Hoje Macau SociedadePJ | Mulher acusada de violência doméstica Uma mulher de 46 anos é suspeita da prática do crime de violência doméstica, por agressões ao filho menor. De acordo com a informação da Polícia Judiciária (PJ), a mulher é reincidente uma vez que se encontra a aguardar julgamento pelo mesmo tipo de crime, relacionado com factos ocorridos em 2018. A investigação para a nova queixa, começou depois de o Hospital Centro S. Januário ter relatado às autoridades a admissão nos seus serviços de um menino de oito anos com várias contusões na cabeça, mãos e barriga. Segundo o relato da vítima, a progenitora costuma bater-lhe à hora do pequeno-almoço ou quando demora a fazer os trabalhos de casa. O facto de a criança também não ajudar em tarefas domésticas também foi indicado como uma das razões para as agressões. A suspeita, que é croupier, foi levada pela PJ para a investigação, e recusou cooperar. Face ao segundo incidente, a PJ encaminhou o caso para o Instituto de Acção Social e a criança ficou à guarda de um centro de apoio.
Hoje Macau VozesAs relações China-Rússia e os acontecimentos em Donetky-Lugansk (Ucrânia) Por Francisco José Leandro – Professor Associado da Universidade Cidade de Macau Nas relações China-Rússia há cinco factos que, independentemente dos próximos desenvolvimentos no sudeste da Ucrânia, irão ditar a posição chinesa. Em primeiro lugar, a China e a Rússia são membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas, facto que a China entende como uma especial responsabilidade no quadro da preservação do sistema da Carta das Nações Unidas; isto significa o respeito pela integridade territorial de todos os Estados e, tal como afirmou recentemente o Ministro dos Negócios Estrangeiros da China Wang Yi, “todas as soluções para a crise na região de Donetky-Lugansk devem ser negociadas no quadro dos Acordos de Minsk” (2015). Posição lógica e coerente na sequência dos acordos de Budapeste em 1994, no quadro da OSCE, aos quais a China deu o seu apoio de forma escrita. Em segundo lugar, a assimetria das relações económicas (a economia Chinesa é cerca de 11 vezes a da Rússia), os recentes desenvolvimentos no contexto da iniciativa da nova rota da seda na região da Eurásia, designadamente no âmbito da Parceria Económica Euro-asiática (2021), da Parceria Estratégica China-Rússia (1994), da entrada em funcionamento do gasoduto “Power of Siberia” (2022) e das possibilidades que oferece o Projecto Yamal e a Rota da Seda Polar, levará previsivelmente a que China a adopte uma posição de responsabilidade e de comedimento perante a comunidade internacional e perante os seus próprios interesses. Em terceiro lugar, a China é um importante parceiro comercial da Ucrânia. A Ucrânia importa da China 15% do seu total de importações, exposta para a China 16% do seu total de exportações. Para além disso, é necessário ter em conta que, face às posições políticas já assumidas pela União Europeia e pela maioria dos seus Estados-Membros, a China é o maior parceiro comercial do Espaço Comum Europeu e, também por essa razão, não se espera um inequívoco, incondicional e público alinhamento China-Rússia. Espera-se, isso sim, um intenso debate diplomático sem os holofotes dos meios mediáticos. Em quarto-lugar, as relações China-Rússia já não são as que se verificavam em 1958 durante a cimeira Mao Zedong-Kruschev. A China é hoje uma superpotência económica, uma potência em crescimento e com sofisticação militar, um reconhecido actor global, ao qual a Rússia se vai procurar associar, para capitalizar no seu esforço de regresso ao concerto dos estados mais poderosos do sistema internacional. Todavia, as assimetrias geoeconómicas estão a favor da China, que estou em crer não deseja mais do que aprofundar parceiras, distanciando-se da ideia de alianças formais. Finalmente, a China e a Rússia têm um forte ponto comum nas suas agendas das relações internacionais: são ambas potências revisionistas que não aceitam uma ordem internacional baseada unicamente no modelo neoliberal e, como tal, têm visões próprias para a evolução do sistema. Ambas sabem também, que uma eventual reeleição do Presidente Donald Trump (2025) aconselha a uma redobrada prudência, já que alinhadas representam uma possibilidade de reequilíbrio ideológico da ainda ordem hegemónica.
Hoje Macau China / ÁsiaChina pune 17 funcionários em caso de mulher que vivia acorrentada numa aldeia As autoridades chinesas puniram 17 funcionários da província de Jiangsu, leste da China, por um caso de maus-tratos a uma mulher, que foi vendida em 1998 e passou anos acorrentada, num caso que chocou o país asiático. Os funcionários, alguns dos quais foram demitidos, “não protegeram os direitos das crianças e mulheres” e incorreram em “formalismos e burocracia”, informou hoje a agência noticiosa oficial Xinhua. O caso, que causou grande indignação nas redes sociais do país, foi conhecido devido a um vídeo publicado a 28 de janeiro na aplicação Douyin – o nome do Tiktok na China – que mostrava uma mulher acorrentada pelo pescoço, numa área rural em Jiangsu. A mulher, mãe de oito filhos, parecia confusa e não conseguiu responder, no vídeo amador, quando questionada sobre se sentia frio, devido às baixas temperaturas da época e à falta de agasalho. O vídeo horrorizou a opinião pública e vários internautas apelaram a uma investigação para esclarecer a situação. As investigações, que começaram a 17 de fevereiro, determinaram, através de uma análise de DNA, que a mulher, cujo nome verdadeiro é Xiao Huamei, nasceu em 1977, em Fugong, na província de Yunnan, no sul da China. Xiao foi vendida a um homem de Jiangsu, de apelido Xu, em 1998, por 5.000 yuans (cerca de 700 euros), mas desapareceu alguns meses depois, disse o homem aos investigadores. De acordo com a investigação, outro homem comprou a mulher, em junho de 2000. O filho desse homem, de sobrenome Dong, obteve fraudulentamente uma certidão de casamento com Xiao e teve oito filhos com ela. A investigação revelou que Dong mantinha Xiao amarrada pelo pescoço, com uma corrente de ferro, desde 2017, e que ela foi privada de assistência médica. Xiao não sofre de qualquer outra doença física, mas, segundo depoimentos dos vizinhos às autoridades, quando chegou à cidade, em 1998, já apresentava sintomas de doença mental, que se agravaram a partir de 2012. No final de janeiro, médicos em Nanjing, capital da província de Jiangsu, diagnosticaram que Xiao tinha esquizofrenia, uma condição que a impede de comunicar normalmente, segundo as autoridades. Dong foi preso por suspeita de abusos. Há ainda dois indivíduos, de apelido Sang e Shi, sob investigação, por sequestro e tráfico humano. O tráfico de seres humanos é um problema persistente na China, agravado pela antiga política do filho único e pelo desequilíbrio entre o número de homens e mulheres no país. Segundo o Banco Mundial, há 42 milhões de homens a mais do que mulheres na China. Homens solteiros recorrem às vezes à compra de mulheres de partes remotas da China ou de países vizinhos, como o Vietname. Nos últimos anos, tecnologias como a análise de DNA ou o reconhecimento facial têm contribuído para solucionar casos de venda de crianças e mulheres.
Hoje Macau China / Ásia“Bolha” sanitária dos Jogos de Inverno foi “experiência valiosa” para a China, diz epidemiologista O epidemiologista chinês Zhang Wenhong considerou hoje que a ‘bolha’ sanitária utilizada durante os Jogos Olímpicos de Inverno, em Pequim, constituiu uma “experiência valiosa” para a China, que mantém as suas fronteiras encerradas. A ‘bolha’ isolou os participantes do evento, que terminou este fim de semana, da população local. Atletas e outros participantes não puderam visitar os locais turísticos ou restaurantes de Pequim durante o seu tempo livre. Os hotéis e os locais de competição foram cercados com muros temporários e guardas. Fora da ‘bolha’, a vida decorreu com normalidade para a maioria das pessoas. Através da sua conta na rede social Weibo – o equivalente chinês ao Twitter -, Zhang destacou que a experiência constituiu uma resposta “perfeita” ao desejo da China de interagir com o exterior, enquanto a pandemia perdurar. Não há relato de casos de contágio entre a ‘bolha’ e a população de Pequim. As fronteiras da China permanecem fechadas para visitantes estrangeiros não residentes. Quem chega ao país tem que cumprir quarentena, de pelo menos 14 dias, num hotel designado pelo governo. A lição dos Jogos Olímpicos de Inverno está no “cancelamento da quarentena para viagens internacionais, em determinadas circunstâncias”, superando assim o “desequilíbrio” entre as diferentes estratégias de prevenção de cada país, apontou Zhang. O especialista espera que a experiência dos Jogos possa ser estendida a “intercâmbios políticos, económicos e académicos”, para “promover a interação” entre a China e o exterior. O epidemiologista é um dos mais conhecidos especialistas em saúde do país asiático e tem mais de quatro milhões de seguidores no Weibo. Enquanto alguns países como a Austrália ou Singapura relaxaram as suas estratégias de tolerância zero contra a covid-19, a China continua inflexível, restringindo a movimentação e realizando campanhas massivas de testes e confinamentos sempre que um surto é detetado. Segundo as contas das autoridades chinesas, desde o início da pandemia, 108.194 pessoas foram infetadas no país, entre as quais morreram 4.636.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong vai distribuir até 10 mil dólares de HK a residentes para estimular consumo Hong Kong anunciou hoje que vai distribuir vales eletrónicos até 10 mil dólares de Hong Kong à população para estimular o consumo, quando atravessa a pior vaga da covid-19 desde o início da pandemia. O programa, no valor de 66,4 mil milhões de dólares de Hong Kong, faz parte do orçamento da região para 2022, apresentado pelo secretário das Finanças do governo local, Paul Chan. O orçamento inclui ainda um “fundo antipandemia” de 64 mil milhões de dólares de Hong Kong e uma verba de 20 mil milhões de dólares para apoiar pessoas e empresas mais afetadas pelos surtos. Com cerca de sete milhões de habitantes, a região enfrenta uma quinta vaga de infeções pelo novo coronavírus, a pior desde o início da pandemia, com milhares de casos todos os dias. Chan garantiu que Hong Kong vai “controlar gradualmente” a propagação da covid-19, algo que permitirá também o reinício das viagens sem quarentena de e para a China e região vizinha de Macau, suspensas desde março de 2020. O secretário das Finanças expressou confiança na recuperação do consumo e do investimento e previu que as medidas de estímulo fiscal agora anunciadas vão permitir à economia acelerar na segunda metade do ano. Num discurso sobre os orçamentos da cidade para 2022 e 2023, Chan previu que a economia deverá crescer entre 2% e 3,5%, uma desaceleração significativa, justificada com uma base comparativa mais forte. O produto interno bruto (PIB) da região chinesa cresceu 6,4% em 2021, após ter contraído 6,1% em 2020, devido ao impacto da pandemia. Macau anunciou, em abril de 2021, uma segunda ronda de apoios ao consumo no valor total de 5,88 mil milhões de patacas, dando aos residentes subsídio de cinco mil patacas e a um montante de três mil patacas em descontos imediatos, através de pagamento móvel ou de um cartão eletrónico.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Hong Kong impõe três testes obrigatórios a todos os residentes Toda a população de Hong Kong deve submeter-se a três testes de despistagem à covid-19 em março, anunciou ontem a líder do executivo da região administrativa especial chinesa, que atravessa a pior vaga desde o início da pandemia. “Aqueles que não se submeterem ao teste serão responsabilizados”, disse Carrie Lam, ao mesmo tempo que comunicava que os funcionários da China continental estavam agora a coordenar a política de luta contra a doença covid-19 no território. A cidade de Hong Kong, uma das mais densamente povoadas do mundo, enfrenta uma quinta vaga de infeções pelo novo coronavírus, a pior desde o início da pandemia, com milhares de casos todos os dias. “O rápido agravamento da epidemia excedeu em muito a capacidade do governo de Hong Kong para enfrentar esta situação. O apoio do governo central é, portanto, essencial para combater o vírus”, afirmou Carrie Lam aos jornalistas, acrescentando que o chefe do gabinete de ligação de Pequim, Xi Baolong, será o responsável pela política de saúde do território. Segundo as novas regras, os 7,4 milhões de residentes terão de se submeter a três rondas de testes obrigatórios em março. Os testes vão ser repartidos por vários dias e os residentes terão também de se submeter diariamente a testes rápidos de antigénios em casa. As escolas e muitas atividades comerciais, tais como ginásios, bares e salões de beleza, vão permanecer fechados até ao final de abril, enquanto os estabelecimentos de ensino vão ser transformados em centros de testes. Os voos de nove países, incluindo Reino Unido, Estados Unidos e França, continuam interditos. Carrie Lam confirmou também que Hong Kong se vai manter fiel a uma política de isolamento de pessoas que apresentem testes positivos à covid-19, mesmo as assintomáticas, em centros de quarentena construídos com a ajuda das autoridades chinesas.
Hoje Macau China / ÁsiaMNE chinês mantém conversa telefónica com Secretário de Estado dos EUA Wang Yi chamou a atenção a Blinken para o facto dos EUA dizerem uma coisa e fazerem outra, o que poderá levar a um “confronto total” O Conselheiro de Estado chinês e Ministro dos Negócios Estrangeiros Wang Yi teve ontem, terça-feira, uma conversa telefónica com o Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que felicitou a China pelo sucesso dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim e os atletas chineses pelas suas grandes realizações. Enquanto estendia as suas felicitações aos atletas americanos pelos seus bons desempenhos nos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, Wang disse que os atletas chineses e americanos demonstraram plenamente o espírito olímpico através da interacção amigável, encorajamento mútuo e melhoria comum. O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês disse que o mais importante para compreender e fazer progredir as relações China-EUA é implementar o consenso alcançado pelos dois chefes de Estado. Wang sublinhou que a China está disposta a gerir eficazmente as diferenças e a estabilizar as relações China-EUA, de acordo com os três princípios de respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação vantajosa para ambas as partes apresentados pelo presidente Xi Jinping. De acordo com Wang, os Estados Unidos lançaram recentemente a chamada nova versão da “Estratégia Indo-Pacífico”, listando publicamente a China como o principal desafio regional, e tentou incluir a estratégia de “utilizar Taiwan para conter a China” na estratégia regional dos EUA, o que está obviamente a enviar um sinal errado de confronto e de contenção da China. “Uma vez que há competição e cooperação entre a China e os Estados Unidos, as relações bilaterais não podem ser definidas simplesmente pela competição”, disse Wang, acrescentando que “alguns funcionários norte-americanos tropeçaram numa competição feroz a longo prazo com a China, que é susceptível de evoluir para um confronto total entre a China e os Estados Unidos”. “A China insta o lado americano a tomar medidas concretas para honrar os compromissos assumidos pelo Presidente Biden”, observou Wang, acrescentando que “Washington não pode dizer uma coisa, fazer o contrário, comer as suas palavras ou não mostrar credibilidade”. O diplomata chinês disse também que o 50º aniversário do Comunicado de Xangai chegará dentro de poucos dias, cujo espírito ainda hoje tem um grande significado realista para as relações China-EUA, manifestando a esperança de que os Estados Unidos se mantenham fiéis à aspiração original de quebrar o gelo entre os dois países, regressem a uma percepção racional e pragmática da China e empurrem conjuntamente as relações bilaterais de volta ao caminho certo para um desenvolvimento saudável e estável. Pela sua parte, Blinken disse que, como o Presidente Biden disse muitas vezes, “os Estados Unidos não procuram uma nova Guerra Fria ou mudar o sistema da China, acrescentando que se opõe à ‘independência de Taiwan’ e não tem qualquer intenção de conflito ou confronto com a China”. Ucrânia na mesa A pedido de Antony Blinken a questão da Ucrânia e a questão nuclear da Península Coreana, também foram debatidas. Blinken informou Wang sobre as opiniões e posição dos EUA sobre a situação actual na Ucrânia. Wang disse que a China está “preocupada com o desenvolvimento da questão e que a sua posição tem sido consistente”. “As legítimas preocupações de segurança de qualquer país devem ser respeitadas e os objectivos e princípios da Carta das Nações Unidas devem ser mantidos”, acrescentou, atribuindo a questão da Ucrânia ao atraso na implementação efectiva do novo acordo de Minsk. Wang afirmou que o lado chinês continuará a manter contactos com todas as partes. Notando que a situação na Ucrânia está a piorar, Wang disse que “a China mais uma vez exortou todas as partes a exercer contenção, reconhecer a importância da implementação do princípio da segurança indivisível, e a desanuviar a situação e a restaurar as diferenças através do diálogo e da negociação”. Coreia, nuclear Coreia Blinken também actualizou Wang sobre as últimas relações entre os Estados Unidos e a República Popular Democrática da Coreia (RPDC). Wang disse que o problema entre os Estados Unidos e a RPDC está no centro da questão nuclear da Península Coreana, observando que o lado americano deveria atribuir importância às preocupações legítimas e razoáveis da RPDC e tomar medidas substanciais. A China representa conversações directas entre os Estados Unidos e a RPDC e, como sempre, desempenhará um papel construtivo na promoção da resolução da questão nuclear da Península Coreana.
Hoje Macau PolíticaDeputados dizem que famílias estão abertas à vacinação dos filhos Dois deputados afirmaram ontem, à margem do almoço de ano novo chinês da Assembleia Legislativa, que a abertura dos pais à vacinação dos filhos contra a covid-19 tem sido grande e que a situação pandémica em Hong Kong trouxe uma maior preocupação às famílias ou mulheres grávidas. Kou Kam Fai, também director da escola Pui Ching, disse que oito por cento dos alunos do ensino infantil e primário desta instituição de ensino já foi vacinado contra a covid-19. O responsável referiu que os pais têm reagido bem ao apelo da vacinação dos filhos. “A Direcção dos Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) emitiu um aviso sobre o surto de Hong Kong. Já tínhamos aberto as inscrições [para a vacinação] três dias antes e cerca de 40 por cento dos pais com filhos dos 3 aos 12 anos demonstra vontade em vaciná-los. Se houver um grande número de inscrições as vacinas serão administradas dentro das escolas. A reacção dos pais é melhor do que as nossas previsões, talvez tenham receio do surto”, frisou. Acima dos 90 por cento Por sua vez, Ma Io Fong, deputado e docente na Escola de Talentos Anexa à Escola Hou Kong, disse que “a divulgação da vacinação nas escolas e sector educativo tem sido bem sucedida” e que os pais têm mostrado uma grande receptividade à vacinação dos filhos, tendo em conta a explosão de casos de covid-19 no território vizinho. “O Governo lançou uma medida para que os funcionários públicos tenham uma folga para acompanhar os filhos na vacinação, o que é uma política de incentivo. Espero que haja mais medidas de incentivo no futuro para que a taxa de vacinação possa ficar acima dos 90 por cento”, defendeu. Ma Io Fong referiu mesmo que “surgiram mais preocupações” devido à situação em Hong Kong, nomeadamente por parte de mulheres grávidas que desejam vacinar-se. “Não recebi, até à data, queixas de famílias sobre a vacinação obrigatória dos alunos. O Governo pode divulgar mais dados sobre as vacinas para que as famílias tenham mais confiança”, adiantou.
Hoje Macau Grande Plano MancheteAL | Balanço dos meses inaugurais de uma legislatura só com patriotas O novo elenco da AL materializa o princípio “Macau governado por patriotas”, facto destacado por Kou Hoi In no tradicional Almoço de Primavera dos membros do hemiciclo com os média locais. Vong Hin Fai dá conta de um ambiente diferente, enquanto Pereira Coutinho afirma que o trabalho dos deputados pró-democracia recai agora nos legisladores da Nova Esperança. O HM falou com veteranos e novatos nas lides legislativas sobre a adaptação às funções e os principais desafios que se avizinham “No seguimento da realização bem-sucedida das eleições para a VII Legislativa desta Câmara, os assentos parlamentares passaram a ser preenchidos na sua totalidade por figuras patrióticas, materializando, deste modo, o princípio de ‘Macau governado por patriotas’”, afirmou ontem Kou Hoi In, presidente da Assembleia Legislativa (AL). As palavras do deputado que dirige a casa das leis foram proferidas ontem na abertura do tradicional Almoço de Primavera que reuniu deputados e representantes os órgãos de comunicação social. Além do habitual balanço contabilístico com a apresentação do número de leis aprovadas, interpelações apresentadas e outros trabalhos afins, a tónica do discurso de Kou Hoi In, e das declarações de deputados recolhidas pelo HM, virou-se para os desafios que a RAEM tem pela frente e da nova Era em que a AL entrou deste as últimas eleições legislativas, marcadas pelo afastamento da ala democrata do hemiciclo. Neste sentido, o veterano Vong Hin Fai deu conta das distinções sentidas nos primeiros quatro meses da nova legislatura. “No passado também houve cooperação saudável, mas o ambiente agora é diferente, porque neste mandato os candidatos são todos patriotas, desse modo o ambiente é algo diferente”, afirmou o legislador, denotando que os novos colegas “estão a ser integrados no ambiente de trabalho”. Pereira Coutinho também mencionou a mudança de paradigma no hemiciclo. “Parte do volume de trabalho dos deputados democratas está centralizado em nós, nos deputados da Nova Esperança, embora o meu colega também se esteja a adaptar à AL”, revelou o deputado acrescentando que esta será “certamente” uma legislatura especial e difícil. Primeiros passos O segundo deputado eleito pela lista liderada por Pereira Coutinho, o estreante Che Sai Wang, relevou ao HM que a realidade que encontrou nos trabalhos legislativos excedeu as suas expectativas. “Sinto-me bem nesta legislatura. Antes de me candidatar às eleições, achava que as vozes na AL não tinham grande eco”, declarou. Porém, a experiência dos primeiros quatro meses como legislador revelou a Che Sai Wang que a maioria dos seus colegas de hemiciclo transmite “os pontos de vista da população”, num leque vasto de aspectos sócio-económicos em que a governação pode influenciar a vida dos residentes. Ron Lam U Tou é outra das caras novas do elenco de deputados da nova legislatura, e um dos mais críticos da acção governativa desde que tomou posse. Em declarações ao HM, o deputado comprometeu-se em trabalhar arduamente, apesar de ainda estar em período de ambientação às novas funções que desempenha. “Estou a par do que tenho de fazer e das funções que tenho, mas ainda estou a tentar adaptar-me à vida de deputado. Vou tentar participar em todas as reuniões das comissões permanentes e do plenário para ouvir as políticas do Governo e questioná-las detalhadamente”, prometeu. O que aí vem Kou Hoi In lançou os dados para o futuro dos trabalhos legislativos, tarefas que se interceptam com as políticas seguidas pelo Executivo de Ho Iat Seng. “Para o futuro, antevê-se que a tarefa da Assembleia Legislativa será de uma dificuldade e complexidade acrescidas, pelo que nos comprometemos a trabalhar em sintonia com o Governo da RAEM na aceleração do processo da diversificação económica, na optimização das infra-estruturas relacionadas com a vida da população, no aprofundamento da reforma administrativa e na promoção da construção da zona de cooperação aprofundada na Ilha de Hengqin”, afirmou o presidente da AL. Outro dos objectivos próximos, prende-se com a reforma do regime jurídico que regula o sector económico predominante em Macau. “A AL compromete-se a dar todo o seu contributo para o desenvolvimento saudável e ordenado da indústria do jogo”, afirmou Kou Hoi In. Neste aspecto, Vong Hin Fai fez eco das projecções de Kou Hoi In. “Penso que o maior desafio que temos pela frente é diversificar a economia da RAEM na sequência da pandemia. Outro, é a integração da RAEM na Grande Baía, principalmente no desenvolvimento da zona de cooperação aprofundada em Hengqin”, afirmou o deputado, referindo também o papel de intercâmbio de Macau nas relações entra a China e os países lusófonos. Olhando para o passado recente, o presidente da AL fez um balanço positivo da legislatura anterior, realçando “o carinho e o apoio sempre dispensados pelo Governo Central e pelo Gabinete de Ligação do Governo Popular Central na RAEM” e agradeceu o trabalho e esforço de deputados e pessoal de apoio técnico aos trabalhos legislativos. Ma Chi Seng | Pelo desenvolvimento do desporto Ma Chi Seng, deputado nomeado pelo Chefe do Executivo, acredita a actual Legislatura e a organização, em Macau, Hong Kong e Cantão, dos Jogos Nacionais em 2025 são uma excelente oportunidade para desenvolver o desporto local. “Como deputado dou todo o apoio à realização dos Jogos Nacionais. Queremos aproveitar esta oportunidade para que a organização na Grande Baía se destaque e que Macau assuma bem o seu papel”, disse o deputado, ao HM. “Temos de promover mais o desporto em Macau, e acredito que o evento é uma oportunidade para criar mais instalações e lançar novas competições em Macau. O evento pode ser muito bem aproveitado para aumentar o nível dos nossos atletas e atrair mais turistas”, acrescentou. Lo Choi In | Emprego e diversificação da economia prioritários Assegurar a diversificação da economia e garantir o emprego e a sobrevivência das Pequenas e Médias Empresas (PME), são as principais prioridades para a deputada Lo Choi In, que se estreia no hemiciclo eleita com o apoio da comunidade de Jiangmen. “Sabemos que a economia está numa fase negativa e é preciso ouvir diversos sectores para lidar com os problemas de emprego e subemprego”, reconheceu Lo, ao HM. “Sei que fui eleita para representar a população e como tenho formação em economia, tenho de procurar dar respostas aos problemas que a população enfrenta, principalmente o desemprego, assim como a sobrevivência das Pequenas e Médias Empresas”, acrescentou. Sobre a diversificação, que diz ir resolver os problemas do desemprego, numa fase em que o turismo está numa época baixa, Lo aponta o Interior como a “salvação”. A deputada acredita que a estratégia tem de passar pelo “comércio electrónico transfronteiriço”, com a RAEM a vender mais produtos no Interior. Lo indicou os produtos característicos de Macau, os alimentos feitos localmente e ainda os produtos culturais e turísticos como os que têm maior hipóteses de ser bem-sucedidos e que devem ser a aposta. Nesse sentido, defende que os deputados têm de pressionar o Governo para agilizar a desalfandegamento de produtos Macau no Interior e, em especial, na Grande Baía e na Zona de Cooperação na Ilha da Montanha. Numa segunda fase, com o fim das medidas pandémicas, a deputada acredita que as exportações, a serem competitivas no Interior, poderiam também ser populares em outros mercados asiáticos.
Hoje Macau PolíticaRon Lam | Característica sino-portuguesa de Macau é um ‘slogan’ Ron Lam U Tou disse ontem à Lusa que a característica sino-portuguesa de Macau é apenas um ‘slogan’ do Governo e que a redução da comunidade lusófona é uma tendência crescente. “A comunidade portuguesa tem vindo a declinar em Macau nos últimos anos, e é uma tendência, uma realidade”, vincou ainda Lam U Tou. Segundo os dados oficiais enviados pelas autoridades à Lusa, mais de 1.600 pessoas com passaporte português abandonaram o território nos últimos dois anos. Apesar dos números, Lam U Tou defendeu que, “com quase 400 anos de interacção entre Portugal e Macau, um curto período de mudança no fluxo de pessoas ‘não significa eternidade’”. E que “Macau terá sempre as suas raízes”, sublinhou. O deputado afirmou ainda que “factores políticos e internacionais” terão levado a comunidade portuguesa a sair de Macau, algo que disse compreender. “Espero que o Governo de Macau aborde estas preocupações, defendendo o princípio de “Um País, Dois Sistemas” e a segurança nacional, e que as características de Macau sejam verdadeiramente mantidas”, acrescentou. “No entanto, existem agora muitos conflitos ideológicos”, salientou. Por outro lado, sustentou que o desenvolvimento da Área da Grande Baía não significa que as características de Macau serão apagadas. “Não só esperamos que a comunidade de Macau tenha a sua própria identidade com a Área da Grande Baía, mas também esperamos que a comunidade portuguesa mantenha a sua identidade e tenha o seu próprio posicionamento e identidade no desenvolvimento” neste projecto, concluiu.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Acções asiáticas descem com mobilização do exército russo para “manutenção da paz” As acções caíram hoje na Ásia e o petróleo atingiu o valor mais alto desde 2014, depois de o Presidente da Rússia ter mobilizado o exército para a “manutenção da paz” em territórios separatistas da Ucrânia. No Japão, a bolsa de Tóquio fechou em baixa, com o principal índice, o Nikkei, a perder 1,71%, para 26.449,61 pontos. No fecho da sessão, o segundo indicador, o Topix, desceu 1,55%, para 1.881,08 pontos. Os gigantes tecnológicos japoneses foram dos mais afetados pela descida, com a Sony a cair 2,64% e os fabricantes de componentes para semicondutores Lasertec e Tokyo Electron a perder 3,37 % e 4,04 %, respetivamente. Na Coreia do Sul, o Kospi, o principal índice da bolsa de Seul, perdeu 1,35%, enquanto na Austrália o índice S&P/ASX 200 caiu 1%. A principal bolsa da China continental, em Xangai, fechou também em baixa, com o índice SSE Composite a descer 0,96%. A uma hora do fecho da sessão, o Hang Seng, o principal índice da bolsa de Hong Kong, estava a cair 2,92%. A cotação do barril de petróleo Brent para entrega em abril abriu em alta, esta manhã, subindo 2% no mercado de futuros de Londres, para 97,33 dólares, o que representa um novo máximo desde setembro de 2014. No fecho da sessão da véspera, as principais bolsas europeias terminaram no ‘vermelho’ na segunda-feira, penalizadas pelo agravamento da crise ucraniana. O DAX da Alemanha recuou 2,1%. Em Paris, o CAC 40 em Paris caiu 2%. O FTSE 100 do Reino Unido caiu 0,3%. A bolsa russa caiu mais de 13% na segunda-feira e abriu hoje a perder mais de 8%. O rublo também se desvalorizou 3,2%, com um dólar a valer 79,12 rublos e um euro a 89,5 rublos. Os mercados dos EUA estiveram fechados na segunda-feira devido ao feriado do Dia dos Presidentes. Na segunda-feira, o Presidente russo, Vladimir Putin, ordenou a mobilização do exército para a “manutenção da paz” nos territórios separatistas pró-russos no leste da Ucrânia, que reconheceu como independentes. Putin assinou dois decretos que pedem ao Ministério da Defesa russo que “as Forças Armadas da Rússia [assumam] as funções de manutenção da paz no território” das “repúblicas populares” de Donetsk e Lugansk, de acordo com a agência de notícias France-Presse. O anúncio de Putin gerou, de forma imediata, uma onda de condenações da parte dos principais atores internacionais implicados na crise da Ucrânia e que apoiam Kiev, nomeadamente os Estados Unidos, a NATO e a EU, assim como da Austrália, Canadá e Japão. Nos últimos dias, o clima de tensão agravou-se ainda mais perante o aumento dos confrontos entre o exército da Ucrânia e os separatistas pró-russos no leste do país, na região do Donbass, onde a guerra entre estas duas fações se prolonga desde 2014.
Hoje Macau China / ÁsiaChina pede “contenção” a todas as partes sobre situação na Ucrânia A China pediu hoje a todas as partes envolvidas na crise ucraniana que “mostrem moderação”, após o anúncio do presidente russo, Vladimir Putin, do envio de tropas para duas regiões separatistas na Ucrânia. “Todas as partes envolvidas devem exercer moderação e evitar qualquer ação que possa alimentar as tensões”, disse Zhang Jun, embaixador da China na ONU, numa reunião de emergência do Conselho de Segurança sobre a Ucrânia. Numa rara reunião noturna do órgão mais poderoso da ONU, a maioria dos membros do Conselho de Segurança condenou a decisão do Presidente russo, Vladimir Putin, de reconhecer a independência de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia. A secretária-geral adjunta da ONU para os Assuntos Políticos, Rosemary DiCarlo, “lamentou profundamente” a iniciativa. “As próximas horas e [os próximos] dias serão críticos. O risco de um grande conflito é real e deve ser evitado a todo o custo”, disse a norte-americana. Vladimir Putin ordenou na segunda-feira a mobilização do Exército russo para “manutenção da paz” nos territórios separatistas pró-russos no leste da Ucrânia, que reconheceu como independentes. Putin assinou dois decretos que pedem ao Ministério da Defesa russo que “as Forças Armadas da Rússia [assumam] as funções de manutenção da paz no território” das “repúblicas populares” de Donetsk e Lugansk, de acordo com a agência de notícias France-Presse. O anúncio de Putin gerou, de forma imediata, uma onda de condenações da parte dos principais atores internacionais implicados na crise da Ucrânia e que apoiam Kiev, nomeadamente os Estados Unidos, a NATO e a EU, assim como da Austrália, Canadá e Japão. Nos últimos dias, o clima de tensão agravou-se ainda mais perante o aumento dos confrontos entre o exército da Ucrânia e os separatistas pró-russos no leste do país, na região do Donbass, onde a guerra entre estas duas fações se prolonga desde 2014.
Hoje Macau China / ÁsiaRelações China – EUA mais tensas do que nunca, 50 anos após a visita de Nixon a Pequim A visita do antigo presidente dos Estados Unidos Richard Nixon a Pequim, no auge da Guerra Fria, transformaria as relações entre Pequim e Washington e a posição da China no mundo, de forma impensável na altura. A relação entre Pequim e Washington foi sempre complexa e, após meio século de altos e baixos, está hoje mais tensa do que nunca. A Guerra Fria acabou, mas, em ambos os lados, há receios de que uma nova esteja a começar. Os Estados Unidos temem que a ordem liberal que triunfou sobre a União Soviética possa ser desafiada pelo modelo autoritário de uma China poderosa e em ascensão. “A relação EUA – China sempre foi controversa, mas necessária”, disse Oriana Skylar Mastro, especialista em assuntos da China da Universidade de Stanford, citada pela Associated Press. “Talvez há 50 anos as razões fossem sobretudo económicas. Agora, pertencem principalmente ao domínio da segurança. Mas o relacionamento nunca foi – e nunca será – fácil”, frisou. Nixon desembarcou em Pequim numa manhã cinzenta de inverno há precisamente 50 anos. Nas ruas, cartazes envergavam mensagens como “Abaixo o Imperialismo Americano”, parte da Revolução Cultural, a campanha de massas que enviou intelectuais e estudantes para o campo e submeteu muitos à humilhação pública e ataques brutais, e até mortais, em nome da luta de classes. A viagem de Nixon, em 1972, incluiu reuniões com o fundador da República Popular, Mao Zedong, e uma visita à Grande Muralha, levando ao estabelecimento de relações diplomáticas, em 1979, e ao corte dos laços formais entre Washington e Taiwan, que os EUA reconheciam então como o legítimo governo da China, após o Partido Comunista Chinês conquistar o poder no continente chinês, em 1949. O tradutor do primeiro-ministro Zhou Enlai escreveu num livro de memórias que Nixon disse, ao chegar a Pequim, “esta mão estende-se pelo Oceano Pacífico em amizade” enquanto apertava a mão de Zhou. Para ambos os lados, foi uma amizade nascida das circunstâncias, em vez de lealdades naturais. A relação entre a China e a União Soviética, ex-aliados comunistas, atravessava então um período de tensão, marcado por confrontos, ao longo da fronteira, em 1969. Mao via os Estados Unidos como um contrapeso, face à ameaça de invasão soviética. Nixon estava a tentar isolar a União Soviética e sair da prolongada e sangrenta guerra no Vietname, que dividiu a sociedade norte-americana. Ele esperava que a China, aliada do Vietname do Norte, pudesse desempenhar um papel na resolução do conflito. O presidente dos EUA colocou-se “numa posição de suplicante”, disse June Teufel Dreyer, especialista em política chinesa da Universidade de Miami, citado pela AP. A imprensa estatal chinesa promoveu a ideia de que uma “China próspera seria uma China pacífica” e que o país era um grande mercado para as exportações norte-americanas, descreveu. Mas, primeiro, os EUA tornaram-se um enorme mercado para a China, impulsionando a ascensão meteórica do país asiático, de uma nação empobrecida para a segunda maior economia do mundo. A visita de Nixon foi um “evento crucial que deu início à reviravolta da China e à sua subsequente ascensão global”, notou Dali Yang, da Universidade de Chicago, autor de vários livros sobre política e economia do país asiático. Dois anos após a morte de Mao Zedong, em 1976, o novo líder chinês Deng Xiaoping inaugurou uma era de liberalização económica, criando um sistema capitalista, liderado pelo Estado e governo de partido único, e que perdura até hoje. A riqueza da China permitiu uma grande expansão das suas forças armadas, que os EUA e seus aliados veem hoje como uma ameaça. O Partido Comunista diz que quer apenas defender o seu território. Isto inclui, no entanto, tentar controlar ilhas também reivindicadas pelo Japão, no Mar do Leste da China, e por nações do Sudeste Asiático, no Mar do Sul da China. O exército chinês envia também frequentemente aviões de guerra em missões de treino para Taiwan, uma fonte de atrito com os Estados Unidos. A China reivindica como seu aquele território. Os EUA fornecem equipamentos militares a Taiwan e alertaram a China contra qualquer tentativa de reunificar a ilha através do uso da força. Embarcar no processo de trazer a China de volta para o mercado internacional foi a decisão certa, mas o último meio século ainda não colocou as relações num caminho estável, disse Rana Mitter, professora de história chinesa e política moderna da Universidade de Oxford. “Os EUA e a China ainda não conseguiram descobrir exatamente como encaixar um no outro, num mundo onde ambos têm um papel, mas acham cada vez mais difícil acomodarem-se”, disse. As autoridades chinesas veem a visita de Nixon como um momento em que os dois países procuraram manter uma comunicação e compreensão mútuas, apesar das suas diferenças, apontou Zhu Feng, reitor da Escola de Estudos Internacionais da Universidade de Nanjing, afirmando que essa mesma abordagem é hoje fundamental, para superar o atual impasse. Embora a sua viagem à China tenha dado vantagem aos EUA na rivalidade da Guerra Fria com a União Soviética, Washington enfrenta agora um novo cenário geopolítico – com ecos do passado. A União Soviética colapsou, mas os líderes russo e chinês, Vladimir Putin e Xi Jinping, respetivamente, estão a aproximar-se, à medida que reagem contra a pressão dos EUA sobre os seus modelos autoritários. A Guerra do Vietname acabou, mas a sociedade norte-americana está hoje outra vez dividida, desta vez por causa da resposta à pandemia e da ascensão do populismo. O presidente dos EUA, Joe Biden, disse que deseja um relacionamento mais previsível com a China, mas persistem grandes diferenças sobre comércio e direitos humanos, tornando muito mais difícil encontrar esse entendimento mútuo. A perspetiva de estabilidade de longo prazo nos laços firmados pela visita de Nixon parece estar cada vez mais fora de alcance. “As relações China – EUA atravessam um momento terrível”, disse Xiong Zhiyong, professor de relações internacionais da Universidade de Relações Internacionais da China. “Há, de facto, pessoas que desejam melhorar as relações, mas é muito difícil consegui-lo”, argumentou.
Hoje Macau SociedadeDSAL | Contratados mais de 600 residentes desde Dezembro Dados da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) revelam que desde Dezembro foram contratados um total de 610 residentes no âmbito das 24 acções de promoção de emprego organizadas pelo Governo. A DSAL adiantou que as razões pelas quais alguns candidatos não conseguiram uma vaga de emprego prende-se com o facto de “a maioria não estar interessada no tipo de trabalho por não se ter adaptado à evolução do mercado de emprego e por não estarem psicologicamente preparados para a mudança de trabalho”. A DSAL prepara-se para organizar, dia 25, uma palestra de emprego intitulada “Nova partida”, que conta com a colaboração de uma empresa. As inscrições já estão abertas, sendo que o evento decorre no Centro de Formação de Segurança e Saúde Ocupacional da DSAL, na rua de Francisco Xavier Pereira. Nesta sessão, “as vagas irão estar ligadas principalmente aos serviços de restauração e operação hoteleira, bem como serviços de entretenimento e recreativos intermédio, de topo de gama e outros”. Serão aceites candidaturas nas áreas do marketing, gestão, manutenção e reparação de instalações, além de que “serão apresentadas as perspectivas de desenvolvimento desses cargos e as oportunidades de ascensão profissional” para quem quer mudar de emprego.
Hoje Macau China / ÁsiaAvião aterra de emergência na China após janela na cabine rachar Um avião da empresa chinesa Juneyao Airlines foi forçado a fazer uma aterragem de emergência, depois de uma das janelas da cabine ter começado a rachar, a meio do voo, informou hoje o portal de notícias económicas Yicai. O incidente ocorreu na noite de sábado na China, no voo HO1231, que percorria a rota entre as cidades de Xangai (leste) e Chengdu (centro) e as causas ainda não foram determinadas. A camada externa do vidro, na parte traseira esquerda do assento do piloto, rachou, forçando a tripulação a fazer um pouso de emergência no aeroporto de Wuhan. O incidente obrigou o avião a descer mais de 4.300 metros de altitude em sete minutos. Trata-se de um Airbus A320-200, com quase 13 anos de serviço, modelo que possui até seis camadas no vidro da cabine. Esta não é a primeira vez que um incidente como este forçou uma aterragem de emergência na China. O caso mais conhecido ocorreu em maio de 2018, quando uma das janelas dianteiras da cabine se desprendeu a mais de 9.000 metros de altitude, sem no entanto causar vítimas, acabando o incidente por ser retrato num filme chamado ‘El Capitan’.
Hoje Macau PolíticaFórum Macau | Secretário-geral reúne com Wong Sio Chak O recém nomeado secretário-geral do Fórum Macau, Ji Xianzheng, reuniu na última quinta-feira com Wong Sio Chak, secretário para a Segurança. Segundo uma nota de imprensa, Ji Xianzheng agradeceu o apoio desta tutela do Governo para a realização das próximas conferências ministeriais do Fórum. Além disso, o responsável adiantou que o Fórum Macau “continuará a aproveitar, em articulação com o Segundo Plano Quinquenal da RAEM, as oportunidades emergentes através da construção da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e em particular, da construção da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin”. A ideia é “elevar a cooperação económica e comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa a um novo patamar e dar maior contributo para a diversificação adequada da economia de Macau”. Por sua vez, Wong Sio Chak “manifestou disponibilidade para continuar a dar apoio e coordenação aos trabalhos do Secretariado Permanente [do Fórum]”.
Hoje Macau PolíticaPandemia | Chefe do Executivo destaca circulação normal com Zhuhai Ho Iat Seng, Chefe do Executivo, reuniu na sexta-feira com Lu Yuin, secretário do comité municipal de Zhuhai do Partido Comunista Chinês (PCC), tendo dito que, mesmo em cenário de pandemia, “as duas cidades têm mantido a circulação entre si normal, registando um número médio de mais de 300 mil pessoas diariamente nos postos fronteiriços”. Ho Iat Seng disse também que o objectivo é manter a comunicação e coordenação no que diz respeito às medidas de controlo da pandemia, a fim de “garantir a normalidade e segurança do movimento entre os postos fronteiriços de Macau e Zhuhai”. Sobre a Zona de Cooperação Aprofundada em Hengqin, Ho Iat Seng diz que a sua construção “começou de forma positiva e decorre num ritmo ideal”. Tendo em conta que Macau “registou uma redução no número de turistas, o que teve um impacto na economia”, existe agora a “necessidade de impulsionar a cidade de forma mais activa, para garantir o desenvolvimento da diversificação adequada da economia”, referiu Ho Iat Seng. Este agradeceu o apoio concedido por Zhuhai “no crescimento das indústrias em Hengqin, o que tem contribuído para diversificar a economia de Macau”, além de que a cidade chinesa vizinha “ tem assegurado o abastecimento diário de alimentos frescos e vivos assim como produtos agrícolas, a fim de manter a estabilidade do mercado de Macau”. Lu Yuin garantiu que Zhuhai “continuará a insistir na boa realização dos trabalhos de prevenção e controlo mútuo [da pandemia], destacando as indústrias como um dos pontos importantes do desenvolvimento de Zhuhai, nos próximos anos”. Trata-se de algo que irá servir “para consolidar o próprio crescimento [de Zhuhai] bem como melhor apoiar a diversificação económica” de Macau.
Hoje Macau SociedadeSMG | Temperaturas abaixo dos 10 graus na próxima semana Previsões dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) apontam para uma quebra de temperaturas abaixo dos 10 graus Celsius nos próximos dias devido à passagem de uma forte monção pelo território. Segundo um comunicado, prevê-se “a duração prolongada do vento forte, com tempo muito nublado e chuvoso”. Desta forma, os Serviços de Saúde de Macau lançaram um alerta sobre os riscos de hipotermia em idosos, crianças e doentes crónicos, apelando à adopção de medidas preventivas.
Hoje Macau Política“Jurisdição geral” de Pequim essencial para “novo capítulo” em Macau, diz Gabinete de Ligação O Gabinete de Ligação do Governo chinês em Macau sublinhou a defesa da “jurisdição geral” de Pequim como o primeiro de quatro pontos para “escrever um novo capítulo” na aplicação do princípio ‘um país, dois sistemas’ no território. O diretor do Gabinete, Fu Ziying, adiantou que para assegurar que o princípio ‘um país, dois sistema’ é implementado na “direção certa e de forma correta, estável e sustentável” é ainda necessário “defender a ordem constitucional” tal como definido na Constituição da China e na Lei Básica da Região Administrativa Especial de Macau [RAEM], bem como “salvaguardar a soberania, a segurança e os interesses de desenvolvimento” chinês, bem como esta é uma “conclusão importante tirada da experiência histórica desde o retorno de Hong Kong e Macau à pátria”, de acordo com um comunicado hoje enviado à Lusa. O responsável, que falava numa receção organizada pelo Gabinete por ocasião da festa da primavera, defendeu também a necessidade de “consolidar a base do desenvolvimento de Macau”, esperando que “todos possam promover o desenvolvimento saudável e ordenado do setor do jogo, explorar ativamente o desenvolvimento de indústrias diversificadas, tentar formar um enquadramento industrial razoável”, uma vez ultrapassado o impacto da pandemia da covid-19 que “ainda existe”. É ainda fundamental “aproveitar bem as vantagens únicas de Macau”, que é “uma ponte de ligação entre o Oriente e o Ocidente, aberta ao mundo exterior, e tem desempenhado um papel de portal na abertura da China nos dois sentidos”, afirmou. O diretor do Gabinete de Ligação destacou uma participação ativa nas iniciativas chinesas ‘Uma Faixa, Uma Rota’, a Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e a Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin [ilha da Montanha] “para dar um novo vigor à prosperidade e estabilidade a longo prazo de Macau, e contribuir para a reunificação nacional e o rejuvenescimento da nação chinesa”. Neste desígnio, Fu Ziying considerou ser “preciso promover a passagem do patriotismo de geração em geração”, esperando que todos possam continuar a consolidar, promover e transmitir a tradição, alcançar a unidade mais ampla sob a bandeira de ‘amar a Pátria, amar Macau e apoiar o Partido Comunista da China'”. Na mesma ocasião, o chefe do executivo de Macau, Ho Iat Seng, disse que 2021 “foi um ano manifestamente invulgar”, dominado pelas ações de prevenção e controlo da pandemia da covid-19 e as de recuperação sócio-económica. Este ano “traz novas oportunidades e também novos desafios” que devem levar a “novas ações e criar novos cenários”, salientou.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | China acusa Estados Unidos de alimentarem tensões com expansão da NATO A China acusou ontem os Estados Unidos, implicitamente, de alimentar as tensões na crise da Ucrânia, o que Pequim atribui aos planos de expansão da NATO, “que vão contra a nossa época”. “A China acredita que todas as partes envolvidas devem permitir que a razão prevaleça e lutar por um acordo político, abstendo-se de qualquer ação que possa aumentar as tensões ou alimentar a crise”, disse o embaixador chinês na ONU, Zhang Jun, durante uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas, destinada a discutir a crise na Ucrânia. “Nada acontece sem uma razão. O alargamento da NATO é uma questão que não pode ser descurada, face às tensões na Ucrânia. A expansão constante da NATO, na sequência da Guerra Fria, vai contra a nossa época, ou seja, para preservar a segurança comum”, acrescentou o diplomata chinês. “A segurança regional não pode ser garantida pela expansão de um bloco militar. Isso aplica-se à Europa como a outras regiões do mundo”, disse Zhang Jun. Referindo-se implicitamente aos Estados Unidos, o diplomata sublinhou que o mundo tem “um país que se recusa a desistir da sua mentalidade da Guerra Fria, que diz uma coisa e faz outra para alcançar a superioridade militar”. Na opinião do embaixador chinês junto da ONU, essa postura pode ser observada “especialmente na região da Ásia-Pacífico, criando pequenos círculos trilaterais que visam provocar confrontos”. Os Estados Unidos assinaram recentemente um pacto com a Austrália e o Reino Unido (AUKUS) nessa região. “Isso só visa criar problemas na região da Ásia-Pacífico e ameaça a estabilidade regional em detrimento dos países que a compõem”, concluiu o embaixador chinês.
Hoje Macau China / ÁsiaAbrandamento da China vai prejudicar exportações de Angola A consultora Fitch Solutions considerou ontem que o abrandamento do crescimento económico na China vai prejudicar as exportações dos países de África, nomeadamente em Angola, cujas vendas à China valem mais de 20 por cento do PIB. “O impacto da diminuição das importações chinesas vai ser sentido de forma diferente nos mercados emergentes, principalmente nos 17 países cujas exportações para a China valem mais de 4 por cento do PIB”, lê-se num relatório da Fitch Solutions, que aponta que o abrandamento chinês para 5,4 por cento este ano será particularmente sentido “nos exportadores de matérias-primas Angola, República do Congo e Mauritânia, cujas exportações para a China valem mais de 20 por cento “. De acordo com a análise desta consultora detida pelos mesmos donos da agência de notação financeira Fitch Ratings, “o abrandamento chinês para 5,4 por cento será fortemente sentido na produção económica dos mercados emergentes a nível global devido ao tamanho e à integração internacional da economia chinesa”. No relatório, enviado aos investidores e a que a Lusa teve acesso, a Fitch Solutions diz que os efeitos negativos do abrandamento chinês, cuja taxa de 5,4 Efeito borboleta é a mais baixa desde 1991, serão sentidos principalmente no Sudeste asiático, na América Latina e na África subsariana “devido à menor procura por importações e aos preços mais baixos das matérias-primas”. Na análise, a Fitch Solutions lembra que entre 2000 e 2020, os preços globais das matérias-primas caíram em todos os anos em que a taxa de crescimento das importações chinesas foi inferior a 3 por cento, mas salienta que a redução do crescimento da economia da China, de 8,1 por cento em 2021, para 5,4 por cento este ano, não será suficiente para inverter a tendência crescente do Investimento Direto Estrangeiro, mas haverá um abrandamento no crescimento. “Na reunião de 2021 da Fórum de Investimento China-África, as promessas de investimento da China em África caíram pela primeira vez, e pensamos que os fluxos de investimento no projecto da Rota da Seda vão cair, de 740 mil milhões de dólares entre 2016 e 2020, para 550 mil milhões de dólares entre 2021 e 2025”, concluem os analistas. Parceiro de luxo A China compra cerca de 70 por cento das exportações de petróleo de Angola, sendo também um dos seus principais credores. De acordo com um relatório sobre a dívida angolana, publicado esta semana pela agência de notação financeira Standard & Poor’s, Angola deve 13,6 mil milhões de dólares ao Banco de Desenvolvimento da China e 2,5 mil milhões de dólares ao Banco de Exportações e Importações da China, que juntando-se aos 3 mil milhões de dólares devidos ao Banco de Comércio e Indústria da China, representa 29 por cento do total da dívida externa de Angola, ou seja, mais de 19 mil milhões de dólares.
Hoje Macau China / ÁsiaChina-França | Xi Jinping e Emmanuel Macron querem reforço de relações Os Presidentes da China e de França conversaram via telefone esta quarta-feira e prometeram o reforço de cooperação bilateral mas também no contexto da União Europeia. Ambos os governantes demonstraram esperança na ratificação do acordo de investimentos entre a China e a UE O Presidente chinês, Xi Jinping, e seu homólogo francês, Emmanuel Macron, concordaram na quarta-feira em aprofundar a cooperação entre a China e a França e avançar nas relações entre a China e a União Europeia (UE). Segundo a agência Xinhua, ambos os governantes mantiveram uma conversa via telefone, tendo Xi Jinping destacado que a China e a UE devem manter um entendimento correcto entre ambos e persistir no respeito e diálogo mútuos, bem como na cooperação e nos benefícios recíprocos. Desta forma, Xi Jinping considerou que os dois países devem trabalhar em conjunto para construir um novo desenvolvimento das relações entre a China e a UE. A China diz-se disposta a trabalhar com a França para a obtenção de sucessos aquando da realização da reunião dos líderes China-UE e numa nova ronda de diálogo sobre assuntos estratégicos, económicos e comerciais. Xi Jinping frisou também ser importante avançar na ratificação e implementação do acordo de investimentos entre a China e a UE, a fim de criar benefícios para ambos os lados. Também Macron “expressou a sua esperança no progresso da ratificação e implementação” do mesmo acordo. Por sua vez, Macron disse que a actual situação mundial está “cheia de tensões e turbulência”, pelo que a França espera aprofundar a sua parceria estratégica com a China. O governante disse que o país está satisfeito com os avanços feitos pelos dois países, nos últimos anos, em áreas como a tecnologia, agricultura, aviação e energia nuclear. Relativamente à covid-19, Emmanuel Macron referiu que a França está disposta a colaborar com a China para enfrentar os impactos da pandemia. JO na agenda Na conversa telefónica de quarta-feira os Jogos Olímpicos (JO) de Inverno também marcaram a agenda dos dois governantes. Macron referiu que a organização desta competição em Pequim “é uma tarefa bastante exigente”, tendo em conta as circunstâncias actuais da pandemia. Já Xi Jinping adiantou que os JO se realizaram sem problemas e conforme o planeado, o que demonstra que a comunidade internacional “anseia por paz, unidade e progresso”. A França assumiu este ano a presidência rotativa da UE, o que levou Xi Jinping a afirmar que o país tem feito esforços para aumentar a solidariedade no seio dos estados-membros e a autonomia estratégica do continente europeu. Ainda em matéria de cooperação económica, Xi e Macron discutiram “a próxima etapa” da implementação de vários acordos de cooperação económica bilateral em matérias como a tecnologia agrícola, com um maior registo de empresas agro-alimentares na China. Foi também defendida, entre outras medidas, uma maior adesão dos bancos e instituições financeiras francesas ao Sistema de Pagamento Interbancário Transfronteiriço do RMB.
Hoje Macau PolíticaFórum Macau | Secretário-geral aposta em Hengqin para reforço de cooperação O Fórum Macau vai aproveitar as oportunidades “da construção da zona de cooperação aprofundada em Hengqin” para consolidar “o intercâmbio e a cooperação” entre China, Macau e países lusófonos, disse ontem o secretário-geral. O Fórum vai “concentrar os seus trabalhos nas vertentes de cooperação no combate à pandemia e promoção da recuperação económica” através das “oportunidades emergentes” da iniciativa chinesa ‘Uma Faixa, Uma Rota’, da construção da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, e “em particular, da construção da Zona de Cooperação Aprofundada em Hengqin” [ilha da Montanha], afirmou Ji Xianzheng, durante um encontro com jornalistas. O responsável sublinhou que a pandemia da covid-19 mostrou que “o vírus não respeita fronteiras e que toda a humanidade tem um futuro compartilhado para o bem e para o mal”. Perante questões e desafios globais, “a única resposta correcta” é prosseguir “os princípios de abertura e inclusão, negociação e cooperação”, bem como defender o multilateralismo, “promovendo pró-activamente a construção de uma comunidade de partilha humanística”, declarou Ji Xianzheng. No cargo desde 10 de Janeiro, o diplomata chinês desempenhou anteriormente funções como subdirector-geral do Departamento de Assuntos Europeus do Ministério do Comércio chinês, foi conselheiro económico e comercial da Embaixada da China em Espanha até maio de 2014, tendo depois ocupado a mesma posição na Embaixada chinesa na Venezuela. O lugar de secretário-geral do Fórum de Macau estava por preencher desde Setembro de 2020, quando Xu Yingzhen cessou funções. Dois meses depois, a diplomata foi nomeada embaixadora chinesa em São Tomé e Príncipe.
Hoje Macau VozesUm novo capítulo na implementação do princípio de “um país, dois sistemas” com características de Macau Fu Ziying* A Primavera está de volta a Macau. Por ocasião do Ano Novo Lunar do Tigre, em nome de todos os colegas do Gabinete de Ligação do Governo Central em Macau, gostaria de estender aos compatriotas de Macau as saudações e os votos de felicidades, e manifestar-lhes os nossos sinceros agradecimentos pelo vosso apoio ao trabalho do Gabinete de Ligação! O passado Ano Lunar do Búfalo foi um ano marcante. O Comité Central do Partido Comunista da China, com o camarada Xi Jinping no seu núcleo, uniu e liderou todo o Partido e o povo de todos os grupos étnicos do país, para promover o desenvolvimento do Partido e do país, obtendo novas realizações notáveis. No ano passado, o Partido Comunista da China (PCC) celebrou o seu centenário aniversário. A 6ª sessão plenária do 19º Comité Central do PCC fez um balanço abrangente sobre as grandes conquistas e experiências históricas da luta centenária, e aprovou a terceira resolução histórica. No ano passado, a China venceu a batalha contra a pobreza como previsto, e construiu de forma integral uma sociedade moderadamente próspera, alcançando o objectivo da luta do primeiro centenário, e iniciou uma nova jornada em direcção ao objectivo da luta do segundo centenário. No ano passado, a China lidou de forma calma e ordenada com as mudanças e a pandemia da Covid-19, que nunca aconteceram no último século, dando um bom começo do Décimo Quarto Plano Quinquenal, permitindo assim a sua liderança a nível global no desenvolvimento económico e na prevenção e controlo dapandemia. No ano passado, a China conseguiu progressos no aprofundamento da reforma em várias áreas, alargou ainda mais a abertura com confiança, e deu passos sólidos na construção de um novo quadro do desenvolvimento, obtendo resultados significativos no desenvolvimento de alta qualidade. O módulo Tianhefoi lançado. A sonda Tianwen chegou a Marte. O satélite Xiheiniciou a sua exploração solar. Os astronautas chineses entraram pela primeira vez na estação espacial da China. A nação chinesa, repleta de vigor, está a avançar ao grande rejuvenescimento e ninguém pode impedi-la, o que é motivo de imenso orgulho para nós. O ano passado também teve significado especial para Macau. Com a firme liderança e o grande apoio do Governo Central, o Chefe do Executivo uniu e liderou o governo da RAEM e todos os sectores da sociedade, para fazer face a vários desafios como os surtos da Covid-19 e a recessão da economia, persistindo nos espíritos de servir o povo, dedicar-se à inovação e ao trabalho duro, para enfrentar as dificuldades, avançar firmemente para frente, combater a pandemia, estabilizar a economia, cuidar do bem-estar da população, promover a diversificação e a reforma, e procurar o desenvolvimento, permitindo assim a manutenção da estabilidade socio-económica. Em linha com o Décimo Quarto Plano Quinquenal Nacional, o Governo da RAEM promulgou o segundo Plano Quinquenal. A construção da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdonge Macau em Hengqin teve um bom começo, e o desenvolvimento da diversificação adequanda da economia deu novos passos. Realizou-se com sucesso a sétima Eleição da Assembleia Legislativa de Macau. “Macau governada por Patriotas” entrou numa nova fase. As actividades sobre a educação da segurança nacional realizaram-se de forma aprofundada. Criou-se em Macau, em coordenação com o Governo Central, o sistema de conselhos para a defesa da segurança nacional. Obtiveram-se novos progressos na defesa da segurança nacional. Os compatriotas de Macau celebraram o centenário da fundação do Partido Comunista da China, estudando e fazendo divulgação da história do Partido. Apoiaram activamente a revitalização das zonas rurais no interior da China. A sua paixão patriótica e o amor a Macau são cada vez mais fortes. Registou-se uma tendência positiva na manutenção do desenvolvimento estável de Macau, fruto de trabalho árduo e é muito preciosa, demonstrando a boa tradição de tolerância e assistência mútua dos compatriotas de Macau, bem como as vantagens institucionais de “um país, dois sistemas” e a sua forte vitalidade. O Presidente Xi Jinping indicou na mensagem do Ano Novo de 2022, que a pátria está sempre preocupada com a prosperidade e estabilidade de Hong Kong e Macau. Só através de esforços concertados é que “um país, dois sistemas” pode ser estável e de longo alcance. Em Dezembro último, quando recebeu em audiência o Chefe do Executivo Ho Iat Seng, o Presidente Xi Jinping reiterou ainda que, a pátria é sempre o forte apoio para a manutenção da estabilidade e da prosperidade de Macau a longo prazo. Deste modo, o Governo Central vai continuar a cumprir firme e escrupulosamente o princípio de “um país, dois sistemas”, e apoiar plenamente a diversificação adequada da economia da RAEM, escrevendo-se um novo capítulo na implementação bem-sucedida do princípio “um país, dois sistemas”, com características de Macau. As orientações importantes do Presidente Xi Jinping, manifestam o seu cuidado e carinho para com Macau, e indicam a direcção para onde vai o princípio de “um país, dois sistemas” de forma estável e de longo alcance. Aproveitando a conjuntura favorável, vamos dedicar-nos a abrir um novo horizonte para o desenvolvimento. Este ano, o Partido Comunista da China convocará o seu 20º Congresso Nacional, que vai virar uma nova página na história do Partido e do país, bem como da implementação do princípio de “um país, dois sistemas”. Este ano, devemos ter em mente as expectativas do Presidente Xi Jinping, e continuara escrever, com o espírito e a coragem do Tigre, um novo capítulo da implementação com sucesso do princípio de “um país, dois sistemas” com características de Macau. Para escrever-se um novo capítulo, é preciso defender firmemente a jurisdição geral do Governo Central. A implementação da jurisdição geral do Governo Central, é uma conclusão importante tirada da experiência histórica desde o retorno de Hong Kong e Macau à Pátria. Espero que todos possam defender resolutamente a jurisdição geral do Governo Central, defender a ordem constitucional definida na Constituição da China e na Lei Básica da RAEM, salvaguardar a soberania, a segurança e os interesses de desenvolvimento nacional, implementar o princípio de “Macau governada pelos patriotas”, para garantir que o princípio de “um país, dois sistemas” seja implementado na direcção certa e de forma correta, estável e sustentável. Para escrever-se um novo capítulo, é preciso consolidar a base do desenvolvimento de Macau. A diversificação adequada da economia é um caminho indispensável para o desenvolvimento sustentável de Macau, e também é a nossa expectativa comum. Neste momento, o impacto da pandemia ainda existe. É preciso prepararmo-nos para os desafios a longo prazo, e reforçarmos a confiança de vencer as dificuldades. Espero que, enquanto lutamos contra a pandemia e para que se recupere a economia, todos possam promover o desenvolvimento saudável e ordenado do sector de jogo, explorar activamente o desenvolvimento de indústrias diversificadas, tentar formar um enquadramento industrial razoável e consolidar a base para a prosperidade e estabilidade de Macau a longo prazo. Para escrever-se um novo capítulo, é preciso aproveitar bem as vantagens únicas de Macau. Macau tem a vantagem de ser uma ponte de ligação entre o Oriente e o Ocidente, aberta ao mundo exterior, e tem desempenhado um papel de portal na abertura da China nos dois sentidos. Destaca-se o seu lugar importante e único no processo histórico da reunificação nacional e do grande rejuvenescimento da Nação Chinesa. Desejo que todos actuem activamente na integração no desenvolvimento do país, na iniciativa “Uma Fixa, Uma Rota”, na construção da área da Grande Baía de Guangdong-Hong Kong-Macau, na construção de “Um Centro, Uma Plataforma e Uma Base”, na construção da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin com maiores esforços, no aumento constante da competitividade, para dar um novo vigor à prosperidade e estabilidade a longo prazo de Macau, e contribuir para a reunificação nacional e o rejuvenescimento da Nação Chinesa. Para escrever-se um novo capítulo, é preciso promover a passagem do patriotismo de geração em geração. Os compatriotas de Macau têm a tradição de amar a Pátria, o que constitui a razão mais importante da implementação com sucesso do princípio de “um país, dois sistemas”. Espero que todos possam continuar a consolidar, promover e transmitir a tradição, alcançar a unidade mais ampla sob a bandeira de “amar a Pátria, amar Macau e apoiar o Partido Comunista da China”, reforçar a educação do patriotismo dos jovens, cultivar os sentimentos da Nação e do país, a fim de assegurar que o princípio de “um país, dois sistemas” seja passado de geração em geração. A história ilumina o futuro. A luta não tem fim. Neste ano, o Gabinete de Ligação do Governo Central na REAM desempenhará bem, como sempre, as funções atribuídas pelo Governo Central, apoiará firmemente a governação do Chefe do Executivo e do governo da RAEM conforme as Leis de Macau, reforçará os contactos com todos os sectores da sociedade, para levar em conjunto o desenvolvimento de Macau a um novo patamar. * Director do Gabinete de Ligação do Governo Central na RAEM