Hoje Macau China / ÁsiaVietname acusa China de agressão a pescadores O Vietname condenou ontem a China, acusando agentes chineses de agrediram 10 pescadores vietnamitas e apreenderem cerca de quatro toneladas de peixe perto das disputadas Ilhas Paracel, no Mar do Sul da China. Os pescadores informaram pela primeira vez no domingo ter sido agredidos perto das ilhas controladas pela China, mas não identificaram os agressores. Ontem, o Ministério dos Negócios Estrangeiros vietnamita responsabilizou as forças da ordem chinesas pelo ataque em alto mar, afirmando que este “violou gravemente a soberania do Vietname nas Ilhas Paracel”, o direito internacional e um acordo entre os países sobre gestão das disputas territoriais. O Vietname transmitiu o protesto ao embaixador chinês em Hanói, exigindo que Pequim respeitasse a sua soberania nas Ilhas Paracel, que iniciasse uma investigação e que fornecesse informações sobre o ataque. Segundo informações divulgadas pela imprensa estatal vietnamita sobre o incidente, três dos pescadores registaram fraturas e os restantes sofreram outros ferimentos. Os relatos divulgados descrevem que os pescadores depois de espancados foram obrigados a ajoelhar-se e cobertos com lonas de plástico antes de os agressores partirem. Controlo chinês As Ilhas Paracel situam-se a cerca de 400 quilómetros (250 milhas) da costa oriental do Vietname e aproximadamente à mesma distância da província chinesa de Hainan, no extremo sul. Ambos os países reivindicam as ilhas. As ilhas têm estado sob o controlo de facto da China desde 1974, quando Pequim as tomou ao Vietname num breve, mas violento conflito naval. No ano passado, fotografias de satélite mostraram que a China parecia estar a construir uma pista de aterragem na ilha Triton, no grupo Paracel. Na altura, a pista parecia ser suficientemente grande para acomodar aviões turbo-hélice e drones, mas não caças ou bombardeiros. Há anos que a China possui um pequeno porto e edifícios na ilha, bem como um heliporto e radares. A China afirmou apenas que o seu objectivo é promover a segurança da navegação global e tem rejeitado acusações, incluindo as dos EUA, de que está a militarizar a passagem marítima.
Hoje Macau China / ÁsiaNova Iorque | Mulher chinesa condenada por assassínio de advogado activista Uma chinesa foi condenada quarta-feira em Nova Iorque a cumprir uma pena de prisão entre 25 anos e prisão perpétua pelo assassínio de um compatriota seu, advogado especializado em questões migratórias. O assassinado, Jim Li, foi um conhecido activista durante os protestos na Praça de Tiananmen, em Pequim, em 1989. A procuradoria do condado de Queens especificou que Jim Li, que se especializou nesta área depois de fugir da China, era um conhecido advogado de migrações, que representava quem procurasse asilo nos EUA e tinha aceitado gratuitamente o caso de Xiaoning Zhang, de 27 anos. Contudo, quando esta admitiu que tinha mentido no pedido de asilo, ao declarar que tinha sido violada pela polícia em Pequim, o advogado abandonou o seu caso e pediu-lhe que saísse do seu escritório. A mulher reagiu de forma violenta, ao colocar as mãos à volta do pescoço de Li e procurando estrangulá-lo. Depois da intervenção da polícia, Zhang foi retirada do local com a ordem de não regressar. Porém, três dias depois, em 14 de Março de 2022, regressou com duas facas e esfaqueou o advogado no peito e pescoço. Li morreu pouco depois, num hospital. Em Setembro, Zhang foi considerada culpada de assassínio, posse ilegal de arma, ameaça, assédio e obstrução de respiração ou circulação sanguínea.
Hoje Macau China / ÁsiaQinghai-Xizang | Cientistas descobrem glaciar mais espesso do planalto Cientistas identificaram o glaciar mais espesso do planalto Qinghai-Xizang, conhecido como a torre de água da Ásia, após a descoberta de um campo de gelo de quase 400 metros de espessura. O campo de gelo, com uma espessura máxima mensurada de quase 400 metros, faz parte do glaciar Purog Kangri, no distrito de Tsonyi, na Região Autónoma de Xizang, sudoeste da China, de acordo com investigadores da Academia Chinesa de Ciências (CAS, em inglês), indicou o Diário do Povo. A medição determinou que o glaciar Purog Kangri é agora o glaciar mais espesso do planalto Qinghai-Xizang, substituindo a calota de gelo Guliya na sub-região de Ngari. Os glaciares contêm informações importantes sobre a história climática da Terra. Anteriormente, os cientistas perfuraram um núcleo de gelo de 308,6 metros de Guliya, que foi formado ao longo de um período de mais de 700.000 anos. Os cientistas estão actualmente a extrair núcleos de gelo do glaciar Purog Kangri, que acreditam conter gelo mais antigo. “Actualmente, os glaciares em todo o mundo estão a recuar. Uma vez que derretam, os registos históricos encapsulados não seu interior também desaparecerão”, disse Lonnie Thompson, académico da CAS e membro da Academia Americana de Ciências.”Portanto, extrair e preservar núcleos de gelo é crucial para recuperar informações históricas”, acrescentou Thompson, que participou no processo de medição.
Hoje Macau China / ÁsiaRegistado progresso significativo em projectos-chave de Plano Quinquenal (2021-2025) A China fez progressos significativos na implementação dos 102 principais projectos listados no 14º Plano Quinquenal (2021-2025), com realizações notáveis em sectores como infraestrutura de transporte, sistemas de energia e desenvolvimento verde, afirmou o principal planeador económico do país, citado pela Xinhua. De acordo com a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (CNDR), são destaques das realizações que os projectos tiveram nos últimos anos itens como a rede de infraestruturas de transporte do país que tem sido fortalecida, com cerca de 95 por cento das áreas de serviços de vias expressas do país agora equipadas com instalações de carregamento. Um total de 151 centros logísticos nacionais foi incluído na lista de projectos de construção importantes emitida pela comissão em 2021, abrangendo 31 regiões de nível provincial. Também em destaque está, face aos esforços da China para construir um sistema de energia moderno, o maior corredor de energia limpa do mundo construído ao longo do Rio Yangtzé. A capacidade total de geração de energia instalada da China ultrapassou 3 mil milhões de quilowatts, com as capacidades instaladas de geração de energia eólica e solar superando a energia a carvão. Outros desenvolvimentos A China tem também feito progressos coordenados no desenvolvimento urbano e rural desde 2021. Nesse período, começou a renovar cerca de 195 mil comunidades residenciais urbanas antigas, e aproximadamente 210 mil quilómetros de gasodutos antigos foram renovados em áreas urbanas, acrescenta a publicação. A extensão total das estradas rurais da China era de 4,6 milhões de quilómetros até o final de 2023. A cobertura de água canalizada nas áreas rurais da China atingiu 90 por cento até ao final do ano passado, e cerca de 75 por cento das famílias rurais da China tinham acesso a banheiros sanitários. O país tem se esforçado sistematicamente para promover o desenvolvimento ecológico, com áreas naturais protegidas que agora representam cerca de 18 por cento da área total da China. Liderados pelos esforços mais amplos da China para reduzir a poluição nos principais sectores, cerca de 80 por cento da capacidade nacional de produção de aço passou por uma actualização de emissões de carbono ultrabaixas.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Incêndio em hospital faz oito mortos enquanto tufão atinge a ilha Pelo menos oito pessoas morreram ontem num incêndio num hospital no sul de Taiwan, quando a ilha está a ser atingida por ventos fortes e chuvas torrenciais causados pela chegada do tufão Krathon. O incêndio, cuja origem ainda está sob investigação, ocorreu na região de Pingtung, e as vítimas morreram devido a inalação de fumo, disseram as autoridades locais. Militares de uma base próxima foram mobilizados para ajudar os médicos e os bombeiros na evacuação dos doentes e no apagar das chamas. Ambulâncias transferiram 176 pacientes para abrigos próximos e lonas foram utilizadas para proteger os restantes doentes da chuva torrencial. O Krathon atingiu a densamente povoada costa oeste de Taiwan “perto do distrito de Xiaogang, em Kaohsiung, por volta das 12:40”, disse a Administração Meteorológica Central de Taiwan nas redes sociais. A aproximação do tufão, com ventos máximos sustentados de 173 quilómetros por hora e rajadas de 209 quilómetros por hora, já tinha causado dois mortos e pelo menos 123 feridos em Taiwan, obrigando milhares de pessoas a abandonar zonas baixas ou montanhosas. Um homem de 70 anos morreu depois de cair de uma escada enquanto cortava ramos de árvores na cidade de Hualien, no leste do país. Outro homem, de 66 anos, morreu, depois de o camião que conduzia ter embatido contra pedras caídas na estrada na região de Taitung. Duas pessoas foram dadas como desaparecidas. Mais para vir Os tufões raramente atingem a costa oeste de Taiwan, afectando, em vez disso, o lado montanhoso do leste da ilha. Pelo menos 128 centímetros de chuva caíram na região costeira de Taitung nos últimos quatro dias e 43 centímetros na cidade portuária de Kaohsiung. As autoridades encerraram escolas e escritórios governamentais em toda a ilha e cancelaram todos os voos domésticos. Na região de Hualien, mais de três mil pessoas foram retiradas de municípios vulneráveis a aluimentos de terra. Quase 200 pessoas na cidade de Tainan, no sudoeste, e mais de 800 residentes de Pingtung, no sul, também foram retiradas. As autoridades de Kaohsiung, uma cidade de 2,7 milhões de habitantes que deverá ser directamente atingida pelo tufão, retiraram mais de 2.500 residentes de áreas onde podem ocorrer aluimentos de terra e lama. O tufão provocou cortes de energia em quase 55 mil casas, de acordo com as autoridades. O Krathon atravessou na segunda-feira o norte das Filipinas, onde causou quatro mortes e deixou quase cinco mil pessoas desalojadas. As tempestades tropicais são comuns em Taiwan de Julho a Outubro. No entanto, um estudo recente concluiu que estão a formar-se mais perto da costa, ganhando intensidade mais rapidamente e persistindo durante mais tempo após atingirem terra firme devido às alterações climáticas. No caso de Macau, os SMG destacam que a tempestade deverá enfraquecer após ter atingido Taiwan.
Hoje Macau EventosRPC 75 anos | Celebrações prolongam-se até Janeiro Decorrem nas próximas semanas uma série de actividades organizadas pelo Governo em parceria com as seis operadoras de jogo a fim de celebrar os 75 anos de implantação da República Popular da China. Segundo um comunicado, até ao dia 30 de Novembro estará patente a instalação “Dragão da Sombra” no Largo do Pagode do Bazar, com um total de dez metros de comprimento e da autoria do artista de Macau Lao Chon Hong. Esta é uma iniciativa da Sociedade de Jogos de Macau em parceria com a Associação dos Artistas de Belas-Artes de Macau. Por sua vez, até ao dia 2 de Janeiro do próximo ano irá realizar-se a zona de lazer cultural e criativa “Colorful Spark Pop-up Cultural Creative Playground”, na Antiga Fábrica de Panchões Iec Long, numa parceria com a Sands China. Trata-se de um espaço com “várias instalações artísticas de grande dimensão compostas por panchões e invólucros de panchões, onde serão realizados vários workshops educativos e recreativos para famílias e mini-jogos para coleccionar carimbos”. Até domingo, realiza-se, entre as 11h e as 19h, o evento “Nascer do Outono na Fortaleza do Monte”, sobre o tema do Dia Nacional e do espírito olímpico, no Jardim da Fortaleza do Monte, com a parceria da Melco. Decorrem também até domingo, uma série de eventos na Rua da Felicidade, em parceria com a Wynn Resorts, das 14h às 18h, nomeadamente uma feira cultural e criativa ao ar livre, onde várias marcas locais apresentarão uma variedade de artigos culturais e criativos. Haverá ainda actuações de rua e outros espectáculos. No fim-de-semana, decorre ainda a 11.ª edição do “Campeonato Internacional de Dança do Leão da China 2024 – Taça MGM” no Largo do Pagode da Barra, na qual equipas de Dança do Leão do Sul oriundas de 13 países e regiões competirão pelo trono do Rei Leão, proporcionando ao público uma experiência da cultura da dança do leão num local do património mundial.
Hoje Macau EventosHold On to Hope | Exposição “Who Am I?” inaugurada domingo Será inaugurada este domingo uma nova exposição na galeria Hold On to Hope, na vila de Ka-Hó, Coloane, um projecto gerido pela Associação de Reabilitação dos Toxicodependentes de Macau (ARTM). Trata-se de “Who Am I? – 2024 Children’s Art Exhibition”, uma exposição de arte infantil que pode ser vista até ao dia 27 de Outubro e que se associa ao workshop “A QuestionMark”. Segundo um comunicado, a mostra “Who Am I?” é uma “vibrante iniciativa que visa promover a auto-exploração e expressão criativa entre crianças”, sendo que estas, através do “poder transformador da arte, terão a oportunidade de ganhar uma compreensão mais profunda das suas identidades e emoções, traduzindo essas reflexões em obras de arte tangíveis”. Pretende-se, com esta mostra, que os mais pequenos explorem a sua própria identidade, partilhando “perspectivas únicas e expressando as suas histórias pessoais através de meios criativos”. A galeria pretende promover “a criatividade e aumentar a autoconfiança, proporcionando uma plataforma para que as crianças possam mostrar as suas vozes”. Do lado dos visitantes, será possível observar “uma diversidade de obras de arte, incluindo pinturas, esculturas e artesanato, todas elaboradas pelas crianças envolvidas” e participantes do workshop. Cada peça reflecte “a individualidade e criatividade do seu jovem artista, criando uma experiência envolvente e colorida para todos os presentes”.
Hoje Macau EventosAlbergue SCM | Celebrar com lanternas até Dezembro O pátio do Albergue da Santa Casa da Misericórdia de Macau (SCM) acolhe a exposição “Lanternas Comemorativas no Grande Pátio” que se realiza, numa primeira fase, até ao dia 14 deste mês, e depois de 18 a 31 de Dezembro, bem a tempo de celebrar os 25 anos da RAEM. Esta mostra pretende também, segundo um comunicado, destacar o 75.º Aniversário da República Popular da China. A ideia é que o público possa reflectir “sobre a história e olhar para o futuro em conjunto”. As instalações de lanternas desta exposição são inspiradas nas “Lanternas de Coelho” do artista de Macau e arquitecto Carlos Marreiros, sendo adornadas com padrões coloridos que incorporam plenamente elementos culturais únicos e uma forte atmosfera festiva. Na mesma nota, descreve-se que, sob o brilho das lanternas, “é possível captar momentos preciosos e criar belas recordações com a família e os amigos”, além da possibilidade de visitar o bairro histórico de São Lázaro, onde se realiza a exposição. O evento é organizado pelo Círculo de Amigos da Cultura, sendo patrocinado pelo Fundo de Desenvolvimento Cultural da RAEM.
Andreia Sofia Silva Eventos MancheteLivraria portuguesa | Obra de Philip J. Stern sobre colonialismo britânico lançada este sábado “Empire, Incorporated – The Corporations That Built British Colonialism”, da autoria do historiador Philip J. Stern, será lançado este sábado na Livraria Portuguesa a partir das 18h30. Nesta obra, lançada no ano passado com a chancela da Harvard University Press, analisa as relações entre o sector público e privado na era do colonialismo britânico, com o foco no mundo empresarial Philip J. Stern, historiador premiado e especialista na história do colonialismo britânico, vai estar em Macau este sábado para apresentar, na Livraria Portuguesa, a partir das 18h30, o seu mais recente livro que se debruça sobre o mundo empresarial no antigo império colonial britânico e a relação com o sector público. “Empire, Incorporated – The Corporations That Built British Colonialism” coloca, segundo a descrição da obra, a “corporação, mais do que a Coroa, no centro do colonialismo britânico, argumentando que as empresas construíram e governaram o império global, levantando questões sobre o poder público e privado que eram tão preocupantes há 400 anos como o são actualmente”. Falamos de zonas onde os ingleses governaram ou administraram ao longo de séculos, como é o caso da Irlanda, Índia, Américas, África ou Austrália, e onde a sua presença acabou por ser “um negócio de empresas”, que foi a força motriz do colonialismo. Segundo a mesma descrição da obra, “as corporações conceberam, promoveram, financiaram e governaram a expansão ultramarina, reivindicando territórios e povos e assegurando, ao mesmo tempo, que a sociedade britânica e colonial fosse investida, literalmente, nos seus empreendimentos”. Actualmente ligado à Duke University, onde é professor associado de História, Philip J. Stern ganhou um prémio com a obra “The Company-State”, lançado em 2011 e que conta a história da corporação como tendo tido um papel fulcral em toda a política colonial dos ingleses. Neste livro agora apresentado em Macau, o autor aprofundou o tema. Das controvérsias Em “Empire, Incorporated – The Corporations That Built British Colonialism”, procura-se mostrar como as empresas coloniais eram também “implacavelmente controversas, frequentemente endividadas e propensas ao fracasso”. Foi comum a criação de sociedades anónimas adaptadas à expansão ultramarina dos ingleses “não por ser um rolo compressor inevitável, mas porque, tal como o próprio império, era uma contradição esquiva: pública e privada; pessoa e sociedade; subordinada e autónoma; centralizada e difusa; imortal e precária; nacional e cosmopolita”. Ou seja: “uma ficção jurídica com um poder muito real”, é descrito. Philip J. Stern conseguiu assim, com esta obra, “romper com histórias tradicionais em que as empresas assumem um papel de apoio, fazendo o trabalho sujo dos Estados soberanos em troca de monopólios comerciais”, argumentando que “as empresas assumiram a liderança na expansão e administração globais”. No livro, é ainda explicado que em territórios como a Irlanda ou América do Norte, no século XVI, ou ainda nas ilhas Malvinas já na década de 80, “as empresas foram actores fundamentais”, sendo que “o colonialismo de risco não terminou com o fim do império”, pois o legado dessas empresas continuou a “levantar questões sobre o seu poder que são tão relevantes hoje como eram há 400 anos”. “Desafiando a sabedoria convencional sobre onde o poder é detido à escala global, Stern complica a distinção supostamente firme entre a empresa privada e o Estado, oferecendo uma nova história do Império Britânico, bem como uma nova história da corporação”, é descrito. Com um doutoramento pela Universidade de Columbia concluído em 2004, Philip J. Stern diz focar o seu trabalho “nos vários aspectos legal, político, intelectual e nas histórias de negócios que formaram o Império Britânico”. “Os meus interesses incluem o papel que as empresas e corporações tiveram no mundo empresarial colonial, a exploração estrangeira e a cartografia, e a historiografia da Índia britânica”, entre outras matérias.
Hoje Macau SociedadeCrime | Dois detidos por assalto a habitação A Polícia Judiciária (PJ) deteve duas pessoas do Interior quando tentavam atravessar a fronteira para entrar em Macau, por suspeitas de pertencerem a um grupo que se dedica a arrombar e cometer furtos em habitações. Os alegados restantes dois membros do grupo encontram-se a monte. De acordo com o canal chinês da Rádio Macau, a PJ apontou que os membros do grupo tinham vigiado cerca de 10 habitações na Avenida de Almeida Ribeiro, Praça de Ponte e Horta e Rua da Praia do Manduco para encontrarem alvos para os crimes. No entanto, apenas forçaram a entrada numa casa na Areia Preta, de onde levaram 32 mil patacas. A vítima fez queixa a 30 de Setembro, quando reparou que tinha sido alvo de furto, porque, ao contrário do habitual, a fechadura do portão estava solta. Depois da queixa e de recorrer à videovigilância, a PJ identificou os quatro membros do grupo. Os detidos recusaram colaborar com a PJ.
João Santos Filipe Manchete SociedadeCaso Obras Públicas | Tribunal aceita recurso de Li Han Após Li Canfeng ter sido absolvido da prática de um crime de branqueamento de capitais, a decisão do tribunal foi agora estendida à companheira, Li Han, após a apresentação de um recurso O Tribunal de Segunda Instância (TSI) aceitou um recurso apresentado pela defesa de Li Han, companheira do ex-director das Obras Públicas Li Canfeng, para anular parte do acórdão condenatório e absolvê-la de um crime de branqueamento de capitais. A decisão foi tomada na semana passada, depois de uma conferência entre o colectivo de juízes, e de acordo com o apurado pelo HM não terá impacto para os restantes condenados. Em causa, está o facto de a defesa ter considerado que Li Han também devia ter sido abrangida por uma decisão anterior no âmbito dos recursos anteriores apresentados, que tinha absolvido Li Canfeng de um crime de branqueamento de capitais, ligado ao plano de ordenamento de Coloane. No entendimento da defesa da companheira do ex-director da Obras Públicas, apesar de apenas Li Canfeng ter apresentado recurso para ser absolvido, a decisão também devia abranger a companheira, dado que ambos tinham sido condenados como co-autores do crime que foi dado como não provado. Este é inclusive um aspecto que consta do Código do Processo Penal, que estabelece no artigo 392.º que “o recurso interposto de uma sentença abrange toda a decisão”, a não ser que uma absolvição ou condenação seja ligada a motivos de natureza pessoal do absolvido ou condenado. Esta foi uma leitura com a qual o colectivo de juízes liderado por Tam Hio Wa, e que ainda contou com Chao Im Peng e Choi Mou Pan, terá concordado. De acordo com o que o HM apurou, a decisão tomada na semana passada não vai ter impacto nas condenações dos outros envolvidos. Condenação pesada Esta é a segunda vez que a pena de Li Han, mulher que vivia em união de facto com Li Canfeng, vai sofrer alterações. No primeiro julgamento, Li foi condenada com uma pena efectiva a 18 anos de prisão pela prática de um crime de associação ou sociedade secreta, três crimes de corrupção passiva para acto ilícito, três crimes de branqueamento de capitais e um crime de falsificação de documentos. Como não se encontra em Macau, Li Han não está a cumprir pena. Após vários arguidos, como Li Canfeng, Sio Tak Hong, William Kuan e Ng Lap Seng terem sido absolvidos dos crimes de crime de associação ou sociedade secreta, a decisão foi estendida a Li Han. Neste caso em concreto, a extensão da decisão só aconteceu depois de mais um recurso para o Tribunal de Última Instância (TUI), que ordenou ao TSI que respeitasse o artigo 392.º do Código do Processo Penal. Como consequência, Li Han ficou condenada a uma pena de 9 anos e 6 meses de prisão efectiva devido à prática de três crimes de corrupção passiva para acto ilícito, três crimes de branqueamento de capitais e um crime de falsificação de documentos. A decisão mais recente vai levar a que caia mais um dos crimes, embora o HM não tenha conseguido apurar a duração da nova pena, que deverá ser inferior a 9 anos e 6 meses.
Hoje Macau SociedadeDSAL | Lançado plano de carreiras com a Wynn A Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), aceita, a partir de hoje, candidaturas ao “Plano de desenvolvimento da carreira profissional em gestão hoteleira”, criado com a Wynn Macau para “formar quadros qualificados locais e criar condições para o seu desenvolvimento profissional”. Assim, mediante a ideia de “primeiro contratação, depois formação”, pretende-se disponibilizar acções de formação para progressão na carreira nos sectores do turismo e lazer. Serão disponibilizadas 22 vagas de emprego, 12 para a recepção de hotel, cinco para o cargo de subchefe dos serviços no lobby do hotel e outras cinco para a posição de “subchefe do departamento de quartos”. Segundo um comunicado, os admitidos no referido plano vão ser formados pela Wynn após a contratação, aprendendo mais sobre o funcionamento prático dos departamentos, o sistema de gestão das informações hoteleiras, ou ainda os Padrões de Certificação de Técnicas Profissionais de Macau, entre outras competências. No final de um ano de formação, e após verificado o bom desempenho, os empregados “terão a oportunidade de progressão e ajustamento salarial”. As inscrições terminam no dia 10 deste mês, decorrendo o seminário de apresentação e entrevista para o dia 18.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeTurismo | Quarta-feira bateu recorde em número de visitantes Macau recebeu, esta quarta-feira, 166,1 mil visitantes, número que ultrapassa as 162,1 mil pessoas que, há cinco anos, visitaram o território também na Semana Dourada, mas no dia 5 de Outubro. Governo fala em “níveis ideais” de turistas para este período. Zona das Ruínas de São Paulo tem sido sujeita a controlo de multidões Os números de visitantes de Macau durante a chamada Semana Dourada estão a corresponder às expectativas das autoridades. Na quarta-feira, no dia seguinte ao Dia Nacional da China, o território recebeu 166,1 mil visitantes, número que “ultrapassou o recorde de 162,1 mil registado a 5 de Outubro de 2019, marcando o número mais elevado de que há registo estatístico nos feriados do Dia Nacional”, apontou a Direcção dos Serviços de Turismo (DST), em comunicado. Números oficiais preliminares, apontam que o território recebeu na terça-feira, 1 de Outubro, data dos 75 anos da implantação da República Popular da China (RPC), 128,3 mil visitantes, sendo que, em conjunto com os visitantes do dia 2, quarta-feira, “correspondem a um total de perto de 277 mil”, com um aumento de 20 por cento da média diária, é referido na mesma nota. A DST destaca ainda dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) sobre os visitantes de há cinco anos, que mostram como o território tem registado uma boa recuperação no sector do turismo. “Os três anteriores valores diários mais elevados registados por altura do Dia Nacional ocorreram todos nos feriados de 2019: dia 5 de Outubro (162,1 mil), dia 3 (161,6 mil) e dia 2 (159,3 mil)”. Mais de 700 mil Números divulgados pelo Corpo de Polícia e Segurança Pública (CPSP) revelam ainda a enchente registada em Macau nos últimos dias: um total de 708.954 entradas e saídas nos postos fronteiriços, quase 710 mil pessoas. A DST destaca também que “a recuperação da indústria turística local decorre a um ritmo célere e avança para um novo patamar de desenvolvimento”, tendo em conta o panorama “positivo” do sector nos períodos do Ano Novo Chinês e férias de Verão, sem esquecer que “o número de visitantes em Agosto registou novo recorde histórico”. A zona das Ruínas de São Paulo, um dos monumentos mais visitados do território, foi ainda alvo de medidas de controlo de multidões, dado o elevado número de visitantes no local, além de que muitos percursos de autocarro foram alterados para melhor circulação no território. Na mesma nota, a DST destaca que para estes números contribuíram também os muitos eventos e actividades organizadas para estes dias de celebração, nomeadamente o 32.º Concurso Internacional de Fogo-de-Artifício de Macau que, no dia 1, contou com as apresentações de empresas de pirotecnia do Interior da China e de Itália. No próximo domingo, dia 6, será dia de apresentar os dois últimos espectáculos do evento, a cargo de companhias do Japão e Portugal.
Hoje Macau PolíticaÓbito | Morreu o ex-deputado Diamantino de Oliveira Ferreira O deputado por Macau na Assembleia Constituinte de 1975, Diamantino de Oliveira Ferreira, morreu em Portugal aos 85 anos, noticiou a televisão pública. De acordo com a Teledifusão de Macau – TDM, as cerimónias fúnebres de Diamantino Ferreira decorreram ontem na Igreja da Luz, na freguesia de Carnide, em Lisboa. O antigo notário foi o único representante do território então sob administração portuguesa na Assembleia Constituinte, em 1975, após ser eleito pela lista da Associação para a Defesa dos Interesses de Macau (ADIM). A conservadora ADIM, que defendia a manutenção do status quo da região e não a descolonização já iniciada nas colónias africanas, conseguiu 1.622 votos no círculo eleitoral de Macau, derrotando o liberal Centro Democrático de Macau, com 1.030 votos. Formada precisamente um ano após a revolução de 25 de Abril de 1974, a Assembleia Constituinte aprovou em Abril de 1976 a Constituição da República Portuguesa, que ainda continua em vigor. Além de conservador e advogado, Diamantino Ferreira foi também deputado na Assembleia Legislativa de Macau, provedor da Santa Casa da Misericórdia do território e juiz substituto do Tribunal da Comarca de Macau.
João Santos Filipe Manchete PolíticaPortugal | IL defende venda de participação na WTC No âmbito das negociações do orçamento de Portugal para o próximo ano, os Liberais sugerem ao Governo que se desfaça das empresas WTC Macau – World Trade Center Macau e da IPE Macau – Investimentos e Participações Empresariais O partido Iniciativa Liberal (IL) propôs ao Governo de Portugal que venda a participação de 2,5 por cento que detém na empresa WTC Macau – World Trade Center Macau e a totalidade da IPE Macau – Investimentos e Participações Empresariais. A proposta consta de uma “lista de privatizações e liquidações no sector empresarial do Estado de Portugal” e faz parte das negociações para a aprovar o orçamento do próximo ano. Numa altura em que o Governo da AD (Aliança Democrática) constituído pelo Partido Social Democrata (PSD) e Centro Democrático Social (CDS) procura os apoios necessários para conseguir passar na Assembleia da República o futuro orçamento, a IL defende que o Estado de Portugal se deve desfazer de várias empresas. Na lista divulgada ontem, constam entidades como a companhia de aviação TAP, a emissora pública portuguesa RTP, o Autódromo do Estoril e também duas empresas com ligações à RAEM a WTC Macau – World Trade Center Macau e a IPE Macau – Investimentos e Participações Empresariais. De acordo com a informação da Direcção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) de Portugal, a WTC tem um capital social de 3,48 milhões de euros (30,00 milhões de patacas) e a participação de Portugal surge avaliada em 81,11 mil euros (750,0 mil patacas). Uma auditoria do Tribunal de Contas de 2016, indicava que a empresa tinha como objectivo “contribuir para a expansão do comércio internacional e promover e proteger esse tipo de actividade em Macau”. Também constava que a participação na WTC tinha entrado na posse do Estado em 2004, com a extinção da IPE – Instituto de Participações do Estado. Resquícios históricos A WTC foi inaugurada em 1996 como um centro de comércio, e de acordo com o portal oficial da entidade, tem como presidente da direcção Chui Sai Cheong, empresário e vice-presidente da Assembleia Legislativa. O presidente da Mesa da Assembleia-Geral é o empresário Liu Chak Wan, que integra o Conselho Executivo. No entanto, o maior accionista é o Governo da RAEM, através de uma participação de 60 por cento. Em 2023, de acordo com os resultados disponíveis mais recentes, a empresa registou perdas de 1,70 milhões de patacas. Em 2022, obteve um lucro de 2,46 milhões de patacas. Quanto à IPE Macau – Investimentos e Participações Empresariais, a informação disponível é mais escassa. A empresa entrou para esfera do Estado de Portugal também em 2004, no âmbito da extinção da IPE – Instituto de Participações do Estado, uma empresa de gestão de participações sociais. Segundo o relatório do Tribunal de Contas de 2016, e da informação do portal da DGTF, a empresa tem um capital social de 111,82 mil euros (102,72 mil patacas), é controlada a 100 por cento pela DGTF e tem como objecto social declarado a “gestão e participações sociais próprias ou alheias”. Esta foi a segunda ronda de negociações entre a IL e o actual Governo de Portugal sobre o orçamento. Mesmo que a IL apoie o orçamento, o número de deputados das duas forças juntas não é suficiente para garantir a aprovação do documento legal.
Hoje Macau PolíticaPME | Sam Hou Fai pretende lançar medidas de apoio Sam Hou Fai, candidato ao cargo de Chefe do Executivo, declarou que poderá lançar mais medidas de apoio às pequenas e médias empresas no decorrer de uma acção de campanha nos bairros de San Kio, Rotunda de Carlos da Maia e Rua da Emenda. Segundo o jornal Ou Mun, o candidato procurou conhecer de perto a situação de moradores e comerciantes, tendo referido aos jornalistas que aquelas zonas têm um bom ambiente em que os moradores se apoiam mutuamente e onde existem serviços sociais desenvolvidos. Sam Hou Fai acrescentou que estas zonas sofrem menos com a redução dos níveis de consumo por parte de residentes do que a zona norte da península, e prometeu mais acções de divulgação dos bairros comunitários caso ganhe as eleições. Ouvidos pelo jornal Ou Mun, os comerciantes da zona queixaram-se, porém, do mau ambiente de negócios que enfrentam nesta altura. O responsável por uma loja de produtos de lã afirmou que o negócio está pior do que no ano passado. Por sua vez, a proprietária de uma loja de atoalhados pediu uma nova vaga de cartões de consumo.
João Santos Filipe Manchete PolíticaPonte Macau | Pedidas melhorias no trânsito e acessos Cheong Sok Leng, vice-presidente da União Geral das Associações dos Moradores, defende que o Governo deve enviar agentes da polícia para os acessos à nova ponte e melhorar as indicações de vias exclusivas para motos, para evitar confusões Face aos congestionamentos dos primeiros dias na Ponte Macau, a União Geral das Associações dos Moradores de Macau defende a necessidade de tornar os acessos mais simples e melhorar a sinalização. A opinião foi expressa por Cheong Sok Leng, vice-presidente da União Geral das Associações dos Moradores de Macau e membro do Conselho Consultivo do Trânsito. A inauguração e abertura ao trânsito da quarta ligação entre Macau e a Taipa aconteceu na terça-feira, como parte das celebrações do estabelecimento da República Popular da China. No entanto, horas depois da abertura, começaram a aparecer nas redes sociais os primeiros vídeos e fotografias com veículos a circular nas vias erradas. Numa das imagens, via-se um motociclo na via destinada a carros e outros veículos mais pesados. Num outro vídeo, podia ver-se uma carrinha a circular na via exclusiva para motos. Sem mencionar os episódios em particular, Cheong Sok Leng afirmou que deve haver uma separação mais evidente entre as vias destinadas a carros e a via exclusiva para motos, ainda antes da entrada na ponte. No caso de quem circula da Taipa para a Zona A dos novos aterros, a conselheira sugere que a separação dos veículos aconteça no novo viaduto próximo da Avenida Wai Long, para impedir erros. Trânsito do momento A vice-presidente dos Moradores abordou também os congestionamentos na Rotunda da Pérola Oriental, na Areia Preta, que serve de acesso à Zona A dos Novos Aterros e depois à Ponte Macau, para quem circula no sentido Macau-Taipa. Sobre este aspecto, Cheong Sok Leng apelou às autoridades para mobilizarem agentes para as estradas e pontos mais sensíveis, com o propósito de esclarecerem os condutores que estão a adaptar-se aos novos acessos. Ao mesmo tempo, Cheong apelou às autoridades para reduzirem o tempo de espera nos semáforos naquela zona. A dirigente associativa destacou igualmente que este tipo de congestionamento é motivado pelo desconhecimento das estradas e uma maior cautela dos condutores. Todavia, afirmou acreditar que no futuro os congestionamentos serão menos intensos. Apesar das críticas deixadas ao trânsito, a vice-presidente dos Moradores elogiou a nova infra-estrutura e destacou que vai ter efeitos muito positivos para a circulação dos veículos na RAEM, como o alívio do trânsito tanto na Ponte a Amizade como na Estrada do Pac On. Cheong Sok Leng desejou também que o Governo acelere os trabalhos na criação de novos acessos à Zona A dos Novos Aterros, para aliviar o trânsito da Rotunda da Pérola Oriental.
Hoje Macau PolíticaTurismo | Abertas candidaturas para Plano Macau-Hengqin Estão abertas, desde terça-feira, as candidaturas para o Plano de Apoio ao Turismo Macau-Hengqin, que está ainda na versão experimental. A iniciativa é promovida pela Direcção dos Serviços de Turismo (DST) e a Direcção dos Serviços de Desenvolvimento Económico da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin. As candidaturas podem ser feitas nos próximos seis meses, e têm como objectivo promover a organização de itinerários turísticos de “multi-destinos”, incentivando “os visitantes de negócios a percorrerem os bairros comunitários” das duas regiões. Assim, até 31 de Março de 2025, podem concorrer empresas legalmente constituídas e registadas para efeitos fiscais, bem como entidades sem fins lucrativos juridicamente estabelecidas em Macau ou Hengqin e também entidades constituídas fora de Macau e Hengqin, sendo esta uma novidade do programa. Os candidatos serão organizadores, coordenadores ou encarregados da organização de actividades de turismo. Espera-se a realização de actividades com participantes estrangeiros, com grupos de 25 ou mais pessoas que possam ficar pelo menos uma noite em Macau e meio dia em Hengqin, para promover o consumo.
Hoje Macau China / ÁsiaMédio Oriente | Israel declara Guterres ‘persona non grata’ O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, anunciou ontem ter declarado o secretário-geral da ONU, António Guterres, “persona non grata” no país, criticando-o por não ter condenado o ataque massivo do Irão a Israel na noite de terça-feira. “Qualquer pessoa que não possa condenar inequivocamente o ataque hediondo do Irão a Israel não merece pôr os pés em solo israelita. Estamos a lidar com um secretário-geral anti-Israel, que apoia terroristas, violadores e assassinos”, disse Katz num comunicado. Terça-feira, Guterres condenou o alargamento do conflito no Médio Oriente “com escalada após escalada” e apelou a um cessar-fogo imediato após o Irão atacar Israel com mísseis. “Condeno o alargamento do conflito no Médio Oriente com escalada após escalada. Isso deve parar. Precisamos absolutamente de um cessar-fogo”, frisou o ex-primeiro-ministro português, através da rede social X. Bola de neve A publicação de Guterres surgiu pouco depois do início de um ataque com mísseis do Irão contra Israel. “Em resposta ao martírio de [Ismail] Haniye, de Hassan Nasrallah e do mártir [Abbas] Nilforushan (ex-comandante da Guarda Revolucionária iraniana morto na sexta-feira Beirute), atacámos o coração dos territórios ocupados”, declarou a Guarda Revolucionária do Irão num comunicado divulgado pela agência noticiosa estatal ISNA. Este anúncio iraniano surgiu depois de o Exército israelita ter informado que tinham sido disparados mísseis do Irão, pouco depois das 19:30 locais, e ordenado à população para procurar abrigo. Guterres já se tinha manifestado “extremamente preocupado” com a escalada do conflito no Líbano, pedindo respeito pela “soberania e integridade territorial” deste país, horas depois de as Forças de Defesa de Israel (IDF) terem iniciado uma ofensiva terrestre para deter a ameaça da milícia xiita Hezbollah, cujo líder, Hassan Nasrallah, foi morto na sexta-feira num bombardeamento israelita em Beirute.
Jorge Rodrigues Simão VozesO futuro da memória (II) “A people without the knowledge of their past history, origin and culture is like a tree without roots. Our greatest glory is not in never falling, but in rising every time we fall.” Marcus Garvey (Continuação) Quando nos aproximamos do passado, temos de ser capazes de contextualizar, descontextualizar e ressubstancializar como disse Knut Wolfgang Nörr. Isto significa que devemos abordar o nosso objecto de estudo situando-o no contexto em que se desenvolveram determinadas instituições e regras, tendo sempre em conta que isso é feito com as nossas próprias categorias, que influenciam inevitavelmente a forma como nos relacionamos e reconstruímos o passado. A Europa ainda que tendo um passado racista e patriarcal como o dos Estados Unidos, tem um problema menos generalizado com as minorias e com a importância de clarificar o passado com um enfoque constante na inclusão. Mas também aqui existe uma forte discriminação e não é de excluir que, no futuro, por exemplo, as associações que defendem os direitos das pessoas homossexuais ou transexuais exijam reformas dos programas de estudo se tiverem como objecto institutos ou regras (ou temas) que possam ser atribuídos a homens heterossexuais educados numa cultura de discriminação. O mesmo se pode dizer dos imigrantes. Uma actividade de investigação que, de certa forma, se aproxima da abordagem em questão tem sido levada a cabo, por exemplo, por mulheres historiadoras que sem qualquer intenção de reescrever o passado relêem, no entanto, certos fenómenos da Antiguidade, da Idade Média e da Idade Moderna, destacando a importância das figuras femininas nos mesmos (refere-se aqui à actividade meritória que as sociedades europeias de historiadores estão a levar a cabo neste domínio). É possível estudar a história independentemente da filologia Não podemos estudá-la de uma forma inovadora sem a filologia, mas podemos ensiná-la bem. É de recordar o livro de Moses Finley, publicado há mais de quarenta anos, intitulado “The World of Odysseus”. Nesse texto, Finley que era um americano que fugiu dos Estados Unidos em tempos de caça às bruxas relata claramente alguns aspectos centrais da herança grega e do que a Grécia deu ao mundo. É simples, mas consegue captar os pontos essenciais. Por isso, é possível ensinar história sem filosofia ou filologia, mas não se pode prescindir delas quando se faz investigação. No entanto, se, como se está a fazer, se suprimirem as especialidades a torto e a direito, cortam-se as bases do conhecimento e, a partir da universidade, a crise alastra a todo o sistema. No entanto, há algumas questões a colocar. Em primeiro lugar, é preciso ter em conta que o apagamento da história não é algo que tenha começado hoje. Pensemos, por exemplo, em “A Riqueza das Nações”, de Adam Smith. Nesse texto, Smith nunca se refere à colossal mudança nas relações de poder económico entre as Índias e a Grã-Bretanha, tornada possível pelas acções político-militares dos britânicos. Pelo contrário, ao tentar enterrar o mercantilismo, o filósofo escocês esconde como, de facto, o poder económico da Inglaterra derivou precisamente de séculos de práticas mercantilistas e colonialistas, tentando fazer passar a imagem de um comércio pacífico e doce. Este é um exemplo perfeito da supressão da história. No entanto, se olharmos para a cultura canónica, verificamos que, a par deste apagamento, há também uma tentativa de endurecer a história. Um branco filho da escravatura ficará para sempre marcado, tal como os negros, quando no passado eram considerados ontologicamente inferiores. A cultura do cancelamento, portanto, reproduz exactamente os mecanismos de divisão entre os seres humanos que o liberalismo tinha tentado atenuar. O problema é que estamos a perder o “melhor” uso da história. Pensemos em como se tentou reconstruir o passado com base em fontes e documentos. Claro que foi uma voz fraca, substituída por uma retórica nacionalista que surgiu muito antes do fascismo e que escondeu toda uma parte da história. Nos Palácios da Justiça, para dar um exemplo, não há uma única estátua de um jurista médio. São todos romanos na maioria dos países da familía romano-germânica de direitos, apesar de terem existido grandes juristas na Idade Média. Este é o preço que pagamos sempre que a história é utilizada por algum motivo. Temos de estar conscientes deste facto. Mas deitar fora o bebé com a água do banho não é a solução. O risco é que cada um faça a sua própria narrativa, como já teorizavam os pós-modernistas franceses nos anos de 1980. Mas isso, como diria Georg Lukács, é a destruição da razão. Têm-se a impressão de que vivemos actualmente num mundo povoado por “pessoas que compram”, ou seja, por pessoas que parecem ser atraídas pela catástrofe. A questão, então, é saber como não a atingir. A tarefa, deste ponto de vista, deveria ser a de promover uma consciência crítica. Se o risco é a irrupção da anti-história, então não se trata apenas de promover conhecimentos alternativos ou diferentes. Não se trata de opor ao tecnicismo economicista um pensamento igual e oposto, mas de estimular a reflexão crítica. Deste ponto de vista, os clássicos são uma mina sem fim. E não apenas os da filosofia. Também a literatura é um “vademecum” para compreender o mundo. Para compreender o pensamento político ocidental indo às suas raízes, por exemplo, seria necessário ler a “Teogonia” de Hesíodo. Educar para o pensamento crítico significa, portanto, antes de mais, estimular o interesse pela redescoberta e pelo cultivo das raízes. Quem trabalha nas escolas e nas universidades deve fazer isso antes de mais nada. Para isso, as universidades e os académicos têm de ser compreensíveis. Há uma coisa que deve ser recuperada da cultura anglo-saxónica que é a capacidade de fazer uma divulgação elevada e excelente. Temos de ser capazes de entusiasmar as pessoas com temas complexos, sem cair no banal. Não devemos fazer como a Igreja, que continuou a falar latim mesmo quando o latim já não era compreendido por ninguém. O problema da popularização é fundamental. Aqueles que estudam a actualidade e a antiguidade a um nível elevado devem colocar o problema de tornar os seus conhecimentos acessíveis também aos leigos. Os historiadores do direito grego e romano, que publicam obras de grande divulgação há mais de quarenta anos, fazem um grande esforço neste domínio e garantem o acesso à cultura clássica (ainda que de forma simplificada) mesmo a pessoas que dela estão afastadas (engenheiros, médicos, mas também membros da classe média). Alguns estão a trabalhar (ainda que não seja a sua área de estudo principal) sobre algumas figuras femininas da Antiguidade, pois ao aprofundar o papel de mulheres que as fontes descrevem como particularmente activas do ponto de vista económico ou cultural (pessoas que viveram entre o século I a.C., especialmente no período ciceroniano, e o século I d.C.), tentam fazê-lo numa linguagem simples, não enigmática ou excessivamente hipotética, e em alguns casos apresentando os textos em tradução (talvez referindo as citações latinas ou gregas numa nota de rodapé). Isto é feito para tornar acessíveis, em primeiro lugar, aos seus alunos e, depois, esperemos, a um público mais vasto, temas complexos, mas que também nos preocupam intensamente no presente. É necessário, que os historiadores coloquem este problema. E encontrar novas formas de o enfrentar. O presente é o reino do particular e não permite qualquer generalização. É apenas a nossa memória individual que nos permite generalizar, oferecendo-nos assim a possibilidade de nos projectarmos no futuro. Só assim podemos aprender regras que não são prescritivas, mas que se assemelham mais a padrões interprescritivos. Ora, se isto é verdade a nível individual, também pode ser verdade a nível colectivo. Os clássicos são exactamente o que sabemos do nosso passado, da nossa memória. E por isso o estudo dos clássicos deve ser direccionado para o futuro. Eles devem ser a chave que nos permite generalizar e orientarmo-nos para o futuro. Referimos que os textos antigos deveriam ser “vademecum” para a nossa compreensão do mundo. Do nosso ponto de vista, devem ser, antes de mais, sementes a partir das quais essa compreensão pode crescer. O problema é que, tal como, de um ponto de vista sociológico, a classe média está a desaparecer, também, a nível intelectual, o leitor médio está a desaparecer, preso entre o ignorante e o especialista. É por isso que é difícil fazer uma boa divulgação. Para recuperar o atraso, é preciso ir o mais longe possível nas escolas. É aí que a semente deve ser plantada. Depois é demasiado tarde.
Hoje Macau China / ÁsiaXi Jinping diz a Putin estar disposto a trabalhar pela estabilidade global O líder da China garantiu estar disposto a trabalhar “pela paz e estabilidade globais”, numa mensagem enviada ao homólogo russo com quem trocou felicitações a propósito dos 75 anos de estabelecimento de relações diplomáticas bilaterais. Na mensagem a Vladimir Putin, citada pela agência de notícias oficial chinesa Xinhua, Xi Jinping enfatizou que a colaboração entre Pequim e Moscovo “não beneficiou apenas os povos chinês e russo”. O aniversário “é uma oportunidade” para continuar a “esforçar-se para fazer novas contribuições para a manutenção da estabilidade e da paz global”, disse o líder chinês. Xi destacou os progressos alcançados na última década, em que “os laços políticos e económicos entre a China e a Rússia fortaleceram a confiança mútua e alcançaram resultados concretos em diversas áreas de cooperação”. O líder chinês enfatizou o papel da China e da Rússia na “promoção de um mundo multipolar mais equitativo e de uma globalização económica inclusiva”. Por seu turno, Putin recordou que a antiga União Soviética foi o primeiro país a reconhecer a República Popular da China, um dia após a sua fundação, a 1 de Outubro de 1949. O Presidente russo sublinhou que as relações entre a Rússia e a China “resistiram ao teste do tempo” e que hoje estão “no auge”, de acordo com a Xinhua. Putin sublinhou que a China e a Rússia “estão empenhadas em promover uma ordem mundial mais justa e equilibrada”. O líder russo manifestou confiança de que o consenso alcançado com Xi nos últimos anos “promoverá a segurança e a estabilidade no continente euro-asiático e à escala global”. Apertos de mão Em Fevereiro de 2022, pouco antes do início da invasão russa da Ucrânia, Xi e Putin proclamaram em Pequim uma “amizade ilimitada” entre as duas nações. Desde então que a China e a Rússia têm defendido que a sua relação “não ameaça nenhum país” e que “promove a multipolarização do mundo” por oposição ao que descrevem como a hegemonia dos Estados Unidos. Pequim, que não condenou a invasão da Ucrânia e demonstrou uma posição ambígua em relação ao conflito, negou ter laços militares com a Rússia, mas solicitou a realização de uma conferência de paz para a Ucrânia “reconhecida por todas as partes” para retomar o diálogo. Em 2023, o comércio bilateral entre a China e a Rússia atingiu um nível recorde. Xi Jinping deverá participar na cimeira dos Brics em Kazan, no oeste da Rússia, este mês, onde deverá reunir-se com Vladimir Putin.
Hoje Macau China / ÁsiaOMC | Pequim apresenta queixa contra tarifas do Canadá a eléctricos chineses As disputas comerciais entre a China e o Canadá continuam a provocar queixas de Pequim junto da Organização Mundial do Comércio. Pequim acusa o Canadá de seguir orientações dos Estados Unidos e de violar os princípios da economia de mercado e da concorrência leal A China disse ontem que apresentou uma queixa junto da Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as tarifas impostas pelo Canadá aos veículos eléctricos e ao aço e alumínio vindos do gigante asiático. Em Agosto, o Canadá impôs uma sobretaxa de 100 por cento às importações de veículos eléctricos chineses, bem como uma tarifa de 25 por cento sobre o aço e o alumínio do gigante asiático, que entraram na terça-feira em vigor. O Ministério do Comércio da China anunciou a apresentação da queixa e acusou o Canadá de “ignorar factos objectivos, normas económicas e comerciais internacionais, objecções e desânimo de muitas partes”. O comunicado divulgado no portal do ministério na Internet criticou ainda o Canadá por “insistir em seguir certos países para tomar medidas de contenção unilateral medidas contra a China”, em referência aos Estados Unidos. As tarifas do Canadá são idênticas às impostas pelos Estados Unidos para contrariar o afluxo de automóveis subsidiados por Pequim. A China argumentou que as acções canadianas “violam os princípios da economia de mercado e da concorrência leal, prejudicam gravemente a cooperação económica e comercial normal entre as empresas chinesas e canadianas, afectam gravemente as relações económicas e comerciais entre os dois países e perturbam a cadeia industrial global e a cadeia de abastecimento”. O ministério instou o Canadá “a considerar a cooperação económica e comercial bilateral de uma forma racional e objectiva”, “a respeitar os factos e a cumprir as regras da OMC” e “a não se afastar cada vez mais do caminho correcto”. “A China tomará todas as medidas necessárias para salvaguardar firmemente os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas”, referiu o comunicado. Mundo eléctrico Na quarta-feira passada, a vice-primeira-ministra canadiana Chrystia Freeland disse que o país estava a ponderar seguir o exemplo dos Estados Unidos e proibir a venda de veículos conectados que incorporam tecnologias chinesas, apontando riscos para a segurança nacional. A electrónica está cada vez mais integrada nos automóveis modernos, que podem ser ligados a dispositivos pessoais, outros veículos, infra-estructuras e aos seus fabricantes – incluindo automóveis eléctricos e automóveis autónomos. Questionada em conferência de imprensa sobre a decisão do Departamento de Comércio dos EUA de proibir ‘software’ chinês nos veículos, Freeland destacou que o Canadá também tem “preocupações reais de segurança” sobre a tecnologia. No início de Agosto, Freeland indicou também que o Canadá estava a considerar impor novos impostos sobre produtos minerais críticos, baterias, produtos de energia solar e semicondutores chineses. Também a União Europeia impôs sanções provisórias, de até 36 por cento, sobre as importações de veículos eléctricos chineses e que podem tornar-se definitivas até ao final de Outubro.
Andreia Sofia Silva EventosExposição sobre design de cartazes de Macau para ver no Porto Decorre até ao dia 31 de Outubro, na Faculdade de Economia e Gestão da Universidade do Porto, a exposição em formato pop-up de design de cartazes de Macau. A iniciativa acontece graças à junção de forças entre a Associação de Design de Cartazes de Macau e Associação Cultural Portuguesa, e conta com apoios do Fundo de Desenvolvimento Cultural da RAEM. A mostra está patente desde o dia 23 de Setembro. Com curadoria de Hong Ka Lok, este destacou, na inauguração da mostra, que esta é também uma forma de comemorar os 25 anos da RAEM, tendo sido escolhidos 25 cartazes que “constituem uma selecção das realizações do design de Macau ao longo dos anos, permitindo ao público português ter uma visão abrangente do crescimento e desenvolvimento do território desde o seu regresso à China há 25 anos”. Além disso, a exposição “destaca também o panorama do design de Macau, oferecendo uma plataforma internacional que possibilita à nova geração de designers de Macau mostrar o seu talento”. Os cartazes falam de eventos como o Festival de Artes de Macau, o Festival Fringe de Macau, a Semana de Design de Macau, os Prémios de Design de Macau, a Zona do Estaleiro de Lai Chi Vun e o Festival de Artes Sino-Português, oferecendo uma visão abrangente sobre o crescimento e desenvolvimento de Macau. Conexões artísticas Criada em 2009, a Associação de Design de Cartazes de Macau tem-se comprometido a fornecer uma plataforma para que os designers locais possam mostrar, trocar e criar, através da organização de exposições profissionais. Segundo a mesma nota, a entidade procura também, em “consonância com os esforços do Governo de Macau, promover o intercâmbio e cooperação cultural sino-portuguesa e impulsionar o desenvolvimento diversificado das indústrias”. Com o trabalho desenvolvido, a associação procura “reflectir, através do design, a profunda conexão entre a cultura chinesa e a cultura única dos países de língua portuguesa”. No caso da ACPT – Associação Cultural Portuguesa, trata-se de uma associação independente, tendo como objectivos de acção a “promoção e intercâmbio de negócios culturais e criativos entre culturas portuguesas que se relacionem com a língua portuguesa e o resto do mundo”. Promove-se, assim, o intercâmbio de actividades académicas, culturais e económicas relacionadas com indústrias culturais e criativas, incluindo todas as disciplinas de artes plásticas, arquitectura, design, cinema, literatura, música, artes performativas e empreendedorismo.
Andreia Sofia Silva EventosExposição | “Echoes of a Golden Age” no Cotai até Janeiro Pode ser vista até ao dia 5 de Janeiro a exposição “Echoes of a Golden Age”, na Sands Gallery no empreendimento Grand Suites do Four Seasons, no Cotai. São expostas 121 obras de arte de nove artistas contemporâneos de Macau, com o intuito de celebrar os 75 anos da República Popular da China e o 25.º aniversário transição da soberania de Macau para a China Chama-se “Echoes of a Golden Age” [Ecos de uma Idade de Ouro] e é mais uma exposição com arte feita em Macau para celebrar o chamado “duplo aniversário”: os 75 anos da República Popular da China e os 25 anos da RAEM. A mostra, que inclui 121 obras artísticas, incluindo selos, pode ser vista na Sands Gallery, no hotel Four Seasons, até ao dia 5 de Janeiro, e é uma co-organização entre a operadora de jogo Sands China e a Sociedade de Artistas de Macau, incluindo várias entidades governamentais, sendo comissariada por Lam Chi Ian, artista de Macau. Incluem-se, assim, trabalhos de Lam Chi Ian e ainda Ung Vai Meng, que presidiu ao Instituto Cultural; Lai Ieng, Lok Hei, Ng Wai Kin, Lio Man Cheong, Lei Tak Seng, Chan Hin Io e Ao Kuan Kin. Segundo um comunicado, cada um dos artistas “apresenta uma vasta experiência nas várias disciplinas” artísticas, sendo que o público poderá ver, nas obras, “uma variedade de formas, incluindo pintura a tinta da china, pintura a óleo, aguarela, pintura acrílica, esboço, desenho com fineliner, ilustração digital e fotografia”. Relativamente às temáticas, inclui-se “o desenvolvimento de Macau e suas características culturais e sentimentos públicos de antes e depois da reunificação”, celebrando-se, assim, “a prosperidade e o patriotismo de Macau desde a reunificação e o poder de união do povo de Macau para seguir em frente”. A organização descreve ainda que se pode obter, com estas obras, “uma excelente visão geral das mudanças dos tempos a partir de várias perspectivas, partilhando ao mesmo tempo a alegria deste ano de duplas celebrações”. Selos especiais Os artistas participantes desta mostra criaram ainda selos com cenas que retratam “o esplendor centenário das Casas da Taipa ou as maravilhas modernas como a Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau”. São reflectidas “as mudanças históricas com desenhos únicos que registam a mudança dos tempos na pequena tela de uma moldura de selo”. Citada pela mesma nota de imprensa, Lok Hei, artista e presidente da Sociedade de Artistas de Macau, defendeu que os selos e obras expostos “revelam-nos o amor dos artistas locais por Macau ao retratarem os traços dos edifícios locais em tempos passados e as novas paisagens da cidade numa nova era”. “A exposição das obras dos nove artistas não só representa o nosso tributo às duplas celebrações, como também é um reflexo do património histórico de Macau devido à integração das culturas chinesa e ocidental e ao rápido desenvolvimento da cidade desde a sua reunificação”, concluiu. Lam Chi Ian, artista e curador, afirmou que o tema central por detrás da mostra, “Macroacontecimentos através de macrovisões” acaba por incorporar “a grande ambição que é transmitida nas obras dos nove conhecidos artistas locais”. Trata-se de uma exposição que constitui uma “representação viva da forma como Macau se tem revigorado ao longo do seu desenvolvimento histórico”, pretendendo-se “contar as histórias de Macau através do suave poder da cultura e arte”.