Vacinas | Macau aguarda instruções da China sobre terceira dose

O Governo está focado na administração das duas doses de vacinas contra a covid-19, relegando para segundo plano a toma da terceira dose, dependente de instruções das autoridades do Interior da China. Quanto à entrada de estrangeiros no território, o Centro de Coordenação diz ainda não ser oportuna

 

O Centro de Coordenação e Contingência do novo tipo de coronavírus mostra-se prudente quanto à possibilidade de administrar uma terceira dose da vacina contra a covid-19. “Há estudos que dizem que a terceira dose da vacina é segura e eficaz. No Interior da China, foram feitos os dois primeiros estudos a maiores de 18 anos e o resultado também foi positivo. Estamos ainda à espera do resultado do terceiro ensaio clínico”, adiantou Tai Wa Hou, coordenador do programa de vacinação.

O responsável frisou que “mesmo no Interior da China ainda não começou a ser administrada a terceira dose”. “Como não houve instruções, os Serviços de Saúde (SSM) vão continuar a esperar pelos resultados ou instruções emitidas pelas autoridades de saúde da China para discutir essa possibilidade.”

Quanto ao segmento demográfico que poderá levar a terceira dose, o responsável adiantou que a prioridade pode incidir sobre quem tem alta exposição ao público ou baixa imunidade”.

Numa altura em que o território apresenta uma taxa de vacinação de 45 por cento, as autoridades consideram que ainda é cedo para permitir a entrada de estrangeiros ou alterar o período de quarentena.

“Ainda não é tempo oportuno [para abrir o território à entrada de estrangeiros], porque apenas ultrapassamos uma nova ronda da pandemia, a situação ainda não é totalmente estável. Não temos 100 por cento de segurança de que Macau não venha a ter qualquer caso na comunidade. Não temos qualquer plano, neste momento, para a entrada dos estrangeiros”, referiu Leong Iek Hou, coordenadora do centro.

A responsável disse mesmo que “uma gestão fechada é crucial para prevenir o surto na comunidade”, tendo referido que, dos 63 casos de covid-19 confirmados, 15 testaram positivo no período de quarentena. Apenas seis tiveram uma recaída, sem relação com anticorpos e confirmados com testes PCR, sendo que “a maioria dos casos foram confirmados antes da vacinação”.

Até às 16h00 de 17 de terça-feira foram administradas 565.105 doses da vacina, num total de 311.761 pessoas vacinadas. Deste grupo, 56.578 pessoas receberam com a primeira dose da vacina e 255.183 completaram as duas doses.

Zonas abertas

Desde a meia-noite de hoje estão abertas as zonas com código de saúde vermelho e amarelo por onde passaram os quatro residentes infectados. O último teste de despistagem à covid-19 foi feito ontem às 14h, sendo que, por volta da meia noite foram divulgados os resultados: todos os testes foram negativos.

Além da alta hospitalar concedida a dois pacientes com covid-19, respeitantes ao 52º e 59º casos, foi ainda registado um evento adverso considerado grave associado à vacina MRNA/BioNTech.

O caso diz respeito a uma paciente de 27 anos que recebeu o diagnóstico de miocardite depois de, na noite de 13 de Agosto, ter sentido sintomas como palpitações, aperto no peito, falta de ar e cansaço. No dia 16 de Agosto a paciente dirigiu-se ao Hospital Kiang Wu e ainda está internada em situação estável. O caso está a ser analisado pelas autoridades.

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