Hoje Macau China / ÁsiaSegurança nacional | LegCo vai receber proposta para legislar artigo 23 O Conselho Legislativo (LegCo) de Hong Kong deverá receber, no final deste ano, a proposta de legislação do artigo 23 da Lei Básica de Hong Kong, relativa às questões de segurança nacional, para deliberação. A informação foi divulgada esta terça-feira pelo secretário para a Segurança de Hong Kong, Chris Tang. Segundo a agência noticiosa Xinhua, o governante disse que “estão a ser feitos esforços para a promulgação a fim de legislar o artigo 23”, sendo que o processo de consulta pública também deverá arrancar “dentro do actual mandato” do Governo liderado por Carrie Lam. Num encontro com deputados do LegCo, Chris Tang referiu também que “ambas as partes procuram cumprir plenamente as suas responsabilidades constitucionais em prol da legislação, o mais cedo possível, da legislação do artigo 23 da Lei Básica de Hong Kong”. A legislação do artigo 23 diz respeito a matérias relacionadas com a segurança do Estado chinês, a implementação de medidas ligadas ao hino e bandeira nacionais e a garantia de não interferência de forças estrangeiras, bem como a proibição de órgãos políticos estrangeiros no território. O secretário para a Segurança da região vizinha reforçou a ideia de que “as dificuldades sentidas com o trabalho legislativo não serão subestimadas, uma vez que as forças estrangeiras procuram enfraquecer a segurança do país e de Hong Kong, bem como manchar o artigo 23 da Lei Básica”.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Filipinas reabrem as portas a turistas estrangeiros As Filipinas levantaram hoje a proibição de entrada a turistas estrangeiros, imposta há quase dois anos, numa altura em que a mais recente vaga da covid-19, alimentada pela variante Ómicron, está a abrandar. O país do Sudeste Asiático passa a permitir a entrada de visitantes com passaportes de 157 países com acordos de isenção de visto com as Filipinas, lista que inclui Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Portugal e São Tomé e Príncipe. Os turistas terão de estar totalmente vacinados e apresentar à partida um teste negativo à covid-19. As Filipinas revogaram também um sistema de classificação de risco que proibia a entrada de estrangeiros vindos dos países mais atingidos pela pandemia. Termina ainda um período obrigatório de quarentena imposto a todos os passageiros vindos do estrangeiro, que abrangia os cidadãos filipinos. “Começaremos o próximo capítulo a caminho da recuperação”, disse a secretária do Turismo das Filipinas, Berna Romulo-Puyat, acrescentando que a reabertura das fronteiras permitiria recuperar empregos e gerar receitas para as empresas e comunidades ligadas ao turismo. As Filipinas impuseram um dos confinamentos mais longos do mundo e das mais rígidas restrições de quarentena, para conter uma pandemia que causou a pior recessão económica desde os anos de 1940 e levou desemprego e fome a atingir níveis recordes. Mais de um milhão de filipinos perderam o emprego em negócios turísticos apenas no primeiro ano da pandemia, de acordo com estatísticas oficiais. Destinos turísticos, incluindo praias populares e empreendimentos em ilhas tropicais, pareciam cidades-fantasma no auge do confinamento, com uma erupção vulcânica e a ação tufões a exacerbar as perdas. A reabertura estava marcada para 01 de dezembro, mas foi adiada devido à variante Ómicron, considerada altamente contagiosa. O mais recente surto atingiu o pico, com mais de 39 mil infeções em um dia, em meados de janeiro, mas desde então tem diminuído. As autoridades de saúde anunciaram cerca de 3.600 novas infeções na quarta-feira, com 69 mortes e declararam “risco baixo a moderado” em todo o arquipélago, com a exceção de uma região do sul. Mais de 60 milhões dos quase 110 milhões de filipinos foram totalmente vacinados contra o coronavírus e 8,2 milhões receberam já doses de reforço numa campanha afetada pela escassez de vacinas e por receios da população.
Hoje Macau China / ÁsiaGrupo chinês quer levar água a mais de 250 mil habitações em Pemba Um grupo chinês lançou um projeto para acabar com a escassez de água potável para os mais de 250 mil habitantes de Pemba, capital da província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique. O Power Construction Corp (PowerChina) disse que o contrato prevê a construção de três reservatórios, de uma rede de distribuição de quase 185 quilómetros e a reparação de quatro reservatórios, de acordo com um comunicado divulgado na quarta-feira. O grupo estatal chinês garantiu que, depois da conclusão das obras, prevista para junho de 2023, o projeto irá reforçar o fornecimento e aumentar a pressão da água, melhorando a qualidade de vida da população de Pemba. O contrato, assinado com o Fundo de Investimento e Património do Abastecimento de Água (FIPAG) de Moçambique, vai estar a cargo de uma subsidiária do PowerChina, a Sinohydro Bureau 11 Co Ltd. Em outubro, a Sinohydro disse que o projeto ia incluir uma torre de água com uma capacidade com 250 metros cúbicos e três reservatórios com uma capacidade de dois mil metros cúbicos cada. O Governo moçambicano tinha já indicado que o FIPAG estava a investir 40 milhões de dólares no reforço do abastecimento de água a Pemba, além do aumento da capacidade de tratamento de 15 para 35 mil metros cúbicos de água, permitindo o alargamento do abastecimento a Pemba de seis para 16 horas por dia. Em 2019, o conglomerado chinês China Energy Engineering Corporation anunciou a construção de uma barragem hidroelétrica no rio Megaruma para reforçar o abastecimento de água a Pemba. Na terça-feira, o PowerChina anunciou a assinatura de um contrato para a melhoria da distribuição de eletricidade na capital da Guiné-Bissau, incluindo a instalação de 2.100 postes de iluminação da via pública. No dia anterior, o grupo tinha avançado que vai construir, em Barueri, no estado brasileiro de São Paulo, do primeiro projeto de geração de energia a partir de resíduos sólidos da América do Sul.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Chinesa Zerun obtém novo financiamento para desenvolver vacina contra todas as variantes Uma farmacêutica chinesa vai receber 7,4 milhões de euros adicionais da Coligação para a Inovação na Preparação para Epidemias (CEPI), visando avançar nos ensaios clínicos de uma vacina contra todas as variantes da covid-19. A CEPI, fundação global que financia o desenvolvimento de vacinas, indicou que vai apoiar os testes de fase um e dois, a decorrer no Mali. Este financiamento adicional elevará o total fornecido pela CEPI à Shanghai Zerun Biotechnology para 22 milhões de euros. Em julho passado, a fundação, sediada em Oslo, disse que ia trabalhar com a empresa chinesa, como parte do programa para desenvolver vacinas de próxima geração que protejam contra novas variantes da covid-19. O CEPI também está a apoiar uma vacina intranasal contra o novo coronavírus, desenvolvida pela Universidade de Hong Kong. Todas as vacinas que estão ser utilizadas são baseadas na cepa original do SARS-CoV-2, identificada no estágio inicial da pandemia. Estas vacinas também exigem doses de reforço, à medida que a imunidade diminui com o tempo. Apesar de continuarem a oferecer proteção, as variantes Delta e Ómicron reduziram a eficácia das vacinas. Para a candidata a vacina, a Zerun Bio fez alterações estruturais na proteína ‘spike’ do vírus, com um papel fundamental na infeção de células, para melhorar a capacidade de desencadear uma resposta imune contra novas variantes do coronavírus. Os primeiros resultados do estudo contra o vírus original mostraram que a vacina experimental tem um bom perfil de segurança e induziu um alto nível de resposta imune em adultos, de acordo com um comunicado do CEPI. “O soro clínico demonstrou um bom efeito de neutralização cruzada nas cepas Beta e Delta”, apontou a fundação, em comunicado. Em estudos pré-clínicos, a vacina da Zerun Bio também “demonstrou um amplo espetro de resultados de neutralização cruzada” para as variantes Alpha, Beta, Gamma, Delta e Ómicron. “A covid-19 continua a evoluir e não podemos prever qual o será o próximo desenvolvimento, por isso é vital que continuemos a investir em vacinas globalmente acessíveis e eficazes contra uma ampla gama de variantes possíveis”, apontou o diretor executivo da CEPI, Richard Hatchett. “Essas vacinas podem colocar-nos um passo à frente do vírus, por isso são fundamentais para o controlo de longo prazo da covid-19 e vitais para a segurança global da saúde”, acrescentou. A fundação disse que as vacinas experimentais que está a financiar, se bem sucedidas, seriam compradas e distribuídas pela Covax, iniciativa global para promover o acesso equitativo a vacinas contra a covid-19 que a CEPI lidera em parceria com a Organização Mundial da Saúde.
Hoje Macau PolíticaIC estuda dois programas de apoio para Fundo de Desenvolvimento da Cultura O Governo encontra-se a estudar a possibilidade de criar dois programas de apoio financeiro no âmbito do Fundo de Desenvolvimento da Cultura, lançado dia 1 de Janeiro deste ano. A medida foi discutida na última reunião do Conselho do Património Cultural, que decorreu na terça-feira. Segundo um comunicado, estes dois programas de apoio visam “a manutenção e revitalização de edifícios históricos”, além de apoiar “os proprietários de edifícios patrimoniais privados a realizarem o restauro e a manutenção regular de forma independente”. Os membros do Conselho defenderam que “os programas podem promover a participação social na utilização e protecção dos edifícios históricos”, bem como “a necessidade de prestar atenção à aplicação de licenças e autorização para que as empresas realizem projectos de revitalização no futuro”. Foi também sugerido que estes programas de apoio possam vir a ser estendidos, “na próxima etapa”, a edifícios históricos de propriedade privada. Para este ano O encontro do Conselho serviu ainda para os representantes do IC apresentarem os projectos de revitalização em matéria de património que deverão estar concluídos este ano, nomeadamente a revitalização parcial da Fábrica de Panchões Iec Long e da zona dos Estaleiros de Lai Chi Vun, entre outros. Sobre este último projecto, na histórica vila piscatória de Coloane, os membros do Conselho consideram que “se deve ter plenamente em conta a capacidade da antiga zona urbana de Coloane no fluxo de pessoas e trânsito”. Além disso, estes apontam para a importância de fazer um planeamento antecipado, com uma abertura gradual do espaço a fim de “aumentar a flexibilidade da gestão”. Sobre o projecto da antiga Fábrica de Panchões, o Conselho pediu o reforço da promoção destes trabalhos de renovação, além de pedirem a adição de “mais elementos culturais locais à exposição para promover a singularidade da cultura de Macau”. A reunião de terça-feira serviu também para discutir o projecto da renovação da Mansão Chio, antiga residência da família Chio, tendo em conta que o Governo adquiriu o direito de propriedade do edifício, situado na Travessa da Porta. “Os trabalhos de inspecção de estrutura, mapeamento, estudo, planeamento e estabelecimento do plano de restauro da Mansão serão iniciados posteriormente”, lê-se ainda no comunicado.
Hoje Macau VozesPortugal-China | 43 anos de relações diplomáticas Por Rui Lourido* Portugal e a China perfizeram 43 anos de relações diplomáticas, com o seu estabelecimento a 8 de Fevereiro de 1979. Só com o derrube do fascismo, e a implantação da democracia em Portugal, foi possível o reconhecimento do governo da República Popular da China, que ocorreu a 6 de Janeiro de 1975. Portugal orgulha-se de ser a nação europeia que mantém as relações de amizade mais longas (desde o século XVI) com a China, bem como de ter sido pioneira na difusão da sofisticada e avançada civilização chinesa às restantes nações ocidentais, o que viria a influenciar a moda europeia, com um gosto à chinesa – a chinoiserie. Os sucessos civilizacionais da democracia socialista chinesa, ao ter o povo no centro da acção política do governo da China, permitiram o feito histórico de retirar 850 milhões de habitantes da pobreza (com o acesso universal ao trabalho, saúde, habitação e educação). Com o desenvolvimento económico, os chineses ampliaram a sua abertura ao mundo (aceitando mais responsabilidades no apoio às agências das Nações Unidas) e foram exemplares no combate à pandemia da COVID-19 (com um número incrivelmente baixo de mortes e mesmo de infectados). As relações entre os dois países têm beneficiado da abertura da China e são baseadas no interesse comum e descritas pelos respectivos governos como exemplares. As autoridades portuguesas têm-se empenhado em aprofundar as suas relações com a China, nomeadamente, com visitas, ao mais alto nível, dos Presidentes da República e de membros do Governo de Portugal – de Ramalho Eanes a Mário Soares, de Jorge Sampaio a Cavaco Silva (visita que acompanhei na qualidade de historiador), e do actual Presidente Marcelo Rebelo de Sousa. Portugal recebeu a visita de estado do Presidente da China, Xi Jinping, em Dezembro de 2018. Durante a visita foram assinados, pelos dois países, 17 acordos de cooperação (incluindo 10 memorandos de entendimento), abrangendo múltiplas áreas. Da cultura às áreas financeira e empresarial (energia, comércio e serviços, transportes, novas tecnologias com o 5G e o STARLAB – laboratório nos domínios do mar e do espaço). Destacamos o acordo de participação na “Nova Rota da Seda”, que potenciará a cooperação bilateral em mercados terceiros, e valorizará o Porto de Sines e a sua ligação à rede ferroviária transeuropeia e euro-asiática, essenciais para Portugal ganhar a uma nova centralidade na economia europeia. Pensamos que é do interesse geoestratégico de Portugal implementar o mais rápido possível estes acordos com a China (sem hostilizar os nossos aliados tradicionais), a fim de potenciar a favor de Portugal a sua integração neste mundo global, nomeadamente nas redes de novas tecnologias de Inteligência Artificial. Por outro lado, ao diversificar a origem das suas fontes de rendimento, Portugal cria condições para melhor resistir à próxima crise económica ocidental. Neste âmbito, em 2021, realizou-se uma conversa telefónica entre o Presidente da República Chinesa, Xi Jinping, e o Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, na qual foi reafirmada a importância da Parceria Estratégica Portugal-China, assinada em 2005. Foi ainda reconhecido o apoio inestimável da China no combate ao COVID-19, quer na divulgação internacional da descodificação do genoma do SARSCOV2, quer no rápido envio de materiais de protecção à saúde. Esta parceria permitiu, apesar da pandemia, que as trocas comerciais entre a China e Portugal, de Janeiro a Novembro de 2021, aumentassem cerca de 27% face ao ano anterior, atingindo 805,093 mil milhões de USD, sendo que as exportações da China foram de 481,581mil milhões de USD e as importações da China de 323,512mil milhões de USD. Os acordos nas áreas da ciência e do ensino superior foram reforçados, a 10 de Dezembro de 2021, pelos ministros da ciência de ambos os países. Entretanto, já tinham sido criados cinco institutos Confúcio em Portugal (Lisboa, Porto, Braga, Aveiro e Coimbra, com o apoio das respectivas universidades públicas), com cerca de 30 professores chineses (suportados pelo governo chinês) que dão aulas de chinês, simultaneamente, nas universidades e em 30 escolas secundárias públicas. A sociedade civil tem também uma atividade muito diversificada, designadamente na cultura e na investigação. Devido ao serviço público que presta a nível internacional destaco, a Biblioteca Digital Macau-China “Descrições de Macau-China dos Séculos XVI ao XIX”, iniciativa do Observatório da China, em parceria com a Biblioteca Nacional de Portugal, com o apoio da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa e o patrocínio da Fundação Macau. Este novo sítio da web disponibiliza mais de 200 mil páginas com as descrições e a cartografia portuguesas, dos séculos XVI ao XIX, relativas a Macau e à China, essenciais para a compreensão do relacionamento entre o Ocidente e a China, e de apoio a estudantes, investigadores e a leitores de todo o mundo. As televisões públicas da China (CCTV) e de Portugal (RTP) tem vindo a reforçar as relações com a retransmissão de programas de divulgação de ambos os países, em especial das respetivas tradições e culturas, com destaque para a transmissão em directo das cerimónias de abertura e de encerramento dos Jogos Olímpicos de Inverno em Beijing 2022. A nível cultural, o Ano Novo Chinês tem sido comemorado, desde 2014, em várias cidades portuguesas, em especial nas ruas de Lisboa, com um desfile de grupos etnográficos, com música e dança da China e de Portugal. O novo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Dr. Carlos Moedas, participou no evento digital de comemoração do Ano Novo Chinês, organizado pela Embaixada da China em 2022 (a convite do embaixador Zhao Bentang), comprometendo-se a dar continuidade e a apoiar o aprofundamento das relações com a China. Em 2019, realizou-se um grande festival da cultura portuguesa na China e da cultura chinesa em Portugal, incluindo música, dança, artes plásticas, projetos de arquivos e bibliotecas, contando com o empenho do embaixador de Portugal na China, José Augusto Duarte. A Comunidade portuguesa na China e a Chinesa em Portugal têm crescido desde a criação da Região Administrativa Especial de Macau. De tal forma que para além da Embaixada em Pequim (Beijing) e do Consulado em Macau, Portugal abriu um novo consulado em Cantão (Guangzhou). Por outro lado, a Comunidade Chinesa em Portugal tem vindo a crescer moderadamente, sendo em 2021 de 27.430 chineses. As relações entre Portugal e a China devem (como sempre aconteceu) continuar a aprofundar-se com benefício e respeito mútuos! *Historiador, Presidente do Observatório da China
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Governo Central pede para HK manter tolerância zero Numa altura em que a região vizinha registou, pela primeira vez, a ocorrência de mais de mil casos diários de covid-19, Pequim defende que as autoridades de Hong Kong não devem alterar a sua política de “tolerância zero” face à pandemia As autoridades chinesas instaram ontem Hong Kong a manter a política de tolerância zero com a covid-19, alertando que qualquer alteração para uma política de coexistência com o vírus resultaria num desastre para a região. A advertência foi feita por um alto funcionário da Comissão de Saúde da China e pelo Diário do Povo, o jornal oficial do Partido Comunista Chinês, após Hong Kong ter diagnosticado, pela primeira vez, mais de mil casos diários. “A chamada estratégia de ‘coexistir com o vírus’ não está comprovada cientificamente. Implementá-la traria uma enorme pressão sobre o sistema sanitário, já para não mencionar que atrasaria a retoma das viagens sem quarentena com o continente”, apontou o Diário do Povo, num comentário sobre a situação epidémica na cidade. A China mantém uma política de tolerância zero com a doença, agora designada, oficialmente, como “dinâmica zero casos”, e que envolve testes em massa e medidas de confinamento quando um surto é detectado. O Diário do Povo clarificou que esta estratégia não almeja “zero infecções”, mas é antes uma estratégia geral, voltada para a “descoberta precoce e acção rápida”, visando “interromper a transmissão comunitária contínua”. A estratégia “incorpora um conceito antiepidémico que prioriza pessoas e vidas e que também provou alcançar resultados máximos com custo mínimo”, referiu o jornal. Cidade com “maior risco” O especialista em controlo de doenças da Comissão de Saúde da China, Liang Wannian, disse que a estratégia ainda é aplicável a Hong Kong, apontando a cidade como sendo de “maior risco”, devido à alta densidade populacional e frequentes intercâmbios internacionais. Em entrevista a um canal chinês, Liang sugeriu que as autoridades de Hong Kong devem rastrear os contactos próximos através da análise de dados móveis e expandir o alcance dos testes em massa. “Só podemos viver com o vírus quando houver medicamentos mais eficazes (…) É ainda muito cedo para desistir”, disse. Segundo a agência Xinhua, esta terça-feira a Chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, referiu que a política de zero casos é a melhor estratégia a adoptar pelas autoridades nesta fase. A governante disse que a “dinâmica zero casos” é a melhor aproximação “aos interesses da sociedade e à protecção da saúde pública e segurança”. Carrie Lam disse também que Hong Kong tem de aderir a esta política de zero casos a fim de ganhar tempo para aumentar a taxa de vacinação no território e assegurar que os hospitais não entram em colapso com casos de covid-19. Uma pesquisa realizada, no mês passado, pelo Partido Democrata de Hong Kong, mostrou que 65 por cento dos entrevistados consideraram que a cidade deve preparar-se para viver com o vírus. Outro inquérito realizado na mesma altura, pelo Instituto Bauhinia, pró-Pequim, constatou que 68 por cento concordava que a adopção da estratégia de zero casos está de acordo com os interesses da sociedade. Desde o início da pandemia, Hong Kong registou 15.176 casos de covid-19 e 213 mortes, de acordo com as autoridades do território.
Hoje Macau EventosÓscares | “O Poder do Cão”, de Jane Campion, lidera nomeações As nomeações para a edição deste ano dos Óscares foram tornadas públicas esta terça-feira. O filme de Jane Campion, “O Poder do Cão”, é o grande líder, com nomeações para 12 categorias. Destaque também para a nomeação do luso-canadiano Luís Sequeira pelo seu trabalho no filme “Nightmare Alley” O filme “O Poder do Cão”, da realizadora neozelandesa Jane Campion, lidera as nomeações dos Óscares, em 12 categorias, anunciou esta terça-feira a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos. Jane Campion volta a estar nomeada para melhor realização, depois de em 1994 ter sido indicada com o filme “O piano”, que lhe valeu o Óscar de melhor argumento original. De acordo com a lista de nomeados da 94.ª edição dos Óscares, “O Poder do Cão”, uma produção estreada na plataforma Netflix, soma 12 nomeações, incluindo Melhor Filme, Melhor Realização, Melhor Fotografia e três indicações na representação para Benedict Cumberbatch, Jesse Plemons e Kirsten Dunst. Com dez nomeações surge “Duna”, a adaptação do clássico de ficção científica de Frank Herbert por Denis Villeneuve. O filme reúne nomeações em categorias técnicas de som e imagem, além de estar nomeado para Melhor Filme, mas Villeneuve falha uma nomeação na realização. Com sete nomeações cada, estão “Belfast”, de Kenneth Branagh, e “West Side Story”, a visão de Steven Spielberg de um musical da Broadway. Na contagem geral de candidatos aos Óscares, destaque ainda para a presença de dois filmes não ingleses: A produção japonesa “Conduz o meu carro” e a dinamarquesa “Flee – Em Fuga”. “Conduz o meu carro”, de Ryusuke Hamaguchi, está nomeado para quatro Óscares, nomeadamente Melhor Filme, Melhor Realização, Melhor Filme Internacional e Melhor Argumento Adaptado, enquanto “Flee – Em Fuga”, de Jonas Poher Rasmussen, é candidato nas categorias de Melhor Filme Internacional, Melhor Documentário e Melhor Filme de Animação. Para o Óscar de Melhor Realização estão indicados Jane Campion, Kenneth Branagh, Paul Thomas Anderson, Ryusuke Hamaguchi e Steven Spielberg. Português nomeado O ‘designer’ luso-canadiano Luís Sequeira está nomeado para a 94.ª edição dos Óscares pelo filme “Nightmare Alley – Beco das Almas Perdidas”, do mexicano Guillermo del Toro. Luís Sequeira está nomeado para o Óscar de Melhor Guarda-Roupa, categoria na qual esteve indicado em 2018, com o filme “A Forma da Água”, do mesmo realizador, embora não tenha conseguido o galardão. Nesta edição dos Óscares, o ‘designer’ luso-canadiano competirá numa categoria onde estão ainda os filmes “Cruella”, “Cyrano”, “Duna” e “West Side Story”. Por conta de “Nightmare Alley – Beco das Almas Perdidas”, Luís Sequeira também está nomeado para os BAFTA, do Reino Unido, e para os prémios da Associação de Figurinistas dos Estados Unidos. Luís Sequeira nasceu no Canadá, é filho de portugueses, tem dupla nacionalidade e soma mais de trinta anos de carreira entre a moda e o cinema. A cerimónia de anúncio dos vencedores está marcada para 27 de março em Los Angeles, Califórnia.
Hoje Macau PolíticaFórum Macau | Novo secretário-geral reúne com cônsul português O novo secretário-geral do Fórum Macau, Ji Xianzheng, reuniu esta terça-feira com o cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong, Paulo Cunha Alves. Segundo um comunicado, Paulo Cunha Alves destacou o facto de, nos últimos anos, o Fórum Macau ter promovido “o intercâmbio e a cooperação nas mais variadas áreas entre a China e os Países de Língua Portuguesa, com aproveitamento das vantagens singulares” do território. Cunha Alves manifestou ainda a “disponibilidade continuada” do Consulado “no apoio aos trabalhos” do Fórum, tendo pedido que esta entidade “impulsione ainda mais a cooperação com as partes envolvidas em domínios como o intercâmbio cultural, a cooperação trilateral ou o apoio à construção da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin”. Por sua vez, Ji Xianzheng disse ser seu objectivo “continuar a reforçar o contacto e a cooperação com o Consulado Geral de Portugal de modo a conjugar esforços no apoio à construção de Macau enquanto Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa”. É objectivo do Fórum Macau continuar com a “auscultação de todos os intervenientes no intuito de melhor desempenhar o seu papel como mecanismo de cooperação multilateral”, a fim de “intensificar o intercâmbio entre a China e os Países de Língua Portuguesa em todas as áreas”.
Hoje Macau SociedadeLegislativas | 44 % dos portugueses emigrantes não conseguiu votar Um inquérito realizado pela associação “Também somos portugueses” conclui que 44 por cento dos inquiridos não conseguiu votar nas últimas eleições legislativas para a Assembleia da República (AR), em Portugal. Quanto às razões, 69 por cento disse que não chegou a receber o boletim de voto, ou por estarem recenseados em Portugal ou por não estarem na morada habitual. Ainda assim, uma grande parte dos inquiridos disse que conseguiu votar sem problemas. No inquérito, 80 por cento dos inquiridos disse preferir a implementação do voto electrónico, enquanto que 60 por cento dos participantes “quer o aumento do número de deputados eleitos pela emigração”. Num comunicado, a associação “lamenta que tantos cidadãos portugueses tenham sido privados do direito ao voto. Os comentários mostram a frustração e indignação de quem tentou exercer o seu direito de cidadão mas não conseguiu votar. A dificuldade em actualizar a morada parece ser o principal problema, mas não o único.” Este inquérito obteve respostas de 56 países onde vivem portugueses, sendo que será enviada uma versão completa do documento para a Comissão Nacional de Eleições, a Administração Eleitoral, ao Presidente da República e ao Executivo, liderado por António Costa.
Hoje Macau China / ÁsiaAcções da chinesa Wuxi Biologics afundam após inclusão na lista negra dos EUA A empresa chinesa Wuxi Biologics suspendeu na segunda-feira a negociação das suas acções na Bolsa de Valores de Hong Kong, após ter sido incluída pelas autoridades dos Estados Unidos na lista negra do Departamento de Comércio. As acções da empresa, que fornece soluções tecnológicas para farmacêuticas, caíram 22,77%, até as negociações terem sido temporariamente suspensas. Em comunicado, a Wuxi Biologics indicou que vai fazer um anúncio, previsivelmente relacionado com a sua inclusão na referida lista negra. O Departamento de Comércio inclui nesta lista empresas estrangeiras para as quais não pode verificar a “legitimidade e confiabilidade” do uso que fazem de produtos importados a partir dos Estados Unidos. A medida não significa que os exportadores não possam fazer negócios com a Wuxi Biologics, mas significa que devem passar por processos adicionais antes de fazê-lo. O Governo de Joe Biden manteve a postura da administração anterior, liderada por Donald Trump, no sentido de tornar mais difícil para a China garantir tecnologias de ponta, ao restringir o comércio e o investimento. Washington acrescentou esta semana outras 32 organizações chinesas, com o objetivo de “ajudar os exportadores norte-americanos a realizar os processos relevantes e avaliar o risco das transações”, segundo a Casa Branca. A inclusão na lista que restringe o acesso a produtos norte-americanos visa também “enviar uma mensagem ao governo da República Popular da China sobre a importância da sua cooperação na clarificação sobre o uso final” de produtos importados dos Estados Unidos. A Wuxi disse em comunicado que a sua inclusão na lista não afeta significativamente os seus negócios. “A WuXi Biologics está a importar alguns componentes para biorreatores e filtros de fibra oca que estão sujeitos a restrições na exportação dos EUA, mas receberam aprovação [dos EUA] nos últimos 10 anos”, disse a empresa, em comunicado, na segunda-feira. Analistas consideram que o impacto das proibições pode ser minimizado pela substituição de componentes norte-americanos. John Yung, analista do Citigroup em Hong Kong, disse que a Wuxi é “mais propensa a procurar alternativas na União Europeia ou na China”, em vez de lidar com atrasos no fornecimento de componentes oriundas dos EUA.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Cientistas chineses dizem ter projectado um novo teste ultrarrápido Cientistas chineses desenvolveram um novo teste para o coronavírus SARS-CoV-2 que é tão confiável como um teste PCR de laboratório e dá resultado em minutos, de acordo com um artigo publicado numa revista científica. Atualmente, os testes PCR são o padrão máximo mundial para triagem da infeção, mas os resultados demoram várias horas a sair. Pesquisadores da Universidade de Fudan, na cidade chinesa de Xangai, dizem, no entanto, terem desenvolvido uma alternativa. Num artigo publicado na revista Nature Biomedical Engineering, a equipa disse ter desenvolvido um sensor que usa microeletrónica para analisar amostras de DNA coletadas por uma zaragatoa. O sensor, ligado a uma máquina portátil, permite obter um resultado em “menos de quatro minutos”, asseguram os seus projetistas. Este terminal tem “alta sensibilidade” e pode ser facilmente levado para qualquer lugar. Para testar o dispositivo, foram retiradas amostras de 33 pessoas infetadas com o coronavírus. Os testes de PCR foram realizados em paralelo, para poder comparar os dois métodos. De acordo com o artigo, todos os resultados obtidos pelos dois dispositivos foram idênticos. Os testes realizados com o novo dispositivo envolveram um total de 54 amostras, incluindo pessoas com febre, mas que não tiveram covid-19, pacientes com gripe e voluntários saudáveis. Os pesquisadores da Universidade Fudan disseram que, uma vez aperfeiçoados, os seus dispositivos podem ser usados em várias situações, incluindo aeroportos, hospitais e até em casa. Além de serem lentos, os testes de PCR requerem infraestrutura e laboratórios que são escassos em muitos países em desenvolvimento, o que constitui um obstáculo à deteção do vírus. Autotestes rápidos também existem, mas são considerados menos confiáveis. A China é um dos maiores produtores mundiais de testes de PCR. Em dezembro, exportou um valor total de 1,4 mil milhões de euros, um aumento de 144%, face ao mês anterior, segundo as alfândegas chinesas.
Hoje Macau China / ÁsiaChina reitera apoio à reivindicação da Argentina sobre as Ilhas Malvinas A China reiterou o seu “firme apoio” à reivindicação da Argentina sobre as Ilhas Malvinas/Falkland e insistiu que Londres deve sentar-se para discutir o assunto com Buenos Aires. Em comunicado, o porta-voz da Embaixada da China no Reino Unido reagiu assim às palavras da ministra dos Negócios Estrangeiros britânica, Liz Truss, que defendeu na terça-feira aquelas ilhas como “parte da família britânica”. “A China deve respeitar a soberania das Falkland (como os britânicos chamam às ilhas)”, escreveu Truss, na sua conta oficial na rede social Twitter. O porta-voz chinês enfatizou que a posição do seu país nas Malvinas é “consistente” e implica “firme apoio à reivindicação legítima da Argentina de completa soberania” sobre as ilhas. “A China sempre defendeu que as disputas territoriais entre países sejam resolvidas por meio de negociações pacíficas, de acordo com os princípios da Carta das Nações Unidas”, lê-se na mesma nota. Pequim “espera” que o Reino Unido responda afirmativamente ao pedido da Argentina de abrir negociações o mais rápido possível para encontrar uma “solução pacífica, justa e duradoura de acordo com as resoluções da ONU”. A Argentina reivindica as ilhas desde 1833, mas o Reino Unido recusa-se a entrar em negociações sobre a sua soberania, conforme solicitado por Buenos Aires. Os dois países travaram uma guerra, em 1982, um conflito que começou com a ocupação das ilhas pela junta militar argentina, em 02 de abril, daquele ano e terminou com a rendição argentina em 14 de junho. Durante a guerra morreram 649 militares argentinos, 255 britânicos e três civis habitantes das ilhas.
Hoje Macau China / ÁsiaChefe da diplomacia dos EUA inicia périplo na região de Ásia-Pacífico O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, partiu ontem para a região da Ásia-Pacífico, périplo que pretende consolidar as parcerias locais perante a estratégia expansionista da China e que surge em plena intensificação da crise ucraniana. Blinken passará três dias na cidade australiana de Melbourne, onde vai participar numa reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros do grupo Quad, uma aliança dos Estados Unidos da América (EUA) com a Austrália, Índia e Japão, que Washington pretende que seja um baluarte contra o desejo de controlo regional por parte da China. Em Melbourne, o chefe da diplomacia norte-americana vai reunir com altos funcionários australianos, incluindo o primeiro-ministro, Scott Morrison, com quem deve tentar fortalecer a aliança militar trilateral “AUKUS” (Austrália, Reino Unido, EUA), anunciada em setembro para combater a influência da China. Ao abrigo desta aliança, a Austrália adquiriu, no ano passado, submarinos de propulsão nuclear aos Estados Unidos, rompendo um contrato de compra de submarinos tradicionais à França, o que provocou um incidente diplomático. Após a partida da Austrália, programada para sábado, Blinken fará uma escala nas ilhas Fiji para se encontrar com vários líderes das ilhas do Pacífico. “A principal mensagem que o secretário de Estado transmitirá é que as nossas parcerias cumprem as promessas estabelecidas”, disse Daniel Kritenbrink, secretário de Estado adjunto para o Pacífico e Ásia Oriental. “O Quad é uma componente-chave, económica e de segurança, da política externa dos EUA na região do Indo-Pacífico”, explicou Kritenbrink. Criado em 2007, o grupo Quad foi revitalizado em 2017, quando a Austrália se envolveu de forma mais assertiva para combater as intenções expansionistas do Governo de Pequim, acusado de intimidação militar no Mar do Sul da China. As Forças Armadas da Austrália participaram em manobras conjuntas da aliança, em 2020, um ano em que tropas chinesas e indianas entraram em confronto por várias vezes, numa área de fronteira disputada. A reunião de Melbourne também servirá para discutir estratégias no combate à pandemia de covid-19 e os problemas das alterações climáticas, preparando a agenda para uma reunião de chefes de Estado do Quad, marcada para meados deste ano. Esta viagem de Blinken acontece numa altura em que os receios ocidentais sobre uma potencial invasão russa da vizinha Ucrânia continuam bem presentes. Também acontece poucos dias depois do Presidente russo, Vladimir Putin, ter recebido o apoio do chefe de Estado chinês, Xi Jinping, nas críticas contra a expansão da NATO a leste. Num encontro na capital chinesa, que decorreu por ocasião da abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno, os dois líderes deram sinais de uma frente comum, com Pequim a apoiar Moscovo no seu confronto com a NATO em torno da Ucrânia e Putin a devolver o apoio de Xi Jinping no que diz respeito a Taiwan, ilha que a China considera parte do seu território e que já chegou a ameaçar a reunificação pela força.
Hoje Macau SociedadePoluição | Ambientalistas contra compra de veículos eléctricos A associação Green Student Union defende que o Governo deve reduzir o número de veículos privados em vez de promover a compra de veículos eléctricos. A posição foi tomada na sequência do relatório com o Planeamento da Protecção Ambiental de Macau, publicado pela Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental, onde consta como objectivo a promoção da compra de veículos eléctricos. Em declaração ao jornal All About Macau, Joe Chan, o presidente da associação, explicou que este planeamento só está a incentivar a população a trocar os carros movidos a combustíveis fósseis por carros eléctricos. Contudo, a associação quer é promover a redução dos veículos. Segundo as explicações, mesmo um veículo eléctrico precisa de electricidade para andar, que é produzida com recurso à queima de combustíveis fósseis, o que também provoca poluição. Ainda no que diz respeito ao transporte privado, Joe Chan apelou ao Governo para pensar em como promover a substituição dos veículos antigos e mais poluidores e aplicar exigências mais restritivas sobre a emissão de gases poluentes dos veículos.
Hoje Macau PolíticaConselho Consultivo | Utilização de terrenos marcou reunião Alguns membros do Conselho Consultivo dos Serviços Comunitários das Ilhas apelaram ao Governo para utilizar de forma racional os terrenos não aproveitados. Ontem, decorreu mais uma reunião do Conselho Consultivo e foram vários os membros que se debruçaram sobre os terrenos recuperados pela RAEM que não são utilizados. De acordo com o relato do canal chinês da Rádio Macau, Leong Chon Kit, um dos membros , defendeu a necessidade dos terrenos serem aproveitados no futuro a pensar nas necessidades da comunidade de Seac Pai Van. Segundo Leong, a comunidade naquela zona é cada vez maior, e, por isso, exemplificou que o terreno junto ao Edifico Ip Heng deve ser utilizado para instalações desportivas, como um campo de futebol. Por sua vez, Lam Ka Chun, coordenador-adjunto do Conselho, lamentou que alguns terrenos estejam desocupados há muito tempo e que não tenham sido aproveitados para organizar feiras e outras actividades exteriores que promovam o comércio local. Quanto a Ao Ka Fai, mostrou-se mais preocupado com a situação do trânsito, e sustentou que é necessário um combate mais eficaz às infracções na via entre a Avenida de Guimarães e a Avenida de Kwong Tung. Finalmente, Lei Hoi Ha deu prioridade ao trânsito para o Interior, e considerou que o Governo deve fazer tudo para aumentar a frequência dos autocarros que circulam para a Ilha da Montanha e para o Ponto Fronteiriço de Qingmao.
Hoje Macau China / ÁsiaCandidatos à presidência das Filipinas abrem campanha, mas sem apertos de mão A campanha para as presidenciais nas Filipinas arrancou hoje, com os candidatos, incluindo a atual vice-Presidente e o filho de um antigo ditador, a prometerem reduzir desigualdades, agravadas pela pandemia de covid-19. A campanha oficial, que se prolonga por três meses, começou sob restrições anticovid-19, incluindo a proibição de apertos de mão, beijos, abraços e grandes multidões, tradicionais nas eleições no arquipélago. Devido às restrições, as redes sociais tornaram-se um importante campo de batalha para as eleições de 09 de maio, que irão eleger, de forma separada, o Presidente, o vice-Presidente e metade dos 24 assentos no Senado das Filipinas. Em 25 de março começam, sob forte vigilância policial, as campanhas para as eleições de governadores das províncias, presidentes dos municípios e para os assentos na Câmara dos Deputados. Mais de 67 milhões de filipinos registaram-se para votar, incluindo quase 1,7 milhões que trabalham no estrangeiro. O elenco de candidatos eleitorais inclui o presidente do município de Manila, Isko Moreno, um ex-ator elogiado pela limpeza da capital, o senador Panfilo Lacson, um ex-chefe da polícia filipina conhecido pela luta contra o crime e a corrupção, e o senador Manny Pacquiao, ex-campeão mundial de boxe que prometeu prender os políticos corruptos e doar casas aos mais pobres. Ferdinand ‘Bongbong’ Marcos Júnior lidera as sondagens pré-eleitorais, com uma enorme vantagem em relação à atual vice-Presidente, Leni Robredo, o que tem alarmado os defensores dos direitos humanos e da democracia. Marcos Jr., que foi derrotado por Leni Robredo na corrida à vice-presidência de 2016, tem descrito como “mentiras” as atrocidades e corrupção vividas durante o regime do pai, um ditador derrubado em 1986 numa revolta popular apoiada pelo exército. Mais de três décadas depois da queda de Marcos, a família aproveitou a desilusão de muitos filipinos “com as contradições e deficiências inerentes à democracia de elites que substituiu a ditadura”, disse Richard Heydarian, um analista político radicado em Manila, acrescentando que “a propaganda pró-Marcos realmente invadiu a comunicação social”. Marcos Jr. juntou-se à líder do município de Davao, Sara Duterte, filha do Presidente cessante, Rodrigo Duterte, e candidata à vice-presidência, embora tenha jurado nunca apoiar o filho do antigo ditador. Ativistas de direitos humanos disseram que Rodrigo Duterte, de 76 anos, fará de tudo para garantir que o sucessor o proteja de eventuais ações judiciais devido a uma campanha de repressão antidroga, que causou a morte de mais de seis mil suspeitos. A Comissão Eleitoral está ainda a analisar uma série de petições que pedem a desqualificação de Marcos Jr., apresentadas sobretudo por ativistas de esquerda, com a maioria a referir uma condenação por evasão fiscal em 1995 e alegadas falsidades nos documentos de candidatura.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Hong Kong reforça restrições após número recorde de casos diários A chefe do executivo de Hong Kong anunciou hoje que a região chinesa vai reforçar as medidas de distanciamento social, depois de registar um número recorde de casos diários de covid-19. Em conferência de imprensa, Carrie Lam rejeitou a possibilidade de um confinamento total em Hong Kong e garantiu que as autoridades vão continuar a apostar em medidas flexíveis para as diferentes zonas da cidade. A governante disse que as medidas concretas só irão ser divulgadas mais tarde, após serem discutidas no Conselho Executivo de Hong Kong. Na segunda-feira, Hong Kong registou um número máximo diário de 614 infeções com SARS-CoV-2 e, de acordo com a emissora pública do território RTHK, a cidade diagnosticou hoje novamente mais de 600 casos positivos. De acordo com uma fonte citada pelo jornal South China Morning Post, a região vai limitar grupos em restaurantes a duas pessoas por mesa e exigir a apresentação de um novo certificado de vacinação para a entrada em centros comerciais. Carrie Lam lamentou a baixa taxa de vacinação da população de Hong Kong, sublinhando que mais de metade dos idosos com mais de 70 anos – cerca de meio milhão de pessoas – não foi ainda vacinada. A chefe do executivo admitiu que as medidas de distanciamento social “acarretam um grande preço económico e social”, mas defendeu que são essenciais para evitar “o colapso” do sistema médico de Hong Kong. Lam acrescentou que as novas medidas não deverão afetar a escolha do novo líder de Hong Kong, a decorrer em março, uma vez que “é uma eleição pequena em escala, envolvendo apenas 1.500 votantes”. Tal como a China, Hong Kong adotou a estratégia “zero covid” que impõe restrições severas à entrada no território, confinamentos específicos e acompanhamento de casos. Desde o surgimento no território da variante Ómicron altamente contagiosa, Hong Kong também reforçou as restrições de viagem, fechou as fronteiras para chegadas de oito países e proibiu passageiros de 153 países de transitar pela região. A quarentena obrigatória num centro específico e em hotéis para viajantes do exterior foi entretanto reduzida de três para duas semanas. Desde o início da pandemia, Hong Kong registou mais de 16 mil casos e 213 mortes.
Hoje Macau SociedadeFundação Jorge Álvares quer mais portugueses a estudar na China A Fundação Jorge Álvares (FJA) está a preparar o lançamento de uma plataforma digital para encorajar mais portugueses a estudar em universidades chinesas, assim como chineses a estudar em Portugal. Fernanda Ilhéu, do Conselho de Administração da FJA, disse à Lusa que cada universidade e instituto politécnico de Portugal, da China continental e de Macau terá direito a gerir um espaço próprio no portal, onde poderá colocar a sua oferta educativa. O objetivo é facilitar aos alunos a consulta de informação sobre cursos, programas, perfil dos professores, condições de inscrição e pagamento de propinas. A FJA vai ainda disponibilizar informação sobre “o meio envolvente”, por exemplo sobre as cidades onde se localizam os ‘campus’ das instituições e as residências universitárias disponíveis. A plataforma terá ainda informações úteis, nomeadamente sobre a obtenção de vistos, abertura de contas bancárias, realização de seguros e acesso a serviços de saúde para estudantes estrangeiros. Embora a China e Macau não permitam atualmente a entrada de estudantes estrangeiros, Fernanda Ilhéu disse acreditar que o portal poderá ter um efeito positivo num futuro pós-covid-19. “Esperamos que a pandemia seja controlada em breve e as situações de quarentena sejam levantadas”, salientou a investigadora. A plataforma da FJA pretende também promover a cooperação entre instituições de ensino superior chinesas e portuguesas na área da investigação científica. O portal vai ter uma área específica para ajudar investigadores a identificar potencial parceiros de pesquisa, partilhar trabalhos e publicações e organizar eventos conjuntos. A fase de concepção de modelagem da plataforma deverá estar concluída no final de abril, seguindo-se a divulgação junto de instituições do ensino superior e investigação científica em Portugal, Macau e China. A FJA é uma estrutura criada em dezembro de 1999, no quadro da transferência da administração portuguesa de Macau para a China, e tem como objetivo promover o diálogo intercultural entre Lisboa e a região administrativa especial chinesa. Desde 2016 que o presidente da Fundação Jorge Álvares (nome do português e primeiro europeu a chegar à China, por via marítima, no século XVI) é o general Garcia Leandro, governador de Macau entre 1974 e 1979. Em janeiro, Zhao Zilin, aluna da Universidade de Estudos Internacionais de Xangai, venceu a primeira edição dos Prémios Fundação Jorge Álvares, para trabalhos sobre as relações entre Portugal e a China. A China continua a sentir uma forte procura por profissionais que falem português, disseram à Lusa Catarina Gaspar e Madalena Teixeira, duas das co-autoras de uma obra académica sobre os estudantes chineses da língua portuguesa apresentada a 14 de janeiro. Cerca de 50 instituições chinesas de ensino superior têm cursos de língua portuguesa, disse à Lusa, em novembro de 2020, o coordenador do Centro Pedagógico e Científico da Língua Portuguesa do Instituto Politécnico de Macau, Gaspar Zhang Yunfeng.
Hoje Macau SociedadeLas Vegas Sands | Terminada relação com principais junkets de Macau A Las Vegas Sands, empresa-mãe dos casinos de Macau sob a alçada da Sands China, anunciou ter terminado as ligações e acordos de cooperação que detinha com “os três principais” promotores de jogo do território. “Não existem garantias de que seremos capazes de manter ou desenvolver as nossas relações com os promotores de jogos ou que estes continuem a estar licenciados pelo regulador do jogo [DICJ] para operar em Macau, o que poderá ter um impacto nos nossos negócios, resultados operacionais e fluxos de caixa”, pode ler-se no relatório anual da Las Vegas Sands divulgado na sexta-feira e citado pelo portal GGR Asia. No mesmo documento, a Las Vegas Sands sublinha ainda que a “qualidade dos promotores de jogos” com os quais se relaciona é “importante” para a reputação do grupo e a sua capacidade de “continuar a operar em conformidade com as licenças de jogo” concedidas pelo Governo de Macau. “Embora nos esforcemos por cultivar a excelência nas ligações que estabelecemos (…) não conseguimos assegurar que os promotores de jogos com os quais estamos associados irão satisfazer os elevados padrões pelos quais nos regemos”, é acrescentado. Recorde-se que o anúncio acontece poucos dias depois de a Macau Legend ter confirmado a detenção de Levo Chan, líder do grupo Tak Chun, que possui uma licença para operar como junket. Antes disso, a indústria do jogo em Macau já levara um duro golpe em Novembro, após a queda do grupo Suncity e a detenção de Alvin Chau, indiciado pelos crimes de participação em associação criminosa, chefia de uma associação criminosa, branqueamento de capitais e de exploração ilícita do jogo.
Hoje Macau DesportoPortugal sagra-se bicampeão europeu de futsal Portugal sagrou-se este domingo bicampeão europeu de futsal ao vencer, em Amesterdão, a Rússia por 4-2 a final do UEFA Futsal EURO 2022. Sokolov, aos 10 minutos, e Afanasyev, aos 13, deram vantagem à Rússia, mas André Coelho, com dois golos, aos 27 e 32, e Pany Varela, aos 40, consumaram a reviravolta lusa, iniciada ainda na primeira parte, aos 19, por Tomás Paçó. Após uma vitória que mereceu os parabéns do primeiro-ministro português, António Costa, a equipa foi recebida ontem no aeroporto de Lisboa por uma centena de adeptos. Após aterrar na pista do aeroporto Humberto Delgado, o capitão João Matos deixou as instalações, erguendo o troféu continental, que depois passou para o seleccionador Jorge Braz, antes de circular por grande parte dos jogadores e se aproximar dos presentes. “É extraordinário ter tocado o céu e regressar à realidade. Foi um feito extraordinário. Estamos de parabéns pelo que fizemos”, afirmou João Matos, em declarações aos jornalistas. Tomás Paçó disse aos jornalistas que, com esta vitória, realizou um sonho “nesta segunda época de sénior”. “Eu e o Zicky já temos todos os troféus que podíamos conquistar, mas isso demonstra o potencial do futsal português”, disse o fixo ‘leonino’, de 21 anos, que no domingo juntou o título europeu de selecções ao Mundial e à Liga dos Campeões, vencida pelo Sporting, ao serviço do qual também já se sagrou campeão nacional e vencedor de Taça de Portugal, Supertaça e Taça da Liga. O guarda-redes André Sousa, que segurava um cartaz levado por um adepto para o recinto neerlandês, com a mensagem ‘bagaço>vodka’, agradeceu a recepção, após “poucas horas dormidas e depois de um grande objectivo”. “Sabíamos que tínhamos de estar ao mais alto nível para estar neste patamar e acho que Portugal saiu como justo vencedor”, referiu o guardião do Benfica. Visita a Belém No aeroporto, o ala do Nápoles, Bruno Coelho, disse esperar manter estes momentos de glória na memória colectiva nacional. “Foi um feito enorme. Nos últimos quatro anos, ganhámos dois europeus e um mundial. É espectacular, nunca nos vamos esquecer. Espero que todos os portugueses não se esqueçam deste momento”, realçou. A selecção portuguesa de futsal foi também recebida na manhã de ontem pelo Presidente da República portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém, em Lisboa. Numa nota divulgada no website da Presidência, lê-se que “depois de um jogo difícil e muito emotivo os heróis portugueses manifestaram a sua vontade e competência, uma nova jornada de glória para o desporto nacional”.
Hoje Macau Eventos“Belfast” de Kenneth Branagh bem posicionado para os Óscares Posicionado como potencial nomeado aos Óscares, o filme “Belfast” revisita um período “profundamente trágico e doloroso” na história da Irlanda do Norte sob a lente da compaixão, disse o realizador Kenneth Branagh num evento da Variety. “Compaixão foi o ponto de vista que quisemos aplicar a uma situação muito complicada”, afirmou Branagh, que desenvolveu a história com base na sua memória do início dos confrontos violentos conhecidos como The Troubles, que opuseram protestantes unionistas e católicos nacionalistas no final da década de sessenta. “Olhamos para a situação através do Buddy, de nove anos, e é uma posição muito humana através da qual observamos uma família a lidar com eventos para os quais não estamos preparados para lidar”, descreveu o autor. O filme tem como protagonistas Jamie Dornan, Caitriona Balfe, Jude Hill, Judy Dench e Ciarán Hinds, e tem sido aclamado pela crítica com várias nomeações e vitórias na temporada de prémios do cinema. “Quando li o argumento, pareceu-me que a essência do que ele tinha captado era uma verdade muito profunda de uma cultura e de um povo”, disse o actor Ciarán Hinds, que interpreta o avô de Buddy no filme. “Foi como se tivéssemos escorregado de forma muito gentil para uma outra era, um outro tempo”. “Experiência mágica” O actor descreveu como “uma experiência mágica” trabalhar com Kenneth Branagh, que fez um filme quase autobiográfico com uma dose simultânea de nostalgia e assombro. “Sentimo-nos rodeados dos fantasmas dos nossos antepassados, os espíritos de onde viemos”, disse Ciáran Hinds. Jamie Dornan também elogiou o trabalho do realizador, que deu aos actores a capacidade de se submergirem num filme de época – filmado a preto e branco – de forma orgânica. Situado em 1968, no início do conflito, “Belfast” não aborda directamente a complexidade do que está em causa. Kenneth Branagh explicou que a sua intenção foi mostrar o desenrolar da violência de um ponto de vista familiar. “São eventos políticos e sociais avassaladores, um período muito traumático para a Irlanda do Norte que durou trinta anos e ninguém sabia quanto tempo ia durar”, disse o realizador, lembrando que morreram 3700 pessoas durante o conflito. “Foi profundamente trágico e doloroso”, descreveu. O filme “tenta entender” um pouco disso sem endereçar o principal problema. “Em vez disso, tenta focar nos mecanismos usados para enfrentar a situação, e as pequenas formas como uma família normal lidou com estas dificuldades e pôs um pé à frente do outro”, disse Branagh. “Podemos aprender com estas histórias”.
Hoje Macau SociedadeAno Novo Lunar | Macau perde 90,6% de turistas em relação a 2019 Mais de 113 mil turistas entraram em Macau na semana dourada do Ano Novo Lunar, menos 90,6 por cento que em 2019, ou seja, antes da pandemia da covid-19. Ainda assim, o registo ficou acima dos números registados em 2021, anunciou ontem Direção dos Serviços de Turismo (DST). De acordo com os dados divulgados pela DST, o território registou a entrada de apenas 113.699 visitantes, uma média diária de 16.242 turistas. No entanto, o balanço da semana, que este ano decorreu entre 31 de Janeiro e 06 de Fevereiro, é positivo (+25,4 por cento), quando comparado com o de 2021, entre 11 e 17 de Fevereiro. Dois anos após o início da pandemia, e apesar do regresso das celebrações do Ano Novo Lunar, tradicionalmente um ponto alto para o turismo de Macau, o contexto pandémico voltou a afastar os turistas da capital mundial do jogo, que recebeu 7,7 milhões de visitantes em 2021, um valor muito distante dos quase 40 milhões registados em 2019. Os visitantes são quase todos oriundos do Interior da China, que beneficiam de excepções face às restrições fronteiriças determinadas no âmbito do combate à pandemia do novo coronavírus. Recorde-se que Macau tem promovido a cidade como um território seguro em relação à covid-19, procurando capitalizar com o facto de ter registado apenas 79 casos durante a pandemia. No entanto, apesar de se tratar de uma das festas mais importantes para as famílias, as autoridades do Interior da China pediram à população para não viajar durante os feriados.
Hoje Macau China / ÁsiaAcusação de abusos sexuais é “enorme mal-entendido”, diz Peng Shuai A tenista chinesa Peng Shuai disse que a preocupação internacional com o seu bem-estar parte de “um enorme mal-entendido” e negou ter acusado o ex-vice-primeiro-ministro chinês Zhang Gaoli de abusos sexuais. “Agressão sexual? Eu nunca disse que alguém me fez submeter a uma agressão sexual”, disse a tenista, numa entrevista publicada pelo jornal desportivo francês L’Equipe no domingo à noite. No início de novembro, numa publicação na rede social chinesa Weibo, a antiga campeã de pares em Roland Garros acusou Zhang Gaoli de a ter forçado a ter relações sexuais, durante um relacionamento que durou vários anos. “Esta publicação resultou num enorme mal-entendido por parte do mundo exterior”, disse Peng Shuai. “O meu desejo é que o significado desta publicação não continue a ser distorcido.” As acusações da tenista, de 36 anos, rapidamente desapareceram, com a Weibo a censurar posteriormente qualquer referência ao caso. Questionada pelo L’Equipe, Peng Shuai disse que foi ela a apagar a publicação. “Porquê? Porque quis”, acrescentou. Na entrevista, a tenista não respondeu diretamente a uma pergunta sobre se a publicação teria ou não causado problemas com as autoridades chinesas. “Emoções, desporto e política são três coisas claramente separadas”, disse ao jornal. “Os meus problemas românticos, a minha vida privada, não devem ser misturados com desporto e política.” A publicação disse ter conversado com a tenista no sábado, num hotel de Pequim, numa entrevista de uma hora organizada pelo Comité Olímpico da China. O L’Equipe acrescentou que as perguntas foram enviadas com antecedência e que um funcionário do Comité Olímpico local participou na conversa e traduziu os comentários de Peng a partir do chinês. O jornal salientou que outra condição para a realização da entrevista foi a publicação da conversa na íntegra, em forma de pergunta e resposta.