Hoje Macau China / ÁsiaVolkswagen investe 630 milhões de euros na fabricante chinesa de elétricos Xpeng A fabricante automóvel alemã Volkswagen vai adquirir uma participação de 4,99% da marca chinesa Xpeng, por 630 milhões de euros, visando o desenvolvimento conjunto de veículos elétricos, anunciaram hoje as empresas. A Volkswagen e a Xpeng querem “forjar uma aliança estratégica de longo prazo e mutuamente benéfica”, disse a fabricante chinesa, num comunicado enviado à bolsa de valores de Hong Kong, onde está cotada. O documento indicou que as marcas vão desenvolver em conjunto dois modelos elétricos para o mercado chinês, que devem começar a ser produzidos em 2026. “Isto vai permitir que o Grupo Volkswagen expanda a sua posição na China, explore novos segmentos de clientes e traga novos veículos elétricos inteligentes e totalmente conectados para o mercado mais rapidamente”, explicou o chefe da empresa alemã na China, Ralf Brandstätter, através da rede social LinkedIn. O presidente e diretor executivo da Xpeng, He Xiaopeng, afirmou que as duas empresas “vão juntar forças altamente complementares”. “Vamos partilhar tecnologias no setor dos veículos inteligentes e capacidades de ‘design’ e engenharia de classe mundial e aprender um com o outro”, disse. As ações da Xpeng, considerada uma das principais rivais da Tesla na China, dispararam quase 33% na bolsa de valores de Hong Kong, durante a sessão da manhã. O jornal de Hong Kong South China Morning Post indicou ainda que a Audi, uma das marcas do Grupo Volkswagen, também assinou um acordo para formalizar a aliança com a fabricante chinesa SAIC, com vista a aumentar o portefólio elétrico no segmento topo de gama. Estes acordos “sublinham a urgência” do conglomerado alemão em melhorar os resultados na China, onde tem sido “eclipsado” por empresas emergentes locais, como a NIO, BYD ou Xpeng, no segmento elétrico, no qual a Volkswagen registou uma queda nas vendas no primeiro semestre, apesar do mercado ter crescido 25%, escreveu o SCMP. No ano passado, foram vendidos na China quase seis milhões de carros elétricos, mais do que em todos os outros países do mundo juntos. A dimensão do mercado chinês propiciou a ascensão de marcas locais, que ameaçam agora o ‘status quo’ de uma indústria dominada há décadas pelas construtoras alemãs, japonesas e norte-americanas. Estimativas do banco de investimento UBS, até 2030, indicam que três em cada cinco veículos novos vendidos na China vão ser movidos a eletricidade, em vez de combustíveis fósseis.
Hoje Macau SociedadeOcupação hoteleira cresceu no primeiro semestre, mas ficou abaixo de 2019 A taxa média de ocupação hoteleira do primeiro semestre nos empreendimentos de três a cinco estrelas foi de 82 por cento, ficando 10,3 por cento abaixo do registo dos primeiros seis meses de 2019, ou seja, antes da pandemia. Nesse primeiro semestre, a taxa de ocupação dos quartos de hotel foi de 92,3 por cento. Segundo dados divulgados pela Direcção dos Serviços de Turismo (DST), a taxa média de ocupação hoteleira, no primeiro semestre do ano passado, foi de apenas 40,2 por cento. Na primeira metade deste ano, a taxa de ocupação mais elevada registou-se nos hotéis de três estrelas, segmento de baixo custo, com 88,7 por cento. Os dados baseiam-se em 44 estabelecimentos ligados à Associação de Hotéis de Macau. Estrela a estrela Relativamente ao preço dos quartos, a tarifa média, no primeiro semestre, foi de 1.247 patacas, um montante oito por cento mais baixo face às 1.354 patacas registadas no primeiro semestre de 2019. Quanto aos hotéis de três estrelas, do segmento de baixo custo, apresentaram uma tarifa média, por quarto, de 937,8 patacas. A maior subida anual dos preços dos quartos verificou-se nos hotéis de quatro estrelas, com um aumento de 117,5 por cento para 937,1 patacas, tendo-se registado ainda uma taxa de ocupação de 77,4 por cento. Por sua vez, as tarifas nos hotéis de cinco estrelas registaram o menor aumento face a 2022 (49,1 por cento), com um valor médio por quarto de 1.408 patacas. Nesta categoria, a taxa de ocupação hoteleira foi de 81,7 por cento no primeiro semestre. Importa referir que Helena de Senna Fernandes, directora da DST, previu, no início deste mês, que a taxa de ocupação hoteleira poderá atingir uma média “superior a 80 por cento”, com a possibilidade de chegar aos “90 por cento” até Agosto.
Hoje Macau EventosIC volta a lançar convite para a Feira de Artesanato do Tap Siac Este ano celebra-se o 15.º aniversário da Feira de Artesanato do Tap Siac, um evento que tem vindo a ganhar popularidade na cidade, enchendo a praça no coração da península de barraquinhas com os mais variados produtos e muitas pessoas. Antecipando a feira que se realiza no Outuno, o Instituto Cultural (IC) lançou ontem o convite a todos os interessados para apresentarem produtos de marca associados à Feira de Artesanato do Tap Siac. Os candidatos seleccionados “poderão conceber e fabricar produtos associados à Feira de Artesanato com o logotipo da mesma e serão qualificados para estabelecer stands onde poderão exibir e vender estes produtos durante a Feira de Artesanato do Tap Siac”, refere o IC. O convite à apresentação de produtos decorrerá entre hoje e o dia 17 de Agosto, sendo aberto a todos os profissionais das indústrias culturais e criativas de Macau. A Feira de Artesanato do Tap Siac é uma iniciativa emblemática que se realiza anualmente, desde 2008, na Primavera e Outono, tendo como finalidade disponibilizar aos profissionais das indústrias culturais e criativas uma plataforma de exibição e comercialização dos seus produtos e de intercâmbio de experiências. O evento tem também como objectivo “apoiar e encorajar a criatividade e a inovação, promover a entrada dos produtos culturais e criativos de Macau no mercado e contribuir para a criação de uma feira cultural e criativa de referência na Zona da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau”. Ano de festa Tomando como tema o 15.º Aniversário da Feira de Artesanato do Tap Siac, o convite à apresentação de produtos de marca associada visa, através da concepção, produção, exibição e venda destes produtos, evidenciar a criatividade das indústrias culturais e criativas de Macau, bem como comemorar o 15.º aniversário da Feira de Artesanato do Tap Siac. Os candidatos devem ser titulares do Bilhete de Identidade de Residente de Macau e ter idade igual ou superior a 18 anos. Os produtos devem ser originais e identificados com o logotipo da “Feira de Artesanato”. Um total de 15 candidatos será seleccionado, com base em critérios como os “elementos culturais e criativos do produto; relação com o tema do 15.º Aniversário da Feira de Artesanato do Tap Siac; originalidade, design e conceito do produto; tipo, material e singularidade do produto; e plano de vendas e de promoção. Os candidatos seleccionados poderão usar o logotipo da “Feira de Artesanato” para fabricar diferentes produtos aprovados pelo IC até ao fim da Feira de Artesanato do Tap Siac no Outono de 2023 e gerir um stand durante um período mínimo de uma semana.
Hoje Macau China / ÁsiaComércio | Secretária norte-americana quer visitar China este Verão A secretária de Comércio dos Estados Unidos, Gina Raimondo, disse na terça-feira que pretende visitar a China neste Verão e garantiu que seu país precisa de fazer negócios com o gigante asiático. “Precisamos de fazer negócios com a China e onde quer que possamos (…), mas ao mesmo tempo precisamos de nos proteger”, disse Raimondo durante uma conversa no Wilson Center, em Washington. Raimondo deu como exemplo a incursão da cadeia norte-americana de cafetarias Starbucks no mercado chinês e uma estratégia do Departamento do Comércio para promover a exportação de produtos de beleza e de saúde para a China. “Não existe qualquer risco para a segurança nacional e criam postos de trabalho nos EUA”, afirmou. Ao mesmo tempo, a directora da pasta do comércio esclareceu que o seu Governo está a manter os “olhos abertos” sobre possíveis ameaças do Governo chinês à concorrência estratégica. “Estamos a trabalhar para identificar que tecnologia (…) a China precisa para melhorar as suas capacidades militares, e estamos a ver como impedir, juntamente com os nossos aliados, a sua capacidade de a obter”, disse.
Hoje Macau China / ÁsiaDelegação chinesa em Pyongyang para celebrar fim da Guerra da Coreia Uma delegação chinesa deslocou-se ontem à Coreia do Norte, para participar nas comemorações do 70.º aniversário do fim da Guerra da Coreia (1950-53), visando restaurar o intercâmbio entre os dois países aliados. O grupo é chefiado por Li Hongzhong, vice-presidente do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional e membro do Politburo do Partido Comunista Chinês. A Coreia do Norte, que lançou uma tentativa de conquistar a Coreia do Sul, considera a assinatura do armistício um reconhecimento de vitória. O conflito envolveu forças da recém-criada República Popular da China, auxiliada pela força aérea russa, enquanto a Coreia do Sul, os Estados Unidos e tropas de vários países, sob a direcção da ONU, lutaram para repelir a invasão. A fronteira entre as Coreias continua a ser das mais tensas do mundo. Li Hongzhong carece do estatuto que transmitiria uma expressão completa de apoio chinês à Coreia do Norte, numa altura ambígua nas relações. A China foi convidada a enviar uma “delegação de alto nível” para participar das actividades comemorativas na Coreia do Norte, disse a porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Mao Ning, em conferência de imprensa. “Acreditamos que a visita vai ser propícia para promover o desenvolvimento sólido e estável das relações [bilaterais], contribuir para a paz e estabilidade regional e criar condições para uma solução política da questão da península [coreana]”, acrescentou. A porta-voz lembrou que a China e a Coreia do Norte são “vizinhos amigáveis, ligados por montanhas e rios”. Foguetes na festa Alguns especialistas disseram que a Coreia do Norte pode intensificar os testes com mísseis balísticos por volta do aniversário do armistício, que se celebra hoje. A China aderiu às sanções impostas pelas ONU contra a Coreia do Norte, devido ao programa de desenvolvimento de armas nucleares e mísseis balísticos, mas continua a ser o aliado económico e político mais importante de Pyongyang. A Coreia do Norte testou o primeiro míssil balístico intercontinental em três meses na semana passada. O regime ameaçou com “consequências chocantes”, contra o que chamou de actividade provocadora de reconhecimento dos Estados Unidos perto do país. As visitas oficiais entre os dois países foram interrompidas quando a Coreia do Norte, cada vez mais isolada e empobrecida, fechou as suas fronteiras para impedir a propagação da covid-19. Mais de dois milhões de soldados chineses lutaram na Guerra da Coreia, conhecida na China como a “Guerra para Resistir à Agressão dos EUA e Ajudar a Coreia”. Segundo dados de Pequim, 197.600 soldados chineses morreram no conflito.
Hoje Macau China / ÁsiaMNE | Ministério recusa comentar afastamento de Qin Gang A diplomacia chinesa recusou comentar o afastamento de Qin Gang do cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros. Além disso, o ministério apagou ontem do portal várias referências ao ex-ministro, que foi afastado do cargo na terça-feira e permanece desaparecido de cerimónias públicas há um mês “Sobre este assunto, a agência [noticiosa oficial] Xinhua já publicou informações. Podem consultá-las”, respondeu a porta-voz do ministério, Mao Ning, referindo-se ao despacho publicado pela imprensa estatal, na terça-feira. A Xinhua citou um comunicado do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional, de apenas uma frase, a informar sobre a substituição de Qin pelo antecessor Wang Yi. O comunicado não apresenta nenhuma razão para a substituição ou desaparecimento de Qin Gang. Não é ainda claro se Wang Yi, que desempenhou as funções de ministro dos Negócios Estrangeiros entre 2013 e 2022, vai ocupar o cargo interinamente, até que um funcionário mais novo seja designado. Depois de desaparecer da vida pública, e de ter sido demitido, o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Qin Gang desapareceu também do website do ministério, com todas as referências e informações a seu respeito a serem apagadas. O portal exibia, até ontem, várias ligações com informação sobre a actividade diplomática de Qin, entretanto apagadas. Na secção “Actividades dos líderes do Ministério”, agora coberta por notícias sobre o trabalho dos vice-ministros Ma Zhaoxu e Deng Li, as menções a Qin Gang também desapareceram. No motor de busca interno do site, uma pesquisa pelo nome “Qin Gang” também não apresenta resultados. Passagem breve Qin foi demitido na terça-feira e substituído pelo antecessor Wang Yi, anunciou o Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional. No portal do Ministério, mantêm-se os registos sobre a actuação de Wang, durante o primeiro mandato como ministro dos Negócios Estrangeiros, entre 2013 e 2022, o que sugere não ser prática comum retirar da página conteúdos relacionados com ex-governantes. Qin Gang não aparece em público desde 25 de Junho, dia em que se reuniu em Pequim com responsáveis do Sri Lanka, da Rússia e do Vietname, e, desde então, tem estado ausente de vários eventos diplomáticos, suscitando variadas especulações sobre o seu paradeiro e sobre a sua situação. Com 57 anos, Qin Gang foi nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros em Dezembro passado. Anteriormente, tinha sido embaixador em Washington e é fluente em inglês. A nomeação ocorreu na altura em que Pequim terminou a política ‘zero covid’, que manteve as fronteiras do país encerradas durante quase três anos. Além de receber dignitários estrangeiros em Pequim, incluindo o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, Qin Gang efectuou deslocações à Europa, a África e à Ásia Central.
Hoje Macau SociedadeImobiliário | JLL prevê quebra de 5% nos preços A agência imobiliária Jones Lang LaSalle (JLL) prevê que o preço das casas em Macau possa registar, este ano, uma quebra de cinco por cento. Segundo o portal Macau News Agency (MNA), que cita a análise intercalar do mercado efectuada pela JLL, o valor das habitações de média e grande dimensão, bem como das residências do segmento de luxo, aumentou apenas, em termos anuais, quatro e 1,3 por cento, respectivamente. Tendo em conta estes valores, a JLL apela ao Governo para reduzir algumas das restrições existentes no mercado imobiliário, tendo em conta o menor crescimento da economia chinesa e também a nível mundial. Oliver Tong, director-geral da JLL para os mercados de Macau e Zhuhai, disse que “embora os preços das casas tenham registado um crescimento moderado no primeiro semestre de 2023, os actuais indicadores de mercado não são favoráveis ao mercado imobiliário, e os preços das casas caíram mais de dez por cento em relação ao que eram antes da pandemia”. O responsável frisou ainda que “nas actuais condições de mercado, os preços da habitação vão estar sob pressão devido à subida das taxas de juro, à flutuação do mercado de acções, à fraca economia global e a uma recuperação económica na China continental abaixo do esperado, o que vai afectar a recuperação económica de Macau”, acrescentou.
Hoje Macau SociedadeFundação Macau | Candidaturas a apoios abrem terça-feira Arranca na próxima terça-feira, 1 de Agosto, o processo de candidaturas aos três planos de atribuição de apoio financeiro da Fundação Macau (FM), destinados a projectos académicos, actividades comunitárias e intercâmbios. O prazo para entregar candidaturas termina a 3 de Setembro, mas os candidatos podem apresentar documentação ainda até 15 de Setembro. No âmbito dos projectos académicos incluem-se “estudos académicos, edições académicas ou conferências e acções de formação”. Relativamente às actividades comunitárias, são aceites propostas para “palestras, workshops, colóquios, acções de formação, exposições, concursos, publicações, actividades integradas e festivais de grande escala em bairros comunitários”. A FM poderá conceder ainda apoio financeiro à realização de “visitas de intercâmbio ao Interior da China, Hong Kong, Taiwan e outros países ou regiões”.
Hoje Macau PolíticaSalário mínimo | Associação de condomínios pede cautela Perante a intenção do Governo de aumentar o salário mínimo para um valor entre 34 e 36 patacas por hora, quando actualmente está nas 32 patacas por hora, a Associação de Administração de Propriedades de Macau pede moderação e defende que a medida pode colocar em risco várias empresas. Em declarações ao jornal Ou Mun, Lui Tit Leung, vice-presidente executivo da Associação de Administração de Propriedades de Macau, traçou um cenário difícil em que o aumento salarial pode contribuir para o encerramento de várias empresas de pequena dimensão. Lui Tit Leung levantou também dúvidas sobre o impacto da medida junto dos residentes, porque diz que actualmente 90 por cento dos empregados destas empresas são trabalhadores não-residentes. Porém, o vice-presidente justificou que os locais não vão beneficiar com o aumento, porque os trabalhadores com idade superior a 60 anos recebem sete mil a oito mil patacas por mês neste sector, enquanto alguns funcionários, com idades entre os 40 e 50 anos recebem entre oito mil a nove mil patacas por mês. Segundo o dirigente associativo, apenas os trabalhadores não-residentes e menos de dez por cento dos trabalhadores locais tendem a receber o salário mínimo. A Associação de Administração de Propriedades de Macau considera assim que as garantias dos trabalhadores locais são suficientes, pelo que não se justifica a medida de aumento salarial. Lui Tit Leung revelou ainda que todos os anos as empresas fazem um orçamento para a gestão do condomínio, que tem de ser aprovado pelos administradores dos prédios. No entanto, com os custos do aumento salarial, a associação teme que as propostas sejam recusadas e que as despesas adicionais sejam assumidas pelas empresas de administração predial.
Hoje Macau Grande Plano MancheteTimor-Leste | António Costa defende importância da língua portuguesa Terminou ontem a curta visita do primeiro-ministro português, António Costa, a Timor-Leste, inserida num périplo pelo sudeste asiático, com paragens na Indonésia e Filipinas. O governante argumentou que o português “faz a identidade” de Timor, defendeu a aposta nas energias renováveis e visitou o Cemitério de Santa Cruz O primeiro-ministro português, António Costa, chegou na terça-feira a Timor-Leste para uma visita oficial em que se fez acompanhar por outros membros do Executivo, nomeadamente a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, e também o ministro dos Negócios Estrangeiros. Na sua primeira visita ao país na qualidade de primeiro-ministro, e também a primeira a decorrer em Timor desde que o novo Governo timorense tomou posse, a 1 de Julho, Costa destacou a presença da língua portuguesa num país onde o tétum é o idioma dominante. O governante disse mesmo que a língua “faz a identidade” do país do Sudeste Asiático. Num discurso perante dezenas de alunos do Externato São José, o chefe de Governo destacou a importância da língua portuguesa em Timor-Leste, o único país lusófono na Ásia. O português “não é só mais uma língua, é a língua que faz a diferença”, defendeu. “É esta diferença que reforça a identidade de Timor-Leste, faz a identidade de Timor-Leste”, acrescentou. “Foi essa identidade que fez com que na luta armada, na acção diplomática, ou no trabalho cultural e educativo, tenham resistido ao invasor e recuperado a liberdade e a independência”, disse o primeiro-ministro, referindo-se à ocupação indonésia, entre 1975 e 1999. O primeiro-ministro defendeu ser “muito importante que o ensino da língua [portuguesa] prossiga e que se desenvolva”. Na terça-feira, António Costa tinha confirmado o apoio ao alargamento do projecto bilateral dos Centros de Aprendizagem e Formação Escolar (CAFE) – financiado conjuntamente por Portugal e Timor-Leste – a todos os postos administrativos no país. O primeiro-ministro prometeu ainda reforçar o apoio à Escola Portuguesa de Díli, instituição que visitou ontem. João Gomes Cravinho disse à Lusa que a “convergência entre aquelas que são as prioridades do Governo timorense e aquelas que são as mais-valias portuguesas, que vão passar, seguramente, (…) por um renovado ênfase na língua, no ensino, na formação”. Nos “próximos dois ou três meses”, disse o chefe da diplomacia portuguesa, os dois países vão começar a negociar um novo quadro da cooperação estratégica entre 2024 e 2028. A cooperação deverá apostar também “na descoberta de novas oportunidades (…) no quadro da economia azul”. Na terça-feira o primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, disse, no âmbito desta visita, que o país quer “colher da experiência, conhecimento e inovação dos portugueses” para desenvolver uma economia do mar sustentável. Gusmão lembrou ainda que o novo Governo quer definir “uma política nacional para a economia azul”. “A partir do mar há todo um conjunto de sectores que se apresentam como um potencial instigador de desenvolvimento sustentável, desde os sectores tradicionais aos sectores mais recentes”, defendeu. Gusmão lembrou que “Portugal está também a apostar na economia azul, não só para gerar riquezas para a sua população, mas para reforçar o clima e o oceano”. “Gostaríamos por isso que também a nossa estratégia (…) pudesse colher da experiência, conhecimento e inovação dos portugueses, navegando juntos no estabelecimento de uma economia azul sustentável em Timor-Leste”, disse o primeiro-ministro timorense. Outro objectivo do novo Executivo timorense é a descentralização, tendo o chefe de Governo dito que Portugal também pode ajudar nesta área. “A experiência portuguesa no domínio da administração pública e municipal é uma fonte de conhecimento e excelência que podemos absorver para avançar nesta nossa prioridade”, disse Gusmão. Lembrar o massacre Ontem António Costa esteve presente no Cemitério de Santa Cruz onde colocou flores na Cruz dos Mártires, em homenagem às mais de 300 vítimas mortais do massacre de 12 de Novembro de 1991, durante a ocupação indonésia. O governante português referiu, numa conversa com um dos sobreviventes do massacre, que “é bom manter a memória viva”. “É uma forma de os homenagear e também de dar força e consolidar os valores pelo qual deram a vida”, acrescentou o primeiro-ministro. Antes, o timorense, que tinha 28 anos à data do massacre, dissera ao primeiro-ministro que a visita de António Costa “repete uma solidariedade” mantida com Portugal que espera que “continue a se fortificar”, já que “Portugal é um país que é irmão” e “sempre prestou um papel muito importante durante (…) a luta pela independência nacional”. Num dos momentos da visita, Costa deteve-se junto à sepultura do jornalista australiano Max Stahl, que morreu em Outubro de 2021, fundamental na cobertura do conflito armado em Timor-Leste, nomeadamente do massacre no cemitério. A visita do Executivo português a Timor-Leste terminou ontem e incluiu ainda uma passagem pelo Parlamento Nacional, actualmente presidido por Fernanda Lay, a primeira mulher a ocupar o cargo em Timor-Leste. A agenda do primeiro-ministro português incluiu também a inauguração das novas instalações do Centro de Língua Portuguesa na Universidade Nacional Timor Lorosa’e. Apostas económicas Uma vez que a visita da comitiva portuguesa a este lado do mundo tem também uma componente económica, João Gomes Cravinho adiantou ontem que Portugal “tem cartas a dar” no que toca à cooperação nas energias renováveis com o Sudeste Asiático. O diplomata disse que as energias renováveis estão entre “as indústrias do futuro”, numa “área em que todos os países estão à procura de atingir a neutralidade carbónica”. “Portugal tem cartas a dar nessa matéria, é um país procurado”, sublinhou. Finalizada a visita a Timor-Leste, a comitiva portuguesa partiu para as Filipinas. João Gomes Cravinho reúne hoje em Manila com o ministro da Energia filipino, Rafael Lotilla, no âmbito da primeira visita bilateral de um chefe da diplomacia portuguesa ao país. “Vamos fazer o mapeamento das potencialidades no relacionamento Portugal-Filipinas também nas energias renováveis”, disse o ministro. A questão também já tinha sido discutida na segunda-feira, num encontro entre João Gomes Cravinho e a ministra dos Negócios Estrangeiros da Indonésia, Retno Marsudi. O desenvolvimento das energias renováveis é “um enorme desafio para a Indonésia”, país onde Portugal “já tem uma presença muito significativa, através das EDP Renováveis, no solar e também na transmissão de electricidade por cabo submarino”, disse o diplomata. Depois de décadas de relações diplomáticas cortadas devido à ocupação de Timor-Leste, João Gomes Cravinho falou de “sementes para um futuro de maior proximidade económica” com a Indonésia. O ministro destacou o potencial de cooperação na economia do mar, “uma área de grande interesse para Portugal” e onde a Indonésia, um país com mais de 17.500 ilhas, tem “enormes potencialidades económicas”. A economia azul pode também ser “uma área de grande cooperação” com as Filipinas, um país “com o qual Portugal tem relações amigas, mas com pouca concretização económica”, lamentou João Gomes Cravinho. Amanhã o ministro português será recebido pelo homólogo filipino, Enrique Manalo, para debater o papel das Filipinas como coordenador das relações entre a UE e a Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN). “Portugal tem de estar mais presente no Sudeste Asiático e este é um momento particularmente propício para isso”, disse João Gomes Cravinho, referindo-se à entrada de Timor-Leste na ASEAN. Os líderes dos actuais Estados-membros da ASEAN aprovaram em Maio um roteiro para a adesão plena deste país de língua oficial portuguesa ao bloco económico, que conta com 650 milhões de habitantes. “Isso abre portas para Timor[-Leste] e abre portas também para Portugal no Sudeste Asiático”, defendeu João Gomes Cravinho. Na terça-feira António Costa, defendeu em Díli que as empresas portuguesas devem “aumentar a sua presença” em Timor-Leste e aproveitar a “enorme oportunidade” criada pela entrada do país na ASEAN. Combater ilegalidades A visita dos governantes portugueses a Timor-Leste incluiu ainda o diálogo sobre as ilegalidades cometidas no processo de emigração de milhares de timorenses para Portugal nos últimos meses. Costa disse que está a ser criado um modelo conjunto “para combater circuitos paralelos de imigração ilegal, tráfico de seres humanos e exploração de pessoas”. Ontem foi assinado um protocolo que permite “seguir uma boa prática” e “fazer formação no país de origem para as pessoas desenvolverem uma actividade profissional ou no país de origem ou em Portugal, mas já com formação feita”. “A única forma eficaz de combater a imigração ilegal e o tráfico de seres humanos é termos canais legais de migração. É isso que estamos a fazer e a construir”, frisou.
Hoje Macau China / ÁsiaChina demite chefe da diplomacia que estava desaparecido há um mês O ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Qin Gang, que estava desaparecido de cerimónias públicas há um mês, foi hoje demitido e substituído pelo seu antecessor, Wang Yi, divulgaram os ‘media’ estatais. A decisão terá sido adotada durante uma sessão do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional, de acordo com a agência noticiosa estatal chinesa Xinhua, que acrescentou que o governador do Banco Central, Yi Gang, também foi afastado de funções, sendo substituído por Pan Gongsheng. Qin Gang não aparecia em público desde o passado dia 25 de junho, dia em que se reuniu na capital chinesa com responsáveis do Sri Lanka, Rússia e Vietname, e, desde então, tem estado ausente de vários eventos diplomáticos, suscitando variadas especulações sobre o seu paradeiro e sobre a sua situação. O Ministério dos Negócios Estrangeiros não forneceu qualquer explicação sobre a situação no seu ‘briefing’ diário de hoje. No início deste mês, a porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, justificou a ausência de Qin Gang de um encontro de ministros dos Negócios Estrangeiros da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), em Jacarta, Indonésia, por “motivos de saúde”. Questionada novamente sobre o paradeiro do responsável, a porta-voz disse, em conferência de imprensa na segunda-feira, não ter informações sobre o assunto e negou que a ausência tivesse a ter impacto nas atividades diplomáticas do país. Qin Gang, de 57 anos, foi nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros em dezembro passado. Anteriormente foi embaixador em Washington e é fluente em inglês. A nomeação como ministro ocorreu na altura em que Pequim terminou a política de ‘zero covid’, que manteve as fronteiras do país encerradas durante quase três anos. Além de receber dignitários estrangeiros em Pequim, incluindo o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, Qin Gang efetuou deslocações à Europa, África e Ásia Central. Qin substituiu Wang Yi, atual diretor do Gabinete da Comissão para as Relações Externas do Partido Comunista da China (PCC) e classificado como o principal diplomata chinês, com uma agenda internacional marcada pela guerra na Ucrânia ou pela crescente rivalidade entre Pequim e Washington. Hu Xijin, influente comentador chinês e antigo editor-chefe do Global Times, jornal oficial do PCC, admitiu, num comentário difundido através da rede social Weibo, que “está toda a gente preocupada com um assunto, mas que não pode discuti-lo publicamente”. Na China, o desaparecimento de altos funcionários, celebridades e empresários é comum. Frequentemente, as autoridades anunciam mais tarde que a pessoa desaparecida está a ser investigada ou foi punida. Entre os casos mais proeminentes dos últimos anos consta o do ex-chefe chinês da Interpol Meng Hongwei, que desapareceu durante uma viagem à China, em 2018. Em 2020, foi condenado a 13 anos e meio de prisão por um tribunal chinês por receber mais de dois milhões de dólares em subornos. Em fevereiro passado, Bao Fan, o fundador de um banco de investimento, também desapareceu. Uma semana depois, a empresa admitiu “ter tido conhecimento” de que Bao estava a cooperar numa investigação. A tenista chinesa Peng Shuai também deixou de ser vista em público, em 2021, depois de acusar um antigo vice–primeiro-ministro chinês de má conduta sexual.
Hoje Macau China / ÁsiaMar do Japão | Pyongyang dispara mísseis antes de comemorar fim da Guerra da Coreia A Coreia do Norte disparou dois mísseis balísticos na madrugada de segunda para terça-feira, pouco antes de receber autoridades chinesas para as comemorações do fim dos combates entre as duas Coreias, na primeira visita estrangeira desde a pandemia. Os militares sul-coreanos referiram ter “detectado dois mísseis balísticos disparados pela Coreia do Norte de áreas próximas a Pyongyang em direcção ao mar do Leste [também conhecido como mar do Japão]”, destacou o Estado-Maior Conjunto citado pela agência de notícias sul-coreana Yonhap. Os dois mísseis percorreram cerca de 400 quilómetros antes de cair no mar, segundo o Ministério da Defesa sul-coreano, citado pela Yonhap e pela agência japonesa Kyodo. A Casa Branca condenou de imediato os novos “disparos de mísseis balísticos”. Os testes de mísseis “representam uma ameaça para os vizinhos da RPDC e para a comunidade internacional”, salientou a porta-voz da Casa Branca Karine Jean-Pierre, utilizando o nome oficial de República Popular Democrática da Coreia (RPDC) para Pyongyang. Também o Japão assinalou o primeiro lançamento norte-coreano, referindo que o projéctil caiu no mar fora da zona económica exclusiva do Japão (ZEE), de acordo com a emissora estatal NHK, que citou funcionários do governo. Pyongyang tem realizado regularmente testes de mísseis. O disparo destes dois últimos mísseis balísticos, antes do amanhecer de terça-feira, ocorre pouco antes das comemorações na Coreia do Norte do 70.º aniversário do fim dos combates na Guerra da Coreia (1950-1953).
Hoje Macau China / ÁsiaFilipinas | Ordenada retirada de milhares de pessoas face à aproximação de tufão As autoridades filipinas ordenaram ontem a retirada de milhares de pessoas à aproximação, do norte do país, do super tufão Doksuri, anunciou a agência meteorológica local. O Doksuri, com ventos de 185 quilómetros por hora (km/h), está a dirigir-se para um grupo de três ilhas escassamente povoadas ao largo da ponta norte da ilha principal de Luzon, indicou a agência. Prevê-se que atinja ou passe muito perto das ilhas Babuyan ou da província de Cagayan, no nordeste do país, hoie à tarde. A tempestade deverá estender-se a Taiwan e ao leste da China. Três das cinco ilhas Babuyan são habitadas, por cerca de 20 mil pessoas. As pessoas que vivem nas margens destas ilhas receberam ordens para abandonar as suas casas e os pescadores para retirar os seus barcos da água, disse o responsável local pela gestão de catástrofes, Charles Castillejos. “Enviámos a polícia para convencer quem se recusa a sair”, acrescentou. A agência meteorológica alertou para a possibilidade de se registarem ondas de mais de três metros junto à costa, além de chuva forte nas províncias montanhosas do norte, nos próximos dias, sendo “muito provável” a ocorrência de aluimentos de terras. As Filipinas são afectadas por uma média de 20 grandes tempestades por ano, que causam a morte de centenas de pessoas e animais e agravam a pobreza de vastas regiões. Os cientistas alertaram que estas tempestades estão a tornar-se cada vez mais fortes devido às alterações climáticas.
Hoje Macau China / ÁsiaBYD | China insta Índia a estabilizar laços após chumbo de investimento O chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, instou ontem Nova Deli a estabilizar os laços bilaterais, para “benefício de ambos os lados”, após a Índia ter chumbado um investimento multimilionário da fabricante de automóveis chinesa BYD. Wang, que é director do Gabinete da Comissão para as Relações Externas do Partido Comunista da China (PCC), reuniu com Ajit Doval, conselheiro de Segurança Nacional da Índia, à margem de uma reunião entre altos funcionários do bloco de economias emergentes BRICS, em Joanesburgo. O responsável chinês pediu medidas políticas para “aumentar a confiança mútua estratégica” e “focar no consenso e na cooperação”, de acordo com um comunicado difundido pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da China. A forma como a China e a Índia se relacionam vai afectar directamente o respectivo desenvolvimento dos dois países e o cenário internacional, notou Wang. Acrescentou ainda que ambos os países devem aderir ao “julgamento estratégico” de que não representam uma ameaça um ao outro, mas antes oportunidades para o seu próprio crescimento. Nova Deli ainda não divulgou um comunicado sobre o encontro. De acordo com a nota divulgada pela diplomacia chinesa, Doval reconheceu que o “destino dos dois lados está intimamente ligado e é necessário reconstruir a confiança mútua estratégica e buscar o desenvolvimento comum”. “O lado indiano está disposto a trabalhar com o lado chinês para encontrar uma maneira fundamental de resolver a situação na fronteira, num espírito de compreensão e respeito mútuos”, disse Doval. Ultrapassar conflitos As relações entre os dois países vizinhos deterioraram-se, nos últimos anos, após lutas, com paus e pedras, terem despoletado, em 2020, ao longo da disputada fronteira, na região da Caxemira. Pelo menos 20 soldados indianos e quatro chineses morreram durante os confrontos. Pequim e Nova Deli mantiveram o diálogo. No início do mês, Wang reuniu com o homólogo indiano, Subrahmanyam Jaishankar, à margem de uma reunião entre os ministros dos Negócios Estrangeiros dos países membros da Associação das Nações do Sudeste Asiático, em Jacarta. A Índia recusou esta semana uma proposta da fabricante de veículos eléctricos chinesa BYD para construir uma fábrica avaliada em mil milhões de dólares, em parceria com uma empresa local, de acordo com a imprensa indiana. O governo indiano rejeitou o plano da BYD e da Megha Engineering and Infrastructures Ltd., com sede em Hyderabad, por questões de segurança nacional, segundo a mesma fonte. China e Índia são ambos membros dos BRICS, juntamente com Brasil, Rússia e África do Sul. Os conselheiros de Segurança Nacional dos países membros do bloco estiveram reunidos segunda e terça-feira em Joanesburgo. Os funcionários estão a avaliar um mecanismo de cooperação de segurança coordenado, num período de crescentes fricções geopolíticas. O bloco defende um modelo alternativo aos blocos liderados pelo Ocidente. Na segunda-feira, os conselheiros de segurança nacional da Bielorrússia, Burundi, Cuba, Egipto, Irão, Cazaquistão, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos participaram de uma discussão dos “amigos dos BRICS”, sobre cibersegurança e inteligência artificial. A reunião precede uma reunião entre os líderes dos países membros, marcada para Agosto, para a qual 55 nações africanas foram convidadas, no que deverá ser uma das maiores reuniões entre líderes do Sul Global.
Hoje Macau China / ÁsiaReunião gera expectativas sobre MNE desaparecido O órgão máximo legislativo da China reuniu-se ontem para decidir sobre “nomeações oficiais”, numa altura em que o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês não é visto em público há um mês. Pequim continua sem esclarecer o paradeiro de Qin Gang, num período de frenética actividade diplomática para o país asiático. A última vez que Qin surgiu em público foi a 25 de Junho, quando esteve reunido com o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Andrey Rudenko. A agência de notícias oficial Xinhua indicou, na segunda-feira à noite, que a Comissão Permanente da Assembleia Popular Nacional (APN) vai também “rever emendas legislativas”. De acordo com o portal NPC Observer, que acompanha a actividade da APN, o órgão legislativo teve apenas nove reuniões fora da agenda, que é determinada com meses de antecedência, nos últimos dez anos. O encontro de ontem foi uma dessas excepções. Através da rede social Twitter, o NPC Observer destacou o curto prazo com que a reunião foi anunciada: “Com base em informações publicamente disponíveis, pode ser a primeira vez em dez anos que o conclave é convocado na véspera”. No início deste mês, a porta-voz da diplomacia chinesa Mao Ning justificou a ausência de Qin Gang de um encontro de ministros dos Negócios Estrangeiros da Associação de Nações do Sudeste Asiático, em Jacarta, por “motivos de saúde”. Questionada novamente sobre o paradeiro do responsável, Mao disse, em conferência de imprensa, na segunda-feira, não ter informações e negou que a ausência tenha tido impacto nas actividades diplomáticas do país. Manter o equilíbrio Qin, de 57 anos, foi nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros em Dezembro passado. Anteriormente foi embaixador em Washington e é fluente em inglês. A nomeação como ministro ocorreu na altura em que Pequim terminou a política de ‘zero covid’, que manteve as fronteiras do país encerradas durante quase três anos. A reabertura das fronteiras proporcionou uma intensa agenda diplomática, com líderes e altos funcionários de países estrangeiros a visitar a China todas as semanas. Além de receber dignitários estrangeiros em Pequim, incluindo o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, Qin visitou a Europa, a África e a Ásia Central. Qin substituiu Wang Yi, actual director do Gabinete da Comissão para as Relações Externas do Partido Comunista da China (PCC), com uma agenda internacional marcada pela guerra na Ucrânia ou pela crescente rivalidade entre Pequim e Washington. Hu Xijin, influente comentador chinês e antigo editor-chefe do Global Times, jornal oficial do PCC, admitiu, num comentário difundido através da rede social Weibo, que “está toda a gente preocupada com um assunto, mas que não pode discuti-lo publicamente”. “É preciso encontrar um equilíbrio entre manter a situação e respeitar o direito do público de se manter informado”, defendeu.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte | Pequim garante estar a aplicar resoluções da ONU Pequim rejeita as preocupações do G7 sobre a presença de dos navios-tanque nas águas chinesas e garante cumprir escrupulosamente as determinações das Nações Unidas A China disse ontem que implementa com rigor as resoluções da ONU, em resposta aos países que solicitaram a assistência de Pequim para impedir que a Coreia do Norte contorne sanções utilizando águas territoriais chinesas. Numa carta, endereçada a Zhang Jun, o representante de Pequim nas Nações Unidas, os países do G7 e a União Europeia (UE) levantaram preocupações sobre a “presença contínua de vários petroleiros” nas águas chinesas, que “facilitam o comércio de produtos petrolíferos sancionados” para a Coreia do Norte. A carta foi assinada pelos embaixadores na ONU da Austrália, Canadá, França, UE, Alemanha, Itália, Japão, Nova Zelândia, Coreia do Sul, Reino Unido e Estados Unidos. Pequim disse que “implementa com rigor as resoluções do Conselho de Segurança da ONU e que cumpre com seriedade as suas obrigações internacionais”. “A China exorta as partes relevantes a implementarem totalmente as resoluções do Conselho de Segurança da ONU sobre a República Popular Democrática da Coreia (nome oficial da Coreia do Norte), especialmente as disposições sobre a retoma do diálogo, o fortalecimento dos esforços diplomáticos e a promoção de um acordo político”, disse o porta-voz da missão chinesa na ONU, através da rede social Twitter. Na segunda-feira, a porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Mao Ning, referiu que a “China sempre respeitou as suas obrigações internacionais, em relação à implementação das resoluções do Conselho de Segurança”. A carta assinada pelo G7 e UE indicou que a presença e os movimentos dos navios-tanque foram observados pelo painel de especialistas das Nações Unidas que vigiam o cumprimento das sanções contra Pyongyang. Mísseis e sanções A Coreia do Norte está sujeita a sanções internacionais desde 2006. As sanções foram agravadas por três vezes, em 2017, à medida que o país testava armas atómicas e mísseis balísticos. As medidas adoptadas por unanimidade pelo Conselho de Segurança limitam as importações de petróleo do país. Desde 2017, o Conselho de Segurança não conseguiu chegar a uma posição unificada. Em Maio de 2022, China e Rússia vetaram uma resolução que impunha novas sanções contra Pyongyang. Deste então, nenhuma resolução ou declaração do Conselho foi adoptada, apesar de a Coreia do Norte ter realizado vários lançamentos de mísseis, incluindo no sábado passado. Os Estados Unidos, em particular, acusam regularmente Pequim e Moscovo de servir de “escudo” do regime norte-coreano e de encorajar novos disparos ao impedir uma resposta unida do Conselho de Segurança.
Hoje Macau Manchete SociedadeIC | Governo planeia fechar Rua da Felicidade ao trânsito O Instituto Cultural (IC) tem um plano para fechar ao trânsito o Bairro da Rua da Felicidade, de acordo com um projecto apresentado ontem, numa reunião do Conselho Consultivo para o Desenvolvimento Cultural. A iniciativa surge depois de no início do ano o encerramento temporário do trânsito da Avenida de Almeida Ribeiro ter sido considerado um sucesso. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, o objectivo do Governo passa por criar condições para fixar, preferencialmente em regime de permanência, uma zona pedonal que atraia mais residentes e turistas para aquela zona e contribuir para a revitalização e recuperação de mais um bairro antigo da cidade. Após a apresentação da proposta, Deland Leong Wai Man garantiu que o projecto teve o “parecer favorável” dos membros do Conselho Consultivo para o Desenvolvimento Cultural. De acordo com a mesma fonte, a responsável também assinalou que a zona – composta pelas ruas da Felicidade e Matapau e as travessas do Mastro, do Auto Novo e de Hó Lo Quai – deverá ser encerrada à circulação automóvel durante todo o dia, funcionando em regime de trânsito condicionado durante a madrugada e parte da manhã. Antes da actividade arrancar, o Governo garante que vão ser feitas “negociações e auscultações à população do bairro”. No entanto, a presidente do IC afirmou que, nesta altura, os moradores mostraram “abertura” para que o projecto avance.
Hoje Macau SociedadeSegurança | Alunos fora de redes de contrabando Entre Janeiro e Maio não houve qualquer registo de alunos envolvidos em crimes de contrabando entre Macau e o Interior da China, de acordo com dados revelados pela chefe do Gabinete do secretário para a Segurança, Cheong Ioc Ieng, em resposta a uma interpelação escrita do deputado Lam Lon Wai. Ao mesmo tempo, a responsável garantiu que os Serviços de Alfândega (SA) estabeleceram um mecanismo de comunicação com as escolas na zona norte do território, para trocar informações no caso de serem detectados alunos envolvidos neste tipo de prática. Cheong Ioc Ieng apontou ainda que os SA lançam várias palestras de divulgação das leis em vigor nas escolas secundárias, para que os alunos saibam que tipo de responsabilidades podem ter de assumir, no caso de participarem no contrabando. Segundo os dados citados, em 2022 registaram-se sete casos de contrabando que envolveram a participação de alunos.
Hoje Macau SociedadeDST | Macau recebe visita de agências japonesas A Direcção dos Serviços de Turismo (DST) e a Air Macau organizaram uma visita ao território para operadores turísticos de Tóquio e Osaka, de acordo com um comunicado emitido ontem. A visita serviu para “expandir os mercados turísticos internacionais” e os visitantes participaram numa “bolsa de contactos com operadores turísticos locais, para impulsionar contactos e explorar em conjunto oportunidades de negócio”. A delegação japonesa foi composta por 14 representantes de agências de viagem de Tóquio e Osaka, e estiveram em Macau entre quinta-feira e domingo, visitando locais como o Museu do Grande Prémio de Macau, Estaleiros Navais de Lai Chi Vun, Centro Histórico e instalações hoteleiras. Em 2019, o último ano antes da adopção das políticas de zero casos de covid-19, Macau recebeu 295,8 mil visitantes do Japão, o terceiro maior mercado turístico internacional. No entanto, nos primeiros seis meses deste ano, apenas foram registadas 22 mil entradas.
Hoje Macau EventosFRC acolhe novamente exposição de Henry Wong Pode ser vista novamente, na Fundação Rui Cunha (FRC), e até ao dia 5 de Agosto a exposição “Plágio – Extensão”, do artista Henry Wong. Esta mostra já esteve patente na FRC durante uma semana em Junho, apresentando-se agora um período mais alargado. O público poderá, assim, redescobrir os papéis de rascunho com desenhos a caneta colorida, representando as composições do artista em duetos de antes e depois, desde 1997 até hoje, mas também as reproduções em seda da arquitectura da cidade com pigmentos de cores naturais, usando a técnica Gongbi, da pintura tradicional chinesa, em estilo contemporâneo. O jovem artista Henry Wong, com 26 anos, apresenta, assim, 50 obras que reflectem não apenas a sua visão como a arte que tem vindo a desenvolver, incluindo o significado das antigas criações e compara com a sua obra actual, em termos de valores inerentes. Uma “energia visual interessante” A mostra teve a curadoria de Kuan U Leong, para quem “no processo de reflexão sobre o significado dos seus antigos desenhos, [Henry] Wong descobriu que os trabalhos de infância criados sem interferências externas continham uma energia visual interessante e indefinida, provocada pelo desvio subjectivo da criança. (…) Para Wong, a forma mais intuitiva de os comparar era copiá-los. Mas no processo da cópia, os desvios são racional e deliberadamente minimizados, e a nova obra perde a vitalidade da pintura infantil”. Assim, “mesmo que duas pinturas idênticas sejam desenhadas pela mesma pessoa, elas terão significados completamente diversos, devido aos diferentes objectivos do artista em cada momento. Ou seja, a pintura não é o mais importante, o que afinal importa é o significado da acção por trás da criação”, continua a curadora, convidando o público a pensar sobre o tema. Nascido em Macau em 1994, Henry Sio Hang Wong foi professor de inglês do ensino secundário. Em 2022, concluiu o bacharelato em Artes Visuais da Universidade Politécnica de Macau, com especialização em Pintura Chinesa (Belas Artes), explorando principalmente a arte contemporânea e a pintura chinesa. Actualmente, é membro da Associação de Artistas de Macau, da Associação de Pintores e Calígrafos Chineses Yu Un de Macau, da Associação de Arte Juvenil de Macau e da Creative Macau.
Hoje Macau China / ÁsiaRússia vai continuar a fornecer cereais a África O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, prometeu ontem aos países africanos que vai continuar a fornecer cereais apesar das sanções sobre Moscovo, num artigo publicado pelo Kremlin, nas vésperas da cimeira Rússia-África, quinta e sexta-feira. “Compreendemos perfeitamente a importância da interrupção do fornecimento de insumos alimentares para o desenvolvimento socioeconómico e a estabilidade política dos Estados africanos”, escreveu o chefe de Estado russo no artigo citado pela agência espanhola de notícias, a EFE, no qual acrescenta que, por isso, a Rússia “sempre prestou grande atenção às questões referentes aos insumos de trigo, cevada, milho e outros cultivos dos países africanos”. No artigo, Putin salienta: “E fizemo-lo não só sozinhos, numa base contratual, mas também gratuitamente, em forma de ajuda humanitária, inclusivamente através do Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas”. Destinatário errado No ano passado, recordou, a Rússia exportou quase 11,5 milhões de toneladas de cereais para África e só nos primeiros seis meses de 2023 já enviou quase 10 milhões de toneladas. Sobre a suspensão da Iniciativa dos Cereais do Mar Negro, que permitia a exportação de cereais usando portos ucranianos através do Mar Negro, Putin argumenta que isso aconteceu porque “servia apenas para enriquecer as grandes empresas norte-americanas e europeias que exportavam e revendiam cereais a partir da Ucrânia”, vincando que “em quase um ano, do total de 32,8 milhões de toneladas de carga, mais de 70 por cento destinaram-se a países de alto e médio rendimento, incluindo a União Europeia, ao passo que países como a Etiópia, o Sudão e a Somália, para além do Iémen e do Afeganistão, receberam menos de 3 por cento. Para além disso, Putin sublinhou que nenhuma das exigências da Rússia relativamente ao levantamento das sanções impostas sobre as exportações russas de cereais e fertilizantes para os mercados mundiais foi cumprida, mas ainda assim assegura: “Apesar das sanções, a Rússia vai continuar a esforçar-se energicamente para enviar para África cereais, alimentos, fertilizantes e outras matérias-primas”. No artigo, o Presidente russo diz ainda que em São Petersburgo deverá ser aprovado um plano de acção sobre o Fórum da associação Rússia-África até 2026 e que serão assinados uma série de documentos bilaterais.
Hoje Macau China / ÁsiaÍndia | Terminam buscas por dezenas de desaparecidos Centenas de socorristas deram ontem por encerradas as buscas, que decorreram durante quatro dias, por dezenas de pessoas desaparecidas, depois um enorme deslizamento de terras provocado por chuvas, numa aldeia no oeste da Índia. As equipas de resgate recuperaram, nos primeiros dois dias de buscas, os corpos de 27 pessoas que morreram no deslizamento de terras, que ocorreu na quarta-feira à noite na aldeia de Irshalwadi, localizada a quase 80 quilómetros de Mumbai, a capital do estado de Maharashtra. O governo estadual e a agência nacional de socorro decidiram ontem encerrar as operações de busca, por entenderem que não há esperança de encontrar sobreviventes, quando continuam desaparecidas 78 pessoas, Deepak Avadh, responsável da força nacional de resposta a desastres. Pelo menos 17 das 48 casas da aldeia foram total ou parcialmente soterradas pelos escombros, disseram as autoridades. Entre os mortos, estão quatro crianças, segundo a agência de notícias Press Trust of India, acrescentando que 75 pessoas foram resgatadas com vida, quatro delas encontrando-se hospitalizados. Chuvas recordes de monções mataram mais de 100 pessoas no norte da Índia nas últimas três semanas, disseram as autoridades, com a força das águas a causar a queda de pontes e estradas e o colapso de casas. A Índia sofre regularmente inundações severas durante a temporada de monções, entre Junho e Setembro, que os cientistas dizem que estão a tornar-se mais erráticas por causa das mudanças climáticas, levando a deslizamentos de terra frequentes e inundações repentinas.
Hoje Macau China / ÁsiaBanguecoque | Protestos contra bloqueio na nomeação de PM Centenas de tailandeses manifestaram-se domingo em Banguecoque para protestar contra o bloqueio político que está a impedir que o vencedor das recentes eleições no país seja nomeado primeiro-ministro. A afluência ao protesto, que obrigou ao encerramento de um importante cruzamento da capital tailandesa, foi afectada pelas fortes chuvas das monções que caíram em Banguecoque. Apesar do mau tempo, centenas de pessoas contestaram o bloqueio que se verifica no Senado, que já impediu por duas vezes a nomeação de Pita Limjaroenrat para Chefe do Executivo. Pita, líder do partido Avançar, que venceu inesperadamente as eleições de 14 de Maio, viu na quarta-feira o Tribunal Constitucional suspender o seu mandato de deputado até que fique concluída uma investigação contra ele por suspeitas de irregularidades durante a campanha. Depois das duas tentativas falhadas, o Avançar aceitou dar a vez ao seu parceiro de coligação Phue Thai, que ficou em segundo lugar nas eleições, para indicar o primeiro-ministro. A candidatura de Pita foi amplamente bloqueada pelos senadores, o que resultou num impasse político. O Phue Thai, ligado ao influente clã Shinawatra, fez domingo uma segunda ronda de contactos com formações conservadoras com o objectivo de conseguir um maior apoio e alcançar a maioria simples necessária na votação agendada para a próxima quinta-feira.
Hoje Macau China / ÁsiaONU | Anunciados contactos com Pyongyang sobre militar norte-americano Travis King terá atravessado a fronteira com a Coreia do Norte, onde se supõe estar detido. Pyongyang mantém-se em silêncio O vice-chefe da delegação da ONU na Coreia do Sul disse ontem que foram iniciadas “conversações” com Pyongyang sobre o soldado americano Travis King, que alegadamente se encontra detido na Coreia do Norte. “Foram iniciadas conversações com o Exército Popular da Coreia através do mecanismo do acordo de armistício”, declarou o general Andrew Harrison numa conferência de imprensa, ontem, na capital da Coreia do Sul. Harrison referia-se ao acordo que pôs fim às hostilidades em 1953 na Península da Coreia. A Coreia do Norte mantém o silêncio sobre o soldado americano, Travis King, que supostamente atravessou a fronteira na passada terça-feira. As autoridades norte-americanas mostraram-se preocupadas com o bem-estar do militar e afirmaram que a Coreia do Norte tem ignorado os pedidos de informações sobre King, incluindo o local onde está detido assim como pedem detalhes sobre o estado de saúde do militar. Os analistas citados pela agência norte-americana Associated Press (AP) recordam que a Coreia do Norte costuma demorar semanas ou meses para fornecer informações significativas deste género, a fim de potenciar influência e aumentar a urgência dos esforços dos Estados Unidos para garantir a libertação. Segundo a AP, a Coreia do Norte pode tentar obter concessões de Washington, como por exemplo, fazer depender a libertação de King da redução das actividades militares dos Estados Unidos na Coreia do Sul. Os Estados Unidos e a Coreia do Sul têm aumentado o número de exercícios militares conjuntos e a aumentar o destacamento regional de meios estratégicos norte-americanos, como bombardeiros, porta-aviões e submarinos, numa demonstração de força contra a Coreia do Norte, que testou cerca de 100 mísseis desde o início de 2022. Visita de peso Entretanto, um submarino de propulsão nuclear norte-americano chegou à Coreia do Sul, no segundo destacamento de um importante activo naval norte-americano para a Península da Coreia, informaram ontem as forças armadas sul-coreanas, reforçando a demonstração de força para combater as ameaças nucleares da Coreia do Norte. O USS Annapolis chegou a um porto na ilha de Jeju cerca de uma semana depois de o USS Kentucky ter atracado no porto continental de Busan. O Kentucky foi o primeiro submarino norte-americano com armas nucleares a chegar à Coreia do Sul desde a década de 1980. A Coreia do Norte reagiu à presença dos navios com a realização de um teste de mísseis balísticos e de cruzeiro, numa aparente demonstração de que poderia efectuar ataques nucleares contra a Coreia do Sul e contra os navios de guerra norte-americanos.