Hoje Macau PolíticaAL | Kou Hoi In “abençoou” faltas de Cheung Lup Kwan Durante a Sessão Legislativa, Vitor Cheung Lup Kwan faltou mais de 62 vezes, entre reuniões plenárias e comissões, segundo o relatório anual da Assembleia Legislativa (AL). No entanto, o órgão legislativo explicou ao HM que as faltas foram justificadas e aceites pelo presidente da AL, Kou Hoi In. “Quando o Sr. Deputado Cheung Lup Kwan faltou à reunião, pediu licença ao Sr. Presidente, e a justificação foi aceite pelo mesmo”, informou a AL. O HM questionou também as razões apresentadas, mas o órgão presidido por Kou Hoi In ficou em silêncio sobre este aspecto. A justificação das faltas permitiria saber se o deputado de 83 anos teria recebido o salário por inteiro. Segundo o Regimento da AL, os legisladores que excederem o número de faltas injustificadas, cinco reuniões consecutivas do Plenário ou quinze intercaladas, perdem o mandato. Face a este cenário, tudo indica que as faltas foram justificadas.
Hoje Macau China / ÁsiaAno lectivo arranca na China com “Pensamento de Xi Jinping” no currículo O novo ano lectivo arrancou hoje na China com uma novidade no currículo: livros didáticos dedicados ao “Pensamento de Xi Jinping”, visando inculcar o patriotismo e desenvolver o culto ao líder chinês. Sob as diretrizes do Ministério da Educação, o novo conteúdo foi integrado em todos os níveis de ensino até à universidade e é dirigido a todos os alunos. Os livros didáticos contêm citações do secretário-geral do Partido Comunista Chinês, sobre patriotismo ou as responsabilidades dos cidadãos. Os manuais evocam ainda o papel do Partido na luta contra a pobreza e a pandemia da covid-19. Os professores das escolas primárias devem “plantar nos corações dos jovens as sementes do amor ao Partido, ao país e ao socialismo”, apontou nota do Governo. “O Pensamento de Xi Jinping sobre o Socialismo com Características Chinesas na Nova Era”, é o nome completo do livro. O conteúdo exorta os chineses a terem “confiança na sua cultura”, a alcançar a “prosperidade comum”, ao “colocar o povo no centro do desenvolvimento”, a “promover o Estado de direito” ou a constituir “um exército de classe mundial”. Desde que assumiu a liderança da China, em 2013, Xi Jinping tornou-se o centro da política chinesa e é hoje considerado um dos líderes mais fortes da história recente do país, comparável ao fundador da República Popular, Mao Zedong. O pensamento político de Xi foi incluído nos estatutos do Partido e na Constituição do país, durante o Congresso do PCC, em outubro de 2017. Xi conseguiu ainda abolir o limite de mandatos para o seu cargo, criar um organismo com poder equivalente ao executivo para supervisionar a aplicação das suas políticas e promover aliados a posições chave do regime, desmantelando o sistema de “liderança coletiva” cimentado pelos líderes chineses, desde finais dos anos 1970, para evitar os excessos do maoismo. Desde 2017, milhões de funcionários públicos e membros do PCC têm que ler os discursos de Xi e estudar a sua teoria política, que segundo a imprensa oficial do país, representa uma “contribuição histórica” para o desenvolvimento do Partido e a readaptação do marxismo à China contemporânea. Nas redes sociais chinesas, vários pais mostraram desagrado. “A lavagem cerebral agora começa na infância”, reclamou um utilizador no Weibo, o Twitter chinês. “Podemos rejeitar isto”, questionou outro. A medida ocorre numa altura em que as autoridades limitaram o número de horas que os menores podem passar a jogar jogos em rede e baniram os centros de explicações.
Hoje Macau China / ÁsiaJoe Biden defende “sucesso extraordinário” de retirada de norte-americanos e aliados do Afeganistão O presidente norte-americano, Joe Biden, defendeu ontem que a operação de retirada de norte-americanos e aliados do Afeganistão foi um “sucesso extraordinário”, por acabar com uma guerra que durava há 20 anos. “Nenhum país jamais alcançou algo parecido na história. O extraordinário sucesso desta missão deve-se ao incrível talento, bravura e coragem altruísta dos militares dos Estados Unidos [da América], os nossos diplomatas e os nossos profissionais de informações”, disse o Presidente dos EUA, em conferência de imprensa na Casa Branca, em Washington. Biden garantiu ainda que o país está determinado em retirar os entre 100 e 200 norte-americanos que permanecem no Afeganistão. Segundo os últimos números, cerca de 114.000 pessoas foram retiradas de Cabul, desde a tomada da cidade pelos talibãs, em cerca de 2.900 em voos militares ou da coligação internacional. No discurso na Casa Branca, o presidente norte-americano explicou que os EUA não tinham outra escolha a não ser a retirada, depois do acordo assinado pelo seu antecessor Donald Trump com os talibãs. “Eu assumo a responsabilidade por esta decisão. […] Tínhamos apenas uma escolha simples. Ou seguir o compromisso assumido pelo governo anterior e deixar o Afeganistão, ou dizer que não íamos embora e enviar dezenas de milhares de soldados para a guerra”, disse. De acordo com Joe Biden, a “verdadeira escolha era entre sair ou escalar [o conflito]”, acrescentando que não iria prolongar eternamente a guerra e a retirada das pessoas do Afeganistão. “Depois de 20 anos de guerra no Afeganistão, recusei-me a enviar outra geração de filhos e filhas da América para lutar numa guerra que deveria ter terminado há muito tempo”, sustentou. Dando por concluída a guerra em território afegão, Biden aproveitou para alertar, durante o seu discurso, que os EUA ainda não destruíram a ala afegã dos `jihadistas` do Estado Islâmico (ISIS-K). “ISIS-K: não acabámos convosco”, exclamou o presidente norte-americano. Para Joe Biden, a melhor maneira de proteger a segurança dos EUA “é através de uma estratégia forte, implacável, focada e precisa, que persegue o terror onde se encontra hoje”, onde não estava há duas décadas. O presidente dos EUA reiterou que o fim da presença militar no Afeganistão é o melhor para os futuros interesses do país. “Dou-vos a minha palavra, do fundo do coração. Não tenho dúvidas que esta é a decisão certa, uma decisão sábia e a melhor decisão para a América”, realçou. Os Estados Unidos terminaram na segunda-feira a sua guerra mais longa com a retirada militar do Afeganistão, país que invadiram há 20 anos, logo após terem sofrido os ataques terroristas de 11 de Setembro. Os EUA deixam o Afeganistão de novo nas mãos dos talibãs, cujo primeiro regime (1996-2001) tinham derrubado em dezembro de 2001, quando o grupo extremista se recusou a entregar o então líder da Al-Qaida, Osama bin Laden. A retirada das forças internacionais foi negociada com os talibãs, em fevereiro de 2020, e ocorre 15 dias depois de o movimento rebelde ter conquistado Cabul, depondo o Presidente Ashraf Ghani. Com a capital afegã controlada pelos talibãs, a operação foi marcada pelo desespero de milhares de afegãos a querer fugir do país e por ataques do grupo extremista Estado Islâmico, incluindo um atentado bombista que matou cerca de 200 pessoas.
Hoje Macau China / ÁsiaMyanmar | Enviado especial da China dialogou com líder da junta militar em visita de uma semana Um enviado especial do Governo chinês fez uma visita de uma semana a Myanmar (antiga Birmânia) e encontrou-se com o líder da junta militar que governa o país desde o golpe de Estado de fevereiro. A informação foi dada esta terça-feira à noite pela embaixada chinesa em Rangum, na qual se adiantou que o enviado Sun Guoxiang e o general Min Aung Hlaing trocaram pontos de vista sobre a situação política do país e a pandemia da covid-19 durante a visita entre 21 e 28 de agosto, que foi mantida em segredo até agora. A embaixada salientou que a China apoia os “esforços” de Myanmar para restaurar a estabilidade social e retomar a “transformação democrática” em breve. A missão diplomática manifestou apoio ao consenso de cinco pontos alcançado entre Myanmar e os outros membros da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), que inclui o compromisso da junta de pôr fim à violência contra civis e o envio de um mediador. O país tem estado numa crise profunda desde o golpe de Estado de 01 de fevereiro, rejeitado por uma grande parte da sociedade birmanesa. A comunidade internacional, como a UE, os EUA e o Reino Unido, anunciou sanções nos últimos meses contra a junta militar, cuja brutal repressão custou a vida a mais de mil pessoas. A China e a Rússia tornaram-se os únicos pontos de apoio da junta militar e bloquearam as tentativas do Conselho de Segurança da ONU de impor um embargo de armas. Embora a resistência à junta militar fosse inicialmente pacífica, a contestação civil é agora também armada, apesar da falta de conhecimento militar por parte da oposição. O exército birmanês justifica o golpe com base numa alegada fraude eleitoral nas eleições de novembro passado, que o partido da líder deposta, Aung San Suu Kyi, venceu, como já acontecera em 2015, num escrutínio considerado legítimo pelos observadores internacionais. A Nobel da Paz (1991) está sob custódia das autoridades birmanesas desde as primeiras horas do golpe de Estado militar de 01 de fevereiro deste ano, tendo sido acusada de vários crimes. No processo que está a decorrer no tribunal da capital birmanesa, a política de 76 anos é acusada de incitação ao ódio, de uma alegada importação ilegal de aparelhos eletrónicos e de violação das normas contra a propagação da pandemia de covid-19. Suu Kyi, que permanece detida num local desconhecido após ter passado várias semanas em prisão domiciliária, também enfrenta uma acusação por violação de informações secretas, processo que está a decorrer em outro tribunal em Rangum. Neste caso concreto, Aung San Suu Kyi pode incorrer numa pena de prisão até 14 anos.
Hoje Macau VozesRastreamento das Origens do vírus COVID-19 nos EUA pela Comunidade de Inteligência Nociva Opinião de Liu Xianfa, Comissário do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China dos Negócios Estrangeiros da China na RAEM No dia 26 de Maio do ano corrente, o Presidente dos EUA, Joe Biden, tratando a China como meta, ordenou à comunidade de inteligência que concluísse um relatório de rastreamento das origens do vírus COVID-19 em 90 dias. Em 27 de Agosto, o Gabinete do Director de Inteligência Nacional dos EUA divulgou um chamado resumo do relatório de avaliação das origens do vírus, que não são plausíveis nem a exposição natural nem um incidente associado a um laboratório, caluniando erroneamente que a China “continua a atrapalhar a investigação global, resiste em compartilhar informações e culpar outros países” sobre as origens do vírus COVID-19. Entretanto, a Casa Branca, tentando trabalhar com parceiros com ideias semelhantes para pressionar a China, publicou no mesmo dia uma declaração, difamando a China que atrapalhasse a investigação global de rastreamento do vírus e rejeitasse os pedidos de transparência. Vemo-nos que, tanto o resumo do relatório quanto a declaração, recheados com os familiares “sabores americanos” de hegemonia, bullying e arrogância, são demasiado maliciosos e prejudiciais. Em primeiro lugar, o rastreamento da COVID-19 pela comunidade de inteligência dos EUA estabelece um péssimo precedente de politização do rastreamento do vírus. O rastreamento da COVID-19 é uma questão complexa da ciência, que deve e só pode ser realizado por cientistas de todo o mundo por meio cooperativo de pesquisas. O Presidente Biden exigiu que as conclusões chegadas dentro 90 dias, que é uma manipulação política anticientífica, que coloca a arrogância dos políticos acima das leis científicas. No entanto, O governo dos EUA, fora de sua agenda política, bem como da lógica política tradicional de seletividade,substitue o rastreamento científico pelo “rastreamento de inteligência” numa tentativa de enganar o mundo, contando com sua hegemonia para “tornar as falsificações em realidade” e negligenciando o consenso comum de “exposição natural” de comunidade científica internacional e à conclusão alcançada de que “vazamento de laboratório é extremamente improvável” pelo rastreamento científico. Se a comunidade internacional não se opusesse resolutamente a isso, os EUA provavelmente seriam mais inescrupulosos e irresponsáveis ao condenar outros países, e o mundo estaria, portanto, em caos sem fim. Em segundo lugar, o rastreamento da COVID-19 pela comunidade de inteligência dos EUA tem estado a desviar à direcção do rastreamento do vírus. Tanto a China como outros países, são vítimas da pandemia e todos nós esperamos que possamos descobrir a origem do vírus e interromper sua transmissão o mais cedo possível. A China sempre apoia o rastreamento do vírus com base científica. No início deste ano, especialistas da OMS deslocaram-se oficialmente à China para pesquisa do rastreamento do vírus, que faz parte do seu esforço global de rastreamento. A China defende os princípios de abertura, transparência, ciência e cooperação, apoia totalmente o trabalho dos especialistas, dando um exemplo bom para o mundo. Enquanto os EUA, com o propósito de fatigar, chantagear e conter a China, seguem o caminho errado de recorrer à comunidade de inteligência para conclusões de rastreamento, ignorando as conclusões autorizadas no relatório conjunto da equipe de estudo OMS-China, negligenciando o forte apelo da comunidade internacional de interromper a politização de rastreamento, ficando silencioso o facto de que os casos da COVID-19 surgem em vários lugares do mundo e algumas evidências indicam os EUA como a origem do vírus. O comportamento desprezível dos EUA mina a atmosfera objectiva e justa, prejudicando a base de cooperação internacional de rastreamento. Se não se eliminasse o vírus político, o rastreamento do vírus com base científica não teria avançados. Em terceiro lugar, o rastreamento da COVID-19 pela comunidade de inteligência dos EUA tem estado a envenenar a atmosfera para a cooperação internacional no combate à COVID-19. De acordo com as estatísticas da OMS, a pandemia continua a espalhar-se pelo mundo, causando mais de 200 milhões de casos confirmados e 4,5 milhões de mortes. Nos EUA, a situação de pandemia também está recentemente a piorar. A comunidade internacional precisa de dar as mãos no sentido de combater conjuntamente ao vírus mais do que nunca. Mas os EUA, fechando os olhos para a tragédia causada pela pandemia, obcecam-se ainda pela manipulação política do rastreamento do vírus, intimidam a OMS, silenciam especialistas e acadêmicos e criam um “efeito arrepiante”, prejudicando seriamente a cooperação internacional na luta contra a pandemia. Os malfeitos dos EUA são fortemente opostos pela comunidade internacional. Comparada com a prática perversa dos EUA, a China, agindo sob a visão de uma comunidade global de saúde comum, tem estado a promover vigorosamente a cooperação internacional no combate ao vírus e, desde agora, já doou vacinas a mais de 100 países e as exportou para mais de 60. O volmue total já atingiu a mais de 770 milhões de doses, sendo a primeira do mundo. Na primeira reunião do Fórum Internacional de Cooperação para Vacina contra a Covid-19, o Presidente chinês Xi Jinping prometeu que a China fornecerá 2 bilhões de doses de vacinas para o mundo ao longo deste ano e oferecerá 100 milhões dólares americanos à COVAX, fazendo uma contribuição substancial e criando uma atmosfera boa para lutar contra a COVID-19, ganhando elogios amplos em todo o mundo. Tal como disse o Presidente chinês Xi Jinping, “os grandes países devem comportar-se de forma condizente com o seu estatuto e com maior sentido de responsabilidade”. No entanto, os EUA, após a eclosão da pandemia, falharam em sua responsabilidade doméstica de proteger a vida e a saúde do seu povo, nem sua responsabilidade internacional condizente com seu estatuto. Exortamos mais uma vez que a parte dos EUA pare imediatamente as intenções de envenenar a atmosfera para a cooperação internacional de rastreamento da COVID-19 bem como enfraqueça a solidariedade global contra a pandemia, e retorne ao caminho correcto de rastreamento com base científica e da cooperação internacional contra a pandemia.
Hoje Macau SociedadeComércio | Exportações crescem 5,2 por cento em Julho Em Julho, exportaram-se 1,12 mil milhões de patacas de mercadorias, o equivalente a uma subida de 5,2 por cento, relativamente ao mesmo período do ano passado. De acordo com uma nota divulgada pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) do total do montante, fazem parte 943 milhões de patacas resultantes da reexportação (+3,7 por cento) de máquinas e aparelhos e relógios de pulso e ainda 176 milhões de patacas resultantes da exportação doméstica (+13,6 por cento) de produtos de padaria, pastelaria e cobre. Em sentido inverso, importaram-se 15,39 mil milhões de patacas de mercadorias, ou seja, mais 111,7 por cento, em termos anuais. Fazendo as contas desde o início do ano, o valor exportado de mercadorias até Julho situou-se em 7,83 mil milhões de patacas, representando um acréscimo de 29,5 por cento em relação a 2020. Já o valor importado de mercadorias, foi de 89,22 mil milhões de patacas, ou seja, mais 143,6 por cento em termos anuais. Segundo a DSEC, o défice da balança comercial nos sete primeiros meses de 2021 fixou-se em 81,39 mil milhões de patacas, mais 50,80 mil milhões em relação a 2020 (30,59 mil milhões de Patacas). Quanto ao comércio de mercadorias com os países de língua portuguesa, registou-se uma tendência decrescente, tanto ao nível das exportações (-60,6 por cento) como das importações (-3,5 por cento).
Hoje Macau SociedadeEnsino | Pandemia atrasa regresso às aulas Pelo menos 30 alunos das Escola Pui Ching e Escola Sagrado Coração de Jesus vão falhar o regresso às aulas, de acordo com o canal chinês da Rádio Macau. Segundo os requisitos do Governo, os alunos que tenham estado no Interior, fora de Zhuhai e Zhongshan, nos 14 dias antes do regresso à escola têm de ser testados, só depois é que são autorizados a participar nas aulas presenciais. Com as orientações a terem sido anunciadas a 23 de Agosto e as aulas a começarem amanhã, houve famílias que não conseguiram fazer os alunos regressar imediatamente a Macau e tratar de todas as formalidades. É por isso que ainda há pelo menos 30 alunos das escolas em causa que vão ter de esperar mais uns dias. Apesar de tudo, segundo os dados da Rádio Macau houve 550 alunos testados, tendo o “processo corrido bem”. Segundo a direcção da Escola Pui Ching, os educandos não vão ter faltas e vão ser pensadas alternativas para que não sejam prejudicados no acesso ao conteúdos leccionados. Kuok Keng Man, vice-director da instituição, adiantou igualmente vai haver abertura do ano lectivo no auditório da escola e que este ano há 40 alunos matriculados com menos de três anos. Kuok revelou também que foram adquiridos equipamentos para controlar a saúde dos alunos.
Hoje Macau PolíticaSaúde | Agnes Lam questiona gestão de Hospital das Ilhas A deputada Agnes Lam está preocupada com o modelo de gestão privada para o Hospital das Ilhas. A questão consta de uma interpelação escrita partilhada ontem por Agnes Lam, depois de o Chefe do Executivo ter anunciado que havia negociações para que a gestão fosse assegurada por uma entidade privada. O nome do Peking Union Medical College Hospital foi depois avançado como uma das hipóteses. No entanto, Agnes Lam questionou o Governo sobre a decisão de privatizar a gestão, que diz nunca ter sido tornada pública, e os fundamentos que levaram a colocar esta hipótese. A legisladora defendeu igualmente a necessidade de haver uma consulta pública sobre um tema tão importante para o futuro do sector. No mesmo documento, Agnes diz ter recebido queixas de médicos locais não só preocupados com a possível falta de oportunidades de formação na instituição, mas também com a importação de mão-de-obra não residente.
Hoje Macau China / ÁsiaIndústria manufactureira da China continua a abrandar em Agosto O crescimento do índice dos gestores de compras (PMI), referência para a indústria manufatureira da China, desacelerou, em Agosto, para 50,1 pontos, face aos 50,4 registados em Julho, de acordo com dados oficiais divulgados hoje. Quando se encontra acima dos 50 pontos, o PMI sugere uma expansão do setor. Abaixo dessa barreira pressupõe uma contração da atividade. Embora os dados, revelados pelo Gabinete Nacional de Estatísticas da China, revelem que o indicador continua positivo, a tendência é de queda, em relação aos pontos registados nos meses anteriores. Entre os cinco sub-índices que compõem o PMI da manufactura, o da produção fixou-se nos 50,9 pontos – 0,1 ponto percentual a menos que no mês anterior – e o das novas encomendas em 49,6, face a 50,9 em julho, evidenciando o enfraquecimento da procura. O sub-índice de emprego situou-se nos 49,6 pontos – igual ao do mês anterior. Nos negócios não manufatureiros, o índice caiu para 47,5 pontos, face a 53,3 pontos em julho. O estatístico do GNE Zhao Qinghe explicou em comunicado que a “produção e a atividade das empresas chinesas desaceleraram consideravelmente em relação ao mês anterior” devido, em parte, a fatores como as enchentes registadas no país asiático ou os surtos de covid-19 que atingiram diferentes regiões do país.
Hoje Macau China / ÁsiaJohn Kerry visita China esta semana para falar sobre mudanças climáticas O enviado especial dos Estados Unidos para as mudanças climáticas, John Kerry, vai visitar a China, esta semana, visando a preparação da cimeira sobre a emergência climática da ONU, que ocorre no final de outubro. Em comunicado, o Departamento de Estado dos Estados Unidos indicou que, entre 31 de agosto e 03 de setembro, Kerry vai realizar várias reuniões no Japão, primeiro, e depois na China, com “parceiros internacionais, sobre os esforços para abordar a crise climática”. A viagem “sustenta os esforços multilaterais dos EUA para aumentar as metas, antes da 26.ª Conferência das Partes (COP26) da Convenção – Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, que se realiza entre 31 de outubro e 12 de novembro, em Glasgow, no Reino Unido”. Depois de uma breve passagem pelo Japão, Kerry vai viajar para a cidade de Tianjin, no nordeste da China, onde “continuará a abordar os principais aspetos da crise climática”, apontou o comunicado. Trata-se da segunda viagem de Kerry à China este ano, após ter estado em Xangai, em abril, com uma agenda focada no mesmo tópico, naquela que foi então a primeira visita de um alto funcionário dos EUA à China, em 20 meses. Tianjin tornou-se uma das cidades preferidas do executivo chinês para receber dignitários estrangeiros, devido à sua proximidade com Pequim e em linha com os esforços de prevenção contra a covid-19. Em Tianjin, as autoridades chinesas também receberam, entre outras delegações, a subsecretária de Estado dos EUA Wendy Sherman e o líder dos Talibã, no mês passado. A visita de Kerry também está em linha com a retoma dos contactos entre Pequim e Washington, cujas relações foram abaladas durante a administração do antigo presidente Donald Trump (2017-2021).
Hoje Macau China / ÁsiaPresidente chinês promete redobrar escrutínio sobre empresas de tecnologia O Presidente chinês, Xi Jinping, afirmou hoje que a atual campanha regulatória para “prevenir a expansão irracional do capital” e “enfrentar o crescimento selvagem” do setor tecnológico “já está a dar frutos” e prometeu redobrar o escrutínio. “A implementação de todas estas regulações anti-monopólio é absolutamente necessária para melhorar a economia de mercado socialista e promover a prosperidade comum”, afirmou Xi, na segunda-feira, durante uma reunião do Comité Central do Partido Comunista da China. Xi sublinhou que o partido deve “orientar e supervisionar as empresas” e implementar “regulamentos eficazes e normas precisas”, com o objetivo de “servir os interesses gerais do desenvolvimento económico”. Nos últimos meses, o país asiático lançou uma ampla campanha regulatória contra as grandes empresas de tecnologia do país. O gigante do comércio eletrónico Alibaba foi multado num valor equivalente a 2.380 milhões de euros, a maior multa anti-monopólio de sempre na China. A campanha afetou empresas dos setores dos transportes, educação, jogos em rede e tecnológicas financeiras. As autoridades investigaram empresas como a Meituan e o Didi por supostos riscos para a segurança dos dados dos utilizadores e bloquearam planos da tecnológica Tencent de fundir as plataformas de jogos Huya e Douyu, para “evitar uma situação de monopólio”. Estas medidas visam “proteger melhor os direitos e interesses dos consumidores” e promover um sistema com “concorrência ordenada” para, em última instância, “alcançar um desenvolvimento de alta qualidade que atenda ao interesse geral”. Durante anos, o setor tecnológico floresceu na China graças ao grande mercado do país, mas também devido à escassez de regulamentos, ou da sua aplicação.
Hoje Macau Manchete SociedadeQingmao | Posto fronteiriço abre dia 8 de Setembro O posto fronteiriço de Qingmao vai começar a operar a 8 de Setembro às 15h, de acordo com um comunicado emitido ontem pelo Gabinete de Comunicação Social. Na manhã do dia 8 será organizada a cerimónia de inauguração do edifício situado no cruzamento entre a Avenida do Comendador Ho Yin e Estrada do Canal dos Patos na Ilha Verde. As autoridades sublinham que esta estrutura será aberta com o propósito de aliviar o fluxo de pessoas das Portas do Cerco, e tem como mais-valia a proximidade com a estação de comboios de Zhuhai. Em termos da organização do espaço, o átrio das partidas fica no terceiro andar e o das chegadas no segundo andar, onde será aplicado o modelo “Inspecção Fronteiriça Integral” com a instalação de 50 canais de passagem automática, A entrada em funcionamento do novo posto fronteiriço implica a redefinição da zona em termos de transportes e acessibilidades. A Direcção dos Serviço para os Assuntos de Tráfego destacou que junto e dentro do posto existem cinco parques de estacionamento público, disponibilizando um total 4.782 lugares, incluindo 2.192 lugares para automóveis ligeiros e 2.590 lugares para motociclos e ciclomotores. Além disso, a zona será servida por um total de 16 carreiras de autocarro, com seis paragens nas imediações do posto.
Hoje Macau China / ÁsiaChina apela a que todas as partes contactem com os Talibã A China pediu hoje a “todas as partes que entrem em contacto com os Talibã”, durante a primeira conversa telefónica entre o chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, e o homólogo norte-americano, Antony Blinken, desde os atentados em Cabul. “Os Estados Unidos, em particular, devem trabalhar com a comunidade internacional para fornecer urgentemente assistência económica e humanitária ao Afeganistão, visando ajudar o novo regime (…), manter a estabilidade e a segurança públicas e embarcar no caminho da reconstrução pacífica o mais rápido possível”, disse o Ministro dos Negócios Estrangeiros da China a Blinken, segundo nota divulgada no domingo pelo ministério. Wang afirmou, no entanto, que a cooperação de Pequim com Washington no Afeganistão dependerá de os Estados Unidos “pararem de atacar e provocar a China e danificarem a soberania, segurança e interesses de desenvolvimento” do país asiático. Em particular, Wang apontou o que Pequim considera ser a “politização da investigação sobre a origem da covid-19” pelos EUA. “Se o Conselho de Segurança [da ONU] quiser agir, deve aliviar o conflito, em vez de intensificá-lo, e facilitar a transição no Afeganistão, em vez de retornar o país à confusão”, disse Wang. O mesmo responsável também apontou que os “Estados Unidos devem tomar medidas concretas para conter o terrorismo ,sob a premissa de respeitar a soberania e a independência do Afeganistão, e não devem usar padrões duplos”. Wang culpou Washington pelo caos no Afeganistão. “Os factos mostraram mais uma vez que a guerra no Afeganistão não atingiu o objetivo de eliminar as forças terroristas” do país, apontou. O ministro chinês disse que a “retirada precipitada das tropas norte-americanas certamente proporcionará oportunidades para o regresso de várias organizações terroristas”. A nota publicada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos indicou que Blinken sublinhou a “importância de a comunidade internacional responsabilizar os Talibã pelos compromissos públicos que assumiram”, em relação à liberdade de movimento dos afegãos e estrangeiros. Blinken acrescentou na rede social Twitter que a conversa com Wang se focou nos “esforços para apoiar o trânsito seguro e a liberdade de circulação para afegãos e cidadãos estrangeiros”, numa altura em que os Estados Unidos tentam retirar os seus cidadãos e colaboradores do país. A explosão de um homem-bomba do grupo extremista Estado Islâmico, que se opõe aos Talibã, matou 180 pessoas que aguardavam o transporte aéreo para deixar o Afeganistão no aeroporto de Cabul. Quase 114.500 pessoas saíram do país nas últimas duas semanas.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Japão suspende novos lotes de vacinas da Moderna por suspeitas de contaminação As autoridades da região de Okinawa, no Japão, suspenderam o uso da vacina da Moderna para a covid-19 após a descoberta de novos lotes contaminados, foi ontem anunciado. A decisão surge um dia depois da abertura de uma investigação pelo Ministério da Saúde japonês à morte de dois homens que receberam a vacina da Moderna contra o novo coronavírus, provenientes de lotes com 1,63 milhões de doses, após relatos da presença de impurezas em certas embalagens do produto. A região de Okinawa, localizada no sul do Japão, decidiu hoje “suspender o uso das vacinas Moderna por terem sido detetadas substâncias estranhas em alguns lotes”, segundo indica um comunicado divulgado pelas autoridades locais. Os lotes afetados por esta contaminação, detetada no sábado em Okinawa, são diferentes dos que foram suspensos após a descoberta de impurezas em alguns frascos, de acordo com as notícias veiculadas pela imprensa local. Esta decisão surge depois ter sido conhecida a morte de dois homens, de 30 e 38 anos, após receberem a segunda dose da vacina da Moderna de um dos três lotes suspensos em 26 de agosto pelo Governo. Os dois homens, que tiveram febre depois de receberem a vacina, não apresentavam problemas de saúde ou histórico de alergias, acrescentou a mesma fonte. Este sábado o Ministério da Saúde anunciou a abertura de uma investigação para determinar a causa daquelas duas mortes, especificando que “a relação de causa e efeito com a vacinação permanece até hoje desconhecida”. Num comunicado emitido pela Moderna, a empresa refere que, de momento, não tem “qualquer evidência de que essas mortes sejam causadas pela vacina Moderna covid-19, e é importante conduzir uma investigação formal para determinar se há alguma ligação”. A Moderna acrescenta que está a trabalhar com o distribuidor Takeda e o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão para “investigar as duas mortes”. Estas doses já tinham sido enviadas para mais de 800 centros de vacinação no país. A Takeda, a empresa que importa e distribui no país a vacina da Moderna, declarou ter recebido relatos de vários centros de vacinação de que substâncias estranhas foram detetadas em frascos por abrir. Segundo o fabricante, as reclamações “foram centradas num lote específico”, mas, “por uma questão de cautela”, o Governo japonês suspendeu o uso de “três lotes fabricados na mesma série”. A Moderna adianta que enviou para análise, num “laboratório qualificado”, os frascos suspeitos, esperando ter resultados “no início da próxima semana”.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Embaixada da China nos EUA denuncia “manipulação política” A Embaixada da China em Washington acusou os serviços de informações dos Estados Unidos de “manipulação política”, na sequência da publicação de um relatório sobre as origens da pandemia da covid-19 “O relatório da comunidade das [agências de] informações norte-americanas mostrou que os Estados Unidos estão determinados em tomar o mau caminho da manipulação política”, declarou a representação diplomática chinesa em Washington, num comunicado divulgado na sexta-feira. O documento dos serviços secretos “baseia-se numa presunção de culpa da China e apenas para fazer da China um bode expiatório”, acrescentou. De acordo com um resumo publicado na sexta-feira, os serviços secretos norte-americanos concluíram que o novo coronavírus SARS-CoV-2 não tinha sido desenvolvido “como arma biológica” e “provavelmente” não tinha sido concebido “geneticamente”. Mas as diferentes agências indicaram continuar divididas entre a hipótese de um primeiro caso originado por uma exposição natural a um animal infectado, ou resultante de um acidente de laboratório. Apesar das críticas às autoridades chinesas, Washington afirma que Pequim “não tinha conhecimento prévio do vírus antes do surto inicial”, ao contrário do que alegaram membros do Partido Republicano, sem fornecer provas. Mudanças na Casa Branca O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, insistiu durante meses que o vírus teve origem num laboratório de Wuhan, o que gerou grandes tensões com a China, que acusou mesmo Washington de estar por detrás da pandemia. Em comunicado, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que “informações cruciais sobre a origem da pandemia existem na China, mas responsáveis governamentais procuram, desde o início, impedir os investigadores internacionais e os actores mundiais [na área] da saúde pública de aceder” a esses dados. Este relatório, considerado secreto, foi entregue esta semana a Biden, que tinha dado 90 dias aos serviços secretos para “redobrarem esforços” para explicarem a origem da pandemia.
Hoje Macau China / ÁsiaPadre e outros três homens acusados de violação e assassínio de criança na Índia Um padre e outros três homens foram acusados de violação coletiva e assassínio de uma rapariga de nove anos de uma casta inferior, anunciou hoje a polícia indiana, num caso que está a gerar protestos em Nova Deli. Os quatro homens, detidos desde o início de agosto, podem enfrentar a pena de morte. Em 01 de agosto, a criança de nove anos teria sido agredida por um padre de 53 anos e três trabalhadores de um crematório, localizado perto da casa da família, no sudoeste de Nova Deli, quando a rapariga estava a ir buscar água. Os acusados ligaram para a mãe a dizer que a rapariga havia sido electrocutada e se denunciasse o incidente à polícia, os médicos que realizariam a autópsia removeriam os órgãos da criança e os venderiam. O corpo da criança foi cremado, mas os residentes intervieram para remover os restos carbonizados da pira. A acusação da polícia de Nova Deli, que tem 400 páginas, refere-se a “evidências científicas, técnicas e outras” e testemunhos, segundo um comunicado divulgado pelo Governo no sábado à noite. A nota sublinhou que o Governo agiu para que os supostos autores fossem acusados dentro do prazo de 30 dias, o que atestaria a sua “tolerância zero” para os crimes contra mulheres e raparigas neste país de 1,3 mil milhões de habitantes. Uma média de quase 90 violações de raparigas e mulheres foram registadas diariamente na Índia em 2019, de acordo com dados oficiais. Entretanto, um grande número de agressões sexuais não é relatado. A comunidade ‘dalit’, que conta com 200 milhões de pessoas pertencentes ao nível mais baixo do sistema hierárquico de castas da Índia, há muito é vítima de discriminação e violência na Índia, com ataques crescentes desde o início da pandemia do novo coronavírus.
Hoje Macau EventosBienal de Macau | Novas obras “espalhadas” pela cidade A Arte Macau: Bienal Internacional de Arte de Macau voltou a ocupar o espaço público com obras de artistas internacionais. Uma dela é a escultura do artista tailandês Gongkan, intitulada “Tenho Saudades Tuas”, exposta no espaço Anim’Arte Nam Van. A peça do tailandês “procura estimular, na realidade de hoje em dia, marcada por metamorfoses constantes e frenéticas, a pró-actividade e a coragem das pessoas para romperem com as limitações físicas, espaciais ou de outra natureza, e para escolherem quem querem amar”. Este conceito “estabelece a correspondência com o tema da exposição principal”, além de promover “uma reflexão sobre o presente e discussões sobre a procura da felicidade”. O público pode também visitar “Barca Solar”, do artista egípcio Moataz Nasr, um trabalho que estará patente no Largo do Pagode da Barra. Outra obra destacada pelo Instituto Cultural é “Aprender com Macau”, um mega panorama da cidade da autoria do Drawing Architecture Studio (China). A obra foi colocada no mural exterior do Museu das Ofertas sobre a Transferência de Soberania de Macau e visa “registar e homenagear a cultura local de Macau, inspirando-se nas observações da vida diária e recreativa da cidade”.
Hoje Macau SociedadeEconomia | PIB cresceu 69,5% no segundo trimestre O Produto Interno Bruto (PIB) de Macau cresceu 69,5 por cento em relação ao mesmo período do ano passado, segundo estimativas divulgadas na sexta-feira pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). De acordo com o organismo, entre Abril e Junho, o PIB “inverteu a tendência decrescente, registando-se um aumento anual de 69,5 por cento em termos reais”. “A economia de Macau recuperou o crescimento positivo, principalmente devido à baixa base de comparação do segundo trimestre de 2020, no qual foi marcante o grande entrave às actividades económicas, originado pelas restrições na entrada de visitantes sob o impacto da pandemia (…) e devido ao acréscimo contínuo da procura externa”, pode ler-se numa nota oficial. Para o resultado do segundo trimestre, contribuiu o aumento das exportações de serviços e da procura interna, registando-se, contudo, uma subida nas importações de bens e de serviços, mas também no investimento em obras públicas e no comércio de mercadorias. A DSEC destacou ainda que o número de visitantes no segundo trimestre cresceu 43 vezes em termos anuais e que houve aumentos significativos nas exportações de serviços do jogo e associados à indústria turística.
Hoje Macau SociedadeMoradores de edifício pedem investigação a estacionamento Residentes da Torre 8 do Edifício San Seng Si Fa Un pediram ontem ao Comissariado Contra a Corrupção (CCAC) que investigue a legalidade do estacionamento que dizem bloquear o acesso à porta principal. O grupo de moradores do prédio da Avenida de Artur Tamagnini Barbosa, no Toi San, entregou uma carta no CCAC. Segundo o representante, de apelido Wong, os moradores acreditam que a aprovação dos lugares de estacionamento no pódio, local onde fica o acesso principal do edifício, envolveu “um processo administrativo irregular”. Wong revelou que os lugares de estacionamento foram marcados no chão por uma empresa de nome Xiecheng – Sociedade de Gestão de Obras, há cerca dois anos. Logo na altura, os moradores ficaram insatisfeitos com a situação e chamaram a polícia. Porém, a empresa terá argumentado que tinha registado aqueles lugares como seus, logo em 1999, ou seja, ainda antes da transição. Os habitantes do Edifício San Seng Si Fa Un entraram depois em contacto com o Instituto de Habitação (IH) para resolver o assunto, mas o órgão do Governo recusou qualquer responsabilidade no caso que envolve um prédio para habitação económica, construído em 1989. Questão de segurança Ao contrário do habitual, o prédio tem a entrada no pódio, onde está o estacionamento. Por isso, Wong afirmou que há a preocupação que os carros estacionados sejam um problema para os bombeiros, caso seja necessário fazer operações de salvamento. Contudo, também a queixa feita junto do Corpo de Bombeiros, não teve qualquer desenvolvimento. Face à situação, os envolvidos esperam que o CCAC possa analisar o processo da criação do parque de estacionamento e eventuais irregularidades. A entrega da carta foi acompanhada pelo deputado Leong Sun Iok, da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM). Leong deixou o desejo de que o CCAC dê uma resposta clara às questões levantadas e que apoie os residentes clarificando totalmente esta situação.
Hoje Macau China / ÁsiaEducação | Pensamento de Xi Jinping nos currículos escolares O Ministério da Educação da China anunciou ontem que escolas e universidades devem incorporar nos seus currículos conteúdo sobre o pensamento político do Presidente chinês e secretário-geral do Partido Comunista da China (PCC), Xi Jinping. A directriz visa “ajudar os adolescentes a acreditar no marxismo” e cultivá-los com uma “forte base moral, intelectual, física e estética” que lhes permita “formar os seus próprios julgamentos e opiniões políticas”. “As escolas primárias vão ter como foco a promoção do amor ao país, ao PCC e ao socialismo. As escolas secundárias combinarão o estudo com a experiência perceptiva, enquanto as universidades enfatizarão o pensamento teórico”, destacou o texto. O ministério acrescentou que “estudar o pensamento de Xi Jinping sobre o socialismo com características chinesas para uma nova era é a tarefa mais importante que o PCC e o país têm” e que “é necessário armar as mentes dos estudantes” com essa doutrina. “Deve ser sintetizado e esclarecido. Devemos também fornecer aos alunos ferramentas para desenvolver o seu espírito de sacrifício, bem como noções para que aprendam tudo relacionado ao conceito de segurança nacional”, sublinhou o texto. Solicita-se também o reforço das “tradições revolucionárias” para “continuar a desenvolver o socialismo com características chinesas”, que Xi considerou, em 2021, um “caminho único para a civilização chinesa”, que “criou um novo modelo de progresso humano”. Homem do leme Desde que assumiu a liderança da China, em 2013, Xi Jinping tornou-se o centro da política chinesa e é hoje considerado um dos líderes mais fortes da história recente do país, comparável ao fundador da República Popular, Mao Zedong. O pensamento político de Xi foi incluído nos estatutos do Partido e na Constituição do país, durante o Congresso do PCC, em Outubro de 2017.
Hoje Macau PolíticaProtesto | Sulu Sou recusou fazer pergunta a Ho Iat Seng O democrata Sulu Sou não fez qualquer questão na sessão de perguntas e respostas por escrito com o Chefe do Executivo, em protesto com a intransigência governativa na coordenação com a Assembleia Legislativa. Numa nota partilhada nas redes sociais, o deputado recordou que em Abril, quando diz que a situação pandémica era mais grave, Ho Iat Seng esteve no hemiciclo. Porém, segundo Sulu Sou desta vez não houve qualquer esforço para que as perguntas fossem feitas face-a-face, mesmo que com menos governantes e pessoas no plenário. Também não terá havido abertura para fazer a sessão de perguntas e respostas online, como alternativa. Depois de cancelada a presença a 10 de Agosto para responder aos legisladores, Ho Iat Seng anunciou que iria replicar por escrito. As respostas foram publicadas na terça-feira, apenas em chinês, e ontem ainda estavam a ser traduzidas para português. Face ao que acusou ser falta de coerência, Sulu Sou optou por não participar: “Não fiz qualquer questão, por não concordar com a organização e porque os deputados podem comunicar por escrito com o Chefe do Executivo sempre que necessário, durante 365 dias por ano”. Em relação às respostas, o democrata não deixou de fazer críticas: “Demoraram meio mês a responder por escrito aos deputados. Depositaram as respostas todas ao final da tarde no portal da Assembleia Legislativa […] Nos documentos faltam as assinaturas e nem é possível fazer copy paste das respostas”, apontou. “Se olharmos para o passado, a Assembleia Legislativa diz que gosta sempre muito de ‘respeitar e cooperar com o trabalho dos órgãos de comunicação’. O Governo também diz que dá prioridade ao desenvolvimento das plataformas electrónicas’. Talvez devesse analisar bem o que andam a fazer todos os dias”, apontou.
Hoje Macau PolíticaAmbiente | Coutinho preocupado com impacto de máscaras O deputado Pereira Coutinho entende que o Governo tem de impedir o impacto ambiental da utilização de máscaras. Numa interpelação escrita, o legislador apoiado pela Associação de Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM) perguntou ao Executivo as medidas que estão a ser tomadas. “O Governo da RAEM deve aplicar a estas máscaras o método de tratamento usado para as máscaras nas instalações médicas, instalando caixotes específicos na comunidade e nos edifícios, para facilitar a recolha de máscaras descartadas e prevenir o seu abandono arbitrário, para não se afectar a higiene ambiental”, considerou José Pereira Coutinho. Além do impacto ambiental, o membro da Assembleia Legislativa está igualmente preocupado com a segurança do processo de descartar as máscaras, em termos da transmissão do vírus. Por isso, Coutinho quer saber como vai ser o tratamento. “Os serviços competentes devem considerar que todas as máscaras descartadas são iguais às das instalações médicas, ou seja, são substâncias perigosas”, sublinhou. “Devem ser tratadas de forma segura e transportadas para a Estação de Tratamento de Resíduos Especiais e Perigosos de Macau, no sentido de eliminar, o mais possível os mais de transmissão do vírus”, acrescentou. “Já o fizeram?”, perguntou.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Pandemia empurra até 80 milhões de pessoas para a pobreza extrema na Ásia Entre 70 milhões a 80 milhões de pessoas na Ásia-Pacífico atingiram níveis de pobreza extrema em 2020 devido à pandemia de covid-19, situação que ameaça o cumprimento das metas de desenvolvimento sustentável da região, foi hoje divulgado. O alerta é dado pelo Banco Asiático de Desenvolvimento (ADB, na sigla em inglês) que mostra este aumento da pobreza extrema – cenário em que cada pessoa vive com menos de 1,90 dólares (1,62 euros) por dia – num relatório sobre os indicadores económicos de 49 países da região, incluindo China, Índia, Japão, Indonésia e Bangladesh, entre outros. Num comunicado, o banco multilateral destacou que, em 2017, a pobreza extrema afetava cerca de 203 milhões de pessoas na Ásia, ou seja, 5,2% da população dos países em desenvolvimento, e que sem a crise pandémica as projeções apontavam para uma redução na ordem dos 2,6% em 2020. Os países da Ásia-Pacífico “fizeram progressos impressionantes, mas a covid-19 expôs fissuras sociais e económicas que podem minar o desenvolvimento sustentável e inclusivo na região”, assinalou o economista-chefe do ADB, o japonês Yasuyuki Sawada. No mesmo relatório, o organismo advertiu que a pandemia ameaça os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável acordados pelas Nações Unidas para 2030, a conhecida Agenda 2030, em especial nesta região. Eliminação da pobreza e da fome e melhores sistemas de saúde e de educação são alguns dos 17 objetivos estabelecidos na Agenda 2030. “Para alcançar os objetivos de desenvolvimento sustentável para 2030, os decisores políticos precisam de estar munidos de dados atualizados e de qualidade para tomarem decisões sustentadas que assegurem que a recuperação não deixa ninguém para trás, especialmente os pobres e vulneráveis”, frisou Yasuyuki Sawada. Durante uma parte da atual crise pandémica, a Ásia constou entre as regiões menos afetadas, quando comparada com a Europa ou com o continente americano, mas as restrições impostas devido à propagação do coronavírus SARS-CoV-2 causaram sérios danos às economias mais frágeis. Também foi nesta região que foi detetada inicialmente, na Índia, a variante Delta do coronavírus SARS-CoV-2, identificada como mais transmissível e mais resistente, o que acabou por ter fortes repercussões na zona. Outro dado importante é que o ritmo da vacinação contra a covid-19 na região continua muito lento, salvo algumas exceções como Singapura (com 74% da população já com o esquema vacinal completo) e o Japão (40%).
Hoje Macau China / ÁsiaDuas pessoas sofreram queimaduras em ataque no metro de Tóquio Duas pessoas sofreram queimaduras, na terça-feira à noite, num ataque com ácido sulfúrico numa estação do metropolitano de Tóquio e o atacante continua a ser procurado, anunciou hoje a polícia. Um homem de 22 anos ficou queimado no rosto por um líquido lançado por um indivíduo nas escadas rolantes da estação, disse um porta-voz da polícia. O atacante fugiu, acrescentou. De acordo com a cadeia de televisão pública japonesa, a NHK, o líquido era ácido sulfúrico. Uma mulher de 34 anos escorregou e ficou ligeiramente queimada nas pernas por causa do líquido. Este ataque, muito raro no país, na estação de metro de Shirokane-Takanawa, no centro de Tóquio, ocorreu no mesmo dia da abertura dos Jogos Paralímpicos Tóquio2020, sob fortes medidas de segurança. Os Paralímpicos vão decorrer até 05 de setembro, sem público devido à covid-19. No início de agosto, enquanto decorriam os Jogos Olímpicos, um ataque com faca num comboio suburbano de Tóquio causou dez feridos. O atacantes, um japonês com cerca de 30 anos, foi rapidamente detido.