música popular autêntica e bela, quero dizer, consumida pelo grande público.

Mas não encontramos canções equivalentes a esses produtos, ora populares ora refinados, que inspiraram e foram recuperados ou interpretados por personalidades tão originais como Bruant, Chevalier, Mistinguett, Trénet, Piaf, Léo Ferré ou Brassens. Esta canção popular, de facto, contém toda a poesia moderna: Verlaine, Laforgue, Corbière, Prévert, etc., essa ponte lançada entre a literatura e a fala do povo. A canção popular moderna é a fala popular vista através da poesia, mas essa poesia foi primeiro necessária para que Bruant tivesse a ideia de registar, tal e qual, as confissões de prostitutas e delinquentes e de as cantar com total despojamento, ao som de um simples realejo. Na origem deste cruzamento, encontramos o princípio: «A Arte é o contrário da Arte», princípio, como vimos, alheio ao espírito criador italiano (excepto na arte do cinema, onde ele o entendeu e aplicou com os resultados admiráveis que conhecemos). Por sua vez, a poesia moderna passou à canção, graças à qual o surrealismo, por exemplo, foi impresso em milhões de cópias.

Ademais, a canção popular moderna pressupõe o calão. Contudo, o calão, ele mesmo, supõe uma língua nacional falada universalmente. O calão é a linguagem utilizada pelos larápios a fim de não serem compreendidos pelos outros cidadãos. Mas o problema dos Italianos sempre foi, pelo contrário, o de encontrar uma língua em que pudessem fazer-se entender aos que ignoram o dialecto da sua aldeia.

«O que é terrível é que esse defeito da língua inviabiliza o cómico. Não há nenhuma construção artificial que não seja natural em qualquer canto…» (Stendhal, Roma, Nápoles, Florença em 1817.) Também não encontramos mais nenhuma canção humorística ou divertida, seja o antigo género café-concerto («Le samedi soir après l’turbin», etc.), ou o dos Irmãos Jacques. Muito menos humor misturado com poesia, como em Brassens, ou a caricatura, a paródia, a agressividade, a sátira. A poesia dialectal do século XIX oferece exemplos desses vários tons. Mas não serviu de fonte para a canção popular do século XX. E, além disso, essa poesia nem sempre é popular; é amiúde uma poesia literária escrita em dialecto.

Chevalier ou Piaf, mesmo quando usam apenas semi-calão, usam uma linguagem falada que representa um francês descontraído. É o francês natural, onde se diz «c’est pas» em vez de «ce n’est pas». Mas não há um italiano descontraído, o que suporia um fundo comum em que a descontracção seria uma referência compreensível para todos. A Toscânia, porém, também não produziu nada em termos de canções.

Do ponto de vista musical, as melodias da canção moderna são invenções a partir de um género popular: canto de tom plangente, música de acordeão, danças de baile, etc., cuja técnica de encadeamento é retomada por um Kosma ou um Léo Ferré, conseguindo construir habilmente uma música fácil, aí pondo tanto de si quanto numa música culta.

Desconheço se todas estas razões são boas, mas aquilo de que estou certo é que os sucessos populares italianos não ultrapassam o patamar das produções de um Luis Mariano ou de um Tino Rossi – ou deste Marino Marini, desconhecido em Itália, mas cujo Bambino fez ainda assim escorrer sobre nós a mais representativa das ninharias.

Tradução de: Revel, Jean-François [1958], Pour l’Italie, Paris, Union Générale d’Éditions, 1969, pp. 165-167.

28 Mai 2021

Fórum de Cooperação Ambiental | Mobilidade ecológica em destaque

Uma nova “zona de exposição de mobilidade ecológica”, com “veículos movidos a novas energias”, vai ser apresentada na edição deste ano do MIECF – Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental de Macau, foi ontem anunciado.

Subordinado ao tema “Rumo a uma nova de ecologia e baixa emissão carbónica”, o MIECF vai decorrer entre 5 e 7 de Agosto, destacando-se entre as acções presenciais a “Mostra Verde”, que vai contar com a apresentação “de veículos movidos a novas energias, equipamentos complementares e tecnologias relevantes” na “zona de exposição de mobilidade ecológica”, indicaram as autoridades locais, em comunicado.

Exposições dedicadas à apresentação de tecnologias ecológicas inovadoras vão estar patentes ao público neste fórum dedicado à “promoção da cooperação e do intercâmbio, à escala mundial, entre organismos governamentais, indústrias, universidades, centros de investigação, consumidores e serviços financeiros, no âmbito da proteção ambiental”, indicou a mesma nota.

Organizado pelo Governo e coordenado pelo IPIM e Direcção dos Serviços de Proteção Ambiental, o MIECF vai contar, ao longo dos três dias, “com sessões de intercâmbio especializadas, tanto a nível ‘online’ (…), como a nível ‘offline'”, no recinto, acrescentou.

28 Mai 2021

Português | Cursos de verão realizam-se na UM entre os dias 5 e 23 de Julho

A Universidade de Macau (UM) realiza, entre os dias 5 e 23 de Julho, o 35º Curso de Verão de Língua Portuguesa, organizado pelo departamento de português. Esta iniciativa destina-se a estudantes, professores, tradutores e a todos os interessados pela língua portuguesa, podendo as candidaturas ser feitas até ao dia 24 de Junho através do website https://fah.um.edu.mo/dportsummercourse2021/

A oferta formativa do curso permite que os estudantes beneficiem de equivalências a cursos nas suas universidades. As aulas irão decorrer todos os dias úteis, entre as 9h e as 18h, e serão online.

Os cursos de língua estão organizados em cinco níveis diferentes (A1, A2, B1, B2, C). Cada curso tem 45 horas e ainda um complemento de 15 horas de estudo autónomo orientado pelos professores. Além do desenvolvimento das actividades linguísticas de compreensão, produção, interação e mediação orais e escritas, os cursos de língua incluem sessões dedicadas a questões da gramática, do vocabulário e a outras características específicas de cada nível.

Os cursos temáticos, com uma carga horária de 75 horas, distribuem-se pelas seguintes áreas: literatura, linguística, cinema, história de Macau, de Portugal e das relações entre a China e o Oriente e Portugal, gastronomia, música, dança, aspetos do Portugal atual, arte contemporânea, Portugal e a Europa, educação e tradução. Segundo a UM, os participantes podem ainda ficar a conhecer Macau e as comunidades portuguesa e macaense em Macau e em Portugal, bem como instituições e lugares em Portugal.

27 Mai 2021

Tradução | Livro sobre história da Faculdade de Direito de Coimbra agora em mandarim

O livro “A Faculdade de Direito de Coimbra em Retrospectiva”, da autoria de Rui Figueiredo Marcos, acaba de ser editado em mandarim. Segundo a imprensa da Universidade de Coimbra (UC), a nova edição foi lançada esta terça-feira e conta com o nome “科英布拉大学法学院历史回顾”, que corresponde “ao espraiar das relações que a Universidade de Coimbra (UC) tem com a China”, disse Rui Figueiredo Marcos, director da Faculdade de Direito da UC.

“Sendo a FDUC um polo irradiador no campo jurídico entre o Oriente o Ocidente, com uma participação muito ativa na elaboração dos elementos jurídicos de Macau, tem todo o interesse revelar o modo como foi sempre ensinado o Direito na Universidade portuguesa, na UC e na FDUC, com menção a tantos e tantos professores que também ensinaram em Macau”, acrescentou o autor.

A apresentação desta obra, que foi lançada pela primeira vez, na sua versão em português, em 2016, foi organizada pela Academia Chinesa de ciências Sociais e pelo centro de Estudos Chineses da Universidade de Coimbra, em colaboração com a Academia Sino-Lusófona da UC.

27 Mai 2021

China suspende voo directo a partir de Portugal após detectar casos de covid-19 a bordo

As autoridades chinesas anunciaram hoje a suspensão da ligação aérea entre Portugal e a China, por um período de duas semanas, após detectarem sete casos de covid-19, em 14 de Maio, num voo oriundo de Lisboa.

Em comunicado difundido no seu portal oficial, a Administração de Aviação Civil da China informou que o voo entre Lisboa e a cidade chinesa de Xi’an, operado pela companhia aérea Beijing Capital Airlines, passa a estar suspenso a partir de 31 de Maio. “Após o período de suspensão, a operação pode ser retomada, com a frequência de um voo por semana”, lê-se na mesma nota.

O país, onde a covid-19 surgiu em Dezembro, foi o primeiro a conter o surto, pelo que passou a temer uma ressurgência devido aos casos oriundos do exterior, sobretudo de chineses que tentam regressar ao país.

As autoridades chinesas reduziram as ligações aéreas com o exterior, no final de Março do ano passado, à medida que o novo coronavírus se alastrou pelo mundo. A Beijing Capital Airlines retomou, no final de agosto passado, o voo entre Portugal e a China.

27 Mai 2021

Myanmar | Repressão da Junta Militar já matou pelo menos 73 menores

A repressão exercida pela Junta Militar no Myanmar (antiga Birmânia) já provocou a morte de, pelo menos, 73 menores, de um total de mais de 800 óbitos, desde o golpe de estado de 01 de fevereiro.

“Alguns foram mortos por tiros durante as manifestações e outros enquanto os militares revistavam as suas casas e dispararam intencionalmente contra eles. Também houve crianças que morreram enquanto brincavam na rua”, disse o Governo de Unidade Nacional (NUG, na sigla em inglês), que representa a oposição do regime militar.

As vítimas são 63 rapazes, nove raparigas e um género não identificado, cujas mortes foram registadas entre 15 de fevereiro e 15 de maio, segundo o NUG, formado por ativistas e políticos eleitos durante as eleições de novembro, cujo resultado não é reconhecido pelo exército golpista.

Morreu, pelo menos, uma criança em quase todas as regiões do país, sendo que Mandalay e Rangum são as cidades mais afetadas, com 17 e 13 crianças mortas, respetivamente.

A UNICEF defendeu que as forças de segurança deveriam tomar “medidas urgentes para garantir a segurança das crianças presas na área, e defender o seu direito a serem protegidas”.

O NUG, que foi rotulado como um grupo terrorista pela Junta Militar e que opera clandestinamente, afirmou que os seus dados ainda não documentaram relatos de “mortes de crianças durante os recentes combates violentos” em várias cidades.

No dia 24 de abril, o líder da Junta Militar, Min Aung Hlaing, comprometeu-se a terminar os confrontos violentos contra civis, durante uma reunião com líderes políticos dos países que compõem a Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN, na sigla em inglês), do qual Myanmar é membro.

No entanto, pelo menos 75 pessoas, incluindo crianças, foram mortas desde a reunião, segundo dados revelados hoje pela Associação de Assistência a Presos Políticos (AAPP).

A violência e a intimidação das forças de segurança reduziram a participação e a intensidade dos protestos contra a junta militar, especialmente nas grandes cidades, onde as manifestações de massas deram lugar a protestos relâmpago, que não são anunciados nas redes sociais e que terminam 10 a 15 minutos depois, antes da chegada das autoridades.

Nas cidades mais pequenas, contudo, os protestos continuam diariamente a rejeitar o Governo militar, exigindo a libertação de todos os detidos, incluindo a líder deposta Aung San Suu Kyi, e a restauração da democracia.

O exército de Myanmar justificou o golpe de Estado com supostas fraudes eleitorais durante as legislativas de novembro de 2020 cujo resultado deu a vitória à Liga Nacional para a Democracia.

27 Mai 2021

Moeda chinesa atinge valor mais alto em relação ao dólar desde 2018

A moeda chinesa, o yuan, está hoje a ser negociada no seu valor mais alto, em relação ao dólar norte-americano, desde maio de 2018, com a taxa nos mercados internacionais a atingir 6.385 yuans por dólar.

A taxa oficial que o Banco do Povo da China (banco central) fixa todos os dias situou-se em 6,4099 yuans por dólar e seguiu a mesma tendência de subida. Analistas citados pelo portal de notícias Caixin apontaram a desvalorização do dólar, o que tem contribuído para um maior fluxo de investimentos nos mercados de capitais chineses.

O canal de investimento que permite a negociação de títulos dos mercados chineses por meio de Hong Kong bateu na terça-feira o seu recorde histórico, com um influxo líquido de 21,72 mil milhões de yuans.

A imprensa oficial chinesa citou especialistas que apontaram que os investidores estrangeiros têm visto as ações chinesas como um “amortecedor” contra as “fraquezas” de outras moedas, referindo-se ao dólar.

Dong Shaopeng, pesquisador da Universidade do Povo de Pequim, garante que as ações nos mercados norte-americanos estão perto de sofrer uma correção que afetaria também “inevitavelmente” as bolsas chinesas.

No entanto, o especialista defendeu que o efeito sobre as chamadas ‘ações A’ – aquelas de empresas chinesas que são negociadas em Xangai ou em Shenzhen – não será “grave”.

Apesar do efeito positivo nas bolsas chinesas, analistas chineses acreditam que a tendência de alta do yuan em relação ao dólar não vai continuar, já que o yuan excessivamente valorizado pesaria sobre a competitividade das exportações chinesas, que continuam a ser um motor importante da economia do país asiático.

27 Mai 2021

Advogado Francisco Gaivão morre aos 48 anos

Faleceu ontem, no Hospital Kiang Wu, em Macau, o advogado Francisco Gaivão, de 48 anos de idade. Natural de Coimbra, na RAEM há mais de uma década, exerceu advocacia com brilhantismo e dedicação, segundo os seus colegas de profissão.

Segundo informações médicas, Francisco Gaivão sofreu de uma epiglotite necrosante aguda. No dia 17 de Maio manifestou dores de garganta e devido ao agravamento das dores e falta de ar, recorreu a uma clínica privada onde lhe foi prescrito tratamento anti-infeccioso oral. Mais tarde, já em casa, desenvolveu dificuldades respiratórias, desmaiou e perdeu a consciência, tendo sido transportado por ambulância para o Serviço de Urgência do Hospital Kiang Wu.

Após manobras de reanimação, o batimento cardíaco recuperou e foi internado na Unidade de Cuidados Intensivos. Veio a ser diagnosticada uma epiglotite necrosante aguda que causou obstrução das vias aéreas, paragem cardíaca e encefalopatia. Ontem, Francisco Gaivão não resistiu à doença e faleceu durante a tarde. O Hoje Macau manifesta o seu extremo pesar à família e numerosos amigos.

Numa nota publicada nas redes sociais, o escritório de advogados onde trabalhava Francisco Gaivão, Lektou – Rato, Ling, Lei & Cortés, recordou-o como “um advogado que dignificou a profissão e um querido amigo”. “Os nossos pensamentos estão com a família, colegas e amigos, a quem enviamos as nossas condolências neste momento de dor e angústia”, lê-se ainda.

27 Mai 2021

Doenças relacionadas com tabagismo matam mais de um milhão por ano na China

Mais de um milhão de pessoas morrem todos os anos na China de doenças relacionadas com o tabagismo, segundo um estudo publicado ontem pela Comissão Nacional de Saúde do país e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A pesquisa, publicada na página do escritório da OMS na China, indicou que existem mais de 300 milhões de fumadores activos no país asiático e que 26,6 por cento das pessoas com mais de 15 anos fumam.

O estudo prevê que, a partir de 2030, dois milhões de pessoas vão morrer todos os anos na China devido ao consumo de tabaco e que esse número chegará a três milhões em 2050.

A OMS concentrou-se na “relação entre tabagismo e doenças respiratórias crónicas, tumores malignos, doenças cardiovasculares e diabetes”. As doenças crónicas representam 88 por cento de todas as mortes no país, apontou o estudo.

“O número total de fumadores que adoecerão ou morrerão na China devido ao fumo vai aumentar nos próximos anos, apesar das medidas tomadas a esse respeito a nível nacional”, disse o especialista Chen De, citado pelo jornal oficial Global Times.

Nos últimos anos, muitas cidades proibiram o fumo em ambientes fechados, aos quais mais campanhas de prevenção serão adicionadas no futuro, especialmente entre os jovens, apontou Chen.

O escritório da OMS observou que “para reduzir as taxas de tabagismo na China, são necessários esforços conjuntos do Governo e da sociedade para criar ambientes livres de fumo que incentivem os fumadores a parar”.

Questão cultural

O estudo apontou ainda que “existem já muitas evidências de que os cigarros electrónicos não são seguros”, pelo que o “seu consumo também representa um risco para a saúde”.

Em 2017, a cidade de Xangai promulgou uma lei que proíbe os seus habitantes de fumar em espaços públicos ou áreas de lazer, juntando-se assim à capital, Pequim, e Shenzhen, no sul.

No entanto, fumar ainda é considerado um acto social enraizado na cultura chinesa, e em muitas cidades chinesas ainda é comum ver residentes a acender cigarros em bares, restaurantes, escritórios e outras áreas fechadas.

27 Mai 2021

Bienal de Veneza | MAM acolhe propostas para exposição

O Museu de Arte de Macau (MAM) está a acolher propostas para 59ª da Bienal de Veneza, que se realiza em Abril de 2022 na cidade italiana. As propostas que vão integrar o Pavilhão de Macau-China na bienal podem ser entregues até 13 de Agosto. As equipas candidatas a este projecto devem ser constituídas por, pelo menos, dois membros, devendo integrar também um curador.

Além disso, todos os membros da equipa concorrente deverão ter mais de 18 anos e pelo menos um dos membros deve ter já participado em exposições de arte contemporânea, ou ter formação na área artística. Os resultados serão anunciados em setembro.

A curadora-chefe da exposição é Cecilia Alemani. A Bienal de Veneza – Exposição Internacional de Arte foi fundada em 1895 é a bienal mais antiga e uma das três maiores exposições de arte do mundo, sendo também a maior plataforma internacional de intercâmbio de arte contemporânea.

Esta é a sétima vez que o MAM participa sob a designação “Macau-China” neste evento artístico, desde 2007. Um total de 17 artistas participou na exposição em representação de Macau, com o objectivo de “promover a arte contemporânea de Macau no palco internacional” e “dar ao público de todo o mundo a oportunidade de compreender a actual situação da arte de Macau”.

27 Mai 2021

CAEAL | Recebidos oito pedidos de constituição de candidatura

Até ontem, a Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa (CAEAL) recebeu oito pedidos de reconhecimento de constituição de candidatura, três dos quais já foram reconhecidos legalmente (“Força de Desenvolvimento Macau”, “Aliança Bom Lar” e “União Promotora para o Progresso”).

Outras três ainda estão a aguardar informações. Recorde-se que duas potenciais candidaturas desistiram ainda antes de as eleições começarem. O presidente da CAEAL, Tong Hio Fong, recordou ontem que cada pessoa pode apenas subscrever a constituição e uma candidatura, observando que até 15 de Junho poderá haver mais pedidos de reconhecimento.

Além disso, este ano haverá menos um local para propaganda eleitoral e outros alteraram-se, devido a circunstâncias como estarem sujeitos a obras ou a ser utilizados para outras finalidades. “Assim sendo, passarão de 19 para 18 os locais para propaganda eleitoral, cancelando-se a rotunda do Estádio da Taipa, porque verificámos que a taxa de utilização é muito baixa na edição passada e desta vez vamos cancelar para assim minimizar os recursos”, explicou Tong Hio Fong.

A Feira do Carmo e o Largo Maia de Magalhães vão ser substituídos por estarem em obras na altura, passando o largo marginal de Lazer de Oceans e a plataforma do Edifício Ip Heng de Seac Pai Van a ser utilizados para propaganda eleitoral.

27 Mai 2021

Três anos de prisão para agressor do advogado Jorge Menezes em ataque de máfia

O tribunal de Segunda Instância de Macau condenou um cidadão chinês a três anos de prisão por um ataque da máfia chinesa em 2013 a um advogado português que reside em Macau.

Em 2013, Jorge Menezes foi agredido em Macau, ficando ferido na cabeça, num braço, pescoço, ombro e mão direita, após um ataque que foi feito pelas costas por dois homens com um tijolo quando o advogado estava a acompanhar o filho, na altura com 5 anos, que ia levar à escola.

O Tribunal Judicial de Base já tinha condenado, em julho de 2019, um arguido a um ano e nove meses de prisão, mas o segundo arguido tinha sido absolvido. Contudo, após recurso, o Tribunal de Segunda Instância aplicou agora ao segundo arguido três anos de prisão.

Os juízes do Tribunal de Segunda Instância, explicou à Lusa o advogado, criticaram fortemente a decisão do Tribunal Judicial de Base, mesmo a do primeiro arguido que já tinha sido condenado, mas não puderam alterar a condenação porque o Ministério Público não recorreu da decisão.

“Não me sinto aliviado, porque o Ministério Público [MP] nunca quis investigar a identidade do mandante. Quem mandou estes pode mandar outros. Foi preciso interpor quatro recursos e esperar oito anos para conseguir reverter decisões lamentáveis do Ministério Público e de juízes de instrução e do Tribunal Criminal. Tive de lutar sozinho, não ao lado do MP, mas contra o MP”, afirmou.

Ainda assim, nenhum dos dois homens estiveram presentes em tribunal, sendo que os condenados só cumprirão a pena caso entrem em Macau, visto que não existe acordo de extradição com a China.

“O Tribunal deu como provado que este ataque visava provocar-me lesões graves e que me poderia ter provocado a morte. Ainda assim, quando um dos atacantes foi detido na fronteira, não o prenderam, autorizaram-no a regressar à China de onde sabiam que nunca regressaria, como se comprovou”, acusou o advogado.

“A polícia contra a criminalidade organizada disse-me que isto era um caso típico de máfias e os factos provados apontam nesse sentido. A minha família teve de regressar definitivamente para Portugal quase de imediato”, contou Jorge Menezes. Jorge Menezes está inscrito na Associação dos Advogados de Macau desde julho de 1998.

26 Mai 2021

Começou ontem o julgamento de Frederico Rosário no caso criptomoeda

Frederico dos Santos Rosário, filho de Rita Santos, acusado de burla num caso de investimento em criptomoeda, disse ontem em tribunal que está inocente. Segundo a TDM – Rádio Macau, o empresário negou todas as acusações de que é alvo, culpou o outro arguido do processo, o empresário de Hong Kong Dennis Lau, de ser o principal responsável pelo plano e afirmou nunca ter recebido dinheiro de investidores. Dennis Lau não compareceu na primeira sessão de julgamento.

O caso envolve 71 pessoas de Macau, com idades entre 22 e 63 anos, e envolve montantes na ordem das 20 milhões de patacas. Frederico Rosário disse ainda que acompanhou a situação de 40 investidores, na sua maioria seus familiares, onde se inclui esposa, pais e primos, bem como amigos de infância.

Em tribunal, o arguido disse também que conheceu Dennis Lau num evento de e-sports, organizado pela sua empresa. Depois desse encontro, o empresário de Hong Kong terá convidado o residente a investir num projecto de criptomineração, em Dezembro de 2017. Frederico Rosário começou por investir 150 mil dólares de Hong Kong, tendo recebido 10 por cento das acções da empresa. Este admitiu que não verificou os dados financeiros da empresa e que o investimento foi feito com base em confiança pessoal, bem como no facto de o empresário de Hong Kong ter pergaminhos e hardware de ponta para a mineração de criptomoeadas.

ATFPM metida ao barulho

O investimento em criptomoeda chegou a ser promovido na sede da Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau, cuja assembleia-geral é presidida por Rita Santos. Ambos negaram quaisquer ilegalidades, mas muitos investidores acusaram Rita Santos de incitar ao investimento. Frederico dos Santos Rosário disse em tribunal ter tentado obter justificações e provas bancárias junto de Dennis Lau, mas que este primeiro furtou-se a apresentá-las e que depois apresentou provas alegadamente falsas, na versão de Frederico Rosário.

Na sessão de ontem foram ouvidas cinco testemunhas que confessaram ter sabido da possibilidade de investimento por diversas vias, incluindo as sessões na ATFPM, e que fizeram os pagamentos em cheque a Dennis Lau e nunca a Frederico. As testemunhas acusaram, aliás, Dennis Lau de ser o responsável pela alegada burla.

26 Mai 2021

JCPOA | Pequim e Teerão procuram salvaguardar interesses comuns

O presidente chinês, Xi Jinping, disse nesta segunda-feira, numa conversa telefónica com o presidente iraniano, Hassan Rouhani, que a China apoia as propostas razoáveis do Irão em relação ao Plano de Acção Abrangente Conjunto (JCPOA, em inglês) sobre a questão nuclear iraniana e está disposta a fortalecer a coordenação com o Irão para salvaguardar os interesses comuns dos dois lados.

Segundo Xi, “a China e o Irão deram as mãos para lutar contra a pandemia de COVID-19 e alcançar resultados positivos na cooperação prática bilateral. Os dois países apoiam-se firmemente nos assuntos que envolvem os seus respectivos interesses essenciais e principais preocupações e consolidaram amplamente a sua confiança mútua estratégica, defendendo resolutamente a equidade e a justiça internacionais”.

Observando que este ano marca o 50º aniversário do estabelecimento de laços diplomáticos entre a China e o Irão, Xi enfatizou que as relações bilaterais se encontram num momento histórico importante para construir sobre as conquistas do passado e seguir em frente no futuro. “A China dá grande importância ao seu relacionamento com o Irão e está pronta para trabalhar com o lado iraniano para aproveitar o 50º aniversário como uma oportunidade para fortalecer a cooperação em vários campos e esforçar-se-á por um progresso sólido no desenvolvimento da sua parceria estratégica abrangente”, sublinhou.

Xi assinalou que a China também continuará a desempenhar um papel construtivo na busca de uma solução rápida e justa para a questão palestiniana e está disposta a trabalhar com o Irão para fortalecer a comunicação e a cooperação nos assuntos regionais e internacionais e promover conjuntamente a segurança e a estabilidade regionais.

De sua parte, Rouhani afirmou que “a China controlou a pandemia com sucesso e forneceu ao Irão e a outros países um valioso apoio e ajuda para sua resposta, pelo que o Irão é sinceramente grato”.

Observando que os dois países têm mantido uma cooperação amigável, disse que o Irã se mantém firmemente fiel à política de “Uma Só China” e apoia firmemente a China na salvaguarda da soberania nacional e integridade territorial.

“O Irão está disposto a trabalhar com a China para fortalecer a cooperação estratégica, expandir a cooperação mutuamente benéfica em áreas como a economia, comércio e energia e promover a cooperação na iniciativa Uma Faixa, Uma Rota”, afirmou. “O plano de cooperação recentemente assinado pelos dois países abriu perspectivas mais amplas para a cooperação de benefício mútuo no futuro”, assinalou Rouhani.

O presidente iraniano acrescentou que o Irão aprecia as posições justas da China nos assuntos regionais como o JCPOA e o conflito Palestina-Israel, e espera continuar a comunicação e a coordenação próximas com a China para se opor ao unilateralismo e ao hegemonismo, salvaguardar seus próprios interesses legítimos e manter a paz e a segurança regionais.

26 Mai 2021

Vietname | Xi Jinping espera uma comunidade estratégica com um futuro partilhado

Uma nova era desponta nas relações entre Pequim e Hanói. É hora de aprofundar a cooperação, entendem os dois líderes.

 

O presidente chinês, Xi Jinping, disse na segunda-feira que a China está pronta para fazer esforços activos com o Vietname para transformar os dois países “numa comunidade com um futuro partilhado de significado estratégico”.

O presidente chinês fez estas declarações numa conversa telefónica com o presidente vietnamita, Nguyen Xuan Phuc, e pediu-lhe que transmita “as suas sinceras saudações” ao secretário-geral do Comité Central do Partido Comunista do Vietname, Nguyen Phu Trong.

“A China e o Vietname estão ligados por montanhas e rios”, afirmou Xi, apontando que a amizade tradicional de “camaradagem e fraternidade” é o tesouro comum dos dois partidos e países e que a boa vizinhança é o grande quadro do desenvolvimento das relações entre os dois partidos e países.

“O Partido Comunista da China está prestes a celebrar o seu centenário. A China embarcou numa nova jornada de construção plena de um país socialista moderno e o Vietname também se está a esforçar para alcançar as suas duas metas centenárias”, observou Xi.

“Os dois lados devem ver e compreender as relações entre os dois partidos e países de uma perspectiva estratégica e de longo prazo e definir a direcção certa para o avanço das relações China-Vietname”, sugeriu Xi. Segundo o presidente, o partido comunista e o governo chinês aderem firmemente a uma política amigável em relação ao Vietname e apreciam que a nova liderança continue a dar prioridade aos laços com a China na sua política externa.

Fiéis à amizade tradicional

“A China está disposta a trabalhar com o Vietname para permanecer fiel à aspiração original da sua amizade tradicional, ter em mente os ideais e as missões históricas partilhados pelos dois lados, e tornar continuamente sua cooperação estratégica abrangente mais relevante na nova era, de modo a injectar um novo impulso no desenvolvimento das relações entre os dois partidos e países, bem como suas causas socialistas”, acrescentou.

Xi destacou que os dois lados devem continuar a aproveitar as vantagens especiais de suas trocas interpartidárias para aprofundar a partilha de experiências sobre governação estatal. Xi também instou esforços concertados para expandir continuamente o comércio bilateral, acelerar a conexão da infraestrutura e explorar plenamente o potencial de cooperação de novas formas de negócios e novas forças motrizes, a fim de servir melhor o desenvolvimento económico e social de ambos os países.

Os dois lados devem fortalecer os intercâmbios pessoais, acelerar a implementação dos projectos apoiados pela China para o bem-estar público no Vietname e trazer mais resultados de sua cooperação de benefício mútuo para as pessoas em ambos os países. “Devemos prosseguir a boa tradição de unidade e apoio recíproco, dar as mãos para abordar e controlar efectivamente a pandemia de COVID-19, e proteger substancialmente a vida e a saúde das pessoas”, assinalou Xi. “A China está pronta para continuar a fornecer toda a assistência dentro de sua capacidade para a luta do Vietname contra a pandemia”, acrescentou.

Vietname saúda riqueza chinesa

Por sua vez, Phuc transmitiu as saudações cordiais de Trong a Xi e felicitou calorosamente o Partido Comunista da China (PCC) pelo seu próximo centenário.

Phuc disse que “sob a forte liderança do PCC com Xi no centro, a China superou o impacto do surto da COVID-19 e alcançou a vitória nas três grandes batalhas de combate à pandemia, restauração da economia e redução da pobreza, e que a vida do povo chinês nunca foi tão feliz como hoje”.

“O lado vietnamita felicita sinceramente a China pela sua grande transformação bem-sucedida de se levantar para ficar rica e se tornar mais forte”, disse, acrescentando que seu país acredita e deseja que “a China alcance conquistas ainda maiores na sua jornada em direção à meta do segundo centenário”.

Observando que o Vietname e a China são “irmãos e vizinhos”, Phuc afirmou que o lado vietnamita apoia a China socialista, busca firmemente uma política externa independente e continuará a promover convictamente sua amizade com a China.

“O Vietname está pronto para implementar seriamente consensos de alto nível entre os dois países, intensificar os intercâmbios políticos, fortalecer a solidariedade e a confiança mútua e aprofundar a cooperação de benefício mútuo em áreas como a economia, comércio, controle epidémico, e intercâmbios de jovens e de pessoas, bem como em nível local. Isso ajudará a elevar as relações entre os dois partidos e os dois países a novos patamares e contribuirá para a paz regional e o desenvolvimento da causa socialista”, concluiu.

26 Mai 2021

Covid-19 | Hong Kong pode ter de deitar fora milhões de vacinas face à desconfiança da população

Um especialista de Hong Kong alertou que a desconfiança da população em relação às vacinas contra a covid-19 poderá obrigar as autoridades a deitar fora milhões de doses da Pfizer-BioNTech, que expiram nos próximos três meses.

“Todas as vacinas têm uma data de validade”, disse hoje Thomas Tsang, antigo responsável do Centro de Proteção da Saúde, à rádio estatal RTHK.

“Não podem ser utilizadas após a data de expiração, e os centros de vacinação que administram a [vacina] BioNTech deixarão de funcionar após setembro, de acordo com o calendário atual”, acrescentou.

“O mundo inteiro luta para conseguir vacinas”, sublinhou, considerando “injusto” que Hong Kong não esteja a utilizar as doses disponíveis.

A antiga colónia britânica é um dos raros territórios do mundo a ter conseguido doses suficientes para vacinar toda a população, de 7,5 milhões de habitantes, mas a campanha de vacinação está longe do sucesso esperado, muito por causa da desconfiança em relação ao Governo local, considerado por muitos como o braço da repressão da China, após as manifestações de 2019.

Na origem da fraca procura das vacinas poderá estar também a falta de informação e a baixa circulação do vírus em Hong Kong, levando muitas pessoas a considerar que não há urgência na vacinação.

A relutância em relação à vacinação é partilhada até pelos trabalhadores do setor da saúde. Há algumas semanas, as autoridades hospitalares revelaram que apenas um terço do pessoal, considerado prioritário, tinha sido vacinado, de acordo com a agência France-Presse (AFP).

Hong Kong comprou 7,5 milhões de doses da vacina desenvolvida pela empresa farmacêutica norte-americana Pfizer e a alemã BioNTech, e igual número de doses da vacina da farmacêutica chinesa Sinovac, que ainda não foi aprovada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Hong Kong também tinha encomendado previamente 7,5 milhões de doses da vacina da AstraZeneca, antes de recuar, explicando que preferia utilizar o orçamento para vacinas de segunda geração.

Até agora, Hong Kong recebeu quase 3,3 milhões de doses da vacina da Pfizer-BioNTech, mas apenas 1,2 milhões foram administradas.

Segundo a AFP, 19% da população recebeu a primeira dose, tendo 14% completado a vacinação. Nas últimas semanas, políticos de Hong Kong sugeriram que a antiga colónia britânica deveria enviar as doses não utilizadas para o estrangeiro, se mais habitantes não solicitarem a vacina.

No início deste ano, o Governo anunciou a distribuição de vales de compras de 5.000 dólares de Hong Kong para impulsionar a economia, tendo havido propostas de que fossem condicionados à vacinação.

A chefe do executivo, Carrie Lam, rejeitou no entanto hoje a sugestão. “Oferecer dinheiro ou algo tangível para levar as pessoas a serem vacinadas não deve ser feito pelo governo”, disse, considerando que isso poderia “ter o efeito oposto ao pretendido”.

25 Mai 2021

Timorenses em Macau recolhem mais de 63 mil patacas para ajudar vítimas das cheias

A comunidade de Macau angariou 63.460 patacas para apoiar a localidade timorense de Laclubar, afectada pelas cheias, um montante que fará “enorme diferença”, disse à Lusa o delegado de Timor-Leste do Fórum de Macau.

Através da Conta Solidariedade Timor-Leste do Banco Nacional Ultramarino em Macau (BNU), lançada pela delegação de Timor-Leste no Fórum de Macau e pela Associação de Amizade Macau-Timor, aberta de 28 de Abril a 20 de Maio, foram angariadas 47.460 patacas e o Fórum de Macau doou mais 16.000 patacas.

À margem da cerimónia de Doação para as Vítimas da Inundações de Timor-Leste, que decorreu no antigo território administrado por Portugal, o delegado de Timor-Leste Fórum de Macau, Danilo Lemos Henriques explicou que após as inundações em Timor-Leste, ocorridas no início de abril, houve “muita dificuldade no acesso ao distrito”.

“Três quilómetros de estrada caíram e também a ponte de ligação. Eles não tiveram oportunidade de comprar materiais, nem alimentos”, sendo que os alimentos que chegaram tiveram de ser transportados de helicóptero, detalhou o responsável.

No total, “111 casas foram destruídas completamente” e “as famílias ficaram sem roupas, sem livros, sem brinquedos”, entre outros, disse.

O dinheiro angariado, explicou, será coordenado pela Fundação Ordem Hospitalar de São João de Deus e pelas autoridades locais, que “vão administrar este fundo para depois comprar as necessidades básicas que as populações necessitam”.

No Posto Administrativo de Laclubar, no município de Manatuto, a cerca de 90 quilómetros a leste da capital timorense, 111 casas foram totalmente destruídas e mais de 230 danificadas, num total de 345 famílias em seis aldeias afetadas.

As cheias, que provocaram 32 mortos e nove desaparecidos, presumidos mortos, destruíram ou danificaram quase 29 mil casas em vários pontos do país, destruindo mais de 3.700 hectares de campos agrícolas, especialmente nos municípios de Manatuto, Bobonaro, Liquiçá e Viqueque.

O último relatório preparado pelo Ministério da Administração Estatal, em coordenação com a Unidade de Missão da Proteção Civil e Gestão de Desastres Naturais, a que a Lusa teve acesso, mostra que até ao momento foram apoiadas menos de 15 mil famílias em todo o país.

Mais de metade das 33 mil famílias afectadas pelas cheias do início de Abril em Timor-Leste continuam, um mês depois do desastre natural, sem receber apoio, com mais de 3.000 pessoas ainda desalojadas, segundo o último relatório.

Durante a cerimónia realizada em Macau, que contou com representantes lusófonos do Fórum de Macau e do BNU, encontravam-se em directo por videoconferência, representantes das comunidades locais do posto Administrativo de Laclubar.

Um deles, Francisco Reis de Araújo, professor de ensino superior em Díli, “em nome do povo de Laclubar, principalmente das famílias vítimas” o apoio financeiro que hoje receberam “fruto da contribuição do povo irmão de Macau, dos irmãos timorenses residentes em Macau, às associações dos países de língua portuguesa em Macau.

A acrescentar a este desastre humanitário, Timor-Leste está a viver o pior momento da pandemia. Timor-Leste registou hoje mais 179 infeções com o SARS-CoV-2, dos quais 10% com sintomas da covid-19, segundo o balanço diário divulgado pelo Centro Integrado de Gestão de Crise (CIGC).

Timor-Leste acumula actualmente 5.816 casos de infeção desde o início da pandemia. Sobre este ponto, o delegado de Timor-Leste no Fórum de Macau, frisou o papel que a China tem tido na ajuda ao país. “Desde o início do surto de covid-19 em Timor-leste, a China foi o primeiro país a oferecer assistência e doações”, como equipamentos pessoais de higiene, medidores de temperatura, indicou. “A China continua a ser, como outros países também, um dos grandes parceiros de Timor-Leste nesta luta contra a covid-19”, disse.

25 Mai 2021

Arquitectura | “Interligações” é o projecto de Macau na Bienal de Veneza

Macau volta a estar representado, pela quarta vez, na Bienal de Arquitectura de Veneza, que ano chega à 17ª edição. O Pavilhão de Macau-China foi inaugurado no último sábado e trata-se de um projecto da autoria de quatro arquitectos locais, Ho Ting Fong, Che Chi Hong, Lao Man Si e Chan Ka Tat. A curadoria esteve a cargo do arquitecto Carlos Marreiros.

O tema deste ano da Bienal de Arquitectura é “Como iremos viver juntos?”, tendo a equipa de Macau apresentado “quatro obras de diferentes estilos” sob a temática “Interligações – Vida Transfronteiriça na Grande Baía”. A ideia do projecto é “traçar o panorama urbano da futura cidade de Macau e reflectir sobre a simbiose e os desafios decorrentes da profunda integração da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau”.

O Pavilhão de Macau-China pode ser visitado até 21 de Novembro deste ano no espaço em frente ao Arsenal, o edifício principal da Bienal, em Campo della Tana. Criada em 1980, a Bienal de Arquitectura de Veneza é um dos mais importantes eventos no âmbito da arquitectura e das artes. A edição deste ano estava agendada para Maio do ano passado, mas foi adiada devido à pandemia. Um total de 112 entidades, oriundas de 46 países e regiões, participam na bienal.

O Instituto Cultural esclarece que, com o objectivo de “aprofundar o conhecimento do público sobre a arte arquitectónica de Macau”, as obras estarão disponíveis para visita online, além de serem posteriormente expostas no território.

25 Mai 2021

Macau regista 51.º caso importado de covid-19

Macau registou o 51.º caso importado de covid-19, num residente que viajou por vários países, anunciaram na segunda-feira as autoridades de saúde.

O homem, de 39 anos, tinha já recebido as “duas doses de vacinas inactivadas da Sinopharm contra a covid-19”, entre 11 de Fevereiro e 11 de Março, de acordo com um comunicado do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus.

Entre 15 de Março e 19 de Maio, o indivíduo viajou de Hong Kong para o Nepal, depois da Turquia para França e depois para Taiwan. No dia 19 de Maio, ao chegar a Macau, proveniente de Taiwan, o resultado do teste de ácido nucleico foi negativo, tendo as autoridades de saúde encaminhado o residente para observação médica num hotel local.

Na segunda-feira, “o resultado do teste de ácido nucleico regular, feito durante o período de observação médica, revelou-se fracamente positivo” e o “paciente não manifestou nenhuns sintomas e foi transferido ao Centro Clínico de Saúde Pública de Coloane para observação aprofundada”, indicou a mesma nota. Os últimos casos importados assintomáticos da covid-19 foram detectados em 16 de Maio e em 7 de Março.

Macau, que diagnosticou o primeiro caso de covid-19 no final de Janeiro de 2020, contabilizou até agora 51 casos, não tendo registado nenhuma morte devido à doença.

No comunicado, as autoridades de Macau apelaram, uma vez mais, à população para se vacinar contra a covid-19, “o mais rapidamente possível, enquanto a situação epidémica em Macau está estável”, para prevenir a propagação e um surto da doença na comunidade, através do estabelecimento de “barreiras imunológicas comunitárias”.

Até agora, os Serviços de Saúde administraram cerca de 150 mil doses e há cerca de 93 mil residentes vacinados com pelo menos uma dose, ou seja, 13,7% da população local total.

25 Mai 2021