Grande Prémio de Macau | Bilhetes à venda a partir de hoje

A partir de hoje são colocados à venda os bilhetes para o Grande Prémio de Macau. Os bilhetes para os dias 11, 16 e 17 de Novembro custam 100 patacas, enquanto que o preço para os dias 12, 18 e 19 de Novembro varia entre 400 patacas e 1.000 patacas, dependendo da bancada. Os interessados podem adquirir no máximo 20 bilhetes, as crianças com idade igual ou superior a 2 anos, têm de apresentar ingressos para assistir às provas.

Os titulares de cartões de estudante de Macau válidos poderão comprar bilhetes de estudante com desconto. Cada estudante está limitado a um bilhete com desconto por dia, dependendo da disponibilidade existente.

Este ano o Grande Prémio decorre ao longo de dois fins-de-semana, entre 11 e 12 de Novembro e 16 e 19 de Novembro, contando com onze corridas, onde se incluem Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 – Taça do Mundo de Fórmula 3 da FIA, Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA, Corrida da Guia Macau – TCR World Tour Final, e Grande Prémio de Motos de Macau.

9 Out 2023

Macau Legend | Activistas propõem investigação científica em resort

Um grupo de activistas cabo-verdianos, que em 2015 ocupou um ilhéu na Praia contra a construção de um complexo turístico, propõe um pólo de investigação ligado ao mar, após abandono do projecto por parte dos investidores de Macau.

“O ilhéu devia ser uma extensão das universidades para estudar o nosso mar, que é muito vasto”, sugeriu Adérito Tavares, um dos membros do movimento social “Korrenti di Ativista”, que em Agosto de 2015 acamparam no ilhéu de Santa Maria, defronte da cidade da Praia, em protesto contra a construção do empreendimento turístico que estava previsto para o local.

Na semana passada, o grupo Macau Legend Development anunciou que decidiu abandonar o projecto ligado ao jogo, para apostar em iniciativas ligadas ao entretenimento e turismo de iates. Na altura, os activistas defendiam que o empreendimento de David Chow iria servir sobretudo para trazer para o país “lavagem de capitais, prostituição e turismo sexual”.

9 Out 2023

Trabalho | Número de não-residentes subiu 18.400 até Agosto

O número de trabalhadores não-residentes está em recuperação e desde o início do ano aumentou para 170 mil. O recorde de trabalhadores não-residentes foi atingido em Dezembro de 2019, quando estavam registados mais de 196 mil

 

O número de trabalhadores sem estatuto de residente em Macau subiu em Agosto, pelo sétimo mês consecutivo, tendo registado um aumento de 18.400 desde que atingiu, em Janeiro, o número mais baixo desde 2014. Segundo dados do Corpo de Polícia de Segurança Pública, no final de Agosto, a RAEM tinha 170.286 trabalhadores não-residentes, mais 2.844 do que no final de Julho e o valor mais elevado desde Dezembro de 2021.

As estatísticas, divulgadas pela Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais, revelam que Macau ganhou 18.408 não-residentes desde Janeiro, mês em que a mão-de-obra vinda do exterior caiu para menos de 152 mil, o número mais baixo desde Abril de 2014. A cidade tinha perdido quase 45.000 não-residentes (11,3 por cento da população activa) desde o pico máximo de 196.538, atingido em Dezembro de 2019, no início da pandemia.

O sector da hotelaria e restauração foi o que mais contratou desde Janeiro, ganhando quase nove mil trabalhadores não-residentes, seguido da construção civil (mais 4.068) e das empregadas domésticas (mais 1.830). A hotelaria e restauração tinha sido precisamente o sector mais atingido pela perda de mão-de-obra durante a pandemia, tendo despedido mais de 17.600 funcionários não-residentes desde Dezembro de 2019.

Falta de pessoal

O secretário para a Economia e Finanças de Macau, Lei Wai Nong, reconheceu a 3 de Fevereiro que os hotéis locais têm sentido falta de pessoal e garantiu que iria negociar com as empresas ligadas ao turismo para “resolver o problema com que o sector se está a deparar”.
Macau, que à semelhança da China seguia a política ‘zero covid’, anunciou em meados de Dezembro o cancelamento gradual da maioria das medidas de prevenção e contenção, depois de quase três anos de rigorosas restrições.

Com o alívio das medidas, a cidade registou nos primeiros oito meses deste ano 17,6 milhões de turistas, quatro vezes mais do que no mesmo período do ano passado, e a taxa de ocupação hoteleira foi de 80,9 por cento, o valor mais elevado desde o início da pandemia.
Macau reabriu as fronteiras a todos os estrangeiros, incluindo trabalhadores não-residentes, a partir de 8 de Janeiro, pondo fim a uma medida de prevenção e contenção da pandemia implementada há quase três anos.

9 Out 2023

DST | Governo acompanha situação em Israel

Apesar de até ontem não ter recebido qualquer pedido de informação ou assistência, a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) emitiu um comunicado a afirmar que “mantém-se atenta à situação em Israel e na Palestina”.

“Em simultâneo, a DST está em contacto com o Comissariado do Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China na Região Administrativa Especial de Macau e com os operadores turísticos, e a acompanhar o desenvolvimento da situação”, foi esclarecido.

No sábado, o grupo radical Hamas atacou Israel, num ataque surpresa, que causou mais de 300 mortos, com o disparo de milhares de mísseis e a invasão de território israelita. Além disso, houve vários reféns levados para Gaza. Como consequência, as forças israelitas bombardearam alvos do Hamas em Gaza no sábado, causando a morte de mais de 200 pessoas.

9 Out 2023

Zona A | Onze propostas para a construção de casas

A Direcção dos Serviços de Obras Públicas recebeu 11 propostas para no concurso público de Empreitada de Concepção e Construção de Habitação Pública no Lote B12 da Nova Zona de Aterro A. De acordo com a informação oficial, a obra deve começar entre Janeiro e Março do próximo ano e todas as propostas foram admitidas.

Os preços apresentados variam entre 959 milhões de patacas e mais de 972 milhões de patacas, com os prazo globais de concepção e construção propostos a variarem entre 1.035 dias de trabalho e 1.036 dias de trabalho.

O empreendimento tem uma área de implantação de 7.392 metros quadrados, o qual incluirá, a construção de cerca 805 fracções habitacionais, um parque de estacionamento público e de instalações comerciais e sociais.

Segundo as Obras Públicas, no empreendimento serão utilizados os elementos pré-fabricados e cofragens metálicas para a construção e foi solicitado ao empreiteiro que adquira betão na fábrica de betão estabelecida na Zona A, “de modo a aliviar a pressão de trânsito causada pela circulação dos veículos”.

9 Out 2023

Prémio Nobel da Literatura | Jon Fosse diz estar “surpreso, mas não muito”

O escritor norueguês Jon Fosse, galardoado ontem com o Prémio Nobel da Literatura, disse estar “surpreso, mas não muito” com o anúncio da Academia Sueca. “Fiquei surpreso quando eles ligaram, mas ao mesmo tempo não muito”, disse o escritor de 64 anos à emissora pública norueguesa NRK.

Jon Fosse, cujo nome como potencial galardoado com este prémio circulava há décadas, disse que estava “preparado”. “Tenho-me preparado, nos últimos 10 anos, cautelosamente para o facto de que isto poderia acontecer. Mas não esperava receber o prémio hoje, mesmo que houvesse uma hipótese”, disse Jon Fosse.

O escritor e dramaturgo, autor nomeadamente de “Rouge, noir” e “Rêve d’Automne” encenados em França por Patrice Chéreau, recebeu o telefonema da Academia Sueca enquanto conduzia perto de Bergen, na costa oeste da Noruega.

Com o nome regularmente presente nas previsões, a sua editora norueguesa Samlaget preparou um comunicado de imprensa antes do anúncio do Prémio Nobel da Literatura. “Estou emocionado e grato. Considero que este é um prémio para a literatura que pretende acima de tudo ser literatura, sem qualquer outra consideração”, lê-se no comunicado.

Fosse em português

A Academia Sueca reconheceu Jon Fosse “pelas suas peças inovadoras e prosa que deram voz ao indizível”, citando “Septologian”, um romance em sete capítulos e três volumes, ainda não traduzido.

Em Portugal, múltiplas das suas obras estão publicadas, com destaque para o trabalho feito pelos Artistas Unidos, que desde 2000 encenam as suas peças, a começar com “Vai Vir Alguém”, levada ao palco por Solveig Nordlund. Nos Livrinhos de Teatro, dos Artistas Unidos e da editora Cotovia, estão publicadas “A Noite Canta os seus Cantos”, “Inverno”, “Lilás”, “Conferência de Imprensa e Outras Aldrabices”, e “Sou o Vento/Sono/O Homem da Guitarra”.

Entre outras edições, a Cavalo de Ferro tem vindo a publicar a prosa de Fosse, com destaque para “Trilogia” (2022) e “Septologia I-II” (2022). O Nobel da Literatura é um prémio concedido anualmente, desde 1901, pela Academia Sueca a autores que fizeram notáveis contribuições ao campo da literatura, e tem um valor pecuniário superior a 900 mil euros.

6 Out 2023

China e Brasil fazem negócios em moedas locais pela primeira vez

A China e o Brasil concluíram um acordo comercial nas suas moedas locais pela primeira vez, com transacções financiadas e liquidadas em renminbi (RMB) e convertidas diretamente em reais, de acordo com o Banco da China Brasil SA.

A transacção foi uma exportação de celulose de 43 caixas da Eldorado Brasil, uma das empresas líderes no sector de celulose brasileiro, transportada em Agosto do porto brasileiro de Santos para o porto de Qingdao, na China. As transacções financeiras foram realizadas ao longo do mês seguinte e concluídas em moeda brasileira em 28 de setembro.

A empresa brasileira concordou que uma empresa chinesa de importação adoptasse o yuan como moeda nominal do contrato em Agosto e nomeou o Banco Central do Brasil como o banco recebedor para testar a liquidação. O banco recebeu uma carta de crédito diferida em RMB emitida pela importadora e, posteriormente, a empresa brasileira foi informada, após a auditoria dos documentos de carga e cartas de crédito, ter sido concluída. A transacção ocorreu após a assinatura de um memorando de entendimento sobre a cooperação entre os dois governos para promover o comércio em moedas locais, em Abril.

Primeiro ou talvez não

A Eldorado Brasil, que em 2022 teve lucro de R$ 3,53 mil milhões (cerca de 5,4 mil milhões de patacas), embarcou no dia 26 de agosto 43 contentores de celulose no Porto de Santos com destino ao Porto de Qingdao, na China. Em Fevereiro deste ano teria havido uma transação pioneira entre outras empresas brasileiras e chinesas, segundo o Banco Industrial e Comercial da China (ICBC), mas os participantes não foram divulgados. Desta vez, contudo, os negócios fecharam um ciclo completo em yuan e real. Segundo a agência China News Service, a transação foi de ponta a ponta, envolvendo precificação, liquidação, financiamento e câmbio direto em renmimbi.

No caminho de Lula

A possibilidade de realizar transações em renmimbi, nome oficial da moeda chinesa, mais conhecida como yuan, é uma prática em vários países – até os EUA têm uma câmara de compensação – mas, no Brasil, ganhou contornos mais fortes de disputa geopolítica considerando as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que vem defendendo uma moeda própria para o comércio das nações que compõem o Brics, sempre confrontando o dólar: “por que todos os países estão obrigados a fazer seu comércio lastreado no dólar? Por que não podemos fazer nosso comércio lastreado na nossa moeda?”. Recentemente, em agosto, Lula sugeriu que o comércio entre Brasil e Argentina poderia adotar o yuan, em vez do dólar, para ajudar o país vizinho, que passa por uma severa crise financeira.

Eldorado diz que operação foi um teste

Em nota, a Eldorado confirmou o primeiro embarque de celulose negociado em moeda chinesa. O país asiático é principal cliente da companhia, destino de 40% das exportações. Segundo o director-financeiro da Eldorado, Fernando Storchi, a operação “contou com apoio do Bank of China, serve de teste e pode abrir acesso a novas linhas de crédito no mercado chinês”.

O Banco Industrial e Comercial da China no Brasil (ICBC) fez o desconto das cartas de crédito em yuan para a Eldorado, que pôde converter instantaneamente os valores para reais. O memorando de cooperação para promover o comércio em moedas locais tinha sido assinado em abril deste ano, durante visita do presidente Lula a Pequim.

Disputas geopolíticas à parte, o consultor em negócios asiáticos Sérgio Quadros, da SQ Asia Business Consulting, observa que a transação directa em reais e yuans “queima” a etapa de conversão ao dólar, e, ao fazer isso, implica em redução de custos na taxa de câmbio e despesas financeiras. Quadros morou dez anos na China e foi responsável pela instalação e abertura da primeira agência do Banco do Brasil no país asiático. “Isso com certeza vai ter um impacto positivo no aumento do comércio entre o Brasil e a China. Porque as empresas vão diminuir a necessidade de ter acesso obrigatório a linhas de crédito em dólar, podendo usar somente sua moeda local. Você não está substituindo o dólar pelo yuan. O dólar vai continuar sendo moeda forte e hegemónica por muito tempo. Podemos aumentar o comércio com a China usando uma facilidade da moeda chinesa, assim como usamos o euro nas exportações para a Europa e o iene nas transações com o Japão. Não significa que 100% das exportações para a China serão em yuan”, sublinha.

Do ponto de vista geopolítico, a consolidação de um canal de comércio em yuan e real pode ser uma espécie de “vacina” contra eventuais sanções nas disputas internacionais. “Imagine se surge um atrito entre os países em que as transacções da China sofram sanções, como ficaria o comércio do Brasil?”, indaga Quadros. Tal cenário de sanções não é sem sentido, diante das tensões diplomáticas e militares entre China e Estados Unidos.

A Eldorado Brasil tem como seu principal acionista a J&F, dos irmãos Wesley e Joesley Batista, que controla também a maior empresa de carnes do mundo, a JBS.

6 Out 2023

Tailândia | Polícia detém duas pessoas ligadas a tiroteio em centro comercial

A polícia da Tailândia anunciou ontem a detenção de mais duas pessoas alegadamente ligadas a um tiroteio, na terça-feira, num dos principais centros comerciais de Banguecoque, que resultou em duas mortes e cinco feridos.

As detenções foram feitas na noite de quarta-feira na cidade de Yala, no sul da Tailândia, e as autoridades emitiram também um mandado de captura para um terceiro suspeito, que estaria em Banguecoque, disse à agência de notícias EFE o diretor da polícia de Yala, Piyaphat Thongpanlertkul.

A polícia disse que os três suspeitos podem ser acusados de posse e modificação ilegal de armas e acredita que foram estes a vender a arma de plástico modificada para disparar balas verdadeiras que o atacante usou no tiroteio.

De acordo com uma investigação preliminar, o adolescente de 14 anos comprou através da Internet, em troca de 16 mil baht (cerca de 410 euros) a arma que usou no tiroteio no centro comercial Siam Paragon, um dos maiores e mais luxuosos da capital.

O adolescente, que está desde quarta-feira num centro de detenção juvenil, está acusado de cinco crimes, incluindo homicídio premeditado, tentativa de homicídio, pelo ataque que resultou na morte de duas mulheres, de nacionalidade chinesa e birmanesa.

De acordo com a autópsia, a turista chinesa de 34 anos morreu após levar um tiro no torso, enquanto uma trabalhadora birmanesa, de 30 anos, foi baleada três vezes. O ataque também deixou outras cinco pessoas feridas.

O chefe da polícia, Torsak Sukvimol, revelou que o adolescente tinha um historial de tratamento por doença psiquiátrica e, após a detenção, fez um relato incoerente das suas acções, alegando que vozes lhe tinham dito para realizar o ataque.

A violência armada não é invulgar na Tailândia, embora os tiroteios em massa sejam raros. Existem cerca de 10 armas por cada 100 pessoas no país, incluindo as ilegais, em contraste com menos de uma por cada 100 pessoas na vizinha Malásia, de acordo com o GunPolicy.org, um projeto da Universidade de Sydney, na Austrália.

O ataque armado de terça-feira ocorreu dias antes de os tailandeses assinalarem o aniversário do maior assassínio em massa perpetrado no país por um indivíduo: um ataque com arma de fogo e arma branca numa creche rural de uma província do nordeste que fez 36 mortos, a maioria dos quais crianças em idade pré-escolar, a 6 de outubro de 2022.

6 Out 2023

Hong Kong sobe para 2º lugar no ranking de inclusão financeira global

Hong Kong é o segundo mercado financeiramente mais inclusivo entre os 42 mercados analisados globalmente, subindo duas posições ano a ano, de acordo com um relatório divulgado nesta terça-feira.

Hong Kong continua a ser um dos mercados financeiramente mais inclusivos do mundo, com todos os três pilares de inclusão financeira entrando no top 10, de acordo com o Índice de Inclusão Financeira Global de 2023, divulgado pela gigante de gestão de investimentos Principal Financial Group.

O pilar de apoio do governo foi o que mais teve melhora significativa na condução do estado de inclusão financeira, subindo seis posições. Hong Kong continua em primeiro lugar em “conectividade online” e liderou o ranking de “níveis de alfabetização financeira”, subindo 17 posições. Em linha com o aumento dos rankings, Hong Kong viu uma melhora na percepção pública de inclusão financeira, com 89% dos entrevistados dizendo que se sentem incluídos financeiramente.

“Recuperando-se a toda velocidade dos impactos da COVID-19, Hong Kong continua sendo um forte líder regional na promoção da inclusão financeira”, disse Thomas Cheong, presidente da Principal Asia. O segundo maior mercado do ano passado, os Estados Unidos, caiu para o quarto.

O Índice de Inclusão Financeira Global classifica 42 mercados em três pilares de inclusão financeira – governo, sistema financeiro e apoio ao empregador – usando pontos de dados em fontes públicas e baseados em pesquisas. Esses pilares representam os principais atores responsáveis por promover a inclusão financeira de toda a população. O índice foi realizado em parceria com o Centro para Pesquisa Económica e Empresarial, uma das principais consultorias de economia do Reino Unido.

6 Out 2023

Semana Dourada | Fogo de artifício, viagem conveniente e ambiente confortável

O fluxo de passageiros de Zhuhai para a ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau atingiu os 141.000 entre sexta-feira e sábado, enquanto o fluxo de tráfego no porto de Zhuhai atingiu os 23.100 durante o mesmo período, à medida que a ponte inaugura o pico de viagens durante o Festival de Outono e os feriados do Dia Nacional deste ano, informou a emissora estatal CCTV no domingo.

Li Yao, uma residente de Pequim, disse que optou por viajar para Hong Kong e Macau para celebrar o quarto aniversário da sua filha durante a Semana Dourada. “A viagem é conveniente e o ambiente é confortável. Para além do espectáculo artístico nas Ruínas de S. Paulo em Macau, o espectáculo de fogo de artifício no Parque Vitória, no domingo, era o que mais aguardávamos”, disse.

Os dados mostram que o número de viajantes que chegaram e partiram de Macau atingiu quase 400.000 até à noite de sábado. Entretanto, espera-se que um total de um milhão de turistas da China continental visite Hong Kong durante os oito dias de férias que decorrem de 29 de Setembro a 6 de Outubro, noticiou no domingo o jornal Shenzhen Special Zone Daily. Cerca de 720 grupos de excursões da China continental deslocar-se-ão a Hong Kong.

Além disso, um grande número de viajantes de Hong Kong e Macau estão a visitar o continente durante as férias. De acordo com os dados divulgados pelo Departamento de Imigração de Hong Kong, um total de 256.200 viajantes do continente chegaram a Hong Kong através dos principais portos, incluindo Luohu e Shenzhen Bay, na sexta-feira e no sábado, com 551.900 residentes de Hong Kong a entrarem no continente através desses portos. Desde a reabertura da fronteira entre a China continental e Hong Kong e Macau, o sector do turismo nas duas regiões administrativas especiais continua a registar uma recuperação estável este ano.

A partir de 15 de Maio de 2023, a China retomou o programa nacional de autorizações de viagem de grupo para os residentes da China continental para Hong Kong e Macau.

6 Out 2023

Missão chinesa terminará estrutura básica de uma estação lunar em 2028

A missão de exploração lunar da China, Chang’e-8, está planeada para ser lançada por volta de 2028 e juntar-se-á à Chang’e-7 para formar a estrutura básica de uma estação de investigação lunar.

A missão Chang’e-8 tem por objectivo explorar e investigar múltiplos campos físicos lunares, perfis geológicos regionais, observações e investigação da Terra com base na Lua, análise de amostras lunares in situ e utilização de recursos, bem como pequenos ecossistemas terrestres fechados na superfície lunar. A estação de investigação lunar constituirá a estrutura básica de uma estação de investigação lunar, juntamente com a Chang’e-7.

O projecto de exploração lunar da China segue os princípios de “igualdade, benefício mútuo, utilização pacífica e cooperação vantajosa para todos” e está aberto à comunidade internacional. A CNSA dá “as boas-vindas aos países e às organizações internacionais para participarem, envolverem-se na cooperação ao nível da missão, do sistema e da unidade, alcançarem em conjunto novas descobertas científicas significativas e contribuírem para a construção de um futuro partilhado para a humanidade”.

A cooperação internacional para a missão Chang’e-8 dará prioridade a tarefas que envolvam “interacções” entre naves espaciais, exploração conjunta, robôs da superfície lunar com capacidades operacionais básicas, cargas científicas complementares e projectos inovadores de cooperação científica.

O módulo de aterragem da Chang’e-8 oferece 200 quilogramas de recursos de carga útil, com uma massa de módulo independente não superior a 100 quilogramas, que pode ser utilizada para projectos de cooperação a nível de sistema e a nível de unidade. O prazo para a apresentação de cartas de intenção para projectos de cooperação internacional para a missão Chang’e-8 termina a 31 de Dezembro de 2023. A selecção preliminar está programada para ser concluída em Abril de 2024, com a confirmação da selecção final em Setembro do mesmo ano.

Para além da Chang’e-8, o programa de exploração lunar da China inclui a Chang’e-7, cujo lançamento está previsto para 2026, com a missão principal de procurar indícios de água lunar na região do pólo sul lunar, segundo o documento.

A missão lunar Chang’e-6, que tem como objetivo recolher amostras do lado mais afastado da Lua, também está a progredir de acordo com o calendário e o seu lançamento está previsto para 2024.

Esta missão irá explorar o terreno lunar relativamente mais antigo do lado mais afastado da Lua, incluindo a Bacia de Aitken, uma das três maiores bacias da Lua, o que a torna cientificamente valiosa. A área de aterragem preliminar da Chang’e-6 está localizada na região do Pólo Sul lunar – Bacia de Aitken. Para reforçar a cooperação internacional, a Chang’e-6 transportará cargas úteis e projectos de satélites de países e regiões como a França, a Agência Espacial Europeia, a Itália e o Paquistão.

6 Out 2023

Fórum de cooperação Trans-Himalaias realizado no Tibete

O Ministro dos Negócios Estrangeiros chinês incitou os vizinhos dos Himalaias a respeitarem a “integridade territorial” num fórum perto da fronteira com a Índia.

O ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, incentivou os países dos Himalaias a reforçarem a sua cooperação em matéria de ambiente e a respeitarem a “integridade territorial”, ao receber diplomatas perto da fronteira com a Índia. Wang Yi fez estes comentários ontem, quinta-feira, durante um fórum internacional sobre a cooperação regional trans-himalaia, na região autónoma chinesa do Tibete. O evento contou com a presença de funcionários de mais de uma dúzia de países, incluindo vários que partilham uma fronteira com a China.

Mas a Índia esteve notoriamente ausente. A cidade anfitriã do fórum, Nyingchi, fica a 160 km da área disputada de Arunachal Pradesh, onde Nova Deli e Pequim têm reivindicações concorrentes. Não se sabe se a Índia foi convidada, mas não participou igualmente em fóruns anteriores em 2018 e 2019.

Apelos ao respeito mútuo

Durante o seu discurso de abertura do fórum, Wang apelou aos países da região para respeitarem o território uns dos outros para garantir a estabilidade, a prosperidade e o desenvolvimento sustentável. “Devemos aderir ao respeito e à confiança mútuos e salvaguardar conjuntamente a unidade regional e a confiança mútua”, afirmou.

“Devemos respeitar a soberania e a integridade territorial uns dos outros, não interferir nos assuntos internos uns dos outros, apoiar-nos mutuamente em questões que envolvam os interesses fundamentais uns dos outros, insistir na resolução de diferenças através do diálogo e da consulta e trabalhar em conjunto para construir uma grande família de unidade em torno dos Himalaias”, reforçou o MNE chinês.

Wang apelou igualmente ao reforço da cooperação em matéria de desenvolvimento ecológico, citando os resultados alcançados no passado, incluindo os acordos ambientais com a Índia, o Paquistão, o Sri Lanka e o Nepal, bem como um memorando de entendimento sobre a cooperação ecológica com o primeiro-ministro nepalês, Pushpa Kamal Dahal, durante a sua visita à China na semana passada, e prometeu que a China formaria profissionais para o Centro de Investigação sobre a Biodiversidade do Sudeste Asiático em Myanmar e para um centro de cooperação para a prevenção e o controlo da desertificação na Mongólia.

Itália não sabe se fica

Entre os participantes no fórum contam-se o Paquistão, o Nepal, o Sri Lanka, Myanmar e a Mongólia, países que aderiram à iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota” e que se encontram entre os principais beneficiários do plano, que este ano assinala o seu décimo aniversário.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros em exercício do Afeganistão, Mawlawi Amir Khan Mutaqi, também esteve presente, marcando a segunda vez que um responsável dos Talibãs participa numa reunião regional, após a reunião de Moscovo, realizada na Rússia na semana passada. De acordo com os meios de comunicação social afegãos, Mutaqi deveria encontrar-se com Wang à margem do fórum para debater a agenda de desenvolvimento do seu país.

Segundo a China News, outros países membros da iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”, como o Chile, Quénia e Itália, também enviaram representantes ao fórum. Roma continua indecisa sobre se vai abandonar a iniciativa, uma vez que o memorando de entendimento que assinou com Pequim em 2018 expira em Março.

6 Out 2023

Governo | Sede aberta ao público a 21 e 22 de Outubro

A Sede do Governo vai estar aberta ao público nos dias 21 e 22 de Outubro, entre as 09h e as 18h. O anúncio foi feito ontem pelo Gabinete de Comunicação Social (GCS).

“Os residentes e turistas, para além de visitarem as instalações e observarem a ornamentação, podem ainda apreciar os arranjos florais e assistir a uma série de espectáculos”, foi revelado.

“O tema da exposição de flores deste ano será Festival de Gastronomia de Macau, utilizando o cravo como flor temática para demonstrar a gastronomia de Macau com as características oriental e ocidental, a fim de promover a cultura e tradição nesta área”, foi acrescentado. Esta vai ser a primeira vez que o edifício na Avenida da Praia Grande vai abrir as portas ao público desde 2020.

6 Out 2023

Semana Dourada | Detectadas 15 infracções de taxistas

Dados do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) mostram que no período da semana dourada foram detectadas 15 infracções cometidas por taxistas.

Os dados, noticiados pelo canal chinês da Rádio Macau, mostram que dez infracções dizem respeito à recusa de transporte, três estiveram relacionados com a negociação de tarifas e apenas dois casos disseram respeito a discussões sobre o preço cobrado pelo taxista.

O CPSP encaminhou ainda 14 casos à Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego em que seis se relacionam com os rádiotáxis por não respeitarem pedidos de recolha de passageiros, enquanto oito dizem respeito a situações de falta de respeito para com os passageiros. O CPSP detectou ainda a circulação de oito táxis ilegais durante o período em análise.

6 Out 2023

Jogo | Macau Legend abandona projecto para hotel-casino em Cabo Verde

Com as obras do hotel Djeu-Praia por terminar, o presidente e director executivo da Macau Legend Development, Li Chu Kwan, confessou que até 2025 a empresa vai abandonar o projecto em Cabo Verde e as operações no Camboja

 

O presidente e director executivo da Macau Legend Development anunciou que a operadora de jogo decidiu abandonar o projecto para um hotel-casino no ilhéu de Santa Maria, na capital de Cabo Verde, Praia. Numa entrevista à televisão de Hong Kong TVB, transmitida na noite de quarta-feira, Li Chu Kwan disse que a Macau Legend pretende encerrar as operações tanto em Cabo Verde como no Camboja até 2025.

O executivo justificou o abandono do hotel-casino em Cabo Verde com a vontade da empresa, fundada pelo empresário David Chow, de reduzir o investimento no jogo e apostar em projectos ligados ao entretenimento e turismo de iates. No passado mês de Junho, a Macau Legend anunciou planos para vender o empreendimento integrado de jogo Savan Legend, em Savannakhet, no Laos, junto à fronteira com a Tailândia, por 45 milhões de dólares.

Em 2015, David Chow assinou com o Governo cabo-verdiano um acordo para a construção do empreendimento no ilhéu de Santa Maria, tendo sido lançada a primeira pedra do projecto em Fevereiro de 2016. O projecto envolvia o maior empreendimento turístico de Cabo Verde, com um investimento global previsto de 250 milhões de euros – cerca de 15 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) cabo-verdiano.

O plano envolvia a construção de uma estância turística com uma área de 152.700 metros quadrados, um hotel com ‘boutique casino’, de 250 quartos, que já foi construído, mas está fechado, uma piscina, várias instalações para restaurantes e bares, além de uma marina. Mas o projecto sofreu sucessivos adiamentos. A Macau Legend anunciou em Março de 2020 que previa inaugurar no final de 2021 o hotel-casino na cidade da Praia, depois de em 2019 ter previsto a conclusão da obra para final do ano seguinte.

Obras paradas

Em Dezembro, o presidente da Cabo Verde TradeInvest, José Almada Dias, disse à Lusa que a Macau Legend tinha prometido apresentar em breve um plano para retomar as obras, paradas há vários anos.

A empresa recebeu uma licença de 25 anos do Governo de Cabo Verde, 15 dos quais em regime de exclusividade na ilha de Santiago. Esta concessão de jogo custou à CV Entertaiment Co., subsidiária da Macau Legend, o equivalente a cerca de 1,2 milhões de euros. A Macau Legend recebeu também uma licença especial para explorar, em exclusividade, jogo ‘online’ em todo o país e o mercado de apostas desportivas durante dez anos.

A relação entre David Chow e o Governo de Cabo Verde vinha a degradar-se desde o final do ano passado, quando foi tornado público que o Executivo do país africano aguardava há meses esclarecimentos sobre o andamento dos trabalhos do casino que estavam parados.

Também em Janeiro deste ano, David Chow abandonou a posição de Cônsul Honorário de Cabo Verde em Macau e, de acordo com a informação veiculada pelo jornal A Nação, teria igualmente encerrado o espaço onde funcionava o consulado. Actualmente, Cabo Verde tem apenas um casino em funcionamento, o Casino Royal, em Santa Maria, no Sal, que abriu portas em Dezembro de 2016, após um investimento de quase cinco milhões de euros.

Adeus concessão

O Governo de Cabo Verde vai reverter a concessão do projecto para um hotel-casino na cidade da Praia, após abandono do grupo Macau Legend Development, e depois procurar outro destino para o investimento, anunciou ontem o primeiro-ministro.

“Primeiro temos que reverter a concessão. Esta é uma concessão de exploração e de investimentos. Havia já algum tempo indicação de que haveria problemas do lado do investidor, a sua capacidade de concluir o projecto”, afirmou Ulisses Correia e Silva, na cidade da Praia.

“Agora vamos fazer as partes que têm a ver com todo o suporte jurídico para fazer a concessão e depois ver que destino dar a esse investimento, que não pode ficar assim como está”, completou. Segundo o primeiro-ministro, o grupo, fundado pelo empresário David Chow, alegou problemas financeiros e de organização accionista para desistir do projecto. O Governo vai agora retomar a ocupação feita em regime de concessão e criar condições para que surjam novos projectos no local.

6 Out 2023

“Koinu” | Possibilidade “moderada” de sinal 3 esta madrugada

Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) consideram “moderada” a possibilidade de vir a ser içado o sinal 3 de tempestade tropical amanhã, ou seja, entre a madrugada e a manhã de sábado, devido à deslocação do tufão “Koinu” em direcção à costa leste de Guangdong.

Prevê-se que o “Koinu”, “durante o fim-de-semana e início da próxima semana, se desloque ainda mais para oeste, perto da foz do Rio das Pérolas”. Contudo, “é esperado que o sistema enfraqueça progressivamente, devido à influência de uma monção de nordeste”.

Os SMG apontam que o “enfraquecimento do sistema tropical pode ser lento, havendo a hipótese de se aproximar mais do Estuário do Rio das Pérolas, uma vez que, ainda existem incertezas quanto à sua intensidade e trajectória”. O sinal 1 de tempestade está içado desde ontem, esperando-se hoje tempo quente, assim como aguaceiros e vento para os próximos dias.

6 Out 2023

Quadros Qualificados | Macau aposta em especialistas de finanças

Os critérios de dois programas para recrutar quadros qualificados no sector das finanças foram revelados ontem no Boletim Oficial. Parte dos critérios valorizam o conhecimento da língua portuguesa

 

O Governo anunciou ontem dois programas para captar “quadros altamente qualificados” e “profissionais de nível avançado” do sector financeiro, cujos critérios valorizam o conhecimento da língua portuguesa.

De acordo com os despachos do Chefe do Executivo, publicados no Boletim Oficial, os programas, que entram hoje em vigor, têm como objectivo “impulsionar o desenvolvimento das indústrias chave”. Nos despachos, Ho Iat Seng defendeu que o sector financeiro é “necessário à diversificação adequada da economia”, que há décadas é altamente dependente do turismo e dos casinos.

Os programas apontam para o desenvolvimento de áreas como os produtos financeiros sustentáveis e aplicações de tecnologia financeira, incluindo redes de pagamento globais e móveis, cibersegurança e ‘blockchain’.

A ‘blockchain’ é um registo descentralizado de transações, uma base de dados digital, uma tecnologia subjacente à Bitcoin e a outras criptomoedas, mas que possui o potencial para suportar uma grande variedade de negócios.

Os candidatos aos programas têm de possuir pelo menos uma licenciatura, 21 anos ou mais e obter pelo menos 200 pontos numa lista de critérios que inclui a experiência profissional e as competências linguísticas. Um candidato pode obter até 10 pontos se “possuir boa capacidade de expressão em duas línguas de entre o chinês, português ou inglês”, de acordo com os critérios dos dois programas.

Aposta no Nobel

Os dois programas surgem no âmbito de uma lei, que entrou em vigor a 1 de Julho, e que procura captar para Macau quadros qualificados, entre eles Prémio Nobel, nomeadamente com benefícios fiscais.

Os quadros qualificados poderão gozar de isenção do imposto do selo sobre a transmissão de bens ou sobre aquisição de bens imóveis destinado ao exercício de actividade própria, assim como isenção da contribuição predial urbana.

Além disso, terão isenção do pagamento do imposto complementar de rendimentos, assim como benefícios para efeitos do imposto profissional, caso sejam contratados por empresas locais.

Os primeiros programas a serem implementados no âmbito desta lei, a 1 de Setembro, pretendiam captar peritos em tecnologia de ponta, incluindo inteligência artificial, novas energias, robótica, Internet das coisas, cibersegurança e realidade virtual e aumentada.

O Governo de Macau definiu como aposta para os próximos anos o investimento em indústrias que podem absorver quadros qualificados, como é o caso do sector financeiro e das áreas de investigação e desenvolvimento científico e tecnológico.

O plano de diversificação da economia de Macau até 2028 prevê uma aposta nos serviços comerciais e financeiros entre a China e os países de língua portuguesa. O plano “está praticamente concluído” e “será anunciado oficialmente muito em breve”, disse o chefe do Executivo, no domingo.

6 Out 2023

Função Pública | Deputados concordam com subida salarial

Os deputados Lei Chan U, Ngan Iek Hang e Lo Choi In disseram ao jornal Ou Mun concordar com a subida dos salários na Função Pública já anunciada pelo Chefe do Executivo, Ho Iat Seng.

Lei Chan U, ligado à Federação das Associações dos Operários de Macau, espera que a Comissão de Avaliação das Remunerações dos Trabalhadores da Função Pública ouça as opiniões das associações de funcionários públicos sobre esta matéria, a fim de assegurar um maior poder de compra dos trabalhadores e assegurar a competição salarial.

Lei Chan U lembrou que a Federação das Associações dos Trabalhadores da Função Pública de Macau sugeriu um aumento entre 3 e 5 patacas por cada índice da tabela salarial, o que representa uma subida de 3,3 a 3,5 por cento.

Em declarações ao jornal Ou Mun, o deputado também defende o aumento salarial no sector privado, caso as empresas tenham condições para tal, de forma a permitir que os residentes resistam à inflação e os impactos causados pela subida das taxas de juro dos empréstimos bancários.

Por sua vez, Ngan Iek Hang pediu a atenção do Governo para com os funcionários públicos de base, porque as suas remunerações não são elevadas e o aumento salarial é limitado para um combate eficaz da inflação. O deputado ligado à União Geral das Associações de Moradores sugeriu um aumento dos subsídios e benefícios para este grupo de trabalhadores.

Por seu turno, a deputada Lo Choi In entende que não há uma relação causa-efeito entre a subida salarial na Função Pública e os aumentos remuneratórios no privado, ao contrário do que pensam muitos residentes. Assim, a deputada pede que voltem a ser injectadas as sete mil patacas nas contas individuais do Fundo de Previdência Central e aumentadas as pensões de idosos.

6 Out 2023

Macau Renovação Urbana | Recursos humanos preocupam

A deputada Song Pek Kei questiona se a Macau Renovação Urbana (MRU), empresa responsável pela reconstrução de sete blocos de apartamentos degradados no bairro do Iao Hon, tem recursos humanos suficientes.

Segundo o jornal Ou Mun, a deputada lembra que, além dos projectos de renovação no Iao Hon, a empresa também é responsável pela edificação do Novo Bairro de Macau em Hengqin e ainda pelas casas destinadas ao alojamento temporário e à política de habitação para troca.

Song Pek Kei destaca algumas fragilidades do projecto de reconstrução do Iao Hon, porque dois anos depois do relatório elaborado pela MRU sobre os sete blocos habitacionais, apenas quatro têm assembleia de condóminos formada com o apoio da empresa. Além disso, a deputada lembrou que a taxa de participação dos donos das casas é de apenas 20 por cento, sobrando ainda um longo caminho para se atingir os 80 por cento exigidos por lei para aprovar as reconstruções.

6 Out 2023

Crise de crescimento é oportunidade para qualificar trabalhadores

Numa conferência no Porto, o vice-director do Instituto de Economia Mundial da Academia Chinesa de Ciências Sociais, Zhang Bin, defendeu que o arrefecimento da economia chinesa é uma oportunidade para qualificar a mão-de-obra. Zhang Bin admitiu que, nos últimos 10 anos, a economia cresceu a níveis inferiores ao de décadas anteriores, mas “esta situação deve ser olhada de forma positiva, como uma oportunidade para mais investimento e para acumular conhecimento”.

“Este é o momento para a China apostar em investir nas suas infraestruturas e no capital humano intensivo”, defendeu o investigador da Academia Chinesa de Ciências Sociais, num painel da IV conferência internacional de cooperação Portugal-China, que se realizou no Porto, assinalando os 10 anos do lançamento da Nova Rota da Seda e a parceria estratégica Europa-China 20, colocando como objetivo contribuir para o “abrandamento da tensão entre a Europa e a China”.

Zhang recusou-se a atribuir a alteração estrutural no ritmo de crescimento económico chinês a fatores que, disse, muitas vezes são apontados nos ‘media’ internacionais, em particular o aparecimento de uma ‘bolha’ imobiliária de elevado nível de risco ou o aumento exponencial da dívida pública da China.

“As razões devem ser procuradas noutro lugar. Desde logo no arrefecimento da procura interna e externa, que afetou os níveis de produção e de exportação dos principais setores da economia chinesa. Mas, também devem ser procuradas na falta de capital humano intensivo”, explicou o professor do Instituto de Economia Mundial e Política.

O investigador defendeu que este momento de arrefecimento da economia chinesa deve ser olhado não como uma crise, mas como uma oportunidade, lembrando que nos últimos anos a China passou a fazer uma aposta na qualidade dos seus produtos e por acumular conhecimento para prosseguir essa trajetória de qualificação.

“Este não é o momento para procurar mais expansão. Este é o momento para investir e para acumular ‘know how’”, disse Zhang, referindo-se às possibilidades de alargamento de zonas de influência comercial propiciados pela Nova Rota da Seda, que devem ser aproveitadas para aprender com outros sistemas, mais do que para serem vistos como novos mercados.

O vice-director do Instituto de Economia Mundial e Política assinalou ainda que, quando se compara o arrefecimento da economia chinesa com o comportamento das economias de países desenvolvidos, é possível perceber a falta de procura externa. Apesar da sua perspectiva otimista sobre o desempenho da economia chinesa, Zhang Bin mostrou-se preocupado com o aumento de desemprego na China, decorrente do arrefecimento da produção. “Mais uma razão para se aproveitar este momento para qualificar a mão de obra na China”, disse o investigador.

A conferência foi uma iniciativa da Câmara de Cooperação e Desenvolvimento de Portugal-China (CCDPC), da União de Associações de Cooperação e Amizade Portugal-China e do Observatório da China, tendo como co-anfitriões o Grupo Parlamentar de Amizade Portugal-China, e realizou-se no auditório da Fundação Manuel António da Mota, no Porto.

4 Out 2023

5G | Câmara luso-chinesa considera “preocupante” impacto da exclusão da Huawei

A Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa (CCILC) considerou na segunda-feira “preocupante o impacto que a exclusão de fornecedores como a Huawei” pode ter no desenvolvimento de Portugal e questionam a “razoabilidade” da decisão, que vai além do que é recomendado pela União Europeia.

A direção e o Conselho Estratégico da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa reuniram-se na segunda-feira para debater a deliberação da Comissão de Avaliação de Segurança (CAS), datada de maio, sobre o “alto risco para a segurança das redes e de serviços 5G do uso de equipamentos de fornecedores que, entre outros critérios, sejam de fora da UE, NATO ou OCDE e que o ordenamento jurídico do país em que está domiciliado ou ligado permita que o Governo exerça controlo, interferência ou pressão sobre as suas atividades a operar em países terceiros”.

A deliberação não refere nomes de empresas ou de países, mas o certo é que o caso da Huawei surge na memória, nomeadamente porque a tecnológica chinesa foi banida das redes 5G em outros países europeus.

Para a CCILC “esta deliberação ignora o papel dos fabricantes com origem na China como líderes no desenvolvimento e produção de equipamentos e serviços de 5G, essenciais para a digitalização e competitividade tecnológica de Portugal” e “entre as preocupações partilhadas pelos participantes da conversa está a razoabilidade da decisão portuguesa, que aparenta ser mais redutora do que a generalidade dos Estados-membros da União Europeia”, lê-se no comunicado da Câmara de Comércio.

Europa não pede exclusão total

“Em causa as declarações do comissário europeu do Mercado Interno, Thierry Breton, num encontro com a imprensa europeia em Bruxelas no início de setembro onde referiu [que] ‘a Huawei tem algumas partes de equipamento que não têm qualquer problema, mas outras podem ter algum problema e cabe aos Estados-membros decidir'”, aponta a CCILC, questionando, a este propósito, que “se há partes de equipamento que não têm qualquer problema, porque é que o país quer optar pela exclusão total”.

Na reunião de segunda-feira foi também abordada a consequência da decisão “relativamente à reputação de Portugal, no que se refere à atracção de potenciais investidores estrangeiros, aos custos agravados para operadores e consumidores, e ao possível atraso de Portugal no caminho da digitalização”.

Além disso, “o Conselho Estratégico da CCILC foi vocal na convicção de que ‘Portugal não está a defender os seus interesses quando cede a pressões externas’, sendo peremptório quanto à causa da posição portuguesa”, ou seja, “quando a discussão não é técnica como devia ser, outras razões se apontam, nomeadamente de ordem política”. Contudo, “é importante olhar para os interesses de Portugal que estão em jogo”, alerta o Conselho Estratégico da CCILC.

A Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa afirma ainda que “a decisão do Governo português está a ter repercussão a nível mundial”. Esta “é uma situação de extremo embaraço e com custos muito elevados para os operadores” e “terá sido esta uma das razões que levou outros países da União Europeia a tomar medidas mais brandas do que a tomada por Portugal”, lê-se no documento.

“A promoção e proteção dos interesses e das melhores condições para a resolução de problemas que auxiliem o desenvolvimento dos negócios bilaterais, entre Portugal e a China, são a missão central da ação da CCILC, pelo que esta discussão visou contribuir para a preservação da relação de amizade de mais de cinco séculos entre os dois países e todas as ligações que daí advêm”, remata a entidade.

No início de setembro foi conhecido que a Huawei Portugal tinha entrado com uma acção administrativa contra a deliberação, com o objectivo de salvaguardar os seus direitos legais. Na altura, o Gabinete Nacional de Segurança (GNS) e o Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) referiram que a deliberação da CAS zela pela utilização segura das redes.

“As deliberações tomadas pela CAS, que têm como destinatários os operadores nacionais de telecomunicações, zelam pela utilização segura das redes de comunicações electrónicas nacionais, procurando mitigar as ameaças e riscos sobre as mesmas, para que se possa implementar e usar, de forma segura, a nova tecnologia de comunicações móveis 5G, que deverá ser escrutinável, transparente e confiável para o Estado, para os cidadãos e para as empresas”, afirmaram, no início do mês, o GNS e o CNCS.

4 Out 2023

Turismo | Estrangeiros podem visitar sul da China sem visto em excursão

A China anunciou a isenção de visto para estrangeiros que visitem, em excursões de grupo, nove cidades da província de Guangdong, no sul do país, durante até seis dias, a partir de Macau ou Hong Kong. De acordo com novas diretrizes da Administração Nacional de Imigração (NIA, na sigla em inglês) e do Ministério de Segurança Pública chineses, a isenção abrange estrangeiros “de países que tenham relações diplomáticas com a China”, uma lista que inclui todos os países lusófonos. São Tomé e Príncipe foi o último país de língua portuguesa a estabelecer, em 2016, relações com a China, rompendo laços com Taiwan, que actualmente apenas tem 13 aliados diplomáticos.

As novas directrizes, divulgadas pela autarquia de Shenzhen, cidade que faz fronteira com Hong Kong, concede isenção de visto por um período máximo de 144 horas, ou seis dias, para os detentores de passaportes ordinários estrangeiros. De acordo com uma publicação na rede social chinesa WeChat, para obter a isenção os estrangeiros têm de entrar e sair da China continental integrados em excursões com pelo menos duas pessoas, organizadas por agências de viagens de Macau ou Hong Kong.

A isenção permite aos estrangeiros visitar a cidade de Shantou, assim como nove cidades que fazem parte da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau: a capital da província, Guangzhou, Foshan, Zhaoqing, Shenzhen, Dongguan, Huizhou, Zhuhai, Zhongshan e Jiangmen.

Em março, o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês anunciou a retoma da concessão de vistos a turistas estrangeiros, após quase três anos de suspensão na sequência da pandemia de covid-19. O anúncio incluiu o regresso da política de permanência sem visto durante 15 dias para todos os grupos de estrangeiros que entrem na cidade de Xangai, no leste da China, num navio de cruzeiro.

Outra política também retomada em março foi a isenção de visto para estrangeiros de 59 países – incluindo Portugal e Brasil – que visitem a ilha de Hainão, no sudoeste da China, onde podem ficar até 30 dias.

Cerca de 168 milhões de pessoas atravessaram as fronteiras da China na primeira metade do ano, cerca de 49% do valor registado no período equivalente em 2019, de acordo com dados da NIA. Xangai, um dos principais destinos turísticos na China, recebeu cerca de 756 mil visitantes estrangeiros, no primeiro semestre de 2023, o que corresponde a 22% do número de visitas registado em 2019, revelou o China Daily.

4 Out 2023

União Europeia abre investigação à China por apoios aos carros eléctricos

Apoios e linhas de crédito de bancos estatais para empresas que produzem carros eléctricos são, no entender da EU, ilegais. Pequim responde: “o inquérito baseia-se em suposições subjectivas, carece de provas suficientes e é contrário às regras da OMC”.

A Comissão Europeia abriu ontem formalmente uma investigação à China por alegadas ajudas “ilegais”, como auxílios directos e créditos, no sector sensível e com importância estratégica dos carros eléctricos, com Bruxelas a salientar ter provas suficientes contra Pequim.

A informação foi publicada ontem no Jornal Oficial da União Europeia (UE), cerca de três semanas após o anúncio da instituição, indicando a Comissão Europeia que, “por sua própria iniciativa”, inicia uma investigação “com base no facto de as importações de novos veículos eléctricos a bateria, concebidos para o transporte de passageiros, originários da República Popular da China estarem a ser objecto de subvenções, causando assim prejuízo à indústria da União”.

“Após uma análise aprofundada da recente evolução do mercado e tendo em conta a natureza sensível do sector dos veículos elétricos e a sua importância estratégica para a economia da UE em termos de inovação, valor acrescentado e emprego, a Comissão obteve informações sobre o mercado a partir de várias fontes independentes”, que “indiciam a existência de práticas de subvenção ilegais”, acrescenta Bruxelas na argumentação.

O executivo comunitário garante ainda ter “prova suficientes de que as importações do produto objecto de inquérito, originário da República Popular da China, beneficiaram de subvenções passíveis de medidas de compensação concedidas pelo governo”, o que levou ao rápido crescimento das marcas chinesas no mercado europeu. Em concreto, a Comissão Europeia adianta ter provas de diversos auxílios directos, empréstimos, créditos à exportação e linhas de crédito concedidos por bancos estatais ou ainda benefícios fiscais.

O inquérito abrange alegadas práticas ilegais entre 1 de outubro de 2022 e 30 de setembro de 2023. Bruxelas avisa ainda Pequim de que “caso uma parte interessada recuse o acesso às informações necessárias, não as faculte no prazo estabelecido ou impeça de forma significativa a realização do inquérito, podem ser estabelecidas conclusões provisórias ou definitivas, positivas ou negativas, com base nos dados disponíveis”.

Segundo dados da Comissão Europeia, os carros elétricos chineses, que entraram recentemente na UE, já representam 8% do mercado total, sendo 20% mais baratos face à concorrência europeia. A dimensão do mercado chinês e fortes apoios estatais propiciaram a ascensão de marcas locais, incluindo a BYD, NIO ou Xpeng.

A resposta de Pequim

O governo de Pequim foi lesto na resposta: “O inquérito anti-subvenções da UE sobre os veículos de nova energia nova (VNE) chineses baseia-se em suposições subjectivas, carece de provas suficientes e é contrário às regras da OMC”, afirmou o Ministério do Comércio da China (MOFCOM) na quarta-feira, em resposta à decisão da UE de realizar o inquérito. “Manifestamos uma forte insatisfação e uma firme oposição à decisão da EU”, afirmou o MOFCOM numa declaração publicada na quarta-feira.

“A China acompanhará de perto o procedimento de investigação da Europa e salvaguardará firmemente os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas”, afirmou o MOFCOM. “A UE exige negociações com a parte chinesa num prazo extremamente curto e não forneceu materiais efectivos para a negociação, o que infringiu gravemente os direitos da China”, aainda segundo o ministério.

O ministério chinês observou ainda que, no 10.º Diálogo Económico e Comercial de Alto Nível China-UE, realizado no final de Setembro, a parte chinesa afirmou claramente que o inquérito proposto pela UE é um proteccionismo flagrante e visa proteger a indústria da UE sob o pretexto de “comércio justo”, cujas medidas irão perturbar e distorcer seriamente as cadeia global da indústria automóvel, da qual a UE faz parte, e resultar em impactos negativos no comércio e nos laços económicos China-UE.

“A China exortou a UE a ser cautelosa na aplicação de medidas de correção comercial, tendo em conta o objetivo geral de manter a estabilidade das cadeias industriais e de abastecimento mundiais e a parceria estratégica global China-EU”, afirmou o MOFCOM.

“A UE deve encorajar o aprofundamento da cooperação na nova indústria energética, que tem os veículos eléctricos novos como uma das suas pontas de lança, e criar um ambiente de mercado justo, não discriminatório e previsível para o desenvolvimento comum da indústria de veículos eléctricos China-UE”, afirmou o MOFCOM.

Nos últimos anos, a indústria de veículos eléctricos da China registou um rápido desenvolvimento graças à sua incessante inovação tecnológica e à construção de uma cadeia industrial e de abastecimento completa. E os veículos eléctricos chineses têm sido preferidos pelos consumidores, incluindo os da UE. De acordo com a consultora automóvel Inovev, 8% dos novos veículos eléctricos vendidos na Europa em Setembro deste ano eram chineses, contra 6% em 2022 e 4% em 2021. Em 2022, as montadoras chinesas exportaram 545.244 VNEs para a Europa, respondendo por 48,66% de todas as exportações de VNE, mostram dados da Associação de Veículos da China.

4 Out 2023

Dezenas de artistas manifestam-se contra aviso do Governo

Dezenas de artistas, associações culturais e companhias teatrais publicaram uma carta aberta contra o aviso enviado pelo Fundo de Desenvolvimento da Cultura, plataforma de financiamento gerida pelo Instituto Cultural (IC). As signatárias da missiva incluem o Grupo de Teatro Experimental “Pequena Cidade”, Brotherhood Art Association, Associação de Arte e Cultura —“Comuna de Pedra”, Rota Artes Associação, Associação de Irmandade de Teatro Criativo, Estúdio de Arte de PO, Theatre Styles Theatre, entre outros.

Segundo a carta, divulgada nas redes sociais, o IC enviou emails a diversas entidades a avisar que devem “evitar incluir nas criações [artísticas] elementos impróprios [considerados] indecentes, [como] a violência, pornografia, obscenidade, jogos de azar, insinuações ou violação dos direitos de outras pessoas”, “a fim de evitar o cancelamento do subsídio”.

Os signatários da carta dizem-se “muito preocupados com este aviso” e apontam que já existe a Comissão de Classificação Etária de Espectáculos e Exibições Públicas de Filmes Realizados em Macau, “que visa proteger o público de conteúdos impróprios e distinguir se uma obra é ou não adequada para ser vista [por pessoas de determinadas faixas etárias]”. “Será ainda necessário impor uma restrição generalizada às obras que não contenham nenhum dos elementos inadequados acima referidos? Sugerimos que se respeite a existência das comissões para que o público possa escolher, por si, quais as obras adequadas para assistir”, acrescenta-se.

Mães de Bragança

Segundo a TDM Canal Macau, o aviso enviado pelo IC prende-se com queixas feitas por encarregados de educação de alunos menores de idade relativamente à realização de peças de teatro com conteúdo “indecente” onde foi permitida a entrada de crianças, disse a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong U. A governante disse que não é intenção do Executivo restringir conteúdos, mas que, ao mesmo tempo, não pode apoiar ou incentivar projectos culturais que contenham “palavrões” ou causem “mau estar ao público”.

Na carta assinada pelos artistas refere-se também que a inclusão de “elementos inadequados” não é sinónimo de que estes “sejam defendidos” pelos artistas e entidades. “Muitas vezes os artistas apresentam elementos impróprios de uma forma genuína e directa, com o objectivo de explorar fenómenos sociais, valores culturais e experiências humanas.”

Os signatários temem que a “aplicação demasiado rigorosa” das restrições resulte “num impacto negativo” ao nível das indústrias das artes e espectáculo, audiovisual e cinema.

“Sugerimos que o fundo reforce o seu mecanismo de comunicação com o sector e reúna com os responsáveis [de associações]. Assim, poderemos compreender melhor as suas preocupações quanto aos ‘elementos inadequados’ e explorar, de forma conjunta, a forma de manter a liberdade criativa e, ao mesmo tempo, proteger o público”, rematam.

4 Out 2023