Hoje Macau EventosLivraria Portuguesa | Paul French fala da sua obra na próxima sexta-feira O autor britânico Paul French fala na próxima sexta-feira, dia 3, na Livraria Portuguesa, sobre a sua obra e sobre as “estranhas histórias da velha Macau”. O evento começa às 18h30. Segundo um comunicado, o autor promete explorar estórias intrigantes sobre a história de Macau ao longo do século XX, como é o caso do contrabando com Xangai nos anos 30 gerido por portugueses, cujo dinheiro seria investido no jogo, ou a possibilidade de o Japão ter tentado comprar Macau em 1936. Paul French é o autor de dois livros que viraram bestsellers, reconhecidos pelo jornal New York Times, intitulados “Midnight in Peking” e “City of Devils: The Two Men Ruled the Underworld of Old Shanghai”, os quais estão a ser adaptados para cinema. Além disso, acaba de lançar a primeira série de três livros sobre Macau, Hong Kong e o sul da China incluída na colecção “China Revisited”. Coordenada e anotada por Paul French, esta série vai buscar relatos de viajantes que passaram por esta região entre meados do século XIX e princípios do século XX. Paul French está ainda a trabalhar num livro sobre Wallis Spencer, a americana que casou em segundas núpcias com Eduardo VIII, que por esse casamento abdicou do trono britânico. O livro versa especificamente sobre os anos 1924 e 1925, quando Wallis esteve na China. A obra deverá ser lançada no próximo ano.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Santos Silva defende que China deve ser menos ambígua O presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, defendeu ontem em declarações à agência Lusa que a República Popular da China deveria ser “menos ambígua” em relação à agressão da Rússia contra a Ucrânia. “A China lucraria se fosse menos ambígua, a China é um Estado que deveria perceber bem que a integridade territorial de um país é um critério essencial para as relações internacionais e que ninguém tem o direito de alterar pela força as fronteiras internacionalmente reconhecidas e de invadir territórios que não são seus”, disse Augusto Santos Silva à Lusa, quando questionado sobre as últimas iniciativas diplomáticas de Pequim. “A China diz que está a trabalhar na paz, todos aqueles que estão a trabalhar na paz devem ser ouvidos, mas eu insisto que para que a paz seja possível na Ucrânia é preciso que a agressão russa termine e a agressão deve ser condenada”, acrescentou Santos Silva à margem de uma conferência sobre a Ucrânia, em Lisboa. O presidente da Assembleia da República abriu ontem os trabalhos da Conferência Internacional “Um Ano de Guerra na Ucrânia” que decorre na Universidade Lusíada, em Lisboa. À margem dos trabalhos, Santos Silva disse que – tendo em conta os princípios das Nações Unidas -, Portugal é “absolutamente claro” na defesa de quem está a ser agredido e condenando quem está a agredir.
Hoje Macau China / ÁsiaBrasil | Xi Jinping envia condolências pelas vítimas das fortes chuvas O Presidente enviou uma mensagem de condolências ao Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva pelas vítimas das fortes chuvas que causaram 48 mortos e 57 desaparecidos no litoral do estado de São Paulo. De acordo com a agência de notícias oficial chinesa Xinhua, Xi Jinping expressou “profundas condolências pelas vítimas” e solidariedade “às famílias enlutadas e às pessoas na área atingida pelo desastre, além de desejar aos feridos uma rápida recuperação”. Os temporais começaram no sábado, quando quase todo o Brasil se dedicava às festividades do Carnaval, e causaram um nível de precipitação recorde no país, com mais de 680 milímetros em 24 horas. Segundo dados oficiais, quase três mil pessoas tiveram de deixar as casas por medo de novos deslizamentos de terra em todo o litoral de São Paulo, rodeado por montanhas que nas últimas décadas foram ocupadas de forma irregular e onde ainda restam centenas de residências em risco. Os trabalhos de salvamento concentram-se sobretudo na cidade de São Sebastião, onde se registou a grande maioria das vítimas. A Marinha do Brasil anunciou que vai instalar um hospital de campanha em São Sebastião e também que vai deslocar para aquela área um porta-aviões, que servirá de base para helicópteros que participam em operações de resgate e apoio a vítimas. Reencontro no horizonte No fim de semana passado, vários órgãos de imprensa afirmaram que está programada para o dia 28 de Março uma visita de Lula da Silva à China. Na terça-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês disse à agência Lusa que aguarda a visita de Lula da Silva o “mais cedo possível”, considerando que o Presidente do Brasil é um “velho amigo” do povo chinês. O ministério chinês disse que a China “dá as boas-vindas” a uma visita do Presidente brasileiro, assim que “seja conveniente para ambos os lados”. Pequim “atribui grande importância à parceria estratégica abrangente entre China e Brasil”, acrescentou a mesma fonte, numa resposta por escrito. Durante os primeiros dois mandatos de Lula da Silva, entre 2003 e 2011, a relação comercial e política entre Brasil e China intensificou-se, marcada, em particular, pela constituição do bloco de economias emergentes BRICS, que inclui ainda Rússia, Índia e África do Sul. A relação entre Pequim e Brasília arrefeceu, no entanto, durante o mandato de Bolsonaro, que assumiu o poder com a promessa de reformular a política externa brasileira, com uma reaproximação aos Estados Unidos, e pondo em causa décadas de aliança com o mundo emergente. O ex-ministro dos Negócios Estrangeiros do Brasil Ernesto Araújo adoptou mesmo uma retórica hostil face à China.
Hoje Macau SociedadeDSEC | Exposições e prejuízos sobem em 2022 No ano passado, realizaram-se 460 reuniões, conferências, exposições e eventos de incentivo, que representam mais 11, face a 2021. O número de participantes e visitantes (1.421.000) aumentou 1,4 por cento. Os dados foram publicados ontem pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Em 2022, realizaram-se 385 reuniões e conferências (menos uma, em termos anuais), nas quais estiveram 42.000 participantes (menos 1,1 por cento), 64 exposições (mais nove, em termos anuais), nas quais estiveram 1.376.000 visitantes (mais 1,5 por cento). Decorreram ainda 11 eventos de incentivo (mais 3, em termos anuais), nos quais marcaram presença 2.193 participantes (menos 11,1 por cento). Já em termos financeiros, o ano foi de perdas, com um prejuízo de 21,64 milhões de patacas, contando com os apoios do Governo. Sem os apoios do Executivo, o buraco da indústria sobre para 55,40 milhões de patacas. Ainda segundo a informação oficial, no ano passado as receitas das entidades organizadoras das exposições realizadas foram de 78,72 milhões de patacas (mais 2,7 por cento, em termos anuais) e as despesas corresponderam a 199 milhões de patacas (mais 15,9 por cento). As receitas das 57 exposições organizadas por entidades não governamentais situaram-se em 68,67 milhões de patacas (menos 3,9 por cento, em termos anuais) e as despesas foram de 90,31 milhões de patacas (mais 19,2 por cento).
Hoje Macau PolíticaBarragem de marés | Leong Hong Sai quer saber custos Leong Hong Sai quer saber quando o Governo vai divulgar informação sobre o estudo da construção da barragem de marés no Porto Interior. A pergunta faz parte de uma interpelação em que o deputado ligado aos Moradores recorda que o projecto teve um custo de 43,5 milhões de patacas, pago à empresa AF Tecnhology. Face ao custo suportado pelo erário público, Leong considera há a obrigação de tornar toda a informação pública para que a sociedade possa tomar uma decisão. No início do mês, numa sessão de apresentação dos resultados preliminares aos deputados, Raimundo do Rosário, secretário para os Transportes e Obras Públicas, admitiu que o Governo está inclinado a desistir do projecto. “Quando as autoridades vão anunciar a informação relevante para que a população possa participar de forma informada na discussão, e avaliar se vale apena construir a barragem de marés, ou se é preferível apostar numa solução alternativa?”, questiona Leong Hong Sai. Por outro lado, o legislador recorda que um dos motivos para desistir do projecto são os elevados custos de construção e de manutenção para um projecto “que raramente vai ser utilizado”. Apesar desta justificação, o Governo não apresentou dados concretos com as contas. Antes de ser tomada uma decisão final, Leong Hong Sai espera que os custos sejam apresentados. Em relação a este aspecto, o legislador recorda que os custos podem ser relativos, uma vez que os comerciantes do Porto Interior têm acumulado perdas enorme ao longo dos anos, devido às cheias.
Hoje Macau Manchete SociedadeAssociações expõem problemas e pedem “um empurrão” a cônsul de Portugal em Macau A falta de espaço da Escola Portuguesa de Macau e o formato e montante dos subsídios atribuídos pelo Governo do território a associações locais foram questões levadas hoje ao cônsul-geral de Portugal por entidades de matriz portuguesa. Mais de uma dezena de entidades e associações de matriz portuguesa reuniram-se com o novo cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong, Alexandre Leitão, que iniciou funções este mês, em substituição de Paulo Cunha Alves. Ao auditório do consulado-geral de Portugal voltaram antigos dilemas enfrentados pelas associações de matriz portuguesa, nomeadamente a redução do montante ou o formato adoptado para a entrega dos subsídios governamentais. “Entretanto não há fundos e tem de se trabalhar com crédito do banco”, disse à Lusa a presidente da Casa de Portugal em Macau (CPM), lamentando a demora na atribuição dos subsídios “que não tem em conta as associações com atividade permanente e sistemática”. “Houve uma diminuição muito grande [do montante] durante este tempo da covid-19″, acrescentou Maria Amélia António. Alexandre Leitão considerou esta matéria, “transmitida por algumas entidades”, uma “questão importante”. E questionou: “É muito importante perceber – isto dito com toda a abertura – se há uma agenda que vise reduzir a expressão e a visibilidade destas entidades, aí temos um problema de natureza política. Pode ser, no entanto, um problema de natureza financeira (…) ou pode ser uma questão administrativa”. Sobre a falta de espaço da Escola Portuguesa de Macau (EPM), o presidente da direcção da instituição, Manuel Machado, descreveu “uma situação de esgotamento” e sublinhou que a escola “não pode continuar a crescer, sob pena de diminuir a qualidade do seu serviço educativo se não houver condições”. “Intervim no sentido de, junto das autoridades portuguesas, poder fazer sublinhar este aspeto que é a necessidade do aumento das instalações, da melhoria dos equipamentos que estão envelhecidos e também da melhoria das instalações existentes. A escola é portuguesa e Portugal tem de dar um passo importante nesse sentido”, notou. Para Alexandre Leitão, o tema EPM “é uma prioridade absoluta”, pelo que o diplomata assegurou que fará “tudo o que puder” para intervir junto das autoridades competentes em Portugal, prometendo o mesmo em relação a outros assuntos locais. No encontro, o académico Adérito Fernandes Marcos, que esteve na sessão em representação do reitor Stephen Morgan, da Universidade de São José (USJ), estabelecimento criado pela Universidade Católica Portuguesa, transmitiu ao diplomata a preocupação sobre o número “completamente insuficiente” de alunos oriundos da China na instituição. A USJ, a “única universidade católica de todo o território da China”, recebeu luz verde de Pequim para admitir alunos do interior da China a partir de 2021. No entanto, foi estabelecida uma quota de 30 estudantes para o ano letivo 2022/2023. Adérito Fernandes Marcos apontou a necessidade de agilizar a “angariação de estudantes da Lusofonia enquanto não existir abertura plena para a angariação de alunos da China continental”, que considerou, por sua vez, um “‘handicap’ muitíssimo difícil”. “Tudo o que a representação das autoridades portuguesas aqui em Macau puder fazer para ajudar, naquilo que é possível ajudar, é sempre bem-vindo”, rematou. Da mesma universidade, David Gonçalves, presente na sessão na qualidade de presidente da Associação em Macau para a Cooperação Científica entre a China e os Países de Língua Portuguesa, “a dar os primeiros passos”, lamentou que se “fale pouco sobre a cooperação científica entre Macau, Portugal e China”. O também director do Instituto de Ciências e Ambiente da USJ lembrou um acordo assinado, há poucos anos, entre a Fundação para a Ciência e Tecnologia, de Portugal, e a instituição homóloga em Macau, “que financiava projectos conjuntos entre os dois territórios”. “Julgo saber que não teve continuidade por dificuldades por parte de Portugal”, acrescentou, sugerindo tratar-se de “um ponto concreto onde o consulado pode dar um empurrão, que é voltar a colocar este programa de financiamento activo”. Também presente no encontro, a conselheira das Comunidades Portuguesas para a região Rita Santos deu voz a preocupações sentidas há muito no consulado-geral de Portugal em Macau, lembrando “a falta de pessoal” e os “baixos salários que afectam o moral dos trabalhadores”.
Hoje Macau China / ÁsiaBanqueiro chinês desaparecido tentou transferir fortuna para Singapura Bao Fan, um proeminente empresário chinês do sector tecnológico, que desapareceu há vários dias, tentou, no final de 2022, transferir parte da sua fortuna da China e Hong Kong para Singapura, segundo o jornal Financial Times. O jornal britânico, que cita quatro pessoas com conhecimento dos planos do empresário, informou que Bao tentou, nos últimos meses de 2022, estabelecer um fundo para administrar o seu património, na cidade-estado asiática. “Como muitos chineses ricos fizeram, após Pequim lançar uma campanha regulatória contra o sector tecnológico, ele tentou diversificar a sua riqueza através da transferência de património para Singapura”, disse uma das fontes citadas pelo Financial Times, sem revelar a sua identidade. Depois de experimentar anos de forte crescimento devido, em parte, à fraca aplicação de regulamentos, o sector tecnológico da China foi alvo de uma dura campanha regulatória, lançada em 2020, após Pequim ter suspendido, à última hora, a entrada em bolsa da tecnológica financeira (‘fintech’) Ant Group, no que seria a maior operação do género de sempre. A campanha regulatória resultou em multas multimilionárias contra empresas como o grupo de comércio electrónico Alibaba ou investigações pelos reguladores, incluindo à empresa de serviços de transportes partilhados Didi. Em parte incerta Bao Fan, nascido em 1970, é o fundador do China Renaissance, um importante banco de investimento privado chinês especializado no sector da tecnologia. O grupo supervisionou a entrada em bolsa de vários gigantes do sector da Internet, incluindo o grupo de comércio eletrónico JD.com, ou a fusão, em 2015, entre as empresas de serviços de transporte partilhado Didi e Kuaidi Dache. O China Renaissance “não consegue entrar em contacto com o (chefe-executivo) Bao Fan”, disse o banco de investimento, em comunicado, na sexta-feira passada, sem avançar mais detalhes. Segundo a revista de informação económica Caixin, Bao está incontactável desde o início da semana passada. Não se sabe se Bao esteve em Singapura durante as negociações, o que não é necessário para abrir um fundo de gestão de património na ilha. A abertura deste tipo de instrumento financeiro dá acesso a autorização de residência na próspera cidade-estado. Também não se sabe se Bao conseguiu concluir os seus planos. A Autoridade Monetária de Singapura criou uma unidade, em 2019, para atrair mais fundos de gestão patrimonial para o país, o que passou a constituir um sector próspero, com cerca de 1.500 registos, segundo a consultora de análise de dados do território Handshakes.
Hoje Macau EventosKun Iam | Inaugurada exposição sobre flores de lótus O Centro Ecuménico Kun Iam exibe até ao dia 30 de Junho deste ano uma exposição sobre flores de lótus, apresentando 19 peças ou conjuntos de trabalhos de caligrafia, pintura e arte digital que pertencem à colecção do Museu de Arte de Macau. A mostra, promovida e organizada pelo Instituto Cultural, permite, assim, conhecer de perto o trabalho de artistas como Jao Tsung-I, mestre em sinologia; Yuan Yunfu, director-geral da Direcção da Associação de Artistas da China; Situ Qi, um dos pintores mais experientes da Escola de Lingnan; e Lok Cheong, prestigiado artista de Macau. Segundo um comunicado, a exposição “reúne uma grande variedade de estilos criativos, permitindo ao público admirar diferentes formas de representar o lótus e as suas qualidades espirituais de paz e de pureza”. Na cultura chinesa tradicional, o lótus simboliza a bondade e encarna a verdade, a virtude e a beleza. Macau sempre foi conhecida como uma terra abençoada pelo lótus. Nesse sentido, esta mostra é especialmente organizada para “simbolizar a estabilidade, a paz e a prosperidade da RAEM, tal como uma flor de lótus plenamente aberta”. Além da exposição, haverá ainda espaço para a actividade familiar “Desenhar Flor de Lótus no Centro Ecuménico”.
Hoje Macau Manchete SociedadeHabitação | Rendas com quebra de 12,8% no ano passado As rendas das habitações caíram 12,8 por cento no ano passado, sobretudo devido ao desemprego em Macau, mas deverão voltar a subir, entre 5 por cento e 10 por cento em 2023, avançou ontem a imobiliária JLL O director-geral da JLL para Macau e Zhuhai, Oliver Tong, apontou como factores na queda do valor das rendas a subida do desemprego e a partida de milhares de trabalhadores sem estatuto de residente, “grandes contribuidores” para o mercado do arrendamento. De acordo com dados oficiais, Macau perdeu quase 16.200 trabalhadores não-residentes ao longo de 2022, enquanto a taxa de desemprego entre Outubro e Dezembro fixou-se em 3,5 por cento, mais 0,4 pontos percentuais do que no final de 2021. A queda das rendas é uma “grande razão para alarme”, disse Tong numa conferência de imprensa, alertando para “o elevado risco” de não pagamento de hipotecas imobiliárias para o sistema bancário de Macau. O crédito vencido nos bancos de Macau atingiu um novo recorde em Dezembro, 19,4 mil milhões de patacas, mais 32,8 por cento do que no mês anterior, de acordo com dados oficiais. “O mercado imobiliário de Macau deverá recuperar com mais transacções de arrendamento residencial face à reabertura das fronteiras”, disse Oliver Tong. Tal como a China continental, Macau, cuja economia depende do turismo, abandonou em meados de Dezembro, após três anos, a política de ‘zero covid’, com a imposição de quarentenas e testagem massiva. No entanto, Tong alertou que a situação do emprego “não vai melhorar do dia para a noite” e que as taxas de juro “deverão continuar a um nível elevado a curto prazo”. Juros a subir A Autoridade Monetária de Macau anunciou em 5 de Fevereiro uma nova subida da principal taxa de juro de referência para 5 por cento, o nível mais alto desde Dezembro de 2007. O relatório da JLL estima, por outro lado, que o valor das habitações em Macau caiu 10,1 por cento em 2022, porque “os investidores e potencial compradores tenderam a ser cautelosos face à crise económica”. “O preço das habitações só voltará a uma tendência de crescimento no próximo ano ou mais tarde”, disse Oliver Tong, que prevê uma escassez de nova oferta residencial privada “a curto e médio prazo”. O analista acrescentou que a oferta de habitação será “dominada por habitação pública”, dando como exemplo o chamado Novo Bairro de Macau, em Hengqin, que deverá ser posto à venda este ano. Também as rendas de lojas em Macau caíram 15 por cento em 2022, devido ao impacto da pandemia de covid-19, “uma economia fraca e queda na procura por parte dos consumidores”, referiu o relatório da JLL. No entanto, Oliver Tong disse esperar uma recuperação entre 10 por cento e 15 por cento, nas rendas das lojas, uma vez que os turistas têm regressado a Macau “mais rapidamente e em maior número do que o esperado”. Mais de um milhão de turistas visitaram a cidade em Janeiro, numa subida de 101,3 por cento em termos anuais e de 259 por cento em termos mensais, de acordo com dados oficiais divulgados na segunda-feira.
Hoje Macau SociedadeCPSP | Negado envolvimento de agente em acidente polémico O Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) recusou ontem que um dos seus agentes tivesse estado envolvido num acidente em que a conduta da polícia levantou muitas questões. O caso foi revelado online, por uma página local especializada em transportes públicos, e terá alegadamente acontecido a 10 de Fevereiro. Segundo a descrição online, uma viatura particular, uma carrinha de sete lugares, mudou de faixa de rodagem numa zona de linha contínua, e atravessou-se à frente de um autocarro, que retomava a sua marcha. Sem tempo para reagir, a condutora do autocarro público não conseguiu evitar o acidente. Após o sinistro, o condutor da viatura privada terá alegadamente abordado a condutora apresentando-se como agente da polícia. De seguida, pediu à mulher que encostasse a viatura e chamou as autoridades. Quando a polícia chegou ao local, terá abordado imediatamente a condutora do autocarro público a quem passou uma multa, por falta de sinal indicativo de mudança de direcção, ou seja, o pisca. De acordo com a informação que circulou online, devido ao sentimento de injustiça, a mulher começou imediatamente a chorar no local, ao perceber que seria a única pessoa multada. Foi consolada por alguns dos presentes. Contudo, mais tarde, a delegação para condutores profissionais da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) foi chamada a intervir e contactou os deputados da associação. A partir desse momento, a informação online indicava que as autoridades tinham desistido de passar a multa à condutora. Ontem, o CPSP explicou ao jornal Ou Mun que a multa não foi retirada e que o condutor da viatura privada também tinha sido multado. Ao mesmo tempo, o CPSP recusou que o condutor fosse seu agente, antes uma das pessoas envolvidas no mecanismo de protecção civil.
Hoje Macau Manchete SociedadeUM | Lançada ligação a satélites para prever desastres naturais A maior instituição de ensino superior local inaugurou ontem uma base de ligação a satélites, cujos dados poderão ajudar a prever desastres naturais, incluindo ciclones tropicais e tufões A Universidade de Macau (UM) inaugurou ontem uma base de ligação a satélites, cujos dados poderão ajudar a prever desastres naturais, incluindo ciclones tropicais e tufões, e lançar alertas atempados, disse à Lusa uma académica daquele estabelecimento de ensino. Ma Shaodan, directora adjunta do Laboratório de Referência do Estado de Internet das Coisas para a Cidade Inteligente da UM, afirmou que a informação pode servir para “prever” a situação meteorológica e o nível das águas do mar. Num comunicado, a UM sublinhou que a tecnologia utilizada em satélites de monitorização terrestre, incluindo a utilização de algoritmos e de grandes dados, pode “promover a segurança das cidades e a prevenção de desastres”. No comunicado, lembra-se o potencial impacto da subida das águas do mar e dos ciclones tropicais nas cidades da Grande Baía, região cuja costa representa quase 30 por cento da área terrestre. A Grande Baía é um projecto do Governo chinês para criar uma metrópole mundial que integra Hong Kong, Macau e nove cidades da província de Guangdong, numa região com cerca de 80 milhões de habitantes e com um Produto Interno Bruto (PIB) superior a um bilião de euros, semelhante ao PIB da Austrália, Indonésia e México, países que integram o G20. No discurso na cerimónia de inauguração da base de ligação a satélites, o reitor da UM, Song Yonghua, lembrou que Macau é atingido todos os anos por tufões. Em 2017, o tufão Hato, considerado o pior em mais de meio século a atingir o território, causou dez mortos e 240 feridos. Desafios naturais Ma Shaodan sublinhou que “é muito complicado” prever a trajectória e comportamento de tufões e ciclones tropicais, mas que, assim que for possível recolher um grande volume de dados, “a tecnologia de simulação pode ajudar muito”. A montagem da antena parabólica no campus da UM em Hengqin (Ilha da Montanha) arrancou em 2022. A infra-estrutura já está operacional, recebendo dados de dois grupos de satélites chineses e norte-americanos que cobrem quase toda a China e o mar do Sul da China, revelou a académica. Ma Shaodan afirmou também que o principal objectivo é “ajudar a investigação ligada à cidade inteligente e sobre o oceano e as zonas costeiras”. O reitor da UM destacou ainda a ligação da universidade aos países de língua portuguesa, mencionando em particular Angola e Moçambique. Ma Shaodan confirmou que a nova base está interessada em “partilhar e trocar dados com outros países”, incluindo os lusófonos, “para apoiar o seu desenvolvimento, promover colaborações e criar uma base mais forte para investigação”.
Hoje Macau PolíticaReserva financeira perdeu 87 mil milhões em 2022 A reserva financeira de Macau perdeu 87 mil milhões de patacas em 2022, indicam dados divulgados ontem pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM). A reserva financeira da Região Administrativa Especial de Macau cifrou-se em 559,2 mil milhões de patacas no final do mês de Dezembro, de acordo com a informação publicada no Boletim Oficial pela AMCM. Após ter registado em Novembro a primeira subida em 11 meses, a reserva financeira voltou a cair em Dezembro, perdendo quase 3,5 mil milhões de patacas. O valor da reserva financeira está assim cada vez mais longe do recorde atingido de 669,7 mil milhões de patacas em Fevereiro de 2021. Na primeira metade do ano passado, perderam-se 17 mil milhões de patacas só em investimentos, devido a oscilações no mercado internacional, de acordo com o Governo. O valor da reserva extraordinária no final de Dezembro era de 393,6 mil milhões de patacas e a reserva básica, equivalente a 150 por cento do orçamento público de Macau para 2022, era de 185,1 mil milhões de patacas. A reserva financeira de Macau é maioritariamente composta por depósitos e contas correntes no valor de 269 mil milhões de patacas, títulos de crédito no montante de 121,6 mil milhões de patacas e até 162,8 mil milhões de patacas em investimentos subcontratados. Ano de excepção Mesmo no cenário de crise económica criada pela pandemia, a reserva financeira de Macau tinha crescido em 2020 e 2021, apesar do Governo ter injectado mais de 90 mil milhões de patacas no orçamento. No ano passado, as autoridades da região voltaram a transferir 68,2 mil milhões de patacas da reserva financeira para o orçamento público, que incluiu dois planos de apoio pecuniário à população. O Governo gastou ainda 5,92 mil milhões de patacas para dar a cada residente oito mil patacas, montante que pode ser usado para efectuar pagamentos, sobretudo no comércio local, até ao final de Fevereiro. A Assembleia Legislativa de Macau aprovou em Novembro o orçamento da região para 2023, prevendo voltar a recorrer à reserva financeira em 35,6 mil milhões de patacas.
Hoje Macau China / ÁsiaColapso de mina no norte da China faz pelo menos dois mortos e 50 desaparecidos Pelo menos duas pessoas morreram e mais de 50 estão dadas como desaparecidas na sequência do colapso de uma mina a céu aberto na região da Mongólia Interior, no norte da China, informou hoje a imprensa estatal. A agência noticiosa oficial Xinhua afirmou que as pessoas ficaram enterradas sob os escombros. As equipas de resgate conseguiram retirar três pessoas, mas duas delas já não apresentavam sinais de vida. Informação vinculada por outros órgãos estatais aponta para um total de 57 desaparecidos, bem como refere que vários veículos também ficaram soterrados. A Mongólia Interior é uma região chave para a mineração de carvão e outros minerais na China, o que, segundo os críticos, devastou a paisagem original de montanhas, estepes verdejantes e desertos. O país asiático depende predominantemente do carvão para gerar energia, mas tem-se esforçado para reduzir o número de acidentes em minas, colocando maior ênfase na segurança e no encerramento de explorações de menores dimensões, que careciam do equipamento necessário. A maioria das mortes na mineração é atribuída a explosões causadas pela acumulação de metano e pó de carvão. A China registou diversos acidentes industriais e no setor da construção mortais nos últimos meses como resultado de falta de formação e regulamentos de segurança deficientes, corrupção e uma tendência de redução dos custos por empresas que procuram maximizar lucros. Em 2015, duas explosões nas instalações químicas da zona portuária da cidade de Tianjin, nordeste da China, provocaram pelo menos 165 mortos e causaram prejuízos de mais de mil milhões de dólares.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Putin ansioso por receber Presidente da China em Moscovo O Presidente russo, Vladimir Putin, admitiu hoje estar ansioso por se encontrar com o seu homólogo chinês, Xi Jinping, e defendeu que a cooperação entre os dois países contribui para estabilizar a situação internacional. “Claro que estamos ansiosos pela visita de Xi à Rússia, já concordámos com antecedência”, disse Putin ao receber em Moscovo o principal diplomata chinês Wang Yi, segundo a agência noticiosa russa Interfax. O encontro ocorre um dia depois de notícias sobre uma possível visita de Xi à Rússia em abril ou maio, e do anúncio de Wang, na semana passada, de que a China vai apresentar um plano para resolver a guerra contra a Ucrânia, desencadeada pela Rússia em 24 de fevereiro do ano passado. “Daremos um impulso ao desenvolvimento das nossas relações bilaterais”, disse Putin, citado pela agência espanhola Europa Press. “As relações internacionais são hoje complicadas (…) Neste contexto, a cooperação (…) entre a China e a Rússia é de grande importância para a estabilização da situação internacional”, disse Putin, ao dar as boas-vindas a Wang no Kremlin, sede da presidência russa. Putin raramente recebe funcionários estrangeiros que não sejam chefes de Estado, e este encontro sublinhou os laços especiais entre Moscovo Pequim, segundo a agência francesa AFP. “Estamos a alcançar novos horizontes”, acrescentou Putin. Wang Yi expressou o desejo de Pequim de “reforçar a parceria estratégica (…) e a cooperação global” com Moscovo, de acordo com a tradução citada pela AFP. As relações russo-chinesas “não são dirigidas contra países terceiros e resistem à sua pressão”, disse Wang. Antes de ser recebido por Puti, Wang reuniu-se com o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, que lhe disse que as relações entre os dois países se desenvolvem “de forma segura e dinâmica”. “E apesar da forte turbulência na cena internacional, estamos a mostrar unidade, uma vontade de defender os interesses de ambas as partes de acordo com o direito internacional e o papel central das Nações Unidas”, disse. Segundo Lavrov, a Rússia e a China “continuam a coordenar as questões de política externa, a fim de alcançar um sistema mais justo, aberto e democrático”. “A maioria dos países está interessada nisto”, acrescentou. “Meu caro amigo, estou pronto a trocar opiniões sobre assuntos de interesse mútuo e a procurar novos pactos”, disse Wang a Lavrov, citado pela Europa Press. Wang assinalou que, graças à “liderança estratégica” de Xi e Putin, “surgiu um momento propício ao desenvolvimento”. “Apesar da volatilidade da situação internacional, a China e a Rússia manterão sempre a sua determinação e avançarão com firmeza e confiança”, afirmou. A visita ocorre depois de Wang ter anunciado na conferência de segurança de Munique, na semana passada, que Pequim vai apresentar um plano de paz para solucionar o conflito entre a Ucrânia e a Rússia. A China prometeu publicar esta semana a sua proposta para uma “solução política”, a tempo do primeiro aniversário do início da ofensiva russa na Ucrânia. Aliado próximo da Rússia, a China nunca apoiou ou criticou publicamente a invasão russa da Ucrânia, ao mesmo tempo que expressou repetidamente o seu apoio a Moscovo face às sanções ocidentais. Mas também apelou para o respeito da integridade territorial da Ucrânia, enquanto Moscovo reclama a anexação de cinco regiões ucranianas. Desconhece-se o número de baixas civis e militares da guerra contra a Ucrânia, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm alertado que será elevado.
Hoje Macau China / ÁsiaPyongyang acusa António Guterres de atitude injusta ao condenar teste de mísseis A Coreia do Norte acusou hoje o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, de ter “atitude extremamente injusta e desequilibrada” ao condenar o recente teste com mísseis, “ignorando a hostilidade norte-americana” contra Pyongyang. Após o teste de mísseis balísticos (ICBM) da Coreia do Norte, no sábado, Guterres condenou “veementemente” o ensaio e reiterou o apelou para que Pyongyang desistisse imediatamente de fazer mais provocações. Na mesma declaração, o secretário-geral da ONU instou a Coreia do Norte a retomar as conversações sobre a desnuclearização da Península da Coreia. “Sendo mais deplorável, o secretário-geral das Nações Unidas faz uma série de observações que não são lógicas e que são parecidas às dos funcionários do Departamento de Estado norte-americano”, disse o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte, Kim Son Gyong, em depoimentos publicados na imprensa oficial norte-coreana. Kim Son Gyong disse que o ensaio foi uma resposta “à ameaça” representada pelos Estados Unidos por terem sido destacados bombardeiros de longo alcance usados nos exercícios conjuntos com a Coreia do Sul, no início do ano. O teste foi também um “aviso” face à convocação do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a Coreia do Norte. A Coreia do Norte encarou os exercícios conjuntos como treinos para uma invasão, demonstrando “preocupação” pelo uso dos bombardeiros norte-americanos B-1B. “O secretário-geral da ONU deveria entender de forma clara, assim como deveria compreender que a posição que tomou é preconceituosa em relação à situação da Península da Crimeia assim como está a agir de forma a incitar atos hostis dos Estados Unidos”, contra a Coreia do Norte. afirmou. Em novembro, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte, Choe Son Hui, disse que Guterres “é um fantoche dos Estados Unidos” por ter condenado testes com mísseis de Pyongyang.
Hoje Macau China / ÁsiaChina protesta contra “desenvolvimentos negativos” do Japão na questão de Taiwan A China transmitiu hoje ao Japão preocupação pelo que considera serem “desenvolvimentos negativos” por parte de Tóquio na questão de Taiwan “em conluio com potências de fora da região”, durante um diálogo sobre segurança, realizado em Tóquio. O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Sun Weidong, transmitiu este protesto ao homólogo japonês, Shigeo Yamada, que manifestou também a preocupação do executivo japonês com as incursões de alegados balões chineses usados para fins de espionagem no espaço aéreo japonês e as crescentes manobras navais chinesas em torno do arquipélago japonês. Yamada destacou, especificamente, a intensificação dos exercícios militares chineses em torno das ilhas Senkaku, administradas por Tóquio, mas reivindicadas por Pequim (que as designa Diaoyu), e nas proximidades do arquipélago de Okinawa, e também enfatizou que algumas dessas manobras ocorreram em cooperação com a Rússia. O vice-chanceler japonês enfatizou a importância de continuar o diálogo bilateral sobre questões de segurança, observando que os líderes de ambos os países “partilham um entendimento comum da necessidade de construir relações construtivas e estáveis”. Sun disse que os líderes do Japão e da China “chegaram ao importante consenso de que não representam uma ameaça um ao outro”. No entanto, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros chinês pediu a Tóquio “uma explicação responsável” para os “desenvolvimentos negativos na questão de Taiwan”, face à recente estratégia japonesa de fortalecer as suas capacidades militares e reforçar a cooperação com os Estados Unidos. O vice-ministro japonês pediu à China “que aja com responsabilidade pela paz e estabilidade no mundo”, especificamente no que diz respeito à guerra na Ucrânia, segundo revelou o porta-voz do executivo japonês, Hirokazu Matsuno. “Vamos continuar a discutir sobre as nossas diferenças, visando ter um relacionamento o mais construtivo e estável possível”, acrescentou o porta-voz. Ambas as partes concordaram com a criação de uma linha de emergência de segurança entre as respetivas autoridades de defesa, uma iniciativa que deve ser lançada na próxima primavera e que visa melhorar a comunicação nesta área. Entre terça e quarta-feira, Japão e China mantiveram o primeiro diálogo bilateral de segurança desde 2019. Durante o interregno, causado pela pandemia da covid-19, as relações deterioraram-se, face às disputas territoriais e históricas entre os dois países. Tóquio revelou, em meados deste mês, que, entre 2019 e 2021, detetou três objetos voadores não identificados sobre o seu território, que suspeita serem balões usados pela China para fins de espionagem, como aquele que foi abatido pelos Estados Unidos no início de fevereiro.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Rússia e China querem aprofundar relações apesar da “forte turbulência” A Rússia e a China mostraram hoje a vontade de aprofundar as suas relações, enquanto Pequim procura mediar o conflito ucraniano com um plano de paz a ser revelado esta semana. “As nossas relações estão a desenvolver-se de uma forma segura e dinâmica”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, durante uma reunião em Moscovo com o principal diplomata chinês, Wang Yi. Lavrov disse que, “apesar da forte turbulência na cena internacional”, os dois países estão a mostrar unidade e “vontade de defender os interesses uns dos outros de acordo com o direito internacional e o papel central das Nações Unidas”. Wang prometeu continuar os esforços para “reforçar e aprofundar as relações russo-chinesas”, de acordo com observações traduzidas para russo na reunião citadas pela agência francesa AFP. O diplomata chinês deverá ser recebido ainda hoje pelo Presidente Vladimir Putin no Kremlin, sede da presidência russa, em Moscovo, segundo o porta-voz presidencial Dmitri Peskov. A visita ocorre depois de Wang ter anunciado na conferência de segurança de Munique, na semana passada, que a China vai apresentar um plano de paz para encontrar uma solução política para a guerra contra a Ucrânia, desencadeada pela Rússia há um ano. Wang chegou a Moscovo na terça-feira, após um encontro com o chefe da diplomacia ucraniano, Dmytro Kuleba, à margem conferência na cidade alemã, durante o qual apresentou “elementos-chave do plano de paz chinês” para a Ucrânia, segundo Kiev. A China prometeu publicar esta semana a sua proposta para uma “solução política”, a tempo do primeiro aniversário do início da ofensiva russa na Ucrânia, em 24 de Fevereiro de 2022. Aliado próximo da Rússia, a China nunca apoiou ou criticou publicamente a campanha militar russa na Ucrânia, ao mesmo tempo que expressou repetidamente o seu apoio a Moscovo face às sanções ocidentais. O Presidente norte-americano, Joe Biden, realizou uma visita surpresa a Kiev na segunda-feira, para demonstrar o apoio dos Estados Unidos à Ucrânia. Desconhece-se o número de baixas civis e militares da guerra contra a Ucrânia, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm alertado que será elevado.
Hoje Macau EventosBairro da Horta da Mitra | Preces ao deus da terra voltam três anos depois A festa do deus da terra regressou ontem, pela primeira vez em três anos, a um dos templos mais representativos da divindade, no bairro da Horta da Mitra, em Macau. “Geralmente, os cidadãos que veneram o deus da terra não estão a pedir muito, estão a pedir uma entrada e saída seguras, bem-estar familiar e crianças para crescerem bem e depressa. As orações são todas muito comuns e esta crença une o bairro”, disse à Lusa o presidente da associação de beneficência Foc Tac Chi Tou Tei Mio de Macau. “A crença e os costumes do Tou Tei tiveram origem em Macau há algumas centenas de anos. Durante séculos, as pessoas adoraram Tou Tei e lentamente se tornou um costume estabelecido”, considerou Lo Seng Zung, que esteve presente na inauguração das festividades no bairro Horta da Mitra, no centro da cidade, onde fica o mais representativo templo da divindade. Tou Tei Kung é uma das divindades chinesas mais populares e é considerada pelos crentes como protetora da vida, da saúde e da riqueza dos residentes, entre outros aspetos. É no segundo dia do segundo mês do ano lunar chinês, que hoje ocorre, que os crentes costumam celebrar o nascimento deste deus com os vizinhos, mas a pandemia da covid-19 obrigou à suspensão das celebrações nos últimos três anos. Durante as festividades, entre orações e a queima constante de incenso, decorrem danças do leão, representações de ópera cantonesa de Foshan e também banquetes, que “trazem um ambiente animado às comunidades chinesas locais, para as quais esta é também uma importante festa religiosa”, indicou Lo. A ópera apresenta-se num palco improvisado junto ao templo, com músicos a tocar ao vivo, e atrai a atenção de moradores e de quem passa pela zona. O orçamento das celebrações neste templo na Horta da Mitra, ou Cheok Chai Un (em cantonês), é de mais de um milhão de patacas, num evento que se prolonga por cinco dias, de acordo com a organização. No último dia, realiza-se um banquete para os idosos, em que as mesas se espalham pelas ruas em redor do templo. Com cerca de 85 lugares, esta é “uma tradição chinesa de respeito filial pelos idosos”, explicou o presidente da associação. O mais popular A crença e os costumes de Tou Tei têm uma longa história em Macau, representada por cerca de 10 templos e mais de 140 altares dedicados a este deus, além de estar presente à entrada de numerosas residências, prédios e lojas. “Quantas pessoas em Macau acreditam no Tou Tei? É uma ‘quantidade astronómica’. Cada entrada de residências e lojas tem um pequeno altar [dedicado a] Tou Tei. Estimo que cerca de um quarto da população de Macau acredita no Tou Tei”, sublinhou Lo. Em 2017, a crença e os costumes dedicados a esta divindade foram inscritos na lista do Património Cultural Imaterial de Macau. Quatro anos depois, em 2021, a China incluiu este culto a um dos deuses chineses mais populares, nas mais diversas formas, refletindo uma tradição popular transmitida de geração em geração, na lista do Património Cultural Imaterial do país. Além desta, o Conselho de Estado chinês incluiu ainda mais duas manifestações de Macau: a Gastronomia Macaense, baseada no método de preparação dos alimentos da culinária portuguesa, integrando ingredientes e métodos culinários da Europa, Ásia e África, e o Teatro em Patuá, arte performativa apresentada pela comunidade macaense em patuá, sistema linguístico criado pelos imigrantes portugueses em Macau ao longo dos últimos quatrocentos anos.
Hoje Macau EventosWynn Palace | Excelência dos vinhos de Ningxia em prova na sexta e sábado O Wynn Palace vai dedicar dois dias às delícias vinícolas dos néctares de Ningxia na sexta-feira e sábado. Guiados pelo conhecimento de enólogos especialistas nos vinhos da região, serão organizadas uma masterclass, uma prova de vinhos na sexta-feira e um jantar de gala no sábado Ao longo das últimas três décadas a região autónoma de Ningxia Hui, na província de Gansu no noroeste da China, tem consubstanciado a expressão portuguesa do chão que deu e continuar a dar uvas. Ao contrário do sentido da expressão popular, a atractividade da indústria vinícola de Ningxia tem ganho visibilidade e prestígio a nível mundial, como uma região de excelência na produção de vinho. Os apreciadores e curiosos de Macau terão três oportunidades únicas para se familiarizarem com os néctares de Ningxia nos próximos dias 24 e 25 de Fevereiro, sexta-feira e sábado. Durante estes dois dias, estarão no menu mais de 50 vinhos de 17 das mais prestigiadas adegas da região. O primeiro evento, marcado para sexta-feira entre as 14h30 e as 15h30 no salão Wynn Palace Meeting Rooms, é uma masterclass intitulada “A prestigiada perfeição de Ningxia”, seguida por uma sessão de prova de vinhos guiada pelos enólogos Fongyee Walker e Li Demei. Fongyee Walker é uma das mais conceituadas “educadoras” e enólogas chinesas, enquanto Li Demei é professor de enologia na Universidade de Agricultura da China, em Pequim. Copo cheio O largo e fortemente irrigado vale entre o Rio Amarelo e a base da Montanha Helan transformou-se ao longo das últimas décadas numa das áreas vinícolas mais promissoras da China. A vasta gama de vinhos produzidos na região de Ningxia é feita a partir de castas como Cabernet Sauvignon, Cabernet Gernischt e Chardonnay. Apesar da região se estender por mais de 66 mil quilómetros quadrados, a maioria das vinhas estão situadas num vale com cerca de 150 quilómetros de comprimento no extremo norte da região, em que a paisagem árida é equilibrada pela irrigação natural fluvial e elevada altitude. Afastada dos tradicionais grandes palcos de apreciação enóloga, a produção do vale da Montanha Helan foi-se aprimorando até que em 2009 um cabernet da adega Helan Qingxue arrebatou um prémio os prestigiados Decanter World Wine Awards. A maioria dos vinhos feitos em Ningxia resulta de misturas de castas Bordeaux, Cabernet Sauvignon e Merlot. Entre estas, os Cabernet Sauvignon representam 70 por cento das uvas de vinho de tinto, enquanto os Merlot ocupam 15 por cento das vinhas. Além destas castas mais produzidas, encontram-se também na região vitivinícola de Ningxia vinhas de Syrah, Riesling e Chardonnay. Comes e bebes Para fechar em beleza os dias dedicados aos néctares de Ningxia, o Wynn Palace Grand Theater irá acolher um jantar de gala onde os vinhos da região serão a atracção principal, com as iguarias gastronómicas preparadas pelo chef Yun Peng Yu e o chef do restaurante Wing Lei, Tam Kwok Fung. Depois do cocktail, que será servido às 18h, às 19h começa o desfile de seis pratos que irão misturar pratos cantoneses e da região de Ningxia, acompanhados por vinhos, numa harmonização criteriosamente selecionada. Os bilhetes para o jantar de gala custam 1.288 patacas por pessoa. Em comunicado, a Wynn refere que o objectivo deste tipo de iniciativa é criar uma plataforma de intercâmbio entre indústrias, como a restauração e vinhos, “promovendo a rica cultura gastronómica da China e realçando o papel de Macau enquanto “Cidade Criativa de Gastronomia”.
Hoje Macau EventosNatália Correia homenageada em mostra de arte contemporânea portuguesa em Madrid A escritora e política Natália Correia vai ser homenageada numa exposição de arte contemporânea portuguesa em Madrid, numa iniciativa paralela à feira ARCOmadrid 2023, que decorre a partir de hoje e vai até 26 de Fevereiro na capital espanhola. A exposição tem como título “A Desordem Necessária” e curadoria de Ana Cristina Cachola, resultando de “um diálogo transfronteiriço entre duas colecções”, António Cachola (do Museu de Arte Contemporânea de Elvas) e Helga de Alvear (da galeria com o mesmo nome de Madrid), segundo a Embaixada de Portugal em Espanha, que organiza esta iniciativa. A mostra estará na residência oficial do embaixador de Portugal em Madrid e em exposição estarão 21 artistas contemporâneos portugueses e uma espanhola. A exposição insere-se na segunda edição da iniciativa “Artists Join the Embassy”, organizada pela Embaixada de Portugal em Madrid como evento paralelo à feira de arte contemporânea ARCOmadrid e pretende promover artistas portugueses. “À semelhança do que sucedeu em 2022, serão convidados programadores, curadores, coleccionadores e directores de instituições internacionais para descobrirem arte portuguesa ou concebida em Portugal por uma artista espanhola”, revelou a Embaixada de Portugal em Madrid. A edição do ano passado da iniciativa “Artists Join the Embassy” levou uma exposição de Ângela Ferreira à residência oficial do embaixador de Portugal em Madrid, “para a qual foram convidados, em parceria com a ARCOMadrid, coleccionadores e directores de museus internacionais que integram o programa VIP da feira” e “deste projecto resultou a aquisição de uma peça da artista pelo MACBA – Museu de Arte Contemporânea de Barcelona”, sublinhou a embaixada. Este ano, a propósito da ARCOmadrid, a embaixada de Portugal promove também o lançamento do “Mapa de Artistas Portugueses nas Galerias Espanholas”, um roteiro com 31 artistas nacionais que são representados por 26 galerias de dez cidades espanholas (A Coruña, Badajoz, Barcelona, Madrid, Palma de Maiorca, Santander, Santiago de Compostela, Saragoça, Sevilha e Valência). Arco redondo A Feira de Arte Contemporânea ARCOmadrid decorre este ano de 22 a 26 de Fevereiro, tem como tema “O Mediterrâneo: Um Mar Redondo” e regressa a níveis de participação pré-pandemia, com 211 galerias de 36 países, incluindo 17 portuguesas, segundo a organização. Há ainda 15 artistas nacionais expostos em galerias espanholas presentes na feira, segundo informação da Embaixada de Portugal em Madrid. Na 42.ª edição da ARCOmadrid são esperados cerca de 90 mil visitantes, um valor semelhante ao de 2020, a última edição sem impacto da pandemia de covid-19. Entre as 170 galerias do programa geral há 15 portuguesas: 3+1 Arte Contemporânea, Balcony, Bruno Múrias, Carlos Carvalho, Cristina Guerra Contemporary Art, Filomena Soares, Francisco Fino, Miguel Nabinho, Monitor, Uma Lulik, Pedro Cera e Vera Cortês, todas de Lisboa, e ainda a Kubikgallery, a Lehmann + Silva e a Quadrado Azul, do Porto. A Galeria Foco, de Lisboa, entrará na secção “Opening”, e a Madragoa, também da capital portuguesa, estará na secção “Nunca o mesmo. Arte latino-americana”, com curadoria de Mariano Mayer e Manuela Moscoso. Participa ainda no programa geral a Jahn und Jahn, que tem base em Munique, na Alemanha, e também um espaço em Lisboa. Mercado paralelo Com direcção de Maribel López Zambrana, a 42.ª ARCOmadrid tem também um programa paralelo aos expositores, incluindo um fórum de debate dedicado à região do Mediterrâneo. A ARCOmadrid, uma iniciativa com dupla natureza, sendo em simultâneo um espaço comercial e um espaço cultural, dedica os primeiros dois dias exclusivamente a profissionais e abre as portas ao público em geral a partir da tarde do dia 24, sexta-feira. O ministro português da Cultura, Pedro Adão Silva, estará em Madrid na próxima semana para visitar a feira, estar presente em iniciativas paralelas à ARCOmadrid organizadas pela embaixada de Portugal e para um encontro com o homólogo espanhol, Miguel Iceta. A Embaixada de Portugal participa ainda na Bienal de Cidadania e Ciência que decorre em Barcelona e Madrid de 21 a 26 de Fevereiro, com a instalação “Som palavras. Diálogos sonoros”, de João Ricardo Barros Oliveira, e o projecto Omiri “Inovação musical feita com memória”.
Hoje Macau China / ÁsiaRelatório | EUA acusados pela China de quererem manter “hegemonia mundial” Num documento publicado esta segunda-feira, Pequim analisa as acções dos sucessivos governos norte-americanos ao longo da História e a sua progressiva ingerência nos assuntos internos de outras nações O governo chinês acusou na segunda-feira os Estados Unidos de quererem manter a sua “hegemonia mundial”, que considerou um “risco global”, num relatório publicado num período de crescentes tensões entre os dois países. O documento, designado “A Hegemonia dos Estados Unidos e os Seus Perigos”, afirma que, desde a Segunda Guerra Mundial, Washington actuou com “mais audácia” para “interferir nos assuntos internos de outros países”. Pequim analisa a “hegemonia” política, militar, económica, tecnológica e cultural dos Estados Unidos ao longo da História – do ponto de vista de Pequim -, numa altura em que as relações bilaterais atravessam um período de renovadas tensões, suscitadas pela “crise dos balões” ou divisões face à guerra na Ucrânia. O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China culpa os EUA por organizarem “revoluções coloridas” ou lançarem guerras para “promover a democracia”, fomentando uma “política de blocos” que “alimenta conflitos e confrontos”. A China dá como exemplo as “interferências por conta da ‘Nova Doutrina Monroe’” na América Latina, utilizada para defender o princípio da “América para os americanos”, mas que, segundo as autoridades chinesas representa a “América para os Estados Unidos”. Cita-se ainda um livro do ex-secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, no qual o político revelou que o país norte-americano “tinha planeado intervir na Venezuela” para, entre outras coisas, “obrigar Maduro a chegar a um acordo com a oposição” ou “privar o país da sua capacidade de vender petróleo ou ouro em troca de moeda estrangeira”. O documentou destaca todos os conflitos em que os Estados Unidos estiveram envolvidos, desde a sua independência, em 1776, apontando que o país tem um orçamento militar anual de 700 mil milhões de dólares, que cobre “40 por cento do total a nível planetário” e é superior ao valor conjunto dos gastos com Defesa dos “15 países logo atrás na lista”. Os próximos na lista são China, Índia, Reino Unido e Rússia, de acordo com o Stockholm International Peace Research Institute (SIPRI). Dedo apontado O relatório chinês destaca ainda que a “hegemonia dos EUA a nível económico” foi alcançada após a criação de diferentes organizações para “formar o sistema monetário internacional em torno do dólar norte-americano”, que é a “principal fonte de instabilidade e incerteza na economia mundial”. E argumenta que, durante a pandemia da covid-19, os EUA “injectaram milhares de milhões de dólares no mercado global”, o que causou a desvalorização de outras moedas e altos níveis de inflação em “vários países em desenvolvimento”. No campo tecnológico, a China enfatiza que os EUA “procuram desencorajar o desenvolvimento científico” de outros países, “exercendo monopólio e restrições nos sectores de alta tecnologia”. E considera que a “expansão global” da cultura norte-americana é parte essencial da sua “estratégia externa”. Os Estados Unidos devem “examinar criticamente” as suas acções e abandonar a “arrogância e preconceito” e “práticas de intimidação”, lê-se no mesmo relatório.
Hoje Macau SociedadeSands | Receitas caem mais de 50% em 2022 A operadora de jogo Sands China registou, no ano passado, perdas de 12,6 mil milhões de patacas, tendo as receitas caído 52,3 por cento. Os dados constam no mais recente relatório da empresa enviado à bolsa de valores de Hong Kong e noticiado pela TDM Rádio Macau. Por sua vez, as receitas líquidas da Sands caíram 44,2 por cento para 12,5 mil milhões de patacas, números que se explicam pela queda do número de turistas potenciada pelas restrições relacionadas com a pandemia. O relatório cita ainda as palavras de Robert Goldstein, presidente e CEO da Sands China, que diz ter confiança no desempenho do mercado nos próximos meses e “um optimismo inabalável no futuro”. Em relação ao novo contrato de concessão, a Sands China afirma ter um plano de investimento superior a 30 mil milhões de patacas para o território até 2032, sendo que mais de 27 mil milhões de patacas vão ser canalizados para a área não jogo, ou seja, de lazer e entretenimento, tal como a realização de eventos, um projecto com iates e turismo marítimo e a abertura de mais restaurantes internacionais.
Hoje Macau SociedadePatrimónio | Complexo de estaleiros de Lai Chi Vun abre no próximo trimestre O complexo turístico e patrimonial na vila de Lai Chi Vun, em Coloane, que inclui cinco antigos estaleiros navais completamente renovados, deverá abrir ao público no próximo trimestre. A ideia para o complexo, com 4,600 metros quadrados e que visa levar turistas a Coloane e contar um pedaço da história da construção naval de Macau, começou a ser traçada em Dezembro de 2021. O assunto foi discutido na reunião de ontem do Conselho do Património Cultural. O projecto de renovação, com um custo de cerca de 42 milhões de patacas, deverá incluir um mercado para produtos culturais e criativos e uma área com diversas funcionalidades, escreveu o jornal Ou Mun. A zona dos estaleiros de Lai Chi Vun está classificada como área de interesse cultural e histórico desde Dezembro de 2018. Recusado encerramento da Avenida Almeida Ribeiro O Instituto Cultural (IC) afasta a possibilidade, a curto prazo, de encerrar a Avenida Almeida Ribeiro ao trânsito, numa iniciativa que ficou conhecida como “Passeando pela Almeida Ribeiro – projecto-piloto para área pedonal”. A informação foi avançada ontem por Deland Leong, presidente do IC, após uma reunião do Conselho do Património Cultural. Apesar das opiniões “favoráveis”, Leong informou que, neste momento, não há condições para fechar ao trânsito a avenida do centro histórico da cidade, devido às obras em curso na península de Macau. Apesar da limitação, a presidente do IC afirmou que vão ser ponderadas outras ideias para no futuro revitalizar o património cultural e as zonas velhas da cidade.
Hoje Macau Manchete SociedadeInflação | Custo dos combustíveis subiu mais de 20% em 2022 2022 foi um ano difícil para os condutores. Segundo os dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos, os combustíveis subiram mais de 20 por cento no ano passado, o que se reflectiu no menor consumo O custo dos combustíveis para veículos subiu 20,8 por cento em 2022, indicam os últimos dados divulgados ontem pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), seguindo o aumento verificado no mercado internacional, sobretudo devido à invasão russa da Ucrânia. O preço médio de venda da gasolina sem chumbo fixou-se em 13,96 patacas no ano passado, enquanto o preço do gasóleo atingiu 15,62 patacas. Num comunicado, a DSEC revelou ainda que o custo dos combustíveis terminou 2022 em alta, com o preço médio de venda durante o último trimestre nas 14,29 patacas para a gasolina e 16,21 patacas para o gasóleo. O comunicado não refere quaisquer motivos para os aumentos. Mas, no mercado internacional, o preço dos hidrocarbonetos, incluindo derivados do petróleo e gás natural, subiu em 2022 devido à corrida ao gás natural liquefeito na Europa. Isto após a comunidade internacional ter respondido à invasão da Ucrânia com a imposição de sanções políticas e económicas, incluindo o encerramento dos gasodutos russos, a principal fonte de combustíveis fósseis da Europa. Fornecidos pelo Interior De acordo com dados da DSEC, 90,9 por cento da gasolina e 86,1 por cento do gasóleo importados por Macau vieram da China, com o resto da gasolina a vir da Arábia Saudita e o resto do gasóleo de Singapura. Além do impacto da guerra, deputados como Leong Sun Iok e Nick Lei alertaram ao longo do ano passado para uma eventual “combinação de preços” entre os revendedores de combustíveis para veículos em Macau. Com o preço dos combustíveis a aumentar, o consumo de gasolina no território caiu 10,9 por cento para 90,8 milhões de litros em 2022 enquanto o consumo de gasóleo recuou 5,4 por cento para 88,8 milhões de litros. Pelo contrário, e ainda de acordo com dados da DSEC, o consumo de gás natural em Macau aumentou 40,1 por cento para 120,3 milhões de metros cúbicos no ano passado. O Governo de Macau anunciou na segunda-feira um aumento, entre 8 por cento e 14,3 por cento, no preço de venda do gás natural, apontando para a “subida rápida no mercado internacional”, causada pela invasão da Ucrânia. Num despacho publicado no Boletim Oficial e que entrou já em vigor, Ho Iat Seng aumentou em 8,2 por cento o preço do gás natural para habitações para 7,58 patacas por metro cúbico.