Hoje Macau China / ÁsiaChina exige que viajantes oriundos de Portugal façam quarentena antes de partirem A China passou a exigir que os viajantes oriundos de Portugal cumpram uma quarentena de 21 dias antes de partirem para o país asiático, informou esta segunda-feira a embaixada chinesa em Lisboa, numa medida inédita de prevenção da covid-19. As embaixadas da China na Bélgica, Rússia, Egito e Peru emitiram comunicados semelhantes, impondo uma quarentena no país de origem, a que se soma outra quarentena na chegada à China, de pelo menos 14 dias. A China, à semelhança de outros países, já exigia que qualquer pessoa que viajasse do exterior cumprisse um período de quarentena à chegada, mas uma quarentena obrigatória antes de embarcar é um requisito inédito. “Todo o pessoal de empresas com capital chinês deve ser colocado em quarentena, com 21 dias de antecedência, e fornecer certificados de quarentena carimbados pelas respetivas empresas”, lê-se no comunicado difundido no portal oficial da embaixada da China em Lisboa. “Tripulantes que tenham desembarcado em Portugal e pretendam embarcar com destino à China devem ser colocados em quarentena, em Portugal, por pelo menos 14 dias, devendo os certificados de quarentena ser emitidos pelas companhias aéreas”, acrescenta a mesma nota. No caso de Portugal, o único voo direto para a China, operado pela companhia aérea Beijing Capital Airlines, tem como destino a cidade chinesa de Xi’an, que exige 21 dias de quarentena a quem chega do exterior, num hotel designado pelas autoridades, e mais sete dias posteriores na respetiva residência na China. Os passageiros devem ainda apresentar o certificado de vacinação ou o certificado de teste de antigénio negativo. Para além de um daqueles dois certificados, o passageiro deve apresentar os resultados negativos dos testes de ácido nucleico PCR e de anticorpos IgM. A ligação entre Lisboa e Xi’an tem a frequência de um voo por semana. A Beijing Capital Airlines suspendeu também, temporariamente, o transporte de passageiros em trânsito para a China, via Lisboa, oriundos da África do Sul, Brasil, Índia, Nepal, Reino Unido, Angola, Moçambique, Itália e Espanha.
Hoje Macau China / ÁsiaMyanmar | Autodenominado Governo de Unidade Nacional declara “guerra defensiva” contra a junta militar O autodenominado Governo de Unidade Nacional de Myanmar (antiga Birmânia), composto por políticos e ativistas pró-democracia, declarou uma “guerra defensiva” contra a junta militar e apelou à rebelião popular. “Hoje iniciamos uma guerra defensiva do povo contra a junta militar”, declarou o presidente interino do Governo de Unidade Nacional (NUG, na sigla em inglês) Duwa Lashi La, num vídeo enviado aos meios de comunicação social. “Durante esta revolução popular, todos os cidadãos da Birmânia devem revoltar-se em todo o país contra a junta militar, liderada por Min Aung Hlaing”, general que lidera os militares no poder, sublinhou. Em 01 de fevereiro deste ano, o exército birmanês tomou o poder e afastou o governo democrático, liderado ‘de facto’ pela Nobel da Paz Aung San Suu Kyi. O país tem estado numa crise profunda desde o golpe militar, rejeitado por uma grande parte da sociedade birmanesa. A comunidade internacional, como a UE, os Estados Unidos e o Reino Unido, anunciou sanções nos últimos meses contra a junta militar, cuja brutal repressão custou a vida a mais de mil pessoas. A China e a Rússia tornaram-se os únicos pontos de apoio da junta militar e bloquearam as tentativas do Conselho de Segurança da ONU de impor um embargo de armas. Embora a resistência à junta militar fosse inicialmente pacífica, a contestação civil é agora também armada, apesar da falta de conhecimento militar por parte da oposição. O exército birmanês justificou o golpe com uma alegada fraude eleitoral nas eleições de novembro passado, que o partido da líder deposta, Aung San Suu Kyi, venceu, como já acontecera em 2015, num escrutínio considerado legítimo pelos observadores internacionais. A Nobel da Paz (1991) está sob custódia das autoridades birmanesas desde as primeiras horas do golpe militar, tendo sido acusada de vários crimes. No processo que está a decorrer no tribunal da capital birmanesa, a política de 76 anos é acusada de incitação ao ódio, de uma alegada importação ilegal de aparelhos eletrónicos e de violação das normas contra a propagação da pandemia de covid-19. Suu Kyi, que permanece detida num local desconhecido após ter passado várias semanas em prisão domiciliária, também enfrenta uma acusação por violação de informações secretas, processo que está a decorrer em outro tribunal em Rangum. Neste caso concreto, Aung San Suu Kyi pode incorrer numa pena de prisão até 14 anos.
Hoje Macau China / ÁsiaNovo embaixador alemão na China morre aos 54 anos O novo embaixador da Alemanha na China, que serviu anteriormente como conselheiro da chanceler alemã, Angela Merkel, morreu aos 54 anos, anunciou ontem o Ministro dos Negócios Estrangeiros alemão. O ministério anunciou a “morte súbita” de Jan Hecker, num breve comunicado, emitido na madrugada de ontem. A mesma fonte não especificou a causa da morte e descartou qualquer relação com o cargo. A porta-voz adjunta do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Andrea Sasse, disse, quando questionada numa conferência de imprensa sobre a causa da morte, que “nada tem a ver com o papel que Hecker desempenhava” na embaixada. Hecker, que se tornou embaixador, em Agosto passado, era casado e tinha três filhos, segundo a sua biografia, publicado no portal oficial do Ministério. O embaixador chegou à China no início de Agosto e apresentou as suas credenciais no dia 24 do mesmo mês, de acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros do país asiático. Ex-funcionário do Ministério do Interior e juiz do Tribunal Administrativo Federal da Alemanha, começou a trabalhar na chancelaria alemã, em 2015, como chefe de uma unidade que coordena a política para os refugiados. Hecker tornou-se conselheiro para a política externa de Merkel – um cargo influente, embora com um perfil público baixo – em 2017. Merkel revelou, em comunicado, estar “profundamente chocada” com a morte de Jan Hecker. “Estou de luto por um estimado conselheiro de longa data, com profunda humanidade e notável experiência”, afirmou.
Hoje Macau China / ÁsiaClima | China e EUA conversam sobre mudanças climáticas Xie Zhenhua e John Kerry acertaram agulhas com vista a reduzir urgentemente as emissões de dióxido de carbono e impulsionar a implementação do Acordo de Paris O Enviado Especial da China para Mudanças Climáticas, Xie Zhenhua, conversou, a convite com o Enviado Presidencial Especial para o Clima dos EUA, John Kerry, em Tianjin, durante a semana, disse o Ministério da Ecologia e do Meio Ambiente na sexta-feira. Os dois lados conduziram diálogos francos, profundos e pragmáticos e tiveram uma troca completa de opiniões sobre assuntos-chave, incluindo a seriedade e a urgência da mudança climática global, planos para conversações e cooperação bilaterais sobre mudança climática e a próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática em Glasgow, no Reino Unido. As duas partes compartilharam as políticas e acções sobre mudanças climáticas adoptadas pelos respectivos países. A China criou um grupo sobre o pico de carbono e neutralidade de carbono e está a trabalhar num sistema de políticas para atingir o pico das emissões de dióxido de carbono até 2030 e alcançar a neutralidade de carbono até 2060, de acordo com o lado chinês. O lado norte-americano apresentou as políticas do governo Biden para facilitar as metas do país de redução de emissões, de acordo com a pasta. Olhar em frente Reconhecendo a importância dos diálogos climáticos entre a China e os EUA sobre os esforços multilaterais para enfrentar a mudança climática, os dois lados discutiram os próximos passos para colocar as negociações bilaterais numa base mais institucional, concreta e pragmática, e para estabelecer certos planos e projectos de cooperação no sector ecológico e de baixo carbono estabelecendo mecanismos relevantes. Sob o processo multilateral da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima e do Acordo de Paris, as duas partes trabalharão em conjunto com outras partes para promover o sucesso da conferência de Glasgow. As duas partes concordaram em continuar com diálogos e consultas, e agir para tratar dos assuntos climáticas, fortalecer a cooperação pragmática, impulsionar em conjunto o processo multilateral e impulsionar a implementação plena, efectiva e sustentável do Acordo de Paris.
Hoje Macau Manchete SociedadeCerca de 30% de negócios de turismo e restauração fechou portas Desde o início do ano que 30 por cento dos negócios virados para o turismo, como venda de lembranças ou de restauração fechou desapareceu. O número foi apresentado por Aeson Lei, presidente da Associação de Qualidade Verde Marca, durante um simpósio no domingo, para Pequenas e Médias Empresas. De acordo com declarações prestadas ao Jornal Cheng Pou, Aeson Lei mostrou-se muito preocupado porque os encerramentos foram quase todos uma consequência de degradação da situação económica imposta pela pandemia da covid-19 e pelas restrições de circulação. Lei explicou que também as plataformas de distribuição de comida fizeram com que a situação dos restaurantes se degradasse, através da cobrança de comissões muito elevadas. Para o panorama “negro” contribui ainda a redução do poder de compra não só dos residentes, que é cada vez mais acentuada, mas também dos turistas, que gastam menos do que em anos anteriores. O responsável da associação explicou ainda que os alimentos que chegam a Macau, e produtos relacionados, estão mais caros, o que tem reduzido as margens de lucro praticadas. Sobre as dificuldades acrescidas no consumo, Aeson Lei exemplificou ainda que o cartão de consumo electrónico e a distribuição de vales electrónicos tem um impacto mais limitado do que no ano passado porque “as pessoas estão mais cautelosas na forma como gastam o dinheiro”. Mais regulação e apoio Face à crise económica, o presidente da Associação de Qualidade Verde Marca sublinhou que são muitas as empresas a lutar pela sobrevivência e pediu que o Governo lance medidas de apoio a curto, médio e longo prazo a pensar nas Pequenas e Médias Empresas. No que diz às margens do negócio, o principal problema apontado foram as plataformas de distribuição. De acordo com Aeson Lei, os donos dos restaurantes queixaram-se de que as comissões cobradas nas entregas são demasiado elevadas e precisam de ser controladas. Foi ainda pedida uma regulação exigente para este tipo de plataformas, que, segundo Lei, funcionam numa situação de vácuo jurídico.
Hoje Macau SociedadeQingmao | Moradores preocupados com impacto da Fronteira A Associação de Beneficência e Assistência Mútua dos Moradores do Bairro da Ilha Verde está preocupada com a abertura da Fronteira de Qingmao. Em declarações ao jornal Ou Mun, Lei Tong Man, presidente da associação, afirmou que muitos residentes consideram que a abertura vai promover um aumento das importações paralelas. Esta é uma prática ilegal, em que as pessoas vêm a Macau comprar produtos, para depois venderem no Interior a preços mais baixos do que aqueles que são praticados no outro lado da fronteira, uma vez que não estão sujeitos aos mesmos impostos. Entre os factores que podem contribuir para um aumento da prática, Lei Tong Man apontou o horário de funcionamento de 24 horas, uma localização “mais escondida”, em comparação com as Portas do Cerco, e ainda a proximidade de várias unidades de distribuição de produtos conhecidos e levados para o Interior. Face a este cenário, a Associação de Beneficência e Assistência Mútua dos Moradores do Bairro da Ilha Verde apela ao Governo para que melhore as acções de inspecção e que investigue qualquer sinal de uma eventual ilegalidade. Segundo Lei, é necessário actuar ainda antes de começarem a surgir sinais de mais uma “rota” de comércio ilegal. A nova fronteira de Qingmao apenas permite a passagem de quem tem nacionalidade chinesa, ou seja, não permite a passagem de locais com passaporte português, entra em funcionamento amanhã.
Hoje Macau Manchete PolíticaCAEAL disposta a adiar eleições em caso de tufão de sinal 8 A Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa (CAEAL) admite adiar as eleições, caso seja içado o sinal número oito de tufão. O cenário está em cima da mesa, uma vez que se formou uma tempestade tropical com o nome Conson, a leste das Filipinas. Segundo as informações dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG), “ainda existem incertezas na previsão de intensidade e trajectória”, mas não é afastada a possibilidade de afectar o território. Perante a situação, Tong Hio Fong, presidente da CAEAL, explicou que se for necessário o acto pode ser adiado deste domingo, 12 de Setembro, para o seguinte, ou seja 19 de Setembro. “Se houver sinal oito e não pudermos fazer a eleição […] de acordo com a legislação, o dia da votação pode ser adiado para o fim-de-semana seguinte”, indicou Tong. A CAEAL garantiu ainda que se vai manter “em comunicação” com os SMG. Se as eleições forem adiadas, o período de campanha poderá ser prolongado até sexta-feira dia 17 deste mês. “De acordo com o previsto na lei, se houver adiamento, e como a lei prevê que a campanha pode ser feita até dois dias antes do dia da eleição, vai ser estendido o período de campanha”, explicou Tong. Simulação de voto Ontem, os membros da CAEAL estiveram no Pavilhão Polidesportivo Tap Seac a visitar a local de voto de simulação, que permite à população vivenciar, e preparar-se, para o voto de domingo. O “teste” permitiu aos membros da CAEAL recolherem algumas indicações, como a necessidade de manter marcas amarelas no chão, para que o distanciamento social seja respeitado nas filas de espera para votar. O evento da CAEAL decorreu ao mesmo tempo que uma visita do Colégio Perpétuo Socorro Chan Sui Ki, com os alunos a assistirem a uma apresentação sobre o acto eleitoral, através de vídeo, e a terem a oportunidade de utilizarem as urnas de voto de simulação. Até sexta-feira, o espaço está aberto para que mais alunos possam aprender como decorrem as eleições. As visitas estão disponíveis para todos os cidadãos.
Hoje Macau Manchete PolíticaChina anuncia plano para criar de zona de cooperação aprofundada Macau-Guangdong As autoridades centrais da China anunciaram um plano geral para a construção de uma zona de cooperação aprofundada entre Macau e a província vizinha de Guangdong em Hengqin. O plano, aprovado pelo Comité Central do Partido Comunista da China e pelo Conselho de Estado, foi tornado público no domingo, noticiou a agência de notícias Xinhua, com as autoridades a salientarem que se trata de um acordo importante para enriquecer a prática de “um país, dois sistemas” e uma importante força motriz para o desenvolvimento de Macau a longo prazo. Hengqin (ilha da Montanha) localiza-se na parte sul da cidade de Zhuhai, na província de Guangdong. A área total da zona de cooperação vai abranger uma área de 106 quilómetros quadrados, de acordo com o plano, no qual se define a posição estratégica da zona como uma nova plataforma para impulsionar a “diversificação económica de Macau, um novo espaço que proporciona conveniência à vida e emprego dos residentes”. Por outro lado, destaca-se que vai permitir reforçar a Grande Baía de Guangdong-Hong Kong-Macau, um projeto de Pequim para criar uma região que integra as regiões administrativas especiais de Macau, Hong Kong e nove cidades de Guangdong. Segundo o plano, a zona de cooperação irá desenvolver novas indústrias para ajudar a promover a diversificação económica de Macau, com um foco nas áreas de investigação e tecnologia de ponta, para além da promoção da medicina tradicional chinesa, das indústrias associadas à cultura e ao turismo, do setor das convenções e exposições, bem como das finanças. As políticas fiscais sobre o rendimento das sociedades serão alvo de incentivos e vão ser desenvolvidas medidas para atrair quadros qualificados, de Macau e do estrangeiro, sublinha-se. A zona de cooperação será um novo lar para os residentes de Macau viverem e trabalharem, de acordo com o plano, no qual se prevê que os residentes de Macau sejam encorajados a encontrar emprego ou a criar as suas próprias empresas, com a promessa de que a conectividade das infraestruturas será também impulsionada. Os procedimentos de declaração de mercadorias que saem e entram entre Macau e a zona de cooperação “serão ainda mais simplificados”, prevendo-se ainda a introdução de medidas “inovadoras em termos de gestão financeira transfronteiriça”, acrescentou a Xinhua.
Hoje Macau China / ÁsiaChina prevê investir 136 biliões de yuan para atingir a neutralidade carbónica em 2060 A China deverá investir 136 biliões de yuan para alcançar a neutralidade carbónica em 2060, anunciou ontem um alto responsável do Governo. Este valor foi avançado pelo vice-presidente do Conselho da China para a Promoção do Comércio Internacional, Zhang Shaogang, durante a Feira Internacional do Comércio e Serviços da China, segundo a televisão estatal CCTV. Segundo Zhang, 90% das emissões nacionais de carbono são provenientes de setores-chave como a indústria, energia, construção e transportes, motivo pelo qual a China necessitará de fazer “a maior diminuição de emissões da história mundial”. No entanto, o responsável destacou que se trata de um objetivo difícil, uma vez que “60% das tecnologias que apoiam a neutralidade carbónica ainda se encontram numa fase conceptual”, o que requer um grande investimento e apoio à investigação. Zhang está mais otimista com as metas ambientais fixadas por Pequim, a de atingir o seu pico nas emissões de carbono antes de 2030. Essas metas, anunciadas em setembro de 2020 pelo Presidente chinês Xi Jinping, foram recebidas com relativo entusiasmo pela comunidade internacional, já que a China é o país responsável pela maior quantidade de emissões de dióxido de carbono no mundo (27% do total global em 2017, de acordo com o Global Carbon Atlas). Organizações ambientais como a Greenpeace pediram ao Governo chinês uma maior fiscalização dos projetos de energia a carvão – cerca de 60% da eletricidade nacional vem dessa fonte – aprovados por algumas autoridades provinciais do país.
Hoje Macau Manchete SociedadeMacau arranca com primeira competição de ‘startups’ para universidades lusófonas e chinesas A primeira competição de ‘startups’ universitárias entre os países de língua portuguesa e a China dá pelo nome de “928 challenge” e vai decorrer em Macau ao longo do mês de Outubro, com o objectivo de promover negócios orientados para a sustentabilidade e encontrar investidores para projectos promissores. “Temos já 14 equipas registadas, sete da China e, as restantes, de universidades de Moçambique, Cabo Verde, Portugal, Brasil e São Tomé e Príncipe”, nesta competição, que este ano abre só para universidades “para criar ideias de ‘startups'”. A informação foi revelada à Lusa na passada sexta-feira por Marco Duarte Rizzolio, da Universidade Cidade de Macau (CityU), um dos coordenadores do “928 challenge”. “Para o próximo ano queremos abrir [a competição] a empresas”, adiantou o responsável. Denominado “928 challenge”, por integrar nove cidades da Área da Grande Baía, duas regiões administrativas especiais chinesas e oito países de língua portuguesa, o “concurso pretende reforçar o espírito de empreendedorismo, inovação e cooperação entre universidades” lusófonas e chinesas. Até final deste mês decorrem as inscrições para um ‘bootcamp online’ de 15 dias, previsto entre 4 e 15 de Outubro, durante o qual os participantes, deverão “criar planos de negócios que promovam a sustentabilidade e a cooperação entre a China e os países de língua portuguesa”. À procura de investidores Na primeira semana, o ‘bootcamp’ vai servir para partilhar a realidade dos países lusófonos e da China com as equipas participantes que, na segunda semana, irão desenvolver uma ideia de negócio para apresentar a possíveis investidores, explicou Rizzolio, que co-fundou o “928 challenge” com o director da Faculdade de Business da CityU, José Alves. “Estamos à espera, no máximo, de 20 equipas para a final”, que vai decorrer no dia 23 de Outubro, durante a Feira Internacional de Macau (MIF), indicou. O primeiro prémio é de dez mil patacas, o segundo de sete mil e o terceiro de cinco mil. A final será “offline e presencial” para as universidades chinesas, que virão a Macau, acrescentou. No painel de juízes contam-se o presidente e CEO do Banco Nacional Ultramarino (BNU), Carlos Cid Álvares, o presidente e CEO da CESL Asia, António Trindade, ou o presidente da KNJ Investment Limited, Kevin Ho, entre outros, referiu Marco Rizzolio. Além de permitir aprofundar colaborações académicas entre instituições do ensino superior da Grande Baía e dos países lusófonos, a organização pretende identificar projectos de ‘startup’ com potencial para serem implementados e apoiados por investidores de Macau, da Grande Baía ou de países de língua portuguesa.
Hoje Macau PolíticaJogos Paraolímpicos | Ho Iat Seng felicita comitiva nacional O Chefe do Executivo enviou uma carta de parabéns à delegação chinesa pela participação na 16.ª edição dos Jogos Paraolímpicos, devido aos “feitos extraordinários em várias competições”. “Os atletas paraolímpicos da pátria uniram-se e trabalharam arduamente”, “alcançando excelentes resultados com 96 medalhas de ouro, 60 medalhas de prata e 51 medalhas de bronze”, afirmou Ho Iat Seng, de acordo com um comunicado divulgado ontem. “Em nome da Região Administrativa Especial de Macau e da maioria dos residentes de Macau, gostaria de vos apresentar as minhas calorosas felicitações e demonstrar o mais elevado respeito”, escreveu o governante. O Chefe do Executivo declarou ainda que todos os desafios enfrentados pela delegação desportiva chinesa tocaram os corações dos compatriotas de Macau, destacando a coragem e determinação dos atletas. Ho destaca também o exemplo inspirador que fortalece a auto-estima de portadores de deficiência, além de reforçar o orgulho patriótico.
Hoje Macau PolíticaEleições | Ron Lam, da Poder da Sinergia, pede atenção para opinião pública O Executivo deve informar melhor a população relativamente ao processo de tomada de decisões, considera Ron Lam, que lidera a lista Poder da Sinergia às eleições do próximo domingo. Citado pela TDM – Rádio Macau, o candidato afirmou que se for eleito vai “exigir ao Governo que divulgue mais informações e que as comunique por iniciativa própria”. As falhas de comunicação, além da ausência de debates aprofundados sobre medidas políticas, levam a que a “discussão com a sociedade” seja incompleta. Ron Lam afirmou ainda que o Governo deve tomar acções concretas para facilitar o acesso à habitação, em particular resolvendo o problema do preço crescente do metro-quadrado. Energia Colectiva | Pedido mais apoios para idosos Chan Tak Seng, líder da lista Energia Colectiva de Macau, afirma que é preciso aumentar os apoios sociais para os idosos, que não conseguem fazer face às despesas diárias. De acordo com o candidato da lista número cinco, devia ser criado um mecanismo de aumento gradual para as pessoas habilitadas a receber as pensões de idosos. Segundo a proposta, quem tiver 55 anos recebe 4 mil patacas por ano, aos 60 anos o apoio sobe para 5 mil patacas e, no último nível, o apoio para pessoas com mais de 65 anos sobe para 6 mil patacas. Chan Tak Seng considera que com estes valores os idosos poderão aproveitar melhor “os últimos anos”. No mesmo discurso de campanha, Chan Tak Seng criticou ainda o Executivo por não conseguir criar apoios suficientes ao nível dos cuidados de saúde para os mais velhos. CAEAL | Réplica de assembleia de voto no Tap Seac A Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa (CAEAL) instalou uma réplica da assembleia de voto no Pavilhão Polidesportivo do Tap Seac para simular o acto de votar. A réplica está disponível ao público a partir de hoje, até sexta-feira, com o intuito de dar “conhecer a forma correcta de votação e a importância do segredo do voto, de modo a reduzir o número de votos nulos e evitar a violação da lei”. A entidade presidida por Tong Hio Fong incentiva ainda eleitores portadores de deficiência visual para se deslocarem ao pavilhão do Tap Seac para se adaptarem “à matriz do boletim de voto destinado ao seu voto exclusivo”. A CAEAL indica que “cada círculo da matriz corresponde ao quadrado para carimbo de cada candidatura no boletim de voto e, junto do círculo, encontra-se impresso em Braille o número da respectiva candidatura”. A simulação está disponível entre as 9h30 e as 18h.
Hoje Macau China / ÁsiaChina vai criar terceira bolsa de valores para servir empresas privadas em Pequim A China vai estabelecer a sua terceira bolsa de valores no continente, em Pequim, para servir empresas privadas, revelou ontem o Presidente Xi Jinping, manifestando apoio oficial aos empresários numa economia dominada pelo Estado. O anúncio surge num momento em que as empresas chinesas atravessam dificuldades cada vez maiores para conseguir financiamento em Wall Street e noutros mercados ocidentais, onde algumas das suas maiores empresas estão cotadas. “A China vai estabelecer a bolsa de valores de Pequim e criar uma posição principal virada para a inovação para pequenas e médias empresas”, realçou Xi Jinping, durante uma feira de comércio, citado pela agência AP. O chefe de Estado chinês não adiantou detalhes sobre o futuro mercado financeiro em Pequim ou quando este irá abrir. A primeira bolsa de valores criada na China continente após a revolução comunista de 1949 foi a de Xangai, em 1990, com forte presença de empresas estatais. Uma segunda bolsa foi criada em 1991 na cidade de Shenzhen. Gradualmente foram sendo integradas algumas empresas privadas, mas o domínio continua a ser de empresas estatais. Para se financiarem, privados como o gigante do comércio eletrónico Alibaba Group recorreram às bolsas ocidentais e a Hong Kong. Os líderes da China têm prometido, repetidamente, melhorar o acesso ao financiamento para empresários que gerem novos empregos e riqueza. O Governo lançou medidas de segurança de dados, entre outras, contra as empresas chinesas tecnológicas desde o final do ano passado, alertando que será mais difícil obter permissão para ingressar em bolsas de valores estrangeiras. A situação alimentou desconforto dos investidores, e que já causou quebras de centenas de milhares de milhões de dólares no valor das cotadas chinesas.
Hoje Macau DesportoMundial 2022 | Coreia do Sul, de Paulo Bento, estreia-se com empate caseiro A Coreia do Sul, seleção treinada pelo português Paulo Bento, estreou-se ontem na segunda fase de grupos do apuramento asiático para o Mundial2022 de futebol com um nulo caseiro perante o Iraque. Em Seul, a Coreia do Sul teve o controlo total da partida, mas foi incapaz de furar com sucesso a barreira defensiva iraquiana, formação liderada pelo técnico holandês Dick Advocaat. A equipa de Paulo Bento fica agora a aguardar os restantes resultados do Grupo A, que inclui ainda Síria, Líbano, Emirados Árabes Unidos e Irão, todos a actuar ainda hoje. O próximo encontro da seleção sul-coreana está agendado para 07 de setembro, no Líbano.
Hoje Macau China / ÁsiaGoverno chinês reforça medidas anti-monopólio e concorrência desleal A China encetou decisivamente uma luta contra práticas monopolistas e concorrência desleal, no sentido de regular o mercado e evitar a proliferação de práticas consideradas nocivas e injustas. Esta semana, o presidente chinês Xi Jinping presidiu à 21ª reunião do Comité Central “para o aprofundamento da reforma global”, que analisou e aprovou uma série de orientações, incluindo as relativas à regulamentação anti-monopólio e à promoção da concorrência leal. Li Keqiang, Wang Huning e Han Zheng, todos os membros do Comité Permanente do Comité Central do CPC e os chefes adjuntos do Comité Central para o aprofundamento da reforma global, participaram na reunião. “A implementação de regulamentos e políticas anti-monopólio que promovam a concorrência leal é um requisito intrínseco para melhorar o sistema económico de mercado socialista”, disse Xi, sublinhando os esforços para “promover a igualdade de condições, criar um amplo espaço de desenvolvimento para todos os tipos de entidades de mercado e proteger melhor os direitos e interesses dos consumidores de acordo com a visão estratégica de promover um novo paradigma de desenvolvimento, e promover um desenvolvimento de alta qualidade e prosperidade comum”. “Desde o 18º Congresso Nacional do CPC em 2012, foi tomada uma série de decisões importantes em matéria de anti-monopólio e de concorrência desleal para melhorar o sistema de concorrência leal e promover um sistema unificado e de mercado aberto com uma concorrência ordenada”, concluiu um comunicado emitido após a reunião. Medidas e orientações: • Supervisão anti-monopólio, investigação e punição de empresas com comportamentos de monopólio e concorrência desleal de acordo com a lei, tendo sido registados progressos iniciais na prevenção da expansão desordenada do capital e a melhoria constante da concorrência leal no mercado. • Equilibrar desenvolvimento e segurança, eficiência e igualdade, vitalidade e ordem, bem como mercados domésticos e internacionais. • Avançar mais rapidamente para melhorar o sistema de acesso ao mercado, o mecanismo de revisão da concorrência leal, o sistema de regulação da concorrência leal na economia digital, e o sistema para prevenir e restringir o abuso do poder administrativo para excluir e restringir a concorrência. • Promover a interacção sólida e o desenvolvimento coordenado de grandes, médias e pequenas empresas. • Protecção dos direitos de propriedade e dos direitos de propriedade intelectual, e o reforço da transparência e da previsibilidade das políticas. • Reforço da consciência das empresas sobre a concorrência leal e a orientação de toda a sociedade para formar um ambiente de mercado que defenda, proteja e promova a concorrência leal. • Melhorar o mecanismo de ajustamento do mercado para reservas estratégicas, reforçar a capacidade de reservar e ajustar mercadorias a granel e fazer com que as reservas estratégicas desempenhem um papel melhor na estabilização do mercado. • Sob a liderança do Partido Comunista, tomar medidas para orientar as empresas a servir os interesses gerais do desenvolvimento económico e social.
Hoje Macau China / ÁsiaGoverno chinês proíbe homens com aspecto considerado afeminado em programas de televisão O Governo chinês proibiu ontem homens com aspecto considerado afeminado na televisão e disse às emissoras do país para promoverem a “cultura revolucionária”, ampliando uma campanha para aumentar o controlo sobre os negócios e a sociedade. Usando gíria ofensiva para designar homens com aspeto considerado afeminado – “niang pao”, em chinês, a Administração da Rádio e Televisão da China indicou que as emissoras devem “excluir resolutamente ‘maricas’ e outros tipos de estética anormais”. Isto reflete a preocupação oficial de que as celebridades chinesas, influenciadas pela aparência elegante e feminina de alguns cantores e atores sul-coreanos e japoneses, não estejam a incentivar os jovens chineses a serem masculinos o suficiente. As emissoras devem evitar a promoção de “celebridades vulgares da internet” e a admiração pela riqueza e celebridade, apontou o regulador. Os programas devem antes “promover vigorosamente a excelente cultura tradicional chinesa, a cultura revolucionária e a cultura socialista avançada”. O Governo de Xi Jinping, o mais forte líder chinês desde o fundador da República Popular, Mao Zedong, também está a aumentar o controlo sobre a indústria da internet, com regulamentos antimonopólio ou de proteção da segurança dos dados dos utilizadores. Novas regras estipulam que os menores só podem jogar ‘online’ entre as 20h00 e as 21h00 às sextas-feiras, sábados e domingos. As empresas que desenvolvem os jogos já eram obrigadas a enviar os novos produtos para aprovação oficial. Em mais um exemplo de como o Partido Comunista (PCC) voltou a reforçar o controlo sobre as várias esferas da vida na China, as autoridades pedem agora que sejam acrescentados temas “nacionalistas”. O PCC também está a aumentar o controlo sobre as celebridades. As emissoras devem evitar artistas que “violam a ordem pública” ou “perderam a moralidade”, disse o regulador. Programas sobre filhos de celebridades também são proibidos. No sábado, a rede social Weibo, o Twitter chinês, suspendeu milhares de contas de clubes de fãs e notícias de entretenimento. Uma atriz popular, Zhao Wei, desapareceu das plataformas de transmissão de vídeo sem explicação. O seu nome foi retirado dos créditos de filmes e programas de televisão. A ordem de quinta-feira refere que as emissoras devem limitar os pagamentos aos artistas e evitar termos de contrato que possam ajudá-los a fugir aos impostos. Outra atriz, Zheng Shuang, foi multada em 299 milhões de yuans, na semana passada, por evasão fiscal, num aviso às celebridades para servirem como modelos positivos.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Medidas anti-monopólio não afastam grandes investidores estrangeiros As principais empresas de investimento globais estão a aderir à China, apesar das medidas anti-monopólio do Governo que, a Goldman Sachs calcula, retiraram três biliões de dólares do valor de mercado às maiores empresas do país. Há mesmo quem diga terem demorado tempo demais a chegar Ao contrário do que se poderia esperar, quando as autoridades chinesas implementam novas medidas de regulação do mercado e alguns dos seus principais actores levam gigantescas talhadas em multas, alguns dos maiores nomes mundiais na gestão de activos dizem que ainda é uma boa altura para investir no País do Meio. Aliás, segundo disseram à CNN, as recentes medidas reguladoras foram “necessárias e atrasadas”, e que a história de crescimento da China se mantém “atractiva”. “O caso da China a longo prazo está intacto”, afirma Luca Paolini, estratega-chefe da Pictet Asset Management. A empresa é um braço do banco privado suíço Pictet Group, que tem activos sob gestão no valor de 746 mil milhões de dólares. O Pictet não está sozinho. Muitos dos maiores nomes de Wall Street, incluindo BlackRock (BLK), o maior gestor de activos do mundo, Fidelity e Goldman Sachs (GS), continuam a aconselhar os clientes a continuarem a comprar, embora cautelosamente. A “intensidade” das medidas “irá flutuar”, escreveram os estrategas da BlackRock, numa nota de investigação publicada em Agosto. “As autoridades chinesas irão provavelmente equilibrar a sua agenda regulamentar com um desejo de estabilidade económica, e a intensidade da repressão regulamentar poderá abrandar em meio a um crescimento mais lento e volatilidade do mercado”. Alguns reticentes A repressão ao longo do ano passado abalou muitas empresas e pode também estar a agir como um obstáculo ao crescimento económico. O sector dos serviços contraiu-se em Agosto pela primeira vez em 18 meses. A empresa de tecnologia financeira Ant Group valerá metade do que valia antes de uma oferta pública ter sido arquivada em Novembro passado e foi forçada a reformular o seu negócio. As acções da empresa Didi não conseguiram aproximar-se do seu preço de IPO depois de a empresa ter começado a ser investigada no início deste Verão. E as regras abrangentes reveladas em Julho encerraram essencialmente o sector de tutoria com fins lucrativos da China, no valor de 120 mil milhões de dólares. O índice MSCI China, que rastreia empresas chinesas de grande e média capitalização, caiu mais de 13% este ano. Pelo contrário, o Índice Mundial MSCI aumentou mais de 16%. Alguns grandes proponentes do investimento chinês – incluindo a fundadora do SoftBank (SFTBF) Masayoshi Son – avisaram que terão de aguardar os regulamentos antes de decidirem comprar mais agressivamente novamente. Outros, incluindo o Bank of America (BAC), recomendaram o abandono total das acções tecnológicas chinesas para oportunidades na Austrália, Japão, Índia e outras partes da Ásia. “Embora tenhamos defendido durante anos as impressionantes vantagens e realizações tecnológicas da China à escala global … pensamos que é pouco provável que o balanço regulamentar se dissipe em breve”, escreveram os analistas do Bank of America em Julho. “Os investidores estrangeiros que optam por investir na China têm uma dificuldade notável em reconhecer estes riscos”, escreveu o investidor bilionário George Soros esta semana no Financial Times. “A China de Xi não é a China que eles [investidores] conhecem”. Segundo Soros, a versão de Xi do Partido Comunista agiu como uma “versão actualizada” da que foi liderada por Mao. “Nenhum investidor tem qualquer experiência dessa China porque não existiam bolsas de valores no tempo de Mao”. Um modelo a seguir? Paolini, no entanto, não está preocupado. Por um lado, a repressão é uma “resposta tardia” ao ritmo acelerado a que muitas empresas chinesas têm crescido e inovado. O investidor prevê que o resto do mundo irá também criar regulamentos rigorosos sobre a utilização de dados e o domínio da Big Tech. “O risco regulamentar aumentou, mas agora o preço é agora em grande parte – sobre as nossas medidas”, disse Paolini, acrescentando que a China é o terceiro mercado “maior” de acções mais barato e “de longe o mais vendido”. Os estrategas da BlackRock fizeram eco dessa lógica, escrevendo que a liderança chinesa vê as medidas como “necessárias para controlar as indústrias que têm vindo a crescer rapidamente e a ser pouco regulamentadas”. “Mantemos a nossa preferência estratégica pelos activos chineses”, acrescentaram. Até a Goldman Sachs – que recentemente estimou que a repressão tinha eliminado 3,1 biliões de dólares em valor de mercado para as empresas chinesas em todo o mundo, metade dos quais provenientes apenas de empresas tecnológicas – permaneceu em alta. Os estrategas do banco de investimento escreveram na semana passada que o “ambiente comercial incerto” não era susceptível de prejudicar demasiado o caso da compra de acções chinesas, pelo menos não no continente. As empresas que constam da lista no estrangeiro podem estar a passar um mau bocado, uma vez que tanto os reguladores americanos como chineses têm estado a espremer as empresas que constam da lista em Nova Iorque. Mesmo assim, os analistas do Goldman apontaram para um “valor a longo prazo” para essas empresas – eles apenas querem “esperar por mais clareza na regulamentação” primeiro. A China tem “um forte potencial de crescimento económico e de ganhos num contexto global”, escreveram os estrategas. O banco reconheceu numa nota de pesquisa de Julho que as acções sofreram um impacto significativo com a repressão, acrescentando que alguns dos seus clientes até perguntaram se os mercados chineses se tinham tornado “invejáveis”. Mas disseram acreditar que é improvável que “regulamentações extremas” se espalhem a todos os sectores. O governo tem apoiado o desenvolvimento de “tecnologias fundamentais”, tais como energias renováveis e redes 5G, e “seria pragmático ao estabelecer um equilíbrio entre objectivos sociais/ideológicos e mercados de capitais em indústrias não sensíveis do ponto de vista social ao longo do tempo”. A venda “indiscriminada” também criou alguns bons investimentos para os que pensam a longo prazo, de acordo com Victoria Mio, directora de Acções Asiáticas da Fidelity International. “Apesar dos ventos contrários em alguns sectores, a China ainda está no bom caminho para um crescimento decente do PIB na próxima década”, afirmou, apontando para o aumento do poder de compra da classe média. Algumas empresas também tocaram no valor de outros activos chineses. Paolini salientou que o yuan teve um desempenho melhor do que outras moedas principais este ano, mais 1% em relação ao dólar americano. As obrigações do governo chinês também têm um desempenho superior, retornando 3,5% em comparação com uma perda de 1,1% no índice global de obrigações do governo do JP Morgan, uma referência rastreada pelos investidores em obrigações. “Claramente, a China continua a ser totalmente ‘investível’ para os investidores estrangeiros”, acrescentou ele. “É difícil prever a direcção futura das mudanças políticas, mas evitar stocks e sectores onde as avaliações são ricas e … as expectativas [são elevadas] pode ajudar a mitigar esta incerteza”, disse Catherine Yeung, directora de investimentos da Fidelity International. “Os investidores deixaram as acções da Internet e da educação, investindo em vestuário desportivo e em energias renováveis, entre outras indústrias. Sempre houve desequilíbrios sociais e económicos, e a pandemia trouxe-os ainda mais à luz”, acrescentou. “As recentes mudanças políticas/regulamentares da China são criadas para abordar estes desequilíbrios com enfoque na segurança, autonomia e justiça”.
Hoje Macau China / ÁsiaLíder separatista da Caxemira indiana morre. Índia corta internet na região O principal líder pró-independência da Caxemira indiana morreu quarta-feira à noite sob custódia policial, o que levou à imposição de múltiplas restrições em toda a região para evitar possíveis protestos. Syed Ali Shah Geelani, de 92 anos de idade, estava detido em casa em Srinagar, sob custódia policial desde 2010, com exceção de dois meses de liberdade em 2014. O óbito deveu-se a vários problemas de saúde relacionados com a idade avançada, disse hoje um dos genros do separatista, Zahoor Geelani, à agência de notícias Efe. O filho mais novo do líder pró-independência, Syed Naseem Geelani, disse à Efe que as forças de segurança entraram na habitação nas primeiras horas da manhã e levaram o corpo do pai para um local desconhecido, sem que a família pudesse realizar os últimos rituais. “As autoridades enterraram-no em segredo”, disse Naseem, que insistiu em não saber nada sobre o paradeiro do pai, uma estratégia comum entre as forças de segurança para evitar protestos ou um local onde os apoiantes se possam reunir. Horas após a morte de Geelani, as autoridades impuseram o recolher obrigatório e cortaram o serviço de internet em todo o Vale de Caxemira para evitar que um grande número de apoiantes de Geelani se reunisse em Srinagar para uma eventual despedida simbólica. Uma fonte policial, que pediu para não ser identificada, confirmou à Efe que “foram impostas restrições e o serviço de internet foi cortado para manter a paz” na região, tendo sido pedido às pessoas que ficassem nas casas e não saíssem à rua. O destacamento de forças de segurança para o Vale do Caxemira também aumentou, naquela que é a única região de maioria muçulmana da Índia e uma das áreas mais militarizadas do mundo. O Paquistão tem contestado a soberania da Índia sobre a região desde a divisão do subcontinente indiano em 1947, após a descolonização britânica, e três guerras e vários confrontos menores têm sido travados por causa do território. Geelani nasceu em setembro de 1929 no norte de Caxemira, e como principal líder pró-independência da região, chefiou a Conferência Hurriyat, a frente multipartidária secessionista, até se demitir no ano passado devido a problemas de saúde. Entre as expressões públicas de simpatia pela morte do líder separatista encontravam-se as de Mehbooba Mufti, o antigo chefe do Governo de Caxemira, apesar do facto de não partilharem a mesma ideologia política. “Entristece-me a notícia do falecimento de Geelani. Podemos não ter concordado na maioria das coisas, mas respeito-o pela sua perseverança e firmeza e por manter as suas convicções”, escreveu Mufti na rede social Twitter.
Hoje Macau China / ÁsiaChina alerta EUA que más relações podem afectar cooperação no âmbito do clima O ministro dos Negócios Estrangeiro da China, Wang Yi, alertou hoje o enviado para os assuntos climáticos norte-americano, John Kerry, que a deterioração das relações entre os dois países pode prejudicar a cooperação no âmbito do clima. Wang disse a Kerry que a cooperação neste âmbito não pode ser separada da relação mais ampla e pediu aos Estados Unidos que tomem medidas para melhorar os laços bilaterais, segundo um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. Kerry, que está na cidade chinesa de Tianjin para abordar a questão do clima com os seus homólogos chineses, disse que os EUA estão comprometidos em cooperar com o resto do mundo sobre o clima e encorajou a China a tomar mais medidas para reduzir as emissões, de acordo com uma nota do Departamento de Estado norte-americano. Kerry, ex-secretário de Estado, também disse que a China “desempenha um papel extremamente crítico” no combate às alterações climáticas, de acordo com um breve vídeo difundido pela CGTN, o braço internacional da emissora estatal CCTV. A China é o maior emissor mundial de gases com efeito estufa, seguida pelos Estados Unidos. As relações entre Washington e Pequim deterioraram-se, nos últimos anos, marcadas por disputas no comércio, tecnologia ou direitos humanos. Ambos os lados identificaram a crise do clima, no entanto, como uma área de possível cooperação. “China e EUA têm diferenças em alguns assuntos, mas compartilhamos interesses comuns numa série de áreas, como nas alterações climáticas”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China Wang Wenbin, em conferência de imprensa. “Ambos os lados devem manter o diálogo e a comunicação, com base no respeito mútuo, e realizar uma cooperação mutuamente benéfica”, defendeu Wang. A China continua a obter cerca de 60% do fornecimento de energia através da queima de carvão. O país planeia construir mais fábricas a carvão, mas mantém o compromisso de reduzir o uso do combustível fóssil. Pequim apontou as emissões históricas dos EUA como uma razão para resistir a medidas mais drásticas, enquanto faz avanços na energia solar e outras fontes de energia renovável. A China estabeleceu como meta gerar 20% do consumo total de energia do país a partir de fontes renováveis, até 2025, tornando-se neutra na emissão de carbono até 2060. O Presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou como meta reduzir até 52% as emissões de gases com efeito de estufa dos EUA até 2030 – o dobro da meta estabelecida pelo presidente Barack Obama, no acordo para o clima de 2015, durante a cimeira de Paris. A meta de 2030 coloca os EUA no topo da lista de países nas ambições para o clima. Kerry pediu maiores esforços para conter o aumento das temperaturas a não mais que 1,5 grau Celsius, em relação aos níveis pré-industriais. Instou a China a juntar-se aos EUA no corte urgente das emissões de carbono. Kerry esteve também no Japão, na terça-feira, para discutir questões climáticas com as autoridades japonesas, antes de seguir para a China. Os esforços globais de descarbonização vão ser discutidos durante uma conferência da ONU a ser realizada em Glasgow, na Escócia, no final de novembro, conhecida como COP26.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Impurezas detectadas no Japão em vacina da Moderna são partículas de aço inoxidável As impurezas detetadas no Japão num lote da vacina da Moderna contra a covid-19 são partículas de aço inoxidável, mas não representam “risco excessivo para a segurança” das pessoas, indicou hoje a empresa biotecnológica norte-americana. Há cerca de uma semana, o Japão suspendeu a utilização de três lotes da mesma série da vacina contra a covid-19 da Moderna, o equivalente a 1,63 milhões de doses, após relatos de centros de vacinação da presença de impurezas em frascos por abrir de um dos lotes. Em comunicado, o fabricante norte-americano da vacina adianta que as doses dos três lotes serão recolhidas e inutilizadas a partir de quinta-feira. Análises feitas pela empresa a um dos lotes revelaram a presença de partículas de aço inoxidável. A Moderna assegura, em comunicado, que “a presença rara de partículas de aço inoxidável na vacina (…) não representa risco excessivo para a segurança” das pessoas, acrescentando que este metal é muito utilizado na indústria alimentar e em válvulas cardíacas. “Partículas metálicas injetadas num músculo poderão provocar uma reação local [no sítio da injeção], mas não deverão ‘a priori’ provocar outras reações adversas”, sustenta a Moderna, que assina o comunicado com a empresa farmacêutica Takeda, que distribui a vacina no Japão, assinalando que “não se espera que a injeção das partículas identificadas resultem num risco médico acrescido”. O incidente teve origem numa linha de produção de uma empresa farmacêutica contratada em Espanha pela Moderna, a Rovi, que produz a vacina contra a covid-19 do fabricante americano para mercados fora dos Estados Unidos. O comunicado da Moderna, citado pelas agências noticiosas internacionais, não esclarece se o lote analisado é o mesmo das doses dadas a dois homens que em agosto morreram no Japão após a toma da segunda dose da vacina. As vítimas, de 30 e 38 anos, que tiveram febre depois de receberem a vacina, não apresentavam problemas de saúde ou histórico de alergias. No sábado, a Moderna afastou que a sua vacina tenha provocado a morte dos dois homens, mas avançou que estava a investigar o sucedido em conjunto com o Governo nipónico e o distribuidor. Hoje, o fabricante alegou que “não há provas” de que duas mortes estejam ligadas à toma da vacina. A administração da vacina da Moderna já foi suspensa em várias regiões japonesas após a descoberta de outros lotes contaminados, sem que a empresa se tenha pronunciado no comunicado.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Filipinas ultrapassam os dois milhões de casos As Filipinas ultrapassaram os dois milhões de casos desde o início da pandemia de covid-19, com o arquipélago a registar nas últimas semanas números recorde de infeções ligadas à variante delta. O arquipélago registou 14.216 infetados na quarta-feira. O total de mortos é agora de 33.533, numa população de 110 milhões, de acordo com os números oficiais. “É possível que o número de casos aumente ainda mais nos próximos dias”, disse o Ministério da Saúde. A covid-19 provocou pelo menos 4.518.163 mortes em todo o mundo, entre mais de 217,63 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência de notícias France-Presse.
Hoje Macau China / ÁsiaTalibãs querem manter relação “muito sólida” com a China Os talibãs esperam “manter uma relação muito sólida com a China” e “melhorar o nível de confiança mútua”, disse ontem o seu porta-voz, numa altura em que procuram apoio internacional, após conquistarem Cabul e assumirem o poder. “A China é um país muito forte e importante na nossa vizinhança. Tivemos relações muito positivas, no passado, e queremos fortalecê-las, assim como melhorar o nível de confiança mútua”, disse o principal porta-voz dos talibãs, Zabihullah Mujahid, numa entrevista à televisão estatal CGTN. “Esperamos construir um relacionamento muito forte com China”, acrescentou. O porta-voz disse que a “China pode apoiar economicamente o Afeganistão” e que os talibãs esperam “investimento e exportações chinesas”. “Queremos que nos ajudem a desenvolver o Afeganistão”, apontou Mujahid. Os talibãs declararam, na terça-feira, a “independência total do Afeganistão”, após a retirada das tropas norte-americanas, e prometeram formar um governo islâmico “inclusivo”. O grupo solicitou apoio internacional para reconstruir a economia afegã, atingida por duas décadas de conflito e fortemente dependente da ajuda externa. Começar de novo A China ainda não esclareceu se reconhecerá um governo talibã, mas indicou que o Afeganistão entrou “num novo ponto de partida” e que espera que os insurgentes formem um governo “islâmico, mas aberto”, sugerindo que Pequim avaliará o seu comportamento antes de reconhecer a legitimidade das novas autoridades afegãs. “A China vai manter uma política amigável com os afegãos, não se intrometerá nos seus assuntos internos e continuará a ajudá-los, tanto quanto possível, para alcançar a paz e a reconstrução no país”, disse ontem o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Wang Wenbin, em conferência de imprensa. O porta-voz aproveitou para atacar mais uma vez a política externa de Washington e denunciar a morte de “pelo menos 47.245 civis afegãos nas mãos de militares norte-americanos, nos últimos vinte anos”, algo que “deve ser investigado”. “Os responsáveis devem ser levados à justiça”, denunciou. Questionado se a China vai reconhecer um governo formado pelos talibãs, Wang limitou-se a citar o fundador da República Popular da China, Mao Zedong: “O Afeganistão é um país heróico que nunca sucumbiu na História. China e Afeganistão são países amigos. A China não quer prejudicar o Afeganistão, nem o Afeganistão prejudicará a China. Os dois apoiam-se mutuamente”.
Hoje Macau SociedadeMacau Legend | Prejuízo de 688,6 milhões no primeiro semestre A Macau Legend registou um prejuízo de 688,6 milhões de dólares de Hong Kong durante os primeiros seis meses de 2021. Os números constam do relatório sobre o primeiro semestre de actividade e mostram que as perdas se agravaram face ao prejuízo de 550,2 milhões de dólares registado no mesmo período do ano passado. Segundo o relatório, o registo negativo foi explicado com a situação pandémica. “Os resultados dos dois períodos [2020 e 2021] foram afectados de forma significativa pelas medidas de distanciamento social e as restrições de viagem impostas pelas autoridades em resposta à pandemia da covid-19”, é explicado. “O número de visitantes a chegar a Macau e ao Laos registaram quebras severas nos dois períodos, em comparação com 2019”, é acrescentado. Apesar dos resultados negativos, a empresa aumentou as receitas que saltaram para 527,4 milhões de dólares de Hong Kong, em comparação com 364,1 milhões no período homólogo. A Macau Legend gere os casinos Landmark, Babylon e Legend Palace na RAEM, além de também estar presente no Laos, com o casino Savan Legend Resort. A empresa está igualmente a construir um casino em Cabo Verde, cuja primeira fase diz “estar praticamente concluída”. Desde 2019 que a Macau Legend, fundada pelo empresário David Chow, tem como principal accionista Levo Chan, que amealhou fortuna através da empresa promotora de jogo Tak Chun.
Hoje Macau Manchete SociedadeJogo | Receitas com quebra de quase 50 por cento em Agosto As receitas brutas dos casinos de Macau registaram em Agosto o pior resultado do ano. Apesar da subida em termos anuais ser de 234 por cento, as 4,44 mil milhões de patacas facturadas em Agosto representam uma quebra de 47,4 por cento em relação a Julho. Na base do decréscimo está o surto local de covid-19 do início do mês Agosto foi o pior mês do ano a nível das receitas do jogo, com o montante a não ir além de 4,44 mil milhões de patacas. Até ao último mês, o pior registo do ano tinha sido estabelecido em Junho, quando foram apuradas 6,53 mil milhões de patacas. Os dados publicados ontem pela Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ) indicam que as receitas do jogo em Macau desceram 47,4 por cento em Agosto relativamente ao mês anterior, subindo, no entanto, 234 por cento em termos anuais. Em Agosto de 2020, as receitas tinham sido de 1,33 mil milhões de patacas. Nos primeiros oito meses do ano, os casinos registaram uma subida de 70,1 por cento nas receitas comparativamente a igual período do ano passado, com 61,9 mil milhões de patacas de receitas brutas acumuladas contra 36,3 mil milhões de patacas no mesmo período de 2020. A culpa é do surto Os números apresentados ontem foram influenciados por um surto de covid-19 em Macau. No mês passado, uma família de quatro pessoas, regressada do Interior da China, foi diagnosticada com a variante delta do novo coronavírus, o que levou as autoridades a declararem o “estado de prevenção imediata” por considerarem que o território estava “em risco de sofrer um surto comunitário” de covid-19, reforçando as restrições na cidade. O território foi notificado, a 3 de Agosto, pelas autoridades de Zhuhai de que dois residentes de Macau tinham testado positivo à covid-19, um deles um motorista dos Serviços de Saúde. As autoridades pediram à população para não sair de Macau, anunciaram o encerramento de espaços culturais, desportivos e de diversão, à excepção dos casinos, bem como a suspensão ou cancelamento de actividades que levassem à aglomeração de pessoas. A situação levou também as autoridades a desencadearem uma operação maciça de testes à população, com resultados negativos em mais de 710 mil testes. Com mais de 680 mil habitantes, Macau registou, desde o início da pandemia, apenas 63 casos.